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NORMAS CONSTITUCIONAIS INCONSTITUCIONAIS? lncoreshen 7 Pipe Les onde ot Deve lane ‘ ‘testo ‘ean 2 re ‘isto 2B nn Into mM Se roy oe rc NORMAS CONSTITUCIONAIS INCONSTITUCIONAIS? OTTO BACHOF 4 Profestor da Universidade de Tubingen Tn inal as: Veg J. 6.8, Mote Pal Sebel) hci Sa, 26069) NOTA DO TRADUTOR serk meesiria uma expliarzo mnito longa para ‘astifar a incision da presente pableagae, Sabre a sua oportmuidaie 0 title desta prguina mosyefa diz, tuo. Ai fase propriaments rivelucionivia do procera polie ‘ico porta diencadeado pela movimento militar de 29 de Abril de 1974 ficou marsada por dewia, atroplor + der- ‘manios, de miltipla e variada ordem, rolativamente ans lores juridicos fundamentais, que wot deiscaram dela a imagem e a lembranga de um estado de real aperverii jai ican, Com o terme dese peridorevoluconiriaecom are ‘ituionlizagto do Estads, « superade nma tal situs, jukgar-svia om desejar-sia ver extabelaido entre nis — pear hs sitios © das intecinais omisaser do legilador cons- Sitninte — wn ansttivo Estadocde-direits, que ao sfresie entorses pelo manos mas suas conotyies exes Acentct, porim, que de sérios lados sagem tacerogs sles bre 0 ntedio, 0 aleane ¢ a letimidade de cortas mormas da Constituiczo da Rapilice de. 1976, se aferidas Jastamete por aqwues valores fuadameniais, ¢ se vem pondo divide de saber st 0 tegilador ronstituinte — ele prbe prio— nao terd afta! esoritado da sua mito e dos star (Poderes ao tomar as correspondentes dvisies, disends m0 im de cotesinasbada a obra de rpscigio do império do ‘ivi, ur dele seria de esperar. Nese context, foe tam nino decises fadcais om gue algama on algamac hss. rormas foram Davder, a0 meat implement, tomo cincontitcionase, Eis astm como 0 toma da incon titucnaidade de armas icostitaionae tort de com dente cnaidade wo rosie pal Para all da explice! race da epinido police mais dicta ¢ respniselmente ligede a0 delimancno da Constieigto que ora nos rg, « com ola mls profndamente enifade, ot pontas creas em que € pita em sea, scitaram at interoggies ~ on frmaper—e at dice dies rferidas. comer perplesidade 0 meio juice (porngts. Dei que se teuha cosieads partcdarmene Mil dara conker entre ni em versa ete 8 gna ade dos arias, inelsivamone a otros ecores do pio coontualmeteintrisade, a enferincia do Prof. Ott Bach sobre tema em qestae-— cnferinca que comin, anda dejo, a mongrfa fundamental sabre 0 avo a Hitratra Soria alent. Campry ais, recordar gut a questo io & dese. ida de dora portagese: del stim vndo dar eta tntre és, ne m0 lembre, polo menos ROGEAIO SOARES, Castasatsina Neves AFonso QurIné. Mat sbretude 4 probematia gerel de Gjridiidaden da i, on do eet lahat gat tal gest, no gee tom de mit reevete ¢ heivo, acaba por reverter (come jastmense relia bom conta yo precio quo-Antereeren pore eta trades), fem side, de oto, bjt des pretenses dos soos rita havende de einer ge tama idintica rs ‘poste mo sentido de wie dsrem 08 tribamas ehedimia a ‘is is comergem moms que partem de promiscas flosifio- _jaridcase metooligicas diversas, como J. CARLOS MOREIRA, EpuaRDo Connsta ¢ ainda, em especial, Castaswerna NEVES (jd em Questio-de-facto — Questio-de-diteito agora, por iltino, em A. Revolusio e 0 Ditcito). alti, wo entonto, na nossa literatura — tao indigete, como s0 be, emo matiria de dircite constitacional am tstado em que 0 problema da vaidade dat p1 da Constibuigto baja sido espeifcamente abordado, nas nat diversas faces ¢ implicgde, sub specie da degmitica jari- dice e, onsignentemente, em ordem a averiguagio ¢ esclare cimento do sex relva pritco. Bao suprimente deta lacuna (gut a presente tradcis visa, om primeira linha, ecorer. Dive entretanto dicer-se que a gustie tratada ex pro- fesso mo estudo gue ora se aferce em tradugao portupisa contende com potas neorilgieor da degmnitca jeridicorcons- ‘isaconal, coma siamo do concito de Consitigae + 0 da natureza do poder cowstitints, we plano material, © 0 do controle coniencoso da constitwionalidae, wn plano pro- cesucl. Dai gue se pactam alin dite caller mete estado, ind que por veces sé incidentalmente oferados, pontos de vista perspetvas de sum inportinia, no respeitante a isa temitin mais vaste, exja resto erd do maior inte- reste € poveto para o leitor portygas. TE interase tanto ‘maior — sjarnas permitide rallo—y pelo que em espe- ial toca a0 altima des problemas referides, quanto se paderd dizer que 0 urecu» ati ao problema da aprecagao de wali= dais das priprias normas da Constituii permite, © bom uleames, situar de alguna mancira radicelmente —~ esmo gue em estado eparon — ez problema mais geal da compe mia on do adireito» dos tibunais ao contrlo das normas (qt slo chamales a aplicar, © qu, iluminade asi ent iene ene, 10. vse tprenier na ua ait ron Jad juin, signif & alec Nada desyjoriamos ccresentar a0 que 0 Aatar eserese ate sen estudo a tants ttlos malar. Mas nie podewor dear de sublinbar que, st as suas reflesits € as cone es a gue chess, no plano material, tim segramente ma validate que altrapatsa at frontiras do ordenamento juris ico-cnstitcional coneeto @ lag, do qual foram form ladet, importaré, pela contririe, acoutelarmo-nos da teatga de aplicar ds indo como gus antométioo ao ordenamente ‘eonsitcional portugits viente os concluies que 8 refe- rem a0. problena proctinal da compettia jndicial de control. Nao que entendamos que & de considorar excida entre ni uma tal campetinia, no respetante ao controle da eval dade» det prépriss wormas cansituionais (e, em sera da ‘jwvidicidaden da lei): pois, quanto co principio desta co Petia, afggrasenas desi logo desisioa, por si, & corre- lagi fandumentante que 0 Autor estabelce entre @ misio cdo iribunais como sorvidores + vealizadares da. ajstizan = donde Tier vem, em iti orm, sua digndade ¢ auto~ idade —e a extensdo do respective poder de controlo nor- ‘iatso, Conideragio tite, de resto, que bem poder aerescintar-se gue a idea de uma competincia dos tibanais, ‘onatural 3 sua fasgio, para a ficalicasio das ti, € algo de profandamente arraigado a tradiio juridica ¢ constiter ‘ional portuguesa, a ponto de esta ter vindo a rvelar-se pre- ursra, devine do expazo cnropen, no recobucimento expresio vat de mr contrlo coutencioso da constitucionaidade. Ors, 0 certo ainda & que, conebida mass termos a facndade de ravisio ow de controle das leis pelos sribanaisy nao parece gue 0 se mileo mais sgnfcasioo posia resid na simples ‘defesa de ume leilagzo superior ‘conagrando uma order politica sempre mais on moms contngentey mas antes ot (projestard na salvaguarda dos salores juridos fundamen ‘ais que informamy © em que reponse a constiteconalidade 0 que tudo sogere que a facldade judicial de realigagao des bis st ide estender ab controle da sux meses sjuridii- aden, s2 & gue mio suger inclassamense wma convrgincia do exame da constitacionaidade com tal controle, A respeita da questo 2 gue ra aludioss, oder-sené, mama jalan, repeir, esondeniono agai ao deity supraonstitconal, 0 argument-chave com que, pela voz de Mansiaut, a ‘Supzeme Court dar Estadas Unidos, mo famaso caso Mat Duty v, Madison, ingen, vai para dois sical, 0 exer kio do sen, prinviro entre ides, judicial review: alt is, ‘emphatically, the province and duty of the judicial department, to say what the law iso ‘Nao serd, portanto, a conpetinia das sribunat portn- guises pare 0 controlo da siridcidaden da bi, em ger, 4, em eypecial, para 0 controle da wtalidade» on da won. ‘iswconalidadey da pripria Constiticio, a aferir pela cus concordinia. com priipios jurdios superores, que not ofeecedivida. O gue st nas anolba como tuiteproblemsticy 4 sim, a posiiidade de, com base muna aparenteanalogia entre @ Tribunal Canstitniona alemio ¢ a Camisida Coms= Vitmional ‘nstitida pelo art. 283° de Contttegio que as rege, € num proieno paralelismo das respectvas com= Petinias, traspir som mais, mmatatis mutandis, para 6 nasse ordenamento consttuional, a conclsio do Astor tn tentida de que 0 monspilio decisirio do Tribunal Consti- ‘acional se estende tambim ao juizo negativo sobre a costi- ‘cionalidade ds woreas cnsitwionais (e mesmo sobre a ‘Gwrticdades da lei): somlbante Sranpacigio trade ea, no nosso cate, om que qualguer decisto jail que Tovntnalmente reese @ wvalidaden de nme pretito conshituio~ ttl (ot até simplosmente a ejaridicidaden de ama lei ordi- teria) estar obrigateriamente sajeta a cenara daguela CComistdn, noe terms do art. 242.9 da ntsa ei fundamen tal. Ora, importa tr em conta gat, ners a insituiyan da Comissio.inplicon que aes. tribunais forse retirado (coma sna Replica Federal da Alemanisasaedeny com a crigio (do Tribunal