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MONOTEÍSMO BÍBLICO
E OS
DEUSES DA CRIAÇÃO
RAYOM RA
ÍNDICE
Prólogo Pg. 3
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A PRIMEIRA RAÇA PG. 122
A SEGUNDA RAÇA PG. 126
A TERCEIRA RAÇA PG. 129
A QUARTA RAÇA PG. 136
PRIMEIRA SUBRAÇA ATLANTE PG. 142
SEGUNDA SUBRAÇA ATLANTE PG. 143
TERCEIRA SUBRAÇA ATLANTE PG. 144
QUARTA SUBRAÇA ATLANTE PG. 146
QUINTA SUBRAÇA ATLANTE PG. 148
SEXTA SUBRAÇA ATLANTE PG. 148
SÉTIMA SUBRAÇA ATLANTE PG. 149
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PRÓLOGO
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incomodamos em absoluto com a crença cristã monoteísta, porém a aceitamos com
conceitos acima das considerações religiosas. A trindade cósmica de Deus-Pai, Deus-
Filho e Deus-Espírito Santo, ou dos três Logos dos gnósticos, vem em si mesma
impregnada da necessidade de um trabalho colaborador de gerações politeístas. É
bem diferente a explicação gnóstica da trindade daquela esposada pelas religiões
cristãs. Nos cultos ofitas a trindade se desdobra em quatro, na tetraktys, com Sophia
procedendo de Sigé-Bythos-Ennoia, o que a concepção indu mostra-nos algo parecido.
No induísmo, o Brahman Supremo, Incognoscível e Incorpóreo, gera uma emanação
temporal que faz nascer o Brahmâ masculino e imanifesto que vai resultar em três
Logos ou Deuses Absolutos. Mas do terceiro Logos imediatamente emana Anima
Mundi, a Alma Universal, e em seguida diversos deuses hierárquicos que vêm atuar e
levar adiante todo o Grande Plano da Criação para o sistema solar.
O livro aqui apresentado tem duas partes distintas colocadas não com a intenção
de traçar paralelos a fim de tecer propositais impasses e neles agregar mais dúvidas
quanto à existência de Deus ou de personagens bíblicos. Mas como duas faces de
uma mesma realidade, embora o deus cristão difira em alguns aspectos importantes do
deus bramânico. A Bíblia por si só é um livro polêmico onde o ceticismo não consegue
provas inequívocas de suas narrativas, ou não deseja reconhecer as evidências. Mas
qual das grandes e significativas religiões mundiais conseguiu realmente provar suas
inteiras origens senão basear-se muito mais nas crenças da tradição oral, e nos
pergaminhos ou crônicas chamadas comumente pelos leigos descrentes de apócrifos?
E pareceria mesmo incongruência precisar-se apelar unicamente às provas materiais a
fim de a comunidade cética reconhecer a legitimidade de uma religião. E para quê?
Pois para religiões e religiosos o descaso cético e o ateísmo a nada abalam. Sua
importância é menos do que o relativo.
Nada é perfeito nesse mundo, muito menos são perfeitas as religiões. A história já
demonstrou o quanto o homem foi capaz de destruir, fosse ele religioso ou não. Mas os
historiadores não fazem o menor esforço para reconhecer o invisível. Para eles, o
invisível é inexistente, portanto irrelevante para as causas da verdade e não se ajusta
às proposições racionalistas do cientificismo moderno ou da filosofia materialista. É,
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portanto, um completo celeiro de crendices sem quaisquer bases ou respaldos. Pois a
história do homem biológico é a única existente, objeto que foi de um inegável ciclo
evolutivo desde um passado avoengo macacóide, ou de um ancestral comum elo de
todas as espécies, jamais encontrado e nunca visto, que as ciências vêm
dimensionando em formato elusivo de nova fábula darwinista. Para o cético, a crença
nunca fez o conteúdo humano de massa e ossos diferente, e não é possível
reconhecer no religioso atitudes instintivas e gestos espontâneos que o ateu não
possua. Isso por si só já serviria para demonstrar que a religião não atua de dentro
para fora, e o cérebro é elemento condicionante único, comum a todos, acumulativo e
lógico da realidade concreta, mas, infelizmente, sendo também originante da mente
humana abstrata criadora de ilusões.
Assim, dentro do ceticismo moderno cada vez mais enraizado pelas instituições
acadêmicas, as grandes verdades milenares guardadas e mantidas pelas religiões
anteriores ao cristianismo, notadamente orientais, e pelo próprio cristianismo, vão
sendo desmentidas e ridicularizadas pelos adoradores da tecnologia. Os homens
voltados unicamente ao materialismo já edificaram um pedestal de barro e ali
depositaram seu deus único e verdadeiro - as ciências num todo - destituindo o Deus
Onipotente e seus prepostos. E resolveram fechar seus ouvidos aos estudiosos do
ocultismo, que demonstram que a linguagem oculta e simbológica dos mestres da
sabedoria milenar, pode ser na atualidade perfeitamente decodificada para desnudar
as mesmas coisas que as ciências somente agora descobriram. E também orientar
para a aceitação de determinados caminhos que ajudem a deslindar outros enigmas
científicos.
Mas que dizer dos males modernos que sempre marcham interligados com as
conquistas científicas e tecnológicas, que municiam homens de íntimos selvagens
habilitando-os a destruir milhões de vidas com uns poucos apertos de botões ou
gatilhos? E os males que a tecnologia computadorizada e outros inventos maravilhosos
trouxeram à juventude e aos povos escravizados pelas nações ricas e mais
poderosas? Não, senhores, essa conversa vai longe, o debate é muito mais amplo e
profundo do que venha parecer aos simplistas pragmáticos, e o bem e o mal não se
apartam nunca das idéias progressistas! As ciências não podem resolver esses
problemas, mas podem sem dúvidas agravá-los e o fazem, não por serem ciências,
mas por seus representantes não saber ensinar a domar o animal-homem que também
existe neles, e por fingir a inexistência da alma universal. A sabedoria das ciências
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materiais avança do cérebro para fora, se limita a um mundo turbulento tridimensional,
e fornece armas a qualquer um sem qualquer responsabilidade com valores morais, ao
passo que a sabedoria esotérica permeia a alma humana como um bálsamo e avança
intimamente em paz e ao infinito, sob o seguro auxílio de princípios reguladores dos
elementos causais.
Quando o grande sábio e inventor croata Nikola Tesla afirmou que há abundante e
inextinguível energia livre no planeta, facilmente manipulável para uso gratuito de todas
as pessoas, o fizeram calar-se e com o tempo tiraram-lhe várias de suas patentes de
inventos práticos que o mundo de hoje se habituou utilizar. Aquele fantástico cérebro
disse em sua autobiografia que desde a infância ouvia vozes e comunicações mentais;
que costumava ter visões, e em ocasiões de ampliação de consciência ficava doente,
sendo obrigado a descansar para se recuperar. Declarava que seu conhecimento
científico lhe era transmitido por extraterrestres.
Tesla nada lucrou com seus inventos, mas esses mesmos inventos rendem
incontáveis somas de dinheiro para aquelas empresas do “pool” monopolista mundial
que graças ao croata são hoje multibilionárias. E pelas experiências científicas de Tesla
caberia aqui a pergunta: seriam os extraterrestres os deuses solares da criação?
Achamos que sim, porém nem todos!
Rayom Ra
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PARTE I
HISTÓRIA E RELIGIÃO
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CAPÍTULO I
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Com o tempo, as noções de massa, peso, volume, distância, movimento,
velocidade, órbita, grau, temperatura, etc., foram sendo cada vez mais trabalhadas
conduzindo a conclusões mais exatas. Porém, a astrologia foi suficientemente negada
pelos astrônomos antigos e continuaria a sê-la na atualidade As descobertas da antiga
astronomia misturavam-se com os conceitos da astrologia, pois na antiguidade era
dado aos sacerdotes, e tão somente a eles, o direito a esses estudos. Não existia
assim o epíteto de uma astronomia para cálculos físicos e exatos e de uma astrologia
aparte, mais ampliada e interpretativa, para revelações espirituais ou esotéricas. Para
que modernamente viesse existir essa desejável separação, o propósito religioso dos
povos da antiguidade foi oportuna e adequadamente desprezado pela razão cientifica.
No entanto, na era cristã, com evidentes interesses eclesiásticos, a igreja
vigorosamente interveio no trabalho cientifico, obrigando no século XVII a Galileu
Galilei, renomado astrônomo, a abjurar de afirmações conclusivas sobre o sistema
heliocêntrico por ele defendido, sob ameaça de queimá-lo vivo como bruxo.
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los, o que exatamente se provou foi o contrário pela estupidez dos propagadores das
fábulas. Aliás, esse pensamento depreciativo sobre os antigos estende-se também, em
alguns casos, às outras ciências que eles tão bem souberam manipular, como nas
construções de magníficas cidades e pirâmides, a exemplo do Egito. E quando os
homens do pensamento objetivo não conseguem explicar, de que maneira os antigos
chegaram à exata cifra de 3,14159, análoga ao Pi (grego), representando a razão
constante entre o comprimento da circunferência e seu diâmetro, tantas vezes repetida
nas relações geométricas da figura da grande pirâmide de Gizeh, a ciência acadêmica
simplesmente se cala ou finge ignorar. O que as ciências buscam somente reconhecer
é que a grande pirâmide de Gizeh foi construída aproximadamente em 2550 a.C - data
essa objeto de intensas discussões e nenhum consenso – no reinado do faraó Kheops,
para servir-lhe de símbolo e talvez túmulo de sua realeza, e mais tarde viria servir de
templo para as práticas das crenças egípcias.
Lembro-me bem, quando jovem estudante, das palavras de meu professor que se
aproveitara de uma historieta folclórica, para explicar à turma como se teriam originado
os rudimentos da matemática. Dizia o sábio professor que um pastor reunia pedras
para controlar o rebanho de ovelhas. Cada pedra corresponderia a uma cabeça; assim,
ao final do dia, ao trazer o rebanho de volta ao curral, em sobrando pedra, ele
concluiria que alguma rês teria se extraviado, fora roubada ou comida por animais
famintos. A lenda nada tem a ver diretamente com a astronomia, mas retrata uma idéia
caótica de que as ciências teriam surgido singelamente das necessidades domésticas
e por obra do acaso.
Ora, sabemos que de uma só região não é possível deter-se a exata observação
do firmamento. Além disto, há épocas em que a observação é profundamente
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prejudicada pelas más condições atmosféricas. Ademais, a Mesopotâmia, nesse caso,
embora oferecesse visão privilegiada do céu em grande parte do ano, ainda assim não
permitiria por si só que todo o conhecimento estelar compendiado pelos sacerdotes
estivesse exclusivamente sobre suas cabeças. Como então explicar, por exemplo, a
perfeita noção que detinham do cinturão formado pelas constelações austrais e boreais
e do zodíaco com seus signos e divisões, obtida a olho nu? Segundo achados
arqueológicos, os sumérios já teriam mapeado essas constelações, e, mais tarde, os
gregos, absorvendo esse conhecimento, não só o ampliariam como criariam extensa e
genial mitologia, cujas lendas e simbolismos se perpetuariam na memória. Por outro
lado, a criação de um verdadeiro tratado mitológico, não contemplaria os gregos com a
originalidade dessa rica mitologia, pois os mesmos sumérios formulariam antes dos
gregos lendas e simbolismos a fim de também manter vivas suas descobertas
astronômicas.
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subdivisões de horas, dias, meses e anos, bem como previam eclipses, além de ter
elaborado um complicado zodíaco e manufaturado horóscopos.
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magnon, e sim do Homem da Galiléia. Em 1987, nas cavernas de Qafzeh e de Kebara,
no Monte Carmelo, foram encontrados fósseis que revelaram tanto o Neanderthalensis
como seu evoluído Cro-magnon, terem vivido há 70, 80, 100 ou mais mil anos e o
Homem de Cro-magnon, que se supunha mais refinado do que o Neanderthalensis,
teria vivido antes do próprio Neanderthalensis! Ou ambos teriam vivido juntos, logo a
linha evolucionária do homem moderno seria outra, nada a ver com o Neadentharlensis
ou com o Cro-magnon. As novas e estonteantes descobertas viriam ser corroboradas
pelos achados posteriores no Sítio da Galiléia. E tem mais, o neuroanatomista
Terrence Deacon concluiria que o Neanderthalensis não tinha nada de idiota, pois seu
cérebro era maior do que o nosso!
“O próprio Eugene Dubois concluiria numa fase posterior de sua vida que a
calota craniana de seu amado Pithecanthropus, pertencia a um grande Gibão, um
símeo que os evolucionistas não consideram esteja tão intimamente relacionado
aos humanos.” (A História Secreta da Raça Humana – Michael A. Cremo e
Richard I. Thompson”.
O que dizer então aos nossos filhos que aprenderam essas inverdades em livros
escolares da oficialidade acadêmica?
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* * *
Que dizer das naves tripuladas, dos engates com as estações orbitais, das trocas
de tripulações e dos reparos externos em pleno vôo? E da aterrissagem do homem na
Lua, (hoje se levantam dúvidas quanto a esse fato, achando que tudo não passou de
montagem em estúdio), das promessas de vir pisar Marte e Júpiter ou de aproximar-se
cada vez mais do Sol? Diante de tantas e estonteantes novidades, chegávamos a
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ironizar os pobres e heróicos Ícaro e Dédalo, pois se a lenda tivesse esperado pela
tecnologia de nossa era, Ícaro não teria encontrado a prematura morte!
A alta tecnologia colocada em prática com sucessos e insucessos, viria trazer para
a humanidade uma versão virtual de vida, onde os recursos da eletrônica ostentavam
velocidade e eficiência só comparáveis ao crescente incremento das naves tripuladas,
mas expunham o homem a um novo somatório de obstinados hábitos e escravidão. O
homem do século XX tornava-se mecânico, atraído e fascinado por todos os tipos de
equipamentos e veículos sofisticados, cujas opções programáveis eram tantas que se
tornava desnecessário utilizá-las a todas para as reais necessidades. A ânsia do
consumo e o espanto às invenções causariam mudanças profundas na mentalidade
dos povos e na economia das nações.
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CAPÍTULO II
PORTAIS DO TEMPO
Para muitos, é claro e lógico que o enigma da existência humana não começou
exatamente com Adão e Eva conforme relatado na Bíblia. A Bíblia é de difícil
compreensão. Milhares de páginas já foram escritas por pensadores de diversos povos
com o intuito de trazer à discussão uma possível realidade física proposta no Velho
Testamento, como obra acabada.
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O Pentateuco, entretanto, não dá provas de ter sido escrito por Moisés. E para
livres pensadores permanece irrespondível a questão: quem de fato o teria escrito?
Para israelitas, principalmente ortodoxos, foi sem dúvida Moisés quem o escreveu, ou
pelo menos o recebeu, mas essa afirmativa realmente carece de provas concretas,
visto muitas situações protagonizadas pelo salvador dos judeus, tanto no Egito como
no êxodo, serem fenomênicas e aparentemente inverossímeis. Os fenômenos físicos,
por oportuno, provocados pelos poderes divinos atribuídos a Moisés, também foram,
alguns deles, identicamente atribuídos a Baco, no próprio Egito, antes do aparecimento
do salvador hebreu, conta-nos a antiga tradição gnóstica.
Outras questões acerca da existência dos heróis bíblicos vêm à tona com
freqüência. Apesar de todos os recursos das ciências modernas e proposições de
pesquisadores e historiadores eruditos, nada mudou. Tudo permanece no campo das
conjeturas trazendo infindáveis discussões como antes. Muitas provas escritas em que
se baseiam os historiadores são testemunhadas por manuscritos considerados, muitas
vezes, apócrifos, e cujas datas normalmente divergem.
Muitos religiosos cristãos desejariam que a história universal pudesse ter duas
metades, a exemplo de um globo ou esfera, onde um dos hemisférios registrasse a
lenta e gradativa evolução da raça humana desde os tempos imemoriais, e o outro, o
superior, revelasse a evolução da raça a partir da chegada de Cristo.
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O academismo das ciências teoriza que a vida se iniciou há milhões de anos,
passando por fases distintas de um processo seletivo natural, sem a manipulação de
uma Inteligência Transcendental. Ou seja, para as ciências a vida é inteligente porque
é simplesmente a vida, e os elementos consubstanciadores da matéria: o ar, a terra, o
fogo e a água, surgiriam naturalmente porque são simplesmente elementos. O
processo terrenal espontâneo começaria a produzir vida evolutiva a partir da água
marinha e as formas protoplasmáticas unicelulares ou as protéicas, conseguiriam
dividir-se por meiose ou cissiparidade. Mais tarde, por outro qualquer processo em que
talvez existissem polaridades opostas, se atrairiam formando elementos pluricelulares
heterogêneos. Ou a formação de um sub-reino onde os protozoários dariam origem aos
metazoários. Daí, por mutações e evolução espontânea, uma determinada linha
evolutiva chegaria a algas, a peixes comuns, e milhões de anos depois aportaria a terra
em formas de vida anfíbias.
Depois disto, passando por diversos outros ciclos, esses produtos marinhos
chegariam a animais, alcançariam o estágio de primatas, e finalmente se tornariam
homens. Certamente toda a multiplicidade da fauna e flora teria da mesma maneira
surgido do mar se diversificando em muitas espécies. Quem acreditar nesta incrível e
mirabolante epigênese não conseguirá evidentemente identificar um Criador.
Para que a vida amorfa chegasse à morfogênica, tudo teria se iniciado na Terra há
4.5 bilhões de anos, quando da formação do carbono e da matéria orgânica. Este é o
período Pré-Cambriano calculado pelas ciências. Mas cabe aqui uma pergunta: se
este período se destaca principalmente pela presença de elementos gasosos mutantes
como, por exemplo, o hidrogênio transformando-se em hélio até formar o carbono, de
onde os elementos teriam se originado?
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O período seguinte, chamado sirusiano, distinguiria as primeiras formas da flora
terrenal há mais ou menos 440 milhões de anos, desenvolveria a flora marítima e
possivelmente formações meio híbridas “flora-fauna”..
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suas almas com a euforia da aquisição pessoal. Ao contrário, cremos, isto sim, num
móvel impessoal e superior a tudo, acima de todas as coisas materiais e perecíveis,
estimulando-lhes a visão prática incorporativa de irremovível vontade.
Em seguida viriam as conquistas dos romanos, que tendo vencido aos exércitos
gregos, absorveriam a quase totalidade de sua religião e mitologia, estabelecendo
também avanços da visão criativa. Os romanos, a par de cuidar notavelmente de seus
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aparatos bélicos, organizariam seus exércitos com os melhores equipamentos e
multiplicariam as frotas de navios de guerra e transportes. Com isso, tornariam
vastíssimo o seu império pelo mundo antigo, acumulando extraordinária riqueza
provinda dos povos conquistados.
