You are on page 1of 13
AIDEIA DO DE STUL Ha trés maneiras de defnir o De Sti eno artigo que faz ore trospecto do movimento, escrito em 1927, Theo van Doesburg ‘tiiza a8 tes simultaneament': De Stl enquanto uma nvist, ‘De Sti enquanto um grupo de artistas rounidos em torno dessa ppublcagSoe De Sti enquanto uma idea patlhada pelos mem bros esse grupo ‘A primeira definiglo 6a mais comoda, pois deriva de um com us defnidoa primeira edo da revista apareceu em Leiden em ‘utulbeo de 1917, ea ikima em 1932, camo homenagem pést- ‘ma aVan Doesburg logo apés sua morte em um sanatrio su. No entantoo proprio ecletismo da revista, sua abertua a todos ‘os aspectos da vanguard europela, podia fazer com que se di~ vidasse de que 0 De Stil ivesse qualquer identidade espectca enguanto movimento. Segundo essa definig, tudo que apare «eutem De Sti “De Sif. Contudo, clasfcaros dadaistas Hugo Ball, Hans Arp Flan Richter, o futurist italiano Gino Severin, © consrutivsta russ El Lissitzky e o escultor Constantin Bran cus entre os “prinipaiscolaboradores" de De Sti como Van Doesburg faz no retrospect de 1927 (para nio falar da incluso ide Aldo Camini e L K-Bonset, isto & 0 proprio Van Doesburg tisfargado de ftursta e dadaista),equivale a ignorarcompleta- mente 0 que determinou a forga €a unidade do grupo de van suarda holandé? Na verdade, & a segunda definigio, ado De Stil como um sruporestrito, que €a mais frequentementeaceta, Fla etabele- ce uma hierarquia simples, baseada na precedéncia histriea, entre um punhado de fundaoresholandeses eum destacarnen to heterogéneo de novos membros casmopolitas que aderram em diferentes momentos para peeencher 0 vazio deisado pelos que desetavam, Em termos geri, o fundadores so os que a Sinaram o Prineiro Manfsto do De Stil, publicado em novem- bro de 1918; os pintoes Piet Mondrian ¢ 0 huingaro de nase ‘mento Vilmos Huscar, os arquitetos Jan Wil e Robert vat Ff, ‘escultor belga George Vintngetoo, o pocta Antony Kok (que ppublcou pouco) ¢,é claro, Van Doesburg. o honme-orcheste 9 Uiico elo verdadeiro entre os membros do gripo coragio da ‘movimento, Devemos arescentar a esses nome odo pintor Ratt van der Leck (ue jéhavia dei De Sti antes da publcago do manifesto eos dos anquitetos Creit Rietveld.) P. Oud fo pi ‘mei ainda nao hava se juntado ao grupo a esa altura, embora i tivesse prodluzdo uma verso no pintada de Caden vermetha ‘az, que sua forma pintada - se tomnara o pont de referén «ia do movimento; 0 outro nunca assinow nenhum texto cole vo). Com excegio do arguiteto Comelis van Eesteren, todos 08 ‘novos membros seyuiram carreras independentes do Dr Si © s6e assocaram brevemente a0 movimento quando este festa va chegando ao fim. Por exemple, o misico norte-amerieano ‘George Antheil, que obtewe seu” pinura modems chego aor um pono em que pops cor olor soa a args. Ela chegoua esse poo pore ‘Sos mes de expres Krah pulicadon A representagdo do {Grp edo espace por mo da perepecth fo abundonada aga (Sein sper Usa qu aneme continadade espacal (-) ‘pntra je arguitetnis porque seme, em se por mei de ses opi recurs ao mesmo eancete que a arqutetura~espagoe Fiano.” expressed asim, a sta coisa” mas de maneta Des primeira mavimentoorginam-se a totalidade dos pro jets de interior colorstas dean der Leck, na maoria das vezes ho ealizados, cs primeits intriores de HuszareVan Doesburg (verfg. 