O documento discute políticas urbanas brasileiras e como planejamento de cidades pode lidar com problemas urbanos. Ele propõe uma abordagem "preventiva" ao invés de "curativa", descentralizando recursos públicos e combatendo especulação imobiliária para melhorar qualidade de vida nas periferias e reduzir desigualdades. Também defende a organização de cidades em bairros autônomos com comércios e serviços locais.
O documento discute políticas urbanas brasileiras e como planejamento de cidades pode lidar com problemas urbanos. Ele propõe uma abordagem "preventiva" ao invés de "curativa", descentralizando recursos públicos e combatendo especulação imobiliária para melhorar qualidade de vida nas periferias e reduzir desigualdades. Também defende a organização de cidades em bairros autônomos com comércios e serviços locais.
O documento discute políticas urbanas brasileiras e como planejamento de cidades pode lidar com problemas urbanos. Ele propõe uma abordagem "preventiva" ao invés de "curativa", descentralizando recursos públicos e combatendo especulação imobiliária para melhorar qualidade de vida nas periferias e reduzir desigualdades. Também defende a organização de cidades em bairros autônomos com comércios e serviços locais.
Planejamento Urbano VI Cidades Brasileiras: Seu controle ou o caos Cndido Malta Campos Filho
Alcia Pinho Catherina Cimerman Julia Lavieri Marcela Dal B Victor Lago Sabrina Maria 30/08/12 POLITICA INTRA-URBANA BRASILEIRA: Cidados em condies subumanas
TIPOS DE POLTICAS URBANAS:
CURATIVAS: graas s polticas nacionais de desenvolvimento desde as Era Vargas, gerou-se uma dvida social urbana, por conta da falta de condies de habitao para uma vida digna
PREVENTIVA: medidas que limitem que mais brasileiros entrem na situao da dvida social citada
Superar o paternalismo clientelstico passando do curativo para o preventivo
Abandonar o modelo capitalista selvagem e adotar uma economia voltada para o mercado interno
Apenas aumentar recursos pblicos destinados a cidade sem polticas que controlem a especulao imobiliria
Real - polticas antiespeculativas fundirias urbana Democracia - especulao fundiria rural - poltica antiinflacionria
PONTOS BSICOS DA POLTICA PREVENTIVA:
1. Deselitizar os padres urbansticos 2. Subsdios governamentais para quem no pode pagar 3. Poltica de combate especulao imobiliria Especulao derivada de investimentos pblicos Especulao derivada da alterao de zoneamento ou gabaritos Especulao derivada da reteno de imveis vazios Leis fiscais imobilirias que, no Brasil, so o imposto territorial e o predial
4. DESCENTRALIZAR OS RECURSOS PBLICOS DESTINADO AO URBANO, PARA QUE A COMUNIDADE TENHA MAIS CONTROLE DOS INSTRUMENTOS PBLICOS 5. REPRIORIZAO DO MODELO ECONMICO EXTERNO PARA INTERNO 6. ESTABILIZAO DOS MERCADOS IMOBILIRIOS DESENVOLVIMENTO TECNOLGICO Isso geraria produo a custos decrescentes, ou seja, ganhos de produtividade, ampliando a riqueza social
OS PONTOS 1 E 2 SO CURATIVOS, E OS OUTROS 4 SO PREVENTIVOS
LEGISLAO URBANSTICA GARANTIR QUE NO HAJA EXCESSO NAS EDIFICAES E FALTE INFRA- ESTRUTURA, GERANDO ESPECULAO IMOBILIRIA Para isso, o autor prope um adicional do imposto territorial urbano municipal, como sendo um imposto sobre os lucros imobilirios.
Estrutura urbana radio concntricas; implantada por uma lgica econmica determinada pela oferta de acessibilidade, derivada dos caminhos que conectam entre si as atividades econmicas; Vai crescendo a partir do centro. A introduo do carro exige um espao virio maior e elimina o sistema radio concntrico como modelo.
(1)-estrutura radio concntrica (2)- estrutura viria em malha sobre a radio concntrica UNIDADES DE VIZINHANA:
A ideologia antiurbana acredita que a salvao dos problemas urbanos est nas pequenas cidades-jardins, de baixa densidade. Nas grandes cidades, o automvel exige um sistema virio de grande porte, com grandes avenidas. Essas avenidas dividem o espao urbano em ilhas, que podem ser transformadas em bairros autnomos, as UNIDADES DE VIZINHANA. As ilhas deveriam ter a maior autonomia possvel. modelo de cidade-jardim de Howard (1900)
Aumento das cidades-jardim de 30 para 50 a 100 mil habitantes no nicio e, recentemente, para 250 mil. Subdiviso dos tecidos urbanos existentes em bolses auto-suficientes (aproximando-se o mximo possvel do modelo cidade- jardim). ADAPTAO PARA O CRESCIMENTO DAS CIDADES:
A unidade de habitao de Le corbusier: 1400 habitantes e uma rua interna de comrcio e servios, como se fosse um bairro de moradia vertical.
