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Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS

Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - SENARC

MANUAL DE GESTÃO DE
BENEFÍCIOS

Brasília, DF
2ª edição
Julho de 2008
VERSÃO ELETRÔNICA
Sumário

Apresentação........................................................................................................................................ 4
Capítulo I – O Programa Bolsa Família e seus benefícios financeiros................................................ 5
1. O Programa Bolsa Família........................................................................................................... 5
2. Concessão de benefícios............................................................................................................... 5
3. Composição dos benefícios financeiros dos Programas Remanescentes e do Programa Bolsa
Família.............................................................................................................................................. 7
3.1. Benefícios financeiros dos Programas Remanescentes......................................................... 7
3.2. Benefícios financeiros do Programa Bolsa Família.............................................................. 8
3.2.1. Concessão e valor financeiro do BVCE......................................................................... 9
3.2.1.1. Prescrição do BVCE.................................................................................................. 12
4. Integração entre o PBF e o Peti.................................................................................................. 13
4.1. Desenho da integração entre o PBF e o Peti........................................................................14
5. Integração entre o PBF e programas locais de transferência direta de renda............................. 16
Capítulo II – A Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família.................................................... 18
1. Definição da Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família................................................ 18
2. O Cadastro Único e a gestão de benefícios do PBF .................................................................. 18
3. Conceitos importantes ............................................................................................................... 19
4. Atividades de gestão de benefícios do PBF .............................................................................. 19
4.1. Aplicação e efeitos das atividades de gestão de benefícios do PBF ...................................20
4.1.1. Bloqueio de benefícios................................................................................................. 25
4.1.2. Desbloqueio de benefícios ........................................................................................... 27
4.1.3. Cancelamento de benefícios ........................................................................................ 27
4.1.4. Reversão de cancelamento de benefícios .................................................................... 29
4.1.5. Suspensão e reversão de suspensão de benefícios ....................................................... 30
4.1.6. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento do benefício básico................. 30
4.1.7. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento de benefício variável.............. 31
4.1.8. Divergências das famílias quanto à realização de atividades de gestão de benefícios. 31
5. Prazo do agente operador para repercussão das atividades de gestão no relatório da folha de
pagamento e no sistema bancário................................................................................................... 31
6. Atividades de gestão de benefícios dos Programas Remanescentes.......................................... 33
7. Atividades de gestão de benefícios sobre complementação financeira dos benefícios do PBF. 35
Capítulo III – Sistema de Gestão de Benefícios................................................................................. 36
1. Acesso ao Sistema de Gestão de Benefícios.............................................................................. 36
1.1. Utilização de senhas de acesso ........................................................................................... 37
1.2. Credenciamento para acesso ao SGB.................................................................................. 37
1.3. Perfis de acesso ao SGB...................................................................................................... 39
Capítulo IV – Operacionalização da gestão de benefícios................................................................. 40
1. A descentralização da gestão de benefícios do Programa Bolsa Família .................................. 41
2. Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios........................................................ 41
3. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios nos municípios............................... 42
4. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio do SGB............................44
5. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio da repercussão de alteração
cadastral.......................................................................................................................................... 46
5.1. A Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais........................................ 46
5.2. Fluxograma do processamento da repercussão de alteração cadastral no SGB.................. 47
5.3. A Rotina de Reavaliação no SGB....................................................................................... 48
5.4. Detalhamento das regras da repercussão de alteração cadastral..........................................49
6. Acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB.................. 51
7. Demais ações baseadas na Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais........ 55
7.1 Conversão de NIS................................................................................................................. 55
7.2. Substituição de responsável legal........................................................................................ 57
7.3. Mudança de município........................................................................................................ 58
7.3.1. Procedimentos do gestor municipal do municípío de origem ..................................... 58
7.3.2. Procedimentos do gestor municipal do município de destino...................................... 59
7.3.3. Procedimento da família .............................................................................................. 60
7.3.4. Procedimento em caso de exclusão indevida do cadastro ........................................... 60
8. A execução de atividades de gestão de benefícios pela SENARC............................................. 60
8.1. A utilização do Formulário Padrão de Gestão de Benefícios.............................................. 60
8.2. Envio de ofícios à SENARC para processamento centralizado de atividades de gestão de
benefícios.................................................................................................................................... 61
8.3. Principais auditorias realizadas pela SENARC................................................................... 62
Capítulo V – Pagamento do benefício................................................................................................ 63
1. Calendário de Pagamento........................................................................................................... 63
2. Canais de pagamento.................................................................................................................. 64
2.1. Atribuições do agente operador .......................................................................................... 64
2.2. Locais autorizados para o saque dos benefícios ................................................................. 64
3. Saque dos benefícios.................................................................................................................. 65
3.1. Extratos de saque dos benefícios......................................................................................... 67
4. Cartões magnéticos..................................................................................................................... 72
4.1. Os cartões magnéticos para saque de benefícios................................................................. 72
4.2. Emissão de cartões magnéticos........................................................................................... 72
4.3. Distribuição e entrega de cartões magnéticos..................................................................... 73
4.4. Cadastramento de senha eletrônica individual.................................................................... 74
5. Canais de atendimento................................................................................................................ 74
Capítulo VI – A organização da Gestão de Benefícios...................................................................... 75
1. Organização da Gestão de Benefícios........................................................................................ 75
1.1. Responsabilidades dos entes federados no que tange à Gestão de Benefício do PBF........ 75
1.1.1. Responsabilidade da União.......................................................................................... 75
1.1.2. Responsabilidades dos Estados.................................................................................... 76
1.1.3. Responsabilidades dos Municípios...............................................................................76
ANEXO.............................................................................................................................................. 78
Lista de normas e instruções do Programa Bolsa Família, Programas Remanescentes e Cadastro
Único.............................................................................................................................................. 78
Leis e Decretos........................................................................................................................... 78
Portarias Ministeriais.................................................................................................................. 79
Instruções Normativas e Operacionais....................................................................................... 81

3
Apresentação

Esta publicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


destina-se aos gestores do Programa Bolsa Família PBF nos municípios e estados e visa favorecer a
compreensão da gestão de benefícios do Programa Bolsa Família, suas finalidades e seus
mecanismos. Conforme o artigo. 8º da Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, a gestão no Programa
Bolsa Família é considerada pública, governamental e descentralizada, com a conjugação de
esforços entre os entes federados, observada a intersetorialidade, a participação comunitária e o
controle social.
A necessidade de conferir aos municípios os instrumentos, procedimentos e mecanismos
para a execução descentralizada das atividades que integram a gestão dos benefícios do PBF e dos
Programas Remanescentes teve início com a edição da Portaria GM/MDS nº 555, de 11 de
novembro de 2005, complementada pela edição do Manual do Sistema de Gestão de Benefícios.
Não obstante futuros aprimoramentos na gestão de benefícios, decorrentes de avanços na gestão do
PBF e nos sistemas informatizados, é importante divulgar os atuais procedimentos e rotinas da
gestão de benefícios por meio deste Manual de Gestão de Benefícios do Programa Bolsa
Família.
As instâncias de controle do Programa Bolsa Família também poderão ser beneficiadas com
a publicação deste manual, com aumento da transparência das ações sociais e a maior participação
da sociedade. As instâncias de controle social do PBF poderão exercer melhor as atribuições
previstas no artigo 10 da Instrução Normativa GM/MDS nº 1, de 20 de maio de 2005. Da mesma
forma, a rede pública de fiscalização, instituída em janeiro de 2004, formada pelo Tribunal de
Contas da União, Controladoria-Geral da União e membros dos Ministérios Públicos Estadual e
Federal, terá mais informações a sua disposição.
A primeira edição deste manual foi elaborada pela Coordenação Geral de Benefícios da
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC), a quem compete o esclarecimento de
dúvidas e o acolhimento de sugestões, por meio do e-mail bolsa.familia@mds.gov.br. A edição
mais recente deste manual estará sempre disponível no sítio eletrônico do MDS
(www.mds.gov.br).
Este Manual de Gestão de Benefícios está organizado da seguinte forma:
• capítulo I – Descreve o PBF e apresenta os benefícios financeiros do Programa;
• capítulo II – Apresenta a gestão de benefícios do PBF e dos Programas
Remanescentes, concentrando-se na aplicação da legislação vigente;
• capítulo III – Explica brevemente o Sistema de Gestão de Benefícios, posicionando
esse sistema no desenho da gestão de benefícios;
• capítulo IV – Apresenta o funcionamento da operacionalização da gestão de
benefícios;
• capítulo V – Explica a entrega de cartões magnéticos e o saque dos benefícios
financeiros.
• capítulo VI – Mostra as principais atribuições dos entes federados na gestão de
benefícios. Na perspectiva do Governo Federal, a atuação dos gestores municipais e
estaduais, das instâncias de controle social e da rede pública de fiscalização será
bastante facilitada a partir da edição deste Manual de Gestão de Benefícios. Seu
grande mérito é divulgar, de modo simples e didático, aspectos operacionais do PBF
do interesse de todas as pessoas direta ou indiretamente envolvidas com a gestão do
Programa.
Capítulo I – O Programa Bolsa Família e seus benefícios financeiros

1. O Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família é um programa de transferência de renda diretamente às famílias


pobres e extremamente pobres que vincula o recebimento do auxílio financeiro ao cumprimento de
compromissos (condicionalidades) nas áreas de Educação e Saúde.
O Programa Bolsa Família (PBF) foi instituído pela Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e
regulamento pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004. Tem por objetivos: aliviar a
pobreza de forma imediata, por meio da transferência de renda diretamente às famílias; contribuir
para a redução da pobreza entre gerações, por meio do acompanhamento das condicionalidades; e
apoiar e desenvolver as famílias, por meio da articulação com programas complementares. Como o
próprio nome diz, o Bolsa Família busca atender a toda a família.
O Bolsa Família é um dos programas que integram o Fome Zero, que tem maior abrangência
e cujo objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada, com prioridade para as pessoas
com dificuldade de acesso aos alimentos.
O PBF integra e unifica os atos e procedimentos de gestão de antigos programas de
transferência de renda do Governo Federal, chamados Programas Remanescentes, a saber:
• Bolsa Escola, instituído pela Lei no 10.219, de 21 de abril de 2001;
• Bolsa Alimentação, instituído pela MP no 2.206, de 6 de setembro de 2001;
• Auxílio-Gás, instituído pelo Decreto no 4.102, de 24 de janeiro de 2002; e
• Cartão Alimentação, instituído pela Lei no 10.689, de 13 de junho de 2003.
Cada um desses Programas Remanescentes estava sob a responsabilidade de um órgão
específico, o que dificultava, ou mesmo, inviabilizava a coordenação de ações de caráter
intersetorial para o combate à pobreza. Por exemplo, uma família podia participar de dois ou três
programas, enquanto outros grupos, na mesma localidade e em situação semelhante, não recebiam
nenhum apoio. Assim, a unificação conferiu maior racionalidade administrativa e aumentou a
eficácia dessa política no enfrentamento da pobreza. Da mesma forma, foram criadas condições
para a padronização de procedimentos de gestão, facilitando a compreensão sobre a
operacionalização dos programas sociais do Governo Federal por parte da população e responsáveis
dos estados e municípios.
Não há impedimentos legais para que as famílias continuem a receber benefícios dos
Programas Remanescentes enquanto não migrarem para o Bolsa Família. Igualmente, não existem
também impedimentos a que essas famílias sejam beneficiadas por programas financiados com
recursos dos estados e municípios.
O Cadastro Único – CadÚnico, instituído pelo Decreto nº 3.877, de 24 de julho de 2001, é
um instrumento de coleta de informações que tem como objetivo identificar e qualificar todas as
famílias pobres. O foco do CadÚnico são as famílias com renda por pessoa de até meio salário
mínimo. O Programa Bolsa Família depende das informações lançadas pelo município no
CadÚnico.
A lista de normas e instruções do PBF encontra-se no anexo deste manual.

2. Concessão de benefícios
A concessão de benefícios, atribuição exclusiva do MDS, é exercida operacionalmente pela
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - Senarc, com base, principalmente, nas estimativas de
pobreza em cada município e nas informações constantes do Cadastro Único.
Com relação ao PBF, os valores referenciais para definição de pobreza e extrema pobreza
foram inicialmente definidos na própria lei do Programa Bolsa Família e atualizados pelo Decreto
nº 5.749, de 11 de abril de 2006. Atualmente, a concessão de benefícios financeiros pelo PBF
considera famílias pobres aquelas com até R$ 120,00 de renda mensal familiar por pessoa, e
famílias extremamente pobres aquelas com até R$ 60,00 de renda mensal familiar por pessoa.
Antes, esses valores de referência eram, respectivamente, R$ 100,00 e R$ 50,00
A definição dos valores de renda mensal familiar por pessoa para concessão de benefícios e
a estimativa de famílias pobres existentes no Brasil e em cada município foram elaboradas pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea. Essa estimativa, de 2003, e atualizada em 2006,
tem como referência informações da Pnad – Pesquisa Nacional por Amostragem de
Domicílios/2004 e do Censo Populacional e está disponível no sítio do MDS.
A cobertura do Bolsa Família e o planejamento de sua expansão são realizados segundo
essa estimativa. Ao mesmo tempo, o planejamento procura contemplar famílias novas (famílias
sem nenhum benefício) e migrar para o PBF as famílias dos Programas Remanescentes. Assim,
durante o ano 2005, a concessão de benefícios buscou atingir uma cobertura de 70% da estimativa
de famílias pobres em todos os municípios brasileiros, com ênfase para municípios com baixa
cobertura. A meta do Governo Federal para 2006 era atender a todas as famílias em situação de
pobreza e extrema pobreza em cada município. Em junho de 2006 a meta foi atendida,
beneficiando 11,1 milhões de famílias. Após a meta de 100% de cobertura da Estimativa oficial de
pobreza ter sido atingida, as novas concessões têm buscado equacionar a reposição de vagas de
famílias que vão sendo desligadas do programa, a ampliação da cobertura em municípios abaixo da
meta, o atendimento de populações prioritárias e o limite orçamentário.
A inclusão da família no PBF para a concessão de benefícios é feita exclusivamente entre as
famílias cadastradas no Cadastro Único. No entanto, o cadastramento de uma família não resulta na
imediata concessão do benefício pelo PBF: depende da situação no Cadastro Único, da
disponibilidade de recursos do Governo Federal e do cronograma de expansão do Programa.
Além da concessão de benefícios para famílias novas, desde sua criação o PBF vem
transferindo para o Programa as famílias incluídas nos Programas Remanescentes, com o objetivo
de unificar procedimentos de gestão e execução dos programas de transferência de renda do
Governo Federal, e desde junho de 2006 vem integrando ao programa as famílias atendidas pelo
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - Peti.
Nem todas as famílias inscritas no CadÚnico são incluídas no PBF. Como o Cadastro Único
registra famílias com diferentes valores de renda por pessoa, apenas um subconjunto das famílias
cadastradas é periodicamente habilitado à concessão de benefícios. Regra geral: as famílias do
Cadastro Único, com renda por pessoa menor ou igual a R$ 120,00 e domicílio na condição
“Ativo” na base nacional do CadÚnico poderão receber os benefícios do PBF. Dessa forma,
famílias com duplicidade1 de cadastramento ou renda por pessoa superior a R$ 120,00 não são
público alvo do Programa. Além disso, as famílias pertencentes ao extinto Cadbes – Cadastro do
Bolsa Escola precisam ter seu cadastro complementado2 antes de poderem ser incluídas no PBF.
Cabe ressaltar que a concessão de benefícios pelo PBF é feita de maneira impessoal, por
meio de um sistema informatizado, que concede benefícios de acordo com o cronograma de
expansão do Programa. As famílias constantes do Cadastro Único em cada município são
priorizadas segundo o critério da renda por pessoa, da menor para a maior renda.
O Quadro I a seguir apresenta uma síntese da operação do Programa Bolsa Família; reúne
os principais envolvidos na execução do Programa e demonstra a correlação entre o cadastramento
e a concessão de benefícios.
1
Exemplos de famílias que recebem esta marcação de duplicidade são aquelas com o mesmo responsável legal (caso
em que apenas um domicílio é considerado ATIVO) ou com pessoas em comum nos seus cadastros (e.g., uma criança
presente no domicílio da mãe e no domicílio da avó).
2
Consulte a Instrução Operacional nº 13, de 20 de abril de 2006, que trata a complementação do Cadbes.
Quadro I – Fluxograma de operação do PBF

Cadastrament Geração da Folha e do


o Cartão
MDS

Define Políticas e
Diretrizes Concede benefício

Extrai Gera Folha


Aplica regras
Dados Produz Cartão
e informa
CadÚnico
Atribui NIS Famílias e distribui
habilitados
CAIXA

Disponibiliza e envia arquivo SIBEC


Formulários
retorno
e sistemas SICID
Cadastra Senha,
Envia dados efetua
pagamento
Digita
dados
famílias
PREFEITURA

Dados
Coleta registrados na
dados Base Local
famílias
FAMILIA

3. Composição dos benefícios financeiros dos Programas Remanescentes e do Programa Bolsa


Família

3.1. Benefícios financeiros dos Programas Remanescentes


O Quadro II resume algumas das características dos Programas Remanescentes e apresenta
os benefícios financeiros correspondentes.

Quadro II - Benefícios financeiros dos Programas Remanescentes

Programa Legislação Elegibilidade Benefícios Financeiros

Lei nº 10.219, de
11/04/2001, e Renda familiar mensal de até
R$ 15,00 – benefício mensal por
Bolsa Escola R$ 90,00 por pessoa, com
Decreto nº 4.313, de criança, até o limite de R$ 45,00.
crianças de 6 a 15 anos
24/07/2002
MP nº 2.206-1, de
6/09/2001, e Gestantes, nutrizes e crianças
Bolsa R$ 15,00 - benefício mensal até o
de 6 meses a 6 anos e 11
Alimentação Decreto nº 3.934, de limite de R$ 45,00.
meses em risco nutricional
20/09/2001
MP nº 18, de
28/12/2001, e Renda familiar mensal de até R$ 7,50 - benefício mensal pago
Auxílio-Gás meio salário mínimo por bimestralmente (R$ 15,00 a cada
Decreto nº 4.102, de pessoa dois meses).
24/01/2002
Lei 10.689, de
13/06/2003, e Renda familiar mensal de até
Cartão R$ 50,00 - benefício mensal pago
meio salário mínimo por
Alimentação Decreto 4.675, de à família
pessoa
16/04/2003

3.2. Benefícios financeiros do Programa Bolsa Família

O Programa Bolsa Família dispõe dos seguintes tipos de benefícios financeiros, definidos na
Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004:
• Benefício Básico – no valor de R$ 62,00 é concedido a cada família com renda por pessoa
igual ou inferior a R$ 60,00
• Benefício Variável – no valor de R$ 20,00 é concedido para cada criança ou adolescente de
0 a 15 anos de idade, até o limite de três crianças por família;
• Benefício Variável Vinculado ao Adolescente (BVJ) - no valor de R$ 30,00 é concedido a
todas as famílias do PBF que tenham adolescentes de 16 e 17 anos de idade que estejam
freqüentando a escola, até o limite de dois adolescentes por família.
• Benefício Variável de Caráter Extraordinário (BVCE) – o BVCE é concedido às famílias
dos Programas Remanescentes: Auxílio-Gás, Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Cartão
Alimentação, cuja migração para o PBF houver perdas financeiras. O valor concedido é
calculado caso a caso e tem prazo de prescrição, além do qual deixa de ser pago.

Os benefícios básico e variável estão previstos na Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e


foram regulamentados pelo Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004. Os valores referenciais
do PBF para a definição da renda que caracteriza famílias pobres e extremamente pobres,
fundamento para concessão do benefício básico, foram reajustados pelo Decreto nº 5.749, de 11 de
abril de 2006. O Quadro III exemplifica os vários valores que uma família pode receber da junção
desses benefícios.
A concessão de benefício variável de gestante ou nutriz de uma família, segundo o § 1º, do
art. 19, do Decreto nº 5.209, de 2004, será regulamentado posteriormente pela Senarc, com vistas à
prestação continuada desse benefício variável.
Conforme prevê o artigo 21, do Decreto nº 5.209, de 2004, a concessão do benefício é
realizada em caráter temporário à família e não gera direitos, na acepção legal da palavra. No
entanto, o Governo Federal compromete-se com a realização mensal da transferência de renda à
família, respeitadas as regras de operação do Programa.

Quadro III – Composição de benefícios financeiros (básico, variável e BVJ) do PBF

Famílias sem adolescentes de 16 e 17 anos:


Composição familiar com membros de:
Renda Mensal per capita Valor do benefício
0 a 15 anos 16 e 17 anos

1 membro Sem ocorrência R$ 20,00


De R$ 60,00 a R$ 120,00 2 membros Sem ocorrência R$ 40,00
3 ou + membros Sem ocorrência R$ 60,00

Sem ocorrência Sem ocorrência R$ 62,00


1 membro Sem ocorrência R$ 82,00
Até R$ 60,00 2 membros Sem ocorrência R$ 102,00
R$ 122,00
3 ou + membros Sem ocorrência

Famílias com um adolescente de 16 ou 17 anos:


Composição familiar com membros de:
Renda Mensal per capita Valor do benefício
0 a 15 anos 16 e 17 anos

Sem ocorrência 1 membro R$ 30,00


1 membro 1 membro R$ 50,00
De R$ 60,00 a R$ 120,00
2 membros 1 membro R$ 70,00
3 ou + membros 1 membro R$ 90,00

Sem ocorrência 1 membro R$ 92,00


1 membro 1 membro R$ 112,00
Até R$ 60,00 2 membros 1 membro R$ 132,00
R$ 152,00
3 ou + membros 1 membro

Famílias com dois ou mais adolescentes de 16 e 17 anos:


Composição familiar com
membros de:
Renda Mensal per capita Valor do benefício
0 a 15 anos 16 e 17 anos

Sem ocorrência 2 ou + membros R$ 60,00


1 membro 2 ou + membros R$ 80,00
De R$ 60,00 a R$ 120,00 2 membros 2 ou + membros R$ 100,00
R$ 120,00
3 ou + membros 2 ou + membros

Sem ocorrência 2 ou + membros R$ 122,00


1 membro 2 ou + membros R$ 142,00
Até R$ 60,00
2 membros 2 ou + membros R$ 162,00
3 ou + membros 2 ou + membros R$ 182,00

3.2.1. Concessão e valor financeiro do BVCE

O Benefício Variável de Caráter Extraordinário - BVCE está previsto nos §§ 8º e 9º, do


artigo 2, da Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e foi regulamentado pela Portaria GM/MDS nº
737, de 15 de dezembro de 2004. Como o valor do BVCE é calculado caso a caso, a soma de todos
os benefícios financeiros que são pagos às famílias é bem variada. É possível até mesmo que, em
função do BVCE algumas famílias recebam um valor superior a R$ 182,00.
Somente as famílias migradas de Programas Remanescentes que recebam mais do que
receberiam no Programa Bolsa Família podem ter concessão do BVCE, para compensar as perdas
que a migração para o PBF ocasionaria3. Ou seja, uma família que receba, por exemplo, Auxílio-
Gás, Bolsa Escola e Bolsa Alimentação pode vir a receber o BVCE no Bolsa Família, caso a soma
dos benefícios financeiros básico e variável concedidos pelo PBF seja inferior ao que a família
recebia antes naqueles programas.
No cálculo do valor do BVCE, são somados todos os benefícios pagos à família pelos
Programas Remanescentes e o resultado desta soma é comparado com a soma dos benefícios
básico+variável do PBF. Em suma, o valor do BVCE é aquele que mantém a família recebendo o
mesmo total que vinha recebendo dos Programas Remanescentes. Se o valor do BVCE resultar em
centavos, o valor é arredondado para mais. Dessa forma, famílias diferentes podem ter valores de
BVCE distintos, conforme a renda por pessoa, a composição familiar e os benefícios anteriores.
O Quadro IV apresenta exemplos de concessão do BVCE. O exemplo I mostra uma família
que recebia mensalmente, antes da migração para o PBF, R$22,50 do Bolsa Escola e do Auxílio-
Gás. Depois da migração, a família receberia apenas um benefício variável de criança no valor de
R$15,00. Como haveria perda financeira para a família com a migração, foi concedido um BVCE
no valor de R$8,00. O cálculo efetuado é o seguinte: R$22,50 menos R$15,00 é igual a R$7,50,
que, arredondado para cima, resulta em R$8,00 de BVCE.
O exemplo II trata de uma situação comum em 2005, e cabe aqui uma explicação adicional.
Como se pode ver pelas regras de concessão de benefícios básico e variável do Programa Bolsa
Família (PBF), esta família não teria benefício algum, pois não tem renda por pessoa para
concessão do benefício básico, nem crianças para a concessão de benefício variável. No entanto, a
edição da Portaria nº 737, de 2004, amparou esta situação, com vistas à migração das famílias do
Programa Cartão Alimentação (PCA) para o PBF. Assim, a família é migrada para o PBF
recebendo apenas BVCE, no valor de R$50,00.