Constitacional) um integral poder de deix ‘is, em matria de ficalicarzo das kes, nem se vt — desde logo — que aqnela Comissa, ao contréri do Tribamal Cons- tituconal, posta considerar-st xm tribanal oxperior inse- ido na ordom « Biearguia judiciéria, Signiica ‘sto gut, ualer tambine para o jaizo mgato sobre a suri ‘idaden da Costu (ida lei) 0 regime do art. 282°, Yeriumes de concluin que 0 spade jai» sajre messe mo- ‘mento entre nis ania radical limitasao no exercitin plena- ‘mente responsivel dagula missio om que— para repetir tinda uma vex, paleoras jé citadas—ratica a sua edi- (pridade «© sutoridadey ¢ im. gue bivde verse, em sino Term, a ecincia medular dasa fungio, a saber adizer 0 que bo diriton. "A questo agora oflorade, esto que ofinal denancia as fraguesas. do wosse actual rigine de fscalizasio da cosh- ‘aconalidade (am regime, record-se, institniéo por forge do Pacto. Constitwcional celebrado enire as forgas politcas iis #0 poder military 0 gual rtiron & Assembla Come mint, nse pont, sna antonomia.pripria), ex, pom, wn demarade tatamente, gue to € pase! roe ‘der agi, Linitamo-ns, poi, gust 36 9 emails, ‘ponds em ralao quanto ela # merectdira de aleneia — mat ‘ao som esperar Yer @ oprtmiae de altar a0 problema (eenirasqueses mais gras do sontalajrtconl das eis), cam 0 deemobinenioadequa, em dors lg. Para os jarisas portugrses que habitualmente feguen- «literatura alin, nomeadamente a dot ramos pabli- estes, torma-se dspensvelqualguer apresentagdo de Autor. Ex alemo ans demas, poré, refit, num breve apenta- mento bicbibligrdfio, que o Prof. Otso Bachof € naw des somes cincinos da prinnira sorajin de profeires alemies posterior 2 guerra de 1939-45, grajao 2 qual cow's a tarda ‘de emprecder¢ realizar a rforma ¢ rena; do pensar da dogmniticajartdica de Além- Rw, tornade instante, obre- ‘ude ws came do dirite publi pela eifazia do Eztado demo rdtica da Repiblica Vederel ¢exigida pela nova fisinonia ¢ Pela nova bisa do Estado como um Fstado-socal-decdirit. Habiliado en 1950 em Heidelberg, jato de Walter Jeli, Peivardozent nessa Universidade, profesor em Erlangen, prinvirey + depois, desde 193s, om Tabinge, onde & ba @ dane dat profesores de dito pie, ¢ de euja Universidade foi por duas vezes Reitor, 0 Prof. Otto Bachof sempre aliou i actividade decent domrinal a expe- ritnca vida de prétce, nomeadamente coma jui, die Trix Yunis Adminisrativos © do Tribunal Constitwvionsl do Baden-Warstomberg, Esta timbose do jurista teirica« do jarste pratico marca como mota bem caractrstca ¢ onri~ ‘qeceora sua obra centifia, € nao pence censribnin Dara DB repaiade prestigio data ¢ para a Largs infaicia exerida (pelo Autor no rio javidico clei, pelo gue toc @compreci- ido « deenvolvimenis do respective diveito pibio. Derse nate fcenda bra, destoguemse agus — no domi- io do dieio constitucionl, 0 estudo fundamental sobre 0 AConito « nabureza da Estadosacal-dediriton; a ligto itoral, de 1959, 012i Fundamental poder do jain (com Traine espanbela, de 1963, 106 0 titulo Yweees ¥ Cons titucion), que conttei ama’ das mais importantes rfexies te sintese da donbrna alem sobre problema da fcalizagi0 idical da conttncionalidades a contribaizaa para tratado Sobre os direitos fandaments, editado por Betermann outros, bre «A lberdade de rofisaon ainda o artis pubicado mo "ABR sobre «A complinca da Adminisiragao para o controle ‘ aprecago de kis insnstitacionaisns — mo compa do drcto ‘sdministratvo, «© Wabilitationsscheife, de 1970, sobre (cA ate adminisratva em ordem a ecsnagaa da Adminis: tran os estar relaivr an tema dos alntereces jaridica= ‘mente proteidose diriessabjetvos no direto pablo, on da ‘Gstingao entre «Margom de ore aprciagio poder dierisimirio ‘cance javicnindeterminadon; eo aerito sobre «A dogma tienda dieta adminitrativo fac as tarefas presente da Adm: ristracdon, de 1972. Refrane-se ainds os dis volumes de and lise jrisprndencial ¢ de comentirio sob otinlo«Direito Coms- Uitwconal, Direits Administrative e Dirsto Processual ma “jsprndencia do Tribunal Administrative Federal, com sees ‘ioasedigies;e, fnalmente a covantoria do «Tratado de Direito “Adminitrtivo, de Hans J. Wolff, max suas itimas verses, [No i,j le, mas drt cane da sep citagn ce jnpete, © tm peta come. rms twas, fe ido, eee a Lda, ore tile de rc, pr mas dee ees ee (te a Unidas de Tabi, seme ob 0 Pee te Autor Pare 0 sate et om Tibia Dade gunn cio de ete die fr Gis tr lo ni, cls mfr dat dere prenitrom ets ets tna txperca profane Marcnt, © pratt, No iit Ob tat tt. fi prvi ply Dose: laden ee loechdicnst—grmion, eo, «ie det rag, Campers, pity oe 0 tia te dsr de ape wrt vata ee. pre ogame Prof. Ott Bch, dot a emia te dn 3 rete ‘obey «« pico gue par eta gan expromete trent at dade «mth ticity 0 hipaa « ‘timaot clint com ga rhe a tna Leb taat at faces qu te propersienns E omproe comes dst tambon ge Hiatt rede ogi ‘stale todas 0 ambient to tie teri qe pe rman ee aia #0 cma Iie gat ai pe tal com Profs si tents as Sips te inate phi, Una referincia, por tina, & tradusto em si mesma. Optonse iatemcionslmente por wns versio. mar kore 4 antes consderaelmente chtgada ao texto orginal: embora, certo, com algae projuigo da lesa ¢ até da liearidade do estle no se dejo corner 0 isco de reprodugir com Imevar rigor ¢ ds trait em gualger ance 0 pensamento do Autor, Ni se sequin, wo entanto, identi crttri no espeitante& divsio em pardgrafos, que foi altrada relatva- ‘mente veriaa alema preferise agiy indo ao enontro dds bibitor do liter portgsis, coferir ao dscwrso uma stratara mais de acord com gue &corvent na nossa lingua “Assnalest, om especial, que se traducin por Lei Po damental» a expreido Grundgesetz, a fi de respeitar intgralmente a divisio do legilador costtunse alem, © qual propesitadamente wvitou @ expressio Vesfassung, (= Consttuigin), em vista do cadeter provisirio que atri= Ini agunla Tesi.” Por ono lado, sublinbese que bowe 0 uidado de devcar entre parintexs 2 palaora Geleung, (on equivalents), tradegida quase simpre por avalidaden, Para advert gue significado desta, em tal cas, nao é 0 de simples eonrdria, on anstei, de waidade — sentido, este Ultime, eorrspindmte as slenio Goltigkeit. ‘Daiscete aqui, finalmente, ama palarra de agradhei ‘mento ao Dr. Heinrich Blister, do Coniro Interdscplinar de Estuioe Juriico-Econbmices, de Coimbra, pela sua ajuda critica na revisaa do texto Coimbra, Jato de 1977 J. M. Carposo pa Costa PREFACIO PARA A ‘TRADUGAO PORTUGUESA No foi sem hestar que am ao pedido pas vto- firar uma teadugio da" minha. confeéneis do. ano de apse dente que hoje, mais de um quarto de século depois, formlatn dfeentemente,e aver de mancin tas precisa, muito do que ecrevi. Amisha poigio de principio, todavia, em nada se aterouem vaste também, ¢jostamente, da minha propria expeiénca como ji. ‘As questdes dos limites da actagio estadul em todas at as formas —seja mesmo aa vente da act 10 consutninte—, da relacio cntte a legideidade 4 legaidade, das poosblidadese limites do contote judicial de legitmidade, tém de porse em toda ¢ Gualquer ordes soberana_ que se sabe vinculada 29 dist jt pote do, cm hime ern as quests da eedvia,d> setilo da valade e da forga obgatria do devo, Pressuposto da obrigaoredade da ideia de justgn pata 0 ditsico& todavia exténcia de um consenso fotialacerea pelo menos das isi fundamencis de jonisa. Apr de tis ar dvergtcis ao posmenot fei 2s protcpo. vida humane dn dgnidade Te tomes,» probicio da depraacio do home thu jes, o sito a livre desenvolvimento da eon, a cxiggacia do iguldade de tataren® Peychibiglg do aleo to, poomladon da jst, Ge evident edit Ua Bando. prdcrh cenamente desrepeitar tis peinopion poem fazer pasar também por edicts re peeigen eos att saduns que of deepen 2 Pied tpor a observdnca det pla orga. Unval ‘ils specs ance tel prem, 0 soporte do con- seis dt mata do ses ean cho pode, ot Smcyuiae tviaiet 2 brigarriedade que 0g Subjar ext convislo ura imagem demasiado opsimita do home? "A rote permanente 4s Gadus de Esades no-dediveito—susep0vel, ma wera, ser mes ene edn lg Yeape Sinidn pels fora e pelo cron, mas sanen de Set Eimetc spagada © guebrada-—pode joviea tl optnicno. [io € por acaso que a questio da obrigatoriedade de leis e de outros modos de actuacio estadual Contrisios &justiga se pe sempre com especial inten~ Sidade quondo regimes conteitios a0 Estado-de-direito So substimidas por regimes de Estado-de-direito, Bese aqui 20s jutistas o problema — que todavia vai muito para além da dimeasio juridiea—de uma cesuperacto do passado». Foi esta a situacio na Reps. blica Federal da Alemanha depois do colapso da dita dura nacional-socialista—e foi cla que constiruiu o tenscio imediato da minha conferéncia