A história universal acusa no seu decurso alguns destes momentos que não foram
detectados por meras coincidências, senão trabalhados por forças muito acima da
resistência humana. Esses períodos normalmente destacados pelo surgimento de
líderes desprendidos, externam e magnetizam o pensamento com novas idéias e
brilhante originalidade, levando, às vezes, séculos ou milênios até serem perfeitamente
entendidas e assimiladas. E os ungidos e abençoados de todos os tempos, forjados
com a têmpera de um especial quilate, sendo livres pensadores, filósofos arrebatados,
ou portadores de visão muito acima de suas épocas, não foram nunca produtos de
escolas ou academias. Mas ao contrário, sem, contudo, desprezá-las, fizeram-se por si
próprios, por pessoais esforços e dedicadas disciplinas. Norteavam-se, simplesmente,
por suas intuições e visões mentais, e colocaram seus corações e privilegiados
cérebros a favor da humanidade, sem jamais desistir de seus ideais quaisquer que
fossem as adversidades.
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CAPÍTULO III
Na Europa, o quadro religioso desenhado pelas várias práticas dos povos, tomaria
novas e lentas feições durante a ascensão, apogeu e gradual decadência do império
romano. A religião cristã se estruturaria de maneira diferente das antigas religiões
nascidas no oriente, impondo um pensamento coordenado com base nos escritos
monoteístas da tradição judaica. Montaria uma bíblia para representar o sagrado cânon
de suas revelações, e com o tempo adotaria o ritual da missa e a prática de
sacramentos - herdados das antigas tradições gnósticas orientais - e conceituaria seus
dogmas. Elegeria através dos séculos, para autoridade máxima temporal, um primaz
que se assentaria num trono. Enviaria missionários em expedições por todo o mundo a
fim de fundar núcleos, que mais tarde se chamariam congregações, e lhes determinaria
pregar sob um rígido corpo litúrgico doutrinário.
Já o islamismo surgiria no oriente no século VII desta mesma era. Alojaria alguns
ensinamentos cristãos em suas doutrinas, imprimindo aos povos árabes uma inegável
força religiosa que universalizaria um pensamento em torno do profeta Maomé, em Alá
- o Deus único - e nas sagradas escrituras do Alcorão reveladas a Maomé.
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Mediterrâneo, transformando-se em cultos gnósticos entre alguns povos do oriente
médio e na Grécia. Pouco antes da decadência daquela antiga e brilhante civilização
helênica, o gnosticismo lá mesmo tomaria feições teóricas esotéricas e filosóficas. Por
outro lado, os essênios - ramo étnico originário de antigos semitas - herdariam da nata
do budismo as práticas dos segredos ritualísticos e os profundos conhecimentos
medicinais da flora que os iniciadores do gnosticismo lhes passariam, e se constituiriam
numa seita especialmente pura onde os cristãos primitivos beberiam de suas graças.
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exortador de uma nova e mais recente visão espiritual universalista, minuciosa e
subliminarmente formatada etapa após etapa desde Adão e Eva, concretizada milênios
após pelas supernais mensagens e milagres realizados por Cristo.
Entretanto, essa visão da Bíblia colocada por nós não mais seria completamente
aceita e nem confirmada pelos estudiosos de sua sociologia histórico-religiosa, pois
conforme ressaltado anteriormente, e mesmo sem ateísmos, se levantam enormes
controvérsias quanto à veracidade e autenticidade de seus escritos.
Sabe-se que a igreja católica sempre procurou despistar nas suas exegeses uma
interpretação racional do Gênesis. Nem jamais admitiu questionamentos acerca dos
trinta e nove principais livros que compõem o sagrado cânon bíblico. Foi preciso que
protestos iniciados por Marinho Lutero e Calvino, exigindo reformas, forçassem a igreja
católica reagir e mudar de posição. Martinho Lutero criticara abertamente noventa e
cinco teses da igreja e aos abusos do papado, o que lhe custaria à excomunhão pelo
papa Leão X e constantes perseguições. Em 1521, refugiando-se em Wartburg em
Eisenach, Turingia, Alemanha, esse ex-monge agostiniano iniciaria a tradução da Bíblia
para o alemão, sendo o trabalho impresso em setembro de 1522. Para essa tradução,
Martinho Lutero, por ser erudito, tomaria textos em hebraico e grego bem como a
Vulgata de São Jerônimo traduzida do hebraico para o latim.
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ANO DO CALENDÁRIO
PROGRESSIVO EM QUE
MORREU
(DE ADÃO AO EGITO)
PERSONAGEM ANO DO NASCIMENTO ANOS DE VIDA
Comentemos agora sobre relações de fatos e datas durante o dilúvio e logo após
ele.
1. Diz o Gen. 07.6 “Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do
dilúvio inundaram a terra.”
Se Noé nasceu em 1056, seria, portanto, 1656 o ano do dilúvio, coincidentemente
com o ano da morte de Matusalém.
2. Diz o Gen. 07.11.12 “No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias
do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo e as
comportas dos céus se abriram.”
“E houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta
noites.”
4. Diz Gen. 08.6.10.12 “Ao cabo de quarenta dias abriu Noé a janela que
fizera na arca.”
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“Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba fora da arca.” (Já
a tinha soltado antes e ela retornara no mesmo dia).
“Então esperou mais sete dias e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a
ele.”
Ora, é também dito no Gen 11.10 que Arfaxade, filho de Sem, nasceria dois anos
após o dilúvio quando Sem tinha 100 anos. Pelos nossos cálculos, Arfaxade teria
nascido em 1656, que seria o ano do dilúvio, e o ano 600 de vida de Noé. E se o ano
do dilúvio foi o ano 600 de Noé, 2 anos depois sua idade seria 602; logo Sem já teria
102 anos. Assim, Arfaxade nasceria em 1658 e não em 1656 de nossos cálculos.
Muito embora povos antigos já dividissem o dia em vinte e quatro horas, fizessem
contagens de semanas, meses e ano de 365 dias, certamente o ano bissexto não seria
computado por eles. A diferença de seis horas cumulativas, gerando mais vinte e
quatro horas a cada quatro anos, só seria oficialmente ajustada em 1582 pelo Papa
Gregório XIII, ficando o calendário oficial a partir daí conhecido por gregoriano em
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homenagem àquele Papa. Assim, há a possibilidade de a diferença de dois anos aqui
consignada estar ligada a alguma data pretérita de nossos cálculos onde o ano
bissexto não seria computado. Se isto for relevante para conclusões outras,
agradeceríamos aos investigadores realizar possíveis correções ou novas
interpretações.
Verificamos que mais dez gerações decorreriam até 2185, ano da morte de Eber.
Abrão teria morrido 64 anos antes e surgiriam mais três importantes personagens após
este patriarca:
ANO DO CALENDÁRIO
PROGRESSIVO EM QUE
MORREU
PERSONAGEM ANO DO NASCIMENTO ANOS DE VIDA (DE ADÃO AO EGITO)
ÊXODO 2737
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De acordo com nossa cronologia, de Adão até o êxodo teriam se passado 2737
anos. Os historiadores informam que o êxodo teria ocorrido nos anos 1490 a.C., 1440
a.C., 1400 a.C., 1300 a.C., 1290 a.C. 1200 a.C., ou próximo a essas datas.
Considerando que José teria vivido no Egito dos 17 aos 110 anos, portanto 93 anos, e
teria 30 anos quando interpretou os sonhos do faraó, teriam se passado 13 anos até
aquele instante. Os 7 anos de fartura se passaram e entraram nos 7 anos de fome; os
irmãos de José teriam chegado ao Egito 2 anos após a fome se ter alastrado. Temos
então aqui o seguinte cálculo:
22 anos
Daí teríamos José com 39 anos. Se José morreu com 110 anos, sua família teria
permanecido livre no Egito por 71 anos, pois não há referências que de lá tenha saído
antes da morte de José.
Diz o Ex. 01.8.9.11.14. “Entrementes se levantou novo rei sobre o Egito, que
não conhecera a José.”
“Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso
e mais forte do que nós.”
“E puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com suas cargas.
E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés.”
“E lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e
com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os
serviam.”
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Historicamente as divergências são enormes; talvez o pensamento cronológico
judeu pudesse ser explicado de outra maneira, uma vez que a arqueologia rastreia a
civilização suméria na Mesopotâmia encontrando vestígios de sua existência já na era
do Bronze Antigo. Admitindo esses fatos, poderíamos situar aleatoriamente em 8000
a.C. uma faixa de existência da civilização suméria, que também ultrapassaria o cálculo
judaico da fundação do mundo.
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CAPÍTULO IV
Neste capítulo vamos procurar analisar aspectos históricos dos patriarcas judeus e
suas relações sócio-culturais formadoras da inicial infra-estrutura do Velho Testamento.
Os aspectos religiosos foram no passado relativamente aceitos sem muitas discussões,
muito embora sem provas concretas suficientes, mas com os historiadores dando
crédito material aos textos bíblicos quando identificavam cidades ou locais fisicamente
conhecidos ou não.
De acordo com nossos cálculos, o começo da povoação da terra com Adão e Eva
teria acontecido a aproximadamente 6046 anos, cifra esta, reafirmamos, insignificante
perante os anais universais e cronologia humana. Aventamos, porém, que o cálculo
judaico de 5769 anos, dessa mesma distância de pólos humanos, possa ser explicado
pela sabedoria milenar cabalística. A data popularmente fixada do início de seu
calendário é a de 07 de outubro de 3760 a.C., e como já nos referimos, apesar da
diferença de 277 anos, não muda a espinha dorsal de nossos cálculos, pois alcançaria
os 653 anos que Adão ainda viveria até atingir 930 anos de idade. Porém, a cabala
caldeu-hebraica mantém tradições herméticas onde se guardam explicações mais
profundas não só dos sistemas numéricos relacionados com as forças divinas, como
crônicas e livros sagrados de uma sabedoria antiqüíssima. Esse assunto não
abordaremos nesta obra.
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mais além do Tigre e Eufrates, é inegável a influência por eles recebida dos povos
culturalmente adiantados viventes na Mesopotâmia. Citamos anteriormente os
sumérios de cuja cultura sócio-religiosa surgira mitologia plena de lendas e
simbolismos. Ligavam-se essas lendas, em muitas instâncias, ao aparecimento do
homem na Terra, aos deuses cósmicos e terrenos e as suas constantes lutas
decorrentes da dualidade bem-mal. Adotaram cultos e crenças politeístas, códigos
morais disciplinadores de bens e valores, mas não organizaram propriamente uma
religião sobre bases espirituais. Os deuses representavam forças naturais e cósmicas,
e os sacerdotes estabeleciam critérios temporais em seus cultos, pois segundo consta
os sumérios não se preparavam para a morte com as mesmas noções de paraíso e
inferno externadas por outros povos, como, por exemplo, os gregos e egípcios. Mesmo
assim, possuíam muitas noções de valores transcendentais ao mundo material,
inclusive realizando rituais de magia e oferendas aos deuses com base nas afinidades
astrológicas. Em virtude desses fatos, acreditamos ser altamente improvável não
conhecerem também, pelo menos superficialmente, a crença da reencarnação e
descrições das regiões suprafísicas, onde as almas lá permanecem entre uma e outra
interpolação na matéria. Essas crenças, no entanto, já eram profundamente
conhecidas das religiões orientais quando tratavam do carma e de seus efeitos
retroativos aos atos bons ou maus praticados na Terra.
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decaída e fragmentada, que os judeus teriam chegado a Canaã dos cananeus na
Palestina com sua força militar e religião monoteísta, lá se instalando. Admite-se que
os cananeus, nessa época, já utilizavam o termo hebreu para designar seu ramo
étnico, que os judeus somente após a conquista de Canaã absorveriam e adotariam.
Portanto, hebreu antes do êxodo, não seria somente epíteto de especial ramo semítico
israelita conforme atribuíam a Moisés e ao povo judeu escravo no Egito.
Outra lenda vem ressaltar o pensamento cultural sumério e diz respeito à busca da
imortalidade, fazendo lembrar o Jardim do Éden por seus elementos simbólicos.
Gilgamesh, rei sumério, teria governado após o dilúvio. Seria ele mais deus do que
humano, tendo 2/3 de origem divina e 1/3 terrena, e por toda a vida andara em busca
de aventuras. Seus feitos remetem ao herói grego Heracles e ao bíblico Nimrod, filho
de Cuxe da linhagem de Noé.
Gilgamesh, após a morte de Enkidu, seu amigo de aventuras, busca pelos frutos
da árvore da vida, de apanágio dos deuses, para oferecê-los aos homens a fim de
torná-los imortais. Procura Utnapishtem que lhe informa onde estaria a árvore da vida.
O pai da humanidade pós-diluviana o alerta, contudo, de que não seria possível dar
imortalidade aos homens, pois Ea, ao criá-los, dera-lhes o legado imutável da morte.
Mas Gilgamesh, intrépido, suficiente, acostumado a vencer desafios vai à busca da
árvore da vida, encontrando-a. Porém, a serpente guardiã ataca-o e o mata.
33
da mesma forma, é a lenda do herói Etana, levado aos céus no dorso de enorme águia
e que observara a forma esférica do planeta e as águas separadas da terra. Segundo
seu relato, a extensão de terra, qual gigantesca montanha plana encurvada para baixo,
flutuava sobre as águas de Ea.
Essa relação, ao invés de tergiversar dos textos bíblicos, vem reforçar a antiga
idéia da concepção cósmica por deuses criadores que o Deus dos judeus sozinho
encarnaria e assumiria com o objetivo de estabelecer uma visão cosmogenética mais
simplificada, que terminaria por não acontecer, visto o relato de o Gênesis ser
abreviado, confuso e aparentemente sem nexo.
Por outro lado, a arqueologia não encontrou ainda meios para definir uma data
precisa, ou o mais aproximado possível, de quando definitivamente o dilúvio teria
ocorrido, se de fato ocorreu conforme diz o Velho Testamento. Cientistas são
categóricos em afirmar que pelos estudos dos solos, acidentes geográficos e condições
ambientais de muitas regiões dos continentes, até o momento não há indícios de que
há milênios tenha de fato acontecido uma inundação daquela magnitude.
O Noé bíblico, tanto quanto Abraão, Jacob, José e Moisés, são reconhecidos e
respeitados pelo Islam que, principalmente, consideram Abraão um muçulmano da
maior envergadura. Esta atribuição se deve por sua aceitação e fé a um Deus único,
pois nos tempos dos patriarcas não existia ainda cristianismo ou islamismo.
34
pagãos em Canaã, e por se terem degradado. Deus então os castigou com o cativeiro
da Babilônia e depois os fez dispersar em diásporas pelo mundo, sem país nem pátria.
Sabe-se que o movimento sionista sediado nos Estados Unidos e Europa, afirmava
ter os judeus o direito de voltar as suas origens na Palestina. Baseavam-se nos
argumentos de que eram injustamente perseguidos no mundo inteiro, principalmente
na Europa por autoridades da igreja processadoras dos progroms, que eram
execuções de judeus não convertidos. O movimento de retomada judaica, com ajuda
do barão de Rothschild no final do século XIX, já providenciaria assentamentos judeus
em primeiras colônias agrícolas na Palestina. A partir de 1917, os sionistas
construiriam assentamentos rurais e urbanos restabelecendo a cultura hebraica na
terra. Em 1933 os judeus já eram mais de 20% da população palestina.
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vários pontos sobre critérios interpretativos dos elementos arqueológicos coligidos. A
Maximalista se apresenta não radical, comedida, postulante da aceitação de fatos
bíblicos como sendo históricos desde que não possam ser contestados nem sejam
comprovadamente falsos. Já a corrente Minimalista desconsidera e julga falsos os fatos
onde não haja evidências possíveis de comprovação.
Uma história não bíblica conta que Abraão respeitante ao Deus único, veio ter com
Melquisedeque que o abençoou, fortalecendo-lhe a mensagem de que seus
descendentes povoariam a terra como as incontáveis estrelas se espalhavam no céu.
Algumas vezes, os relatores de textos antigos confundiam Melquisedeque, rei de
Salém, com o próprio Deus. Desse modo, Abraão teria falado pessoalmente com Deus
encarnado.
Jacob teria tido doze filhos que constituiriam as doze tribos de Israel, porque Deus
trocara o nome de Jacob para Israel. José, seu décimo primeiro filho, acabaria vendido
por seus irmãos a mercadores nômades, sendo levado ao Egito onde um rico
comerciante chamado Putifar o compraria. Mais tarde, interpretaria os sonhos do faraó
reinante na cidade de Menphis, que segundo a história seria hicso - povo asiático
semita invasor do Egito - onde os hicsos permaneceriam durante a 15ª. E 16ª.
dinastias, sendo depois expulsos. José, já como chanceler do Egito, mandaria buscar
toda a sua família e descendentes, que entrariam no Egito livremente, mas
permaneceriam escravos por 430 anos contados após a morte de José, sendo
finalmente libertos por Moisés.
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Neste ponto começa a maior das polêmicas envolvendo a criação da Bíblia. A
tradição sacerdotal (a mesma que religiosa) atribui a Moisés a autoria dos cinco
primeiros livros. Investigadores rechaçam a existência de Moisés, sua origem hebraica
e todos os seus atos fantásticos praticados no Egito e fora dele, obedientes à vontade
do Deus de Israel. Os fatos concatenados pela arqueologia e pesquisadores não
seqüenciam uma relação histórica conducente ao libertador hebreu.
Quanto a José, sua possível existência é admitida pelos historiadores pelo fato de
terem encontrado provas arqueológicas identificadoras de hábitos ou de
acontecimentos da vida egípcia, coincidentes com as descrições bíblicas à época em
que José lá teria vivido. Mas quanto a Moisés, afirmam, nada comprova sua existência,
sendo também pouco provável ter existido um Moisés egípcio ou hebreu, ou mesmo
parte egípcio parte hebreu. Ademais, não há qualquer referência nos anais egípcios
identificadora da ocorrência das dez pragas relatadas no livro do Gênesis. Na época da
partida do povo israelita muitos outros semitas lá permaneceriam, e somente mais
tarde viajariam ou não de volta para seus grupamentos étnicos de origem, em
pequenos êxodos, como sempre acontecia. Porém, em existindo de fato aquele êxodo
espetacular narrado no Velho Testamento, de seiscentos mil homens israelitas além de
mulheres e crianças, teriam também se misturado aos israelitas, os caldeus, danus,
filisteus, arameus e tilkers, visto a Bíblia deixar subentendida a não permanência no
Egito de nenhum outro escravo semita após o êxodo, senão unicamente os livres
nativos egípcios.
São muitas as lendas de um hebreu que teria nascido no Egito de mãe judia e
lançado ao Nilo com três meses de idade. Esse ato extremo o teria realizado a mãe de
Moisés por que o faraó antes determinara que todos os recém-nascidos varões, filhos
de Israel, fossem mortos pelas parteiras hebréias Sifra e Pua. Visto os meninos judeus
continuar a nascer porque as parteiras não os matando mentiam ao faraó, dizendo
chegar sempre atrasadas aos partos, o faraó mandou seu povo lançar ao Nilo todos os
meninos hebreus recém-nascidos.