Quadro IV – Exemplos de concessão do BVCE

Exemplos de Famílias Benefícios Financeiros Antes da Benefícios Financeiros no PBF


Migração para o PBF
I Família com renda por • Bolsa Escola: R$ 15,00 (1 • Benefício Variável: R$
pessoa de R$ 66,00 e 1 criança); 15,00 (1 criança);
criança nascida em • Auxílio-Gás: R$ 7,50/mês. • Benefício Extraordinário:
23/04/1991. R$ 8,00/mês.

Total: R$ 22,50 Total: R$ 23,00


II Família com renda por • Cartão Alimentação: R$ • Benefício Extraordinário:
pessoa de R$70,00, sem 50,00/mês concedido em 6/2003. R$ 50,00/mês.
crianças/adolescentes
menores de 16 anos.

Total: R$ 50,00 Total: R$ 50,00

3
Famílias usuárias do Peti podem receber também o BVCE, desde que sejam simultaneamente beneficiárias do Bolsa
Alimentação, do Auxílio-Gás ou do Cartão Alimentação (ver o item 4 deste capítulo).
Depois de concedido o BVCE, seu valor pode sofrer mudanças para menos, em função de
novas concessões à família dos benefícios básico e variável, nos casos em que haja elevação do
total de “benefício básico + benefícios variável”. O novo valor do BVCE dependerá do resultado do
seguinte:

• Se, depois da alteração cadastral, a soma dos benefícios (básico + variável) for maior
que a soma dos benefícios (básico + variável + BVCE) antes da alteração cadastral, o
BVCE será cancelado;

• Se, depois da alteração cadastral, a soma dos benefícios (básico + variável) for
menor do que a soma dos benefícios (básico + variável + BVCE) antes da alteração
cadastral, será verificada a seguinte diferença:

Fórmula de recálculo do BVCE depois da repercussão de alterações cadastrais

Resultado = Soma anterior (básico + variável + BVCE)


– Soma posterior (básico + variável)

Para atribuição do novo valor do BVCE, o resultado dessa fórmula é aplicado da seguinte
forma:
• Se o total dos benefícios (básico+variáveis) pagos à família ficar maior com o
resultado das alterações cadastrais, o BVCE será cancelado se o resultado da fórmula
acima for zero ou um número menor que zero;

• Se o total dos benefícios (básico+variáveis) pagos à família ficar maior como


resultado das alterações cadastrais, e se o resultado da fórmula acima for um número
maior que zero, o resultado da fórmula será o valor do BVCE;

• Se o total dos benefícios (básico+variáveis) pagos à família ficar menor, o valor do


BVCE se mantém.

O Quadro V exemplifica algumas situações possíveis para o recálculo do BVCE.

Quadro V – Exemplos de recálculo do BVCE

Exemplos de Famílias Descrição do Recálculo do BVCE Memória de Cálculo do BVCE


Benefícios da Família Benefícios da Família em
em Abril/2005 Janeiro/2006
1 Uma família composta por 1 Para o recálculo do novo valor do Programa Bolsa Família: Programa Bolsa Família:
mãe e 3 crianças, com renda BVCE foi verificado se a soma
por pessoa de R$ 43,00, migrou anterior dos benefícios (básico +
dos Programas Remanescentes variável + BVCE) é maior do que a • Básico: 50,00 Básico: cancelado
em abril de 2005, recebendo no soma dos benefícios (básico + • Variável: 45,00 Variável: 45,00
PBF benefícios básico, variável variável), depois da alteração • BVCE: 23,00 BVCE: 23,00
e BVCE. Depois das alterações cadastral. Como o valor é maior, o
• Total: 118,00 Total: 78,00
cadastrais, em janeiro de 2006, BVCE foi mantido.
a renda por pessoa passou para
R$ 62,00.
2 Uma família composta por 1 Para o recálculo do novo valor do Programa Bolsa Família: Programa Bolsa Família:
mãe e 1 criança, com renda por BVCE foi verificado se a soma
pessoa de R$ 65,00, migrou anterior dos benefícios (básico +
dos Programas Remanescentes variável + BVCE) é maior do que a • Variável: 15,00 • Básico: 50,00
em abril de 2005, recebendo no soma dos benefícios (básico + • BVCE: 8,00 • Variável: 15,00
Programa Bolsa Família variável), depois da alteração • Total: 23,00 • BVCE: cancelado
benefício variável e BVCE. cadastral. Como o valor é menor, é
Depois das alterações aplicada a fórmula acima, tendo sido • Total: 65,00
cadastrais, em janeiro de 2006, obtido um resultado menor que zero,
a renda por pessoa passou para sendo, portanto, o BVCE cancelado.
R$ 48,00.
3 Uma família composta por 1 Para o recálculo do novo valor do Programa Bolsa Família: Programa Bolsa Família:
mãe e 4 crianças, com renda BVCE foi verificado se a soma
por pessoa de R$ 63,00, migrou anterior dos benefícios (básico +
dos Programas Remanescentes variável + BVCE) é maior do que a • Variável: 45,00 • Básico: 50,00
em abril de 2005, recebendo no soma dos benefícios (básico + • BVCE: 73,00 • Variável: 45,00
Programa Bolsa Família variável), depois da alteração • Total: 118,00 • BVCE: 23,00
benefício variável e BVCE. cadastral. Como o valor é menor, é
Depois das alterações aplicada a fórmula acima, tendo sido • Total:
cadastrais, em janeiro de 2006, obtido um resultado maior do que 118,00
a renda por pessoa passou para zero, sendo, portanto, o novo valor
R$ 42,00. do BVCE igual ao resultado obtido
(R$ 23,00).

3.2.1.1. Prescrição do BVCE

O BVCE, por ser de caráter extraordinário, não é pago indefinidamente. Assim, no momento
da concessão dos benefícios financeiros do PBF é fixada uma prescrição para o BVCE, tendo por
base os Programas Remanescentes de que a família participava antes de migrar para o PBF. Para
famílias inscritas em mais de um Programa Remanescente, no cálculo da prescrição do BVCE é
escolhida a regra mais favorável para a família. O Quadro VI apresenta as regras de prescrição
vigentes na Portaria MDS nº 737, de 2004.

Assim, pode haver uma data de prescrição do BVCE distinta para cada família, a depender
da aplicação das regras de prescrição. Depois de fixada uma prescrição para o BVCE, sua data final
não é mais modificada, mesmo que venham a acontecer alterações na composição da família.

Quadro VI – Critérios para fixação do prazo de prescrição do BVCE

Programa Critérios
Bolsa Escola Dezembro do ano em que a criança mais nova completar 16 anos – de acordo
coma folha de pagamento do Bolsa Escola.
Bolsa Alimentação O primeiro dia do mês/ano em que a criança mais nova completar 6 anos e 11
meses – de acordo com o CadÚnico.
Cartão Alimentação 24 meses de permanência no Programa Bolsa Família *

Auxílio-Gás 12 meses, a partir da concessão do BVCE.

Vários Programas O maior prazo de prescrição obtido em cada programa.

* Até dezembro de 2005, esse prazo era de 24 meses de permanência no Programa Cartão
Alimentação. Com isso muitas concessões efetuadas em 2003 e 2004 tiveram suas prescrições
encerradas em 2005 (ver o exemplo 2 do Quadro III).

O Quadro VII apresenta um exemplo de aplicação das regras de cálculo da prescrição do


BVCE. No caso, a família era beneficiária de três Programas Remanescentes. A prescrição do
BVCE é calculada, inicialmente, após consulta à regra de prescrição de cada programa, sendo
escolhida a que for mais favorável à família.

Quadro VII – Exemplo de cálculo da prescrição do BVCE

Benefícios Financeiros Aplicação do Critério de Prescrição do BVCE, depois da


Antes da Migração para o Migração para o PBF
Exemplo PBF
Prescrição do Respectivo
Programa Referência do Critério
Programa
Família, com renda Bolsa Alimentação Criança mais nova nascida em Mar/2009
por pessoa de R$ 23/4/2002
60,00 e com apenas Auxílio-Gás 12 meses da concessão do BVCE Jan/2007
uma criança menor em jan/2006
de 15 anos, migrada
em janeiro de 2006 Cartão Alimentação 24 meses de permanência no Jan/2008
para o PBF. (concedido em jan/2006) Programa Bolsa Família
Resultado Prazo mais favorável à família A família receberá o
BVCE até março/2009

4. Integração entre o PBF e o Peti

O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti é operacionalizado pela Secretaria


Nacional de Assistência Social – SNAS, em parceria com estados, municípios e a sociedade civil, e
tem o objetivo de erradicar o trabalho infantil nas atividades perigosas, insalubres, penosas ou
degradantes nas zonas urbana e rural.
Com a edição da Portaria GM/MDS nº 666, de 28 de dezembro de 2005, o MDS
regulamentou a integração entre o PBF e o Peti, visando aprimorar a gestão e ampliar a cobertura
para todas as famílias que atenderem aos critérios de elegibilidade de cada um desses programas,
além de fortalecer o papel do CadÚnico como ferramenta de planejamento e gestão dos programas
sociais de transferência de renda.
Para compreender a integração entre o PBF e o Peti, é necessário antes distinguir as
modalidades de operacionalização do Peti, sob o controle da SNAS, cujas características diferem no
papel da instância federal:
• Peti-CAIXA – É a modalidade mais atual de operacionalização do Peti. Conta com
todas as famílias beneficiárias incluídas no CadÚnico. A CAIXA, como agente
operador, é encarregada da operacionalização da gestão de benefícios e do
pagamento às famílias por meio de sua rede credenciada, e por isso, essa modalidade
é chamada de “Peti-CAIXA”;
• Peti-Fundo – É a modalidade mais antiga de operacionalização do Peti. Os
municípios recebem recursos financeiros transferidos pelo Fundo Nacional de
Assistência Social (FNAS) e se tornam responsáveis por pagar às famílias. As
famílias do Peti-Fundo não precisavam estar cadastradas no CadÚnico. O controle
da lista de beneficiários, o pagamento dos benefícios e a comprovação da aplicação
dos recursos repassados são responsabilidades dos municípios.

Observa-se portanto que, na modalidade de operacionalização Peti-CAIXA, o controle da


lista de beneficiários é realizado pelo CadÚnico e o pagamento dos benefícios é efetuado pela
CAIXA. Estas são importantes vantagens comparativas. Por isso, com a edição da Portaria
GM/MDS nº 666, de 2005, fixou-se prazo para que todas as famílias que já recebiam benefícios
pelo Peti-Fundo fossem cadastradas no CadÚnico. A partir disso, a Portaria GM/MDS nº 666, de
2005, estabeleceu critérios para a migração de famílias do Peti para o PBF e novas regras para a
entrada de novas famílias no Peti. Com relação ao cadastramento das famílias do Peti-Fundo há
inúmeras regras para o preenchimento do campo nº 270 do formulário do CadÚnico, devendo ser
consultada a Instrução Operacional Conjunta Senarc/SNAS nº 1, de 14 de março de 2006, para mais
completas informações.

4.1. Desenho da integração entre o PBF e o Peti


No desenho de integração entre o PBF e o Peti, o MDS teve o cuidado de respeitar as
especificidades dos programas. Como princípio, assumiu a coexistência dos programas depois da
integração, diferentemente do que ocorre com os Programas Remanescentes. As vantagens
comparativas entre o PBF e o Peti foram destacadas ao máximo para que essas políticas públicas,
atuando juntas e não em concorrência, favorecessem o alcance dos seus objetivos. Assim, as
estratégias de integração traçadas, regulamentadas pela Portaria MDS nº 666, de 2005, foram as
seguintes:
• Cadastramento de todas as famílias do Peti-Fundo no CadÚnico;
• Aos poucos, as famílias que recebiam Peti-Fundo passam a receber os benefícios
financeiros do PBF. As famílias beneficiárias do Peti-CAIXA são transferidas
para o PBF. Na impossibilidade de concessão dos benefícios financeiros pelo
PBF, as famílias são incluídas (ou permanecem) no Peti-CAIXA;
• A transferência de famílias do Peti para o PBF, quando possível, não implica
redução no total dos benefícios financeiros pagos pelo Peti, hipótese em que a
família deixa de ser incluída no PBF e permanece no Peti-CAIXA. Quando a
família recebe do Peti e de algum Programa Remanescente (exceto Bolsa
Escola), são considerados no cálculo do BVCE os valores financeiros pagos pelo
Peti;
• As famílias em situação de trabalho infantil, que não sejam beneficiárias nem do
Peti nem do PBF, passam a ser incluídas nesses programas, depois de cadastradas
no CadÚnico, tendo por base o critério de renda por pessoa familiar;
• As famílias beneficiárias do PBF que estejam em situação de trabalho infantil
passam a cumprir as atividades socioeducativas e de convivência oferecidas pelo
Peti nos municípios, juntamente com aquelas que estão no Peti-CAIXA;
• As famílias beneficiárias do Peti, ao serem incluídas no PBF, passam a cumprir
adicionalmente apenas a condicionalidade de saúde, uma vez que a freqüência
escolar já era uma contrapartida familiar no Peti. Elas também devem cumprir as
atividades socioeducativas e de convivência.
As regras de concessão de benefícios para a integração podem ser mais bem compreendidas
ao se observar que as famílias a serem incluídas no PBF estão inicialmente em três situações
diferentes:
• Famílias em situação de trabalho infantil sem nenhum benefício financeiro do
PBF ou do Peti;
• Famílias beneficiárias Peti-CAIXA; e
• Famílias beneficiárias do Peti-Fundo.

O Quadro VIII, por meio de diagramas, mostra como funciona o desenho da integração ente
o PBF e o Peti.
Quadro VIII – Desenho da integração entre o PBF e o Peti
A família que ainda não recebe benefícios nem do Peti nem do PBF poderá ser incluída em
um desses programas, conforme as seguintes condições:
a) Se a renda mensal familiar por pessoa for igual ou inferior a R$ 120,00 a família estará
habilitada a entrar no PBF;
b) Se a renda mensal familiar por pessoa for superior a R$ 120,00 a família estará
habilitada a entrar no Peti-CAIXA.
Caso já receba benefícios financeiros do Peti-CAIXA, a família será incluída no PBF se
atender as seguintes condições:
a) Ter renda mensal familiar por pessoa igual ou inferior a R$ 120,00 e
b) A transferência para o PBF não acarretar redução no montante dos benefícios
financeiros recebidos por essa família, caso em que permanecerá no Peti-CAIXA.
Finalmente, se a família recebe benefícios financeiros do Peti-Fundo, deverá, em primeiro
lugar, ser cadastrada no CadÚnico. A seguir, será incluída no PBF se atender às mesmas condições
citadas no parágrafo anterior.
Se a família é usuária do Peti-CAIXA ou do Peti-Fundo e, ao mesmo tempo, beneficiária de
um dos Programas Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação ou Auxílio-Gás, ao ser migrada para o
PBF, torna-se elegível ao benefício variável de caráter extraordinário. Haverá uma pequena
diferença de cálculo: soma-se aos benefícios financeiros recebidos dos Programas Remanescentes o
benefício financeiro que a família recebe do Peti.

5. Integração entre o PBF e programas locais de transferência direta de renda

O § 1º, do artigo 12, do Decreto nº 5.209, de 2004, estabeleceu a possibilidade de a União,


os estados e municípios pactuarem políticas e programas sociais, orientados para o público
beneficiário do PBF, que promovam a emancipação sustentada das famílias beneficiárias e a
garantia de acesso aos serviços públicos que assegurem o exercício da cidadania. Ao mesmo tempo,
abre caminho para o aporte de recursos que ampliem a cobertura ou complementem os benefícios
financeiros do PBF.
O Programa Bolsa Família tem alguns termos de cooperação firmados com estados e
municípios, nos quais esses entes federados se comprometeram com a articulação de políticas e
programas e com complementação financeira dos benefícios do PBF. No Quadro IX são
apresentados os modelos de complementação que vigoram no país.
Quadro IX – Modelos de complementação financeira do PBF
Modelos de Co-
Entes Federados Complementação Financeira
financiamento
Com co-
financiamento Boa Vista/RR Piso de R$ 50,00
independentemente da
existência de
programas locais de
transferência de renda Niterói/RJ Piso de R$ 50,00

Co-financiamento e Aracaju Até R$ 100,00


integração de Até R$ 130,00 (meio mínimo)
programas locais de para beneficiários do Programa “Atendimento às
transferência de renda Goiânia
Famílias” e até R$ 260,00 (um mínimo) para
ao PBF - municípios beneficiários do Programa Renda Mínima
Palmas Piso de R$ 70,00
Porto Alegre Até R$ 200,00
Até meio mínimo (R$ 130,00) p/ famílias c/ 1 criança ou
Recife adolescente e até um mínimo (R$ 260,00) p/ + de uma
criança ou adolescente
Santo André Pagamento integrado, nos moldes do PBF
Até R$ 100,00, excluindo-se as famílias s/ filhos e com 1
São Luís
filho
Individual por família, por meio de fórmula do programa
São Paulo/SP
municipal
Co-financiamento e Complementação específica a todas as famílias
integração de beneficiárias do PBF:
programas locais de
• Até R$ 100,00 para 1 filho em idade escolar;
transferência de renda
ao PBF - estados • Até R$ 120,00 para 2 filhos em idade escolar;
DF
• Até R$ 180,00 para 3 ou mais filhos em idade
escolar;
• Até R$ 130,00 para famílias sem filhos em idade
escolar
Acre Piso de R$ 60,00
R$ 5,00 a cada benefício variável e R$ 10,00 a cada
família que recebe o benefício básico (complementação
Ceará
de R$ 5,00 a R$ 25, 00 e benefício final de R$ 20,00 a
R$ 120,00)
Mato Grosso do Sul R$ 136,00 para todos os beneficiários do PBF
São Paulo Piso de R$ 60,00

Dessa forma, onde há pactuação, além dos benefícios financeiros do PBF (básico, variável
ou extraordinário) que uma família pode receber do Governo Federal, o governo estadual ou o
municipal também deposita, por conta de seu próprio orçamento, um benefício financeiro
complementar. Nesse caso, o cartão do Programa Bolsa Família traz também a logomarca do
governo local.
Capítulo II – A Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família

1. Definição da Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família

Assim como todos os programas de transferência direta de renda que o antecederam, o


Programa Bolsa Família implementou alguns processos e atividades para garantir a transferência
mensal de renda às famílias beneficiárias. A Gestão de Benefícios do PBF pode ser definida como
esse conjunto de processos e atividades que garantem a continuidade da transferência de renda às
famílias beneficiárias do Programa, em conformidade com os dispositivos da legislação vigente.
Os principais processos que compõem a Gestão de Benefícios do PBF são os seguintes:
• Concessão de benefícios financeiros – Conforme foi visto no capítulo I, a
concessão segue um plano de expansão do PBF, com base na estimativa de famílias
em cada município, na disponibilidade orçamentária e na existência de Programas
Remanescentes na localidade. A execução da concessão é feita de modo
automatizado, com preferência às famílias de menor renda por pessoa com cadastros
habilitados no CadÚnico.
• Gestão de benefícios pelos municípios – Observada a legislação vigente, os
gestores municipais podem descontinuar a transferência de renda às famílias
beneficiárias do PBF, temporária ou permanentemente. Ao longo deste capítulo
serão expostas as condições em que as famílias podem deixar de receber os
benefícios financeiros do PBF ou dos Programas Remanescentes.
• Pagamento dos benefícios financeiros – A Caixa Econômica Federal realiza o
pagamento dos benefícios financeiros do PBF e dos Programas Remanescentes em
todo o território nacional. O capítulo V apresenta a logística disponibilizada pela
CAIXA para esse pagamento.

2. O Cadastro Único e a gestão de benefícios do PBF

Como os benefícios financeiros do PBF e dos Programas Remanescentes são concedidos


com base em informações do CadÚnico, a gestão de benefícios é favorecida com uma
administração eficiente do CadÚnico pelo município. Desse modo, se os municípios, no instante do
cadastramento, dão especial atenção a informações como renda por pessoa, composição familiar e
dados de identificação de pessoas (nome completo, data de nascimento, documentação pessoal,
etc.), o processo de concessão de benefícios do PBF é positivamente beneficiado.
A gestão de benefícios pelos municípios se utiliza de uma série de atualizações cadastrais
efetuadas no CadÚnico. Por exemplo, a modificação da renda familiar por pessoa de uma família
beneficiária do PBF no CadÚnico pode implicar seu desligamento do Programa. Neste capítulo,
será destacado apenas o papel da repercussão da alteração cadastral na gestão de benefícios. O
funcionamento da repercussão da alteração cadastral será detalhado, no capítulo IV, com a
apresentação da operacionalização da gestão de benefícios pelos municípios.
3. Conceitos importantes
Para melhor compreensão da gestão de benefícios do PBF é útil conhecer alguns conceitos
importantes:
• Benefícios financeiros: Os benefícios financeiros foram apresentados no capítulo I,
com seus valores específicos e suas regras distintas de concessão.
• Folha de pagamento: Mensalmente são geradas listagens para pagamento dos
valores apurados junto à lista de famílias com benefícios financeiros concedidos.
Essas listagens são chamadas folha de pagamento, e sua geração em cada mês de
referência ocorre uma única vez para cada programa.
• Parcelas de pagamento: Os valores mensais à disposição da família para realização
do saque na rede credenciada da CAIXA são chamados de parcelas de pagamento;
são apuradas a partir da folha de pagamento. A folha de pagamento, dessa forma, é
uma lista de parcelas de pagamento de um programa, em certo mês de referência. As
parcelas de pagamento são depositadas em nome do responsável legal pela família e
permanecem à disposição na rede credenciada da CAIXA para saque durante 90 dias
a partir da data do início do pagamento, conforme o artigo 24 do Decreto nº 5.209,
de 2004.
• Cartão magnético: O cartão magnético bancário é o principal meio de saque das
parcelas de pagamento pela família. O capítulo V detalha a emissão e a utilização
dos cartões magnéticos aceitos na rede credenciada da CAIXA.
• Atividades de gestão de benefícios: São ações realizadas pelos municípios ou pela
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania que podem levar à interrupção
temporária ou permanente do pagamento. As atividades de gestão de benefícios
podem modificar a lista de concessões efetuadas no âmbito do PBF e dos Programas
Remanescentes. Este capítulo detalha as atividades de gestão de benefícios do PBF e
dos Programas Remanescentes e sua interligação com os conceitos listados acima.