Uma das porpostas de Le Corbusier para a organizao de bairro de vizinhana (PLANO RDENT) Os bairros e a estrutura urbana - Extrair ao mximo as possibilidades de adensamento oferecidas pela estrutura viria e de transportes, j que representam o maior investimento fixo urbano.
- O transporte pblico seria o nico capaz de absorver o volume de trfego gerado por tamanho adensamento.
- Faixas exclusivas de nibus e veculos pblicos.
- Favorecimento do transporte rodovirio em detrimento de outros meios como o metr.
Os bairros e a estrutura urbana - O espao urbano construdo por adensamento de atividades ao longo das linhas de transportes coletivos denominado Corredor Urbano
- O pensamento sobre como orientar o processo de crescimento e contruo do espao urbano passa a girar em torno de dois fatores cruciais: as reas urbanas de crescimento planejado por adensamentos sucessivos ao longo da linha de transporte coletivo.
Os bairros e a estrutura urbana - O desequilblio das cidades brasileiras: -adensamento excessivo no centro consumindo a maior parte dos recursos pblicos por refazer e ampliar a infra- estrutura urbana, - enquanto a periferia se refaz com enormes extenses vazias de lotes com pouca ou nenhuma infra- estrutura
- O transporte pblico seria o nico capaz de absorver o volume de trfego gerado por tamanho adensamento.
- Faixas exclusivas de nibus e veculos pblicos.
Plano diretor instrumento orientador de investimentos em infraestrutura urbana, definindo direes preferenciais de desenvolvimento da cidade distinguindo a zona a zona rural para maior aproveitamento da zona urbana. - Para isso necessrio que seja garantida pela legislao a doao, ao Poder, de reas virias, institucionais e verdes correspondentes implantao de melhorias. - Diretrizes virias garantia de conexes virias essenciais fluidez do trfego e bom andamento dos usos urbanos e criao de ilhas de tranquilidade com a hierarquizao do trfego em vias apropriadas. Consequncia: maior aproveitamento da cidade e de tudo que ela pode oferecer.
PLANO DIRETOR A QUESTO URBANA: COMO CHEGAR L ATRAVS DOS PROBLEMAS LOCAIS DESENVOLVENDO O PLANEJAMENTO DE BAIRROS Dvida Social = Dvida Urbana - Impossibilidade de atender as classes populares com urbanizao mnima e moradia - Classe mdia deteriorada morando em habitaes menores e em bairros com baixa qualidade de vida Solues: Mudana no modelo de desenvolvimento do mercado externo para o interno aumentando o poder aquisitivo da populao, combatendo a especulao imobiliria
Direcionamento dos gastos provocados com esta medida, para reduo da dvida social urbana, com implementao de habitao, transporte, gua, esgoto, ruas pavimentadas, escola, hospital, posto de sade, iluminao etc.
Construo civil beneficiada Necessidade de poupana para investimento nas melhorias
Diminuio da poupana Dvida externa Especulao imobiliria - Gastos com substituio da infraestrutura existente para suportar a excessiva verticalizao; - terrenos vazios espera de valorizao impedindo o aproveitamento do local Distoro do espao das cidades e encarecimento do custo de vida, dificultando mais ainda o atendimento s classes populares periferia esquecida e regio central que consome a maior parte dos investimentos (congestionamentos, substituio de equipamentos urbanos, adensamento excessivo) Desinteresse da classe que se utiliza do clientelismo poltico em reverter a situao existente - Iniciativas de sociedades amigos de bairro como alternativa para buscar melhores solues urbansticas para o bairro.
A QUESTO URBANA: COMO CHEGAR L ATRAVS DOS PROBLEMAS LOCAIS DESENVOLVENDO O PLANEJAMENTO DE BAIRROS Padre Lebret 1957 levantamento da realidade socioeconmica e dos servios urbanos da cidade de So Paulo. Hierarquia dos centros metropolitanos: - Nvel 01 denominados cidades - Nvel 02 bairros (Penha, Lapa, Pinheiros, santo Andr) - Nvel 03 bairros (Itaim, Alto da Mooca, Ipiranga) - Nvel 04 bairros (Vila Brasilndia e semelhantes) - Nvel 05 bairros de vizinhana populao entre 5 e 80mil hab. Estudo da ligao entre o planejamento do conjunto da cidade e a experincia de vivncia do cidado comum. Comparao da realidade existente na escala de nvel 5 com os modelos de estruturao comunitria que constituem as unidades de vizinhana.