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É dito em êxodo 2; 1 a 5, sobre o nascimento de Moisés:
“Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de Levi. E
a mulher concebeu e deu à luz um filho; e vendo que era formoso, escondeu-o
por três meses. Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo tomou um
cesto de junco, calafetou-o com betume e piche, e, pondo nele o menino largou-o
no carriçal à beira do rio. Sua irmã ficou de longe para observar o que lhe haveria
de suceder. Desceu a filha do faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas
passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal enviou a sua criada e
o tomou.”
Moisés seria criado por sua própria mãe descoberta nas proximidades do rio, e
mais tarde, já grande, iria ter com a filha do faraó que a partir de então o criaria como
filho. A tradição religiosa afirma ter Moisés realizado coisas grandiosas no Egito antes
da saída israelita do cativeiro. A corrente de desconfiados historiadores continua
negando aqueles feitos e a origem hebraica do salvador.
Por outro lado, cidades como Ai, Gabaon e Jericó, segundo comprova a
arqueologia, ainda não existiam no século XIII a.C., logo não poderiam ter caído em
mãos israelitas conforme atestam os textos bíblicos. A existência do próprio Israel
como entidade histórica e a maneira soberba como vem descrita é fartamente
contestada. Os historiadores e arqueólogos sugerem que ao invés do grande êxodo,
Israel teria emergido dos cananeus e a nomenclatura Israel atribuída às doze tribos de
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Jacob, também surgiria na antiga Canaã sob influência egípcia, não sendo, portanto,
primazia do patriarca judeu a originalidade do mencionado epíteto quando Deus
substituira seu antigo nome. O império egípcio, como vimos, estendia-se além de suas
naturais fronteiras alcançando cidades-estados palestinas e mesopotâmias. Daí,
influenciar cananeus, e, neste caso, israelitas. Os cananeus, tribos árabes provindas da
Ásia à época de suas migrações da Mesopotâmia para a Palestina, se infiltrariam e se
instalariam em locais diversos. A teoria dos historiadores admite que os israelitas,
mediante os extorsivos tributos egípcios, teriam se afastado da antiga Canaã migrando
para as montanhas do Efraim, lá se espalhando por diversas regiões constituindo
outros povoados. Por outro lado, o nome Israel é uma aglutinação epônimo de Isis
(mãe natureza ou alma universal), Ra (deus solar, pai) e El (sufixo designativo de
majestade, poder ou senhor), todos do panteão de deuses egípcios.
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CAPÍTULO V
A MONTAGEM DA BÍBLIA
Historiadores e boa gama de religiosos concordam que a Bíblia não foi escrita
unicamente nas épocas em que seus autores teriam vivido. Este é um dos poucos
pontos convergentes destas duas correntes que no mais divergem, às vezes,
diametralmente. A tradição religiosa aponta um tempo de mais de 1500 anos para que
a Bíblia fosse escrita na sua totalidade, ou seja, teria começado com Moisés no deserto
ou Monte Sinai e terminado com João na Ilha de Patmos.
O Velho Testamento nos seus pródromos fora constituído por manuscritos originais
que teriam sido armazenados na Arca da Aliança e aceitos como ditados por IHVH ou
por Ele inspirados. Assim assevera a tradição sacerdotal. Muito mais tarde, em 90 d.C.,
foi proposto ao Conselho Judaico de Jamnia que sete outros livros e quatro acréscimos
pudessem fazer parte da Bíblia, o que foi negado. Somente em 8 de abril de 1546, o
Concílio de Trento admitiria incorporar à Bíblia aqueles sete outros livros e os quatro
acréscimos, chamados apócrifos, formando-se assim a atual Bíblia católica com os
trinta e nove livros originais e os adicionais.
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Já o Novo Testamento, constitui-se das narrativas dos quatro evangelhos (Mateus,
Marcos, Lucas e João), dos Atos dos Apóstolos, Epístolas de Paulo, Hebreus,
Epístolas de Tiago, de Pedro, de João e de Judas e o Apocalipse de João. Assim,
nesta apropriação por nós resumida se estrutura a Bíblia, mas excetuando os sete
livros e escritos adicionais, se costuma definir o cânon bíblico somente com os trinta e
nove livros originais, ou seja, os formadores da estrutura reta, da régua certa de medir.
Sob este prisma, podemos admitir que a influência hebraica possa também ter
chegado a Moisés no Egito nessa mesma época, por força da presença nômade
cananéia e de outros povos semitas ou dos africanos, visto o hebreu ser idioma
antiqüíssimo originário da África. Além do mais, a tradução do vocábulo hebreu
significa “aquele que vem de fora,” formando assim prova aparente de uma assimilação
externa. O hebraico de Moisés, se nesse idioma ele se expressava, difereria
provavelmente do atual em relação à formação vocálica escrita, pois as vogais só
foram introduzidas de forma massorética há mais ou menos 1000 anos. É também
provável Moisés ter falado e escrito em aramaico devido à grande semelhança
existente entre esses dois idiomas praticados contemporaneamente.
A formação da Bíblia, sem dúvida, incorporaria um tempo bastante longo para vir
representar uma entidade histórico-religiosa. O termo Testamento provém do hebraico
Barith, significando aliança, pacto ou contrato e se vincula às origens dos manuscritos
revelados. O Velho Testamento, organizado num certo espaço-tempo sob os eventos
principais dos semitas judeus, com narrativas especialmente direcionadas e exemplos
41
propositalmente conduzidos, traduziria a vontade superior do Deus IHVH para uma
linguagem artificialmente humana. Através da presença moral e devotada fé dos
patriarcas Noé, Abraão, Jacob e Moisés, anexadas à obediência do continuador Josué,
a aliança do divino com o humano aconteceria entre relativos limites geográficos do
mundo afro-asiático - testemunha de tantas revelações e intermediações cíclicas de
deuses e mensageiros celestiais - e outras latitudes mundiais. A aliança, não obstante,
tantas vezes evocada para as tribos israelitas, não seguiria simplesmente o seu
caminho em tempo integral, mas tomaria diversas e tumultuadas direções ou novas e
inesperadas vertentes, segundo as necessidades dos momentos e os elementos físicos
habilmente engendrados.
A Bíblia, em constante elaboração desde o êxodo em1300 a.C, seria ainda por
cerca de 2754 anos para o mundo ocidental, o último tradicional e sobrevivente elo
material a testemunhar a aliança espiritual de Deus com um povo. Pelo menos assim
pensariam por todo esse tempo os eruditos operários judeus, tradutores e recopiadores
dos textos bíblicos, até 1000 d.C., responsáveis através daquelas escriturações pela
conservação de suas longuíssimas tradições histórico-religiosas com as fontes
originais. Isso estaria considerado pelo fato de a Arca da Aliança, as Tábuas dos Dez
Mandamentos e os pergaminhos escritos por Moisés nunca terem sido encontrados. E
foi somente em 1454 d.C. que Gutenberg imprimiu a Bíblia pela primeira vez dando fim
ao percurso dos manuscritos e iniciando a era da tipografia.
42
eleito. E nesse ponto residiria o problema até hoje não resolvido, responsável pela
ruptura do processo histórico-religioso judeu.
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cânon bíblico, remontam tão somente aos séculos III ou IV a.C. O tempo muitas vezes
aliado das lendas e epopéias de heróis semitas, se tornaria, por um lado, a contramão
de sua verdadeira história. Sendo a Bíblia testemunha de duas versões tradicionais, a
religiosa e a histórica, não haveria mesmo como conservar tangível a originalidade
manuscrita que pudesse fazer os céticos hodiernos dobrar-se ante o sacramentado e o
indiscutível. Por outro lado, essa possível originalidade se dissolvida e devorada pelas
longínquas e nebulosas cortinas das intempéries humanas, vem não obstante servir de
pano de fundo para a reafirmação de uma viva e inquestionável tradição, que sendo
forte e desafiadora sobreviveu aos laços sufocadores do tempo e se provou por si
própria de uma extraordinária e perene longa vida na alma hebraica,
independentemente de qualquer outro elemento concreto de discussão.
Judá e Israel, por oportuno, formariam os dois reinos. A origem desses dois reinos
aconteceria, principalmente, por disputas da hegemonia sobre todo o Israel. Judá
representaria a mais numerosa das tribos que havia partido do Egito. Segundo o censo,
reuniria 74600 pessoas entre descendentes diretos de Jacob e agregados. Caberia a
Judá a região sul de Canaã, compreendida desde o deserto de Negueve ao Sefelá, e
cujas cidades como Hebrom, Arade, Belém, Berseba, Bete-Somes e Laquim, fariam
parte de seus domínios.
A separação de Judá e Israel se daria após a morte do rei Salomão em 931 a.C. e
por ocasião da disputa do trono. Judá e Benjamim permaneceriam aliados tendo como
44
capital Jerusalém sob o reinado de Roboão, filho de Salomão. Israel se constituiria ao
norte com as dez outras tribos, tendo como capital Samaria.
Esta última tradição emergiria espontaneamente do seio do povo de Judá, por ele
ter sido despojado de muitos dos elementos materiais que davam base espiritual ao
seu credo monoteísta, reiniciando a transmissão oral. Dessa maneira, os prisioneiros
judeus garantiriam a memória de suas principais e importantes tradições sócio-
religiosas.
A cidade da Babilônia cairia em mãos do persa Ciro em 539 a.C., e durante seu
primeiro ano de mandato, entre 538-537 a.C., ele libertaria os judeus para retornar a
Judá a fim de reconstruir a cidade de Jerusalém e o Templo de Salomão. Jerusalém,
entretanto, abandonada por cinqüenta anos, fora tomada de samaritanos, praticantes
de uma tradição religiosa que diferia em alguns princípios da praticada pelos judeus de
Judá. Houve conflitos e divisões que ainda hoje permanecem.
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dissolução dos hábitos religiosos monoteístas judeus, pela adesão ao politeísmo pagão
de outros povos. Faria pregações diárias sobre os princípios sociais, religiosos e
morais estabelecidos pelas leis mosaicas.
Por outro lado, a tradição também dá conta de que a Torah viria somente ser
revelada e difundida a partir de Esdras, portanto após o cativeiro da Babilônia, e por
essa afirmativa histórico-religiosa não teria existido antes de Josias.
O Talmude é uma coleção de leis e tradições judaicas, datado de 499 d.C., que
agrega a Torah oral em sessenta e três capítulos, onde estão transcritos valores
religiosos, morais e éticos dos costumes hebraicos. O Talmude é a base ou referência
material da ortodoxia judaica, pois estabelece comentários detalhados da Torah de
Moisés incluída na Mishná.
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branco, revelando com isto que o fogo negro seria a Torah escrita ao passo que o fogo
branco a Torah oral.
No século III a.C., entre os anos 287 e 247, surgiria a Septuaginta que foi a
tradução da Torah do hebraico para o grego, encomendada por Ptolomeu II, rei do
Egito. Desejava o monarca descendente do general Ptolomeu, de Alexandre Magno,
enriquecer a biblioteca de Alexandria recém-inaugurada, com o Velho Testamento
hebreu. O trabalho de tradução da Torah seria realizado em setenta e dois dias, por
setenta e dois rabinos. A Septuaginta estabeleceria um marco na história judaica,
tornando-se a base ou referência de futuras traduções do Velho Testamento.
Mais tarde, no século IV d.C., seria a vez da Vulgata, que foi a tradução da Bíblia
do hebreu para o latim, feita por São Jerônimo, atendendo solicitação do papa Dâmaso
I. A Vulgata se transformaria num exemplar mais fácil para a compreensão dos textos,
em comparação com todas as traduções anteriores. A Vulgata seria somente revista
por ordem do Concílio Vaticano II no tempo de Paulo VI, terminando sua revisão em
1995 com o nome de Nova Vulgata.
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CAPÍTULO VI
OS DEZ MANDAMENTOS
Nas suas origens não seria elemento alternativo, opcional, evocativo de uma
liderança humana. Viria de todo do Deus IHVH, por conduto de Moisés, seu maior
representante na Terra, imposto para obrigatória observação. Assim também afirma e
reafirma a tradição rabínica. E é desta maneira que o Livro do Êxodo nos passa a
transmissão dos dez mandamentos pelo Deus dos hebreus no Monte Sinai.
Não seria de estranhar a razão de os egípcios ter assentado bases num monte no
deserto da Arábia, pois em sucessivas incursões em busca de ouro e especiarias
quando subjugavam os semitas da Mesopotâmia e Palestina e transformavam muitas
de suas metrópoles ou cidades-estados em estados-tributários, costumavam sair de
suas principais rotas e avançar por outras regiões. E o Monte Sinai da região saudita
não distava muito das terras egípcias.
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Conforme vimos, Moisés supostamente participaria de rituais secretos nos templos
e pirâmides egípcias e seria o escolhido para nova tentativa de estabelecer o
monoteísmo, visto o pensamento de Akhenaton ter também desaparecido com sua
morte. Em assim sendo, e para o cumprimento dessa grande missão, Moisés
necessitaria do auxílio e sabedoria dos sacerdotes adeptos do monoteísmo. Os
mandamentos gravados em primeira vez em madeira e em segunda vez em tábuas de
pedra, poderiam perfeitamente ter sido talhados por oficiais artesãos. Nada inverossímil
nessa suposição, uma vez que, mais adiante, a Bíblia diz que IHVH mandaria Moisés
chamar os artesãos Bezalel e Aoliabe bem como colocaria habilidades noutros homens
para que construíssem a arca em ouro e fabricassem todos os demais aparatos do
templo no deserto.
Em nosso idioma o vocábulo Deus denota plural por sua própria formação
morfológica. E se Deus era Elhim ou Elohim, reconhecido pela antiga cabala hebraica
rabínica como sete poderes criadores, a origem do politeísmo já começaria no próprio
Deus.
A idéia da tríade os sumérios representavam com Bel, Ea, Anu; os egípcios com
Osíris, Isis e Horus; os indus com Brahma, Vishnu e Shiva ou Sat, Chit e Ananda; os
parsi com Ahura-Mazda, Spento (Angro-Main Yush) e Aramaiti e os babilônicos com
Talmus, Marduk e Baal. Entretanto, o monoteísmo introduzido por Moisés aos hebreus
não falaria de tríade e nem de trindade, pelo menos o Livro do Gênesis a nada disto se
refereria, apesar de deixar misteriosas pistas acerca de Eloha-Elohim. Nem
posteriormente, na decorrência do êxodo, haveria qualquer citação a esse respeito por
parte de Moisés, o que indubitavelmente nos conduz a uma mensagem principal e
proposital acerca de um Deus único, sem qualquer outra conotação de pluralidade,
semelhante ao solitário Aton, Deus-Sol egípcio, divinizado por Amenophis IV.
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Precisamos considerar que o primitivismo cultuou certas idéias religiosas que com
o tempo sofreriam algumas transformações. Se os caldeus-sumérios desenvolveram
uma civilização altamente utilitária há mais ou menos 6.000 anos na Mesopotâmia,
segundo a história oficial, foram realmente exceção junto às tribos semitas ali viventes.
Não foi sem motivos que rapidamente suplantaram as tribos vizinhas imprimindo-lhes
sua adiantada cultura. E de onde teriam adquirido tal cultura e por qual razão a trariam
para a Mesopotâmia? A história oficial sabe muito pouco dos sumérios, que seriam um
ramo dravidiano da Ásia Central que por motivos desconhecidos se fixariam na região
dos rios Tigre e Eufrates na Caldéia.
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Dos Vedas, podemos destacar os “Aforismos de Patanjali”, do Livro II, atitudes,
que nos parecem assemelhar-se aos mandamentos bíblicos. Os cinco primeiros
mandamentos estabelecidos são:
1.Inofensividade 4.Continência
2.Verdade 5.Não avareza.
3.Não roubar
Esses mandamentos são regras básicas aos candidatos desejosos de levar vida
asceta e àqueles portadores de intensa devoção religiosa, não recolhidos ao
ascetismo. Cabem também ao povo, no entanto se flexibilizam diante da
impossibilidade da absoluta conciliação com os afazeres da vida material e familiar,
atenuando assim as observâncias em alguns aspectos.
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O Egito, ao longo das dinastias, pôde produzir sua própria nomenclatura
simbológica, riquíssima mitologia e três linguagens próprias de comunicação, a par de
desenvolver adiantada ciência para a época, que em alguns aspectos era cercada de
mistérios, como, por exemplo, as técnicas empregadas para as mumificações. E sob
essa pulsante sabedoria, Moisés se instruiria e viria se preparar para introduzir no
mundo semita o pensamento monoteísta. A isso se seguiria imediatamente um código
moral disciplinador, sócio-religioso, chamado de os Dez Mandamentos. O motivo
pareceria evidente, não sendo outro senão a mudança das conceituações politeístas já
extenuadas após milênios de práticas.
O texto bíblico discorre sobre seis dessas regras e, sem dúvidas, é um breve
discurso reconhecido como os dez ditos ou dez falas.
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CAPÍTULO VII
Essa disposição representou propriamente mais que um pacto entre partes, mas
uma imposição superior. Em termos espirituais, talvez pudéssemos definir a intenção
de IHVH como instrumento definitivo para obrigatória oblação e sacrifício judeu. Nesse
caso, não seria de fato uma aliança espontânea e nem os motivos reais de tal
aproximação e inferência divina seriam revelados. Eis um mistério!
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os fatos históricos catalogados ao longo do tempo, evocariam também com certa
freqüência elementos culturais e religiosos que sob muitos aspectos foram reveladores
de mútuas identidades entre os povos. Daí, podermos concluir e reafirmar que alguns
episódios transcritos nas páginas do Velho Testamento, recomendam-nos uma
olhadela aos hábitos religiosos dos egípcios.
É sempre bom relembrar que escravos não tinham tanta liberdade para cultos
religiosos, senão para aqueles permitidos por seus senhores. Essa oportuna
observação implica no entendimento de uma perda de identidade idiossincrática e uma
consciente ou inconsciente assimilação de outros valores dos povos dominadores.
Moisés surgiria então como o grande pilar, a ponte vertical entre o Deus de Israel e
seu povo a fim de fazer cumprir a promessa a Jacob em Betel. Notemos, no entanto,
que Deus falaria a Jacob sobre Canaã numa visão futura, não definindo na ocasião o
tempo ou data do acontecimento. As principais consecuções das promessas aos
hebreus tomariam vulto séculos depois, a partir do solo egípcio, continuando numa
vertente planejada para a consecução final, visto as novas alianças, todas elas,
ensejarem acontecimentos espírito-matéria. O Livro do Êxodo relata que a primeira e
substancial aliança de IHVH com os hebreus aconteceria justamente na libertação do
jugo egípcio, com todas as implicações entre Moisés e Ramsés II.
Por outro lado, podemos entender a proximidade cronológica dos cultos a Aton e a
IHVH como tentativas reais e verdadeiras de se estabelecer definitivamente o
monoteísmo.