4. Atividades de gestão de benefícios do PBF

Depois de concedido um benefício financeiro a uma família, o Governo Federal passará a


incluí-la nas folhas de pagamento todo mês. Existem, no entanto, algumas situações em que isso
pode deixar de ocorrer, e levar à descontinuidade na transferência de renda direta à família,
temporária ou permanente. Em outras situações, o que se deseja é restabelecer o fluxo de
pagamentos à família. A execução de atividades de gestão de benefícios, então, é o ato que
interrompe ou restabelece o pagamento normal de benefícios à família.
Cada atividade de gestão de benefícios, ao ser realizada, leva à modificação da situação dos
benefícios pagos às famílias, podendo repercutir ou não sobre parcelas de pagamento ainda não
sacadas, conforme cada caso. As parcelas de pagamento futuras também podem sofrer alteração.
Cancelar um cartão magnético ou bloquear sua senha individual não afeta a situação do benefício
ou da parcela de pagamento, uma vez que o cartão é meramente um instrumento para saque.
Toda a disciplina da gestão de benefícios foi regulamentada por meio da Portaria GM/MDS
nº 555, de 2005, que representou um avanço na consolidação do modelo de operacionalização do
PBF. Foi a primeira vez que um programa de transferência de renda do Governo Federal teve esse
aspecto de sua operacionalização regulamentado. A execução das diversas atividades de gestão de
benefícios foi descentralizada aos municípios.
Também se possibilita o acesso do município a consultas e aos relatórios sobre os benefícios
do Programa, por meio do Sistema de Gestão de Benefícios (SGB). Esse sistema informatizado
dispõe de um módulo destinado à instância de controle social do PBF e também à Rede Pública de
Fiscalização - que engloba TCU, CGU, MPF e MPEs - para consultas e emissão de relatórios de
acompanhamento das famílias beneficiárias. Esse acompanhamento é fundamental para garantir que
a renda chegue às famílias que atendem aos critérios do Programa e que dependem dos benefícios
financeiros.

4.1. Aplicação e efeitos das atividades de gestão de benefícios do PBF

Segundo a Portaria MDS nº 555, de 2005, são as seguintes as atividades de gestão de


benefícios do PBF:

I. Atividades sobre todos os benefícios financeiros da família:


a) Bloqueio;
b) Desbloqueio;
c) Cancelamento de benefício;
d) Reversão de cancelamento de benefício;
e) Suspensão de benefício;
f) Reversão de suspensão.

II. Atividades sobre uma parte dos benefícios financeiros da família:


a) Cancelamento de benefício básico;
b) Cancelamento de benefício variável;
c) Concessão/reversão de cancelamento dos benefícios básico e/ou variável.

O Quadro X apresenta os motivos aplicáveis e os efeitos de cada atividade de gestão de


benefícios. As atividades de gestão de benefícios constantes do Quadro X podem ser realizadas pelo
município ou pela SENARC. Os municípios não podem realizar as atividades da SENARC
diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios, porém a SENARC pode realizar as intervenções
municipais.
Quadro X – Aplicação e efeitos das atividades de gestão de benefícios
Atividades de Gestão
Motivos Efeitos
de Benefícios
1) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios): • Não acarreta o desligamento da família do PBF,
a) Decisão judicial; nem o cancelamento das parcelas de pagamento
ainda disponíveis;
b) Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de:
• As parcelas de pagamento ainda não sacadas
i) Duplicidade cadastral; são bloqueadas;
ii) Renda familiar por pessoa superior; • Solucionada a questão que deu causa ao
iii) Falecimento de toda a família; bloqueio, o benefício pode ser desbloqueado;
iv) Não-localização da família no endereço informado no CadÚnico; • As parcelas de pagamento futuras são geradas
c) Trabalho infantil na família; bloqueadas, até que ocorra o desbloqueio;
Bloqueio d) Acúmulo de benefícios do PBF com os benefícios do Peti. • Depois de 6 meses bloqueado, será cancelado o
benefício.
2) Motivos da SENARC (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):
a)Descumprimento reiterado de condicionalidades, conforme artigo 15 da Portaria MDS nº
551, de 9/11/05, a partir das informações de descumprimento de condicionalidades
coletadas pelo MEC e MS junto às respectivas secretarias municipais.
3) Motivos da SENARC (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos
municípios no CadÚnico):
a) Durante procedimento de averiguação de cadastramento, quando houver indícios de
duplicidade cadastral.

1) Motivos municipais (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos • Acarreta o desligamento da família do PBF e o
municípios no CadÚnico): cancelamento das parcelas de pagamento ainda
a) Duplicidade cadastral; disponíveis;
• As parcelas de pagamento ainda não sacadas são
b) Renda familiar por pessoa superior; canceladas;
Cancelamento c) Falecimento de toda família. • Não são geradas parcelas de pagamento futuras.
2) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):
a) Decisão judicial;
b) Desligamento voluntário da família do PBF;
c) Trabalho infantil na família;
Atividades de Gestão
Motivos Efeitos
de Benefícios
d) Acúmulo de benefícios do PBF com os benefícios do Peti.

3) Motivos da SENARC (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos


municípios no CadÚnico):
a) Repercussão de alteração cadastral.
4) Motivos da SENARC (executados diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios):
a) Reiterada ausência de saque de benefícios, nos termos do artigo 24, § único, do Decreto n°
5.209, de 2004;
b) Decurso do prazo de permanência do benefício na situação de bloqueado;
c) Descumprimento reiterado de condicionalidades do PBF, conforme o artigo 17 da Portaria
MDS nº 551, de 9/11/05, a partir das informações de descumprimento de condicionalidades
coletadas pelo MEC e MS junto às respectivas secretarias municipais.
d) Esgotamento do prazo estipulado pela SENARC para a retirada do cartão magnético nas
agências do agente operador;
e) Em decorrência de cancelamento de todo benefício variável, quando a família não possuir
benefício básico concedido;
f) Em decorrência de cancelamento do benefício básico, quando a família não possuir benefício
variável concedido; ou
g) Em função da prescrição do benefício variável de caráter extraordinário, quando a família não
possuir benefícios básico ou variável concedidos, conforme o disposto no artigo 2º, § 4º, e no
art. 5º, § 3º, da Portaria GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004.

Descumprimento reiterado de condicionalidades, conforme o artigo 16 da Portaria MDS nº 551, • Não acarreta o desligamento da família do PBF,
de 9/11/05, a partir das informações de descumprimento de condicionalidades coletadas pelo nem a suspensão das parcelas de pagamento
MEC e MS junto às respectivas secretarias municipais. ainda disponíveis;
• As parcelas de pagamento ainda não sacadas
não são bloqueadas;
Suspensão • Decorrido o prazo de suspensão estabelecido (2
meses), o benefício automaticamente deixa de
estar suspenso;
• As parcelas de pagamento futuras não são
geradas até que o prazo estabelecido para
suspensão se encerre.
Atividades de Gestão
Motivos Efeitos
de Benefícios
Em decorrência da elucidação ou finalização das situações que deram origem à ação de bloqueio. • Liberação das parcelas de pagamento
anteriormente bloqueadas, sem prejuízo do prazo
Desbloqueio de 90 dias para saque;
• Disponibilização das parcelas de pagamento dos
meses subseqüentes.
Se o cancelamento tiver decorrido de erro operacional na utilização do SGB ou de lançamento • A família é readmitida no PBF se a reversão foi
equivocado de informações da família do CadÚnico. executada em até 2 meses do cancelamento;
Reversão de
Cancelamento • Na próxima folha de pagamento, são
disponibilizadas as parcelas anteriormente
canceladas.
Se a suspensão de benefícios das famílias tiver sido realizada com erro operacional no envio ou • A reversão de suspensão de benefício terá os
no processamento das informações sobre condicionalidades do PBF, encaminhadas pelos seguintes efeitos, se efetuada num período de até
municípios, conforme o caso, aos Ministérios da Saúde ou da Educação. 2 meses da data da suspensão:
Reversão de o Disponibilização das parcelas de pagamento
Suspensão anteriormente suspensas, até a geração da
próxima folha de pagamento; e
o Disponibilização das parcelas de pagamento
dos meses subseqüentes.
1) Motivos municipais (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos • Revisão das concessões de benefício variável
municípios no CadÚnico): da família, tendo por base a nova lista de
a) Falecimento da criança ou adolescente; crianças ou adolescentes de até 15 anos, até a
b) Criança ou adolescente não mais residente com a família; geração da folha de pagamento subseqüente;
c) Duplicidade cadastral. • Ajuste no valor total dos benefícios financeiros
devidos à família;
Cancelamento de 2) Motivos da SENARC (executados com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos
municípios no CadÚnico ou diretamente no Sistema de Gestão de Benefícios): • Os cancelamentos por idade superior a 16 anos
Benefício Variável
a) Idade igual ou superior a 16 anos para adolescentes. serão realizados exclusivamente pela SENARC,
por meio do Sistema de Gestão de Benefícios
do PBF, aproveitando sempre que necessário as
alterações cadastrais, nos meses de janeiro, para
os adolescentes que tenham completado 16
anos, tendo como referência a data de 31 de
dezembro do ano anterior.
Atividades de Gestão
Motivos Efeitos
de Benefícios
Se verificada elevação da renda familiar por pessoa registrada no CadÚnico, pelo município, para • Aproveitando as alterações cadastrais enviadas
valor entre R$ 60,01 e R$ 120,00 com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos pelos municípios, é efetuado ajuste no valor
Cancelamento de
municípios no CadÚnico. total dos benefícios financeiros devidos à
Benefício Básico
família, a partir da folha de pagamento do mês
subseqüente.
• A revisão das concessões de benefício variável
É realizada apenas pela SENARC, com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos da família, tendo por base a nova lista de
Concessão/Reversão
municípios no CadÚnico, se crianças ou adolescentes são incluídos ou retirados do cadastro da crianças ou adolescentes de até 15 anos, até a
de Cancelamento de
família. geração da folha de pagamento subseqüente; e
Benefício Variável
• Ajuste no valor total dos benefícios financeiros
devidos à família.
• A reversão de cancelamento de benefício
É realizada apenas pela SENARC, com aproveitamento de alterações cadastrais efetuadas pelos básico terá como efeito o ajuste no valor total
Concessão/Reversão municípios no CadÚnico, se verificada redução da renda familiar por pessoa registrada no dos benefícios financeiros devidos à família, a
de Cancelamento de CadÚnico, pelo município, para valor abaixo de R$ 60,01. partir da folha de pagamento do mês
Benefício Básico subseqüente.
• Ajuste no valor total dos benefícios financeiros
devidos à família.
4.1.1. Bloqueio de benefícios

Como pôde ser observado no Quadro X, a aplicação das atividades de gestão de


benefício decorre de alteração nas condições que deram ensejo à concessão dos
benefícios, ou do descumprimento de regras operacionais do Programa. Por exemplo,
uma família com renda por pessoa abaixo de R$ 120,00 recebe uma concessão de
benefícios ao entrar no Programa. Se ao longo desse tempo de permanência no
Programa for detectada uma suspeita de duplicidade de pagamento de benefícios, cabe
um bloqueio de benefícios até a conclusão da averiguação do fato.
O bloqueio de benefícios pelos gestores municipais depende da emissão de
parecer técnico por profissionais da área de assistência social ou técnicos de
fiscalização. Em todos os casos, é preciso formalizar a decisão de bloqueio e obter a
autorização do responsável pela Gestão de Benefícios na prefeitura. No próximo
capítulo será apresentado o Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios, um
instrumento útil e obrigatório para a formalização e arquivamento desses casos de
bloqueio. Algumas prefeituras procuram abrir processos formais para essa decisão de
bloqueio. O importante é o respeito às regras de fundamentação do bloqueio em
pareceres técnicos, a formalização das decisões e o arquivamento das informações.
Os efeitos do bloqueio de benefícios são de fácil observação. Bloqueado um
benefício, as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família são bloqueadas. As
folhas de pagamento futuras passam a gerar as parcelas de pagamento dessa família
bloqueadas. Depois de 6 meses de parcelas bloqueadas, o benefício estará sujeito ao
cancelamento.

a) Bloqueio de benefícios para averiguação de cadastramento

Com relação ao bloqueio de benefícios para averiguação de cadastramento, se


houver indícios de duplicidade cadastral, renda mensal familiar por pessoa superior,
falecimento de toda a família e não-localização da família no endereço informado no
CadÚnico, convém maior detalhamento. Deve ser destacado que a caracterização de
indícios exige um processo de apuração e a formalização de uma análise sobre os casos.
Por exemplo, denúncias de renda por pessoa superior ou falecimento de toda a família
devem ser apuradas pela prefeitura, seja por meio de visita domiciliar, seja pelo
cruzamento de dados com outras fontes de informações. Da mesma forma, a não-
localização da família no endereço somente pode ser constatada por meio de visita
domiciliar ou pelo cruzamento de informações. O caso de duplicidade cadastral também
precisa de fundamentação, normalmente por meio de visita familiar ou por auditoria nas
bases de dados. O importante é que os indícios sejam sólidos e que o bloqueio tenha a
formalização da decisão bem fundamentada.

b) Bloqueio de benefícios por trabalho infantil

O bloqueio de benefícios por trabalho infantil na família deve considerar ações


adicionais por parte da prefeitura. Antes de tudo, o bloqueio e o cancelamento não
devem ser entendidos como única alternativa de solução para o problema do trabalho
infantil. De fato, um problema complexo como esse requer uma abordagem
multidisciplinar. A gestão de benefícios, por força da legislação, não permite que
famílias beneficiárias do PBF tenham crianças em situação de trabalho infantil.
Entende-se, então, que esse dispositivo legal, na verdade, constitui um instrumento
adicional para persuadir a família a retirar suas crianças do trabalho, já que os
benefícios poderão ser bloqueados ou mesmo cancelados.
De acordo com o § 5, do artigo 6º, e o § 3º, do artigo 13, ambos da Portaria
GM/MDS nº 555, de 2005, combinado com o artigo 9º, da Portaria GM/MDS nº 666, de
2005, o bloqueio dos benefícios é aplicável às famílias beneficiárias do PBF cujas
crianças estejam em situação de trabalho infantil. O benefício pode ser desbloqueado
depois de cessado o trabalho infantil e da inscrição da família na jornada ampliada
oferecida pelo Peti. Somente no caso de recusa da família em cessar o trabalho infantil
ou em inscrever suas crianças nas atividades socioeducativas e de convivência é que o
gestor municipal deverá cancelar o benefício da família. Em qualquer caso, o cadastro
da família deve ser atualizado, com a marcação do campo nº 270 para as crianças que
estavam (ou estão) em situação de trabalho infantil, de acordo com a Instrução
Operacional SENARC/SNAS nº 1, de 14 de março de 2006. Conforme o caso, compete
ainda ao gestor municipal comunicar aos órgãos competentes a ocorrência de trabalho
infantil.

c) Bloqueio por acúmulo de benefícios do Peti


No caso de bloqueio por acúmulo de benefícios do Peti, deve ser considerado o
disposto no artigo 10, da Portaria GM/MDS nº 666, de 2005. O pagamento simultâneo
de benefícios do PBF e do Peti não é autorizado, cabendo a quem identificar o caso
tomar as providências para que o benefício financeiro de menor valor seja cancelado.
Por exemplo, se uma família recebe PBF e Peti por meio de convênios entre a prefeitura
e o Fundo Nacional de Assistência de Social (FNAS), o gestor municipal deve analisar
qual o benefício de menor valor e cancelá-lo imediatamente. Nesse exemplo, se o
benefício a cancelar é o do PBF, o motivo aplicável é justamente o acúmulo de
benefícios do Peti. O bloqueio do benefício de menor valor é cabível se houver indício
de acúmulo de benefícios entre Peti e PBF, registrado formalmente a partir de auditoria
ou fiscalização.

d) Bloqueio dos benefícios por descumprimento de condicionalidades


O bloqueio dos benefícios por descumprimento de condicionalidades é feito
exclusivamente pela SENARC, depois da apuração da freqüência escolar e/ou da
agenda de saúde pelos Ministérios da Educação e da Saúde. Em ambos os casos, as
informações utilizadas são aquelas lançadas pelas Secretarias Municipais de Educação e
de Saúde nos sistemas informatizados mantidos pelos respectivos ministérios. A gestão
das condicionalidades está regulamentada na Portaria GM/MDS nº 551, de 9 de
novembro de 2005. Assim, os artigos 15, 16 e 17 desta Portaria fixam regras para
bloqueio, suspensão e cancelamento de benefícios em caso de descumprimento de
condicionalidades. Os motivos de descumprimento de condicionalidades utilizados são
os citados na Portaria GM/MDS nº 555, de 2005.
4.1.2. Desbloqueio de benefícios

O desbloqueio pode ser feito pelo município, ainda que o bloqueio seja realizado
apenas pela SENARC. Efetuado esse bloqueio de benefícios, em caso de reclamação da
família, o gestor municipal deve consultar as Secretarias Municipais de Educação ou
Saúde e, confirmados equívocos no envio de dados aos Ministérios da Educação e/ou da
Saúde, desbloquear os benefícios financeiros da família.
O desbloqueio dos benefícios deve ocorrer sempre que os fatos que deram
origem à aplicação do bloqueio tenham cessado ou sido esclarecidos. Essa averiguação
deve ocorrer antes de decorridos 6 meses do bloqueio dos benefícios, pois depois desse
prazo os benefícios serão cancelados automaticamente.
Com o desbloqueio, liberam-se todas as parcelas de pagamento ainda não
sacadas pela família, observada a validade de 90 dias disposta no artigo 24, caput, do
Decreto nº 5.209, de 2004. Assim, no máximo, a família conseguirá sacar as parcelas de
pagamento depositadas nos últimos 3 meses visto que a validade das parcelas deve ser
observada.
Tanto no caso de desbloqueios, como no de bloqueios é preciso considerar os
prazos citados na seção 5 deste capítulo para liberação ou não das parcelas de
pagamento.

4.1.3. Cancelamento de benefícios

Pode haver coincidências entre os motivos de cancelamento e de bloqueio de


benefícios. Por exemplo, duplicidade cadastral, renda por pessoa superior e falecimento
de toda a família podem acarretar bloqueio ou cancelamento de benefícios. O que
diferencia a escolha da atividade nestes casos é o grau de confiabilidade das razões que
levam à aplicação de uma ou outra medida. Por exemplo, se há apenas indícios de
duplicidade ou de renda superior, deve ser escolhida a atividade de bloqueio de
benefícios. Se há fatos suficientes para garantir certeza de renda por pessoa superior ou
de duplicidade, deve ser aplicado o cancelamento de benefícios.
Alguns cancelamentos não podem ser feitos diretamente no Sistema de Gestão
de Benefícios (SGB), pois aproveitam alterações cadastrais efetuadas pelos municípios
nos cadastros das famílias. Por exemplo, duplicidade cadastral acarreta exclusão do
cadastro, o que leva ao cancelamento do benefício. A alteração da renda mensal por
pessoa para valores superiores a R$ 120,00 no cadastro da família leva também ao
cancelamento do benefício. Esse conjunto de alterações que são automaticamente
tratadas pelo SGB é conhecido como repercussão de alterações cadastrais e será
explicado em detalhes no capítulo IV. Na seção 5 do presente capítulo, será apresentado
o Calendário Operacional seguido pela CAIXA para o processamento dessas alterações.
Dessa forma, é recomendável, conforme o caso, que o gestor municipal faça o bloqueio
de benefícios; se a alteração cadastral for processada pela CAIXA, o benefício acabará
sendo cancelado.
Os cancelamentos de benefícios efetuados diretamente pelos municípios no
Sistema de Gestão de Benefícios deverão ser registrados no Formulário-Padrão de
Gestão de Benefícios, tendo por base parecer de profissionais da assistência social ou de
técnicos de fiscalização, e outros registros considerados relevantes para a compreensão
futura das causas do cancelamento. Com relação aos cancelamentos efetuados a partir
de alterações cadastrais, os lançamentos e o arquivamento de informações condicionam-
se à regulação do CadÚnico, não sendo necessária a utilização do Formulário-Padrão de
Gestão de Benefícios. Nessa última hipótese, a documentação pertinente deve ser
arquivada segundo as regras do CadÚnico.
O Bolsa Família tem ainda um conjunto amplo de motivos de cancelamento de
benefícios, processados pela SENARC/MDS, todos realizados de forma automatizada
pelo Sistema de Gestão de Benefícios, a saber:
a) Reiterada ausência de saque de benefícios, nos termos do artigo 24,
parágrafo único, do Decreto n° 5.209, de 2004;
b) Decurso do prazo de permanência do benefício na situação de
bloqueado;
c) Descumprimento reiterado de condicionalidades do PBF, conforme o
artigo 17 da Portaria MDS nº 551, de 9/11/05, a partir das informações
de descumprimento de condicionalidades coletadas pelo MEC e pelo MS
junto às respectivas secretarias municipais;
d) Esgotamento do prazo estipulado pela SENARC para a retirada do cartão
magnético, nas agências do agente operador;
e) Em decorrência de cancelamento de todo benefício variável, se a família
não possuir benefício básico concedido;
f) Em decorrência de cancelamento do benefício básico, se a família não
possuir benefício variável concedido; ou
g) Em função da prescrição do benefício variável de caráter extraordinário,
se a família não possuir benefícios básico ou variável concedido,
conforme o disposto no artigo 2º, § 4º, e no artigo 5º, § 3º, da Portaria
GM/MDS nº 737, de 15 de dezembro de 2004.

Os cancelamentos por reiterada ausência de saque, decurso do prazo de


permanência do benefício na condição de bloqueado e esgotamento do prazo estipulado
para retirada do cartão magnético nas agências da CAIXA estão sendo implementados
pelo agente operador no Sistema de Gestão de Benefícios, sendo considerados
operacionais até o segundo semestre de 2006.
Como efeito do cancelamento de benefícios, tem-se o cancelamento das parcelas
de pagamento ainda não sacadas, considerados os prazos citados na seção 5 deste
capítulo. A família é desligada do Programa e deixa de constar das folhas de pagamento
futuras.
4.1.4. Reversão de cancelamento de benefícios

A reversão de cancelamento é mais uma das atividades de gestão de benefícios


previstas na Portaria GM/MDS nº 555, de 2005. Por meio dessa atividade, os benefícios
financeiros do PBF que estejam na condição de cancelado poderão voltar a ser pagos a
uma determinada família, inclusive as parcelas de pagamento não sacadas durante o
período em que o benefício estava cancelado. Para que isso ocorra, é preciso que a
reversão seja comandada pelo gestor municipal no prazo de até 60 dias após o
cancelamento.
Conforme prevê o artigo 15, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, a reversão
de cancelamento deve ser feita em caso de erro operacional, ou seja, em caso de
comando, por engano, de um cancelamento de benefício financeiro para uma
determinada família.
A reversão de cancelamento somente poderá ser comandada se o benefício foi
cancelado por um dos seguintes motivos:
a) Trabalho infantil na família;
b) Duplicidade cadastral;
c) Renda familiar por pessoa superior à estabelecida para o Programa;
d) Falecimento de toda a família;
e) Decisão judicial;
f) Desligamento voluntário da família do PBF;
g) Acúmulo de benefícios financeiros do PBF com os do Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil (Peti);
h) Descumprimento reiterado de condicionalidades do PBF, observada a
norma específica; e
i) Repercussão de alteração cadastral.