O PLANEJAMENTO DE BAIRROS: UNIDADES DE VIZINHANA BRASILEIRA O PLANEJAMENTO DE BAIRROS: UNIDADES DE VIZINHANA BRASILEIRA Unidade de Vizinhana adaptada s condies brasileiras a partir dos esquemas estabelecidos por Clarice Perry em 1929. Organizao do espao depende dos hbitos de consumo e nvel de renda dos moradores: - Populao de baixa renda -Comrcios e pequenos servios montados nas prprias residncias por necessidade (possibilidade de usos nocivos ao habitacional); - Tendncia de fazer compras mensais em hipermercados que promovem uma maior economia apesar do grande deslocamento realizado; - Dependncia dos servios da rede estadual subsidiados preferncia de creches, escolas de primeiro grau, postos de sade, praas de lazer e reas verdes. - Maior locomoo a p - Populao de alta renda - Comrcios e servios instalados em unidades de maior porte redes de comrcio e servios poucos conflitos - Uso de automvel para as compras enfraquecimento do comrcio local e fortalecimento de shopping centers ou hipermercados; - Busca por escolas particulares que tenham bom preo e qualidade, sem se importar com deslocamento. -Maior locomoo por meio de automveis. O PLANEJAMENTO DE BAIRROS: UNIDADES DE VIZINHANA BRASILEIRA Tamanho do bairro de vizinhana deve levar em considerao:
- Populao de baixa renda: Dimenses mnimas necessrias para comportar os equipamentos urbanos - escola de primeiro grau apresenta grande rigidez dimensional devido aos turnos (que tm sido em maior nmero, para atender mais pessoas, mas de maneira insatisfatria) e nmero de alunos/sala, por exemplo. Creches Tm dimensionamento elstico, que varia de acordo com sua demanda nas comunidades, assim como os postos de sade. As praas tambm contam, porm, so menos exigidas pela populao de renda mais baixa, e devido ao abandono pblico so invadidas. Organizao em torno do equipamento de maior rigidez dimensional
- Populao de alta renda: Canais de trfego, instituies de grande porte, cursos dgua, lagos, mares etc. Tamanho varivel do bairro que abriga at 50mil ou 80mil moradores. O PLANEJAMENTO DE BAIRROS: UNIDADES DE VIZINHANA BRASILEIRA REDESENHO DE LOTEAMENTOS CLANDESTINOS OU ILEGAIS, SEM ORIENTAO URBANSTICA
O planejamento do bairro: - Visa que o morador adquira controle sobre o seu prprio bairro; - O planejamento deve superar a viso de rua ou trechos de rua, planejar a cidade ou bairro vai alm de planejar as ruas; - No Brasil, o crescimento horizontal tem se dado de forma no organizada e planejada; - Necessidade de redesenhar os bairros;
Bairros sem planejamento: - Falta de conexo viria; - As vias se localizam nas reas secas, deixando os fundos de Vales livres, causando o interrompendo das vias; - Esses fundos de Vales so os terrenos sem valor, doados a prefeitura, onde se constroem as unidades vizinhanas. UNIDADES DE VIZINHANA:
O bairro de moradia deve ter servios de fcil acesso, que se possa chegar rapidamente, de preferencia a p; Deve se assegurar duas funes: tranquilidade e acessibilidade; Criam no miolo os equipamentos sociais e de servios (escola de primeiro grau, posto de sade, creche e rea para esporte e lazer); Controle de trfego d as ruas das Unidades de Vizinhana um ambiente calmo, que pode ser usado para lazer e descanso; O comrcio e servio so geradores de trfego, por isso o controle do trfego depende do uso do solo No se pode concentrar no miolo comrcio, pois o comercio gera trfego, e esse miolo perde o carter de tranquilidade. Deve-se eliminar o trfego de travessia no interior do bairro. As vias de ligao devem localizar-se em torno do bairro;
As vias internas devem desestimular o trfego no local (ruas sem sada ou com balo de retorno) Trfego apenas para deslocamento dos habitantes locais; O tamanho do bairro se d em funo da escola de primeiro grau; O comrcio e servios devem ser localizados onde existir maior facilidade de acessos (lotes com frente para as vias de maior trnsito, a via de penetrao);
Para delimitar a Unidade Vizinhana deve delimita-la na direo transversal ao vale, ligando as duas vias de penetrao Essas vias no devem permitir o cruzamento pelo bairro
Caso Haja uma via que apresente continuidade no meio do bairro ela dever ser controlada; Poder ser diminuda pro floreiras, caladas, bloqueios para veculos de menor porte, fechamento de ruas ou desvio; Ou pela soluo de bloqueios por diagonais, pois permitem o retorno sem necessidade de manobras
Dupla Centralidade: Centro onde ficaro os equipamentos urbanos (tipo 1) e o outro onde ficaro os de servios (tipo 2); Um enriquece o outro; No Centro do tipo 1 predomina a tranquilidade, do tipo 2 predomina a agitao das atividades comerciais; O bairro ter o contraponto bsico urbano na sua prpria micro organizao, oferecendo alternativas aos moradores;