Com IHVH se inauguraria um ciclo judaico que se afirmaria diferente dos eventos
liderados por Noé, Abraão, Isaque ou Jacob, cujas provas de fé haviam orientado
basicamente os seus respectivos clãs. Com aqueles antigos patriarcas o Deus único
não inspiraria a organização e consolidação de um credo. Mas com os israelitas do
êxodo IHVH imprimiria no seu animismo sucessivos registros sobrenaturais de efeitos
físicos tangíveis, com a intermediação de Moisés, de carne e osso como eles. As
impressões dos efeitos terrenos produziriam, ademais, na psique coletiva, figuras
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críveis e indeléveis para as gerações futuras. Entretanto, naqueles momentos eles se
tornavam testemunhas co-responsáveis por ter visto, conhecido e participado!
A épica viagem rumo à Canaã prometida faria uma pausa ao pé do Monte Sinai,
que Moisés subiria, como já vimos, e aonde se desenrolaria a dramática apresentação
dos dez mandamentos. A prova material das Tábuas dos Dez Mandamentos se
constituiria na inequívoca segunda grande aliança de IHVH com os hebreus. A
alocação dessas dez regras viria de fato requerer, a partir dali, a rígida postura moral
desejada por IHVH. Essa postura seria mais do que necessária para fundamentar os
pilares sobre os quais o monoteísmo pudesse firmemente edificar-se e avançar como
um culto desejável, possuidor de um código único e agregador. Esse código unificaria
todas as demais práticas forjadas por outras crenças politeístas em que cada deus,
bom ou vingativo, induzia a particulares e pessoais atitudes e cultos. A diferença básica
se iniciava agora na contextura pragmática dos dez mandamentos, sob a rígida
determinação de IHVH para obediência de todos. Os hebreus, no entanto,
necessitariam de mais elementos para materializar um culto monoteísta e fundamentar
sua fé religiosa.
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CAPÍTULO VIII
A ARCA DA ALIANÇA
O metal básico que fundiriam para cobrir o interior e o exterior da arca, fazer as
argolas para os varais, cobrir os varais e esculpir os querubins do propiciatório, seria o
ouro, como é descrito em Êxodo 25:10: “De ouro puro a cobrirás; por dentro e por
fora a cobrirás e farás sobre ela uma bordadeira de ouro ao redor. Fundirás para
ela quatro argolas de ouro e as porás nos quatro cantos da arca: duas argolas
num lado dela e duas argolas noutro lado. Farás também varais de madeira de
acácia e os cobrirás de ouro, meterás os varais nas argolas aos lados da arca,
para se levar por meio deles a arca. Os varais ficarão nas argolas da arca não se
tirarão dela. E porás na arca o testemunho que te darei.”
O que se estabeleceria entre o Deus IHVH e o povo israelita nestes episódios seria
a determinante imposição para a prática do credo judeu, começado com a subjacente
doutrina básica devocional, moral e social calcada nos dez mandamentos, e os
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decretos das primeiras leis igualmente morais e sociais por Ele mandados. Entretanto,
o advento da Arca da Aliança, suplementado por grande aparato material para fins
ritualísticos, configuraria, na verdade, um culto de pura magia!
Isto fica bem claro quando Deus determina o que queria para as ofertas. No
capítulo do Êxodo 25:1-9, temos: “Disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de
Israel que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso,
dele receberei a minha oferta. Esta é a oferta que dele receberei: ouro, prata e
bronze, e o estofo azul e púrpura e carmesim, e linho puro, e pelos de cabra, e
peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de animais marinhos, madeira de
acácia, azeite para a luz, especiarias para o óleo de unção, e para o incenso
aromático, pedras de ônix, e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o
peitoral. E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.
Segundo a tudo que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de
todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.”
Em Êxodo 27: 01-19 IHVH explicaria como construir o altar do holocausto com
madeira de acácia e a maneira de dispor outros objetos complementares, como chifres,
recipientes para recolher cinzas, pás, bacias, garfos e braseiros, e onde os chifres
seriam recobertos de bronze e quais objetos seriam feitos do próprio bronze, etc. Neste
capítulo, Deus ensinaria, também, a construir o átrio do tabernáculo voltado para o
meridional sul e muitas outras coisas relativas a isso. Nos versículos 20 e 21 falaria do
azeite para o candelabro.
57
arca teria permanecido em mãos hebraicas, as situações de guerra lhes seriam
favoráveis, conforme relato em Josué 6:2;11;16 sobre a destruição de Jericó: “Então
disse o Senhor a Josué:Olha, entreguei na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos
seus valentes. Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade,
cercando-a uma vez: assim fareis por seis dias. Sete sacerdotes levarão sete
trombetas de chifres de carneiros adiante da arca; no sétimo dia rodeareis a
cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas. Assim a arca do
Senhor rodeou a cidade contornando-a uma vez. Entraram no arraial e ali
pernoitaram. E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as
trombetas, disse Josué ao povo: Gritai; porque o Senhor vos entregou a cidade.”
Sob a proteção da Arca da Aliança, Moisés já teria vencido outros reis e tomado
suas terras para os israelitas. Josué, continuando a servir IHVH e sob o poder e
proteção da arca venceria trinta e um reis que reinavam do Jordão para o ocidente,
desde Baal-Gade, no vale do Líbano, até o monte Halaque, que sobe a Seir; a qual
terra Josué deu em possessão às tribos de Israel, segundo as suas divisões (Josué 12:
7-24).
58
grande pedra. No mesmo dia os homens de Bete-Semes ofereceram holocaustos
e imolaram sacrifícios ao Senhor. Feriu o Senhor os homens de Bete-Semes,
porque olharam para dentro da arca do Senhor, sim, feriu deles setenta homens;
então o povo chorou, porquanto o Senhor fizera tão grande morticínio entre eles.
Enviaram, pois, mensageiros aos habitantes de Quiriate-Jearim, dizendo: os
filisteus devolveram a arca do Senhor, descei, pois, vós e fazei-a subir para vós
outros.
Tempos depois, sendo já Davi rei de Judá, lutaria contra os filisteus, vencendo-os,
e levaria a arca para Jerusalém. A arca teria ajudado Davi vencer guerras e manter-se
rei até o último de seus dias.
59
Neste particular, há o interessante registro dos objetos encontrados na tumba do
faraó Tutankamon, morto aos 19 anos, sucessor de Akhenaton, o Rei Sol, como segue:
Em 1923, Howard Carter, ao escavar o Vale dos Reis, encontraria justamente a tumba
de Tutankamon, meio irmão do faraó deus-sol Akhenaton, com data presumível de
1322 a.C. Existiam na tumba muitos objetos semelhantes aos descritos no Pentateuco
de Moisés, que no deserto serviam para armar e organizar a tenda do templo. Havia
quatro caixotes, um dentro do outro, acobertados sob um pano de linho puro destacado
ao alto, lembrando o tabernáculo levantado pelos semitas. Um dos caixotes expunha
num dos lados externos a pintura de dois seres de asas plenamente abertas, como
anjos ou querubins. O caixote maior, forrado em ouro, estava guardado em cada face,
respectivamente, pelas deusas Isis, Selkit, Neith e Neftis.
Da mesma forma ressalta a barca solar ao carregar uma arca, de cujos cantos da
arca elevam-se quatro colunas terminadas numa cobertura sobre capitéis. O corpo da
barca, repousando sobre um baú, conforma-se, alarga-se e se estende a partir de duas
formas de cabeças de Íbis, lembrando carrancas, uma na proa e outra na popa. Ambas
as cabeças estão alinhadas na mesma direção, olhando para frente, além da proa. De
um lado e de outro da arca, viajando no meio da barca, há dois passageiros
semelhantes a anjos. Um deles, sentado, parece conduzir a barca, estando com as
costas levemente encostadas na arca, enquanto, o outro, em pé, no outro lado, parece
apoiar a arca. Todas as representações são de alabastro. A arca, a barca e o baú se
apresentam decorados nas faces externas por franjas em ouro, bem como há ouro
chapeando os detalhes que desenham as pétalas de lótus, fechadas nos copos sobre e
ao longo das colunas, e mais acima nos seus braceletes sob os capitéis.
60
Outra arca idealizada pelos egípcios acha-se encimada por um touro, uma
serpente alada e Maat, a deusa da verdade. Esses símbolos, por demais evidentes,
indicam as forças terrenas em constantes transmutações na alma humana sob as
energias superiores dos deuses.
61
presídios, as pessoas perdidas em florestas ou noutros lugares, o desaparecimento de
crianças, adultos, etc. Em contrapartida, acabariam praticamente as instalações de
bancos e empresas financeiras, ocorrendo o desemprego de milhões bem como - o
pior de tudo - terminaria a privacidade da população mundial.
Isso viria coroar seus mais recentes e milenares esforços, desenvolvidos através
das vias repulsivas palmilhadas por desgraçados seres humanos mergulhados nos
lodaçais do fanatismo, ódio, vícios, prostituições, guerras e crimes de toda a sorte. Os
infelizes irmãos derrotados, e muitos outros milhões enredados em seus
egocentrismos, na soberba, materialismos e em vícios incuráveis, portadores de genes
reptiliano herdados de seus próprios ascendentes, externando padrões vibratórios de
diversas freqüências, reuniriam agora necessárias condições de melhor beneficiar aos
mestres das trevas a uma “colagem” para a edificação de pontes condutoras a uma
dimensão astral mais elevada.
62
sistema solar, viriam aportar na Terra muito embora proporcionassem impulsos
evolutivos utilitários, científicos e tecnológicos. Alguns seriam amistosos, outros não.
Na verdade, aos não céticos nada disso importa – e contam bilhões - pois a vida
segue como sempre seguiu seus próprios rumos jamais precisando bater às portas do
ceticismo a fim de poder se manifestar.
Essa informação evidentemente não é completa, mas revela por parte dos
observadores a preocupação em busca de respostas das próprias ciências acerca das
origens da vida no universo. Hoje as explicações antigas e veladas não satisfazem e a
falta de respostas mais objetivas e sensatas vêm trazendo muitos incômodos,
principalmente mediante tantos acontecimentos anotados na Terra, e nas
especulações sobre as viagens da NASA em nosso sistema solar.
63
Já o astrofísico Ralph Pudritz da McMaster University de Hamilton, Ontário,
Canadá, dá uma largada mais distante ao afirmar que pelo padrão encontrado na
formação de aminoácidos em meteoritos, de fontes hidrotermais profundas, se pode
concluir que seres alienígenas poderiam ter compartilhado na Terra de uma base
genética comum. Pelas leis básicas da termodinâmica o padrão é também aplicável a
todo o universo conhecido. Baseado na existência de dez aminoácidos comuns
encontrados em meteoritos antigos, Pudritz concluiu que eles poderiam gerar e replicar
rapidamente.
Por outro lado, o professor Sam Chang vai mais longe ainda. Ao estudar as
sequências do DNA defende que as sequências não codificadas responsáveis por 97%
do DNA humano são códigos genéticos de vidas alienígenas. Como se sabe, elas são
comuns em todos os organismos vivos que conhecemos. O chefe do grupo do Projeto
Genoma Humano fez ainda a revelação assustadora de que as cadeias alienígenas
vigorando no DNA humano com suas próprias veias e artérias, possuem um sistema
próprio imunológico que resiste a qualquer tipo de droga anti-cancerígena até hoje
experimentado. Acredita o professor Chang, pelas constatações da ciência genética,
que a evolução humana não aconteceu da maneira como geralmente se pensa.
Bem, essas são informações mínimas de como especialistas de alto gabarito estão
trabalhando em vários países sobre projetos especiais, naquilo que antes era
considerado fantasia pelos céticos não especializados. E pouco importam as
divergências. Pois as próprias ciências vêm seguidamente quebrando seus dogmas,
deixando para trás as figuras ultrapassadas e descrentes que por muito tempo
atravancaram o fluxo inovador de idéias e conceitos de outra realidade universal mais
ousada. Esses avanços, com toda a certeza, virão entrar nos campos das suposições
darwinistas e formarão concepções mais plausíveis e menos infantis do que a da
simples origem humana a partir dos macacos, ou de um ancestral comum de restos
fossilizados jamais encontrados. E colocarão em cheque a Genesis bíblica, as lendas
que sobreviveram através dos tempos, de diversos povos, e as afirmações das escolas
herméticas do ocultismo e esoterismo em geral. Isso será muito proveitoso e com
certeza tocará profundamente naqueles pontos polêmicos jogados debaixo do tapete,
ou permeados pela irracional negativa de ortodoxos de vários segmentos da cultura de
nossas sociedades.
64
milenares, principalmente orientais, a história oficial vem nos repassar como lendas e
crenças primitivas totalmente anímicas, sem quaisquer respaldos da realidade.
Modernos e livres pesquisadores, destarte, entendem essas referências de muitas
outras maneiras e redescobrem nos achados arqueológicos o quanto os teóricos e
ortodoxos da cultura terrestre nos têm privado.
Isso sem abordarmos os Vimanas, que eram naves voadoras dos deuses,
extensivamente referidas nos livros dos Vedas de muitos milênios, especialmente no
Mahabharata.
O que mais se poderia concluir sobre tantas provas, senão que nosso planeta não
é palco unicamente de povos que nele habitam e nossas ciências não são tão
soberanas quanto alguns homens que a manipulam pretendem fazer crer? E nem tão
avançadas que se pudessem comparar com as de extraterrestres que nos visitam há
milênios, vindos desta mesma galáxia e de fora dela. Ou admitir isso seria cravar um
punhal no próprio peito?
65
PARTE II
ESOTERISMO E CRIAÇÃO
66
CAPÍTULO IX
PROCESSO EVOLUCIONISTA
Já o esotérico vive num mundo muitas vezes aparte das assertivas históricas e
visão literal-retilínea de muitos religiosos. As bases do pensamento esotérico emergem
tanto de fontes materiais palpáveis, como associadas às revelações de outro naipe. As
escolas tradicionais dos ensinamentos ocultos com suas obras escritas ao alcance dos
67
muitos estudantes, auxiliam-nos a edificar um pensamento sobre bases diferentes do
oficializado pelas instituições do mundo contemporâneo. Há no esoterismo outra
realidade não mencionada nos anais da história e ciências oficiais sobre o nascimento
do universo, a construção do sistema solar, o surgimento do planeta Terra, e a criação
da humanidade e sua endógene. A sabedoria esotérica vem sendo mantida há milhões
de anos em livros de especiais feituras, isentos dos efeitos do tempo e intempéries, em
pergaminhos, na tradição oral ou em registros acima do espaço físico material. O
estudante das ciências ocultas pode ter acesso gradativo a estas fontes segundo seu
avanço mental e espiritual.
Ao contrário das religiões o esoterismo não é para todos. A prova está no cuidado
e resguardo de suas revelações. Há ainda muitos níveis mentais e espirituais a serem
atingidos pela humanidade, motivo pelo qual muitas revelações se encontram
preservadas pelos mestres do esoterismo. Há luzes superiores não alcançadas pelas
ciências materiais que somente abrem-se ao esotérico. Não é condição sine qua non
possuir diplomação universitária ou grande aptidão intelectual para se tornar esotérico.
As qualificações acadêmicas somente valerão ao estudante se houver íntima e
verdadeira espiritualidade. E nem sempre um praticante de magia ou um teórico em
assuntos do esoterismo é na verdadeira acepção e significado do termo, um iniciado,
mesmo pertencendo aos altos graus das escolas tradicionais. Para tanto, o estudante
necessita antes de tudo tornar-se espiritualista. A espiritualização da personalidade é
essencial para o desenvolvimento de faculdades superiores conscientemente dirigidas.
68
seus dogmas a idéia de que unicamente as práticas religiosas conduzirão à salvação.
Não há paraíso e nem inferno fora de nós mesmos. Criamos em nosso íntimo o próprio
destino. As dimensões onde almas de semelhantes inclinações se encontram após a
morte dos corpos físicos, representam prolongamentos de suas consciências no
espaço-tempo.
69
de um só momento sobre a esteira de revelações mensuradas para efeitos definidos.
Há religiões que nasceram de crenças e práticas primitivas. Não foram e nem são
religiões organizadas para uma finalidade produtiva dentro de um organograma
mundial. Por isso, muitas não sobreviveram e outras se tornaram arremedos de
culturas em vias de extinção, e cujos resquícios de memória teriam permanecido no
atavismo de grupamentos étnicos. As primitivas religiões de adoração ao Sol, à Lua, ao
vento, fogo, água, terra, céu, estrelas e aos fenômenos gerais da natureza, estão
nesse enquadramento de uma minoria, veiculadas a raízes mais profundas e distantes.
70
trabalhando conscientemente essa idéia, acaba-se por despertar a intuição plena
destacada do instinto intelectual, e a visão mental de outras dimensões.
71
CAPÍTULO X
72
apropriações do oculto através de estudos e práticas iniciáticas, e em certo grau
de conseqüentes relações com o mundo objetivo.
73
Este tríplice sistema solar pode ser descrito em termos de três aspectos ou
de três Pessoas (como a teologia cristã costuma estabelecer)”.
Desse modo, tudo o que Buda possa ter passado oralmente aos seus iniciados
hoje se transformou em doutrina. Se os budistas pregam a existência de vários deuses
solares ou forças criadoras, nisto fica subentendido, na atual nomenclatura, as
hierarquias criadoras. E é desta maneira que o moderno esoterismo se refere aos
74
antigos deuses, pois o trabalho construtor de nosso sistema solar e sua manutenção
são de responsabilidades de hierarquias.
Outros universos existem - ao que sabemos pelo menos sete grandes universos
contendo inúmeros universos menores - e além dos sete universos, há novos em
formação. Outros deuses criadores também existem com idênticas atribuições as de
Brahmâ.
E por que deveria um novo sistema solar vir à existência neste nosso universo (ou
super universo) em que nossa galáxia é tão somente uma em milhões? Quanto a isto
estamos longe de saber, mas o fato de certa maneira nos desperta também reflexões
acerca de ulteriores evoluções de deuses e hierarquias a cada avanço dos universos,
que, nas suas construções, condensam estados dimensionais ainda superiores as
dimensões de nosso sistema solar.
Costuma-se dizer que a criação não teve começo nem terá fim. Bem, digamos que
essa frase resuma nossa incapacidade de entender o universo. Mas o sistema solar foi
uma necessidade em meio às miríades de tantas outras criações, vindo à existência
objetiva numa determinada faixa vibratória do tempo, numa porção espaço-matéria.
75
dos sete grandes universos, contendo muitas nebulosas com bilhões de galáxias e
sistemas solares (imaginamos), chamaremos de super-universo; à nossa galáxia,
com seus sistemas solares, onde o nosso se acha incluído, chamaremos simplesmente
de universo. E o grande círculo de existência aonde vivemos, nos movemos e temos
nosso ser, chamaremos eventualmente de universo de nosso sistema solar.
A origem dessa matéria é somente suspeitada pelos ocultistas, pois se admite que
ela se tenha originado do véu de Brahman que interpenetra o super-universo. Num
determinado momento de Sua existência, Brahman modificaria a contextura de Sua
matéria em tais e imensuráveis proporções que ela pudesse ser utilizada na construção
de novos universos e sistemas solares. Algo inimaginável tanto em volume quanto na
Ideação.