do ano de 1951 # esta hoje a situagio em Estados que tivetam fazer em tempos mais recentes a experiencia de uma ditadura. {sto pode justificar que se publique de novo aqui a conferéncia, apesar de todas as suss imperfei- 0s, de que 0 Autor est? consciente, A conferéncia dew origem, na altura em que foi proferida, uma viva discussio, Refira-se como impor- fante tomad2 de posicio em sentido contririo, na perspectiva do positivismo jutidico, o artigo de Willi- bale Apelt, na NJW 1952, p. 1 58.5 a minha resposta encontra'se no mesmo lugar, a p. 242 5° (© Tribunal Constieucional Federal, do mesmo modo ae outros txibunais alemies, reconheceur em virias, decisdes a existéncia de direito xsuprapositivos, obti- gondo também 0 legislador constituinte. Conside- mse cle competente para aferit por esse dircito 0 ditcito escrito. Também uma norma constitucional Pode ser nula, se desrespeitar em medida insuportsvel 08 postnlados fandamentais da justia B certo que o Tribuna! também declarou que a Brobabilidads de um leyishdor democetio livre lrapassac algures estes limites ¢ tio pequena que a Possibilidade tedrica de ocorrerem num Bstado-de- cdireito normas constitacionais originitiay inconsti- ttucionais quase equivale a uma impossibilidade priticn 5 (BVexIGE 1, 185 5, 225). Tsto corrobora a afiemacto acima feita de que o problema das normas constita- cionais inconstitucionais se pe menos en: perfodos de unia vida constitucional normal do que em periodos de moudanga politica radical [Deixe-se todavia em suspenso a questio de saber sea possibilidade de um legislador democritico wlerapassar (95 limites indicados é, na vetdade, tio pequena como © Tribunal Constituclonal Federal eré. Em qualquer ‘caso, 0 fenimeno (s6 na aparéncia paradosal) de rnormas constitucionais inconstitucionals aio deveri et esquecido, como adverténcia permanente de que 4 omnipoténdia do Estado term limites ‘Tubingen, Marco de 1977 PREFACIO A jovenigato que to wegue sero no ete 4 liso inaugural provera pelo Awor em Heelers, tengo de Jthe de 1st [As quests da pode d ocorrnca de not invldas, bem como de win cotespondente diets jadi de contol, representa tin problema par fularmente acta! do dicvo consctonal du Rep tie Feder! da Meats dor noon dias Mow. tzama0 0 considera! nimero de dees doc dveram jf de se ccupar desas questi, © 48 fo owes, ainda que mh mar pate ds aos apenas o Sion, tomadas de posto da dovtsinn, Tanto a E pat admirar que fle até agora urn expesigto de cotjont Ted conribuldo par eta reserva a cconsnci de haverem sido preeios contains parla mente eontoverot sob pono de viva police gue ‘8 maior pate das ves, dram conreuente gat 48 dacussber até aqui vetiiadas vo que Regus ‘ence fol proc & objecividade ds roma de 5 partido, Isto, poréen, no pode impedir a citncia de se ocupar deste importante problems jutidico-const tucional, o qoal vai, no seu significado, muito além dos ensejos que motivaram 25 discussdes havidas até a0 presente ‘Atendendo i abertura do Tribunal Consttucional Federal, a tentativa de uma investigacto de base seria necessitia e patticularmente estimolante. Todavia, na actual situagio © sobretudo tendo em conta a extengio adequada a uma coaferéncia — que, entre oueras coisas, obrigow também a renunciar a uma discussdo da lite ratara mais antiga sobre o assunto— a presente inves- tigaglo mio pide ser esgotante. Ela nfo pretende ser mais, por conteguinte, do que uma contribuicio para fo debate: o que se gostaria, em verdade, é que ela iscussio de base sobre as nossis questies. abrisse Stuttgart, Setembro de 1951 OB, 1 Ae poses até agora adopades nu jeepudtocla « ma 4+ Poussin oo Piast te 0 coves de Conse 1 Goo om etd formal set mal osm tae Ge as como 1 Wilco Contigo ect, 1) tows de wie concn gt 1) tonics ion ate dco (ee sn ite * 2 ionacsd ia) eta “a Abreviaturas (Grungeves (2 et Poa Ree Ra tome eS Jonah Wechnchit ‘New acne Woche I jormas constitucionais invilidas e competéacia licial de controlo como problema juridico- -constitucional [A permanéaca de uma Constitigto depende em imei linha da medida em que ca for adoquada mssio integradora que The ce face &comunidage ‘la mesma sconstiti ‘Una proresio judicial, sinds que completa, ato saver una Consttigho que fhe nessa missio, sim como também, inveramente, fits de pro: judicial aio tem de representa necessriament ecuizo pa ums Consizao dotada de genuina eckieintegradora, *Todava, nto poders avliaese em pouco 0 sgai- fo de wna extensa protcejio judi da Cons jtaigio, tal como a consagrada, em medida antes no fconbecida ma Aleman, pela Lei Fundamental de Bonn e pela Lei sobre o Tribunal Constitucional Fede- fal, de 13-51951 (BOSI. I, p. 243), E sum Bsado fom divisio de podetes —-mas apenas neste —€ de om também sa con todo consequet cedida, © até em especial medide, face a0 lejlativ. © facto de haver sido justamente um acto do legis: lavo—a chamada lei de autoris pio —que esate ticulou (aer ae Angele glaien bat) definisivamente, © sob uma aparéncia de preservagio da legalidade, a Constituicio da Repablics de Weimar pode ter contr. baido para dotar o Tribunal Constitucional Federal, ‘como guasda da Constituigio, de poderes estraordina. riamente arplos precisamente face 20 legslador. A jurisprudéncia constitucional pode, ela propria, contribuir em medida consideravel pata tornat viva a ficicia integradora da Constituigi. A contemplacio das corresponilentes normas da Le. Fundamental —art. 93, 9. 1, alinea 2; att. 100 — sugere a ideia de que o respectivo legslados, no tocante a0 conttolo de «constinucionalidader de normas jut!= dicas, peason em primeira linha, se nko mesino excle- sivamente, no conteolo de normas jutidicas wh a Constituigio, que serviré de padeio, com refertacia & sua compatiblidade com at normas constitucionais: seja 0 controlo de leis ordinérias de um Estado fede- ado no que respeita 4 sua conformidade com a Cons- tituigio deste Estado federado, sxja 0 controto do direito dos Estados federados (inclusive do discito consttucional dos Estados federados) assim como de leis ordinirias federais no que respeita a sea conformi- dede com a Lei Fundamental ‘Todavia, também pode coaceber-se uma «incons titucionalidader de normas constitucionais (am 35 € © ‘mesmo plano) e também ela alo pode set pura € simplesmente excepenada do conteolo judicial Isto resulta jé do facto de a Lei Fundamental, no art. 79, n° 5, declarar indletivels alguns dos seus preceitos. Se porventurs, apesar disso, uma. seme nel —conscientemente oa mesmo alo, intencionalmente, em co Ja de wma errada avaliagio do sleance da norma modificadora ou da eclarada como imodificavel — fosse aprovada e publi- fada na forma de uma lei de revisio da Consituicto, 2 notma modifcadors tcivindicaria para si pt6pria a {qualidade de norma constitucional efcaz,¢ n0 eatanto, Simultanearente, medida pela norma da Constiuigio {te af vinalterivels, seria inconsttucional. Nio vejo Thaate alt nenhuma rario pela qual nto devesse pod reese a0 Tsibunal Constitacional Pedecal também num tal caso: de contririo, deixaria de exerces das. suas mais estenciais fangBes como guacda da Constituigio; além disso, a letra do art. 93, 29 4, linea 2, € do art. 490, 2.9 nfo vai contra essa solu lo, pois sdiveito federaby ou aleis também o € uma Tei de alteragio ds Lei Fondamental Para Ii da citcunstincia apontads, as [A aumerosas discussées, na doutrina ¢ aa jurisprudéncia, sobre a fquestio de saber se uma norma da Lei Fundamental E conteitia 4 esta Lei ov uma norma da Constituicio acne SI ae en ae it a Veo ca dem Fstado fora € conti a esta mina Conse fiigto ~ questo que nio rar veacsinclla tamern 2 da inealcade de ts nocras posite do dina oral (dnivo preestadvaly supeesady, nope positivo, dircko natcal)—tnontam que a goes 4 possbildade de ocorréncn de nommas conse ions nconntuconaisouy dum modo ges se fides, e da sua apreciagio, representa de facto tn import © acta! problema juriiceconsesiona! Nele import ditingir a questi jute mate de saber see sob que presspostos um oma, da Gonstiuio pode ser inconsiuconl ou ns medida taldade — inva or iftacpto de dict spralepl, & gui real de a conepontet ee judi de contol, em especial por pate dor ti bunais constitucionais, * ae Visto que o seu caso nto & prolemitco, demos dca de lado oa nora anise sabsequene re ero do ponto de vist jridico-mateil como do. pro exssal as normas constucionis dos Ea fle rade gue sejam porveatutsnconcvacionais por ina. fo da Lei Fundamental © juzo mci sot clas 4 Quees ering sgl an pom «expe ait atl, serena Sata igi Quod pra deem rs ‘iv pr dor ano wm cn et Jods 4 guia'se pela norma de colisio do art. 5x da Lei Pans tlamental, ¢ a inclasio do seu controlo, no aspecto pro- cessual, na competéncia do Tribunal Constitueional Federal, segundo 0 att. 95, 0.