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ANTENAS

CURSO: Antenas e Propagação


PROF.: Roberto da Costa e Silva
Edição: 05/02/2007
1)Principio da Propagação das Ondas
Para se entender como as ondas se propagam vamos considerar o caso de
uma linha de transmissão. Nesta linha circulam as correntes de sentidos
opostos que alimentam as cargas, sendo assim, o vetor campo magnético que
produzem em um ponto do espaço é praticamente nulo, devido ao
cancelamento dos efeitos motivados pela direção oposta das correntes.
Vamos agora dobrar as extremidades da linha. Note-se agora que a corrente
nas extremidades dobradas tem o mesmo sentido e desta maneira o vetor
campo magnético não mais se anulará dando origem aos campos
eletromagnéticos que se propagam. A figura 1 mostra as linhas de força do
campo elétrico numa linha de transmissão e como elas se comportam quando
entortamos a linha dando origem a uma antena dipolo. Note que as linhas se
fecham no infinito quando a linha é cortada. A figura 2 mostra as linhas de
campo se formando e se afastando da antena. Veja que num período
T/2(estamos supondo linha de cima positiva e linha de baixo negativa), os
campos se formam e se afastam no espaço até /2. No próximo período T/2(
a linha de cima fica negativa e a de baixo positiva), as linhas se formam com
sentido contrario e se afastam /2, as que já haviam se formado se afastam
mais outro /2, totalizando . Para a formação de um novo período as linhas
de força do período anterior se fecham no “infinito” e temos assim a
propagação das mesmas o que pode ser visto na figura 3. Nestas figuras as
linha de campo estando próximas indicam valores de campo altos. As linhas
estando mais afastadas indicam valores de campo baixos. Na figura 3 as
linhas cheias indicam valores de campo crescentes e as linhas tracejadas
indicam valores de campo decrescentes. A figura 2 mostra como em um
espaço /2 estas linhas se formam. Num espaço temos a formação de dois
conjuntos fechados onde cada conjunto representa uma direção do campo.
Figura 1
Figura 2

Figura 3
1) Processo de Radiação
1.1) Irradiação por fios
Vamos considerar a seguinte figura

Figura 4

Nesta figura os pontos sobre a antena serão escritos com linhas e os pontos
fora da antena serão escritos sem linhas. Do mesmo modo o tempo “ t’ ” será
contado sobre a antena e o tempo “t” será o tempo contado no espaço. Estes
tempos são diferentes pois existe uma velocidade finita de propagação da
onda, sendo no vácuo de 3*108 m/s. A função J(r’) representa a densidade
superficial de corrente em A/m2 na antena, esta função pode ser constante ou
variável com a distancia “ r’ ” sobre a antena.
Vamos considerar que neste fio circule uma corrente dada por
) = I 0e jwt '. Vamos calcular a densidade de corrente no fio e para
I(t '
isto vamos considerar a função J(r'
) como sendo a função que permite
ter - se uma distribuição não uniforme da corrente ao longo do fio.
Para uma distribuição uniforme deve - se considerar J(r'
) como sendo 1.
Quando a corrente não variar com a distancia ao longo do fio, teremos J(r ~
Normalmente considera - se distribuição continua, triangular ou senoidal a
longo do fio, assim J(r'
) não e unitario.
Deste modo a densidade de corrente sera dada por :
I (t ′) J (r ′) I 0 J (r ′)e jwt ′
J ( r ′t ′) = =
πr02 πr02
O potencial vetor no ponto P sera dado por :
µ J ( r ′t ′) dV
A( rt ) = * onde dv = πr02 dz
4π V R
A integral deve ser calculada no volume que contem a corrente I(t′).
Os campos eletrico e magnetico no instante t no ponto P produzidos
pela corrente I(t′) no instante t′ podem ser calculados pelas formulas
∇xA(rt )
H (rt ) =
µ
∇. A(rt )
E (rt ) = ∇ − jwA(rt )
jwµε
Note - se que o tempo t′ esta atrazado em relação ao tempo t
devido a velocidade de propagação da onda não ser instantanea
R w 1
e vale : t ′ = t − onde v = = onde esta ultima igualdade
v β µε
vale somente para meios dieletricos. Usando - se este fato pode - se
R
jw ( t − )
I J (r ′)e jwt ′
I J (r ′)e v
I 0 J (r ′)e jwt e − jβR
por : J (r ′t ′) = 0 = 0 =
πr02 πr02 πr02
I 0e jwt J ( r ′)
vamos chamar J (r ′t ) = e assim pode - se por :
πr02
J(r′t′) = J (r ′t )e − jβR e deste modo pode - se por :
µ J (r ′t )e − jβR dV
A( rt ) = onde a integral deve ser feita no volume
4π R
que contem a função J(r′) sendo R a distancia de cada ponto do volume
ao ponto onde quer - se determinar o potencial.
Projetar-se uma antena consiste na pratica em se determinar a função J(r’).
Uma vez que a mesma seja conhecida consegue-se mediante o uso de
formulas matemáticas determinar-se os campos iradiados.

1.2) Irradiação por superfícies

A irradiação também pode acontecer por uma superfície que não seja um fio.
Para entendermos como uma superfície pode irradiar, vamos nos lembrar do
principio de Huygens o qual afirma que toda frente de onda pode ser
considerada como uma nova fonte de ondas. Sendo assim vamos supor que
na figura 5-A exista uma fonte de ondas J1 e M1 as quais produzem os
campos E1 e H1. O valor J1 representa uma densidade de corrente
elétrica(A/m2) e M1 uma densidade de corrente magnética(V/m2), a qual
sabemos ser fisicamente não realizável. Esta corrente magnética vai produzir
um vetor potencial elétrico F e um potencial escalar magnético m, a partir
dos quais os campos elétrico e magnético podem ser determinados por:
−1
E= ∇× F e H = −∇φm − jwF
ε
Onde “F” é o vetor potencial elétrico e m o potencial escalar magnético.
Este vetor potencial elétrico seria calculado por:
ε e − jkR
F= M dV
4π V R
O campo magnético “H” pode ainda ser calculado por:
∇⋅F
H = − jwF + ∇
jwµε
A corrente elétrica “J” ira produzir o vetor potencial magnético “A” e o
potencial escalar elétrico , a partir dos quais os campos elétrico e
magnético podem ser calculados por:

1 ∇⋅ A
H= ∇× A e E = −∇φ − jwA = ∇ − jwA
µ jwµε + µσ
Assim um campo elétrico ou magnético pode ser formado por duas
parcelas,uma devido ao vetor potencial magnético “A” e outra devida ao
vetor potencial elétrico “F”, sendo o campo total dado por:
E = E A + EF
H = HA + HF
Isto posto, vamos dividir o espaço em duas regiões V1 e V2 através de uma
superfície S1. Deste modo pode-se raciocinar que na superfície S1 existam
correntes equivalentes Js e Ms as quais produzem na região V2 o mesmo
campo E1 e H1. Esta superfície se comporta baseada no principio de Huygens
como origem de um novo campo. Para que isto aconteça o campo na região
V1 deve ser dado por E e H, satisfazendo as seguintes condições na fronteira
das duas regiões:
(
J s = n × H1 − H ) e (
M s = − n × E1 − E )
como não estamos interessados na região V1 pode - se por
E = H = 0 resultando em :
J s = n × H1 e M s = − n × E1
Onde Js e Ms são densidades lineares de corrente eletrica(A/m) e densidade
linear de corrente magnética(V/m). Utilizando agora a figura 5-B, onde a
origem do sistema de coordenadas está próxima da superfície S1 que é a
mesma da figura 5-A, vamos supor que existam fontes de correntes Js e Ms,
nesta superfície. Estas fontes produzem na região de campo distante vetores
A e F que podem ser calculados fazendo-se:

R = r − r ′ cos ϕ nas variações de fase e


R = r nas variações de amplitude. Os vetores são dados por :
µ e − jβR µe − jβr
A= Js ds′ = N onde :
4π R 4πr

N= J s e jβr ′ cos ϕ ds′

ε e − jβ R εe − j β r
F= Ms ds′ = L
4π R 4πr
L= M s e jβr ′ cos ϕ ds′
Com o auxilio das equações de Maxwell transformadas, dadas abaixo, onde
estamos supondo que o meio seja não condutor ou seja = 0.
j 1
E = − jw A − ∇(∇ ⋅ A) − ∇ × F
wµε ε
1 j
H= ∇ × A − jw F − ∇(∇ ⋅ F )
µ wµε
e das expressões dos vetores A e F vistos acima chega-se as seguintes
equações para os campos eletromagnéticos na região de campo distante, ou
seja na região onde a dependência com r é do tipo 1/r.
Er = H r ≅ 0
j β e − jβ r µ
Eθ = − (Lφ + ηNθ ) η=
4πr ε
j β e − jβ r
Eφ = (Lθ − ηNφ )
4πr
j β e − jβ r L
Hθ = Nφ − θ
4πr η
j β e − jβ r L
Hφ = − Nθ + φ
4πr η
Onde os vetores N e L podem ser calculados por:
N= J s e jβr ′ cos ϕ ds′ = (J x + J y + J z )e ds′
x y z
jβ r ′ cos ϕ

L= M s e jβr ′ cos ϕ ds′ = (M x + M y + M z )e ds′


x y z
jβr ′ cos ϕ

Em coordenadas esféricas teremos:


Nθ = (J cosθ cosφ + J cosθ sin φ − J sin θ )e
x y z
jβr ′ cos ϕ
ds ′

Nφ = (− J sin φ + J cosφ )e
x yds ′ jβ r ′ cos ϕ

Lθ = (M cosθ cosφ + M cosθ sin φ − M sin θ )e


x y z
jβr ′ cos ϕ
ds ′

Lφ = (− M sin φ + M cosφ )e
x ds ′
y
jβr ′ cos ϕ
Figura 5
Considerando-se agora a figura 5-C pode-se supor a superfície S1 como
sendo um plano e assim a depender da orientação deste plano teríamos:
r ′ cos ϕ = y′ sin θ sin φ + z′ cosθ para : ds′ = dy′dz′
r ′ cos ϕ = x′ sin θ sin φ + z′ cosθ para : ds′ = dx′dz′
r ′ cos ϕ = x′ sin θ sin φ + y′ sin θ sin φ para : ds′ = dx′dy′
Deste modo as integrais podem ser calculadas usando-se:
αc
sin
c/2 2
e jαz dz = c
−c / 2 αc
2
E os campos irradiados por superfícies planas podem enfim serem
determinados.