Se o benefício tiver sido cancelado porque ocorreu uma exclusão indevida do


cadastro da família, a reversão de cancelamento somente pode ser executada depois da
inserção de um novo cadastro para essa família (ver o item 7.3.4 no capítulo IV).
Realizada em até 60 dias contados da data de efetivação da ação de
cancelamento do benefício, a reversão de cancelamento terá os seguintes efeitos:
a) Readmissão da família no Programa, depois de confirmado que ela ainda
preencha os requisitos para a concessão (o detalhamento dessa rotina,
conhecida como reavaliação, será feito no capítulo IV). Em caso
positivo, o benefício será retirado da situação de cancelado;
b) Disponibilização, na próxima folha de pagamento a ser gerada depois da
data de reversão, das parcelas de pagamento anteriormente canceladas e,
também, daquelas que não chegaram a ser geradas durante o período em
que o benefício esteve na situação de cancelado; e
c) Retomada da disponibilização normal de parcelas de pagamento nos
meses posteriores à reversão.
Depois de 60 dias de cancelamento, o município ainda poderá promover a
reversão de cancelamento. No entanto, a readmissão da família no Programa dependerá
das regras vigentes para o ingresso de novas famílias no PBF, sem a disponibilização
das parcelas de pagamento anteriormente sacadas.

4.1.5. Suspensão e reversão de suspensão de benefícios

A suspensão de benefícios por descumprimento de condicionalidades é feita


exclusivamente pela SENARC, depois da apuração da freqüência escolar e/ou da
agenda de saúde pelos Ministérios da Educação e da Saúde, seguindo as regras da
Portaria GM/MDS nº 551, de 2005. O prazo de suspensão firmado nesta Portaria é de 2
meses.
Se um benefício é colocado na situação de suspenso, deixam de ser depositadas
as parcelas de pagamento da família, durante o período de suspensão. Encerrada a
suspensão, o benefício volta automaticamente à condição anterior, mas não são geradas
parcelas relativas ao período em que houve a suspensão.
A reversão de suspensão pode ser feita pelo município, ainda que a suspensão
tenha sido feita pela SENARC. Efetuada a suspensão de benefícios, em caso de
reclamação da família, o gestor municipal deve consultar as Secretarias Municipais de
Educação ou Saúde. Em caso de equívocos no envio de dados aos Ministérios da
Educação e/ou da Saúde, deve comandar a reversão da suspensão dos benefícios.
Efetuada a reversão de suspensão, as parcelas de pagamento anteriormente não
geradas serão depositadas à família, quando da geração da folha de pagamento seguinte.

4.1.6. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento do benefício


básico

O cancelamento do benefício básico ocorre com o aproveitamento das alterações


cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, seguindo o Calendário
Operacional. A elevação da renda por pessoa da família para valores entre R$ 60,01 e
R$ 120,00 leva ao cancelamento do benefício básico dessa família.
A concessão/reversão de cancelamento do benefício básico ocorre também com
o aproveitamento das alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico,
seguindo o Calendário Operacional. A redução da renda por pessoa da família para
valores abaixo de R$ 60,00 leva à concessão do benefício básico a essa família por
ocasião da geração da folha de pagamento indicada no Calendário Operacional. Se essa
família já teve um benefício básico, ocorrerá uma reversão de cancelamento, sem o
pagamento de parcelas retroativas.
4.1.7. Cancelamento e concessão/reversão de cancelamento de benefício
variável

O cancelamento de benefício variável ocorre com o aproveitamento das


alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico, seguindo o Calendário
Operacional. Os motivos de cancelamento de benefício variável que podem ser feitos
pelos municípios são: falecimento, criança ou adolescente não mais residente com a
família, e duplicidade cadastral. Todos esses motivos devem ser tratados por meio do
aplicativo do CadÚnico. Essas alterações são aproveitadas pelo Sistema de Gestão de
Benefícios (SGB) para cancelar os benefícios variáveis anteriores concedidos à família.
Por outro lado, a inclusão de crianças e/ou adolescentes de até 15 anos no
cadastro de uma família é também uma alteração cadastral tratada pelo SGB. Nesses
casos, haverá a concessão de novo benefício variável à família. Se já houve benefício
variável nessa família para essa criança ou adolescente, ocorrerá uma reversão de
cancelamento, sem o pagamento de parcelas retroativas.
Para que a concessão de benefício variável aconteça é preciso que haja crianças
ou adolescentes com idade igual ou inferior a 15 anos no mês da concessão. O
cancelamento desse benefício, por idade superior ao permitido, ocorre sempre no mês
de janeiro. Nesse mês, a SENARC realiza automaticamente o cancelamento de todos os
benefícios variáveis das famílias cujos adolescentes completaram 16 anos no ano
anterior.
Caso não existam outros benefícios na família, o cancelamento de benefícios
básico e/ou variável leva ao seu desligamento do Programa.
Caso uma família tenha os benefícios básico e variável cancelados, o benefício
variável de caráter extraordinário (BVCE) também será cancelado. O BVCE sempre
acompanha esses comandos de cancelamento. Entretanto, o BVCE pode ainda ser o
único benefício a ser cancelado na família, no caso de seu prazo de prescrição (data-
término) ter sido superado, conforme foi explicado no capítulo I.

4.1.8. Divergências das famílias quanto à realização de atividades de gestão


de benefícios

Por fim, considerando-se o direito do responsável legal pela família em


questionar a execução de atividade de gestão de benefícios de sua família, de acordo
com o artigo 18, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, o gestor municipal tem como
obrigação analisar e deliberar sobre tais questionamentos, apresentados sob a forma de
recurso, no prazo máximo de 30 dias.

5. Prazo do agente operador para repercussão das atividades de gestão no relatório


da folha de pagamento e no sistema bancário

Para que as famílias conheçam as datas em que os benefícios serão pagos é


distribuído pela CAIXA um Calendário de Pagamento de Benefícios do PBF, o qual
será detalhado no capítulo V. A fixação dessas datas de pagamento requer um
planejamento para a geração da folha de pagamento, conforme prazos definidos para
várias tarefas. Entre essas tarefas estão: inclusão de famílias com benefícios concedidos
no mês, emissão de cartões bancários para essas novas famílias, processamento da
repercussão de alteração cadastral, disponibilização dos valores a pagar na rede bancária
da CAIXA, dentre outras. O descumprimento desses prazos levaria a atrasos no
pagamento de benefícios, impactando a rotina de milhões de famílias, e causaria
transtornos aos gestores municipais. Esse planejamento leva à definição de inúmeras
datas-limite num Calendário Operacional; as principais são apresentadas no Quadro XI.

Quadro XI - Calendário Operacional – Ano 2008


Item Ação Ente/Órgão Folha de Pagamento 2008 do Mês de:

AGO SET OUT NOV DEZ

30/06/08
Data-limite para cadastramento de famílias no
1 Prefeituras (sem 31/07/08 29/08/08 30/09/08 31/10/08
CadÚnico para habilitação ao Programa Bolsa Família
habilitação)

Data-limite para alteração cadastral no CadÚnico para


2 Prefeituras 11/07/08 31/07/08 29/08/08 30/09/08 31/10/08
repercussão na folha de pagamento

Data-limite para manutenção no Sistema de Gestão de Prefeituras e


3 11/07/08 03/09/08 24/09/08 22/10/08 21/11/08
Benefícios para repercussão na folha de pagamento MDS

06/09/08 a 11/10/08 a 08/11/08 a


4 Processamento da repercussão de alteração cadastral CAIXA 14/07/08 16/08/08
07/09/08 12/10/08 09/11/08

5 Início do processamento da folha de pagamento CAIXA 17/09/08 05/09/08 03/10/08 05/11/08 03/12/08

6 Início do calendário de pagamentos CAIXA 18/08/08 17/09/08 20/10/08 17/11/08 16/12/08

Notas: 1) Para os itens 1 e 2, caso as alterações sejam realizadas após a data-limite, a repercussão ocorrerá na folha
de pagamento do próximo mês. 2) Para o item 3, caso as alterações sejam realizadas após a data-limite, a ação será
refletida somente na próxima geração de folha , embora haja atualização imediata das bases de benefícios e de
pagamentos sobre as parcelas já disponíveis. 3) Durante o processamento do reflexo das alterações cadastrais (item
4), o módulo de manutenção no SGB permanecerá indisponível. 4) Este calendário será atualizado periodicamente
e suas datas serão ajustadas quando necessário, estando sempre disponível no SGB para download. No cabeçalho
do calendário retirado do SGB consta a data de atualização.

No Quadro XI, o item 2 representa a data-limite para que as atividades de


gestão de benefícios, que aproveitam alterações cadastrais efetuadas pelos municípios
no CadÚnico, afetem o relatório da folha de pagamento. Por exemplo, no mês de
outubro, a data-limite é 29 de agosto. Isso significa que a alteração da renda por pessoa
de uma família para valor acima de R$ 120,00 no CadÚnico, antes dessa data-limite,
fará que haja cancelamento do benefício dessa família, quando do processamento da
folha de pagamento.
O item 3 representa a data-limite para que todas as atividades de gestão de
benefícios que são realizadas diretamente no SGB afetem o relatório de geração da
folha de pagamento. No entanto, vale ressaltar que as atividades de gestão de benefícios,
realizadas depois da geração da folha, são acatadas pelo SGB e aproveitadas para o
relatório de folha de pagamento seguinte.
O item 1 é o prazo final para que uma família seja incluída no CadÚnico pelos
municípios de modo que seu cadastro possa ser habilitado para concessão de benefícios
no respectivo mês. A data-limite do item 5 será explicada no capítulo V.
Um dos efeitos mais importantes dos bloqueios, desbloqueios e cancelamentos
recai sobre as parcelas de pagamento ainda não sacadas pela família. As parcelas de
pagamento são gerenciadas em sistemas interligados à rede bancária da CAIXA.
Portanto, os efeitos das atividades de gestão de benefícios sobre as parcelas de
pagamento ainda não sacadas não são imediatos. Normalmente, o tempo que as
atividades de gestão de benefícios levam para provocar efeitos financeiros é:
• 2 dias úteis – se a atividade for realizada fora do Calendário de
Pagamento de Benefícios;
• 5 a 8 dias úteis – se a atividade for realizada dentro do Calendário de
Pagamento de Benefícios.
A SENARC estuda, em conjunto com a CAIXA, a redução desses prazos de
liberação, bloqueio e cancelamento de parcelas de pagamento.

6. Atividades de gestão de benefícios dos Programas Remanescentes

As atividades apresentadas na seção 4 deste capítulo são aplicáveis também aos


Programas Remanescentes, conforme o disposto no artigo 19, da Portaria MDS nº 555,
de 2005. Essa Portaria, além de regulamentar a gestão de benefícios no Programa Bolsa
Família, disciplinou os motivos também aplicáveis aos Programas Remanescentes. O
Quadro XII apresenta uma matriz com os motivos aplicáveis e as principais atividades
de gestão de benefícios dos Programas Remanescentes. Por exemplo, o descumprimento
de condicionalidades é um motivo de bloqueio, cancelamento e suspensão para o PBF,
sendo também aplicável apenas aos Programas Bolsa Escola e Bolsa Alimentação.
Os motivos de cancelamento de benefício variável do PBF são aplicáveis apenas
aos Programas Bolsa Escola e Bolsa Alimentação. O cancelamento por idade-limite
para o Programa Bolsa Escola funciona da mesma forma que para o PBF, ocorrendo
sempre em janeiro, com o cancelamento do benefício variável de famílias cujos
adolescentes completaram 16 anos no ano anterior.
No PBF, os cancelamentos e as concessões/reversões de cancelamento de
benefício variável aproveitam as alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no
CadÚnico. Com isso, a exclusão ou a inclusão do registro de crianças no cadastro da
família acarreta o cancelamento e a concessão/reversão de cancelamento de benefício
variável para essa família beneficiária do PBF. Segundo o artigo 11, da Lei nº 10.836,
de 2004, não pode mais haver concessão de benefícios no âmbito dos Programas
Remanescentes. Portanto, a realização de atividades de gestão de benefícios que
aproveitam as alterações cadastrais somente pode resultar em redução dos valores pagos
a essas famílias.
Por enquanto, a rotina de reversão de cancelamento está ativada apenas para o
Programa Bolsa Família. Futuramente, essa atividade de gestão de benefícios também
tratará os Programas Auxílio-Gás, Cartão Alimentação e Bolsa Escola. Até lá, a
reversão pode ser demandada pelo município, por meio do envio de ofícios para a
SENARC, anexando-se o Formulário-Padrão de Gestão de Benefícios. O Programa
Bolsa Alimentação também só pode ser tratado por ofício.

Quadro XII – Aplicação das atividades de gestão aos Programas Remanescentes


De quem é a É Motivo de Bloqueio? É Motivo de Cancelamento? É Motivo de Suspensão?
competência
Motivos das para realizar
Atividades de atividades de
Gestão de gestão de

BAL

PCA

GÁS

BAL

PCA

GÁS

BAL

PCA

GÁS
BES

BES

BES
BF

BF

BF
Benefícios benefícios
por este
motivo?
Trabalho infantil - Município
S S S N N S S S N N N N N N N
na família. - Senarc
- Duplicidade
cadastral;
- Renda familiar - Município
por pessoa S S S S S S S S S S N N N N N
- Senarc
superior;
- Falecimento de
toda a família
Não-localização
da família no - Município
endereço S S S S S N N N N N N N N N N
- Senarc
informado no
CadÚnico.
- Município
Decisão judicial S S S S S S S S S S N N N N N
- Senarc
Acúmulo de - Município
benefícios com o S S N N N S S N N N N N N N N
- Senarc
Peti
Descumprimento
reiterado de
condicionalidade
- Senarc S S S N N S S S N N S S S N N
s do PBF,
observada a
legislação vigente
Desligamento - Município
voluntário da N N N N N S S S S S N N N N N
- Senarc
família do PBF
Reiterada - Senarc,
ausência de saque automaticamente N N N N N S S S S S N N N N N
de benefícios , via SGB.

Decurso do prazo
de permanência - Senarc,
do benefício na automaticamente N N N N N S S S S S N N N N N
situação de , via SGB.
bloqueado
Esgotamento do
- Senarc,
prazo estipulado automaticamente N N N N N S S S S S N N N N N
pela Senarc para , via SGB.
a retirada do
De quem é a É Motivo de Bloqueio? É Motivo de Cancelamento? É Motivo de Suspensão?
competência
Motivos das para realizar
Atividades de atividades de
Gestão de gestão de

BAL

PCA

GÁS

BAL

PCA

GÁS

BAL

PCA

GÁS
BES

BES

BES
BF

BF

BF
Benefícios benefícios
por este
motivo?
Trabalho infantil - Município
S S S N N S S S N N N N N N N
na família. - Senarc
cartão magnético
nas agências da
CAIXA,.
Repercussão de
alteração
cadastral
(somente se a
- Senarc,
alteração
automaticamente S S S S S S S S S S N N N N N
cadastral implicar , via SGB.
situações que
levem a bloqueio
e/ou
cancelamentos)
Cancelamento de
todo benefício
variável, quando - Senarc,
não houver automaticamente N N N N N S S S N N N N N N N
benefício básico , via SGB.
concedido à
família.
Cancelamento do
benefício básico,
quando não - Senarc,
houver benefício automaticamente N N N N N S N N N N N N N N N
variável , via SGB.
concedido à
família.
Prescrição do
- Senarc,
benefício de
automaticamente N N N N N S N N N N N N N N N
caráter , via SGB.
extraordinário.
Legenda: BF - Bolsa Família; BES - Bolsa Escola; BAL - Bolsa Alimentação; PCA - Cartão Alimentação;
GAS - Auxílio-Gás; S - Sim; N - Não.

7. Atividades de gestão de benefícios sobre complementação financeira dos


benefícios do PBF
As atividades apresentadas na seção 4 deste capítulo são aplicáveis, também, à
complementação financeira dos benefícios do PBF, apresentada na seção5 do capítulo I,
nos estados ou municípios com termos de cooperação firmados com o MDS, segundo o
§ 1º, do artigo 12, do Decreto nº 5.209, de 2004. Cabe, portanto, ao gestor estadual ou
municipal realizar as atividades de gestão de benefícios sobre a complementação
financeira dos benefícios do PBF, segundo a operacionalização estabelecida em cada
termo de cooperação.
Capítulo III – Sistema de Gestão de Benefícios

Para a realização da gestão de benefícios em âmbito municipal foi


desenvolvido um sistema informatizado, via internet, denominado Sistema de Gestão de
Benefícios do Programa Bolsa Família – SGB. A CAIXA, responsável pelo
desenvolvimento e manutenção de um Sistema de Gestão de Benefícios para o PBF,
implantou um sistema informatizado que, por servir a outros propósitos, acabou sendo
denominado Sistema de Benefícios ao Cidadão (Sibec). Dessa forma, para os objetivos
deste manual, o módulo municipal do SGB e o Sibec podem ser considerados
sinônimos.
O SGB trouxe maior agilidade e eficiência para o trabalho dos gestores
municipais. Com a descentralização da gestão de benefícios aos municípios que
aderiram ao Bolsa Família, os gestores municipais têm autonomia para realizar
bloqueios, desbloqueios, cancelamentos e reversões de cancelamento de benefício, por
meio do SGB. Agilizou-se o tratamento das diversas situações que levam à interrupção
temporária ou permanente do pagamento dos benefícios financeiros, não havendo mais
necessidade de envio de ofícios à Senarc para solucionar os casos de bloqueio ou
cancelamento. O SGB é um sistema on line que pode ser utilizado em qualquer
computador com acesso à internet, o que facilita o trabalho do gestor municipal, que
não precisa instalar programas ou configurar o computador para realizar a gestão de
benefícios.
Além da execução das atividades de gestão de benefícios, o SGB permite
consultar desde a situação do benefício de uma família específica até informações
gerenciais sintéticas, como as folhas de pagamento do Programa Bolsa Família e dos
Programas Remanescentes no município.
Com a descentralização da gestão de benefícios, os gestores estaduais do PBF,
os integrantes das instâncias municipais e estaduais de controle social e os integrantes
da Rede Pública de Fiscalização do PBF podem, a qualquer tempo, consultar on line as
mesmas informações que os gestores municipais.
Além de tornar eficiente a gestão de benefícios, o SGB atende à exigência de
transparência para o Programa. Com o SGB, todas as instâncias de controle dispõem de
acesso a informações para acompanhamento da gestão de benefícios, com maior
participação da sociedade no controle social do PBF.

1. Acesso ao Sistema de Gestão de Benefícios

Poderão ter acesso ao Sistema de Gestão de Benefícios:


• SENARC;
• CAIXA;
• Gestores municipais;
• Gestores estaduais;
• Instâncias estaduais e municipais de controle social;
• Rede Pública de Fiscalização:
o Controladoria Geral da União – CGU;
o Tribunal de Contas da União – TCU;
o Procuradores do Ministério Público Federal (MPF);
o Promotores dos Ministérios Públicos Estaduais (MPEs).

Para ter acesso ao sistema, os municípios precisam aderir formalmente ao PBF,


submetendo à aprovação do MDS um Termo de Adesão ao Programa Bolsa Família,
elaborado conforme a Portaria MDS nº 246, de 2005. Depois do termo de adesão ter
sido aprovado e publicado no Diário Oficial da União, o gestor municipal do Programa
pode solicitar à CAIXA, agente operador do PBF, mediante a apresentação de
documentação específica, as senhas de acesso para os servidores municipais e para os
integrantes da instância municipal de controle social.
Os integrantes da Rede Pública de Fiscalização - RPF são credenciados para
acesso ao Sistema de Gestão de Benefícios diretamente junto à CAIXA, conforme os
convênios firmados entre o MDS e os órgãos representantes dessa rede. Os
procedimentos de credenciamento são os mesmos aplicados aos usuários municipais.
Na esfera estadual, os gestores estaduais do PBF são responsáveis pelo apoio
institucional à instância estadual de controle social no credenciamento junto à CAIXA.

1.1. Utilização de senhas de acesso


A necessidade de utilização de senhas de acesso ao SGB vincula-se aos efeitos
das atividades de gestão de benefícios e aos requisitos de segurança computacional
adotados pelo agente operador.
A realização de atividades de gestão de benefícios em um município afeta,
primeiramente, a própria família, cujo pagamento é temporária ou permanentemente
interrompido. Logo depois de a família tentar realizar sem sucesso o saque, o gestor
municipal precisará atendê-la para explicar-lhe a causa do bloqueio ou cancelamento.
Assim, no âmbito da prefeitura, a realização das atividades de gestão de benefícios
precisa ser bem controlada, sob pena de causar transtornos à própria rotina local.
No mundo informatizado de hoje, há sempre o risco de pessoas não autorizadas
tentarem invadir sistemas computacionais para causar prejuízos ou constrangimentos. A
CAIXA, na qualidade de agente operador do PBF, administra ainda uma rede bancária
credenciada de pagamentos aos beneficiários, e necessita cuidar dos sistemas
informatizados de gestão e de pagamento dos benefícios. O agente operador mantém o
módulo municipal do SGB interligado com outros sistemas computacionais
responsáveis pelo saque e pela contabilidade dos pagamentos de benefícios.
Em conseqüência, o uso do SGB exige cuidados especiais quanto à
responsabilização individual, viabilizada com a utilização de senhas eletrônicas
individuais.

1.2. Credenciamento para acesso ao SGB


Para terem direito de acesso ao módulo municipal do SGB (ou Sibec), os
responsáveis passam por credenciamento junto à CAIXA, para que possam ser
considerados usuários autorizados do Sistema. Durante esse credenciamento, os
responsáveis firmam um compromisso pela veracidade dos dados informados para
acesso ao Sistema, e recebem uma senha eletrônica individual de acesso, com poderes
limitados a sua competência de atuação no âmbito da gestão de benefícios do PBF.
A senha de cada usuário é chamada de Senha do Cartão Cidadão. De posse
dessa senha, o usuário pode acessar o SGB, por meio de uma segunda senha, chamada
de Senha Internet do Cidadão. Tanto a Senha do Cartão Cidadão quanto a Senha
Internet do Cidadão são pessoais e intransferíveis. O usuário credenciado deve tomar o
cuidado de nunca passá-las para outras pessoas, nem deixá-las escritas ou registradas
em local visível. O sigilo da Senha Internet do Cidadão é especialmente importante,
porque permite realizar atividades de gestão de benefícios do PBF. Além disso, o SGB
registra todas as atividades de gestão de benefícios efetuadas pelo usuário. Assim, o uso
indevido do SGB pode levar à responsabilização administrativa e/ou penal.
O Quadro XIII apresenta o Fluxograma de Credenciamento para o Sistema de
Gestão de Benefícios do PBF. O detalhamento de todas as etapas para o credenciamento
de usuários pode ser encontrada no Guia de Credenciamento para o Sistema de Gestão
de Benefícios do PBF, constante da Parte I do Manual do Sistema de Gestão de
Benefícios, distribuído a todos os municípios e disponível no sítio do MDS.
Basicamente, o credenciamento depende dos seguintes passos:
• Publicado o Termo de Adesão ao PBF no Diário Oficial da União, o
município deve preencher, para cada funcionário municipal que irá
ter acesso ao sistema, um Formulário de Cadastramento de Usuário
Externo - Ficus/E (disponível nas agências da CAIXA), e anexar
cópia da documentação pessoal dos usuários, com atenção especial ao
perfil de acesso que pretende conceder a cada usuário;
• O gestor municipal do PBF solicita o credenciamento à CAIXA, por
ofício, anexando as Ficus/E e uma cópia do formulário de sua
designação como gestor municipal do PBF;
• A CAIXA analisa a documentação e devolve o Comunicado de
Cadastramento de Usuário Externo e a Política de Acesso para cada
servidor indicado pelas Ficus/E recebidas;
• O gestor municipal entrega esse comunicado a cada funcionário
municipal autorizado, e orienta quanto ao cadastramento das senhas
(do cidadão e da internet).
• Os usuários cadastram as senhas e ficam aptos a utilizar o sistema.