° 1, alinea 2, ¢ 0 rt. 100, 0 1, da mesma Lei, #30 pode softer duvida * Mais dificil € apreciacio de na eventual incom. ptibilidade de normas constitucionais dos Estados, federados ou da Federagio com 0 direito de osapayis. Na verdade, o poder constituinte da Federacio ¢ dos Estados federados subsiste por enquanto apenas ‘ng quadro do Estatuto da ocupacio © do diecito da ‘ocupagio emitida com base no mesmo Estatuto ou por ele mantido, de mancita que o Estatuto da ocupa- —em conctetizacio da mixima «cuius occupatio ius constitution’, derivada do cacieter de inter ‘gio daquela— representa ele pe6prio uma componente cssencial da Constituigdo alemi-ocideneal do presente, de certo modo uma espécie de Constiquicio superior. (s tsibunais constcucionais devem considerar-se obsic gados 2 recusar aplicagio a qualquer norma juridica alemi, ¢, portanto, também a uma norma constitu- ional alemi, =e, no contzolo incidental a que tém de proveder, se aputas a sus incompatibilidade com o diseito da ocupacio: results isto do facto de nilo se roconheeer 4 fieuldade judicial de controlo 20 res peleante A validade (Geltung) do digsico da ocupacio, (are. 5, 2.9 1, da Lei n° 13 do Alto-Comissariado, Aliado). Outer questio, porém, € saber se os tribunsis constivucionais podem, alo s6 proceder a um tal controle incidental, mas também ocupat-se da questio da validade de normas juridiess alemas, sob 0 ponto, de vista da sua incompatibilidade com o diteito da ‘ocupacio, como quests printpal —portanto, e nomea- damente, saber se uma norma jusidica que inf direico da ocupagio & sinconstitucionaly no. sen do art. 100, m9 1, da Lei Fundamental A letra da lei depde contra uma tal hips compensagio, do ficto de um tribunal alemio nio poder natucalmente decidir com eficicia obrigatdria também para as pullwciae ecabanter sobre a compatibi- Tidade do direito alemio com o dizeito da ocupacio, io podevia esttair-se malama objecsio contra uma tal faculdade deciséria dos tsibuaais consticuctonais, Pois ficava sempre a possibilidade de declarar obriga totiamente a compatibilidade ow a incompatibilidade pelo menos com eficicia para as autotidades © tri bunais alomaes, do mesmo modo como justamente o ‘Tribunal Constitucional Federal decide também obi gatoriamente, nos termos do att. 100, n° 2, da Lei Fundamental, acerea da precedéncia de regeis de dirito internacional sobce leis alemis: também cxta decisto 6 pode naturalmente reclamat obriga toriedade jntra-itadual ¢ nko. juridico-internacional, orga de caso julgado epara baixon mas nio «para ‘Uma andlise mais pormeaorizada da problematica dae fica apenas esbogada tem, contudo, de deixar-se aqui de lado, pela necessidade de limitar 0 tema; 6 haves ainda de voliarse brevemente a ela no fins! dda nosta investigasio. Restringimos assim a questio da possibilidade da ‘ocorréncia de normas coastitucionais inconsticucionais (invilidas) © da competéacia dos tribunais constitue cionais para decidir a esse respeito & questio de saber se as normas constitucionais de uma determinada uunidade politica (Gemeimoeren)—em concreto: da Fede- ragio ou de um Estado federado —padem estar em contradigio com a Constituigio precisamente desea tunidade politica; se, portanto, dentro de ame sb ¢ ‘mma unidade politica, © tomando como referéncia apenas 2 sus ordem juridica, uma norma da Consttui slo pode ser inconstitucional, ¢ se os tribunais cons- titacionais competentes si0 chamados a decidie sobre uma tal contradic Devert incluir-se aqui na discussio a questio de apreciacio das normas constitucionais ditas «contriias a0 direito naturals, isto & infringindo diteito supra legal, ato s6 por causa do seu geande significado pritico, mas também em virtude da «positivagio de dlireito supralegal» operada pelas priprias Constituigdes alemis novas* e do caricter flido da fronteira entre 4 inconstitucionalidade © a contradigio com o direito natural dai decorrente, + te 4 coe apo VGH Warn, DRE. 130, 66 Mains 12 ago ” u |As posigfes até agora adoptadas ‘na jurisprodéncia e na doutrina Comegando por considerar — sem a preteasio de ser integralmente completo —as tomadas de posicio até agora conhecidas acerca da cinconstitucionalidaden, 00 de uma winvalidade» com outro fundamento, de preceitos das novas Constituicdes alemis, salea lopo a Vista 0 facto de nelas se ollar quase exclusivamente A questio da competéncia jadicial para 0 respectivo controle Tsto compreende-se, pois a questio dogmética da obrigatoriedade juridica de um preccito alo text grande significado para a pritica, se estiver suberaida 20 conhecimento judicial. Tal, posém, no nos dis- pensa de proceder a uma andlise justamente desse pro- blema, pois ele & logicamente o primeiro. ‘Albm disso, salta também & vista 0 facto de, na grande maioria dos casos, se olhar s6 4 Constituicio capi eal conch en ne eis pot, colony che Nowa ats Veta Sr iinet th EE Pate Tritt he Gro aie Py abuts age, de por (DVB. 195,19) edn do da. propria norma constitucional contestada na sua validade Tdéntica concepgi subjaz, embora_menos nitida mente, A decisio do mesmo tribunal de 10-6-1949 ", ‘0 que explica que também © voto discordante, con’ juntamente pablicado, de um dos seus membros — voto inteiramente consequente do ponto de vista do positi vismo juridico, por aquele professado express nerbis— se volte justamente contra facto de que 0 VerfGH1, no caso de um juizo juridico-material diverso, deveria % To eld pee onde eta ate send Te i pte a) ec Ev oa tee proferide a seguinte decisio: «a disposigio do art. X da Constituigio da Baviera é inconstitucio- aly ®, 2 A donsring Na doutriaa as opines estio iguaente vidas, tus, cx compart, contre’ al ais Forvemente representada a ontentagio que toma como padido da consitcionalidade 0 ditto constituconsl matrie ¢ famfsim pretend extender a competincia judicial de controlo & compatibildede de norms da Convimya» Sinplesmente formals com o dito cantina matt rial e até em pate com o dito spraeal. Wangan" e Heviavp™ partem, cas andlises que fazem acerca da valdade do att 131, 3° perfodo, da [Lei Fandemenal, de um concito pariacate formalde Consiuisio. B certo que ambos considera inraido esse preceto, tis unieumente por cana dasa pretense Yiolagio do diteito da ocupago: ji a conttadigio com panos importantes da Let Fundamental ao ronan Ch anh, ane el a Vf he ee de cgaoip VeruRape 0 tae tata, 08 denon dna edi Mion Sree, 14), B39 DOV ate a a © prectito invilido, «pois, estando contido na Lei Fundamental de Bonn, ele proprio é um preceto constitucional formal *!, Conirs a possibilidade de normas da Constituigio inconstitucionais ow, em geral, invilidas, mat em especial contra uni correspondeate direito de controlo dos tribunais, inclusive dos eribunais constitucionsis, pronuncioa-se muito energicamente Aeru*. Critica ele com toda a crucza a decisio do VirfGH da Baviora de 2¢-4-1950, acima citada. O VerfGH, que & com- ppetente para verificar se uma lei esti de harmonia com a Constituigio, chama igualmente a sia faculdade dedeclasar mulas disposigdes da Constituicao, usurpando desta maneica o direito de legslagio constitucional "8, [Nao pode ser missio da jusisdicao chamar a sio direito oli, ms wet psetee (Die mn fg mre ma ‘emia, tn 9m.) pa Die cpm Mai, 91) > sin Vejen a — mee Secpios (Gime de Boye)” ie ea 0 Tepe Be ee iad “ce Seti pa se ot Sea minal cn stat nt cee Sct deere Wet om sa tse wate © lt 26 de legislagdo constitucfonal, isto é, 0 direito supremo cconfetido 20 poder legislativo © 20 povo no seu con- junto na repiblica democritica; responsivel pelo sis- tema de valores sobre o qual se ergue uma Constitui- glo, e pelo qual tém de aferie-se a sua bondade © a sua valia, é 0 povo todo e alo um tribunal de nove homens.” Nem s6 a jurisdisio pode ser guatds da Constivaigio: guarda da Constituigio também 0 é 0 Paslamento (Landtag) Nestas afiemasdes de Ars exprimem-se duas ideias: & rorandamente recusada a faculdade de os tribunals, inclusive os tribunals constitucionais, consi- derarem como invalidas, seja qual for 0 fundamento, rnormas da Constivuigio; mas, além disso, & negada toda a possbilidade de contradigio de normas cons- titucionais com o dieito supralegal, pois parte-se da ideia de que o legislador constitucional € aaténme 0 ‘stabelecimento do sistema de nubrer da Constituigio, ‘com o que se repudia a existéacia daquele dircio, De entre a mais recente literatura estrangeira pode mencionar-se aqui a pormenorizada exposigio de Sras- ‘NER, tanto mais que ela se ocupa também do direito alemio, embora nto sinda da Lei Fundamental, © sim da Constituisio