Excesso de informação

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Vanderlei Dallagnolo

Blumenau, 10 de janeiro de 2005

Por que você está lendo este texto?

Suponho que seja porque quer manter-se informado. Mas você se questionou a
razão pela qual quer esta informação em específico?

O que é informação? Todo dia ouvimos falar em informação, era da

informação, tecnologia da informação, a sociedade da informação...

Segue a definição que construí após pesquisar o assunto: “Informação é um

conjunto de aspectos limitados a um contexto, captados pela percepção e
que dispara o processo mental de criação de parte ou todo um
conhecimento.”

FIGURA 1 – Excesso de informação

Até pouco tempo, a dificuldade era em obter e armazenar a informação. Hoje,

com a evolução tecnológica, esta situação se inverteu. Dispomos de uma
enorme quantidade de fontes de informação e enorme capacidade de
armazenamento. Mas só porque podemos levar a biblioteca inteira conosco
não significa que a conheçamos, que saibamos de fato o seu conteúdo. Esta
inversão criou diversos problemas com os quais teremos que aprender a lidar.
Isto é válido individualmente e em conjunto. É válido no dia-a-dia e é válido nas
organizações.

Li em algum lugar uma comparação interessante. Não pesquisei a fonte, mas

acredito que está próximo da realidade. Que em média, num único jornal, num
único dia, há mais informação do que a maioria das pessoas tomaria
conhecimento durante toda sua vida há uns 300 anos. Ou seja, um jornal, uma
vida de informação!

É preciso aprender a gerenciar isto para ter uma vida mais equilibrada segundo
as exigências destes tempos. Temos que aprender a filtrar a quantidade, a
qualidade e a relevância da informação.
Senão seremos vítimas constantes da ansiedade e daí por diante de todos os
males que pode nos causar. Desde viver o tempo todo num estado de
desconforto e insegurança, até dificuldades de aprendizado, problemas de
relacionamento e queda de produtividade no trabalho. Ou seja, evitar que
aquilo que era para facilitar a sua vida, transforme-a num inferno barulhento,
bagunçado e sem começo nem fim, pé ou cabeça.

Este aprendizado exige autoconhecimento e disciplina.

É uma questão que está ligada também a reconhecer nossos limites. E a
maneira inteligente de ultrapassá-los.

Os computadores da maioria das pessoas estão entulhados de informação que

elas nunca... NUNCA vão usar! É um desperdício enorme transformar nossos
cérebros na mesma coisa.

O ponto mais importante não é acumular quantidade de informação.

A questão fundamental é ser capaz de assimilar a informação, transformá-la

num conhecimento e a partir daí, quando houver a necessidade, colocar em
prática através de nossas ações.

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Vanderlei.dallagnolo@gmail.com