76
1. O Logos aparece como um ponto irradiando a esfera da matéria (de novo o
círculo com o ponto no centro).
3. O ponto com a linha que gira com o mesmo, vibrando em ângulo reto com a
anterior vibração, formando a cruz primordial dentro do círculo (a cruz perfeita).
Nesta nova proposta é necessário ao estudante procurar entender que aquilo que
particularmente vê nas modificações das formas físicas e na continuidade dessas
modificações, consequentemente nas transformações gerais dos reinos mineral,
vegetal, animal e humano, são efeitos e não causas. Se assim for perseverante nas
observações, e tendo usado de seguidas reflexões, logo perceberá claramente o
mecanismo gerador dos efeitos inerente às formas e forças globais da natureza.
77
As interpretações de situações cármicas entre alguns esotéricos não escapam ao
engano ao analisar, principalmente, o particular excluído do todo que é a Vida na sua
totalidade. Efeitos cármicos são comumente associados às faltas cometidas contra as
leis da natureza, gerando com isso, exclusivamente, relações punitivas. A aplicação
dos princípios dessa lei é, no entanto, muito mais abarcante, pois começa nos
primórdios da criação do próprio sistema solar. Há na imanente e transcendente Vida o
indissociado impulso volitivo divino da evolução, manifestado através de todos os
fatores condicionantes às miríades de vidas menores. Isso vale tanto para um
microscópico verme, um elefante, uma floresta, uma rocha, ou para multidões de seres
humanos que se acotovelam nas ruas de grandes metrópoles. Enfim, todas as vidas
menores encontradas no planeta são também formas em evolução emanadas de uma
só Vida (a Criação como princípio infinito), quer sejam essas vidas estruturas
moleculares simples quer organismos complexos. Nessa idéia, podemos inicialmente
afirmar que a totalidade da matéria diferenciada em pequenas vidas manifestadas
no sistema solar, está condicionada a exercer o processo evolutivo até um
estágio futuro que foge de nossas atuais conjeturas, sem que a lei da evolução
processe modificações na imanente consciência do próprio Logos. Pois é a
consciência do Logos que impulsiona as múltiplas vidas e formas materiais do seu
próprio corpo solar a adquirir experiências e não o oposto. Isso também nos habilita
dizer que o Logos ou Deus Solar transcende a tudo, e nada existe que não esteja em
Sua consciência. Como tal, o Grande Plano da Criação na Mente do Logos está
perfeitamente alinhado e pré-determinado a desenvolver toda a sua potencialidade em
etapas de um longuíssimo futuro, conforme idealizado desde a sua concepção numa
dimensão fora do espaço-tempo.
78
CAPÍTULO XI
Necessitamos entender que o Logos, ao fazer existir o sistema solar, imprimiu nos
átomos de sua matéria a idéia intrínseca da evolução. Espírito e matéria na sua pureza
original, antes da manifestação do Logos Solar, não estavam separados. A separação
aconteceu quando o Logos imanifesto proveu condições embrionárias a que espírito e
matéria viessem agir e obrar no universo objetivo como vida e forma. Na realidade,
espírito e matéria ficaram separados tão somente em aparência por invisível véu que,
não obstante, é suficiente para provocar tantas oposições nas relações das polaridades
positivo (espírito) x negativo (matéria).
79
mutáveis da manifestação objetiva, de cujas experiências em futuro remotíssimo,
espírito x matéria, de volta ao seu estado uno primordial, se beneficiarão. E aqui reside
a grande sabedoria de Deus ou Logos ao engendrar tão maravilhoso plano evolutivo,
onde as aparências das formas são o reflexo sólido das existências sutis acima deste
mundo. Diríamos, em complemento, que vida x forma agem e atuam nos processos
transformativos da natureza mergulhadas num campo de forças antagônicas,
segundo inflexíveis leis, mas analogamente se revelam como a outra face virtual
de espírito x matéria.
Antes que o Logos tornasse o sistema solar manifestado Ele o possuía numa
ideação. A ideação, num estado de não-ser, continha as matrizes de todas as formas
objetivas. Havia no pensamento do Logos, para uma existência cósmica no já existente
super-universo, prover formas a cinco estados básicos da matéria correlatos a cinco
mundos ou dimensões intra-dependentes.
Para termos uma breve e imperfeita idéia do que seria a formação desses mundos
de nosso sistema solar, podemos nos situar como que engolfados em meio a uma área
de um oceano onde possamos pisar, e onde cinco sucessivas ondas se levantariam e
desceriam sobre nós, umas após outras. A onda mais alta, que atingiria nossa cabeça,
seria o mundo mais sutil enquanto aquela que por último se movimentaria
pesadamente abaixo de nossos joelhos seria o mundo concreto. O oceano
corresponderia à totalidade cósmica da matéria-raiz, pregenética. Evidente que na
formação dos mundos outros elementos, leis cósmicas, forças e energias interagiram.
A matéria-raiz foi trabalhada no sentido de preencher as matrizes pré-existentes dos
cinco mundos, uma vez que os mundos Adi e Anupadaka já existiam de acordo com o
modelo cósmico dos demais universos. Os átomos das ondas do oceano são de
mesma ordem e estrutura, mas nos mundos do universo os átomos são modificados
pelo Logos para caracterizar especialmente composições de matéria para cada um dos
sete mundos, pois houve a necessidade de formar composições diferentes.
80
Para a gestação de um super-universo, uma galáxia ou um sistema solar, nas
medidas e proporções de suas manifestações objetivas, o Criador lança mão de certa
quantidade de matéria correlata às necessidades. Essa matéria pregenética preenche
às matrizes pré-existentes antes da manifestação, ao passo que espírito-matéria,
separados entre si, vêm existir em seguida ao universo manifestado.
81
animais adiantados e domésticos, próximos da individualização no reino humano,
reagem como se forma e conteúdo fossem uma só expressão.
82
consegue explicar como todas as vidas de todos os reinos anseiam igual e
ardentemente por viver.
83
comer carne - num certo estado de desenvolvimento humano - não é nenhum
delito”. ·.
(1) (2) Desejo vital etérico e corpo etérico estão relacionados à dimensão física etérica planetária
formada, principalmente, por quatro éteres. O mundo físico denso, na sua totalidade, é a
contraparte do mundo etérico. A constituição sétupla do homem incluiu nesta sua contextura um
veículo etérico correspondente. Todas as formas de vidas planetárias têm também esta
contraparte etérica.
Esses poucos fatos vêm também revelar que tanto o gênero humano,
representado como o quarto reino planetário, quanto às vidas dos demais reinos, se
integram num andamento co-existente e passam por mutações secundárias.
Entretanto, não é ainda chegado o momento em que as ciências virão entender o
aspecto subjetivo dos reinos e das espécies e a própria lei da evolução num contexto
planetário. Isto jamais acontecerá enquanto as ciências se revelarem auto-suficientes e
sem a aceitação de Deus como Entidade global de existência una. Para tanto, seria
necessário o conhecimento das leis criadoras subjetivas, sustenedoras e
transformadoras das formas existenciais; uma visão mais humilde e respeitosa da
criação e a conscientização de um Plano Evolutivo elaborado fora do espaço-tempo,
que vem sendo cumprido apesar de todos os percalços e desentendimentos humanos.
84
astros e mundos, sob o manto do pensamento criador, como vem condicionar
nessas matrizes e mundos os mesmos impulsos de ação e movimento que
arrastam e impulsionam instintivamente as vidas pluralizadas dos reinos a viver
e experimentar.
A multiplicidade das vidas dos reinos, ao agir quantitativamente através das formas
elementais dos representantes de cada espécie (formações essenciais atômicas
condensadas do mundo etérico, combinadas com formações essências dos elementos
condensadas do mundo astral, chamadas almas-elementais), dando formas subjetivas,
por exemplo, a um elefante, uma onça, um gato, etc., vêm externar-se para colher
experiências físicas através dos modelos materiais e exarar qualidades no plano geral
evolucionário, estabelecendo, num certo espaço de tempo, os avanços energéticos
qualitativos dos reinos. Isto não é possível aferir por instrumentos ou observação
comum, pois esses índices ou saltos de qualidade se revelam nas dimensões
superiores não visíveis aos olhares de câmeras das ciências terrenas.
Temos então que cada espécie dos reinos vegetal, animal e grupamentos minerais
interage nos níveis superiores de seus respectivos reinos através de almas-grupos, e
essas almas-grupos somadas na amplitude mundial de um respectivo reino
representam a energia-alma do reino. Nessa seqüência, os resultados de todos os
reinos somados virão cambiar na alma planetária, seus aspectos globais de qualidade.
85
O reino humano embora não se desenvolva nem processe sua evolução nos
mesmos padrões dos reinos anteriores, também está inserido e dinamizado à presença
de anima mundi.
86
são sete e cada um deles apresenta uma qualidade de matéria superior em
relação ao mundo anterior. Há hierarquias viventes e operantes nos
diferentes mundos, chamados pelo esotérico “mundos internos”.
87
4. Esses acontecimentos externos, afetando o mundo físico concreto,
simultâneos aos internos afetando os mundos superiores, também
coincidem e se incluem a um final de ciclo evolutivo chamado era de peixes,
cujo último ciclo menor começado há 2000 anos estará se encerrando
definitivamente nos já próximos e correntes 160 anos. O ciclo inteiro de
peixes dura exatamente 25.920 anos, que divididos por doze registram
períodos iguais de 2160 anos. Isso implica de o novo grande ciclo da era de
aquário já ter chegado com suas poderosas radiações, enquanto o de peixes
sai lentamente de cena. Esse também é um dos motivos de grandes
tribulações no mundo, pois os choques de energias provocam reações as
mais diversas na população terrestre: umas boas outras violentas ou
incongruentes.
88
O primeiro Logos é também incorpóreo, é o Brahmâ masculino criador que
se desdobrou em dois outros aspectos objetivos, dos quais o sistema solar
veio à existência com a multiplicidade de vidas e formas. O terceiro aspecto
do Logos utilizou a matéria pregenética na quantidade e proporção que
necessitava e a trabalhou despertando nela os três gunas ou atributos inatos:
tamas (inércia), rajas (movimento) e satva (ritmo), com isso a diferenciou de
seu estado de caos ou estado improdutivo não manifestado.
Mas neste particular, podemos também inferir que nem sempre acontece
a intradependência energia-vida com as formas concretas dos reinos. Há
exceções. Em certos representantes das espécies vegetais e animais, por
exemplo, cujo processo evolucionário ocorre através do binômio vidas x
formas que vimos descrevendo, registra-se a não presença desta relação.
As formas permanecem aparte da integração com as unidades de vidas ou
consciências chamadas ora espíritos ora mônadas, e o contexto geral nos
reinos em relação a esses representantes anômalos se integra tão somente
na mera existência das formas.
O homem ao existir na Terra como criatura, esteve por certo tempo sob a
tutela da perfeição. Muitos ciclos se passaram nos quais ele transitou da
obediência inconsciente às realizações conscientes e pessoais. Nem todas
as raças nascidas na Terra estiveram na completa observância aos princípios
evolucionários. As raças gloriosas desaparecidas foram também obrigadas a
realizar guerras e conquistas, a dominar e submeter povos aos seus poderes
e vontades. Mas o processo decadente sempre aconteceu obrigando-as, de
até então dominadoras, a submeter-se, por sua vez, às novas e mais fortes.
Quando, porém, forças estranhas alienígenas ao processo evolucionário
89
ancoraram definitivamente na Terra, povos a elas se misturaram e grupos
humanos se afastaram das relações tutelares do Criador, passando a
conviver permanentemente nas fronteiras entre o bem e o mal.
90
CAPÍTULO XII
91
Está claro que a tecnologia avançada de nosso século se deve aos experimentos
de homens inteligentes dedicados às ciências. Não fossem eles, o mundo hoje não
desfrutaria do conforto e utilitarismo que somente a apurada tecnologia pode
proporcionar. Mas há o reverso: se homens das ciências não fossem também
ambiciosos e o mundo empresarial não vivesse à busca do lucro fabuloso, grandes
males da humanidade deixariam de existir. Governos, da mesma maneira, tiveram e
têm suas responsabilidades ao transformar as ciências e a tecnologia em instrumentos
do mal.
A idade da Terra para o esotérico vai muito além do que supõem as ciências. Os
cientistas materialistas entendem a Terra como uma massa rígida surgida há 4.5
bilhões de anos, que um dia, dizem alguns, poderá desaparecer em decorrência de
muitas causas. Há hipóteses de que a Terra sofrerá um impacto monumental de um
gigantesco cometa ou de outro corpo celeste errante: será destruída e a população
humana inteira perecerá. Outros afirmam que quando o núcleo da Terra esfriar sua
superfície estará coberta de gelo, tornando-se inabitável. Afirmam também que dentro
de poucos milhões de anos o sol extinguirá o seu estupendo calor e todo o sistema
solar virá desaparecer.
O esotérico também sustenta que a o planeta Terra um dia desaparecerá, mas não
da maneira sugerida e descrita pelos cientistas ateus. E nem o seu surgimento
aconteceria exatamente como é relatado na teoria materialista da criação espontânea.
O esotérico sabe que a Terra é um corpo celeste criado pela Mente do Logos para um
objetivo adrede, previsto para acolher vidas dentro de um esquema inteligente e com
propósitos divinos. Há ainda objetivos maiores e mais profundos a se descobrir da real
existência de nosso planeta, e que somente são revelados em pequenas partes a
poucos iniciados de graus muito superiores. É sabido, também, nos meios esotéricos,
que a Terra vem desempenhando seu papel no cenário objetivo por duas vezes; sairá
de cena e tornará a reaparecer concretamente uma terceira e última vez.
Nessa freqüência, a Terra possui trilhões de anos terrenos, tendo sua natureza já
se transformado completamente por duas vezes. Diríamos que o planeta se encontra
neste momento na sua segunda encarnação física concreta. E neste último surgimento
atingiu o nadir da materialidade depois de decorridos 6 a 7 bilhões de anos em nosso
calendário finito.
As ciências, por décadas, vêm pulando de uma teoria para outra, tentando se
convencer de que a explicação materialista seja a única a satisfazer as necessidades
de o homem entender suas origens.
92
diante de novos desafios face à libertação da França de um regime feudal imposto ao
terceiro estado, terminando com os insultantes privilégios do clero e da nobreza, muito
embora as lutas de classes continuassem. A Independência da América do Norte e seu
modelo democrático, que de certa maneira inspirara a revolução francesa, ajudaram
também a reforçar na Europa a idéia de uma nova organização político-social, e a
urgente necessidade da constituição de estados laicos.
93
terrenas. Mesmo por que já explanamos sobre o tema na primeira parte desta obra.
Sabemos dos planos das hierarquias solares sobre a passagem e evolução na Terra
de sete grandes raças mundiais, cada uma contendo sete linhagens, chamadas sub-
raças, com respectivos ramos e sub-ramos. A ciência esotérica afirma estarmos a mais
da metade da passagem da quinta raça raiz, denominada ariana. Há um pro médio de
evolução dos integrantes desta raça, em aproximadamente 1.5 milhões de anos,
faltando ainda duas outras sub-raças a fim de que se completem as sete no processo
evolutivo ariano.
94
O que detemos não oficialmente de melhor, não reconhecido pelos ministérios
governamentais, são provas obtidas por pesquisadores independentes que exerceram
seus trabalhos às suas próprias expensas e conseguiram, muitas vezes sob ameaças,
divulgar escondidos e camuflados, dados interessantes associados às teorias mais
lógicas e sensíveis.
A Bíblia, nos seus capítulos finais do Apocalipse, cuja tradução mais aproximada
seria “revelações”, mostra pontos bastante claros quanto aos simbolismos ali
empregados, comuns nos relatos alegóricos de povos mais antigos. Os simbolismos,
por séculos, foram sempre entendidos como representações de verdades ocultadas,
cujas decifrações somente poderiam acontecer mediante revelações das chaves ou
acurada intuição. De modo geral, significavam segredos de forças e energias presentes
na natureza, as quais somente homens com conhecimento seguro poderiam acordá-las
e manipulá-las e assim tornarem-se poderosos. A incorporação de forças e energias
seria autorizada a quem se tivesse preparado para conseguir suportá-las. Os
simbolismos e alegorias esotéricos buscavam exatamente registrar as situações em
que os candidatos a esse caminho teriam de se trabalhar física e mentalmente para
alcançar esses poderes, ou mesmo lutar para essa finalidade. E os poderes, a quem
fossem outorgados, seriam sempre dirigidos para as vias da evolução humana.
As lutas entre os poderes das sombras que buscavam iludir e atrelar os candidatos
a promessas materiais de riquezas e luxúrias, e as forças da luz que indicavam o
95
caminho da libertação das tentaculares forças aprisionantes do mundo, formavam e
ainda formam o cerne das alegorias e simbolismos. E por séculos e milênios,
fraternidades se organizaram na Terra reunificando forças para formar homens
capazes de avançar adiante do conhecimento da humanidade. Foram eles que na
decorrência das idades nos legaram novos conhecimentos e revelações obtidos por
seus próprios méritos e concentrados esforços.
De que serviria agora apurar os verdadeiros fatos que compuseram pelo menos
uma parte da real história universal, poderia alguém perguntar, se nada mais pode ser
mudado? E responderíamos: historicamente achamos necessário colocar em seus
devidos lugares os fatos que marcaram a escalada dos povos e suas verdadeiras
sagas. Há que se mostrar o caráter humano, o pensamento sórdido, e, em
contrapartida, as verdadeiras aspirações de quem desejou um mundo mais justo, lutou
por isso e foi sacrificado. Muitas nações pousaram de exemplos de sociedades
96
aculturadas e celeiros de grandes pensadores, mas hipocritamente, ao mesmo tempo
em que assim se auto-proclamavam, praticavam pilhagens, provocavam guerras
ambiciosas, e tomavam cidades e terras de outros povos. Esses exemplos só vêm
demonstrar a inexistência de povos e governantes tão honrados como suas boas
histórias pretendem demonstrar ao mundo moderno. Sempre cometeram crimes
bárbaros contra seus irmãos de terras estrangeiras que não podem ser apagados, mas
cujos danos imputados vêm sendo resgatados nas penas da lei cármica regente dos
coletivos e indivíduos isolados. Bem, assim pensam e proclamam os das correntes
esotéricas e do espiritismo.
97
fato, da verticalização do eixo terrestre, já é conhecido pela astronomia mundial, mas
estranhamente não divulgado pelos astrônomos como deveria, que preferem ocultar
essa verdade aos povos. Há inequívocos sinais e cálculos de que o eixo da Terra
move-se em direção de sua verticalização, e o fato vem provocando inúmeros abalos
sísmicos nos continentes. A expectativa é que novas catástrofes continuarão a
acontecer, algumas de proporções maiores do que as já vistas. É impossível que o
planeta Hercólobus conhecido e citado pelos sumérios que estaria em rota de
aproximação da Terra, não pudesse ainda ser percebido pelas naves espaciais
americanas e russas e pelo telescópio Hubble, ou no mínimo suspeitado pelos vários
processos detectores. No entanto, as duas potências mundiais compactuam-se num
total silêncio quanto ao fato.