2) Características das Antenas

Quando se trabalha com uma antena em primeiro lugar deve-se considerar a


distancia onde deseja-se calcular o campo produzido por esta antena.
Vamos considerar que se está interessado numa região considerada como
sendo de campo distante. Esta região é definida como sendo aquela em que a
distancia de qualquer ponto onde se deseja calcular o campo a antena seja
dada por:
2D2
d≥ onde :
λ
D é a maior dimensão da antena e
λ é o comprimento de onda utilizado
É a partir desta região que uma antena produzira uma onda plana. Para
distancias menores do que a calculada se estará dentro da região de campo
próximo, onde as formulas deduzidas para campo próximo não valem.
É usual na pratica adotar-se a expressão d > 10 , para se definir a região de
campo distante
Uma antena é caracterizada pelos seguintes parâmetros:
a) Banda de freqüência
b) Ganho
c) Diagrama de irradiação
d) Impedância
e) Polarização
Vamos definir primeiramente o que sejam ganho e diagrama de irradiação.
Para isto vamos definir:
W = potencia irradiada ou recebida por uma antena de teste
Wr = potencia irradiada ou recebida por uma antena de referencia
S = densidade de potencia irradiada por uma antena de teste
Sr = densidade de potencia irradiada por uma antena de referencia
W’ = potencia recebida por uma antena de teste
Wr ‘= potencia recebida por uma antena de referencia
define - se Diretividade de uma antena como sendo :
S W′
D= =
S r Wr′
Sabe - se que o vetor de Poynting é uma função da posição e deste
modo pode - se escrever : S = f (r ,θ , φ ). Vamos considerar que a antena
de teste seja uma antena omnidirecional, ou seja uma antena que irradia
uniformemente em todas as direções, deste modo :
W0
S r = S0 =
4πr 2
Aplicando-se este conceito considerando-se que a antena de referencia seja
um radiador isotrópico, ou seja uma antena omnidirecional em todas as
direções pode-se escrever( Sr = S0 e Wr = W0 )
S 4πr 2 S
D= = como a potencia radiada pode ser expressa por
S0 Wo
W0 = Sds = Sr 2 sin θdθdφ = Sr 2 dΩ pois :
S S S

ds
dΩ = = sin θdθdφ Fazendo - se :
r2
dW0
dW0 = Sr 2dΩ e fazendo - se = r 2S
dΩ
Define - se U = r 2 S = Intensidade de radiação de uma antena
Pode - se escrever :
4πS
D= considerando S = SM f (θ ,φ ) para r constante, onde :
SdΩ
S

0 ≤ f (θ ,φ ) ≤ 1. A função U (θ ,φ ) é a que fornece o diagrama de


radiação da antena. Assim pode - se por :
4πS M f (θ ,φ ) 4πf (θ ,φ )
D= = Considerando que o valor
S M f (θ ,φ )dΩ f (θ ,φ )dΩ
S S

maximo da diretividade ocorre quando f(θ ,φ ) = 1, então :



D max =
f (θ ,φ )dΩ

Supondo-se que a função “ f “ seja do formato de um cone, conforme pode


ser visto na figura 6A então a expressão fica:
4π 4π 41253
Dmax = ≅ (valores em radianos) = 0 0 (valores em graus)
Ω θφ θφ

Figura 6A
Define-se ganho da antena como sendo :
G = Dmaxη R onde η R é o rendimento da antena
O rendimento de uma antena depende dos seguintes fatores:
a) Casamento da antena
b) perdas ôhmicas na antena
c) eficiência de irradiação

A banda de freqüência compreende a faixa de freqüência na qual o ganho da


antena se mantém dentro de 3 db, a mesma define a largura de faixa na qual
a antena pode operar sem perda das suas características. A impedância da
antena é o valor da carga que a mesma apresenta quando ligada a um
gerador ou um receptor. Quando a antena esta descasada tem-se perda de
potencia devido ao descasamento. A polarização da antena esta relacionada
ao tipo de polarização da onda que a mesma produz ou recebe. Existem
antenas de polarização simples e dupla. A figura 6B a seguir mostra a
largura de banda de uma antena.

Figura 6B
3) Dipolo Infinitesimal
Vamos iniciar nosso estudo de antenas analisando a antena denominada de
dipolo infinitesimal ou dipolo elementar.
Vamos considerar a figura 7 a seguir.
Figura 7
Vamos considerar a figura 7 A. O dipolo é dito infinitesimal quando seu
comprimento total “l” for menor que /50. Seja r0 o raio deste dipolo, onde r0
<< l. Seja R a distancia de qualquer ponto do dipolo a um ponto afastado e r
a distancia do ponto (0,0,0) a este mesmo ponto. Para este caso a corrente
neste dipolo pode ser expressa por:
I 0e jwt
J (r ′t ) = pois J(r′) = 1. Pela figura 7A ve - se que :
πr02
R = r − z cosθ . Assim, supondo - se que a corrente I(t′) tenha o sentido
do eixo z, o valor do vetor potencial magnetico valera :
µ J ( r ′t )e − jβR µ I 0e − jβR e jwt
Az = dV = dV
4π V R 4π V πr0 R 2

onde dV = πr02 dz , assim teremos :


µI 0e jwt e − jβ ( r − z cos θ )
l
Az = dz , onde no denominador colocamos
4π 0 r
R ≅ r, pois l <<< R. A integral fica :
µI 0e j ( wt − βr ) l jβz cos θ
Az = e dz como z max = l << λ , a integral vale :
4πr 0

jβz cos θ jβz cos θ µ I le j ( wt − βr )


le dz = l pois e ≅ 1e assim teremos : Az = 0

0
4πr
então considerando - se coordenadas esfericas :
Ar = Az cosθ e Aθ = − Az sin θ Aφ = 0
Considerando-se que estamos em um meio onde = 0, então pode-se
calcular os campos eletromagnéticos pelas formulas:
∇× A ∇⋅ A
H= e E =∇ − jwA, obtendo - se :
µ jwµε
H r = Hθ = 0
jβI 0l sin θ 1
Hφ = (1 + )e j ( wt − βR )
4πr jβ r
ηI l cosθ 1
Er = 0 2 (1 + )e j ( wt − βR )
2πr jβ r
jwµI 0l sin θ 1 1
Eθ = (1 + − 2 2 )e j ( wt − βR ) onde
4πr jβ r β r
µ
η= que para o ar vale 377Ω.
ε
Na região de campo próximo ( r < 10 ) os campos são dados por:
I 0l sin θ − jηI 0l cosθ − jηI 0l sin θ
Hφ = Er = Eθ =
4πr 2 2πβ r 3 4πβ r 3
Veja que nesta região os campo elétrico e magnético estão defasados de 900,
e isto se deve ao fator “j” da equação. Deste modo este defasamento faz com
que o vetor médio de Poyting seja nulo, conforme se pode ver pela formula:
1 1
S = Re( E × H * ) = 0 = Em H m cos(ψ E − ψ M )
2 2
Na região que nos interessa a região de campo distante (r>10 ) os campos
valem:
Eφ = Er = H θ = H r = 0
jβ I 0l sin θ jwµI 0l sin θ
Hφ = Eθ = veja que :
4πr 4πr
Eθ w µ
= =η pois β = w µε
Hφ β
O vetor de Poyting médio vale:
ηβ 2 I 02l 2 sin 2 θ 1
Sr = = Re[Eθ × H φ∗ ]
32π r 2 2
2
ηβ 2 I 02l 2 sin 2 θ
U r = r Sr =
2

32π 2
4πr 2 S r 4πU r
D = =
P P
A potencia irradiada por um dipolo infinitesimal vale:

1 η 40π 2 I 02l 2
Re(E × H ∗ )ds =
π
P= H φ r sin θdθdφ =
2 2

2 2 0
0 λ2
Veja que esta potencia está sendo transmitida na direção “r”( note que a
direção é dada pelo vetor de Poyting), e se a mesma, fosse dissipada em
uma resistência que será chamada de resistência de irradiação da antena,
poderia se escrever:
I 02 Rr
P= sendo R r a resistencia de irradiação da antena
2
2
l
R r = 80π 2
o valor desta resistencia
λ
4) Dipolo de comprimento Finito
Vamos considerar agora um dipolo de comprimento finito, conforme mostra
a figura 7, e vamos considerar também que o raio deste dipolo r0 seja bem
menor que o comprimento do mesmo( r0 << l), na pratica isto é conseguido
quando se tiver : r0 < / 40. Com esta hipótese a corrente no dipolo poderá
ser dada pela seguinte equação: I ( z ) = A cos β z + B sin β z sujeita as
seguintes condições de
contorno: I ( z = 0) = I (0) = I AD e I (l / 2) = I ( −l / 2) = 0
Onde IAD é a corrente no ponto de alimentação do dipolo. Com estas
condições é possível se determinar os valores das constantes A e B na
formula proposta da corrente no dipolo.
βl
cos
2
A = I AD e B = ± I AD
βl
sin
2
A equação fica então:
I AD cos( β l / 2)
I ( z ) = I AD cos β z ± sin β z
sin( β l / 2)
A qual pode ser posta na forma:
I AD
I ( z) = (cos βz sin( βl / 2) ± sin βz cos( βl / 2) )
sin( β l / 2)
I AD l l
I ( z) = sin β ( z ) = I max sin β ( z)
sin( β l / 2) 2 2
I AD
onde I max vale : I max = I 0 =
sin( βl / 2)
l λ
Convem notar-se que fazendo-se : =n onde n = 1,3,5,7,9,......
2 4
Teremos sempre: I max = I AD . Deste modo vamos considerar que a
corrente no dipolo seja dada por:
I (r ′) = I 0 sin( β (l / 2 − z ))e jwt para 0 ≤ z ≤ l/2 e:

