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"4 Obra Completa = Vol. 16/1 ébeault-Bernheim da “réédu- de Babinski, a “ortopedia psi- de Dubois, a “psicanélise” de Freud, com énfase na idade eno \consciente, 0 “método educativo” de Adler, com fase na tendéncia ao poder e nas ficgbes conscientes, 0 “treinamen- \tégeno” de Schultz, para mencionar apenas os métodos mais co- i am desses métodos baseia-se em pressupostos psico- gicos especiais ¢ produz resultados psicol6gicos especificos, di mente comparaiveis entre si, e que as vezes nem podem ser compara- dos. Para os representantes de cada um dos pontos de vista, era por- tanto natural e m considerar err6nea a opinio do outro. Uma apreciagio objeriva dos fatos reais mostra, no entanto, que cada uum desses métodlos e teorias rem sua razao de ser, ndo s6 pelo éxito obtido em certos casos, como também por mostrarem tealidades psi- ue comprovam amplamente os respectivos pressupostos. psicorerapia, portanto, diante de uma situacdo comparé- lerna, com suas duas teorias contraditérias idera insuperavel essa c tradigio, a existéncia dos miiltiplos enfoques psicoldgicos possiveis no deveria ser pretexto para se considerarem as contradigées insu- peraveis, e as interpretacbes, veis, As contradicées em qualquer ramo da ciéncia comprovam ape- nas que 0 o| ia tem propriedades, que por ora s6 podem ser apreendidas através de antinomias; como a natureza ondulatoria e corpuscular da Inz. $6 que a psi ida que a luz, razo certamente do grande mimero de antinomias necessérias a descrigao satisfat6ria da esséncia do psiquis- ‘mo, Uma das antinomias fundamentais é a proposigio: A psique de- pende do corpo, ¢ o corpo depende da psique. Para ambas as afirma- {g0es desta antinomia existem provas Obvias, de tal maneira que um 20 objetivo nao paders decidir-se pela preponderancia da tese so- bre a antitese. A existéncia de contradigoes vilidas poe em evidéncia as dificuldades extraordindrias que o objeto da investigagao coloca & igencia do pesquisador; por isso, a0 menos por enquanto, as irmagdes que se podem fazer sio vilidas apenas relativamente. E a afirmagao s6 é valida na medida em que for indicado a que sis- 1 psiquico 0 objeto da indagacao se refere. Chegamos assim a for- jramente subjetivas ¢ ndo mensuré- “0 da ci ue € de natureza infinitamente 6 prictorpia ico dialética, que no fundo significa que a interago psiquica tnais € do que a telagéo de troca entre dois sistemas psfquicos, ver que a individualidade do sistema ¢ infinitamente variawvel, ¢ na variabilidade infinita de afirmagées de v No entanto, se individualidade fosse singularidade, {duo fosse totalmente diferente de qualquer outro individuo, a npossfvel enquanto ciéncia, isto é, ela consistiria jes subjetivas. Mas como a individua. é apenas relativa, isto €, apenas complementa a conformidade semelhanga entre os homens, as afirmagSes de validade univer. ‘on seja, as constatagdes cientificas, tornam-se possiveis. Conse- remente, estas afirmagées podem referir-se unicamente as par- « do sistema psfquico conformes, isto 6, 3s que podem ser compara- s, € portanto, apanhadas estat . dentro do sistema, A segunda antinomia a €a seguinte: O individual nao importa perante 0 genérico, ¢ nérico ndo importa perante 0 individual. Como €sabido, nao existe m elefante genérico; apenas elefantes individuais, Mas, se 0 genéri- so existsse, e houvesse uma constante multiplicidade de elefay- tes, um elefante tinico ¢ individual seria extremamente inverossimit, Estas consideragées logicas parecem estar bem longe do nosso a. Mas na medida em que sio discuss6es fundamentais sobre a ex. perincia psicoldgica adquirida até hoje, resultam em conclusdes préti- cas de relevante importincia, Se, na qualidade de psicoterapeuta, eu \e sentir como autoridade diante do paciente e, como médico, tiver a tensdo de saber algo sobre a sua individualidade e fazer afitmagoes vilidas a seu respeito, estarei demonstrando falta de espfrito critic, io estarei reconhecendo que no tenho condigies de julgar a to, lc da personalidade que est Ii & minha frente. Posso fazer decla. ies legtimas apenas a respeito do ser humano genérico, ou pelo 10s relativamente genérico, Mas como tudo o que vive s6 € encon. trado na forma individual, e visto que s6 posso afirmar sobre a indivi. iade de outrem, o que encontro em minha prépria individualida. corto 0 risco, ou de violentar 0 outro, ou de sucumbir por a0 seu poder de persuasio, Por isso, quer eu queira quer nio, se eu 1 disposto a fazer o tratamento psiquico de um individuo, tenho renunciar & minha superioridade no saber, a toda e qualquer auto.

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