Atualização: Os procedimentos para credenciamento ao Sistema de Gestão de


Benefícios - Sibec estão disciplinados na Instrução Operacional nº 15, de 13 de
dezembro de 2006, disponível no sítio eletrônico do MDS.
Quadro XIII – Fluxograma de credenciamento para o Sistema de Gestão de
Benefícios

MUNICÍPIO
Aguardar a Publicação do Termo de Adesão ao Programa
Bolsa Família do município no Diário Oficial da União

MUNICÍPIO
Preenchiment o dos Formulários de Cadastramento de
Usuário Externo - FICUS/E, conforme item 4.1 deste guia.
MUNICÍPIO

O Gestor Municipal do Programa Bolsa Família deverá entregar o


"comunicado de cadastramento de usuário externo" e "Política de Segurança
para Acesso aos Recursos Computacionais da CAIXA por Entidade Externas
MUNICÍPIO "ao respectivo usuário do Sistema de Gestão de Benefícios.
Enviar ofício à CAIXA assinado pelo próprio Gestor Municipal do
Programa Bolsa Família. Anexar ao ofício da Prefeitura os seguintes
documentos:
- As FICUS/E dos futuros usuários do Sistema; e
- Cópia do Formulário de Designação do Gestor Municipal do
Programa Bolsa Família, encaminhado ao MDS conforme a Portaria GM/
MDS nº 246, de 20 de maio de 2005. MUNICÍPIO

O Gestor Municipal do Programa Bolsa Família deverá


orientar o usuário do sistema para cadastramento das senhas. ver
item 4.2 e 4.3 deste guia.

Caixa Econômica Federal (CAIXA)

A CAIXA fará a análise da documentação entregue pelo município e, para


cada usuário, enviará os documentos "comunicado de cadastramento de usuário
externo" e "Política de Segurança para Acesso aos Recursos Computacionais da MUNICÍPIO
CAIXA por Entidade Externas " conforme anexo II e III deste Guia.
Após o cadastramento das senhas e respeitados os prazos de validação sitemica
das mesmas, os usuários estarão aptos a utlizar o sistema.

Observação Importante: Cabe ressaltar a importância da constante


atualização da lista de usuários autorizados a utilizar o SGB. O Gestor Municipal deve
manter controle de todas as pessoas que dispõem de acesso ao SGB, o que pode ser
feito com a organização de um arquivo contendo cópia de todas as Ficus/E
encaminhadas à CAIXA. Se um funcionário não precisar mais ter acesso ao SGB, o
gestor municipal deve encaminhar outra Ficus/E para o seu
descredenciamento,evitando assim o risco de ser responsabilizado em caso de má
utilização do SGB por esse usuário.

1.3. Perfis de acesso ao SGB


O Sistema de Gestão de Benefícios é acessível a todos os usuários credenciados
pelos gestores de acordo com as atribuições de cada um, sendo definidos perfis
diferenciados. O detalhamento de todos os perfis de acesso de usuários pode ser
encontrado na Instrução Operacional nº 15, no anexo Guia de Credenciamento para o
Sistema de Gestão de Benefícios do PBF, disponível no sítio do MDS.
Os principais perfis de acesso acham-se no âmbito municipal. O perfil de
coordenador municipal é destinado ao gestor municipal do PBF, definido no termo de
adesão. Dispõe de acesso completo, isto é, pode executar todas as funcionalidades do
sistema (consulta, emissão de relatórios, bloqueios, desbloqueios, cancelamentos, etc.).
Somente uma pessoa no município pode receber esse perfil de acesso.
Para auxiliar o gestor municipal, é possível credenciar outros usuários, com a
utilização do perfil de operador municipal. Esse perfil de acesso pode realizar as
mesmas tarefas que o gestor municipal realiza. Não há limites quantitativos para
cadastramento desse tipo de usuário. Mas cabe ressaltar a importância de que o número
desses usuários deve ser o mínimo possível, para que seja simplificado o controle local
sobre a realização de atividades de gestão de benefícios.
Se no município for necessário manter equipes encarregadas de atendimento
direto aos beneficiários do Programa, é possível a utilização do perfil de atendimento do
Bolsa Família. Esse perfil restringe-se à consulta, não havendo limite de número de
usuários.
No âmbito estadual, os perfis de acesso são similares aos fixados para os
municípios. O de coordenador estadual é destinado ao gestor estadual e aos demais
funcionários que compõem a Coordenação Estadual. Esse perfil permite consultas e
emissão de relatórios. Há também o perfil de atendimento do Bolsa Família, voltado
exclusivamente para consultas de benefícios. Nenhum deles exige limite quantitativo de
usuários.
As instâncias municipais e estaduais de controle social também devem ser
credenciadas junto ao SGB, uma vez que exercem papel fundamental no
acompanhamento e na transparência do Programa. Esse credenciamento deve ser
iniciativa dos respectivos gestores. Esse perfil de credenciamento permite consultas e
relatórios, não havendo limite de usuários.

Observação importante: Em nenhuma hipótese os funcionários das agências


da CAIXA podem realizar atividades de gestão de benefícios. Seu acesso é restrito à
consulta de benefícios, com vistas ao atendimento ao público.

Os integrantes da Rede Pública de Fiscalização do PBF (CGU, TCU, MPF e


MPEs) também estão habilitados a acessar o Sistema de Gestão de Benefícios, o que
amplia ainda mais o controle e a fiscalização da execução do Programa. Seu perfil de
acesso permite consultas e emissão de relatórios.

Capítulo IV – Operacionalização da gestão de benefícios

A operacionalização da gestão de benefícios vem avançando rapidamente nos


últimos meses. Até novembro de 2005, os municípios dependiam do envio de ofícios
para processamento de suas demandas de cancelamento, bloqueio ou desbloqueio pela
Senarc. O lançamento do Sistema de Gestão de Benefícios - SGB aperfeiçoou a forma
de execução das atividades de gestão de benefícios. Em janeiro de 2006, a gestão de
benefícios passou a aproveitar as alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no
CadÚnico, eliminando-se as redundâncias entre os lançamentos efetuados pelos
municípios no CadÚnico e no SGB.
Em março de 2006, a reversão de cancelamento de benefícios do PBF foi
incorporada ao Sibec. Também em março, os relatórios de folha de pagamento
passaram a ser disponíveis. Outros relatórios entraram em operação no mês de maio de
2006. Constata-se, portanto, um rápido e constante aprimoramento da operacionalização
da gestão de benefícios. Por essa razão, a versão mais atualizada deste manual está
sempre disponível no sítio do MDS, sendo recomendáveis consultas freqüentes a essas
páginas via internet para acompanhamento das últimas inovações.
Ao longo deste capítulo, a operacionalização da gestão de benefícios será
apresentada com ênfase nas principais funcionalidades do SGB. Dado o escopo deste
manual, seria impossível explicar todas as funcionalidades do SGB e sua interação com
a repercussão de alteração cadastral. Assim, sempre que necessário, será preciso
remeter-se ao Manual do Sistema de Gestão de Benefícios, e também à Instrução
Operacional nº 12, de 3 de fevereiro de 2006, que contém as regras da repercussão de
alteração cadastral.

1. A descentralização da gestão de benefícios do Programa Bolsa Família


De acordo com o artigo 14 do Decreto 5.209, de 2004, todo município deve
manter uma Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família, responsável, dentre
outras atribuições, por promover as ações do PBF em âmbito municipal e por cadastrar
famílias pobres no CadÚnico. Por meio da assinatura do termo de adesão, os municípios
pactuam a gestão compartilhada do Programa Bolsa Família com o MDS. Na ocasião,
formalizam a indicação do gestor municipal, encarregado da coordenação definida em
decreto, e dos membros da instância municipal de controle social. Pelo MDS, foi
firmado o compromisso de oferecer aos municípios um sistema informatizado para a
realização da gestão de benefícios.
A descentralização da gestão de benefícios teve início com a publicação da
Portaria GM/MDS nº 555, de 11 de novembro de 2005. O artigo 8º da Lei n° 10.836, de
9 de janeiro de 2004, já estabelecia que “a execução e a gestão do Programa Bolsa
Família são públicas e governamentais e dar-se-ão de forma descentralizada, por meio
da conjugação de esforços entre os entes federados, observada a intersetorialidade, a
participação comunitária e o controle social”. Ou seja, a descentralização da gestão de
benefícios já contava com amparo na lei do Programa Bolsa Família. Como nenhum dos
principais programas de transferência de renda anteriores dispunha de um módulo
similar de gestão de benefícios descentralizado ao município, trata-se de uma inovação
da política de transferência de renda trazida pelo Bolsa Família.

2. Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios


A gestão de benefícios do Programa Bolsa Família admite duas formas de
execução operacional:
• Descentralizada- é realizada pelo próprio gestor local, diretamente no
módulo municipal do Sistema de Gestão de Benefícios (SGB). Nesse
caso, nenhum documento precisa ser encaminhado à SENARC, e sim
arquivado localmente. Se a atividade de gestão de benefícios foi
executada diretamente no SGB, o Formulário-Padrão de Gestão de
Benefícios (FPGB) deverá ser preenchido, permanecendo arquivado por
no mínimo 5 anos. Se a atividade é executada com aproveitamento das
alterações cadastrais, a documentação pertinente deve ser arquivada
segundo as regras do CadÚnico, sem a necessidade de preenchimento do
FPGB.
• Centralizada - o gestor local, por meio de ofícios dirigidos à SENARC,
solicita uma atividade de gestão em determinado benefício, utilizando o
FPGB. Localmente, devem ser mantidas cópias da documentação
enviada.

O Quadro XIV apresenta o fluxograma da operacionalização da gestão de


benefícios.

Quadro XIV – Fluxograma da operacionalização da gestão de benefícios


O Gestor Municipal detecta a necessidade de realização de uma atividade de gestão de
benefícios, analisando se ela pode ser executada apenas no SIBEC

Somente pode ser executada no SIBEC ?

Não Sim

Faz o preenchimento do Formulário Padrão


de Gestão de Benefícios (FPGB)

Gestão Gestão
descentralizada centralizada

Encaminha um ofício, anexando o FPGB,


para a SENARC
Município altera o Cadastro da
família e aguarda o
processamento automático da
atividade, realizado segundo o
calendário operacional. A SENARC faz a análise da solicitação

Arquiva a documentação
necessária, segundo as regras do
CadÚnico. Solicitação procedente SIM

NÃO

Realiza o processamento do ofício,


Realiza a atividade de gestão de Realiza o processamento do
sinalizando-o como Sem Ação de Gestão de
benefícios diretamente no SIBEC ofício
Benefícios

Encaminha à CAIXA para


reflexo na próxima folha de
pagamento
Arquiva o FPGB pelo prazo mínimo
de cinco anos (Art. 4º, § 2º da
Portaria GM/MDS nº 555/2005)
A SENARC disponibiliza A SENARC disponibiliza
informações da solicitação informações da solicitação
municipal no sítio do MDS municipal no sítio do MDS

A Gestão de Benefícios descentralizada agrega qualidade em relação ao


processo centralizado, pois se vale de tecnologia e ferramentas administrativas que
poderão fortalecer institucionalmente os gestores municipais.

3. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios nos municípios

No capítulo II deste manual foram apresentadas as atividades de gestão de


benefícios com os motivos de aplicação e os efeitos de sua execução. A partir disso,
pode-se classificar a execução dessas atividades segundo a utilização direta, ou não, do
SGB:
• Certas atividades somente são executadas com o aproveitamento das
alterações cadastrais efetuadas pelos municípios no CadÚnico;
• Algumas atividades podem ser executadas pelo SGB ou por
repercussão de alterações cadastrais, dependendo exclusivamente dos
motivos para sua aplicação;
• Por fim, certas atividades somente podem ser executadas com uso do
SGB.

Essas diferenças na execução das atividades de gestão de benefícios têm a ver


com o Aplicativo de Entrada e Manutenção de Dados do CadÚnico e o aproveitamento
das alterações cadastrais pelo SGB. Como se sabe, muitas alterações cadastrais podem
levar à execução de atividades. Dessa forma, se as repercussões não fossem
aproveitadas pelo SGB, o município seria obrigado a realizar estas alterações no
cadastro das famílias e, em seguida, acessar o SGB para executar a atividade de gestão
de benefícios correspondente.
O cancelamento de benefícios, se aplicado a todos os benefícios, pode ser
realizado tanto por meio do SGB quanto via repercussão de alterações cadastrais,
dependendo exclusivamente dos motivos para o desligamento da família. Os motivos de
cancelamento de benefício que podem ser executados pelos municípios por meio do
SGB são:
• Decisão judicial;
• Desligamento voluntário da família do PBF;
• Trabalho infantil na família;
• Acúmulo de benefícios do PBF com os benefícios do Peti.

Os motivos de cancelamento que aproveitam alterações cadastrais, quando


identificados pelos municípios, sempre estão relacionados a alterações nas informações
do CadÚnico. Os motivos de cancelamento processados por meio de repercussão de
alteração cadastral e, ainda, as ações de alteração cadastral correspondentes são os
seguintes:
• Duplicidade cadastral – No caso de duplicidade de cadastros, a exclusão
de cadastro ativo. No caso de duplicidade de pessoas, a conversão de
NIS de responsável legal;
• Renda familiar por pessoa superior – Alteração na renda por pessoa da
família para valores superiores a R$ 120,00
• Falecimento de toda família – O falecimento de toda a família é um
motivo para a exclusão do cadastro da família no CadÚnico.
Os cancelamentos e concessões/reversões de cancelamento dos benefícios básico
e variável somente podem ser executados por meio da repercussão de alteração
cadastral. A modificação na renda por pessoa de uma família no CadÚnico, por
exemplo, poderá levar ao cancelamento do benefício básico, caso essa nova renda por
pessoa esteja situada entre R$ 60,01 e R$ 120,00. A exclusão do registro de crianças
e/ou adolescentes de até 15 anos poderá levar ao cancelamento de benefício variável
concedido à família beneficiária do PBF.
O bloqueio, o desbloqueio, a reversão de suspensão e a reversão de
cancelamento somente podem ser realizados com a utilização do SGB,
independentemente dos motivos para sua aplicação. Por exemplo, o bloqueio por
averiguação de cadastramento em função de indícios de renda por pessoa superior só
pode ser tratado pelo SGB, uma vez que o aplicativo de entrada de dados do CadÚnico
não tem como registrar indícios de renda por pessoa superior.

4. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio do SGB

O módulo municipal do SGB (ou Sibec) possibilita aos municípios realizar


ações de gestão de benefícios (bloqueios, cancelamentos, desbloqueios e reversões) e
consultar informações sobre esses benefícios de forma muito mais rápida e eficiente.
O Quadro XV a seguir mostra telas com um exemplo de consulta da situação
de benefícios pelo SGB, onde aparecem informações de valor do benefício, situação de
pagamento, identificação do titular e de seus dependentes, assim como da execução de
um desbloqueio de benefício.

Quadro XV – Telas de consulta e desbloqueio no SGB


O SGB registra, por meio da senha eletrônica, todas as atividades de gestão,
identificando quem as realizou no município pelo Número de Identificação Social
(NIS). O Quadro XVI mostra uma tela do histórico de benefício, na qual se pode notar o
registro de um bloqueio, com a respectiva gravação do NIS da pessoa responsável pela
ação.

Quadro XVI - Tela de histórico de benefício


5. Operacionalização das atividades de gestão de benefícios por meio da
repercussão de alteração cadastral
A SENARC, a partir da experiência adquirida em auditorias realizadas nos
anos 2004 e 2005, decidiu implementar uma rotina permanente de auditoria que
favorecesse a coerência entre as informações do CadÚnico e as do SGB. Essa rotina,
conhecida como Repercussão Automática de Alterações Cadastrais do CadÚnico no
PBF, passou a ser executada mensalmente a partir de janeiro de 2006. O SGB, por sua
vez, passou a aproveitar diversas alterações cadastrais para execução das atividades de
gestão de benefícios.
Por fim, o Calendário Operacional, apresentado no capítulo II, deve ser
consultado para compreensão dos prazos necessários ao processamento das alterações
cadastrais no SGB.

5.1. A Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais


A Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais verifica as
situações em que uma alteração cadastral pode resultar em cancelamento ou bloqueio de
benefícios financeiros. Graças a essa rotina, várias ações de gestão de benefícios do
PBF e dos Programas Remanescentes, que antes eram efetuadas pelos municípios tanto
no CadÚnico quanto no SGB, passaram a exigir apenas o lançamento no Aplicativo de
Entrada e Manutenção de Dados do Cadastro Único – Offline do CadÚnico.
As principais rotinas que passaram a ser tratadas automaticamente pelo SGB
são:
• Alteração na renda por pessoa da família – Mudanças na renda por
pessoa da família no CadÚnico podem acarretar o cancelamento
automático dos benefícios ou a alteração do total de benefícios
financeiros da família;
• Alteração da composição familiar – Uma redução ou um aumento da
quantidade de crianças ou adolescentes pode acarretar mudança do
benefício variável da família, com redução ou aumento do valor pago. A
inclusão ou exclusão de pessoas no cadastro de uma família pode
modificar também a renda por pessoa da família.
• Substituição de responsável legal – Implica a troca do titular dos
benefícios financeiros da família no SGB, seguida pela emissão
automática de novo cartão magnético. Os benefícios financeiros dessa
família passam a ser pagos a esse novo responsável legal;
• Mudança de município – Ao mudar de município, uma família deve ser
cadastrada na cidade de destino. A partir da ativação do novo cadastro, o
benefício financeiro da família será reavaliado, passando a refletir as
novas informações. O domicílio anterior, registrado no município de
origem, não deve ser excluído do cadastro, pois será tornado inativo na
base nacional do CadÚnico, automaticamente;
• Conversão de NIS – Como resultado da conversão de NIS, a folha de
pagamento passa a refletir o NIS ativo, e os benefícios financeiros da
família são transferidos para o NIS ativo, emitindo-se automaticamente
um novo cartão magnético.
5.2. Fluxograma do processamento da repercussão de alteração cadastral no SGB
O diagrama do Quadro XVII sintetiza o processo de alterações cadastrais, que
consiste nos seguintes passos:
• O município realiza uma alteração cadastral no domicílio de uma família
no aplicativo do CadÚnico, transmitindo o arquivo de alterações ao
agente operador e recebendo de volta o arquivo-retorno com a
informação de que o domicílio foi processado;
• Em seguida, as alterações cadastrais que podem acarretar a execução de
alguma atividade de gestão de benefícios são filtradas pelo Sistema do
Cadastro Único e encaminhadas ao SGB para tratamento. Outros tipos de
alterações cadastrais, como substituição de responsável legal e mudança
de município, também são enviadas ao SGB;
• Por sua vez, o SGB analisa a repercussão dessas alterações cadastrais
sobre os benefícios financeiros das famílias beneficiárias do PBF e dos
Programas Remanescentes. A partir dessa análise, executada com o
auxílio da rotina de reavaliação apresentada a seguir, alguma atividade
de gestão de benefícios pode ser executada, com reflexo sobre a situação
dos benefícios financeiros e sobre as parcelas de pagamento, de acordo
com o Calendário Operacional. Nesse caso, será gravada a informação
correspondente, que poderá ser consultada no histórico de situação do
benefício da família, no SGB;
• Por meio do SGB, o município verifica se as alterações cadastrais feitas
no aplicativo do CadÚnico resultaram na execução automática de alguma
atividade de gestão de benefícios.
Quadro XVII - Fluxograma de processamento da repercussão de alteração cadastral
no SGB

Re p e rcu ssã o d a s
S i ste m a d e
B a se Ce n tra l a l te ra çõ e sca d a stra i s
G e stã o d e

E n via a lte ra çõ e s
d o Ca d Ún i co
CAIXA

B e n e fíci o s

a rq u ivo re to rn o
MDS
e

E n via

CONECTIVIDADE
In te rn e t
a rq u ivo re to rn o
SOCIAL

B e n e fício s
a lte ra çõ e s

Co n su lta
Município

E n via

B a ixa

Sistema de Gestão
Offline do
de Benefícios
CadÚnico (módulomunicipal
(Aplicativodeentradade operacionalizadopelaCAIXA)
dados doCadÚnico

5.3. A Rotina de Reavaliação no SGB


A implantação da Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais
implicou a construção de outra rotina automatizada de tratamento das alterações no
SGB, denominada Rotina de Reavaliação. Toda vez que uma alteração cadastral é
acatada no CadÚnico, a Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais
analisa a mudança nas informações e envia para que o SGB trate, se for o caso. No SGB
é acionada a Rotina de Reavaliação, que verifica se o benefício financeiro concedido a
uma família ainda permanece válido. Assim, a Rotina de Reavaliação confere se uma
dada família ainda permanece com as condições de elegibilidade que lhe garantem a
continuidade da concessão dos benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes.
Paralelamente, as atividades de gestão de benefícios correspondentes à alteração são
executadas pelo SGB.
O benefício financeiro que não passa nas regras da reavaliação é cancelado,
pelo motivo correspondente à regra não atendida depois da aplicação dessa rotina;
aparecem no histórico de situação do SGB alguma das seguintes mensagens:
• Residência fora do município de cadastramento;
• Beneficiário é beneficiário indireto em outra família (a pessoa aparece
como criança em outra família);
• Beneficiário indireto é beneficiário em outra família (a criança aparece
como responsável legal em outra família);
• Beneficiário é beneficiário indireto na mesma família (a pessoa aparece
mais de uma vez na mesma família);
• Cadastrado em mais de um município;
• Família participa do Peti (uma ou mais crianças dessa família participam
do Peti);
• Duplicidade cadastral;
• Renda por pessoa acima do limite;
• Responsável legal menor de 16 anos;
• Nenhum membro da família atendeu aos critérios;
• Idade fora do limite permitido;
• Beneficiário indireto duplicado.