I (r ′) = I 0 sin( β (l / 2 + z ))e jwt para - l/2 ≤ z ≤ 0 onde β =
λ
Assim na região de campo distante vamos pensar que o dipolo de
comprimento finito, seja formado por infinitos dipolos elementares de
comprimento dz, cada um carregando uma corrente dada por I(r’). Deste
modo cada dipolo deste produzira um campo distante dado por:
jwµI (r ′)e − jβR sin θdz
dEθ = esta equação foi obtida fazendo - se :
4πr
l = dz e I 0 = I (r ′) na equação do dipolo elementar
jwµI 0l sin θ j ( wt − βR )
Eθ = e
4πR
Vimos pela figura 8 que: R = r – z cos . O campo total pode ser
determinado fazendo-se a integral ao longo do comprimento total da antena.
Com a substituição de “R” a integral fica, lembrando que no denominador
pode-se considerar, r R, e estamos omitindo a variação temporal ( ejwt ).
l/2 l/2 jwµI (r ′)e − jβ ( r − z cos θ ) sin θ
Eθ = dEθ = dz
−l / 2 −l / 2 4πr
jwµ sin θe − jβr l/2
Eθ = I (r ′)e jβz cos θ dz
4πr −l / 2

Substituído-se I(r’) pela equação vista:


I (r ′) = I 0 sin[β (l / 2 z )] e resolvendo - se a integral obtem - se :
βl
cos( cosθ ) − cos( βl / 2)
j ηI 0 e − jβr
2
Eθ =
2πr sin θ

βl
− jβr cos( cosθ ) − cos( β l / 2)

jI e 2
Hφ = = 0
η 2πr sin θ

1
O vetor de Poyting médio valera: S r = Re( Eθ × H φ∗ ) obtendo-se:
2
2
βl
ηI 02 cos( 2 cosθ ) − cos( βl / 2)
Sr = 2 2
8π r sin θ

A potencia irradiada por um dipolo longo valera:

P = S r ds =
ηI 02 π [cos( βl / 2 cosθ ) − cos( βl / 2]2 dθ
S
4π 0 sin θ
ηI 02 0.5772 + ln(βl ) − Ci ( βl ) + 0.5 sin( βl )[ Si (2 βl ) − 2 Si ( βl )] +
P=
4π 0.5 cos( β l )[0.5772 + ln(β l / 2) + Ci (2 β l ) − 2Ci ( β l )]
cos z
x x sin z
onde : Ci ( x) = dz e Si ( x) = dz
−∞ z 0 z
Estas integrais estão tabeladas e se chamam integral coseno e integral seno.
Estamos aptos agora para calcularmos o ganho e o diagrama de radiação dos
dipolos elementar e longo, porem vamos primeiramente entender o que é
diagrama de irradiação de uma antena.

5) Diagrama de Irradiação
Denomina-se diagrama de radiação de uma antena os gráficos da função
U( , ), intensidade de radiação em dois planos perpendiculares. Um dos
planos é obtido fixando-se e variando-se , e o outro fixa-se e varia-se .
Estes planos denominam-se planos E e H. Para obtenção do plano E faze-se
= 00 e varia-se . Para obtenção do plano H faz-se = 900 e varia-se . A
figura 9 tenta melhor esclarecer.
U (θ ,φ ) = r 2 S (θ ,φ ) Intensidade de Irradiação

Figura 9
É usual apresentar-se os diagramas de radiação normalizados, ou seja:
U (θ ,φ = 0)
UN = plano E
U max
U (θ = 90,φ )
UN = plano H
U max
Também é usual expressar-se estes diagramas em db:
U db = 10 logU N
A potencia radiada por uma antena pode ser calculada por:
2π π
P = Sds = S (θ ,φ )r 2 sin θdθdφ = U (θ ,φ )dΩ
0 0
S Ω
Numa região de campo distante teremos sempre:
1 2
S (θ ,φ ) = Eθ (θ ,φ )

Denomina-se radiador isotrópico uma antena teórica onde:
U (θ ,φ ) = U 0 = cons tan te Radiador Isotropico
Para um radiador Isotrópico teremos:
4πr 2U (θ ,φ )
P = 4πr S (θ ,φ ) =
2
= 4πU (θ ,φ ) = 4πU 0
r2
Vejamos agora as formulas da intensidade de irradiação para o dipolo
elementar e o dipolo longo:
ηβ 2 I 02l 2 sin 2 θ
U (θ ,φ ) = Dipolo Elementar
32π 2

2
ηI02 cos( βl / 2 cosθ ) − cos( βl / 2)
U(θ ,φ ) = 2 Dipolo longo
8π sin θ
Vamos apresentar um exemplo de diagrama de radiação na figura 10
abaixo
Figura 10
6) Resistência de Irradiação
Como vimos a resistência de irradiação pode ser entendida como um valor
de resistência que dissipa a potencia irradiada pela mesma. Funcionaria
como se a antena ao invés de irradiar uma potencia dissipa-se a mesma em
uma resistência. Esta resistência é definida por:
I 02 Rr
P= onde R r é a resistencia de radiação da antena
2
Vimos que para o dipolo elementar esta resistência é dada por:
Rr = 80π 2 (l / λ ) 2 Para o dipolo longo esta resistência vale:
η 0.5772 + ln( βl ) − Ci ( βl ) + 0.5 sin( βl )[ Si ( 2 βl ) − 2 Si ( βl )] +
Rr =
2π 0.5 cos( β l )[0.5772 + ln(β l / 2) + Ci ( 2β l ) − 2Ci ( β l )]
Calculando –se este valor para o dipolo longo de comprimento l = /2
encontra-se o valor de Rr = 73,2 .

7) Ganho da Antena
O ganho de uma antena é como foi visto o produto de sua diretividade pelo
seu rendimento e é dada pela seguinte formula:
G = Dη R onde : ηR é o rendimento da antena
O rendimento de uma antena depende basicamente de dois fatores:
a) O casamento da antena com o cabo ou guia que a alimenta.
b) A resistência de perda ôhmica da antena.
Deste modo o rendimento da antena pode ser dado pelo produto de dois
fatores, sendo o primeiro devido ao descasamento e por isto chamado de
fator de descasamento ( er ), e o segundo devido as perdas ohmicas e por isto
chamado fator de perda ôhmica ( el ). Estes fatores são dados pelas seguintes
formulas:
er = 1 − ρ 2 onde ρ é o coeficiente de reflexão da antena, dado por :
ZA − Z L
ρ= onde :
Z A + ZL
ZA = impedancia da antena ZL = impedancia da linha que
alimenta a antena.
RR
el = onde : R R é a resistencia de radiação da antena e
RR + RL
R L é a resistencia de perda da antena dada por :
L µfπ
RL = onde f é a frequencia de operação da antena em hz
P σ
µ e σ são as constantes eletricas do material do que é feito a antena
L é comprimento da antena em metros
P é o perimetro da seção transversal do condutor da antena em metros

O rendimento da antena é dado pelo produto destes fatores.

η R = er el
8) Dipolo de meia onda e comparação de ganhos
A antena mais popular é o dipolo de meia onda, ou seja o dipolo longo com
comprimento total de /2. Para este dipolo o ganho do mesmo vale:
2
π
cos( cosθ )
G (θ ,φ ) = η R 1.64 2
sin θ

Veja que o ganho não depende do ângulo e é máximo para = 900 valendo
1.64 ou 2.1 db (10log1.64 = 2.1). Vimos que a resistência de irradiação deste
dipolo é de 73.2 ohms. Os campos produzidos por este dipolo valem:
π
cos( cosθ )
60 I 0 2
Eθ = j
r sin θ
π
cos( cosθ )
I0 2
Hφ = j
2πr sin θ
2
π
cos( cosθ )
15 I 02 2
S= 2
πr sin θ

O ganho para o dipolo elementar vale:


G (θ ,φ ) = 1.5 sin 2 θ
Note que o ganho também independe do ângulo e é máximo para
= 900 . O valor máximo deste ganho é de 1.5 ou 1.76 db.
Para o radiador isotrópico teremos ganho unitário independente dos
ângulos e .

9) Teorema da Reciprocidade

Vamos mostrar que uma antena funciona do mesmo modo quando esta
transmitindo ou recebendo. Sendo assim podemos considera-la do ponto de
vista de receptor ou transmissor a depender do caso, e esta consideração
facilita seu estudo. Vamos considerar a figura 11 abaixo:
Considerando o meio como um quadripolo, conforme sugere a figura 11
pode-se escrever:
V1 = I1Z11 + I 2 Z12
V2 = I1Z 21 + I 2 Z 22 considerando o meio homogeneo, linear e
isotropico pode - se considerar que : Z12 = Z 21
Vamos aplicar estas equações considerando primeiramente que a antena do
lado esquerdo esta transmitindo e a do lado direito recebendo, e depois
vamos considerar o contrario ou seja que a antena do lado esquerdo esteja
recebendo e que a do lado direito transmite.