98
“Com a elevação gradativa do eixo terráqueo, os atuais pólos deverão ficar
completamente libertos dos gelos e até o ano 2000, aquelas regiões estarão
recebendo satisfatoriamente o calor solar. O degelo já principiou; vós é que não
o tendes notado. Se prestardes atenção a certos acontecimentos comprovados
pela vossa ciência, vereis que ela já assinala o fato de os pólos se estarem
degelando.
Em breve, colossais “icebergs” serão encontrados cada vez mais distantes de
suas zonas limítrofes, os animais das regiões polares, pressentindo o
aquecimento procurarão zonas mais afins aos seus tipos polares, enquanto
peixes, crustáceos, aves e outros animais acostumados aos ambientes tropicais
farão o seu deslocamento em direção aos atuais pólos, guiados pelo “faro”
oculto de que eles serão futuras zonas temperadas.”
O fato dentro da cronologia terrestre, não aconteceu exatamente como previsto por
Ramatís, visto o ano 2000 ter passado, e o degelo, embora em proporções que vem
seguidamente contrariando às previsões de um tempo mais duradouro de nossos
cientistas, estar em processo assustadoramente ágil. No entanto, Ramatís pôde
antever acontecimentos que se confirmaram e continuam a confirmar-se.
99
dimensões, ou seja, estar alcançando um novo status evolutivo em sua caminhada
rumo à libertação do ciclo terrestre. Dessa maneira, as vibrações astrais e mentais que
permeiam o planeta, alcançando nossos corpos e cérebros, dão-nos desde logo outra
percepção do fenômeno tempo, fazendo com que um dia de 24 horas se desenrole
como se fosse de 16 ou 18 horas.
Até que isso se consolide e nosso sistema solar venha se estabilizar nas novas
condições sistêmicas astrológicas, os fenômenos açuladores que vergastam a natureza
continuarão a se desfechar, pois além de o planeta visitante imprimir seu magnetismo
na verticalização do eixo da Terra, os choques de nosso sistema solar com o campo de
forças do Cinturão provocarão desde o início outros fenômenos aterradores no mundo.
O fato também coincide com a predição da grande colheita da humanidade, referida na
Bíblia, em que os direitistas de Cristo serão recompensados por sua lealdade e obras,
ao passo que os esquerdistas, representando 2/3 da população global, se verão
lançados ao inferno, mas segundo Ramatís, expurgados para o planeta higienizador.
100
CAPÍTULO XIII
MUNDOS
101
Matéria e antimatéria já eram bem conhecidas dos antigos iniciados, que as
visualizavam em dois campos de energias afins e contrárias. Encontramos várias
referências do conhecimento subjetivo do átomo pelos antigos, como sendo uma
partícula vibratória da energia concentrada em toda a natureza. Não devemos nunca
nos esquecer que muitas gerações de iniciados do passado, ao desenvolver a vidência
espiritual, puderam perceber os átomos constitutivos de todas as formas de vida. As
posturas objetivas e práticas que o Tao tibetano utilizava e utiliza no despertar e
circular de certas correntes de energia nos corpos sutis dos iniciados, trazem implícito
o conhecimento da aparente dualidade energia-matéria. Tanto as órbitas dos elétrons
em torno dos núcleos de seus átomos como as energias circulantes pelo interior dos
corpos energéticos do homem, descrevem idênticos trajetos. O próprio símbolo do Tao,
ao externar uma figura composta de dois semicírculos em oposição, um preto e outro
branco, dá-nos a idéia do negativo e positivo, que poderíamos transpor para a analogia
matéria/antimatéria.
O éter cósmico representa uma face ou véu universal na organização dos padrões
vibratórios de nosso sistema solar. O mundo das formas densas e concretas que
conhecemos, conjuntamente ao mundo etérico planetário, são ambos as
representações da totalidade energia-matéria do mundo físico que se completam entre
si. A base na formação do mundo etérico é justamente o éter cósmico, que ao permear
o globo Terra, expande-se e se contrai, organizando-se em quatro distintas variações.
O éter cósmico passa então a ser identificado como éter físico, e suas quatro variações
distinguem-se por qualidades inatas que conformam e participam das funções vitais de
todos os seres físicos inanimados ou superiores, na gama total dos quatro reinos da
natureza.
102
está delimitado por sete grandes mundos e estes mundos, segundo eles, têm as
seguintes denominações:
103
frutificar, como em seu estado anterior ainda “in natura”, improdutiva e não
diferenciada.
Temos então que o terceiro aspecto do Logos estabeleceu as matrizes dos cinco
mundos abaixo de Anupadaka, preenchendo-os com a matéria pregenética
diferenciada. Diz A.E. Powell:
A tradição esotérica nos dá conta de que o sistema solar se teria formado em sete
grandes períodos. Os mundos Adi e Anupadaka seriam os dois primeiros grandes
períodos da história do sistema solar e os cinco mundos de que estamos agora
tratando completariam o setenário trabalhado por Deus. Este tempo na Bíblia é
estabelecido em sendo sete dias. Evidentemente esta cifra é um elemento simbólico,
mas aceito literalmente pelos seguidores do velho e novo testamentos.
104
afirmação de que encarna do Espírito Santo e da Virgem Maria, que é o
verdadeiro significado deste importante parágrafo do credo cristão”.
É importante ressaltar que Manas Superior é formado pela matéria mental que se
articula pelo pensamento abstrato, enquanto que o Manas Inferior se articula pelo
pensamento concreto.
Ao atuar no mundo Kama, conhecido também por Mundo Astral, o Segundo Logos
dará formação ao terceiro Reino Elemental. Entrando no Mundo Sthula, ou mundo
Físico, o Logos virá trabalhar a energia-forma do mundo etérico. Nessa relação,
podemos considerar que as cinco fases da Segunda Emanação do Logos se
desdobraram em seis para dar formação a sete na matéria dos mundos. Ou seja, duas
ações Atma-Budhi, duas ações Manas-Superior/Manas-Inferior, para constituir os dois
primeiros Reinos Elementais, uma ação em Kama dando formação ao terceiro Reino
Elemental e uma ação no Mundo Etérico para o quarto Reino Elemental.
105
Terceiro Logos. Daí, também, a outra analogia dos sete dias da criação em que Deus
trabalharia seis dias e descansaria no sétimo.
106
CAPÍTULO XIV
CADEIAS PLANETÁRIAS
Os mundos criados pelo Logos nessa manifestação do sistema solar foram cinco;
dessa maneira, os dez esquemas de cadeias planetárias estão distribuídas com as
respectivas organizações atômicas relativas às matérias de cada um desses cinco
mundos.
107
Conforme vemos, o atual sistema solar entendido pela astronomia difere
totalmente daquele revelado ao esotérico, visto essa ciência oficial admitir a existência
unicamente de planetas de matéria concreta. E o esquema da Terra atravessa agora a
quarta encarnação da cadeia, havendo dentre os seus sete globos três com corpos de
matéria física concreta. A cadeia atinge, nesse atual período, sua máxima densidade
física e como tal o planeta Terra é a principal referência do processo evolutivo na
cadeia. Vejamos um esboço simples de nossa cadeia.
_____________________________
A O O G MUNDO
_____________________________ MENTAL
B O O F MUNDO
_____________________________ ASTRAL
C O MARTE O E MERCÚRIO
MUNDO
D O TERRA FÍSICO
_____________________________
108
Temos, assim, que o ponto máximo de aprofundamento acontece quando as
torrentes de vidas atingem o reino mineral. Daí em diante se inicia o sentido
ascendente do arco que irá terminar no globo G. E como vimos, um percurso inteiro
das torrentes de vidas que se inicia no globo A, descendo o arco, atingindo o globo D, e
depois galgando o arco ascendente até alcançar o globo G, é chamado no esoterismo
de uma ronda.
109
2. Anima-mundi, a alma universal, é característica do Terceiro Logos,
no entanto atuante nas formas de vidas das matrizes arquétipas dos
reinos, pela ativação da energia do Segundo Logos no seu trabalho
espírito-matéria. Não se deve julgar que as ações do Terceiro Logos
sejam parciais e temporais para que depois se determine o
momento da participação do Espírito do Segundo Logos. Esse
trabalho é simultâneo, de Um para Outro, absorvendo-se Um no
Outro sem que as qualidades se diluam em suas características
básicas e fundamentais, mas sim se complementem sem perder
suas essencialidades.
110
g. Na sétima encarnação a cadeia subirá pela última vez no
esquema, passando a ter um globo D no mundo Mental Inferior, dois
globos C e E no mundo Mental Superior, dois globos B e F no
mundo Buddhi e dois globos A e G no mundo Atma.
111
Um quadro geral das cadeias planetárias de nosso sistema solar pode ser
resumido no seguinte:
1 ronda = 7 globos-períodos
7 rondas = 49 globos-períodos,
1 encarnação da cadeia,
1 período-cadeia.
Quando a cadeia do planeta Terra tiver alcançado todos os objetivos que dela se
esperam, sob a tutela e incorporação do Logos Planetário e assistência de sua
hierarquia, o Logos terá obtido a sua iniciação final na cadeia e avançado para outras
conquistas. Acontecimentos semelhantes ocorrerão com os seis outros Logoi das
respectivas cadeias de nosso sistema solar.
Por oportuno, o Logos Planetário de nossa cadeia veio de Vênus para a Terra há
milhões de anos durante o período lemuriano, sendo conhecido, dentre outros nomes,
por Melquisedec e Sanat Kumara.
112
CAPÍTULO XV
As vidas agrupadas por afinidades nos estágios dos três reinos não humanos
podem também ser classificadas como “vidas essenciais temporárias”, visto terem
estado submersas nos campos vibratórios das almas-grupos que são formações das
essências das matérias dos mundos. Existem tipos de essências nos mundos
superiores que as vidas as tenham atraído e delas se revestido quando da passagem
pelos três “reinos elementais”, bem como existe, mais adiante, essência da matéria
atômica do mundo etérico.
Diríamos, para melhor entendimento, que cada vida ao envolvimento das matérias
essenciais de sua alma-grupo, mergulhou com a alma-grupo na respectiva energia-
alma dos reinos mineral, vegetal e animal, ligou-se à energia-forma de uma espécie ou
gênero, e ali obteve as experiências almejadas. Um animal, um vegetal ou mineral não
são a reencarnação em si mesmos de uma vida, pois sob a contextura de uma alma-
grupo e de suas capas protetoras, a vida não pode ser algo encarnante. Uma unidade-
vida precisa permanecer ligada às funções interiores de uma alma-grupo num
determinado reino durante muitos ciclos. Mas sua ligação com a espécie de um reino
se estende para fora da essencialidade da alma-grupo, ou seja, a unidade-vida se
lança para além dos limites da alma-grupo e de um determinado espaço se liga
vibratoriamente ao exemplar do reino. Quando o exemplar do reino deixa de viver, por
diversas contingências, a unidade-vida então é puxada magneticamente de volta ao
círculo de existência de sua alma-grupo.
De bilhões nascidas do Logos, existem sete tipos de vidas alinhadas com seus
sete tipos de almas-grupos, relativas e respectivas às sete variações dos raios
113
cósmicos. E conforme dissemos, uma só alma-grupo pode conter várias unidades-
vidas de um mesmo raio. Dessa maneira, cada alma-grupo básica pode desdobrar-se
em seções e setores sob um mesmo raio para atender às demandas de experiências
diferenciadas das várias vidas, com relação aos grupos e subgrupos das espécies dos
três reinos não humanos. Daí supormos que as almas-grupos e um número
determinado de vidas de um raio consigam também cambiar associações com
espécies diferentes do reino em que estão mergulhadas, unicamente sob o mesmo
raio, para atender às necessidades principais e secundárias de experiências mais
pluralizadas das unidades-vidas.
Essas capas ou proteções nas almas-grupos são três sobrepostas que articulam
sucessivamente as respectivas vibrações com os reinos mineral, vegetal e animal. Na
medida em que as almas-grupos contendo as vidas migram de um para outro reino,
perdem nessas passagens as suas capas protetoras respectivas aos reinos que estão
deixando. Dessa maneira, quando decorridas sete rondas ou uma encarnação da
cadeia, e grande número das almas-grupos do reino mineral avançam para o reino
vegetal, uma de suas capas, justamente aquela relativa ao reino mineral, se desfaz e
os seus átomos constitutivos retornam ao grande reservatório da natureza. O mesmo
processo se dá nas passagens do reino vegetal para o reino animal e desse para o
reino humano.
114
Essas capas estabelecidas pelo Segundo Logos, assemelham-se a três anéis
sucessivos em torno de cada alma-grupo do seguinte modo: uma capa, anel ou
proteção de essência elemental mental do reino mineral, uma capa, anel ou proteção
de essência astral do reino vegetal, e uma capa, anel ou proteção de matéria atômica
etérica-física do reino animal.
Imaginemos tigres. Os tigres têm todos suas almas-grupos, não importando quão
distante vivam uns dos outros pelo planeta. Quando um tigre morre, a energia mais
115
sutil que o guiou através do instinto, como por outros fatores naturais desenvolvidos
pela espécie, desliga-se da forma inerte e sobe definitivamente para os limites dos
mundos etérico-astral, juntamente com as demais unidades-vidas daquela encarnação
quando é esse o caso. A referida energia elemental hospedeira da unidade-vida ali
presente, mergulhará no conteúdo acumulado da alma-grupo e nele virá adicionar a
síntese da experiência adquirida pelo tigre em sua recente encarnação. Quando novos
tigres vierem para reencarnar portarão um acréscimo de experiência amalgamada ao
conteúdo de experiência acumulado na alma-grupo.
Vemos, assim, que as vidas que um dia serão humanas, não foram exatamente
animais, nem vegetais ou minerais, pois em suas passagens por esses reinos
obtiveram as experiências dos reinos desde um plano de existência acima das
manifestações das espécies. Entretanto, as vidas encarnadas como homens, liberadas
das ligações das almas-grupos e, portanto, individualizadas, trarão incorporadas as
reações primárias sob o imperativo do instinto, sobrepostas por uma gama de
experiências adquiridas por bilhões de anos nos reinos pregressos, que as auxiliarão a
sobreviver em grupamentos humanos afins.
“Os sete raios são as sete correntes de força que emanam duma energia central
depois do vórtice de energia ter sido posto em movimento. Então o espírito e a
matéria tornaram-se interativos e a forma ou aparência do sistema solar
começou o seu processo de chegar a ser - processo que conduz oportunamente
a Ser. Esta idéia é antiga e verdadeira. Nos escritos de Platão e dos iniciados que
enunciaram proposições fundamentais que guiaram a mentalidade humana,
durante o decorrer das idades, neles encontramos referências aos sete eões e
emanações, à vida e à natureza dos Sete Espíritos Diante do Trono. Estas
grandes vidas atuando dentro dos limites do sistema solar, reuniram em Si a
substância de que necessitavam para a manifestação e modelaram as formas e
aparências através das quais poderiam exprimir as Suas qualidades inatas. No
Seu raio de influência Elas reuniram tudo o que agora existe. Este conjunto
qualificado de materiais constitui o Seu corpo de manifestação, do mesmo modo
que o sistema solar é o corpo de manifestação da Trindade dos aspectos...
“Essa idéia pode ser melhor compreendida se se recordar que cada ser humano
é, por sua vez, um agregado de átomos e de células que compõem a forma; nela
encontram-se disseminados órgãos e centros de vida diferenciados que
funcionam com ritmo e relação, mas que têm influências e propósitos diferentes.
Essas formas agregadas e animadas apresentam aparência duma entidade ou
vida central, caracterizada por qualidade própria e que funciona de acordo com o
seu grau de evolução, impressionando assim, pela sua irradiação e sua vida,
cada átomo, célula e organismo dentro do raio da sua influência imediata e
agindo também sobre os outros seres humanos, com que contata...
“O homem é uma entidade psíquica, uma Vida que, por meio da sua influência
irradiante, construiu uma forma, colorida pela sua qualidade psíquica, que lhe é
116
própria e apresentando ao mundo circundante uma aparência que persistirá
durante o tempo que esta Vida ocupar a forma...
1. O Senhor do Poder ou Vontade. Esta vida quer amar e utilizar o poder como
expressão de benevolência divina....
2. O Senhor do Amor-Sabedoria. Personifica o amor puro, é considerado pelos
esoteristas como estando estreitamente encerrado no coração do Logos Solar
como estava o discípulo bem-amado perto do coração do Cristo da Galiléia...
3. O Senhor da Inteligência Ativa. O seu trabalho está mais estreitamente ligado
com a matéria e atua em colaboração com o Senhor do segundo raio...
4. O Senhor da Harmonia, Beleza e Arte. A principal função deste Ser é a de criar
Beleza (como expressão da verdade) através do livre jogo da vida e da forma
baseando o cânon da beleza no plano inicial, tal como existe na mente do Logos
Solar...
5. O Senhor do Conhecimento Concreto e da Ciência. Esta grande Vida está em
contato estreito com a mente da divindade criadora, do mesmo modo que o
Senhor do segundo raio está no coração da própria Divindade...
6. O Senhor da Devoção e do Idealismo. Esta Divindade Solar é uma
característica particular da qualidade do Logos Solar...
7. O Senhor da Ordem Cerimonial ou da Magia. Está agora entrando no poder e
começa lenta, mas seguramente a fazer sentir Sua presença”...
117
O esotérico se esforça para entender os mecanismos da criação a partir da
existência do sistema solar, desde uma origem fora do espaço-tempo, a que chama de
espiritual. Posição diferente externam as ciências terrenas ao admitir a multiplicidade
das espécies unicamente a partir de um processo espontâneo e material. O esotérico
não tem como provar objetivamente ao homem do pensamento concreto o resultado de
suas pesquisas acerca da origem espírito-matéria, porque essas coisas não se provam
objetivamente, senão no máximo demonstram-se analogicamente, pois é questão
unicamente de consciência. Entretanto, muitos representantes dos diversos ramos das
ciências físicas materiais são estudantes das ciências ocultas nos mais diferentes
segmentos, e assim buscam nos seus estudos e experimentos atingir os limites do
possível e do imaginável, aproximando cada vez mais os postulados rígidos das
ciências às variáveis mais flexíveis da visão metafísica ocultista. Essa flutuação
estende-se aos dois planos da existência, o físico e o espiritual. Ou seja, os cientistas
ocultistas prosseguem sempre seus estudos e experimentos tanto em cima como
embaixo. Daí surgir novas pesquisas do abstrato e registrarem-se formulações mais
aceitas nas relações espírito-matéria-energia, e a admissão cada vez maior pelas
ciências físicas da existência de dimensões ou de universos paralelos, atualmente
invisíveis ou incompreensíveis aos não esotéricos e não videntes.