5.4. Detalhamento das regras da repercussão de alteração cadastral

Um dos méritos da Instrução Operacional (IO) nº 12, de 2006, foi apresentar


detalhadamente a aplicação das regras de repercussão de alteração cadastral. Em
especial, o anexo I desta instrução apresenta uma sucessão de regras, os motivos de sua
aplicação e as mensagens que são exibidas pelo SGB.
O Quadro XVIII a seguir apresenta um extrato desse detalhamento da
repercussão de alteração cadastral apresentado no anexo I da IO nº 12; no caso, uma
exclusão de cadastro no CadÚnico. A repercussão de alteração cadastral no SGB leva ao
cancelamento dos benefícios financeiros dessa família (obviamente, não pode haver
benefícios concedidos sem a existência de um cadastro da família). A mensagem
gravada no histórico da família no SGB é FAMÍLIA EXCLUÍDA DO CADÚNICO. O
Quadro XIX apresenta um exemplo de consulta no SGB de um benefício cancelado por
esse tipo de repercussão de alteração cadastral.
Quadro XVIII – Extrato do anexo I da IO nº 12, com o detalhamento da repercussão de alteração cadastral no SGB

Nº 1
Alteração Cadastral
Exclusão de domicílio pelo município
no CadÚnico

O gestor municipal efetuou a exclusão de um domicílio ativo que recebe benefícios financeiros vinculados aos Programas
Descrição
Bolsa Família ou (Bolsa Escola, Auxílio-Gás, Cartão Alimentação, Bolsa Alimentação)

Repercussão da
Alteração Cadastral Cancelamento dos benefícios, com o desligamento da família dos respectivos programas, exceto Bolsa Alimentação.
no SGB

Mensagem no SGB
No histórico de situação é gravada a mensagem FAMÍLIA EXCLUÍDA DO CADÚNICO
(Sibec)

Para o Bolsa Alimentação, as alterações cadastrais não refletem automaticamente no SGB. Nesses casos, além da alteração
cadastral, é necessário o envio do FPGB – Formulário Padrão de Gestão de Benefícios ao MDS. A exclusão de domicílio
Observação
somente deve ser realizada em situações muito específicas. Veja nesta IO, item 2.9, os motivos em que a exclusão de
domicílio pode ser feita.
Quadro XIX – Tela de consulta de benefício cancelado por repercussão de alteração cadastral

6. Acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB

Nas seções anteriores, foi possível verificar como as atividades de gestão de benefícios são
executadas, tanto por meio do SGB, quanto pelo aproveitamento das alterações cadastrais. Foi visto
também que o SGB apresenta uma funcionalidade de consulta de benefícios e de histórico de
benefícios. Constata-se, portanto, uma maneira simples para o município acompanhar os
cancelamentos e bloqueios, bastando consultar o SGB e verificar o motivo gravado no histórico da
família. De acordo com o motivo, fica fácil saber se a atividade de gestão de benefícios foi
executada por um usuário no SGB ou em decorrência de repercussão de alteração cadastral. Outra
forma seria verificar se há um NIS gravado no histórico desse motivo; caso haja, a atividade de
gestão foi realizada diretamente no SGB pelo usuário cujo NIS foi gravado.
O Quadro XX a seguir indica se cada atividade de gestão de benefícios pode ser realizada
pelo município via SGB on line ou se deve ser feita via aplicativo do CadÚnico. A coluna mais útil
desse quadro é a coluna “Motivo Registrado no SGB”. Por exemplo, se é preciso realizar um
cancelamento de benefícios pelo motivo de desligamento voluntário da família, o canal apropriado é
o SGB on line, sendo registrada no histórico a mensagem Desligamento Voluntário da Família do
Programa. Se o cancelamento ocorresse por causa de renda por pessoa superior, seria preciso lançar
a nova renda por pessoa da família no CadÚnico. Por meio de repercussão de alteração cadastral, o
benefício seria cancelado usando o motivo de Reperc alt cadast - renda per cap fam sup estab p/
prog.
Quadro XXI – Matriz de acompanhamento da execução de atividades de gestão de benefícios com o SGB

Atividades de Gestão
Motivos Local de Execução Motivo Registrado no SGB (*) Responsabilidade
de Benefícios
I - Trabalho infantil SGB Trabalho Infantil na Família Município e Senarc, via SGB
II - Durante procedimento a) Duplicidade cadastral Averig Cadastr Deplic Cadastral
de averiguação de Para o município, automaticamente, com aproveitamento das
SGB
cadastramento, quando Reperc alt cad - duplicidade cadastral alterações cadastrais. Para a Senarc via SGB
houver indícios de:
b) Renda por pessoa familiar Ren per Cap Sup Estab P/ Progr Município e Senarc, via SGB
SGB
superior
c) Falecimento de toda a Averig Cadastr Falec da Família
família SGB
Bloqueio de
benefícios d) Não-localização da família Não Localiz Fam End Inform Cadun
no endereço informado no SGB
CadÚnico
III - Durante procedimento de averiguação de acúmulo de SGB Acúm Benef Financ. do Progr C/ Peti
Município e Senarc, via SGB
benefícios financeiros do PBF com os do Peti
IV - Por decisão judicial SGB Decisão Judicial Município e Senarc, via SGB

V - Descumprimento reiterado de condicionalidades SGB Descumpr Condicionalidades Progr Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB, mediante
lançamento de informações nos sistemas de condicionalidades
pelos municípios
Desbloqueio de I - Em decorrência da elucidação ou finalização das SGB Não há motivos para desbloqueio Município e Senarc, via SGB
benefícios situações que deram origem à ação de bloqueio
Atividades de Gestão
Motivos Local de Execução Motivo Registrado no SGB (*) Responsabilidade
de Benefícios
I - Trabalho infantil na família SGB Trabalho Infantil na Família Município e Senarc, via SGB
II - Duplicidade cadastral Duplicidade de Cadastramento (**) Para o município, automaticamente, com aproveitamento das
CadÚnico alterações cadastrais. Para a Senarc via SGB
Reperc alt cad - duplicidade cadastral
III - Renda familiar por pessoa superior à estabelecida para Renda per cap sup estab p/ prog Para o município, automaticamente, com aproveitamento das
o PBF CadÚnico alterações cadastrais. Para a Senarc via SGB
Reperc alt cad – renda sup estab p/ prog
IV - Falecimento de toda família Falecimento de Toda a Família (**) Para o município, automaticamente, com aproveitamento das
CadÚnico Reperc de alteração cadast -fam excluída cadúnico alterações cadastrais. Para a Senarc via SGB

V - Decisão judicial SGB Decisão Judicial Município e Senarc, via SGB


VI - Desligamento voluntário da família do PBF SGB Desligamento Voluntário da Família Município e Senarc, via SGB

VII - Acúmulo de benefícios do PBF com os benefícios do SGB Acúm Benef Financ. do Progr C/ Peti Município e Senarc, via SGB
Peti
VIII - Reiterada ausência de saque de benefícios - Reiter Ausência Saque de Benef. Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB
Cancelamento de IX - Decurso do prazo de permanência do beneficio na Decurso Prazo Situação Bloqueado Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB
-
benefícios situação de bloqueado
X - Descumprimento reiterado de condicionalidades do Descumpr Condicionalidades Progr Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB
-
PBF
XI - Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para Esgot praz p/ retir cart mag Caixa Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB
retirada do cartão magnético, nas agências do agente -
operador
XII - Repercussão de alteração cadastral Repercussão alteração cadastral Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB, mediante
CadÚnico lançamento de informações nos sistemas de condicionalidades
pelos municípios.
XIII - Em decorrência do cancelamento de todo benefício Cancel de todos benef variáveis Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB
variável, se a família não receberbenefício básico -
concedido
XIV - Em decorrência de cancelamento do benefício Cancel do benefício básico Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB
básico, se a família não receber benefício variável -
concedido
XV - Em função da prescrição do benefício variável de Prescrição benef extraordinário Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB
caráter extraordinário - BVCE - se a família não -
receberbenefício básico ou variável concedido
Reversão de I - Para retificação de erro operacional Não há motivos para reversão de cancelamento. Município e Senarc, via SGB
SGB
cancelamento
I - Se verificada redução da renda familiar por pessoa Cancel benefício básico Automaticamente, com aproveitamento das alterações
Cancelamento de
registrada no CadÚnico, pelo município, para valor de até CadÚnico cadastrais
benefício básico
R$ 60,00.
Atividades de Gestão
Motivos Local de Execução Motivo Registrado no SGB (*) Responsabilidade
de Benefícios
Concessão/Reversão I - Se verificada elevação da renda familiar por pessoa Não há motivos para concessão/reversão de cancelamento. Automaticamente, com aproveitamento das alterações
de cancelamento de registrada no CadÚnico, pelo município, para valor entre CadÚnico cadastrais
benefício básico R$ 60,01 e R$ 120,00.
I - Falecimento de criança ou adolescente; Falecimento Criança / Adolescente Automaticamente, com aproveitamento das alterações
CadÚnico cadastrais
II - Criança ou adolescente não mais residente com a Criança/Adolescen não res c/ fam Automaticamente, com aproveitamento das alterações
família; CadÚnico cadastrais
Cancelamento de
benefício variável
III - Duplicidade cadastral. Duplicidade de cadastramento Automaticamente, com aproveitamento das alterações
CadÚnico cadastrais
IV - Idade igual ou superior a 16 anos para Idade igual ou superior 16 anos Exclusiva da Senarc, automaticamente via SGB
CadÚnico
adolescentes.
Concessão/Reversão I - Para retificação de erro operacional CadÚnico Não há motivos para concessão/reversão de cancelamento. Automaticamente, com aproveitamento das alterações
de cancelamento de II - Em decorrência de atualização do cadastro da família Não há motivos para concessão/reversão de cancelamento. cadastrais
benefício variável CadÚnico
Suspensão de I - Na ocorrência de descumprimento de condicionalidades, Descumpr Condicionalidades Progr Exclusiva da Senarc
-
benefícios observada a norma específica
Reversão de I - Para retificação de erro operacional no envio ou no Não há motivos para reversão de suspensão. Município e Senarc, via SGB
suspensão de processamento das informações sobre condicionalidades do SGB
benefícios PBF encaminhadas pelos municípios
* A descrição dos motivos está sendo revista pela CAIXA.
** Estes motivos foram usados via SGB, sendo depois abandonados quando passaram a ser tratados via repercussão de alteração cadastral.
O Quadro XXII apresenta os motivos que são exibidos pelo Sibec quando os benefícios são
cancelados, em decorrência da Rotina de Reavaliação de benefícios.

Quadro XXII - Motivos registrados no Sibec para cancelamento de benefícios causados pela
Rotina de Reavaliação

Motivos de Reavaliação de Motivo Registrado no SGB


Benefícios Financeiros

Residência fora do município de


RESID FORA MUNIC CADASTRAMENTO
cadastramento
Beneficiário é beneficiário indireto
em outra família (a pessoa aparece BENEF = BENEF-IND OUTRA FAMILIA
como criança em outra família)

Beneficiário indireto é beneficiário


indireto em outra família (a criança
BENEF-IND = BENEF OUTRA FAMILIA
aparece como responsável legal em
outra família)

Beneficiário é beneficiário indireto


na mesma família (a pessoa aparece BENEF = BENEF-IND MESMA FAMILIA
mais de uma vez na mesma família)

Cadastrado em mais de um
CADASTRADO MAIS DE UM MUNICIPIO
municípío
Família participa do Peti (uma ou
mais crianças dessa família FAMILIA PARTICIPA DO PETI
participam do Peti)
Duplicidade cadastral DUPLICIDADE CADASTRAL
Renda por pessoa acima do limite RENDA POR PESSOA ACIMA DO LIMITE

Responsável legal menor de 16 anos RESPONSAVEL LEGAL MENOR DE 16 ANOS

Nenhum membro da família atendeu


NENHUM MEMB FAM ATEND CRITERIOS
aos critérios
Idade fora do limite permitido IDADE FORA DO LIMITE PERMITIDO
Responsável legal duplicado RESPONSAVEL LEGAL DUPLICADO

7. Demais ações baseadas na Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais

7.1 Conversão de NIS


Se um domicílio é inscrito no Cadastro Único, todas as pessoas residentes são cadastradas,
e a cada uma é atribuído um Número de Identificação Social – NIS. O NIS é o código que
identifica, de maneira única, cada pessoa cadastrada no CadÚnico. Apesar dos vários mecanismos
de controle existentes nos procedimentos de emissão de NIS, pode acontecer de uma mesma pessoa
passar por mais de um cadastramento e receber dois ou mais NIS diferentes.
Auditorias no CadÚnico ou alterações cadastrais posteriores, ao serem analisadas pelos
sistemas de identificação pessoal do agente operador (CAIXA), podem identificar essa duplicidade
e associar todos os NIS a uma mesma pessoa, desativando o uso dos NIS duplicados. Esse processo
é denominado Conversão de NIS; os NIS duplicados são marcados como convertidos e somente um
é marcado como ativo, sendo registrada a ligação com o NIS ativo em uma tabela de elos. O
exemplo de conversão de NIS do Quadro XXIII pode esclarecer melhor.

Quadro XXIII - Exemplo de conversão de NIS (fictícios)

Em janeiro de 2003 foi cadastrada uma família composta pelas seguintes pessoas
• Mãe: NIS 111.11111.11-1
• Pai: NIS 222.22222.22-2
• Filha1: NIS 333.33333.33-3
• Filho2: NIS 444.44444.44-4
Em março de 2004, a Filha1 mudou-se para o domicílio de uma tia no mesmo município. Nesse
mês, houve uma visita dos agentes da prefeitura aos moradores do bairro onde moravam a Filha1 e sua tia,
com o objetivo de validar os cadastramentos efetuados naquela região.
Nesse momento, o cadastro da Filha1 foi incluído na família da tia, porém, por um erro de
digitação no cadastro, que modificou indevidamente seu nome, a Filha1 recebe um novo NIS:
555.55555.55-5. Em decorrência desse erro, uma única pessoa, a Filha1 passou a ter dois NIS.
Em abril de 2004, o responsável pelo cadastro, validando sua base, identificou que a Filha1 estava
cadastrada em dois domicílios, porém com nomes diferentes, o que representa duplicidade de NIS. Após a
confirmação de se tratar da mesma pessoa, o responsável efetuou a transferência do cadastro da pessoa com
sobreposição sobre o outro cadastro existente e transmitiu essas informações para a CAIXA para que se
efetuasse a conversão de NIS.
A partir deste momento, a Filha1 passa a ser identificada no Cadastro Único pelo NIS
333.33333.33-3 (geralmente permanece o de cadastramento mais antigo), que permanece ativo, e o NIS
555.55555.55-5 passou para a situação de convertido.

Além da situação apresentada no exemplo acima, há outras situações que podem gerar
multiplicidade de NIS para a mesma pessoa:
• Divergência de documentos – por exemplo, dois cadastros preenchidos com documentos
diferentes;
• Duplicidade de cadastro Cadúnico/Cadbes - ver a Instrução Operacional nº 13, de 20 de
abril de 2006;
• Qualquer divergência em nome completo ou data de nascimento quando do lançamento no
Cadastro Único.

A Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais verifica automaticamente a


ocorrência de conversão de NIS e envia os casos para análise do SGB. Se na análise efetuada for
detectada conversão de NIS de responsável legal, o que evidencia duplicidade de pagamento de
benefícios, um dos benefícios será cancelado. Se a conversão de NIS corresponder a crianças do
Bolsa Escola, e também for evidenciada duplicidade, os benefícios associados poderão ser
cancelados, ou ainda uma das famílias poderá ter seus benefícios bloqueados. O detalhamento da
repercussão de alteração cadastral por conversão de NIS consta do anexo I da Instrução Operacional
nº 12, de 2006.
A Rotina de Reavaliação verifica automaticamente a ocorrência de conversão de NIS no
SGB. Quando acontecer uma conversão de NIS do responsável legal de uma família, um novo
cartão magnético poderá ser emitido automaticamente para a família. Por isso, é importante que, se
houver alteração dos dados do responsável legal (campos 201 a 236 do formulário Identificação da
Pessoa), o município também atualize as informações de características e de endereço do domicílio
(campos 201 a 221), que poderão ser usados para localizar a família e entregar o cartão.

7.2. Substituição de responsável legal


A substituição do responsável legal de uma família é feita mediante atualização do
cadastro da família no sistema do CadÚnico e acarreta a troca do titular dos benefícios financeiros
da família no SGB, seguida da emissão automática de novo cartão magnético. A partir dessa
substituição, os benefícios financeiros da família passam a ser pagos ao novo responsável legal. É
recomendável nesses casos que o município também atualize as informações de características e de
endereço do domicílio (campos 201 a 225), que poderão ser usados pela CAIXA para localizar a
família e entregar o novo cartão.
Enquanto a alteração cadastral e a troca do cartão estiverem sendo processadas, o gestor
municipal pode emitir uma Declaração de Substituição de Responsável Legal, prevista no artigo 20,
inciso X, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005. Com essa declaração, o novo responsável legal
pode comparecer à agência de relacionamento da CAIXA com a prefeitura e, mediante
identificação, sacar os benefícios financeiros do antigo titular. Para poder emitir essa declaração, o
município deverá informar previamente, por ofício, à agência de relacionamento da CAIXA com a
prefeitura, a identidade do gestor municipal, anexando cópia do anexo II do Termo de Adesão ao
Programa Bolsa Família e ao Cadastro Único de Programas Sociais, da Portaria GM/MDS nº 246,
de 2005. O Quadro XXIV ilustra o modelo de declaração apresentado na Instrução Operacional nº
12, de 2006.

Quadro XXIV - Modelo de Declaração de Substituição de Responsável Legal

DECLARAÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE RESPONSÁVEL LEGAL


Prefeitura Municipal de __________
Secretaria Municipal de _____________
Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família
Declaração de Substituição de Responsável Legal
Declaro, em observância ao disposto no § 2º do artigo 23 do Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004, e ao artigo 20, X da Portaria nº 555, de 11 de
novembro de 2005, que foi habilitado nesta Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família novo responsável legal da família, conforme abaixo informado:

ANTIGO RL: ___________________________________________________


( nome completo do antigo responsável legal)
NIS: ____________________________
( número de identificação social do antigo responsável legal)

NOVO RL: ___________________________________________________


(colocar nome completo do novo responsável legal)
NIS: ____________________________
(inserir o número de identificação social do novo responsável legal)

Informamos que se encontra em andamento a devida substituição do novo responsável legal, acima identificado, nos sistemas computacionais do Cadastro
Único do Governo Federal, visando à atualização dos dados cadastrais da família e a emissão definitiva de cartão ao novo responsável legal da família.
No período de validade abaixo definido, serão permitidos saques de todas as parcelas de pagamento disponíveis, desde que dentro da validade, para todos os
benefícios sociais vinculados a essa família na agência da Caixa Econômica Federal denominada .......... (colocar o nome da agência da CAIXA), situada no endereço .........
(colocar o endereço completo da agência), durante o período de validade abaixo definido.
________________________________________________
Assinatura e carimbo do gestor do Programa Bolsa Família
VALIDADE DESTE DOCUMENTO: Sr. caixa executivo,
DE ____/____/____ A ____/____/_____ Esta declaração confere ao portador, devidamente identificado, durante o período de
validade, direito ao saque de benefícios por meio de guia de retirada individual, cuja
(máximo de um mês) cópia deve ser arquivada nos arquivos da agência.

Observação: Emitir em papel que identifique a prefeitura, sem rasuras.

7.3. Mudança de município

Com a implantação da Rotina de Repercussão Automática de Alterações Cadastrais, a


mudança de município passa a ser também uma alteração cadastral a ser tratada pelo SGB. Dessa
forma, toda vez que uma família mudar de cidade, poderá continuar a receber seus benefícios na
localidade de destino, sendo obrigatório seu cadastramento imediato na nova cidade.
Para que o benefício financeiro seja transferido automaticamente de um município para
outro, é necessário observar algumas regras específicas para a realização do novo cadastro no
município de destino, conforme se explica a seguir, nos itens 7.3.1 a 7.3.4.
Em função desse tratamento automático, o gestor municipal não pode cancelar um
benefício por motivo de mudança de município.

Observação importante: Tendo em vista que a mudança de município é tratada


automaticamente pelo CadÚnico, a partir de alterações cadastrais, o gestor municipal de origem
não pode realizar a exclusão do cadastro da família.

7.3.1. Procedimentos do gestor municipal do municípío de origem


Normalmente, o gestor municipal não sabe que a família mudou-se para outro município.
Assim, se ele receber essa informação, deve, antes de mais nada, comparecer à casa da família, a
partir do endereço registrado no CadÚnico, para confirmar se a família realmente mudou-se. A
partir dessa confirmação, o gestor municipal poderá tomar algumas medidas em relação ao
benefício financeiro e ao cadastro dessa família:
1. Com relação ao benefício financeiro - Não encontrando a família, o gestor
municipal deverá bloquear o beneficio da família, conforme prevê no artigo 6º da
Portaria GM/MDS nº 555, de 2005. Esse bloqueio poderá levar a família a
comparecer à prefeitura, para informar, por exemplo, que não havia se mudado de
município, mas apenas de bairro. Nesse caso, confirmada a informação de que
não houve mudança de município, o gestor municipal deve desbloquear o
beneficio. É importante lembrar que o benefício financeiro da família nunca deve
ser cancelado por mudança de município.
2. Com relação ao cadastro - Nunca deve ser feita a exclusão de domicílio pelo
motivo de mudança de município. O item 2.9, da Instrução Operacional nº 12, de
2006, explica as razões em que uma exclusão de domicílio é permitida. Dessa
forma, a modificação do cadastro dependerá do local no qual a família esteja
morando:
a) A família ainda mora no município de origem - Se a família comparecer à
prefeitura e informar que continua morando na cidade, o gestor municipal
deve atualizar o endereço e os demais dados da família no CadÚnico;
b) A família mudou-se para o município de destino - Se a família comparecer e
informar que mora em outro município, o cadastro dessa família na cidade de
origem não deve ser alterado, devendo a família ser orientada a comparecer à
prefeitura do município de destino para a realização de novo cadastramento.

7.3.2. Procedimentos do gestor municipal do município de destino


Assim que comparecer à prefeitura do município de destino, a família deverá
imediatamente ser cadastrada pelo gestor municipal. A partir daí, o gestor municipal poderá tomar
algumas medidas em relação ao benefício financeiro e ao cadastro dessa família:
1. Com relação ao cadastro – No primeiro cadastramento da família no município de
destino, o responsável legal deverá, obrigatoriamente, ser o mesmo do cadastro da
família no município de origem. O Sistema do Cadastro Único identificará que
esse novo cadastro na cidade de destino é de uma família já cadastrada no
município de origem, fazendo em seguida a ativação desse domicílio que agora
foi incluído e tornando inativo o domicílio anterior.
Deve haver cuidado especial com os dados do responsável legal, que deverão ser
os mesmos da cidade anterior, principalmente o Número de Identificação Social -
NIS. Além do NIS, é necessário informar o nome e a data de nascimento do
responsável legal, os números dos documentos de identificação, o nome da mãe
do responsável legal e a UF/município de nascimento, que são os dados básicos
para confirmação do NIS do responsável legal. Vale lembrar que os demais
membros da família também devem ser cadastrados. Se o responsável legal por
esse novo cadastramento for outra pessoa, o gestor deve cadastrar o anterior e,
depois do processamento do arquivo pela CAIXA, fazer a substituição do
responsável legal.
Para que o gestor municipal da cidade de destino possa ter certeza de que os dados
inseridos nos campos nome da pessoa, data de nascimento, documentos de
identificação, nome da mãe e UF/município de nascimento do responsável legal
são exatamente aqueles utilizados no domicílio da cidade de origem, sugerem-se
duas maneiras:
a) Obtenção da cópia do cadastro na cidade de origem - Sugere-se obter,
junto ao gestor municipal da cidade de origem, uma cópia impressa do
cadastro da família, de preferência retirada diretamente do Aplicativo do
CadÚnico.
b) Localização do NIS do responsável legal por meio do Siiso – Sugere-se
que o gestor municipal da cidade de destino localize o NIS do responsável
legal por meio do Siiso (Sistema de Informações Sociais), utilizando o
SGB. Informações adicionais podem ser obtidas no item 9.2 do Manual do
SGB, disponível na página de gestão de benefícios do Programa Bolsa
Família no sítio do MDS na internet.
O município e a UF de nascimento não podem ser obtidos por essa
consulta, mas são facilmente informados pela família. Deve-se ter cuidado
no uso do SIISO se homônimos forem encontrados pelo sistema.
2. Com relação ao benefício financeiro – Depois de o novo cadastro da família ser
reconhecido pelo SGB, o beneficio financeiro migrará da folha de pagamento da
cidade de origem para a da cidade de destino, no mês seguinte. Caso o beneficio
ainda esteja bloqueado, o gestor municipal da cidade de destino poderá usar o
SGB para desbloquear o beneficio depois da sua migração para a cidade de
destino. A mudança de município é analisada pela Rotina de Reavaliação descrita
no item 5.3 deste capítulo. Se o cadastro efetuado pelo município de destino não
for aprovado pelas regras de reavaliação, o sistema fará o cancelamento do
benefício no município de origem pelo motivo Mudança de Município e gerará
um benefício Rejeitado no município de destino.

7.3.3. Procedimento da família


Para que o gestor municipal possa cadastrá-la, basta que o responsável legal compareça à
prefeitura do município de destino, portando o cartão do benefício e demais documentos de
identificação da família. Todas as informações da família devem ser inseridas nesse novo cadastro.