Figura 11
Sendo assim teremos:
V1 = VG − I1ZT e V2 = − I 2 Z L usando - se estas equações
nas equaçõs do quadripolo encontra - se :
− VG Z12
I2 = isto foi obtido considerando - se que a
( Z11 + ZT )( Z 22 + Z L ) − Z122
antena da esquerda transmita e a da direita receba
V1 = − I1′ZT e V2 = VG′ − I 2′ Z L onde agora estamos supondo que
a antena da esquerda receba e a da direita transmita. Usando - se
estas equações nas equações do quadripolo teremos :
− VG′ Z12
I1′ =
( Z11 + ZT )( Z 22 + Z L ) − Z122
Comparando-se estas equações das correntes nos dois caso pode-se por:
VG VG′
I 2VG′ = I1′VG ou =
I2 I1′
E se fizermos VG = V’G pode-se ver obrigatoriamente que deve-se ter I2 = I’1
Isto nos provando que as antenas funcionam do mesmo modo tanto
transmitindo quanto recebendo, ou seja as correntes produzidas e induzidas
são as mesmas.

11) Área Elétrica e Comprimento Elétrico de uma antena

Vamos considerar uma antena na presença de um campo elétrico, e vamos


supor que seja “S” o vetor de Poyting deste campo. Este campo ira produzir
na antena uma corrente que alimentara o receptor ligado a mesma,
transferindo deste modo energia do campo para o receptor. Deste modo a
antena pode ser vista como sendo um gerador de tensão alimentando uma
carga que é o receptor. Vamos supor que exista casamento de impedância
entre a antena e o receptor. A figura 12 sintetiza o que foi dito.

Figura 12
Pode-se definir área elétrica de uma antena como sendo a potencia máxima
que a mesma entrega a uma carga dividida pelo valor do vetor de Poyting
que atinge a antena.
Pmax
Ae =
S
Deste modo a antena é pensada como um objeto que retira potencia da onda
quanto maior for sua área mais potencia a mesma conseguira retirar da onda.
Vimos que:
4πU
G= e U = r 2 S assim pode - se ver que existe propocionalidade
P
entre ganho e vetor de Poyting, quanto maior o ganho de uma antena
quanto maior sera o vetor de Poyting que a mesma produz ou seja :
G1 S1 U1
= = A potencia recebida por uma antena vale :
G 2 S2 U 2
PR = Sds
sendo assim o ganho de uma antena é diretamente proporcional ao
vetor de Poyting que a mesma produz ou é diretamente proporcional
a potencia que a mesma retira de uma onda.
Pode - se por PR = SAE ou seja quanto maior a area eletrica, maior
PR1 S1 A1
sera a potencia recebida então : = =
PR 2 S 2 A2

Vamos considerar agora a figura 11 e supor que :


Z G = ( R p + Rr ) + jX G onde R p é a resistencia de perda da antena
e R r é a resistencia de radiação da mesma. Seja
ZL = RL + jX L a impedancia da carga.
O valor da corrente induzida na carga valera:
VG
I= A potencia iradiada vale :
( R p + Rr + RL ) + ( X G + X L )
2 2

I 2 Rr VG2 Rr
P= =
2 2 ( R p + Rr + RL ) 2 + ( X G + X L ) 2

Z G = Z L∗ ou seja:
A potencia máxima irradiada ocorre quando se tiver
RR = RL e XG = − X L onde estamos supondo que R p ≅ 0
A equação ficara:
1 VG2
Pmax =
2 4 Rr
VG2
A área elétrica valera portanto: AE =
8 Rr S
Considerando o dipolo infinitesimal teremos:
VG = El
l
Rr = 80π 2 ( ) 2
λ
O vetor de Poyting nesta região valera :
1 E2
S=
2 120π
Substituindo estes valores na expressão da área elétrica resulta na sua
λ2
formula para o dipolo infinitesimal: Ae = 1.5

Usando-se as expressões entre área e ganho pode-se verificar que
considerando o radiador isotrópico e o dipolo infinitesimal conclui-se:
GRI AeRI
= como G RI = 1 G DI = 1.5 logo
GDI AeDI
λ2
A eRI =

Generalizando-se para o radiador isotrópico e uma antena qualquer
encontra-se a formula da área elétrica de uma antena:
λ2
Ae = G que como era de se esperar a área elétrica é um

sinônimo de ganho, ou seja quanto maior for o ganho, maior será a área
elétrica da antena.
Vamos agora generalizar a relação entre campo incidente e tensão
induzida ( VG ), a qual para o dipolo elementar vale: VG = E*l, fazendo:
VG = Ehe onde he é o comprimento eletrico da antena, ou seja um
valor que multiplicado pelo campo elétrico que chega na antena fornece a
tensão induzida VG .
Vamos supor que a antena esteja numa região de onda plana onde o vetor
1 E2
de Poyting vale: S=
2 120π
Neste caso pode-se por:
VG2 ( Ehe ) 2 Gλ2 1 E 2
Pmax = = = Ae S = resultando :
8 Rr 8 Rr 4π 2 120π
λ GRr
he = = 0.0291λ GRr = comprimento eletrico
π 120
12) Formula de Friis
Sejam duas antenas radiadores isotrópicos separadas de uma distancia “r”.
Uma delas esta transmitindo uma potencia “PT“ e a outra recebe uma
potencia “PR” dada por:
P λ2 λ2 PT
S= T2 PR = AE S = S=
4πr 4π 4π 4πr 2
2
PT 2 r 3 * 108
= 16π 2 lembrando que para o vacuo λ =
PR λ f
PT 16π 2 2 2
= r f = a0 = atenuação do espaço livre
PR 9 *1016
expressando - se r em km e f em Mhz resulta :
16π 2 * 106 * 1012 2 2
a0 = rkm f Mhz = 1754. 61r 2
km f 2
Mhz
9 * 1016
exp ressando − se em db resulta :
a 0 ( db) = 32.44 + 20 * log(rkm ) + 20 * log( f Mhz )

13) Temperatura de ruído de uma antena

Temperatura de ruido de uma antena é definida por :


P Potencia de ruido recebida pela antena
TA = =
kB const. de Boltzman *-23banda
0
da antena
A constante de Boltzman vale: 1.38*10 J/K
A temperatura de ruído da antena praticamente não depende do seu ganho e
apenas da sua freqüência de operação e seu valor médio vale conforme
Tabela 1:
Freq( 1 5 10 20 30 100 400 1000 10000
Mhz)
TA( 2.6*107 106 2.6*105 6.5*104 3*104 2500 200 100 50
K0)
Tabela 1

14) Impedância de uma Antena


Seja a figura 13 a seguir:
Figura 13
Aplicando-se uma tensão “V” nos terminais de alimentação da antena
conforme mostra a figura 13, esta força eletromotriz ira produzir na antena a
circulação de uma corrente I(z), que como vimos pode ser dada por:
I ( z ) = I 0 sin [β (l / 2 z )]
Veja que a corrente varia ao longo do comprimento da antena e I0 é o seu
valor máximo, e não esta necessariamente no ponto de alimentação.

Figura 13
A certa distância “r” da antena esta corrente ira produzir um campo externo
“Ez” dado por:
Ez = E0 f (θ ,φ ) Pode - se relacionar a F.E.M. " V" no ponto de ali -
mentação com a corrente I(z) atravez da impedância de transferencia
V
Z1z dada por : Z1z =
I ( z)
O campo externo “Ez” induzira na própria antena um campo “Ei” de modo
que o campo total no condutor da antena seja praticamente nulo (será nulo se
a antena for um condutor perfeito), deste modo pode-se por:
ET = Ez + Ei ≅ 0 logo : E z = − Ei
Em cada elemento dz da antena o campo interno “Ei” produzira uma
diferença de potencial dada por:
dV ( z ) = Ei dz e pode - se por : dV ( z ) = − Ez dz
Pelo teorema da reciprocidade, considerando-se a antena e o meio linear,
homogêneo e isotrópico, esta diferença de potencial dV(z), produzira no
ponto de alimentação uma corrente dI e ambas estarão relacionadas pela
impedância de transferência Zz1 .
dV ( z )
Z z1 = como Zz1 = Z1z pode - se por :
dI
dV(z) V
= e assim : VdI = I(z)dV(z)
dI I ( z)
Define-se impedância da antena como a relação entre a tensão e a corrente,
no ponto de alimentação da mesma.
V dV
Z11 = = = impedância da antena = ZA
I dI
Pelas relações vistas pode-se por:
VdI = IdV = I ( z )dV ( z ) = I ( z )(− Ez dz ) resultando em
-1
dV = I ( z ) Ez dz integrando ao longo da antena :
I
1 l/2
V=- I ( z ) Ez dz deste modo a impedancia da antena vale :
I − l / 2

1 l/2
Z11 = Z A = − 2 I ( z ) Ez dz = R11 + jX 11 = RA + jX A
I − l / 2

A potencia entregue a antena valera :


1 1 1
P = VI = I 2 Z11 = I 2 ( R11 + jX 11 ) = PR + jPI onde :
2 2 2
1 1
PR = I 2 R11 e PI = I 2 X 11 e pode - se por :
2 2
1 l/2
P=− I ( z ) E z dz = PR + jPI = P e jψ
2 −l / 2
PR = P cosψ e PI = P sinψ
1 l/2
P= I ( z ) Ez dz
2 −l / 2
Veja que é a diferença de fase entre a corrente na antena (I) e o campo
externo (Ez) produzido pela corrente. Examinando-se a figura 13, vê-se que
o eixo “z” passa pelo centro da antena. Iremos usar a notação com linha(‘)
para designar pontos sobre a antena. Assim um ponto sobre a antena
obrigatoriamente terá: y=|a|. e
x=|a|, sendo “a” o raio da antena. Assim pode-se escrever:
R = ( z − z′) 2 + y 2 r = z2 + y2
R1 = ( z − l / 2) 2 + y 2 R 2 = ( z + l / 2) 2 + y 2
A impedância da antena valera:
1 l/2
ZA = − 2
I ( z′) Ez ′ dz′ = RA + jX A
I AD
−l / 2
A impedância de Irradiação da antena valera:
1 l/2
ZR = − I ( z′) Ez ′ dz′
I 02 −l / 2