de Weimaz. Spanser sustenta a opiniso, iavocando ens particular Kuisen, de que uma compettncia judicial de controlo s6 € admissivel Die ire Prin te Gute and Verba ity 190 sprint ea Wp ch Som pce nls Veta e Veione dr Dat State, fecata fp 8 9 (06 27 sama: aml rss dite «tomando como padtio a Constituigion e de que, pelo contritio, mio pode ter lugar um controlo segundo ritérios extrapositivos porque © recurso a estes exi- térios é susceptivel, en larga medida, de por em perigo 4 subsisténcia da jurisdicto constitucional. A jurisdiclo constitucional é como qualquer jurisdigto, execugio de normet. Os confitos jusidicos a resolver perante ela sio conflitos constitucionais, no sentido de que o «aso presente 20 tribunal tem de set decidido segundo as normas da Consttuigio, da lei constitucional. Com esta assergio fica jé fundamentalmente respondida a questio do dircito aplicivel pelo tribunal constita. ional: sto-no as his cnsitwionsit e, portanto, fun damentalmente apenas elas. Todavia, também o dito eonsetadnirio 0 dominio da Constituigho matetial pode servit de base 20 controlo judicial, na medida fem que 2 ordem juridica de um certo Estado admita © dircito consuctudinério como fonte do direito eons. titucional. A prova do petigo entrevisto no recurso & normas exttapositvas, encontea-a SpaxvEt na jurisprudéncia, a Supreme Conrt dos Estados Unidos, a qual, a0 intco- azir a Constituigio, por via interpretativa, prinei- ios de dircito natural, especialmente na sua juris rudéncia sobre a legislasio do New-Deal, ultrapassou (8 seus limites e justamente por isso enttou em con- ito com o Presidente. A jutisdisio constitucional ‘tem os seus limites onde jé nao podem ser aplicadas ‘normas jucidicas. A jurisprudéncia ulteapassa os seus limites quando qucira is, sem autorizacio especial, além da interpretacio e aplicacso do diteito vigente, Contea 0 recurso a critérios extrapositivos pronun- ciowse igualmente Anwor#, E certo que ele de ‘maneira-nenhuma recusa, em principio, 0 «dircito natural, s6 que nio 0 considera acessvel 2 uma tegula- arentcio leg: al ditt ano € de modo sizum sintonizaveln. O gue os 6ngios legislativos, 20 emitit 4 lei sobre 0 Tribunal Constitueional Federal, podiam e tinham de limitar-se a fazer, era criar um tribunal para a execugio da Lei Fundamental, tribunal para 2 jurisdicso do qual esta Lei constitu 0 tnico padcio. Com razio se disse, portanto, que diante do forum do Tribunal Consttucional Federal a questio do direito satuzal no pode ser objecto de decisio, Tnsex* reconhece, por um lado, reportando-se a E.y. Hipeer ®, que também os chamados «peincipios constitativos menos patentes do sentido da Constitui- Glo» pettencem i «Constituigiow enquanto padrio de controlo, Mas, por outeo lado, parte do suposto de que (© reconhecimento da competéncia judicial de contzolo rio pode pér em causa nem a postividade da Lei Fundamental, nem a sua obrigatoriedade, ou seja, 2 sua legitimidade na dupla feigio que esta pode assum. ‘A controvérsia sobre a questio de saber se 0 patio supremo para o exercicio da competéncia judicial de ‘controlo reside em normas supra-estaduais, principios do aditeito natural» ow outros valores metafisions, © BBV soniye Dake Leite gon, irs Kr Kaiti mi 19 in «Td, 29 s€ 0 tribunal que detém a faculdade de controlo pode © deve negar aplicayio a uma lei com fundamento a violagio deles, ficou praticamente tesolvida com 4 decisio da Lei Fundamental sobre a aplicablidade ditecia (Akmalitit) dos direitos fundamentais ‘ela teconhecidos (art. 1, n 3) e sobte a vineulacio da 4a legislagio 4 cordem constitucionaly (art. 20, 3) € 20 principio da igualdade (art. 3, n.° 1). A incor PPotacio materi de tais valores supremos nun sistema onstitucional, através do reconhecimento da aplica. bilidade directa dos direitos fundamentais situltanea. ‘cate com uma declatacio de obrigatotiedade para o legislador, significa 2 sue sujeigto (do lgislador) 3 ‘«Consttuigion entendida com esse sentido, dis ensa o titular da competéncia judicial de eontralo do. sncargo de aplicar 4 norma em exame ctitérios valo. ‘ativos situados para além eacima da Coostituigio, Al faser de uma possiblidade de contsolo da «cons: titucionalidade da Constituigion pelos tribuaais ‘cons. titucionais pronuncia-se expressamente Garws ™ A objecsio de que um artigo da Constituigio mio & ‘ums alei», sobre caja wconstitucionalidade» se pudesse lscutir, mas se situa, como elemento integrante da Consttuigio, acima de todas as leis, nio pode consi. derar-se decisiva no quadzo de um sistema constitu ial em que Constituigio nto vale como um acto de um poder absoluto de decisio, despido de todas 29 emi he Rati st. hn Vo xe ses jut cootn, a pipes, viaclagies ject, mas se enconten, att pretence’ de sommas que Ihe es spe, ulema Exe viaclaglo futdica do. poder de ‘eso do tos oa aa adn dil iidos por ao ndo, toda © qualquer Constsito “toons un beri son eclcia tn dermis principio juridicos intangiveis, que to justificam mola oslo contains (depcotade da sega cpt por iy oso aaaccta dt Contest, sempre que 4 Do esa rants una dvs constiint ramen sevOico- fino ae cuca pr 0 teins Levantando-se objecgies a legalidade on seo ea const ge asso de “psoas a Costar) oc 2s ont Hoar » un ag iy in pn comstticona. A competent de on. trld de um tribunal constucona tative 8 cone tacoma da ey range também »fcedade de contol, nea includ lava 4 econtulonal de da Consiga» ™ Seno in, rn tla seme Grit aiid nn pad? (Een te spt MIP ; et wee rrr—(“—~™s—SMSSS— ‘Também Kons se manifesta afavor de uma muito ampla faculdade judicial de controlo das normas cons titucionais. Entende ele ® que 0 contzolo da validade de uma norma coastitucional allo € atingido, na ver dade, pelo teor dos arts. 152 © 133 da Constiruigio do Hessen, que retiram a0 juiz («il.: 20 juiz do pro- cesso) 0 digeito de negat a constitucionalidade das leis e regulamentos jaridicos. Atendo-nos ao sentido de semelhantes disposigdes, 0 que havers em todo 0 caso & de reservarse também 20 tribunal constitucional, por forea do argumento «a minori ad majus», a facule dade de negar a consttucionalidade formal ou material de preceitos da Constituigio, Kxlots, portanto, pres- supde agai manifestamente como um dado a Faculdade judicial de controlo no tocante & constitucionalidade de preceitos da Constituigio», apenas se Ibe afigurando susceptivel de divida a questio de saber se si0 com petentes 0s fibunait desta Ow. trilunalcnstitvionl ‘Noutto lugar afiema KUcER a existéncia duma faculdade judicial de controlo no tocante a compatibili- dade de uma norma constitucional com outras aormas constitucionais ade grau superior», Diseutindo as deci- ses do OVG de Hiembargo e do VGH de Warttemberg aden (de 2-11-1949), acima mencionadas *, rejcita ele a suposicio que dai se rtira de que toda ¢ cada uma das disposigdes de um documento constitucional é ‘da mesma indole e do mesmo grau que outta qualquer A082 Gos a isposigio do mesmo documenta constitucional. Assim diz—, se a lei federal anunciada no art. 13x da Lei Fundamental nio for emitida dentro de um prazo apcoptiado, esta disposisio constitucional, que foi cconcebida como norma ttansitéria, converte-se numa ‘norma permanente: oft, semelhante «madanga de natu ezay texdu2-se numa inconstitucionalidade. Comefeito, rio s6 pelo seu caricter de nosma transitéris, mas sabretudo também por causa do seu eonteido, 0 art. 13 & comparado com as disposigdes de mais clevado grau da Lei Fundamental, uma norma de grau infimo: isto vale especialmente em relagio a0 art. 19, no 4, da Lei Fundamental. A contradiglo entre cles adquitiré plena televincia se 0 periodo transitério se cesgotar sem ser aproveitado; depois de expirado este period, essa contradigio torna-se insuportivel, em vista especialmente da promogio dos diteitos funda: mentais operads, telativameate & Constimuiglo de Wei- Lei Fundamental. Na verdade, ort. 1,09 3, tadamental qualifica os direitos Fundamentais ‘como ditcitoaplicivel diretamente, que tarsbém obriga o legislador, isto é, que também abriga, portanto, o sx Jador coustituional.. O legisiador da Lei Fundamental, pois, permitiu-se a si proprio, no art. 131, agailo que, em principio, condena. Colocando-se cle uma tio essencial emtradigao consign mermo, deveriam os tibusais, depois de decorrido um periodo transiério apro- ptiado, aterse as diiies de principio da Lei Fundamental f promover que se imponha a sua observincia face 2 ocasionsis tomadas de posigio contriias (sil: do proprio legislador da Lei Fundamental). 