7.3.4. Procedimento em caso de exclusão indevida do cadastro


Se o município tiver excluído por engano o cadastro de uma família, é possível realizar a
retificação, conforme mostram as orientações seguintes4:

1) Com relação ao cadastro


a) Se o domicílio indevidamente excluído ainda não tiver sido extraído para envio à
CAIXA, desfazer a exclusão seguindo as instruções do Manual do Aplicativo de
Entrada de Dados do CadÚnico.
b) Caso contrário, redigitar o cadastro excluído, tendo por base o formulário do
cadastramento único. Deve haver cuidado especial com os dados do responsável
legal, que deverão ser os mesmos de antes da exclusão. Se o gestor municipal não
tiver em mãos o formulário da família para coleta dos dados do responsável legal,
pode seguir o procedimento descrito no item 1, do tópico 7.3.2 deste capítulo.
2) Com relação ao benefício financeiro – O gestor municipal deverá realizar uma reversão
de cancelamento diretamente no SGB. Essa reversão somente pode ser feita depois de o
novo cadastro da família já ter sido processado pelo Sistema do Cadastro Único.

8. A execução de atividades de gestão de benefícios pela SENARC

8.1. A utilização do Formulário Padrão de Gestão de Benefícios

Apesar do esforço que vem sendo feito para que todos os municípios passem a utilizar o
SGB, sabe-se que nem todos terão sempre a sua disposição os requisitos computacionais
(computador e internet) para acessá-lo. Nesse caso, as atividades de gestão de benefícios que só
podem ser tratadas via SGB serão implementadas com o envio de ofícios à Senarc, anexando-se os
Formulários Padrão de Gestão de Benefícios (FPGB).
Dessa forma, o FPGB é um instrumento útil, ao mesmo tempo, tanto para a formalização
e o arquivamento das atividades de gestão de benefícios efetuadas pelo próprio município no SGB
on line, quanto para a demanda da execução de atividades de gestão de benefícios à SENARC.

4
Dada a complexidade desse procedimento no momento, a Senarc está analisando junto com o agente operador novas maneiras de tratar essa
rotina.
A inexistência do SGB no município não é um problema no caso da realização de
atividades de gestão de benefícios que aproveitam as alterações cadastrais, que são realizadas
automaticamente utilizando-se as alterações cadastrais efetuadas pelo município no aplicativo do
CadÚnico.
O FPGB apresenta-se em dois modelos: unitário (para manutenção em apenas um NIS) e
múltiplo (para manutenção em mais de um NIS). No sítio do MDS, ambos os modelos são
acompanhados de exemplos de preenchimento que podem ser seguidos pelos municípios. O FPGB
contém campos de preenchimentos obrigatórios, a saber: número do NIS, nome do beneficiário,
atividade de gestão de benefício correspondente, motivo, e assinaturas. O Quadro XXV apresenta os
modelos unitário e múltiplo do FPGB, extraídos do sítio eletrônico do Bolsa Família, no link Gestão
de Beneficios..

Quadro XXV – Modelos unitário e múltiplo do formulário-padrão de gestão de benefícios

Quando utilizados para registro da execução de atividades de gestão de benefícios nos


municípios, os FPGB devem ser mantidos arquivados por até 5 anos, conforme o artigo 4º, § 2º, da
Portaria GM/MDS nº 555, de 2005.

8.2. Envio de ofícios à SENARC para processamento centralizado de atividades de gestão de


benefícios
Nesse caso, o gestor municipal, por meio de estratégia própria, identifica as famílias que
terão modificados seus benefícios e encaminha um ofício, via correio, em papel timbrado,
anexando, obrigatoriamente, o Formulário Padrão de Gestão de Benefícios – FPGB. Lembre-se que,
se o município pode realizar a atividade de gestão de benefícios via SGB ou via aplicativo do
CadÚnico, nenhum documento deve ser enviado à SENARC. Mas continua sendo necessário o
registro e o arquivamento local das razões que justificaram a atividade executada.
Os seguintes pontos devem ser observados na elaboração e no envio do ofício:
• Os ofícios devem ser encaminhados para:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - SENARC
Esplanada dos Ministérios, Bloco C - 4º andar
CEP: 70046-900 – Brasília /DF
• O ofício deve ser feito em papel timbrado e assinado pelo prefeito ou pelo gestor
formalmente designado;
• O FPGB deve ser anexado ao ofício, obrigatoriamente;
• Deve-se incluir no ofício o endereço completo, o número do telefone e os dados de
uma pessoa de contato para dirimir eventuais dúvidas;

Uma vez recebido o ofício, a Senarc analisará o pedido, que deve enquadrar-se nas normas
do Programa, e executará a atividade de gestão de benefícios requerida. A execução final do FPGB
pela Senarc fica subordinada ao perfeito e completo preenchimento do ofício e do FPGB, sob pena
de não-processamento das demandas. É importante saber que os ofícios são processados conforme a
data de recebimento, respeitada a capacidade de processamento disponível.
No sítio do MDS, na página do Bolsa Família, clicando no link Gestão de Benefícios do
pode ser consultada a situação de todos os ofícios encaminhados à SENARC, assim como as razões
de não-processamento.

8.3. Principais auditorias realizadas pela SENARC


A SENARC, com o objetivo de evitar que famílias recebam benefícios indevidamente, tem
feito auditorias nas folhas de pagamento do PBF e dos Programas Remanescentes, as quais
resultaram em cancelamento ou bloqueio de benefícios. As mais importantes foram as seguintes:
• Multiplicidade de crianças 1 – verificaram-se casos em que havia inserção de uma ou
mais crianças em mais de uma família, com bloqueio dos benefícios em janeiro de
2004. Consulte-se a Instrução Operacional nº 1, de 19 de maio de 2004;
• Responsáveis legais recebendo do Bolsa Família e de outros programas
simultaneamente – Os bloqueios dos benefícios ocorreram em maio de 2004.
Consulte-se a Instrução Operacional nº 1, de 19 de maio de 2004;
• Responsáveis legais recebendo do Bolsa Família com eventual multiplicidade de
NIS - Os bloqueios aconteceram em dezembro de 2004 e em janeiro de 2005.
Consulte-se a Instrução Operacional nº 4, de 14 de fevereiro de 2005;
• Multiplicidade de Crianças 2 – verificaram-se casos em que havia inserção de uma
ou mais crianças em mais de uma família, com marcação das famílias na folha de
pagamento com a condição Em averiguação em janeiro de 2005. Consulte-se a
Instrução Operacional nº 4, de 14 de fevereiro de 2005;
• Multiplicidade intraprogramas e interprogramas – encontraram-se responsáveis
legais com multiplicidade de pagamentos identificados pela existência de mais de
um NIS para a mesma pessoa, e por presença de crianças em mais de uma família,
com bloqueios no Bolsa Família e nos Programas Remanescentes, em maio de 2005.
Consulte-se a Instrução Operacional nº 8, de 20 de junho de 2005;
• Auditoria de cadastro – Algumas situações de repercussão de alteração cadastral
foram analisadas no 2º semestre de 2005, com base no cruzamento das informações
do CadÚnico e das folhas de pagamento, para identificar aquelas situações que
justifiquem o bloqueio de benefícios. Os benefícios das famílias com irregularidades
detectadas por essa auditoria foram bloqueados em dezembro de 2005. Com a
implantação definitiva da Rotina de Repercussão de Alteração Cadastral, alguns
desses benefícios foram cancelados em janeiro de 2006, especialmente quando os
bloqueios não levaram à correção no cadastro dessas famílias. Consulte-se a
Instrução Operacional nº 11, de 22 de novembro de 2005.

Capítulo V – Pagamento do benefício

1. Calendário de Pagamento

O saque das parcelas de pagamento mensais do Programa Bolsa Família e dos Programas
Remanescentes segue o Calendário de Pagamento do Programa Bolsa Família, regulamentado por
meio da Portaria nº 532, de 3 de novembro de 2005. O calendário de 2008 pode ser visto no Quadro
XXVI. A versão mais recente desse calendário está sempre disponível no Sistema de Gestão de
Benefícios para download, no sítio eletrônico do MDS e, também, no portal eletrônico da CAIXA.

Quadro XXVI - Calendário de pagamento de benefícios – Ano 2008


CALENDÁRIO DE PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS- 2008

Cartão/NIS Terminado em:


Mês do Benefício
1 2 3 4 5 6 7 8 9 0
Janeiro 18/01 21/01 22/01 23/01 24/01 25/01 28/01 29/01 30/01 31/01
Fevereiro 18/02 19/02 20/02 21/02 22/02 25/02 26/02 27/02 28/02 29/02
Março 17/03 18/03 19/03 20/03 24/03 25/03 26/03 27/03 28/03 31/03
Abril 16/04 17/04 18/04 22/04 23/04 24/04 25/04 28/04 29/04 30/04
Maio 16/05 19/05 20/05 21/05 23/05 26/05 27/05 28/05 29/05 30/05
Junho 17/06 18/06 19/06 20/06 23/06 24/06 25/06 26/06 27/06 30/06
Julho 18/07 21/07 22/07 23/07 24/07 25/07 28/07 29/07 30/07 31/07
Agosto 18/08 19/08 20/08 21/08 22/08 25/08 26/08 27/08 28/08 29/08
Setembro 17/09 18/09 19/09 22/09 23/09 24/09 25/09 26/09 29/09 30/09
Outubro 20/10 21/10 22/10 23/10 24/10 27/10 28/10 29/10 30/10 31/10
Novembro 17/11 18/11 19/11 20/11 21/11 24/11 25/11 26/11 27/11 28/11
Dezembro 16/12 17/12 18/12 19/12 22/12 23/12 24/12 26/12 29/12 30/12

Na consulta ao Quadro XXVI, conhece-se o dia a partir do qual a família poderá sacar seu
benefício. Por exemplo, se o NIS do Responsável legal for 123.45678.23-1 (final 1), o pagamento
da parcela do mês de junho de 2006 estará disponível a partir de 17 de junho. O responsável não
conseguirá sacar o benefício do mês de junho antes desta data.
As parcelas de pagamento permanecem disponíveis para saque por 90 dias corridos, a contar
do primeiro dia de pagamento. Depois desse prazo, o saque não pode ser mais efetuado, e os
recursos retornam ao PBF.
Excepcionalmente, segundo acordado em termos de cooperação com os entes federados, as
parcelas de pagamento são depositadas numa conta corrente simplificada de depósito à vista,
situação em que o calendário de pagamentos e os prazos de saque podem ser diferenciados.
2. Canais de pagamento
2.1. Atribuições do agente operador

Em âmbito nacional, a Superintendência Nacional de Distribuição de Serviços ao Cidadão da


CAIXA é a unidade administrativa responsável pela interlocução com o MDS quanto à logística de
pagamentos e à operacionalização do PBF e dos Programas Remanescentes, sem prejuízo da
necessária descentralização de atividades para a realização dos serviços pactuados em contrato.
Para cada município, há uma agência do agente operador incumbida da operação dos
programas, e o respectivo gerente-geral, ou pessoa designada, deve realizar a interlocução
institucional com a prefeitura. Esse gerente-geral, ou pessoa designada, está permanentemente
informado e capacitado pelo agente operador a respeito dos assuntos pertinentes à execução do
contrato da CAIXA com o Governo Federal.

2.2. Locais autorizados para o saque dos benefícios

Como agente operador, a CAIXA é encarregada de efetuar o pagamento das parcelas do PBF
e dos Programas Remanescentes, na sede de todos os municípios.
O pagamento a famílias beneficiárias pode ser efetuado nos seguintes canais de pagamento da
CAIXA, observadas as regras fixadas pelo Banco Central para sua criação e funcionamento:
• Agências ou postos de atendimento bancários - estabelecimentos oficiais da CAIXA;
• Unidades lotéricas - estabelecimentos comerciais de realização de prognósticos,
credenciados e habilitados pela CAIXA;
• Correspondentes bancários - estabelecimentos comerciais ou prestadores de serviços
bancários específicos, credenciados e habilitados pela CAIXA;
• Terminais de auto-atendimento - equipamentos de automação bancária da CAIXA,
sob a responsabilidade de uma agência bancária.

A CAIXA deve manter disponível, no mínimo, um canal de pagamento em cada município.


Nos municípios em que os canais de pagamento estejam indisponíveis ou subdimensionados no
período do Calendário de Pagamentos, a CAIXA efetuará o pagamento dos benefícios.
Para ampliação dos canais de pagamento no Município, a CAIXA analisará aspectos legais
pertinentes e a viabilidade operacional e econômica do empreendimento.
Anotam-se a seguir algumas irregularidades, eventualmente detectadas nos canais de
pagamento a famílias beneficiárias, que deverão ser evitadas ou minimizadas pela CAIXA, sem
prejuízo de outras ações julgadas cabíveis, no intuito de garantir a prestação adequada dos serviços
contratados:
• Recusa do pagamento, sem motivo justificado;
• Retenção de valores financeiros a título de cobrança de taxas pela realização de
serviço de qualquer espécie;
• Vinculação do pagamento à aquisição de mercadorias ou produtos de qualquer
natureza;
• Discriminação no pagamento, com a fixação de locais ou horários inadequados para
atendimento;
• Inoperância de equipamentos ou terminais eletrônicos necessários ao pagamento;
• Inexistência de dinheiro em montante suficiente para o pagamento;
• Conivência do canal de pagamento na realização de pagamentos sucessivos a uma
única pessoa portadora de cartões de várias famílias beneficiárias;
• Apropriação indevida de cartões pelos canais de pagamento;
• Descumprimento do Calendário de Pagamentos aprovado pelo MDS;
• Inexistência de canais suficientes para o pagamento das famílias do Programa Bolsa
Família;
• Duração elevada dos tempos de permanência das famílias nas filas de atendimento;
• Outras irregularidades não previstas neste item.

Sem prejuízo das sanções administrativas, civis e penais cabíveis, a CAIXA ainda pode
realizar apurações preliminares, auditoria, sindicância ou inquérito administrativo nos canais de
pagamento, sempre que necessário.
Dentre outras medidas possíveis, o agente operador pode realizar a notificação dos
correspondentes bancários ou unidades lotéricas para a restituição dos prejuízos causados. Por fim,
a CAIXA pode até proceder ao cancelamento da concessão do serviço.
Em caso de indisponibilidade, subdimensionamento ou detecção das irregularidades citadas
acima, o gestor municipal pode contatar formalmente a agência de relacionamento na CAIXA e
demandar providências para a implantação de novos canais de pagamento ou a solução dos
problemas encontrados, sem prejuízo de outras medidas cabíveis.
Além disso, o gestor municipal deve também informar à Senarc os problemas identificados,
anexando o maior número possível de informações, conforme prescreve o inciso IX, do artigo 20,
da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005,. Com isso, a Senarc também pode solicitar à CAIXA a
ampliação dos canais de pagamento existentes na localidade, ou a apuração e solução dos
problemas encontrados.

3. Saque dos benefícios

O MDS faz mensalmente o repasse dos recursos financeiros necessários à CAIXA, para
permitir o saque das parcelas de pagamento na rede credenciada. Com base em cada folha de
pagamento, a CAIXA paga às famílias e disponibiliza mensalmente, nos comprovantes de
pagamentos emitidos, informações sobre as parcelas de pagamento sacadas para cada beneficiário
do PBF e dos demais programas.

Informação importante: Nunca deve haver intermediação local da prefeitura ou de


qualquer outro órgão na entrega dos valores financeiros às famílias. O saque dos benefícios
financeiros do PBF depende simplesmente da posse de um cartão magnético e de uma senha
cadastrada pelo responsável legal pela família.

O saque deve ser efetuado preferencialmente com a utilização de cartão magnético, cuja senha
esteja devidamente cadastrada.
Em caráter provisório, o saque pode ser realizado pelo portador de Declaração de
Substituição de Responsável Legal, emitida pelo gestor municipal do PBF, acompanhada de
identificação pessoal. A Declaração de Substituição de Responsável Legal, cujo modelo foi
apresentado no item 7.2 do capítulo anterior, será aceita pela agência de vinculação da CAIXA com
o município até o recebimento do respectivo cartão.
O saque dos benefícios financeiros de família beneficiária do PBF ou demais programas
poderá ser realizado pelo respectivo responsável legal por uma das seguintes formas de retirada:
• Saque eletrônico, realizado pelo titular do cartão em quaisquer canais de pagamento,
simplesmente com a digitação da respectiva senha eletrônica individual;
• Saque por guia de pagamento, realizado apenas nas agências bancárias do agente
operador pelo portador da Declaração de Substituição de Responsável Legal, ou
ainda por responsável legal devidamente identificado como titular das parcelas de
pagamento disponibilizadas;
• Saque especial realizado por guia de pagamento segundo programação de pagamento
das famílias de determinada localidade, com a entrega de numerário, mediante
recibo, do responsável legal, e posterior baixa individual dos valores pagos nos
sistemas de pagamento da CAIXA.
Os quadros XXVII E XXVIII apresentam o fluxograma de saque de benefícios e o mapa da rede de
atendimento da CAIXA.
Quadro XXVII – Fluxograma de saque de benefício

CANAIS DE
PAGAMENTO

BENEFICIÁRIO BENEFICIÁRIO BENEFICIÁRIO

NÃO NÃO Procura Agência


Possui Cartão? É 1º Cartão? CAIXA

SIM
SIM

BENEFICIÁRIO AG. CAIXA AG. CAIXA

BENEFICIÁRIO
Se dirige a Canal 2ª Via Cartão
de Atendimento Entregue Guia Emitida
Aguarda Entrega
do Cartão

BENEFICIÁRIO

Passa Cartão e
Digita Senha

BENEFICIÁRIO
BENEFICIÁRIO
Consulta
NÃO calendário ou
POSSUI CARTÃO
Pagto. Liberado? entra em contato
com 0800 (MDS
ou CAIXA)

SIM

BENEFICIÁRIO

Benefício Sacado
Quadro XXVIII – Mapa da rede de atendimento do agente operador

12
36
52

158 170
134
118

População Atendida
População Não Atendida

3.1. Extratos de saque dos benefícios

Depois do saque do benefício, é gerado um extrato automaticamente, similar aos contidos no


Quadro XXIX. Os extratos são intregeues ao beneficiário pelo funcionário do canal de pagamento.
No Exemplo 1, estão exemplos de saque na cidade de Campinas por um beneficiário dos Programas
Bolsa Escola e Auxílio-Gás. Já no Exemplo 2, o extrato de saque se refere a um pagamento do
Programa Bolsa Família.
Quadro XXIX – Exemplos de extratos de saque de pagamentos

Exemplo 1 Exemplo 2

Quando o beneficiário não consegue sacar o benefício, no rodapé do extrato bancário é


exibida uma mensagem. De fato, há uma série de possíveis razões para que o pagamento não seja
possível, que podem ser divididas em dois grupos:

*Benefícios em situação impeditiva para o saque – Um benefício está bloqueado, suspenso


ou cancelado, sendo impossível ao beneficiário sacar as parcelas de pagamento sem que
alguma atividade de gestão de benefícios seja previamente realizada;

*Falhas nos equipamentos de automação bancária – Podem decorrer de falhas de


comunicação entre o canal de pagamento e a rede bancária da CAIXA, ou ainda de outros
controles implementados pela CAIXA.

O Quadro XXX, a seguir, apresenta cada uma das mensagens que aparecem nos estratos
emitidos nos canais de pagamento do agente operador, detalhando os seus respectivos motivos e as
devidas orientações ao gestor municipal:
Quadro XXX – Relação de mensagens impressas nos comprovantes de pagamento não efetivados

Item Mensagem Motivo Orientação ao Gestor Municipal


1 Erro - Tente Mensagem impeditiva de pagamento em Orientar o beneficiário a aguardar a regularização do sistema.
Novamente decorrência de falha na comunicação entre o
terminal de pagamento e o sistema da CAIXA.
2 Próximo Pagamento – Ocorre quando não existem parcelas Informar ao beneficiário acerca do calendário de pagamento.
Vide Calendário de disponíveis para saque. A última parcela
Benefícios disponibilizada para beneficiário já foi sacada e
seu período de validade ainda não expirou.
Acontece sempre que o beneficiário tenta sacar
o benefício antes da data prevista no calendário
de pagamento.
3 NIS/PIS Pode ocorrer nas seguintes situações: 1º) 1º)Entre em contato com a CAIXA para regularização da
INEXISTENTE Quando, por qualquer motivo, o benefício não situação; 2º) Verifique no SGB a existência ou não de benefícios;
for encontrado na base cadastral (sistema 3º) Confira se o pagamento já foi efetuado; caso contrário, entre
CAIXA); 2º) Quando o benefício não existe na em contato com a CAIXA para regularizar a situação do
base de pagamento de benefícios sociais da beneficiário.
CAIXA, por nunca ter existido benefício
concedido para essa família; 3º) Quando o
NIS/beneficiário existe na base de pagamento
do sistema CAIXA, porém não existe nenhum
benefício/ parcela cadastrada.
4 Fora Prazo de Ocorre quando não existem parcelas Verificar no SGB a existência ou não de benefícios.
Pagamento disponíveis para saque. A última parcela
disponibilizada para beneficiário já foi sacada e
seu período de validade já expirou.
Possivelmente, não há nenhuma nova parcela
de pagamento sendo depositada à família,
porém o responsável legal, que já foi
beneficiário de algum programa social, tentou
agora realizar novo saque.
5 Não é PIS/ Situação verificada quando o NIS existente na 1º) Entre em contato com a CAIXA para verificar situação do
PASEP/NIS tarja magnética do cartão estiver NIS (ativo, cancelado, convertido, etc.); 2º) verifique no SGB a
inválido/incorreto (falha sistêmica) ou quando existência ou não de benefício. Caso haja, demande a reativação
a base do sistema de cadastramento da CAIXA do NIS junto à CAIXA, segundo outros procedimentos relativos à
não reconhece esse NIS dentro de uma faixa atualização cadastral que possam ser sugeridos pela CAIXA.
válida.
6 Base Fora do Ar Ocorre quando o Sistema da CAIXA encontra- Orientar o beneficiário a aguardar a regularização do sistema.
se indisponível para pagamento no momento da
tentativa de saque.
7 Pagamento Bloqueado Situação verificada quando o benefício está Verificar no SGB o motivo do bloqueio e providenciar a
bloqueado na base de pagamento do sistema regularização ou o cancelamento do benefício.
CAIXA, por qualquer motivo. No comprovante
é impresso também o motivo do bloqueio.
8 Pagamento Cancelado Situação verificada quando o benefício está Verificar no SGB o motivo do cancelamento e providenciar, se
cancelado. No comprovante é impresso cabível, a regularização no CadÚnico e comandar uma reversão
também o motivo do cancelamento. de cancelamento.
9 CNPJ de Vinculação Esta mensagem pode ocorrer por dois motivo: Informar ao beneficiário acerca do calendário de pagamento
Bloqueado 1º) Como conseqüência do bloqueio do acordado entre a CAIXA e a prefeitura.
município pelo MDS. 2º) Em alguns
Municípios, a CAIXA efetua pagamento por
meio da modalidade de saque especial. Como
os pagamentos são feitos individualmente junto
à população do município, por meio de Guia de
Pagamento, o gerente da agência precisa
comandar bloqueio do município e de todos os
seus beneficiário Vinculados a partir da
geração dos documentos de pagamento. Isto
tem por objetivo inibir pagamentos on-line até
a finalização dos pagamentos na localidade.
10 Pagamento a ser Ocorre quando existem parcelas disponíveis Informar ao beneficiário acerca do calendário de pagamento.
liberado em para saque. A parcela disponibilizada para
___/___/___. beneficiário somente será paga quando iniciado
seu período de validade. Acontece sempre que
o beneficiário tenta sacar o benefício antes da
data prevista no calendário de pagamento.
4. Cartões magnéticos

4.1. Os cartões magnéticos para saque de benefícios

Uma das vantagens significativas do Programa Bolsa Família é os benefícios


serem sacados diretamente pelas famílias, sem intermediários, com a simples utilização
de um cartão magnético e senha. Outra vantagem é que um único cartão magnético
possibilita o saque de benefícios de vários programas. Por exemplo, um cartão do
Programa Bolsa Escola permite o saque de benefícios do Programa Auxílio-Gás ou
mesmo do Programa Bolsa família.