Veja que a diferença entre as formulas é o valor da corrente. Para calculo da


impedância de radiação, usa-se o valor máximo da corrente na antena e para
o calculo da impedância da antena usa-se o valor da corrente no ponto de
alimentação da mesma. A integral é calculada sobre a antena, bem como o
campo externo. O campo externo pode ser expresso pela seguinte
formula(cuja demonstração pode ser encontrada no livro Antenna Theory de
Constantine A.Balanis nas paginas de 285 á 290):
e − jβR e − jβR 1 2
e − jβr
Ez = − j 30 I 0 + − 2 cos( βl / 2) onde :
R1 R2 r
I ( z ) = I 0 sin [β (l / 2 − z )] e a corrente de alimentação vale :
I AD = I 0 sin( β l / 2)

Esta formula é diferente da encontrada para o dipolo longo anteriormente


vista (item 4) porque ela deve ser valida para o campo próximo, já que
desejamos calcular o campo sobre a antena. O campo visto anteriormente é
valido somente na região de campo distante.
Re-escrevendo a equação de Ez para facilitar a identificação de sua fase com
I(z), teremos:
I ( z ) = I 0 sin [β (l / 2 − z )] e j0
30 I 0 − j ( βR +π / 2 ) 30 I 0 − j ( βR +π / 2) 60 I 0 cos( β l / 2) − j ( βr −π / 2 )
Ez = e 1
+ e 2
+ e
R1 R2 r
Assim a diferença de fase “ ” entre a corrente e o campo valera:
cosψ 1 = cos( βR1 + π / 2) = − sin( β R1 )
cosψ 2 = cos( β R2 + π / 2) = − sin( β R2 )
cosψ 3 = cos( β r − π / 2) = sin( β r )
Substituído-se estes valores na equação da impedância e calculando a
mesma sobre a antena ou seja nos pontos com (x=a, y=a, z), encontra-se:
0.577 + ln( βl ) − Ci ( βl ) + 0.5 sin( βl )[ Si (2 β l ) − 2 Si( β l )] +
RR = 60
0.5 cos( β l )[.577 + ln(βl / 2) + Ci (2 β l ) − 2Ci ( β l )]
2 Si( β l ) + cos( β l )[2 Si ( β l ) − Si ( 2β l )] −
X R = 30
sin( β l )[2Ci ( β l ) − Ci (2 β l ) − Ci (2 β a 2 / l )]

A impedância de alimentação da antena valera, pois:


1 1 2
P = I 02 Rr = I AD RA como :
2 2
I AD = I0sin 2 ( βx) assim teremos :

RR XR
RA = e XA =
sin 2 [ βx] sin 2 [ β x]
l
sendo : x=−z onde :
2
z é a distancia do centro da antena ao ponto de alimentação
x é a distancia do ponto de alimentação a extremidade da antena.
Veja que para o caso de x = λ/2 resulta em :
Z R = Z A ≅ 73.2 + j 42.6 Ω
Com estas fórmulas pode-se calcular a impedância de uma antena
alimentada de qualquer ponto e não apenas pelo centro.

15)Impedância Mutua entre elementos


Considere duas antenas dipolo longo, separadas por uma certa distância,
conforme figura 14, abaixo
Figura 14

Seja I1 a corrente de alimentação da antena 1, e seja V21 a F.E.M. induzida


na antena 2 pela corrente da antena 1. Pode-se afirmar que a impedância
mutua entre as antenas 1 e 2 pode ser expressa por:
V21
Z12 = Z 21 = − = Z m = R21 + jX 21 foi visto que :
I1
1 l
V11 = − I ( z ) Ez dz fazendo - se : V11 = −V21
I1 0

I ( z) = I2 ( z) I1 = I 2 Ez = E2 z pode - se por :
1 l
V21 = I 2 ( z ) E2 z dz
I2 0

Onde E2z representa o campo na antena 2, induzido pela corrente I1 da


antena 1. Vimos também que a corrente pode ser expressa por:
I 2 ( z ) = I 2 sin [β (l / 2 − z )] e que o campo E 2z pode ser expresso por :
e − jβr e − jβr
1 2
e − jβ r
E2 z = − j 30 I1 + − 2 cos( β l1 / 2) assim a impedancia
r1 r2 r
mutua entre as antenas pode ser dada por :
1 l
Zm = − I 2 ( z ) E2 z dz
I1 I 2 o
Estes valores foram calculados para o dipolo de meia onda, para diversos
valores de separação das antenas e constam da figura 15 a seguir. Esta figura
mostra o valor da impedância mutua entre dipolos de meia onda separados
longitudinalmente e transversalmente por distancias em função do
comprimento de onda. Os gráficos apresentam os valores de resistência e
reatância. Mostram ainda os valores em função da relação entre o
comprimento do dipolo e seu raio, como parâmetro de separação dos
dipolos.

Figura 15
16) Dipolos Gordos
Denomina-se dipolos gordos aos dipolos que possuem a (raio) > /40. Para
antenas com raio menor do que o especificado os efeitos da espessura são
desprezíveis e podem ser tratadas como antenas finas ou seja sem espessura.
A espessura do elemento do dipolo afeta sua impedância . Verifica-se que
quanto maior for o valor do raio “a” , menor será o valor de Xr . Encurtando-
se um pouco o dipolo, verifica-se que o valor de Rr pouco se altera porem o
valor de Xr varia bastante. Ao valor do comprimento do dipolo que anula Xr
chama-se comprimento ressonante do dipolo. Denomina-se Cr ao valor que
multiplicado pelo comprimento do dipolo, fornece seu comprimento
ressonante. Este coeficiente depende da relação entre o comprimento do
dipolo e seu raio. A figura 16 a seguir apresenta este coeficiente.

Figura 16

Note que este coeficiente varia entre 0,78 e 0,98, e para valores usuais situa-
se na faixa de 0,93, fazendo com que a impedância do dipolo fique na faixa
de 60 , puramente resistiva.

17) Dipolo sobre Plano Terra


Para se resolver o problema do dipolo sobre um plano Terra (condutor
perfeito) se lança mão do método das imagens, conforme mostra a figura 17,
abaixo.
Figura 17
Deste modo pelo método da imagem a Terra pode ser substituída por outro
dipolo, com uma corrente na direção definida pela figura 17a. Os casos de
interesse são os mostrados nas figuras 17b e 17c, para os dipolos nas
posições horizontal e vertical. Note-se em todos os casos o método das
imagens só fornece valores corretos no semi-plano superior, pois os campos
sobre o condutor perfeito (plano Terra) são nulos, não existindo campos
neste semi-plano. Assim como só temos um semi-plano a potencia que o
dipolo propaga é a metade, como a corrente sobre o mesmo não se modifica,
sua impedância fica então reduzida a metade do dipolo normal, para atender
a equação P=1/2*I2*R
Z DN R11 + jX 11
Z PT = = = 36.5 + j 23.1
2 2
O dipolo da figura 17c é a popular antena de quarto de onda. Ela tem o
mesmo ganho do dipolo de meia onda com metade de sua impedância.

18) Baluns e Dipolos Banda larga

18.1) Dipolo Banda Larga


Quando o diâmetro do tubo com o qual dipolo é feito for menor que 0,05 , o
dipolo é bastante sensível á freqüência. Quando este diâmetro for maior que
0,05 este dipolo pode funcionar em freqüências diferentes do que foi
projetado, constituindo-se numa antena banda-larga. Quando este diâmetro
aumenta a resistência de radiação pouco se altera mas a reatância se altera
bastante. Para estudar isto usa-se a teoria da antena bicônica.
18.2) Antena Bicônica
Nesta antena mostrada na figura 18, a impedância característica da mesma é
dada por:

V (r )
Zk = = 120 ln(cot(θ / 2) ) a qual para θ pequeno vale :
I (r )
Zk = 120 ln(2 / θ )
Assim uma antena cilíndrica pode ser pensada como uma antena bicônica(
ver figura 18.a) onde cada ponto tem uma impedância característica dada
por:
Z c ( z ) = 120 ln(2 z / a ) pois θ = a/z
Deste modo uma antena de comprimento total 2h, tem uma impedância
característica media dada por:
1 h
Zc = Z c ( z )dz = 120(ln(2h / a ) − 1)
h 0

E deste modo com o auxilio da equação da linha de transmissão:


Z L + jZ 0 tan( βs )
Z ( s) = Z 0
Z 0 + jZ L tan( βs )
Pode-se calcular a impedância da antena com a variação da freqüência.
Shelkunoff, assim procedeu e são deles os estudos que mostram o valor da
impedância das antenas com esta técnica.
Figura 18.a
A técnica usada por Schelkunoff para este estudo foi lembrar que sempre
tem-se um máximo da corrente de uma antena a /4 do extremo da mesma, e
deste modo calcular a impedância ZL com o uso da equação da linha de
2π λ π
transmissão considerando βx = . = . Este valor de ZL seria a
λ 4 2
impedância de carga que a antena bicônica vê. Deste modo ele considerou a
antena como uma linha de transmissão, entregando potencia a esta carga ZL
Assim ele calculou:
Z k2
ZL =
Zm
Onde Zm é a impedância da antena no ponto de máxima corrente ou seja ZR,(
impedância de irradiação da antena) que é conhecida, e com o uso
novamente da equação da linha de transmissão calcular a impedância da
antena para qualquer freqüência. Esta técnica funciona bem para valores de
menores que 30.