Vimos que a mônada tem também a denominação de espírito. Mas tem outros
sinônimos, tais como espírito puro, unidade de consciência, triângulo primordial,
divindade, pai celestial, jiva, etc. Entendemos a mônada como energia pura, poderosa
e transcendente a tudo quanto se manifeste no sistema solar. É a imanência de Deus
no Primeiro Logos; a eternidade em seu aspecto finito, subjugada aos parâmetros do
espaço-tempo; é a sabedoria operante nos mundos objetivos. A mônada ao trazer de
volta o seu reflexo manifestado por trilhões de anos nos mundos criados pelo Logos,
estará enriquecida da criação, vida e evolução do sistema solar, embora a obra que
ajudou a construir não esteja obrigatoriamente acabada.
Sobre esse aspecto, regridamos mais ainda em nossa visão dos primórdios da
Vida e voltemos a focalizar um determinado momento da mônada como ponto de
partida de nosso raciocínio até alcançarmos o homem no cenário terreno, bilhões de
anos atrás. Entendamos que todas as mônadas, quando o Primeiro Logos atuou, já
imediatamente se constituíram numa hierarquia que se pôs operante para a construção
do sistema solar. Conforme vimos, dos sete mundos do universo manifestado, Adi e
Anupadaka já existiam quando o Logos iniciou o seu trabalho na matéria pregenética.
118
Tão logo o Deus Criador estabeleceu as matrizes dos mundos, vieram as
hierarquias criadoras designadas a trabalhar e auxiliar no Grande Plano da Criação,
pois já eram experientes de outros sistemas solares, e de acordo com a Lei
Evolucionária operariam na edificação do novo sistema solar e nas suas sucessivas
reencarnações.
São de outro aspecto e estrutura que os átomos químicos conhecidos por nossas
ciências oficiais. Têm sete espirais duplas e paralelas que os envolvem no formato
aproximado de um coração. Essas espirais vão sendo ativadas pelas energias que as
vidas incorporam e que assim produzem melhores condições evolucionárias e poderes
superiores. No mundo das personalidades, a cada ronda, um par dessas espirais é
ativado segundo esforços próprios e pessoais de cada unidade-vida. Como nos
encontramos na quarta ronda, a quarta ordem dessas espirais encontra-se desperta e
119
ativada em grande parte da humanidade, relativa, justamente, ao quarto mundo ou
plano de existência chamado de mundo mental.
“ - Levanta tua cabeça, Ó, Lanu! Vês uma ou inumeráveis luzes acima de ti,
ardendo no céu escuro da meia-noite?
- Eu percebo uma chama, Ó, Gurudeva: vejo inumeráveis e inseparáveis
centelhas que nela brilham!”
120
CAPÍTULO XVI
A fim de que possamos abordar melhor o advento das raças no planeta Terra,
necessitaremos fazer pequena digressão sobre a evolução da quarta cadeia, chamada
cadeia do planeta Terra.
O Grande Plano da Criação idealizado pelo Logos Criador para nosso sistema
solar, tem como um de seus objetivos o aperfeiçoamento das experiências das vidas,
mas inclui necessariamente o mergulho na matéria mais sólida. A cadeia anterior,
chamada lunar, apresentou um determinado tipo de materialidade consolidada ao
máximo no globo D, a Lua, por ter sido esse o único globo, da terceira cadeia, de
contextura material sólida. A quarta cadeia, agora denominada de cadeia do planeta
Terra, ou cadeia da Terra, tem três planetas formados de matéria físico-densa. São
eles, Marte (globo C), Terra (globo D) e Mercúrio (globo E).
Ao percurso das três primeiras rondas, como dissemos, as vidas que mais tarde
viriam formar nossas raças, obtiveram pouco a pouco maior solidez. Quando essa
cadeia, ou a quarta encarnação desse esquema, ressurgiu do pralaya para a
objetividade e a primeira ronda cumpriu todo o percurso através dos sete globos, sua
situação era exatamente a mesma da última ronda da terceira cadeia. Foi somente ao
início da segunda ronda que a quarta cadeia desceu um grau na sua materialidade, se
apresentando como está atualmente, tendo os globos C, D e E constituídos de matéria
físico-densa.
121
Quando a quarta ronda atingiu o globo D, a Terra, a cadeia experimentou o maior
grau de sua materialidade, sendo esse o primeiro grande evento da cadeia. O outro
grande evento foi a mudança do sentido evolucionário de toda a cadeia que passou a
ascensionar a partir da quarta raça-raiz. Houve, desse modo, uma mudança na
polarização das energias que permeiam a cadeia. Essa ascensão passará depois da
sexta e sétima raças-raízes para os planetas E, F e G nessa mesma ronda, e
futuramente para a quinta, sexta e sétima rondas. As próximas cadeias trabalharão os
reinos unicamente sob o aspecto ascensional visto cada uma delas, a seu tempo, ir
subindo um grau respectivo na sua materialidade, até a sétima cadeia chegar a ser
como a primeira.
Voltando ao processo da formação das raças, vimos que foram necessárias três
rondas e meia para as vidas finalmente obter no globo D, a Terra, corpos concretos
cada vez mais bem formados e melhor estruturados. Entretanto, ao início das duas
primeiras raças não havia na Terra condições físicas no sentido de que a vida humana
ali pudesse se desenvolver em sua superfície.
///
Com respeito às cinco raças até agora manifestadas nessa quarta ronda na Terra,
apresentamos uma exposição no formato de questionário, a fim de que melhor
abordemos suas formações e evoluções nos limites desse trabalho e consigamos
inserir pertinentes comentários de maneira mais objetiva..
A PRIMEIRA RAÇA
122
1. Qual é o significado do termo raça?
R. Uma das aplicações semânticas para definir o grupamento humano na sua
generalidade, considerando laços sangüíneos, é a seguinte: “O conjunto de
ascendentes e descendentes de uma família, uma tribo ou um povo, que se origina de
um tronco comum” ( Dicionário Aurélio).
123
6. Quais foram as principais características físicas da raça Polar?
R. H.P.Blavatski nos revela que a raça Polar possuía formas enormes, filamentosas,
protéicas e etéricas; que eram assexuados; flutuavam sobre a densa atmosfera e
marés, podendo também mover-se pelo ar, ficar de pé, correr, andar e reclinar. A
natureza etérica de seus veículos proporcionava-lhes não ser afetados pelo fogo, pela
água ou por qualquer outro elemento, sendo, portanto, indestrutíveis.
Sabemos que não tinham propriamente edificado uma consciência pessoal nem
grupal, por que seus corpos foram criados das duplicações dos corpos etéricos dos
mestres lunares da hierarquia dos Barhishads Pitris. Por milhões de anos
desenvolveram rudimentos da audição. Emitiam gemidos de prazer e satisfação e não
formaram linguagem de comunicação. Reproduziam-se por divisão, ou seja,
germinavam dobrando de tamanho e se dividiam em duas metades iguais. A outra
metade, por sua vez, se dividia em partes iguais e menores. Mais tarde essa última
divisão se deu em partes diferentes.
124
- Uma mesma cadeia, chamada cadeia planetária, é formada de sete planetas e se
manifestará sete vezes.
- Cada manifestação da cadeia terá sete giros da Vida, ou rondas, levando a cada giro
toda a multiplicidade de reinos e espécies.
- Cada giro da Vida irá percorrer os sete planetas da cadeia, um de cada vez.
- Após os quarenta e nove giros da Vida, ou sete manifestações da cadeia, o esquema
da cadeia terá se completado.
- As sete manifestações ou encarnações de uma cadeia são chamadas de um
esquema de evolução.
- Há dez cadeias no sistema solar.
- As setenta manifestações das dez cadeias são chamadas de um esquema solar.
A cadeia do planeta Terra é a quarta no seu esquema planetário. Encontra-se
nesse momento na metade do quarto giro da Vida, onde a Terra, coincidentemente, é o
quarto globo, e o principal enfoque da cadeia. Portanto, ainda faltam três giros e meio
da Vida para que se complete a manifestação da quarta cadeia no seu esquema
planetário.
11. Como se deu o processo da formação dos corpos da raça Polar pela
duplicação dos corpos etéricos dos Barhishads Pitris?
R. O processo, sem dúvida, ocorreu no mundo astral onde os Pitris lunares
entraram em meditação visando duplicar seus corpos etéricos. Com isso,
proporcionaram os envoltórios que as vidas necessitavam possuir para se manifestar.
As vidas, ainda virginais em relação aos desejos e dualidades de valores humanos,
não tinham carma. Essa condição por último mencionada viria ser adquirida mais tarde
com o surgimento do ego terreno e o crescimento dos desejos de conquistas materiais.
As vidas ao entrar nas formas filamentosas recentemente criadas pelos mestres
lunares, procuravam adaptar movimentos e principalmente desenvolver o sentido da
audição. As duplicatas dos corpos etéricos dos Pitris lunares, são conhecidas na
tradição oriental como sombras ou chhâyâs.
13. Como entender que a raça Polar, primitiva e etérica, conseguisse desdobrar-
se em sete subraças?
R. Evidentemente que no período do aparecimento da raça Polar, a progênie
precisaria ser trabalhada de maneira praticamente global para todos os seus
representantes. No limiar dessa raça não haveria mesmo a possibilidade de um
surgimento concreto de sete subraças, senão delineamentos caracterizados por
pequenas tendências de temperamentos. Ademais, as vidas ali imaturas, iniciando o
exercício da individualização, não possuíam ainda caracteres raciais que as
conduzissem a formar grupamentos por afinidades.
Havia, entretanto, diferenças quanto à energia empregada pelos Pitris na duplicação
de seus chhâyâs, pelo fato de existir sete segmentos de raios a que cada um dos
125
grupamentos Pitris pertencia. Desse modo, as vidas podiam demonstrar certas
peculiaridades individuais de maneira ainda tênue e distante, mas sem qualquer
possibilidade de comparação com outras futuras etnias.
A SEGUNDA RAÇA
2. A raça Polar precisou desaparecer para que a raça Hiperbórea viesse surgir?
R. Relativamente. A evolução das raças se dá na formação sucessiva de subraças,
cada uma desenvolvendo qualidades e objetivando propósitos não existentes nas
anteriores. No caso dessas duas primeiras raças, não era ainda possível uma definição
marcante de subraças devido ao caráter embrionário de seus nascimentos.
Isto quer dizer que as raças, na sua generalidade, evoluem qualificando corpos e
vidas, ou seja, os corpos de uma subraça para outra, dentro de uma mesma raça, são
126
trabalhados a fim de oferecer melhores condições para as vidas que neles se
reencarnarão. Nessa progressão, a raça Polar, ao se desenvolver adequadamente
naquilo que dela era esperado, cumpriu o seu papel e entrou na segunda raça,
evoluindo com as mesmas vidas.
6. A raça Hiperbórea foi então a primeira raça de corpos físicos densos a pisar a
Terra?
R. Não exatamente. A Terra no período de surgimento da raça Hiperbórea não
havia se estabilizado inteiramente. Muitos tremores de terra e acomodamentos do solo
ainda se verificavam. Aconteciam, com certa frequência, cataclismos de algumas
proporções, e em muitos locais a Terra não esfriara nas suas camadas superiores.
Embora se descreva a natureza como exuberante naquele período, os reinos e
todas as vidas que a constituíam, estavam no início de suas materializações. As
variedades de espécies armazenavam certas qualidades que mais tarde externariam
ao exercício da intra-dependência dos reinos. Ao cabo de milhões de anos, até o
surgimento da raça Lemuriana, e mesmo após, a natureza obteve novas e profundas
transformações.
A raça Hiperbórea necessitava antes desenvolver outro aspecto em sua constituição
biológica ao invés de lutar pela sobrevivência na face física da Terra. O planejamento
do Criador estabelecera etapas para o aparecimento das raças humanas; as duas
primeiras surgiriam paralelamente ao também surgimento dos demais reinos. Desse
modo, a raça Hiperbórea não reuniria nesse estágio condições de possuir corpos mais
densos; assim a maior materialidade de seus envoltórios acontecia ainda no mundo
etérico, no qual basicamente se desenvolveu.
127
7. Que outro aspecto a raça Hiperbórea necessitava desenvolver?
R. O sentido do tato. A raça Polar, conforme já mencionado, tivera antes trabalhado
o sentido da audição.
É verdade que esses órgãos não puderam ser desenvolvidos plenamente nesse
início de formação de corpos, mesmo por que as duas primeiras raças não possuíam
adequado aparelho cerebral. E nem estariam aptas naquele período para possuí-los.
Tanto a audição quanto o tato puderam proporcionar-lhes tão somente rudimentos de
percepções. Os sentidos, na realidade, foram sendo apurados à medida que as raças
se aprofundavam na matéria densa, e nesse andamento os mestres lunares puderam
auxiliá-los a obter veículos mais apropriados.
128
R.Tinham aparência variada e heterogênea. Eram filamentosos, parecendo ora
árvores ora formas animais ou semi-humanas. Possuíam cor amarelo dourado,
algumas vezes tendendo ao laranja ou verde claro.
Flutuavam, voavam, escalavam árvores e obstáculos. Gritavam uns com os outros,
emitindo sons aflautados. Multiplicavam-se por expansão e divisão (um germinava o
outro). Mais tarde vieram a reproduzir-se através dos poros, como de gotas de suor.
Essa raça foi chamada de filhos do Sol e da Lua ou de pai amarelo e mãe branca.
Como desenvolvesse o tato, respondia aos impactos da água, ar e fogo.
11. Existem fósseis das raças Polar e Hiperbórea que possam provar suas
existências?
R. Não, pois devido ao caráter basicamente etérico de seus veículos de
manifestação foram criados sem ossos.
Entretanto, os chhâyâs foram se tornando mais duros e materializados à medida
que o tempo passava, vindo formar um tipo de concha. Mais tarde, muitas dessas
conchas puderam servir a outro segmento de seres quase humanos, chamados de
mamals, bem como a certa categoria animal.
A TERCEIRA RAÇA
3. Qual era o aspecto dos lemurianos nas três primeiras subraças, e como se
reproduziam?
R. Na primeira subraça tinham a cabeça ovalada, um olho no meio da testa e
proeminentes mandíbulas. Partes de seus corpos eram formadas de gases e líquidos e
não tinham estrutura óssea. Reproduziam-se através de suores.
Na segunda subraça os corpos se tornaram mais sólidos, no formato de um ovo. A
androgenia começou a surgir no interior dos ovos, evoluindo mais tarde para o
hermafroditismo. A reprodução foi, portanto, ovípara.
A terceira subraça desenvolveu um tipo de concha. Tinham um olho no centro da
testa, surgindo-lhes os dois outros olhos que não lhes proporcionavam ainda perfeita
visão. A reprodução ovípara continuou nesta terceira subraça que logo produziu seres
hermafroditas. Depois os seres evoluíram para a predominância de um só órgão
sexual. Finalmente se tornaram unissexuais.
129
Em todas as subraças os lemurianos foram gigantes como eram as espécies dos
reinos.
130
proporcionar desde há milhões de anos, entenderam a necessidade de encarnar-se em
corpos lemurianos da quarta subraça e provavelmente inserir nela outras vidas
humanas adiantadas a fim de promover à raça um surto maior de progresso.
131
a se colocar na vanguarda dos valores humanos, a fim de produzir luminares
civilizações.
Enquanto todos os esforços das hierarquias do planeta estivessem focados numa
determinada civilização, novos valores humanos seriam freqüentemente trabalhados,
idéias e ideais seriam desenvolvidos e corpos físicos ali viventes estariam mais bem
aparelhados.
Quando um ciclo evolutivo atingia o apogeu, iniciava-se em seguida um ciclo inverso
de decadência, devido ao fato de que o tempo estabelecido para a glória daquela
civilização, com todo o embasamento de seus recursos humanos, chegara ao seu
ponto máximo expansivo. Os egos avançados que até então tinham conduzido o
desenvolvimento e aprimoramento dos valores humanos ali trabalhados, se retraíam. A
partir daí, novas vidas ocupariam corpos em famílias, mas não se comparariam às mais
avançadas vidas que dali tinham partido, e nem seriam portadoras de energia
progressista renovadora.
O cronograma regulado pelas hierarquias espirituais para que uma civilização
viesse atingir resultados mundiais, ainda mantém padrões para etnias de menor
expressão sob idêntica supervisão, mas com investimento imensamente inferior de
energia qualificada. Nesses casos, os resultados hoje esperados dessas etnias serão
sempre inferiores aos de ciclos maiores, embora sejam importantes.
Tanto quanto as etnias continuem a decair em suas culturas, e por diversos fatores
estejam mescladas com outras mais atrasadas, os seus corpos físicos se manterão
estáveis quanto aos seus padrões biológicos e energéticos ou prosseguirão em sentido
de decadência. Muitos corpos físicos são ocupados por unidades-vidas emergentes,
logicamente de períodos de individualizações mais recentes, que neles buscam
adaptar suas energias. Alguns desses exemplos são encontrados em continentes onde
existem vidas primitivas autóctones e semi-animais, mas que em certa época bastante
recuada as raças ou etnias viveram apogeus de suas culturas em melhores corpos
físicos.
Os corpos que sofreram intensas transformações, decaindo ao nível animal, estão e
estiveram justamente servindo às vidas selvagens, modelados aos reclamos de seus
instintos. Tornaram-se assim corpos símios de todas as espécies e num passado
também distante foram decaídos de antropóides ou primatas.
132
organizações político-governamentais e das riquezas de seus solos, elas suportam um
carma ainda maior, de contexto mundial, por que vivem e trabalham a fim de que o
planeta continue a existir e se transformar. Impõem especialmente aos seus habitantes
o seu carma nacional; as raças submetem seus representantes ao carma racial; as
famílias realizam o carma familiar, restando ao indivíduo submetido obrigatoriamente a
esses limites e às malhas da funcionalidade, sua própria e particular situação de carma
pessoal.
Quando uma vida escapa do destino suportado pela família, estará transitando para
outra situação cármica, quer avançando ou se atrasando. Em se atrasando, precisará
reiniciar semelhantes atividades que antes exercia, de acordo com sua capacidade
mental. Caso não o faça, retomando ações omissas e negativas, mais se atrasará
decaindo sempre.
Não sendo feliz noutras encarnações, acabará por permanecer à margem do
processo evolutivo do grupamento ou família a que pertence e terá a companhia de
outras vidas em igual situação. Em consequência, essa vida recalcitrante logo será
alcançada por vidas de núcleos atrasados que, no entanto, marcham a coordenados
passos para os seus objetivos de evolução.
Em se tratando de uma vida voltada para o mal estará sempre envolta pela
companhia de participantes de atividades desagregantes e destruidoras.
Mantendo sempre essa posição de exclusão ao processo evolutivo, e por concentrar
sempre energias de baixo teor, com o tempo, talvez séculos ou milênios, não
conseguirá mais ocupar corpos mais bem aparelhados, ficando com aqueles piores de
sua etnia, ou será levado para grupamentos mais atrasados onde terá oportunidades
de expurgar sua pesada energia juntamente com outras vidas estacionárias ou
involutivas, próximas do reino animal.
133
tiranizantes ou de guerras se lhes ofereçam, exterminam milhões de vidas por motivos
até de divergências de opiniões, sem o menor remorso.