8 Suicumeneneeemeeennnenne me A. esta exposigio de Kedona adesiu Guest. A questo de saber se o art. 131, apesar de fazer pacte da Lei Fundamental, ¢ comrdrio & Lei Fundamental, considera-a cle eperfeitamente diseutivel», Em todo qualquer documento constitucional, como em toda qualquer lei, podem distinguir-se preceitos de impor- neia fiandamental e preceitos menos importantes: © act. 131 da Lei Fundamental perence aos preceitos ites © apenas de vigtacia limieada, € cai inteiramente fora do quadro do conteido de prin- cipio da Constiigio *. ‘Alm das posigdes mencionadas, importa. fuzer referencia as observagies de Matiacann™ a propo sito de um acdrdio do OVA de Baden (Freiberg). Matuoann deduz da esséncia da wordem constitu ional material hodietna» a prosigao do attra, vin- culante também para o legislador. Para a questi da competéncia judicial de coatrolo é irtelevante que a proibigio do arbitio se funde no art. 3, n° 1, da Lei Fundamental ou seja considetada como sesultando sem mais da nossa ordem consticucional: «inonstite- iensize, no sentido do att. 100 da Lei Fundamental, ‘mio sto apenas as infracgdes dos preceitos textual” anes got Ue ie Deca Crnos en Pate Fe i ten Di oat pn. Ae B2 typ te fnae 9 ewe bn, noe sone Po mente formulados no documento constitucional, mas também as das normas nio-escrtas da Constituicio material. A questio de saber se o juia esti autorizado, fem consequvcia da natureza suprapositiva da proibi a do arbitrio, a contsolar normas constitucionais luz desta proibigio & deixada em aberto por MALLSANN, Merece além disso uma alusio a nota de Fair susan * de que adere em principio A ese do Ver/GH de Baviers sobre a nulidade de aormas constitucionais que inftinjam direito com precedéncia sobre a Cons- Imente podem ainda seferie-se as minhas pro- prias observagdes em DRZ roy, 555. Tracei al, a propésico do controlo da validade do ast. x31 da Lei Fundamental, uma sigorosa linha de separagio entre 4 eontrariedde com a Lei Fundamental ~ incontituconall- dais ea infraecio de dircito sypralgal. A possibilidade de normas dt Lei Fundamental sezem contedrias Lei Fundamental, recusei-a, com base nos argumentos da decisio (Beseidus) do VGH de Warttemberg-Baden de 2-11-1949; pelo contritio, sustentei, como posicio de prineipio, que também o legislador sontftwitual est vinculado a0 dircito supralegal e que é possivel, por- tanto, deixar de observat, em virtade da infracgio de tal diteito, normas constitucionais positivas. J& mio posso hoje manter essa distingio com igual rigor: a isto havesi ainda de voltarse. Stasi nb Vif (Set 990, Bs s 3. Parigies assumidas no Parlamento federal ara completar a exposigio hi ainda que apontar as observagies do deputado Dr. von Mxxkarz no Parlamento federal, por ocasito da apresentacio do relatrio acezea do projecto de lei sobre o BVexkG %, © qual, reportando-se As observagies do deputado Dr. Anwor na Comisslo de assuntos juridicos e direito consttucional, ¢ rejeitando as opinides de StisreRnes, Rorsexc ¢ Juntsarzu, tomou posicio contra 0 onto de vista de que o juiz deve estar sujeito mio apenas 2 lei mas também, ou até mesmo em primeira linha, & sua consciéacia: ‘uma tal concepclo jusnatu- ralista do eatécter da jurisdicio coastitucional econtém dinamites © gera forgosamente um movimento con tririo & independéncia judicial, pois que, de harmonia com ela, o juiz pode otientarse pels directivas de ‘uma jusica perpétua, conteapondo-as is decisdes demo- criticas do Parlamento, Ao Tribunal Consttucional Federal no caberi decidie sobre principios perpétuos ‘on mio perpétuos: antes dispde da Le! Fundamental fe ainda, quando muito (1), dos principios gerais do dlireito internacional como claras directivas para a sua jurisprudéncia®, rind Dae Bt tnt ornene, en’ Riwypne (a? anero * DRE, pes ae, opel Imes kr ei 3 36 Parccou-me necessiri esta panorimica elativamente potmenorizada das posigdes até agora assumidas sobre © nosso problema, porque $6 0 seu conjunto mostra ‘onde se situam as difculdades da respectiva solugio. E manifesto que elas sio condicionadas predominan- temente por t28s circunstincias: 1, pelos diversos seatidos em que é usado 0 con- ceito de Consttusio e também fosgosamente, por ‘consequtacia, © conccito de incnstituionalidade; 12. pelas diferentes concepgbes acerca da existncia de um direito supralegal e, por consequénci, acerca. da vinelazdo ow liberdade do legislador 5. por una insaficente distingio da questio url= dico-materal da validade (Gelttng) de ura norma jutidica em especial, de uma norma consti- tucional — da questo processual de um corres- ppondente direto judicial de contro ‘ondacc, om pl ema a rot de modo bones Ile tenses ert, 3) als formers + tea in Roman, J2 97 9q,2 9 comers de acne Fo m © conceito de Constituicio 1. Constituiin eon sentido formal e-em sntide material A discussio sobre a possbilidade da ocorréncia de rnotines consttucionais inconstitucionais pressupde um tntendimento acerca do conetito de Consttuiso. Como aqui aos temos de ecupar apenas com a constitucionalidade de norma jaridias™, podemos dei- at de lado os significados atribuldos’& palavra em {que se entende por «onstituiglo» algo de diferente de um sistema de nocmas jusidicas**: pois, na ver- dade, uma norma s6 pode ser medida por normas, aio por uta situagio ou um processo evolutivo ®. 1 Stn 6 empein ofr Conti, i 28 oe ab pclae yo set an yee Reena 2a pei cine Cog ceo de pole sine aceasta vm domed as: Cas Sea, Verma Ie tanec tito, ps ie te nda sda own ‘Senlon'= Gs bent comps apr lene, Din tae wee bets pret ye No niyo cw dogo {Re ety ee panne rn, aby ncn Eoasiei wte sees polis ene ey SA SORER SE Fenaman ok Rep eet a Alon LI Eta sie denn soc). "© fem es des ptien trom on ns wi an et Scams sy, ni pt carpe “Eels ome Seg oe Sco oe ad's ous flaunt re Oe me i "oS dpe pr ioe te gna sag toe guages pum elie ds Fos, someone coe 8 Dentro do conecito de Constitigio assim delimi- ‘ado, importa, porém, distinguir ainda entee a Conti ‘isda escrita ou Constituigio em sentido formal © a Constituigio em sentido material ‘Nos termos desta distingio, Constituigio em sem tido formal seri uma lei formal qualificada essencial- mente através de caracteristicas formas # particular dades do processo de formacio e da designacto, maior difcaldade de alterasie — ou também uma pluralidade de tais leis: corsesponders, postanto, a0 contetdo global, muitas vezes mais oa menos acidental, das dlisposigbes escritas da Constituigto ®, Por Constituigio em sentido material entende-se em _gezal 0 conjunto das notmas jusidicas sobre a estratusa, atribuigdes © competéncias dos drgios supremos do Estado, sobre as instituigdes fundamentais do Estado ce sobre a posigio do cidadio no Estado“. Se se quiser delimitar 0 conceito aio objectiva mas fancionalmente, ‘entio a Constituigio em sentido material seré wo sistema ddaquelas normas que representam eomponentes essen- ciais da tentativa juridico-positiva de realizagio da tarefa posta 20 povo de um Estado de edificar 0 seu ordenamento integrador». A questio da relagio do sormit, S6 tam, pot, at re aim cae tone ‘utr endo sa) ako ep oo procona cn ‘Sinn Vrms aad Vaan (Meigs © Lalla 98) “Fete. Jenne, Atm Sie Bein, 198),.0:3% stage feo 39 ‘conceit material de Constituigio com o diteito sapra- Iepal deve por agora deixar-se aqui em suspenso. “Também pode haver discito constitucional material fora do documento constitucional; inversamente, nem todas a8 normas constitucionais formais sao direito ‘constitucional material com fungio integradora: antes ‘numerosas normas constitucionais formais devemn a sua recepgio na «Constituiglos a simples consideragdes ticticas, nomeadamente & intencio dos grupos politicos {que foram determinantes do documento constitucional de subtealzem essas normas 4 possibilidade de altera- ‘go por uma futura maioria parlamentar, A diversi- dade de grau de normas consticucionais formais, daqui resultante, traduz-se, como SwaNp exactamente subli- thou, numa questio de dirt. 2. Consttnigao ¢ direto supralegal [A questdo da relagio entre a Constituigio e 0 diteito -supralegal epré-estaduale, esupes-estadual) necessitade ‘uma anilise particulas. Loe ita. 96 lr tb Kas em NIW 9481, ‘am ates pi lo i te ny prea aco ‘Seote tr Justo conc, por ac ap peo do a SP hide Lal Fonda scene so ato Sr dowd de ves (nstiamete, porn ni, a0 at Le Peal, qu oh Fffesnno tn Enter folie tv places do tated Seybles, Gpor aos Ae a8, a" 9,6 poor dt ‘Seite mal amo, 29 peta do a 098 [pin to WekaR, ste oS ownarice no same 3 ut fia te vo pao ma vos Cds om exes do eo (ict cecal mere Yoel e Fate problema 28 apurintemate fo resolido em toda a sua extenso na Lei Fundamental pela de dircio—e bem poderia até ieamente, jks: st tole ambien, de ‘Bhoaee, SY spt noue sug a ai, por {See els) 0 (© MDM wpa nat) Sfp, Hens Seon to (t,o n proporinar 40 poskvismo oargumento dcisivo Go pont de vst ng defend, nao ce res dl, > tatanto, o argureato & prin ivocad Naor peso parceme ainda ter, pelo conti, a sequin releto: Kansew © camo uma ver ater gio para facto de wma Contigo 2 que fate 2 faratia da poblidade de desrgo os actos Fnconstuconit por ausénia de una acaldede jae Gilde controlo da constactonaliade du ise rel tents, alo posit complet obrgatosedade fae dea em send tengo, «,conseqettemente eos Siniear, do ponto de vita tent jue, enuto mis do" que um deseo. io vingolaivos "nese Aeenta,sepeindo a sgumenagio de Kessin ape Sel edn ro Spi io se as toy tame sb TEE Vnthage Se"Vitant dr Dae Satie, inoment pee dem gio vin aco ey; may veda € Elie (ti, jp iyo gry “aa oon ers esa ” nas legs imperfctae. Reconhevendo-se a existacia (negada todavia por Kersex © Sraxxen) de ditito supralegal, sso valeed, porém, em igual medida para o caricter deste dicito. A profissio de f numa ordem juridica assente em valores txanseendentes pesmanc- ‘etd, da mesma mancira, a0 fim € a0 cabo, umm adesejo, iio vineulative» por tanto tempo quanto essa ordem. jucidica carecer da possbilidade de imposigio, por falta de ums faculdade judicial de controlo segundo © conteido de dinita, e, consequentemente, por tanto tempo quanto tambim 0 nlo-direito legal, mas em particular notmas constiucionsis ilegiimas, tiverem de ser reconhecidas ¢ aplicadas pelos tribunais. © mowpiio deciséxio dos tribunais constitacionais rio conteadiz 0 prinepio da compettacia genérica de ‘ndos 08 tzibamais. Tal como também noutras questOes jaridieas 0s eribunas inferiores tm de acatar o «melhor» julzo de tsibunais superiores, assim acontece do mestno iodo aqui, no tocante & validede (Geltmg) de normas juridicas. © juiz apenas pode e deve exigir que a vali- ede (Gellang) das normas juridicas que tem de aplicar esteja sujeita a controlo judicial: exigir que qualquer juiz estivesse autorizado a proceder, cle proprio, a teste conttolo, seria contrariar 0 mandamento da segu- range juridiea © com isso, afinal de contas, por em petigo, pot seu lado, um principio da justice ". Se umn juiz pensa mio poder tomar a responsabilidade da aplieagio de normas positivas, aprsor da afitmagio da sua validade (Gilfayg) pelo competente ttibunal de conteolo, s6 Ihe festa, a men ver, a decisto pessoal de consciéncia de renunciar 4 sua fongio Nito desconheso que uma faculdade de controlo io extensa pode conter certot perigos pata a segue tanga jusidiea, mas peso que, frequentemente, estes re exageram muito™, A auto-contengio que Arrtr reclama dos tribunais coastitucionais no pode con sistie numa cendncia parcial A competéncia judicial de controlo, mas apenas a compreensio de que dircito sincortecton ou «mau» dircito nto é ainda, de modo nenhum, afo-diteito (Un Recht — Niebtriebt) ", e na ‘compreensio, bem assim, de que o direito supralegal —o adizeito narueal», nto no sentido de prineipios regulativos, mas no de aortas de conduta imediata- ‘mente jusidico-vineulativas —€ s6 aquele minimo sem © qual uma ordem ji alo mereceria a quiliticagio de ‘ordem juridica:acuidadosa delimitagio de Rappaticit** continua a aligurarse-me exemplar, apesar da pouca ego do seu stn no cece dod fil se emcee mv sot © Sadie (a= i Rt) em Cour ¢ Keres ‘Rote a Re Senge, iets i 80 nities, por cle pr6prio reconhecida, mas porventucs inevitével, doe teus contornos. De acordo com Come !', nko penso— partindo também, e justamente, da misha pr6pria experiéncia de juix— que, apesar desta falta de nite, as difeul- ddades priticas que aqui se deparam sejam invenciveis para os tribunais. As decisdes até agora proferidas, omeadamente aos primelzos tempas depois de 2935, respeitantes a validade (Gelimee) de discito. supra legal, mostram a possiblidade de dominar tais diiculdades Além disso, io seri caso para dar que pensar 0 facto de 05 tribunals que até agora aGrmaram uma correspondente comperéncia de controlo ™* ainda aio terem efectivamente aum dnico easo deelarado como invilida uma norma couttarial? Bao seth 0 ca80 de inferir dal que 0s nossos tribunais de modo algum ‘da tcc apes a pec det conto © cab cree oto Gur ae ol ‘Sto, "io wa ‘cused Condens, Became, Der aioe Res de ra rhe Veet db 6 (yey sh Ps tarts ttn Hea, Dae Wao jasamente pogo coer a de eps exc Se so do {cto piel. (Un proeeinen, slope mao dete. ‘pensam em colocat um sistema de valores proprio no logar do do legislador coastitucional? Justamente dos tibunsis constitucionais, integrados em principio por suma elite de juizes, nto havers de temerse que nko saibam observar a juste medida. E cevidente que um juiz alo esti autorimado a basear as suas decisées em concepgses sbjetitas sobre 2 justiga: tem de servirthe sempre de padsio a communis opinio de todos «0s que pensam recta € justamentes —e, na verdade, ainda que as concepsdes sobre 0 justo e'0 injusto divirjam multiplamente no pormenor, existe a tal respelto, nas questOes funds ‘mertas, laxga concordincia dentro de uma comuni- dade jusidica, pois de outro modo qualquer tentativa, de criacio de uma auténtica ordem integradora esaria, de antemio condenada 10 feacass0. Considero, por conseguinte, completamente impen- sivel que, como Aorur quer "4, um tribunal, usando fos fandamentor invocados pelo VorGH da Baviens, pudeste por exemplo reivindicar o direito de declare uma determinada forme di Estads, por excmplo a monarquia, como Wei eters», e, por consequéncia, 0 dircito de qualificar como nulo tudo 0 que na Cons” tituigio contradissesse 0 principio monirquieo. Con- cordo com Arsut em que se trata de um exemplo sgrotesco; tenho, pelo contririo, de contestar decidida- mente que, no desenvolvimento do ponto de vista fundamental do VerfGH de Baviena, uma tal possibili- dade pudesse vir a vericarse. Penso que tis perigos, se nos mio ameacam, desse ponto de vista, outros maiores, podemos.confiada- mente deixi-os vir a0 nosso encontrol O recurso 20 direito supralegal sect sempre apenas a ailima rat do Estado-de-dieito; mas justamente por isso endo» deve- slamos wtapar esta saida de recurso» E se Sraxwen aponta como ligio a jurisprudéncia da Suproms Court dos BUA, tornando responsivel pelo confito deste Tribunal com o Presidente 0 recurso a «eptincipios de direito naturals — uma tese cuja exact dio nio pode aqui averiguar-se —, a verdade é que este plo depae segaramente muito mais ¢ fer do que ‘intra usa. taljuslsprudéacia, endo-se em conta a rep tagio mio diminuida com que o Tribunal stiu do con: flito, e, bem assim, a recusa quase uninime da tentativa de Roosevelt, desencadeada pelo mesmo conilito, de reorganizat 0 Tribunal, Um confita entre um tribunal © © executive alo depoe necessariamente conta o tti- banal. Em qualquer caso, os nossos teibunais cons- titucionais mereceriam 0 maior reconhecimento, se conseguissem um dia rivalizar em reputasio © con Fanga com aquele Supeemo Teibunal !*, 85 ‘Uma vez que se fala em petigos, mio pode deixar de fazerse a observacio de que também qualquer resttigio da competéncia judicial de controlo dos tti- Dbunais consticucionais & perigosa: € que, nesse caso, rio 36 existiré 2 tentacio de um «controlo disfar- ‘sado» *, como seria também posto em causa 0 pre teadido —e, justamente por razbes de seguranca jut dica, deseive! — mompélio de decisdo, Na verdade, 05 tribunals que nto dispoem de uma faculdade propria de decisio 1d terio de submeterse sentenca do tribunal constitucional competente na medida em que este tribunal tenba efectivamente feito uso da compe- téncia de controlo; se assim do acontecer, o tribunal gue levantou a questio fica de nove livre. Assim, sm iesipodinch stlamece posites porwr lafoy mau ey cose dn chriionnridae tr do leaistiva ¢ So eneivos amy ene on Spe toe eS pio ie dn ey ro caso, por exemplo, de o tribunal de instincia con- siderar una norma constitucional incompativel com 0 dircito supealegal,e aemar também, na medida corres- pondente, 2 competéncia judicial gral de controlo, eno ‘caso de, em harmonia com a concepeio aqui defendida, submeter a questio 20 Tribunal Constirucional Federal, se 0 Tsibunal Constitucional Federal negasse a sua ccompettncia de conttolo, teria o tribunal de instincia, 1 parti de entio, para ser minimamence consequente, de proferir ele proprio a decisto, Com efeito, este ‘ikimo tribunal s6 pode ser dispensado da sua propria decisio — incambéncia cujo desempeaho € uma abri- -uglo © ni urn dieto! — na medida em quc essa tarefa for transferida pata um tribunal superior. A decisio do Tribunal Constitacional Federal s6 poderia ser vin culativa no dmbito de um eonttolo efectivamente levado ‘cabo, nlo pelo que toca a sfirmacio ou negacio do principio da