18.3) Balluns
Balun é um dispositivo que realiza a passagem de um sistema balanceado
para outro não balanceado e vice-versa. Denomina-se sistema balanceado
aquele sistema, cujos componentes tem o mesmo potencial em relação ao
plano terra. Aplicando-se estes conceitos a linhas de transmissão verifica-se
que linhas não balanceadas apresentam perdas por irradiação. Em linhas
balanceadas isto não acontece pois existirão correntes circulando nos dois
sentidos de igual intensidade. Note-se que dobras muito acentuadas
provocam o aparecimento de irregularidades ocasionando o
desbalanceamento das linhas. Convém lembrar que:
Z L − Z0 1+ ρ
ρ= e S= e que a potencia util vale :
Z L + Z0 1− ρ
PU = PT (1 − ρ 2 )
Existem vários tipos de Baluns, veremos os mais populares: o balun
Bazooka e o balun Trombone. A figura 18.b, mostra estes baluns.
Figura 18.b
Na parte de cima da figura vê-se o balun Bazooka e na de baixo o balun
Trombone. Para estudo do balun Trombone é necessário estudar-se o dipolo
dobrado, mostrado na figura 19.

18.4) Dipolo dobrado


Figura 19

O dipolo dobrado pode ser analisado considerando-se a corrente composta


de dois modos, o modo linha e o modo antena. Seja V a tensão que alimenta
o dipolo vinda da linha. Note que no modo linha esta tensão e composta de
duas tensões de V/2, uma em cada dipolo com sentidos opostos devido ao
sentido da corrente nos dipolos. No modo antena esta tensão é nula pois as
tensões V/2 tem mesmo sentido. A figura 20 a seguir mostra estas tensões.

Figura 20
Sendo assim pode-se escrever as seguintes equações para as correntes totais
nos dois modos:
V /2 V /2
IT = e IA = onde ZT = jZ 0 tan( βl / 2)
ZT ZD
Note que ZT é a impedância dada pala linha de transmissão curto circuitada e
ZD é a impedância de um dipolo simples de meia onda. A corrente entregue
pela linha vale a soma da corrente IT com metade da corrente IA . Assim a
corrente que a linha entrega vale IT mais IA /2. A impedância vista pela linha
vale:
V 4 ZT Z D
Z in = = como ZT = ∞ para o dipolo de
I T + I A / 2 ZT + 2 Z D
meia onda resulta finalmente :
Zin = 4 Z D = 292 + j168 que para o dipolo ressonante vale :
Zin ≅ 300 Ω
Veja que o dipolo Bazooka tem como objetivo tornar idênticas as correntes
que alimentam o dipolo, evitando que a corrente seja diferente nos dois
ramos do dipolo, devido ao retorno da corrente pelos dois lados da malha de
terra do cabo coaxial. O toco de /4, cria uma alta impedância impedindo a
circulação da corrente pelo lado externo da malha de terra do cabo coaxial.
O balun Trombone casa um cabo de 75 com um dipolo dobrado que tem
impedancia de 300 , pois teremos para o valor da potencia na saída do
cabo:
PC = I1Z C na entrada da antena esta potencia vale
I Z
PA = ( 1 ) 2 Z A = I12 A comparando - se as duas potencias :
2 4
ZA = 4 Z C
Provando-se o que foi dito.

19) Antenas com ganho maior

A figura 21 mostra que a medida que o comprimento do dipolo for


aumentando o ganho do mesmo oscila porem sempre apresenta tendência de
subir. Assim se desejamos antenas de alto ganho deveremos ter dipolos de
vários comprimentos de onda, fazendo com que na pratica a construção
destes dipolos seja impossível. Deste modo para conseguir-se antenas de alto
ganho faz-se uso de conjunto de dipolos, que será nosso próximo assunto.
Figura 21

20) Conjunto de Antenas

Seja a figura 22 abaixo:

Figura 22

Vamos considerar primeiramente que só existam duas fontes radiadores


isotrópicos. O campo num ponto distante produzido por estas duas fontes
será dado por:
E = E1 + E2 onde E1 é o campo produzido pela fonte 1, e E 2 é o
campo produzido pela fonte 2. Estes campos são dados por :
E1 = E0e j ( wt − βr ) e E2 = E0e j ( wt − βr ′) onde : r ′ = r − d cos φ
Deste modo o campo E2, pode ser expresso por:
E2 = E0e j ( wt − βr ) e jβd cos φ = E1e jϕ = E 0e jϕ e j(wt - βr) onde ϕ = βd cos φ
E o campo total “E” por:
E = E1 + E2 = ( E0 + E0e jϕ )e j ( wt − βr )
j ( wt − βr )
Mantendo-se sub-entendido e resulta:
E = E0 + E0e jϕ = E0 (1 + cos ϕ + j sin ϕ ) = E0 Ae jB onde :
A = (1 + cos ϕ ) 2 + sin 2 ϕ = 2 cos(ϕ / 2)
sin ϕ ϕ
B = tan −1 = pois temos que :
1 + cos ϕ 2
ϕ 1 ϕ ϕ
cos 2 = (1 + cosϕ ) e sin ϕ = 2 sin cos
2 2 2 2
Deste modo a expressão para o campo total E pode ser posta na forma:
ϕ
ϕ j
E = E0 2 cos e 2
2
Analisando-se esta expressão, vê-se que a amplitude do campo resultante das
duas fontes é composta pelo produto de dois fatores:
a) A amplitude do campo da fonte isotrópica: E0
(
b) Um fator devido ao conjunto: 2 cos ϕ / 2 )
A fase do conjunto difere da fase de uma das antenas pelo fator dado
por: ϕ / 2
Generalizando-se esta demonstração para duas antenas quaisquer, onde E0
fosse seu diagrama de irradiação, dependente dos ângulos e , pode-se
expressar a seguinte regra geral:
“ O diagrama de irradiação de um conjunto de duas antenas iguais é o
produto do diagrama de uma antena do conjunto pelo fator do conjunto e a
fase do conjunto é a soma da fase de uma antena do conjunto com a fase do
conjunto”.
Vamos agora retomar a figura 22, supondo a existência de “n” fontes iguais
e igualmente espaçadas. Seja E0 o campo produzido por cada uma destas
fontes e = dcos a defasagem entre elas. O campo total “ E” pode ser
expresso por:
E = E0 + E0e jϕ + E0e j 2ϕ + E0e j 3ϕ + ......... + E0e j ( n −1)ϕ ou :
E = E0 (1 + e jϕ + e j 2ϕ + e j 3ϕ + ......... + e j ( n −1)ϕ )
Expressão que ainda pode ser posta na forma:
n
E = E0 e j ( x −1)ϕ multiplicando - se esta expressão por e jϕ , resulta :
x =1

Ee jϕ = E0 (e jϕ + e j 2ϕ + e j 3ϕ + ......... + e jnϕ ), fazendo - se : E - Ee jϕ , resulta :


E − Ee jϕ = E(1 - e jϕ ) = [E0 (1 + e jϕ + e j 2ϕ + .. + e j ( n −1)ϕ )] - [E 0 (e jϕ + .. + e jnϕ )]

resultando em:
E − Ee jϕ = E (1 − e jϕ ) = E0 (1 − e jnϕ ) portanto :
1 − e jnϕ e jnϕ − 1 sin (nϕ / 2 ) j ( n −1) ϕ2
E = E0 = E0 jϕ = E0 e onde temos :
1− e jϕ
e −1 sin (ϕ / 2 )
a) E 0 representa o campo de cada antena individualmente
sin (nϕ / 2 )
b) representa o fator do conjunto em amplitude
sin (ϕ / 2 )
ϕ
j ( n −1)
c) e 2
representa a diferença de fase do fator de conjunto
Para chegar-se a esta conclusão usou-se:

jnϕ jnϕ jnϕ jϕ jϕ jϕ


− −
jnϕ jϕ
e −1 = e 2
e 2
−e 2
e e −1 = e 2
e 2
−e 2

e jα − e − jα e jα + e − jα
sinα = e cosα =
2j 2

21) Conjunto Broadside e Conjunto Endfire


Denomina-se conjunto Broadside ao conjunto formado por duas antenas
idênticas, separadas por uma distância “d “ e alimentadas por correntes
iguais e de mesmo sentido. Neste caso, pode-se escrever:
E = E A + EB = E0e − jβr + E0e − jβr = E0e − jβr (e − jβ∆r + e jβ∆r )
A B

d
pois : rA = r + ∆r e rB = r − ∆r sendo : ∆r = cosφ
2

e jβ∆r + e − jβ∆r
cos β∆r = resulta em :
2
E = E0e − jβr 2 cos( β ∆r )
No conjunto Endfire as duas antenas estão alimentadas por correntes iguais
mas de sentidos opostos, assim teremos:
E = E A + EB = − E0e − jβr + E0e jβr = E0e − jβr (− e − jβ∆r + e jβ∆r )
A B

e jβ∆r − e − jβ∆r
sin( β ∆r ) =
2j
E = E0e − jβr 2 j sin( β ∆r )
Veja que a diferença entre estes conjuntos é que um é máximo para = 00
enquanto o outro é mínimo. Temos o oposto para = 900 ou seja um tem o
maximo no eixo das antenas enquanto o outro tem o maximo a 900 do eixo
das antenas.
A figura 23 abaixo mostra o conjunto, onde no caso broadside as antenas
tem correntes I tanto em A como em B, e no caso endfire a antena A tem
corrente –I e a antena B corrente I, conforme tabela 2
Antena A Antena B Conjunto
I0 I0 Broadside
-I0 I0 Endfire
Figura 23