134
Na atualidade, nosso sistema solar tem somente sete hierarquias operantes. Quatro
delas já cumpriram suas partes e partiram para outros sistemas solares. Uma quinta
está em vias de se retirar, estando a ultimar suas tarefas.
Os Barhishads Pitris representam uma das sete hierarquias mencionadas, sendo
exatamente a décima segunda de todas e a sétima das que restaram. Como
avançaram na terceira cadeia, a lunar, atuam agora na cadeia do planeta Terra, de
acordo com as leis que presidem a evolução dos mundos.
Sanat Kumara, entretanto, pertence à outro esquema de nosso sistema solar, onde
existe a chamada cadeia do planeta Vênus, e daquele esquema viajou a fim de assumir
nosso esquema durante o período dessa atual quarta cadeia a que pertencemos,
particularmente centrada no planeta Terra.
17. Por que Sanat Kumara precisou vir de Vênus para o planeta Terra?
R. Até onde sabemos, a vinda deste grande senhor com seus budas de atividades
se dera pela proximidade do momento requerido pela lei da evolução.
Sanat Kumara já teria visitado a Terra numa outra ocasião e visto o estado ainda
embrionário das raças e reinos de nosso planeta. Conforme explicado anteriormente, a
Terra concentra quase toda atenção da quarta cadeia neste quarto giro da Vida.
O esquema de Vênus, no panorama de nosso sistema solar, representa um pólo
oposto ao esquema da Terra, estando negativamente polarizado conosco.
Ao voltar a Vênus, Sanat Kumara meditou sobre o que vira e pôde se preparar a fim
de assumir nosso esquema antes do tempo previsto e assim também obter suas
iniciações superiores.
135
20. Os mestres lunares formam a única hierarquia que atuou na Terra, antes de
Sanat Kumara?
R. Não. Aos Pitris foi dada a principal tarefa de prover o aspecto matéria às formas
de vida hominais e animais.
O trabalho empregado para essa finalidade abrange o conhecimento profundo de
muitos aspectos da natureza nos mundos ocultos. Os Pitris não poderiam sozinhos,
projetar e realizar todos os detalhes de um planejamento tão grande e intenso nos
mundos mental, astral e físico que resultassem na condensação das formas no mundo
material. Puderam, sim, materializar segmentos desse planejamento quando as
oportunidades de realizar na Terra, no devido tempo, aconteceram.
Outras hierarquias mais evoluídas também participaram, e ainda participam
ativamente do trabalho de preparar os elementos, formas e vidas dos reinos a fim de
que bilhões de unidades-vidas consigam se manifestar fisicamente na Terra.
A QUARTA RAÇA
136
1. Qual foi a quarta raça raiz a habitar a Terra?
R. A quarta raça raiz foi a Atlante. Essa raça foi a primeira a desenvolver
perfeitamente sete variedades étnicas ou sete subraças que formaram a grande
civilização do continente da Atlântida. O advento da civilização atlante começou há
aproximadamente oito milhos de anos na quarta subraça lemuriana.
137
resultados apareciam na endógene de seu corpo etérico. Ou seja, os órgãos e
estruturas dos corpos etéricos das vidas lemurianas iam cada vez mais se
solidificando, se definindo, e melhor concretizando funções e funcionamentos.
Os mestres lunares e Sanat Kumara, ao selecionarem os modelos para a formação
da raça Atlante passaram também a trabalhar mais concentradamente nos seus corpos
astrais. Tinham, assim, a perspectiva de que no futuro a raça Atlante acrescentaria a
endógene emocional aos egos humanos em formação.
Os corpos físicos lemurianos selecionados precisariam estar equipados com órgãos
cerebrais e organismos que pudessem responder adequadamente às necessidades de
os atlantes externar novas emoções e energia física transferidas, respectivamente, de
seus corpos astrais e etéricos.
Foi deste modo que a raça Atlante começou a ser produzida a partir dos melhores
produtos da quarta subraça lemuriana.
138
melhor possível, os cálculos vêm sendo sempre realizados segundo a extensão de um
ciclo de domínio e produtividade no planejamento evolucionário de cada subraça e
suas miscigenações.
139
Há 200.000 anos, após a ocorrência da segunda grande comoção, as Américas do
Norte e Central se separaram da América do Sul, a Escandinávia juntou-se à Europa e
o Egito submergiu. Nessa ocasião, o continente atlante ficou existindo principalmente
por duas grandes ilhas chamadas Ruta e Daitya, e por outras ilhas menores.
Na terceira grande catástrofe, há aproximadamente 77.000 anos, as ilhas de Ruta e
Daitya, que se localizavam a sudeste e nordeste do continente, sofreram
transformações ficando bastante reduzidas.
Finalmente em 9.564 a.C. Poseidonis, uma das últimas ilhas significativas da
Atlântida, afundou.
140
O homem egocêntrico e sensual, por exemplo, com suas atitudes e pensamentos
voltados unicamente para a auto-satisfação, provoca e amplia seguidas distorções nas
correntes energéticas do seu corpo astral.
As reações resultantes desses fatores atuantes no ego acabam por estereotipar um
tipo psicológico deturpado. Muitos tipos com o tempo virão condicionar ao ego doenças
- algumas sérias - e seguidas limitações.
Ao esotérico cabe as instruções e recomendações de não se deixar seduzir ou
escravizar pelos apetites sensoriais armazenados na memória de seus corpos
inferiores. Mas, sim, impedi-los de retomar formas mentais e astrais malévolas, antigas
e remanescentes de um passado evo, e que quando não combatidas levam a
personalidade de volta aos anteriores vícios e desregramentos, ou a criar novos vícios
ou hábitos perniciosos.
Caso o esotérico não busque com sinceridade sublimar essas reações, se
esforçando em polarizar o pensamento em faixas vibratórias mais elevadas, não
alcançadas pelos tempestuosos apetites, ele não será verdadeiramente auxiliado pelos
mentores e mestres dos mundos superiores.
141
Sob essa pressão a terra afundou e levantou diversas vezes em vários lugares.
Finalmente os movimentos estancaram na superfície e dez países tinham sido
separados, encontrando-se aos pedaços. Incapazes de sustentar a força das
convulsões, eles afundaram com os 64.000.000 de habitantes, 8.600 anos antes desse
livro ser escrito."
O que entendemos desse relato é que a ilha de Poseidonis representava o centro
principal da civilização atlante naquele momento, mas havia outros países ou reinos, e
ilhas menores habitados. Após as convulsões Poseidonis afundou, acontecendo o
mesmo com os demais países.
142
permitia antecipar experimentos para o surgimento da primeira subraça atlante, milhões
de anos depois. Enquanto a quinta, sexta e sétima subraças lemurianas foram sendo
trabalhadas pelos mestres raciais, acontecia simultaneamente a seleção e
experimentos para a raça atlante a partir também daquelas subraças.
A subraça Rmoahal desenvolveu seus próprios protótipos, embora alguns de seus
representantes mais tarde tivessem feito cruzamentos com elementos negros da
sétima subraça lemuriana.
143
4. Quais foram as características da cultura dos tlavatly?
R. Os mestres lunares e discípulos do Manu trabalharam essa subraça no sentido
de que reconhececem o sol como um símbolo divino.
Mediante esse reconhecimento, criaram objetos de guerra com modelos
representativos do Sol bem como chegaram a construir ao alto das colinas discos e
monólitos. Essas construções vieram também servir-lhes de base e referência para
estudos astronômicos, por cujas efemérides se guiavam.
144
Em certo período construíram a Cidade dos Portões Dourados onde erigiram
templos para a devoção ao Sol. Esse astro era o principal e único elemento de culto
permitido que pudesse representar o Criador do universo.
Na Cidade dos Portões Dourados os toltecas criaram uma irmandade oculta, com
sacerdócio constituído, estabelecendo iniciações para aqueles que começavam a
entrar no caminho da sabedoria.
145
citado, os descendentes toltecas construíram as civilizações desses povos. Os índios
peles-vermelhas também descendem dos toltecas.
Os povos nômades que fundaram o Egito, da mesma maneira originaram-se dos
toltecas. Isso resultou, há 200.000 anos, no surgimento de uma hierarquia oculta
naquele país a qual iniciou uma dinastia de reis e construiu as duas grandes pirâmides
de Gizeh.
146
Um ramo turaniano originou os também brutais astecas, que conquistaram os
últimos territórios toltecas. Por certo tempo, não muito longo, formaram milícias
somente de mulheres. Essa subraça foi a primeira chamada de amarela.
147
Em alguns templos construíram sistemas de espelhos a fim de captar a luz de seus
astros. Com isto se magnetizavam de suas energias. Os sacerdotes curavam doentes
nesses templos sob a energia dos respectivos planetas.
Os iniciados também realizavam rituais a fim magnetizar as forças dos astros e
desenvolver os chackras, obtendo os poderes da clarividência, clariaudiência,
mediunidade, etc.
148
R. A sexta subraça atlante foi a denominada Acadiana. Após a primeira grande
catástrofe ocorrida no continente da Atlântida, os acadianos cresceram no lado leste
onde hoje é a Sardenha.
149
R. A Atlântida é parte importante da evolução planetária. Representou a
continuidade do processo evolutivo da civilização lemuriana, onde naquele período os
reinos da natureza receberam os melhores impulsos evolucionários. Não se pode
esquecer que o planejamento para o surgimento e evolução das raças humanas, é
concomitante à evolução dos demais reinos e esse processo veio se desenvolvendo
desde o mundo etérico, quando o orbe terrestre não oferecia ainda as mínimas
condições de habitação.
As raças que habitaram o continente atlante denominadas de subraças de um
tronco principal, foram surgindo umas das outras. Isto demonstra que a evolução se dá
de dentro para fora, ou seja, a alma terrena virá adquirir experiências através das
muitas interações na matéria, e requerer corpos físicos cada vez mais adequados.
Assim, as raças atlantes puderam atingir metas em sete fases distintas, levando,
principalmente, bilhões de almas para diversas fases e estágios calculados e
planejados pelas hierarquias.
150
As aeronaves podiam transportar normalmente até oito passageiros. Em épocas de
guerras, fabricavam aeronaves maiores com capacidade para transportar de cinqüenta
a cem soldados.
Produziram também frotas de navios a motor com os quais viajavam pacificamente
ou guerreavam.
151
Possuíam animais de estimação e de cargas, como certa espécie semelhante aos
lhamas do Peru. O cavalo surgiu na Atlântida produto de experiências de cruzamentos
híbridos. Ao que parece, os leões foram a um tempo mansos, domésticos e utilizados
para puxar carros pesados.
Os animais parece se terem tornado ferozes e carnívoros depois de um período em
que os homens passaram a maltratá-los, caçá-los e deles se alimentar.
152
Festival Sagrado do Fogo. Nesse Festival, participavam Sanat Kumara e membros da
hierarquia.
4. Que sucedeu com um núcleo atlante deixado pelo Manú na Arábia, para
futuramente misturar-se aos arianos?
153
R. Este núcleo ficara a sudeste da Arábia com a ordem do Manú de não misturar
seu sangue com nenhum outro povo. Mas estando velho o Manú desencarnou. Ao
reencarnar-se e retomar suas atividades foi ao núcleo que já tinha crescido
consideravelmente e deu ordens para que agora misturassem seu sangue com a
segunda subraça ariana a fim de que pudessem evoluir. O líder religioso do núcleo, no
entanto, não reconheceu o Manú e proibiu que misturassem o sangue. Com essa
rejeição eles não puderam evoluir para ramos arianos conforme o Manú planejara.
Mais tarde, um grande sacerdote desse núcleo casou-se com uma escrava negra, o
que foi considerado heresia por muitos. Com isso houve um rompimento no núcleo e o
segmento dissidente abandonou o lugar viajando pela Arábia, indo se fixar na Palestina
onde se transformou nos atuais judeus.
Por milhares de anos aqueles egos se têm reencarnado na mesma etnia,
aumentando seu número em muitos milhões, permanecendo presos aos mesmos laços
sanguíneos. Mantiveram na memória a lenda de que seriam o povo eleito, o que
acontecera não com eles, mas com os Semitas Originais da Atlântida, que basicamente
originaram o povo ariano.
Como se sabe, os Semitas Originais formaram o celeiro da raça ariana de onde o
Manú separou originariamente seus melhores produtos. Foram conduzidos para as
montanhas da Escócia e Irlanda, em cujo local se desenvolveram até dominarem toda
a Atlântida. Há mais ou menos 2.000 anos Jesus nasceu entre os judeus e procurou
ensinar-lhes novas doutrinas para libertá-los dos preconceitos e tradições superadas,
mas foi crucificado física e mentalmente.
154
Em dois anos atravessaram a Pérsia sem dificuldade e dominaram a Mesopotâmia.
Em certa época a terceira subraça mandava na maior parte da Ásia e em muitos países
do Mediterrâneo.
Construíram postos-guardiões por toda a Pérsia e conquistaram todos os demais
povos guerreiros. Quando tudo estava sob controle, o Manú comandou que viessem as
mulheres e crianças que tinham permanecido no vale.
O Manú estabeleceu um império, colocando pessoas da família nos governos. Logo
a terceira subraça alcançou um milhão de pessoas.
155
R. Após um tempo uma nova onda celta veio migrar vigorosamente e predominar
sobre o norte da Itália, sobre a França, Bélgica, Ilhas Britânicas, Nordeste da Suíça e
leste da Alemanha.
Outra onda celta invadiu o norte da África, misturando-se aos semitas atlantes,
também aos árabes, kabyles e aos guanches das Ilhas Canárias. Espalhou-se da
mesma forma pela Península Ibérica e veio formar o povo Irlandez. Mais tarde viria
alcançar a Escandinávia, misturando-se a alguns ramos da subraça teutônica.
156
4. Em quais regiões os teutônicos se espalharam?
R. Quando deixaram a planície em 20.000 a.C. rumaram para a Pérsia, depois para
o Mar Cáspio e se estabeleceram em Daghestan. Cresceram lentamente por milhares
de anos ao longo das encostas nordeste da cordilheira caucasiana, ocupando os
distritos de Terek e Kuban.
Iniciaram sua grande marcha de domínio mundial em 8.500 a.C.. Espalharam-se
pela Europa Central em direção nordeste, onde hoje é a Cracóvia, na Polônia. Da
Cracóvia partiram ondas migratórias para outras regiões.
A primeira onda foi a Eslava. Parte dela originou os russos e outra parte, mais ao
sul, originou os croatas, sérvios e bósnios. Uma segunda onda originou os letonianos,
os lituanos e prussianos.
Uma terceira onda gerou os germanos, chamados especialmente de teutônicos,
espalhando-se pelo sudeste da Alemanha. Outros dessa onda formaram os godos e os
escandinavos. Daí espalharam-se pela Austrália, América do Norte, África do Sul e
Índia.
157
respostas às incidências superiores sob e sobre os aparelhos físico-etérico, emocional
e mental. Essa quádrupla formação vem constituir tecnicamente a alma terrena, a
personalidade ou ego inferior. E à medida que o ego avança em obtenção e
manipulação de valores terrenos melhor qualificados, precisará deter veículos mais
bem capacitados, pois o concomitante exercício de lúcidas faculdades da alma e da
individualidade espiritual, virá exigir imediatas e mais precisas respostas daqueles
veículos e do cérebro físico com seus mecanismos de expressão.
Portanto, o progresso das raças não se mede unicamente pelo aperfeiçoamento do
aparelho físico, senão em linha com o conteúdo de conhecimentos armazenados pela
alma terrena em correspondência ao nível de consciência atingido, e de uma sabedoria
superior estruturada e aplicada à evolução mental e espiritual do homem.
A raça ariana, neste quadro de evolução mundial, vem polarizar valores no processo
mental concreto humano e na construção de uma ponte subjetiva que possa ligar a
personalidade com a alma ou ego superior. Quando esses elementos estiverem unidos,
a alma atuará plenamente na Terra, através da personalidade ou ego inferior. E esse
quadro até então desconhecido da humanidade, descerrará panorama e contagem de
surpreendentes exemplos cada vez mais numerosos, ainda no atual ciclo de
manifestação da raça ariana.
3. A raça atlante, que foi brilhante em certas conquistas sociais, não teria da
mesma forma trabalhado o mental concreto tanto quanto a raça ariana?
R. Evidentemente que nada se faz na Terra sem o uso da inteligência veiculada
pela mente ao cérebro físico. Os atlantes também desenvolveram o raciocínio concreto.
A prova disso foram suas invenções, a apurada arquitetura em certas civilizações e o
aprimoramento de muitos valores morais.
Entretanto, foi uma raça que polarizou suas ações através da impressionabilidade,
paixão e emoção levadas a altíssimo grau de devoção espiritual ou de violência contra
inimigos e reino animal. O plano evolutivo conduzido por Sanat Kumara, mestres
lunares, o manú e iniciados no tocante às subraças, previa etapas bem definidas pelo
fato de a humanidade estar necessitada de aprimorar seus veículos inferiores em
diversos aspectos. Muitas personalidades ao final do período atlante já trabalhavam
simultaneamente nos níveis mentais e emocionais, por que tinham se adiantado em
relação ao grande contingente dos mais variados calibres de almas. Os que não
haviam conseguido atingir esse status superior precisaram e ainda precisam, nas
muitas etnias onde hoje se reencarnam, continuar as lições do despertar de linhas de
energia e força mental, aliadas ao trato e consolidação de conscientes qualidades
construtivas.
158
No caso do homem terreno, a personalidade para estar perfeitamente ajustada aos
ditames superiores da alma, precisará deter valores que correspondam e ressoem às
energias superiores neles ancoradas. Não bastarão somente valores intelectuais
concretos ou abstratos, desenvolvidos nas diversas atividades da vida humana para
determinar melhor qualidade da personalidade.
Muitas personalidades brilhantes segundo o mundo, por sua memória a fatos
culturais, pela praticidade de seus ofícios, por qualidades artísticas, literárias,
esportivas, empresariais, políticas, científicas etc., não estão em situação tão elevada
como supõem seus admiradores. Para que isso aconteça, essas personalidades
precisarão deter valores morais e espirituais de constantes práticas, observando o
desinteresse à fama e reverências do mundo e o desapego de bens materiais.
Dessa maneira, sempre que personalidades ativam demasiadamente certos
processos mentais de conquistas materiais no mundo em detrimento de valores
humanitários ou espirituais, acumulam quantidades de mal carma que logo
necessitarão resgatar se desejarem de fato evoluir.
A evolução de que tratamos, por oportuno, avança sempre para novas situações.
Os deuses da criação, como vimos, são seres imensamente superiores em relação ao
nosso estágio atual. Os deuses, além de possuir autoridade sobre os homens,
conhecimento e sabedoria fantásticos em relação ao mundo, conseguem assimilar e
incorporar graduais energias e forças com que o próprio Logos trabalha ao manifestar o
Plano da Criação. Vontade, sabedoria, inteligência e atividade plena dirigida para o
Criador são divisas que a humanidade precisará deter após cumpridos todos os
estágios de seu desenvolvimento.
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BIBLIOGRAFIA
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