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Resposta do Ministério da Educação às preocupações apresentadas pelo

Conselho de Escolas a 12 de Março de 2008.


Desburocratizar, simplificar, adequar às realidades, reconhecer a autonomia das organizações
escolares no respeito pelos direitos das pessoas são elementares princípios do bom-senso. Que
devem gratificar todos os que lutaram por eles. A retórica da uniformidade, da solução universal,
da chapa 5, das grelhas e das prisões iguais para todos só estava a conduzir ao desastre. Não me
interessa que não seja um "recuo". Nem me interessa colocar a questão nesses termos, como aliás
sempre aqui referi. É, para mim, uma vitória da lucidez. Que registo com apreço. Não ignoro os
riscos da autonomia e da diversidade. Mas as inteligências individuais e colectivas em cada
organização serão sempre superiores às iluminadas decisões universais tomadas na 5 de Outubro
(ou na 24 de Julho).

"Na sequência trabalho que tem vindo a ser desenvolvido desde


Janeiro, é possível chegar a um entendimento entre o Ministério da
Educação e o Conselho de Escolas, com o objectivo de apoiar as
escolas na criação de condições para que os processos de avaliação
sejam simples e desburocratizados, tirando partido da autonomia das
escolas que o modelo de avaliação já prevê.

No mesmo sentido em que foi tomada a decisão sobre a flexibilidade


dos prazos intermédios previstos no Decreto Regulamentar n.º
2/2008, reforça-se agora a autonomia das escolas para estabelecer as
condições de avaliação, desde que todos os professores estejam
avaliados no final do ano lectivo 2008/09;

Assim, neste memorando de entendimento foram acordados os


seguintes princípios:

1. A Avaliação não foi suspensa, não foi adiada e não será


experimentada. As escolas já iniciaram o trabalho, que deve
prosseguir sem nenhum abrandamento ou suspensão, devendo-se
tirar partido das “boas praticas” já em desenvolvimento em muitas
escolas.

2. É necessário reconhecer os diferentes ritmos e condições para a


concretização da avaliação que as escolas têm, no entanto, a
avaliação é, não só um dever, mas também um direito dos
professores, que esperam poder progredir na carreira e para tal
precisam de ser avaliados.

3. Todos os instrumentos necessários à avaliação serão elaborados e


aprovados até ao final do ano lectivo de 2007/08.

4. Para os docentes dos quadros que não estejam em condições de


progredir na carreira a avaliação poderá estar concluída até final do
ano civil de 2009. Até lá os prazos serão definidos pela escola, que
deverá garantir:

a) Recolha de todos os elementos objectivos já existentes, ainda este


ano lectivo;
b) Possibilidade de fixação de objectivos apenas para o próximo
ano lectivo

5. Para os docentes contratados e docentes em condições de


progressão na carreira a avaliação terá que estar concluída até ao
final do ano lectivo 2007/08. As escolas podem simplificar e
desburocratizar o processo de avaliação que deverá conter,
obrigatoriamente:

- ficha de auto-avaliação

- outros elementos da ficha do conselho executivo (assiduidade e


outros) passíveis de ser observados/avaliados.

6. Cada escola deve apresentar um Programa de Avaliação com


identificação das dificuldades para o cumprimento dos objectivos
mínimos que deve ser avaliado e validado pela DGRHE.

7. Em colaboração com os CFAEs, Será alargado o programa de


formação em avaliação, já em curso para Conselhos Executivos, de
forma a abranger todos os intervenientes na avaliação (conselhos
executivos, coordenadores de departamento, comissões de avaliação,
professores titulares avaliadores e professores avaliados).

8. Será garantido o acompanhamento do processo de avaliação pelo


Conselho Cientifico para a Avaliação de Professores e pelo Conselho
de Escolas para eventuais ajustamentos, no final de 2009, nos termos
do previsto no Estatuto da Carreira Docente.

9. Será criado um Grupo de Trabalho para reforço das condições de


concretização do processo de avaliação nas escolas, nomeadamente
as condições relativas a Crédito horário para avaliação no próximo
ano lectivo, ao horário (e outras compensações) dos membros dos
conselhos executivos e dos professores coordenadores de
departamento curriculares, bem como a condições de abertura do
próximo concurso para professores titulares professores titulares (no
qual poderão ser abrangidos os professores com mais de 18 anos de
serviço docente)."

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