22) Ganho do Conjunto


Vamos supor dois dipolos perpendiculares ao plano do papel e separados por
uma certa distânçia d, conforme mostra a figura 23, e alimentados por
correntes iguais. Podemos pensar neste conjunto como um quadripolo e
escrever:
V1 = Z11I1 + Z12 I 2
V2 = Z 21I1 + Z 22 I 2
Como a antena é um sistema linear pode-se por: Z12 = Z21. Estas
impedâncias são dadas pelas impedâncias próprias e mutuas entre os dipolos.
O campo produzido por cada dipolo individualmente vale:
π
cos cosθ
j 60 I 2
E= pode - se ver que no plano do papel
r sin θ
j 60 I
θ = 900 e o campo sera dado por : E = dado uma certa
r
distância como referencia este campo pode ser expresso por
j 60
E = KI onde a constante vale : K = A potencia irradiada
r
1
entregue a cada dipolo vale : PA = PB = I 2 ( R11 + R12 ) A potencia
2
entregue ao conjunto dos dipolos vale : P = PA + PB = I 2 ( R11 + R12 )
Assim pode-se expressar a corrente de alimentação dos dipolos por:
P
I= e o campo produzido por este dipolo pode ser dado por :
R11 + R12
P
E DC = K
R11 + R12
Supondo-se que esta mesma potência fosse entregue a um único dipolo
isolado teríamos usando-se o mesmo raciocínio, o campo elétrico dado por:
2P
EDI = K pois como o dipolo esta isolado não sofre influencia
R11
de outros elementos que se manifestam atravez da impedancia mutua.
Usando-se o que foi visto no item 18 para o conjunto dos dipolos, pode-se
por para o campo produzido pelo conjunto dos dipolos
d r cos φ
EC = 2 E cos( ) onde d r = β d
2
O ganho do conjunto em relação ao dipolo isolado vale:
P d cos φ
K 2 cos( r )
EC R11 + R12 2
G= =
E DI 2P
K
R11
2 R11 d cos φ
G= cos r
R11 + R12 2
A figura 24 ilustra a situação

Figura 24

23) Rede de Antenas


Considerando-se duas antenas radiadores isotrópicos separados por uma
certa distância “d” e alimentados por correntes iguais, mas de fases
diferentes chega-se ao seguinte diagrama de irradiação no plano H, mostrado
na figura 25.
Figura 25
Estes diagramas podem ser obtidos fazendo-se:
ϕ = δ + βd cosφ na equação do conjunto de antenas visto no tópico
δ + βd cosφ
19. A equação do campo vale: E = 2 E0 cos
2
Para entender-se como estes diagramas são desenhados é necessário lembrar
que:
1 1 1 2 1 2 1 2
P= Re(VI ∗ ) = Re( ZI * I ∗ ) = Re( Z I ) = I Re( Z ) = I R
2 2 2 2 2
24) Antena Yagi
Vamos iniciar nosso estudo pela antena yagi de dois elementos. Esta antena
é constituída por dois dipolos separados de uma distancia d, onde somente
um deles é alimentado por uma corrente I. Vamos supor referindo-se a figura
24 que o dipolo alimentado esteja em A e o dipolo sem alimentação esteja
em B. Deste modo pode-se escrever tratando-se o conjunto das duas antenas
como um quadripolo:
V1 = I1Z11 + I 2 Z12
V2 = I1Z12 + I 2 Z 22 = 0 pois o segundo dipolo não esta alimentado
calculando - se I 2 em função de I1 resulta :
Z12 Z12 e jα 12
Z12 j (α −α 22 ) Z12 j (π +α −α 22 )
I 2 = − I1 = − I1 = − I e 12
= I1 e 12

Z 22 e jα
1
Z 22 22
Z 22 Z 22
fazendo-se: δ = π + α12 − α 22 resulta:
Z
I 2 = I1 12 e jδ
Z 22
O campo elétrico a uma distancia grande do conjunto pode ser expresso por:
E (φ ) = KI1 + KI 2e jd r cos φ
onde d r = β d assim com o uso
da equação anterior pode - se por :
Z12 j (δ + d
E (φ ) = KI1 1 + e r cos φ )

Z 22
Retornando-se as equações do quadripolo tem-se:
Z122 Z122
V1 = I1Z11 − I1 = I1 Z11 −
Z 22 Z 22
2
V1 Z122 Z12 e j 2α 12

= Z1 = Z11 − = Z11 −
I1 Z 22 Z 22 e jα 22

Sabe-se que:Z11 = R11 + jX 11 e Z12 = R12 + jX 12 então:


Z 1 = R1 + jX 1 resultando em :
2
Z
R1 = R11 − 12 cos( 2α 12 − α 22 )
Z 22
Entregando-se uma potencia “P” ao dipolo alimentado do conjunto tem-se:
2P 2P
I1 = = 2
R1 Z
R11 − 12 cos(2α12 − α 22 )
Z 22
Substituindo este valor da corrente na equação do campo resulta em:
2P Z12 j (δ + d
E (φ ) = K 2
1+ e r cos φ )

Z12 Z 22
R11 − cos(2α12 − α 22 )
Z 22
Entregando-se esta mesma potencia a um dipolo de meia onda resulta:
2P 2P
ID = resultando em : ED (φ ) = K
R11 R11

O ganho do conjunto em ralação ao dipolo de meia onda pode ser expresso


por:
E (φ ) R11 Z12 j (δ + d
G (φ ) = = 1+ e r cos φ )

ED (φ ) Z
2
Z 22
R11 − 12 cos(2α12 − α 22 )
Z 22

Procedendo-se de modo análogo pode-se construir Yagis de vários


elementos. A tabela 2 a seguir mostra algumas antenas Yagi já
desenvolvidas com excelentes resultados.
Tabela 2

As antenas yagi possuem largura de banda inferior a 10% da sua freqüência


de operação.

25) Antena log-periodica


As antenas log-periodicas são antenas caracterizadas por terem uma largura
de banda bastante ampla, sendo conhecidas como antenas independentes da
freqüência. Nestas antenas a impedância e o diagrama de radiação variam
periodicamente com o logaritmo da freqüência.
Figura 26
O principio de funcionamento destas antenas baseia-se no fato de que se
todas as dimensões de uma antena forem reduzidas de um fator K, a
performance da antena (diagrama de radiação, impedância) permanece
inalterada se a freqüência de operação for aumentada do mesmo fator K. Isto
se chama escalonamento de uma antena. Este escalonamento é conseguido
com estrutura como as mostradas na figura 26 onde se deve ter:
r
θ = θ 0 sin b ln
r0
w′ = we 2π / b
ln w′ = ln w + 2π / b
b ln(r / r0 ) = 2π
ln r = ln r0 + 2π / b
Assim, os valores de w e r são repetidos na razão do logaritmo da freqüência
inicial e distancia inicial respectivamente e são periódicos em 2 /b.
Na antena log deve-se ter:
a) A impedância de entrada e o diagrama de radiação devem variar
periodicamente com o logaritmo da freqüência, isto é não devem portanto se
alterar com o logaritmo da freqüência permanecendo constantes.
b) Para que isto seja possível deve-se ter em coordenadas esféricas que a
estrutura da antena deve ter: = f ( ln(r)), ou seja a coordenada da antena
deve ser uma função logarítmica da coordenada r.
A antena log-periodica é formada por dois braços, tendo cada um deles uma
estrutura deste tipo conforme mostra a figura 26. A realização disto na
pratica é feito com estruturas com as mostradas na figura 27 abaixo.
θ , r são coordenadas, bem como x e y
θ = f(ln(r))
z = ln(w) = x + jy
w = re jθ = u + jv desde mod o teremos :
x = ln(r )
y =θ
Nesta geometria deve-se ter:

1 l2 R2 d 2 s2 ln +1 Rn +1
= = = = = = = ...
τ l1 R1 d1 s1 ln Rn
Deve-se ter em mente que a relação:
f1 f 2 f
τ= = = ...... = n para : f 2 ≥ f1 define a gama de
f 2 f3 f n +1
funcionamento da antena em termos da freqüência. Define-se também nesta
estrutura um parâmetro de espaçamento dado por:
Rn +1 − Rn
σ=
2ln +1
Figura 27
O projeto destas antenas é realizado com o auxilio das curvas da figura 28
obedecendo os seguintes passos:
Figura 28
Com o ganho desejado escolhe - se os fatores τ e σ com o uso
da figura 28, calculando - se então :
1−τ f max
α = tan −1 B=
4σ f min
Bar = 1.1 + 7.7(1 − τ ) cot α
2

Bs = BBar = B[1.1 + 7.7(1 − τ ) 2 cot α ]


v
λmax = 2lmax =
f min
λmax 1
L= 1− cot α
4 Bs
ln Bs
N =1+
ln(1 / τ )
ln
Z a = 120 ln − 2.25
dn
s = D cosh( Z 0 / 120)
σ
σ′ =
τ
onde:
Bs = largura de banda utilizada nos cálculos
B = largura de banda desejada
Bar = largura de banda da região ativa da antena
L = comprimento total da antena
N = numero de dipolos da antena
Za = impedância media dos dipolos da antenas
Z0 = impedância característica da linha de alimentação dos dipolos
Rin = impedância de entrada da antena
d = diâmetro dos elementos
D= diâmetro do elemento da linha de transmissão
s = espaçamento entre os condutores da linha de transmissão
fmax = freqüência máxima desejada. fmin = freqüência mínima de operação
Valores típicos de projeto são: 100 < <450 e 0,7 < < 0,95. A terminação
da linha de alimentação normalmente é feita por um curto a uma distancia
menor ou igual a max/8 do maior dipolo da estrutura.