Observação importante: O benefício da família não está no cartão, mas nas


informações do Sistema de Gestão de Benefícios. Logo, o fato de se ter um cartão do
PBF (ou outro qualquer) não significa que essa família ainda tenha direito a benefícios
financeiros, uma vez que o beneficiário pode ter sido desligado do Programa e ainda
estar com o cartão.

São vários os cartões magnéticos ainda utilizados, já que de início cada programa
adotava seu próprio cartão magnético. Em 2002, procurou-se usar o cartão do cidadão –
Governo Federal como o único cartão magnético dos programas de transferência de
renda do Governo Federal. Depois da criação do Programa Bolsa Família, em que uma
das finalidades é a unificação dos procedimentos de gestão dos Programas
Remanescentes, O cartão do Programa Bolsa Família foi adotado como principal cartão
magnético dos programas de transferência de renda do Governo Federal, e foi emitido
inicialmente apenas para as famílias que entravam no Programa e ainda não disponham
de nenhum cartão magnético. No início de 2006, a CAIXA realizou a substituição dos
cartões do Programa Bolsa Escola, Programa Bolsa Alimentação e Cartão do Cidadão –
Governo Federal, cujos beneficiários já haviam sido transferidos para o Programa Bolsa
Família. Dessa forma, todas as famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família passam
a dispor do cartão desse Programa. O Cartão do Cidadão – Governo Federal continua
sendo emitido, se os benefícios não são do PBF ou dos Programas Remanescentes.

4.2. Emissão de cartões magnéticos

A emissão da 1ª via do cartão ocorre junto com a concessão do benefício. O titular


do cartão magnético é sempre o responsável legal pela família, registrado no CadÚnico
e nas folhas de pagamento dos programas.
Em caso de roubo ou extravio do cartão, o responsável legal deverá ligar
imediatamente para o telefone 0800 574 0101 para bloquear o cartão. Também deverá
solicitar, em qualquer agência bancária do agente operador, o cancelamento do
respectivo cartão e a emissão de novo cartão. Não é necessária a apresentação de
boletim de ocorrência policial ou de autorização prévia de terceiros.
4.3. Distribuição e entrega de cartões magnéticos

O cartão pode ser distribuído ao titular por meio de uma das seguintes maneiras:
• Por Correio – Os cartões são distribuídos por Correio diretamente às
famílias, com base no endereço registrado no CadÚnico;
• Em eventos programados – A CAIXA, mediante articulação com a
prefeitura para mobilização das famílias, encarrega-se de distribuir os
cartões em local pré-determinado;
• Na rede CAIXA – Os cartões são distribuídos nas agências da CAIXA,
com o comparecimento dos respectivos titulares.

A maneira de distribuir fica a cargo da CAIXA, consideradas as proposições do


MDS em localidades específicas e as demandas locais apresentadas pelos gestores
municipais.

Observação importante: Os cartões magnéticos não podem ser entregues à família pelo
gestor municipal ou qualquer outra pessoa, mas apenas por funcionários da CAIXA ou do
Correio.

Na distribuição de cartões pelo Correio, o carteiro tenta entregar, no endereço


informado no CadÚnico, em até três tentativas de localização do titular. Encontrando o
titular, a correspondência é entregue e é anotada a identificação de quem recebeu o
cartão (AR-Aviso de Recebimento). A senha eletrônica individual do cartão só deve ser
cadastrada em agências da CAIXA.
Se o titular não for encontrado, a correspondência é enviada para a agência da
CAIXA cujo CEP é o mais próximo daquele do endereço da família. O titular do cartão
poderá retirá-lo então nessa agência, onde poderá também cadastrar a sua senha
eletrônica individual. A entrega do cartão fica caracterizada pelo cadastramento de uma
senha eletrônica individual.
Na distribuição de cartões em eventos programados, a CAIXA poderá organizar
encontros em grupo, visando agilizar a entrega de cartões no município, e manter o
menor estoque possível de cartões em suas agências. Nesses eventos, em geral também
pode ser cadastrada a senha eletrônica individual.
A CAIXA mantém monitoramento mensal dos estoques de cartões não entregues,
e informa à Senarc sobre as providências adotadas para redução dos estoques.
Além disso, a lista dos cartões não entregues está mensalmente disponível ao
gestor municipal para download no Sistema de Gestão de Benefícios. Com base nessa
lista, o gestor municipal pode tentar localizar as famílias e encaminhá-las à agência da
CAIXA para a retirada do cartão. Se as quantidades forem excessivas, o gestor
municipal pode e deve demandar à CAIXA a distribuição em eventos programados.
Após o período de 180 dias contados a partir da emissão, os cartões não entregues
serão cancelados, destruídos e reciclados.
As agências bancárias do agente operador podem reter ou ainda cancelar cartões
nas seguintes hipóteses:
• Devolução voluntária do cartão por parte do respectivo titular;
• Determinação do órgão nacional do agente operador, responsável pela
logística de operação do PBF, depois de autorizado pela Senarc;
• Apropriação indevida ou tentativa de utilização do cartão por pessoa
diversa do titular.

4.4. Cadastramento de senha eletrônica individual

O cartão somente pode ser utilizado mediante assinatura digital, validada com o
cadastramento de senha eletrônica individual. A senha é pessoal e intransferível. O
cadastramento dessa senha somente pode ser feito pelo titular do cartão, com a
apresentação de um documento de identificação pessoal, com fotografia.
O cadastramento de senhas é feito em terminal da CAIXA, nas agências, bem
como em ambiente externo, para municípios desassistidos de agências, por meio de
aplicativo específico para esse fim e necessariamente com a presença de funcionário da
CAIXA.
As senhas eletrônicas podem ser recadastradas a qualquer tempo pelo titular do
cartão. Em casos excepcionais, a Senarc pode determinar à CAIXA o recadastramento
das senhas de uma localidade.
Na ocasião do cadastramento é preenchido e assinado pelo titular do cartão um
termo de responsabilidade, que permanece arquivado pelo prazo mínimo de 10 anos, à
disposição de técnicos de fiscalização ou auditoria, quando necessário.
As regras para cadastramento de senha são:
• A senha é composta de seis dígitos numéricos;
• A senha deve ser cadastrada pelo responsável legal;
• Não será permitido o cadastramento da senha por procuração;
• Não será permitido o cadastramento de senha formada:
 Pela data de nascimento do titular do cartão;
 Por dígitos repetidos (ex.: 111111, 222222, 333333);
 Por seqüências (ex.: 123456,456789,987654);.
 Por seqüência cujos números reproduzam a ordem de números do
NIS (ex.: os seis primeiros dígitos, do 2º ao 7º dígito, do 3º ao 8º
dígito, etc.).

5. Canais de atendimento

O esclarecimento de dúvidas pode ser realizado pelos telefones da CAIXA - 0800-


573-0104 - pela equipe de atendimento do Cadastro Único do MDS - 0xx61 3433-1500,
pela Central de Atendimento do MDS – 0800-707-2003 - ou pelo endereço eletrônico
bolsa.familia@mds.gov.br.
Toda a legislação do Cadastro Único, do Programa Bolsa Família e dos Programas
Remanescentes pode ser obtida no sítio do MDS (http://www.mds.gov.br), acessando-se
a página do Bolsa Família e clicando na opção Normas e Rotinas.
Capítulo VI – A organização da Gestão de Benefícios

1. Organização da Gestão de Benefícios


A gestão descentralizada, em conjunto com os entes federados, estabelecida no
artigo 8º, da Lei nº 10.836, de 2004, é um princípio básico do Programa Bolsa Família.
Apesar de os benefícios do Programa serem repassados diretamente às famílias,
o Bolsa Família fundamenta-se na gestão compartilhada entre todos os entes federados.
Cada esfera de governo tem atribuições e competências diferenciadas em relação ao
PBF. Relativamente à Gestão de Benefícios, a Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, mais
especificamente nos artigos 20 a 23, define as atribuições e responsabilidades de cada
um desses entes.

1.1. Responsabilidades dos entes federados no que tange à Gestão de Benefício do


PBF

1.1.1. Responsabilidade da União


O Governo Federal, por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, é o gestor do PBF em âmbito federal. A inclusão das famílias no
Programa é operacionalizada pela SENARC, que realiza a concessão do benefício,
segundo as regras apresentadas no capítulo I.
Compete à SENARC a elaboração das normas e regulamentos que formam o
desenho normativo do PBF. As ações de capacitação dos agentes responsáveis pelas
atividades de gestão de benefícios e dos membros das instâncias de controle social são
planejadas e realizadas em regime de parceria entre as três esferas de governo.
Outra função primordial da SENARC é promover melhorias e fomentar a
utilização do Sistema de Gestão de Benefícios por parte dos gestores municipais,
coordenadores estaduais, membros das instâncias de controle social e integrantes da
Rede Pública de Fiscalização do PBF, com vistas à eficiência, eficácia e transparência
das ações. Dessa forma, o Sistema de Gestão de Benefícios propicia ao Governo Federal
instrumentos de monitoramento e avaliação das ações dos demais participantes, assim
como subsidia eventuais investigações de denúncias de irregularidades referentes à má
gestão local do Programa.
A SENARC tem ainda como atribuição a promoção do intercâmbio das boas
práticas entre os gestores municipais do PBF e a sua divulgação em âmbito nacional.
Exemplo dessa medida é o Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa
Família, lançado em março de 2006, para incentivar a adoção de estratégias inéditas na
gestão dos programas sociais e ao mesmo tempo recompensar os gestores municipais e
coordenadores estaduais com o devido reconhecimento.
A SENARC também realiza atividades de gestão de benefícios, conforme é
ressaltado na seção 8 do capítulo IV.
Por fim, cabe ressaltar que os Ministérios da Saúde e da Educação também
desempenham importantes papéis na gestão de benefícios, uma vez que o
acompanhamento do cumprimento das condicionalidades tem efeitos diretos sobre os
benefícios das famílias, conforme prescreve a Portaria GM/MDS nº 551, de 9 de
novembro de 2005.
1.1.2. Responsabilidades dos Estados
A participação dos estados na gestão de benefícios está mais focada em seu
papel coordenador dos municípios que formam seu território. Os estados exercem a
função de promotores do desenvolvimento das atribuições municipais, não apenas
estimulando ações locais qualificadas, como também fornecendo o suporte e o apoio
técnico necessário ao planejamento e ao desenvolvimento do Programa.
Para tanto, cabe aos coordenadores estaduais promover o credenciamento no
SGB dos funcionários do Governo Estadual e dos membros da instância de controle
social. Cabe também divulgar aos demais órgãos públicos estaduais e à sociedade civil
organizada informações relativas aos benefícios do PBF e dos Programas
Remanescentes, propiciando, assim, maior transparência às atividades de gestão de
benefícios realizadas pelos municípios no seu estado.
Os coordenadores estaduais, em parceria com o MDS, têm a incumbência de
realizar ações de capacitação dos agentes municipais e estaduais responsáveis pela
gestão de benefícios. Em relação ao monitoramento da execução local do Programa, os
coordenadores no âmbito estadual e as instâncias de controle social estaduais devem
acompanhar a gestão de benefícios desenvolvida pelos municípios em seu estado,
prioritariamente via SGB, além de informar à SENARC sobre eventuais irregularidades
e/ou denúncias identificadas na prestação dos serviços de competência do agente
operador ou de sua rede credenciada na localidade (correspondente bancário, agentes
lotéricos, etc.).

1.1.3. Responsabilidades dos Municípios


No modelo de gestão descentralizada do PBF, os governos municipais são os
principais gestores do Programa junto às famílias. Os gestores municipais, como
executores locais do PBF, podem identificar mudanças socioeconômicas das famílias e
realizar as devidas atividades de gestão de benefícios, de forma centralizada ou
descentralizada. O gestor municipal deve se manter atento também à mobilidade
geográfica, característica presente nesses estratos da população, promovendo os ajustes
que se fizerem necessários nos cadastros das famílias beneficiárias.
A portaria da gestão de benefícios também estabelece como atribuição da
gestão municipal a verificação periódica da conformidade da situação das famílias
beneficiárias do PBF e dos Programas Remanescentes aos critérios de elegibilidade, se
necessário utilizando técnicas de amostragem estatística, de modo a adequar os
benefícios financeiros à realidade das famílias.
Outra competência fundamental é o credenciamento no SGB dos
funcionários da prefeitura e dos integrantes da instância de controle social municipal,
conforme foi apresentado no capítulo III. Cabe ressaltar a importância da realização de
capacitação dos usuários do Sistema, bem como da constante atualização da equipe
credenciada, uma vez que o uso indevido do SGB é de responsabilidade do gestor
municipal e pode afetar os benefícios financeiros das famílias.
As demandas de gestão de benefícios apresentadas pela instância de controle
social municipal devem ser analisadas pela prefeitura. Salienta-se a relevância desse
órgão como parceiro e monitor da gestão municipal na gestão de benefícios. São ainda
atribuições da prefeitura o atendimento aos pleitos de informações e de esclarecimentos
da Rede Pública de Fiscalização, bem com a divulgação ampla e permanente das
informações relativas aos benefícios do PBF e dos Programas Remanescentes. Assim,
fortalece-se a transparência da execução local desses programas.
Assim como no âmbito estadual, os gestores municipais e as instâncias de
controle social devem manter a SENARC informada em casos de deficiências ou
irregularidades na prestação dos serviços de competência do agente operador ou de sua
rede credenciada.
Por fim, considerando-se o direito do responsável legal pela família de entrar
com recurso contra a execução de atividade de gestão de benefícios de sua família, de
acordo com o artigo 18, da Portaria GM/MDS nº 555, de 2005, o gestor municipal tem
como obrigação analisar e deliberar sobre o recurso apresentado no prazo máximo de 30
dias.
ANEXO

Lista de normas e instruções do Programa Bolsa Família, Programas


Remanescentes e Cadastro Único

Leis e Decretos

Bolsa Família
 Lei nº 10.836, de 09/01/2004
 Lei nº 11.692, de 10/06/2008
 Decreto nº 5.209, de 17/09/2004
 Decreto nº 5.749, de 11/04/2006
 Decreto nº 6.157, de 16/06/2007
 Decreto nº 6.392, de 12/03/2008
 Decreto nº 6.491, de 26/06/2008

 Bolsa Escola
 Lei nº 10.219, de 11/04/2001
 Decreto nº 4.313, de 24/07/2002

 Cartão Alimentação
 Lei nº 10.689, de 13/06/2003
 Decreto nº 4.675, de 16/04/2003

 Bolsa Alimentação
 MP nº 2.206-1, de 6/09/2001
 Decreto nº 3.934, de 20/09/2001

 Auxílio-Gás
 MP nº 18, de 28/12/2001
 Decreto nº 4.102, de 24/01/2002

 Cadastro Único
 Decreto nº 3.877, de 24/07/2001
 Decreto 6.135 de 26/06/2007
Portarias Ministeriais

 Portaria SENARC/MDS nº 1, de 3/9/04 – Regulamenta a atuação da fiscalização


do PBF efetuada pelos técnicos do MDS

 Portaria GM/MDS nº 660, de 11/11/04 – Autoriza os CMAS a atuarem


temporariamente como instância de controle social do PBF

 Portaria MEC/MDS nº 3.789, de 17/11/04 – Regulamenta a condicionalidade de


educação do PBF

 Portaria MS/MDS nº 2.509, de 18/11/04 – Regulamenta a condicionalidade de


saúde do PBF

 Portaria GM/MDS nº 737, de 15/12/04 – Regulamenta o benefício variável de


caráter extraordinário do PBF

 Portaria GM/MDS nº 246, de 20/5/05 – Regulamenta a adesão dos municípios


ao PBF

 Portarias GM/MDS nº 360, de 12/7/05, e nº 454, de 6/9/05 – Regulamentam a


atualização cadastral com apoio financeiro do Governo Federal aos estados e
municípios

 Portaria GM/MDS nº 454, de 6/07/05 – Altera os artigos 6º, 7º e 8º, modifica o


anexo I e cria os anexos II e III da Portaria MDS nº 360, de 12/07/05

 Portaria GM/MDS nº 532, de 3/11/05 – Fixa o Calendário de Pagamento dos


Benefícios Financeiros do PBF

 Portaria GM/MDS nº 551, de 09/11/05 – Regulamenta a Gestão de


Condicionalidades do PBF

 Portaria GM/MDS nº 555, de 11/11/05 – Regulamenta a Gestão de Benefícios


do PBF

 Portaria GM/MDS nº 666, de 28/12/05 – Regulamenta a integração entre o PBF


e o Peti.

 Portaria GM/MDS nº 672, de 29/12/05 – Altera prazos fixados nas Portarias


MDS nº246, de 20/05/05, GM/MDS nº 360, de 12/07/05, e GM/MDS n º 555, de
11/11/05, e estabelece critérios para remuneração do Cadastro Único das
famílias do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti.
 Portaria GM/MDS nº 68, de 8/03/06 – Altera prazos nas Portarias GM/MDS nº
246, de 20/05/05, GM/MDS nº 360, de 12/07/05, e MDS nº 555, de 11/11/05.

 Portaria GM/MDS nº 148, de 27/04/06 – Estabelece normas, critérios e


procedimentos para o apoio à gestão do Programa Bolsa Família e do CadÚnico
no âmbito dos municípios e cria o Índice de Gestão de Descentralizada do
Programa.

 Portaria GM/MDS nº 232, de 29/06/2006 - Altera prazo fixado na Portaria


GM/MDS n° 360, de 12 de julho de 2005

 Portaria GM/MDS nº 256, de 18/07/2006 - Altera dispositivos da Portaria


GM/MDS n° 148, de 27 de abril de 2006

 Portaria GM/MDS nº 380, de 12/12/2006 - Altera prazo fixado na Portaria


GM/MDS n° 360, de 12 de julho de 2005

 Portaria GM/MDS nº 40, de 25/01/2007 - Altera Portaria GM/MDS nº 148, de


27 de abril de 2006

 Portaria GM/MDS nº 176, de 18/05/2007 - Altera a Portaria GM/MDS n° 532,


de 3 de novembro de 2005

 Portaria GM/MDS nº 287, de 07/08/2007 - Altera prazo fixado na Portaria


GM/MDS nº 360, de 12 de julho de 2005

 Portaria GM/MDS nº 416, de 14/11/2007 - Altera os arts 1º e 2º, caput e § 2º da


Portaria GM/MDS nº 360, de 12 de julho de 2005

 Portaria GM/MDS nº 66, de 04/03/2008 - Altera a Portaria GM/MDS nº 148,


de 27 de abril de 2006

 Portaria GM/MDS nº 76, de 07 de março de 2008 - Estabelece normas, critérios


e procedimentos para a adesão dos estados ao Programa Família e ao Cadastro
Único para Programas Sociais do Governo Federal e para o apoio à gestão
estadual desses programas

 Portaria GM/MDS nº 87, de 12/03/2008 - Autoriza a realização do Segundo


Prêmio Práticas Inovadoras na Gestão do Programa Bolsa Família, aprova o seu
edital e institui o Observatório de Boas Práticas de Gestão do Programa Bolsa
Família

 Portaria GM/MDS nº 220, de 25/06/2008 - Altera a Portaria GM/MDS nº 148,


de 27 de abril de 2006
Instruções Normativas e Operacionais

 Instrução Normativa nº 1, de 20/5/05 – Divulga regras para criação e


funcionamento das instâncias de controle social do PBF
 Instrução Operacional SENARCMDS nº 1, de 19/5/04 - Divulga procedimentos
operacionais aos municípios para tratamento de bloqueios por multiplicidade
cadastral
 Instrução Operacional SENARC/MDS nº 4, de 14/02/2005 - Divulga
procedimentos operacionais aos municípios para tratamento de bloqueios por
multiplicidade cadastral

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 5, de 15/2/05 – Divulga procedimentos


para importação da base CadÚnico nos municípios

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 7, de 20/5/05 – Divulga procedimentos


sobre o teste de consistência do CadÚnico

 Instrução Operacional SENARC/MDS nº 8, de 20/06/2005 - Divulga auditoria


realizada sobre as folhas de pagamento dos programas de transferência de renda
do Governo Federal, assim como orientação aos municípios para tratamento de
casos de multiplicidade cadastral.

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 9, de 5/08/05 – Divulga procedimentos


para adesão dos municípios ao PBF

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 10, de 31/08/05 - Marcação de


cadastros ativos e inativos

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 11, de 22/11/05 – Auditoria na base do


CadÚnico

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 12, de 03/02/06 – Repercussão de


Alteração Cadastral

 Instrução Operacional Conjunta SENARC/SNAS nº 1, de 14/03/06 – Divulga


instruções sobre o cadastramento de famílias do Peti

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 13, de 20/04/06 – Divulga os critérios


utilizados para o processamento do bloqueios dos benefícios dos Programas
Remanescentes, com base no Cadbes, e orienta as prefeituras acerca da
complementação dos dados

 Instrução Operacional SENARC/MDS nº 14, de 10/08/2006 - Divulga auditoria


realizada sobre o Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal e
sua repercussão sobre os benefícios do Programa Bolsa Família
 Instrução Operacional Conjunta SENARC/SNAS nº 01, de 14/03/2006 - Divulga
aos municípios orientações sobre operacionalização da integração entre o
Programa Bolsa família e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, no
que se refere à inserção, no Cadastro Único, das famílias beneficiárias do PETI e
famílias com crianças/adolescentes em situação de trabalho

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 15, de 13/12/2006 - Divulga aos


Estados e Municípios orientações sobre os procedimentos para credenciamento
de usuários ao Sistema de Gestão de Benefícios do Programa Bolsa Família

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 16, de 11/01/2007 - Divulga


procedimentos operacionais para a concessão do desconto da tarifa social de
energia elétrica para unidades domiciliares com consumo médio mensal situado
entre 80kWh e 220 kWh (ou o limite regional)

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 17, de 16/04/2007 - Divulga


procedimentos operacionais para o Cadastramento de estudantes do ensino
fundamental de 9 anos no Cadastro Único de Programas Sociais

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 18, de 15/05/2007 - Divulga auditoria


realizada por meio da comparação entre as bases de dados do Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal e da Relação Anual de Informações
Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego, e sua repercussão sobre os
benefícios do Programa Bolsa Família

 Instrução Operacional Conjunta SENARC-SNAS/MDS nº 02, de 31/07/2007 -


Divulga procedimentos operacionais para o cadastramento de idosos com 60
anos ou mais, com renda individual mensal igual ou inferior a 2 salários
mínimos e sem meios de comprovação de renda, para emissão da Carteira do
Idoso

 Instrução Operacional SENARCMDS nº 19, de 1º de agosto de 2007 - Divulga


os procedimentos e as orientações para a correta utilização do arquivo
denominado "Base CAIXA", disponibilizado aos municípios para importação
pelo aplicativo off-line no caso de perda total ou parcial de sua base local

 Instrução Operacional Conjunta SENARCMDS – SECAD/MEC nº 01, de


15/08/2007 - Divulga aos gestores municipais do Programa Bolsa Família
procedimentos para encaminhamento dos inscritos no CadÚnico às ações de
alfabetização do Programa Brasil Alfabetizado

 Instrução Operacional SENARC/MDS nº 20, de 14/12/2007 - Divulga aos


municípios orientações sobre o preenchimento das informações referentes aos
novos campos constantes na versão 6.0.5 do Aplicativo de Entrada e
Manutenção de Dados do CadÚnico
 Instrução Operacional SENARC/MDS nº 21, de 29/02/2008 - Divulga auditoria
realizada por meio da comparação entre as bases de dados do Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal e do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento
Agrário e sua repercussão sobre os benefícios do Programa Bolsa Família.

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