You are on page 1of 1

A mo do poeta Poeta tem a mo de fada. Quando ele escreve, a caneta voa que nem borboleta, vira vareta encantada.

No mais caneta, no, varinha de condo. Poeta tem mo de obra. Tijolo aqui, laje c, cola a rima, tira a sobra, encontra a palavra mgica. Segura a letra, seno ela cai na contramo! Poeta tambm mo-leve. Rouba os sonhos infantis, sem plateia nem juiz, mistura num caldeiro e ningum diz que ele escreve versos de segunda mo. Xii: o livro virou o jogo, parou na tela, pois ... Ser que isso vai dar p? claro, poeta, pega a onda, surfa, navega. Pe essa mo no fogo! Pe essa mo na massa, No mouse, que o susto passa. Cai na rede, cai na estrada, entra logo nessa teia, que uma tela no nada prum poeta de mo cheia. Um verso de corao sempre uma mo na roda, nao fica de fora de moda, no fica fora de mo. Poeta s dorme quando fica de mos abanando.

poeta, da mais gulosa. Que o leitor acorda cedo e no quer dormir mais no, quer ficar em boas mos. (Leo Cunho. Cantigamente. Rio de Janeiro, Ediouro, 1998. P. 4)

No fique cheio de dedos, puxe um dedo de prosa,

You might also like