26) Antenas de abertura


Vejamos agora com base na teoria de irradiação por superfícies já vista
como pode ser calculado o campo irradiado por uma superfície plana que
contem uma onda plana.
26.1) Irradiação por uma superfície plana

Figura 29

Considere uma onda como mostra a figura 29 com campo elétrico Ex e


campo magnético Hy viajando na direção ‘z ‘. Como vimos esta onda plana
pode ser substituída na superfície por correntes equivalentes dadas por:
Ex
nz × H y = J x = H y x = x = nz H y sin 90 x
η
− nz × Ex = − M y = − E x y = − nz Ex sin 90 y
N= J x e jβ ( x sin θ sin φ + y sin θ sin φ ) dxdy
a,b

L= M y e jβ ( x sin θ sin φ + y sin θ sin φ ) dxdy


a,b

Nθ = J x cosθ cos φe jβ ( x sin θ sin φ + y sin θ sin φ ) dxdy


a,b

Nφ = − J x sin φe jβ ( x sin θ sin φ + y sin θ sin φ ) dxdy


a ,b

Lθ = M y cosθ sin φe jβ ( x sin θ sin φ + y sin θ sin φ ) dxdy


a,b

Lφ = M y cos φe jβ ( x sin θ sin φ + y sin θ sin φ ) dxdy


a,b
Fazendo-se uso destas equações chega-se a:
c sin X sin Y
Eθ = sin φ (1 + cosθ )
2 X Y
c sin X sin Y
Eφ = cos φ (1 + cosθ )
2 X Y
E E
Hθ = − φ Hφ = θ
η η
jabβ Ex e − jβr
c=
πr
βa
X = sin θ cos φ
2
βb
Y= sin θ cos φ
2

26.3) Irradiação por cabo coaxial


Seja um cabo coaxial alimentado por um lado e com o outro aberto
conforme mostra a figura 30. O campo irradiado por esta estrutura pode ser
calculado pela teoria, supondo-se que exista uma tensão V entre a alma e a
malha do cabo no lado aberto, pode-se por:
V
Eρ = ρ com este valor pode - se determinar M s
ρ ln(b / a )
V φ
Ms = −
ρ ln(b / a)
e com o uso da teoria vista chega - se á :
ηβ wεV (b 2 − a 2 ) Eθ
Eθ = − sin θe − jβr Hφ =
8r ln(b / a ) η

Figura 30
26.4) Cornetas
Uma superfície plana conforme a que foi vista e que na pratica, pode ser
pensada como uma guia de onda em aberto, apresenta um baixo rendimento
devido a súbita mudança do meio de propagação e ao fato de suas dimensões
serem pequenas. Para resolver tais problemas surgiram as cornetas que
podem ser vistas na figura 31. A figura mostra por ordem a corneta H, a
corneta E, a corneta piramidal e a corneta cônica. A corneta H pode ser
projetada com o uso da figuras 32 e 33. Para entendimento desta figuras
deve-se observar a figura 32 que vale tanto para o plano H como para o
plano E. Nesta figura teremos:
ρ1 = ρe cosϕe
1 y′2
δ ( y′) = fase = βδ (y′)
2 ρ1
1 (b1 / 2) 2 β b12
fasemax =β =
2 ρ1 8 ρ1

Figura 31
Figura 32

Figura 33
fasemax 1 βb12 b12
t= = =
2π 2π 8 ρ1 8λρ1
As curvas são apresentadas em função do parâmetro “t” e do parâmetro
“ 1”( dado em função de ). A figura 33 permite o dimensionamento da
corneta em função da Diretividade pretendida DH. A figura 34, permite o
calculo dos diagramas de irradiação.

Figura 34

As cornetas E podem ser dimensionadas com o uso das figuras 35 e 36.


Figura 35
Figura 36
A corneta piramidal apresenta diagrama de irradiação no plano E idêntico ao
diagrama no mesmo plano da corneta setorial E. O diagrama de irradiação
no plano H é igual ao diagrama no mesmo plano da corneta setorial H. A
diretividade da corneta piramidal é dada por:
π λDE λDH
D=
32 A B
Onde DE e DH são as diretividades das cornetas setoriais.

26.5) Parábolas
As antenas parabólicas nada mais são do que antenas de aberturas com áreas
grandes. Esta grandes áreas são obtidas colocando-se uma antena de abertura
no foco de um refletor parabólico e deste modo consegue-se maiores áreas
devido as propriedades da parábola. A diretividade de uma abertura pode ser
calculada com o uso de:
4πU E2
D= onde P = S • ds e S=
P 2η
U = r 2S
Com o auxilo destas formulas, sendo o campo calculado pelas diversas
formas das aberturas( guias, cabos), chega-se a seguinte formula para ganho
máximo da antena:
4πA
D=
λ2
Onde “A” é a área da abertura. Para antenas parabólicas de diâmetro “d” esta
formula fica:
π2 2
D= 2 d
λ
Expressando em db com troca de unidades resulta em:

G = 20.4 + 20 log(d m f Ghz )


Como em geral esta alimentação é feita com guias de ondas que não
produzem um campo plano em toda a abertura a eficiência da antena fica em
torno de 57%. Resultando em um ganho de:
π 2d 2
G = 0,57 2
λ
Expressando-se em db com mudança de unidades temos a seguinte formula
pratica:
G = 18 + 20 log(d m f Ghz )

27) Exercícios
1) Qual o ganho máximo de uma antena supondo-se que seu rendimento
seja de 80% e que o vetor de Poyting por ela produzido seja:
1
S= 2
10 sin θ sin 2
φ
r
2) Em uma antena foram lidos os seguintes valores:
Ângulo(graus) Campo horizontal(mV/m) Campo vertical(mV/m)
90 1.23 7.98
80 1.65 3.59
70 2.07 11.0
60 2.38 6.5
50 3.04 9.0
40 5.82 13.0
30 11.7 22.2
25 17.4 26.3
20 28.02 32.8
10 32.77 36.6
0 39.63 37.15
-10 35.7 28.8
-15 28.02 26.3
-20 27.65 17.74
-30 15.55 14.48
-40 9.45 12.5
-50 5.95 6.4
-60 1.4 7.3
-70 2.4 2.5
-80 1.37 6.5
-90 2.01 5.6
Qual o ganho mínimo e máximo da antena considerando-se pontos de
3db?
3) Plote o diagrama de radiação de um dipolo elementar operando em
300 Mhz, com I = 2A e l = 2cm.
4) Qual o ganho do dipolo elementar nas direções de 200 e 600 ?
5) Calcule a área e o comprimento eletrico das seguintes antenas:
Fequencia(Mhz) 170 470 850
Ganho(db) 13 17 20
Resistência de Radiação( ) 50 50 50
6) Plote o diagrama de radiação de um dipolo de meia onda, operando
em 200Mhz com corrente de alimentação de 5A.
7) Qual a potencia em dbm na entrada de um receptor operando em 850
Mhz, submetido a um campo de 50 V/m se sua antena tem:
a) 20 db de ganho
b) -1 db de ganho
8) Calcule a impedância do dipolo de meia onda operando em 150 Mhz,
alimentado a 25 cm de distancia do seu fim. O diâmetro do condutor do
dipolo é de 0,25 cm.
9) Calcule a impedância de radiação e a de alimentação de um dipolo de
1,5 m de comprimento, operando em 300 Mhz, alimentado pelo centro,
feito com condutor de 0.3 cm de diâmetro.
10) Calcule as impedâncias de radiação e alimentação para dipolos de 0.5
cm de condutor, operando em 200 Mhz com os seguintes comprimentos:
0.75 cm, 3m, 4.5m, 6m.
11) Calcule os ganhos dos dipolos da questão 10.
12) Calcule a impedância mutua entre dipolos de meia onda espaçados de:
0,25 ; 0,1 e 1.5
13) Qual a potencia de ruído na saída de uma antena operando em 100
Mhz, com banda de 20 Mhz.
14) Projete uma antena log-periodica para operar de 54 á 216 Mhz, com
ganho de 9 dbi( = 0,157 e = 0,865) e 75 de impedancia. Use para
linha de alimentação tubo de 1,18” de diametro e como elementos tubo
de 3/8”.
15) Projete uma antena Yagi para funcionar no canal 7 de TV com ganho
de 8dbi e impedancia de 50 ohms. Use tubos de 3/8”. Qual a largura de
banda estimada para esta antena?

16) Projete um dipolo de meia onda ressonante para operar no canal 2 de


TV. Use tubo de diametro 3/8”. Qual o valor esperado para a
impedancia deste dipolo?

17) Qual o ganho estimado para uma parabola de 3m de diametro


operando em 7,5Ghz? Qual seu comprimento eletrico supondo sua
impedancia de 50 omhs?

18) Calcule o ganho e impedancia de uma antena yagi de tres elementos


de meio comprimento de onda com separação de:
a. R-A: 0,25
b. A-D: 0,2

19) Projete uma antena log-periodica com ganho de 8 dbi e 75 de


impedancia para funcionar de 174 á 216 Mhz.

20) Calcule o ganho de dois dipolos de meia onda alimentados com


corrente iguais e espaçados de 0,3 .

21) Calcule o ganho de dois dipolos de meia onda alimentados com


correntes iguais e de fase opostas espaçadas de 0,4 .

22) Calcule o ganho e impedancia de uma antena Yagi de dois elementos


de meio comprimento de onda espaçados de 0,3 .

1. RIOS, L. G. & PERRI, E. B, Engenharia de Antenas. 2.ª Edição. Ed.


Edgard Blücher
2. KRAUS, John D., Antenas. 1ª edição. Ed.LTC
3. BALANIS, C., Antenna Theory – Analysis and Design. Ed. John Wiley &
Sons
4. Roberto da Costa e Silva; Eletromagnetismo Aplicado; Ed. EDUFBA;
Salvador 1998
5.Luiz Cláudio Esteves; Antenas; Ed. McGraw-Hill do Brasil; São-Paulo
1981
6. M. Dolukhanov; Propagation of Radio Waves; Ed. Mir; Moscou 1971
7.Robert E. Collin; Antennas and Radio Wave Propagation; Ed. McGraw-
Hill; Singapore 1985
8.Contel; NTC-19; Ed. Arte Moderna; Rio de Janeiro 1967
9. Vincent F. Fusco; Teoria e pratica de antenas, Ed. Bookman, Porto
Alegre 2006

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