A pequenina e trabalhadora abelha mergulhava no interior das flores daquele bonito jardim como algum que se refugia no colo

do ser amado. Roando aqui e ali, decolava em seu vo de retorno para a colmia em local ignorado, com as delicadas patinhas carregadas de gros dourados de plen.

A criana que a observava atenta e curiosa em companhia da me, que executava os servios de jardinagem, no tardou em perguntar: -Mame, o que aquilo amarelinho que a abelha leva em suas perninhas finas e delicadas? -Ah! Minha criana adorada! So gros de plen que promovem o sustento de toda a colmia.

-Mas onde fica a casa dela?

-No sei, meu bem. s vezes fica por perto da nossa. Em outras ocasies so obrigadas a voar distncia considervel em busca desse alimento indispensvel a elas.
-Mas como sabem onde ficam as flores, os jardins, as rvores para poderem ir at o lugar?

-Minha filha! Deus que as criou, como a todos ns, providencia para que nasam com essa capacidade, com esse recurso de descobrirem as flores a quilmetros de distncia.

O Criador coloca dentro delas uma espcie de radar que detecta a florada mesmo que localizada muito longe de onde moram. No fosse assim, no conseguiriam sobreviver. -E para ns, mame, o que o Papai do cu nos deu? No temos antena como as abelhinhas que aqui vm buscar os grozinhos dourados.

-Ah! Meu bem, nossa antena est em nosso corao e em nossa conscincia! Sabemos, quando queremos, que rumo tomar para encontrar as flores da vida na forma de Boas Atitudes ou os espinheiros da existncia na forma do Mal que Praticarmos. -E os homens procuram as flores, mame, como a pequena abelha em nosso jardim? -Infelizmente ainda no, minha filha. Na maioria das vezes procuramos pelos espinhos, que vo nos ensinando atravs de suas alfinetadas o caminho das flores...

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