33) oatelié de Mondrian em Faris seu Projet de Salon our Madame B. Dresden de 1926 (ig, 3). Essas obras partifham uma concept etic de aruitetra: cada cbmodo & ratado se ptadamente, como utna soma de pares, uma cai com ses Thos, o que se explca plo ato de que, em cada caso, oatsta tra balhava dentro dos limites de uma arguitetura preexstente. ‘© segundo movimento & 0 resultado da colaboragéo numa aventura que dew crradoa primeira colaboragio autentica entre tim pintor eum arguiteto do grupo De Stil sto & Van Doesburg fea equipe de Oud, para a casa de frias De Vent de 1917 (em Noontwikerhout) e- mais tarde, para o complexo residencial Sjmgen, em Roterd (1918-21) Se colaboragio terminou em. dlesavenca (Oud tejetou os tims projetos colorist de Van Doesburg para Spang), assim foi porque apesar do esfrgo he: roico deVn Doesburg em integara cor na arguitetura (ao longo tdecada edifiio, tanto interna como extemament, as portas ef elas foram concebidas segundo uma sequéncia de cores que Contrapunham), a mediocrdade da propria arquitetura (ig. 35) Jevou 6 pintor a planejar seu esquema de cor de maneia inde pencente da estado ef, Oesquema de cr fi concebido om efencia ao edifici todo ~ a parede dexou de sera uni de bisica— em oposigo, portant, aos elementos arguitetnicos indiiduais™ Hi um paradoxo aqui fo ustamente porgue a at quitetura simetrcae repetitiva de Oud representava a antitee sbsolta do principio do De Sif que Van Doesburg fo evado a inventar um tipo de integragio negation baseala na eiminagio vi sul da arguitetra pela pintura. (Com excegio do Proto para ft Irie Parmer, de 1919 (8g 36), fortementeinfluencado por Frank Lloye Weight, a obra iniial de Oud carateriea-e pela te tio e pela simetrias portanto, sua contrbuigio ao De Sti i Int se. ns poucos artigos trios na revista) ’ arqiteturaincorporae une~a pnturasltaeWibert” es sreveu Van Doesburg em 1918", Dessa forma, o oblique “ele nents’ que surge pela primeira vez em um estido colorido de Nin Doesburg para o projto de um “sagudo de universidade" ile\an Festeren (ig. 37), um ano depois em um esbogo de Van DDoesburg para um “quarto de flores” na vila Mallet Stevens fonsruida em Hyerese,fnalmente, em grande escala, no Caf Juste de Estrasburg, em 1928, langou em todas esas cases, um ataque conta a stuagio aguitetnicapreesstente, Eb © obliquo eontestaseo principio deintegragio do Dr St no bite da pintur, ele satistzia esse principio na nove especial do interior abstato Ali ele ndo &“aplicado rata-s, ante um elemento que tem uma fungSe (ronicamente, una UNG antifuncionalisa), a de camuflro esqueleto horizontal-verti ‘bo efi (seu aspecto “natural” ¢anatmico) Pra Van, burg, essa camuflagem era absolutamente necessria para que interior funcionasse como um too abstratoe no biertquly “Todavia, oblique no foi a tina solugao pa a ov ta Inegradora, come Huszar e Rietveld demonstaram em se teaordindrio Pail de Berlin (1923; fig 38): a peopl jung das superfcesaquitetinicas (pares piso teto)podia sere mentarzada utiizando-se o eanto camo um agente visual ‘ontinuidade espacial. Em seu iter, os planos colordos tados sobre as paredes nao param onde as superfcies dela ‘encontram, masse sobzepdem,prosseuem pata além do i ‘tiando uma espécie de deslocamento espacial e obvigand) ‘espectador gira o compo ou a olhar em tas as dies, pllando a0 maximo suas préprias possbilidaes, a pintaa es vye um problema que pertence inteiramente 8 arquitetura = irculago no espago. De med invers, como o espaco argu ‘nico ino fosse preexistent,o projeto do pailhao mateo naseimento de uma problemtieaarquitetnica que se toms ‘aractristca do De Sti (0 fato dese esta uma obra de ag ‘ura para exposics,explictamente empenhads em dema sua maderidade,difelmente pode ser entendido com coincidénca). Nao se podeia querer melhor prova daa de que 80 & possvel obter a unido das artes quand ead dela aleangou o mais alto grau de autonomia, ‘A contribuiglo do De Stil para a argitetura & muito importante quantitativamente da que em geal se acredi ‘das casas que Robert vant Hoff constr em 1916 an Fundagao do movimento) so agradivese hail dosos past de Wright; as construe de Jan Wis flertam um poueo coma ‘co (no por acaso que ele abandona quase mediator movimento); quanto a Oud, sua obra argettetOnica mais in sant, executada apds seu rompimenta com Vin Doosbuy ‘ito mais a ver com a assim chamada Internacional da NG Sachlchkeit do que com o De Sti (poder-s-ia dizer que eu

You might also like