competéncia de contsolo, (O exposto em nada também pode ser alterado pelo facto de a decisio ter forga de lei, aos termos do § $1 2 2, da Lei sobre o Tribunal Constitucional Federal: 0’ Tribunal Constitucional Federal decide sobte a questio de saber se a norma jucidica posta fem divida na sua validade & compativel com a Lei Fundamental ox n80 — on sje, s¢ ela € compativel como que 0 Tribunal Constitcional Federal, ao dex dir, ented por Lei Fandamentals; seo Tribunal mio compreende aj igualmente o diteito supralegal, entio ‘aa sua decisio também nko terk decidido sbsoluta- ‘mente nada acerca da compatibilidide da norma posta em causa com tal diteto, pelo que uma eventual deci- By sfo de que a norma & valida sigoiticaré apenas que 6 vilida 2 uz do texto coosttuconal, que servi de base a0 controlo, nio porém nccessatlamente & luz também de ontror ecitérios, 3+ Conclusdo: compettncia dos tribaaais enstituionais para © controlo da constirwionalidade (sulade) de normas constitucionais Como resultado do que fc dito, deve por conse- auton assenarae cm gus so tinue consiicionas também compete 0 cntrolo da cnstionaiade ie sermat da Contin, «da consiaconaiae no as fimplo sentido da valdade» (Golimg) das ‘ovtms consiteconais & ius de todo o dino ineomporaco fm Constiuigto (Lei Fundamental oa Const de um Estado federado) ou por la pressposto. Avé onde esta competinca de controlo chegaty chega ebem 2 fucaldade de decisio previsa no ar 990° tal nea z,©-90 at 100 da Lei Pundamentl, de macita cue os tbunsis consitueonais podem io. apenas Pala via do contol icidcaul, com ambern declaar Cxpressamente ssn invaldade: & pos, de splaudie, atte poato, o eateadimento do VajGH da Bers ‘sso eorrexponde, pore, a obigao. de tovos oe restate tcbunals"de_provocarem uma. deca, do tebunal constuional competemte, sempre que, pe. tendam resar 4 valida x una norma da Const S¥o, A vinelagho do tibuoal que levana a questio 6 A decisio do tribunal coastitucional s6 se verifcass, ‘contudo, aaquela mesma extensio em que este tiver procedido a um controlo, mio, pelo contritio, na ‘medida em que eventualmente ele tiver negado a possibilidade do controlo. Desejatia ao ser aqui mal entendido. Com res- peito as consequéncias priticas das decisdes tomadas ‘mediante a Lei Fundamental, estou em large medida de acordo com esi 8 em que 2 incorporagio de valores metafisicos no sistema constitucional e a sujei- lo do legislador & «Constituicion, assim entendida, ispensa o titular da competéacia judicial de controlo de aplicar 4 norma sob controlo critérios de valor situados para além ¢ acima da Consttuigio; © em que 6s tribunais, logo por taztes de praticabilidade, de futuro procuratio provavelmente na epositividade ter- rena» da Lei Fundamental 0 padrio de controle. Mas contesto que este seja 0 ilimo» padrio de controto, fe, bem assim, que sja exicto 0 «suposto»—como tal qualigeado pelo pr6prio Inses —de que através da competéacia judicial de controlo nfo possa por-se em avida nem a positividade da Li Fundamental, nem 4 sua obsigatoriedade juridica. Sequramente ndo acredito que, pelo menos quanto f alguns accuais preceitos da Lei Fundamental, uma tal vida possa ser levantada com éxito’ (ama 2 DY 1949, 499 Deals Linkin 9. 82 1S Dame od queef) colar so dat compro hie de once es tans 9 ea ty eae hush ue pie pron om tron nema no Set 7 andlise cotrespondente de todas as Consttuigdes dos a ‘Extades federaios levatia aqui demasiado longe). Isto, porém, no dispensa a necestidade de acentuar com Excurso: duas questdes particulares ‘a maior éafase a reserva do principio! A opinizo de Anwor, de que @ questio do dizeito natural nio pode de modo nenhum see objzcto de decisio no forum do Tribunal Consttucional Federal, &, por isso, de rejeitar — se dever compreender-se a por dircito natural, como porventura tem de con cluirse do contexto, também todo 0 discito supralegal |A finalizar, importa ainda tomar posigio perante dduas questdes particulaes, jf abordadas, a resposta as Goais no resulta sem mais do que ficou dito 1. Monopiio scsi dos tribunais constitcionais para Penso antes, com Rozen *, que o Tribunal Cons- delaay a esate da vigimia de wormas constituconais titucional Federal se defroataei mesmo muito. em breve com esta questi, tal como outtos tibunas se [Em face da possibilidade, que KeUoen sustenta, viram continuadamente postos perante ela nos éltimos de normas da Consttuiio se foraren inconstitacionais anos: com efeito, ainds que in conerito deva negar-se fem virtude de uma «mudanga de natarezay,levantel que a norma sob controlo infringe o direito supra- 2 questio de saber se alo. deverd mais exactamente legal, isso nfo dispensari a detisio de principio falar-se aqui, com o VGH de Wirttombers Baden ™, sobre 0 padrio de eontrolo, ¢ ur tsibunal constitu ional mal poderi continuar no caminho, seguido plo Supremo Tribunal Federal, de deixar em aber fal questo de uma eessa da vigincia em vireade da nto verficagio dos pressupostos de que o legislador constitucional partiu. Mesmo vindo a responder-se afirmativamente 2 esta questio, pronunciarsme-ia sempre, porém, tendo fem atengio 0 objetivo, prosseguido pelo art. 100 da Lei Fundamental, de uma concentragio da_ com. peténcia decséria judicial nos tsibunais constitucionais, fo sentido de uma tal eesacto da vigéncia «6 poder Xe iid et 2h ei Fmd fer declarada pelo competente tribunal conitacona sans deat eb pd nln pt, ee Embora de um ponto de vista puramente dogmitico ‘boc pen sue spree, ie ee do a Para i BEEP deadly de exseagse (DRZ 295 16) ete i ee oe rion p 8 » se possa concordar com o UGH de Warttembere- Baden fem que a cessagio da vigéncia de uma norma juridica «eo tem nada que ver com a sua inconsticacionalidaden, a verdade € que 2 cessagio da vigtncia em virtude «da ni verificagio dos pressupostos, em contraposicio a uma cessacio da vigéncia claramente deteeminada fon determinivel no tempo, tem de comum com a inconstitucionalidade verdadcirs e prépria o facto de a validade (Geltumg) da norma ser ou tornarse duvi dosa. Parecer-me-ia incompreensivel, tanto por uma razio de sistemitica da osdem juridiea, como em ateacio A exigéncia da seguranca juridica, que de facto os tribunais de instincia no pudestem por si declarar a incompatibilidade de uma lei ordinérie com, uma norma constitucional, mas pudessem estabelecer definitivamente, 00 « cio de uma competéncia pad ln Comituicio jd nl esth «em pris, que uma norma vigor B porsivel que também estas consideragestenham determinado 0 VeiGH ds Ravoe proece wina dec So express sobre a contimupio da vigincia de wma aorma constiticional que, segundo o que 0. Tre banal considerow, wecontatia 0 seu term, isto & DVB pri ef Se Rat cn War Repel, os OF 0 Fa ep DL ies deixaria de vigorat, mesmo sem sevogacio express, com o fim da situagio excepeional que a eondi- a. Imietincia de monoplio decisivo ses tribunaisconsti- twionsis pore dsclarar a compatbilidade de normas de Aireto alemio com o dirito da ocupagao HG, por altima, que voltar ainda, em breves pala- vas, 1 questo da competéncia de controlo dos tri- Tbunais constitucionais face a0 divito da ocypupiy que se abordow de entrada. ‘A ideia, subjacente ao art, 100 da Lei Fundamental, de uma concenteagio da competéncia judicial de con- teolo poderia depor no sentido de reservar também 0s ttibunais conttaconais a decisio sobre a invalidade de leis alemie em virtade da sua incompatibilidade com ¢ diteito da ocapagio. Isto seria peefeiamente possivel, como se disse acima, na p. 16, com a limita- Glo, evidentemente, de a efcicia de tais decisées ser testrita is autoridades ¢ tsibunais alemes Todavia, © att. 100 da Lei Fundamental aio pet- ‘mive uma tal inerpretagio. Uma infracgio do ditsito da ocupagio alo representa qualquer violacio da Constituisio de wm Estado federado on da Lei Fun- damental "; diferentemente do dirsito supralegal, 0 Po dircito da ocupacio mio esté incorporado nas Consti- tuigdes, nem sequer também é pressuposto expressa- mente pela Lei Fundamental e pela maior parte das ConstituigSes dos Estados federados; a Lei Funda- mental paste justamente, pelo contririo, da «fegio da alo-ocupagion ™. Pastindo-se desta fesio, com- preende-se que a Tei Fundamental também ignore completamente no aft. x00 (como no att. 93) 0 discito a ocupasio, pelo que niio seri legitimo inclu, por via inceepretativa, aa constitucionalidade, objecto do controlo, a compatibilidade do direito alemzo com 0 dieito da ocupacto, Dececto que isto no teria necessariamente impe- ido o legislador federal de confiae também 20 Tri bunal Constiucional Federal, nos termos do art. 95, a2, da Lei Fundamental, o conttolo dessa compatibil- dade: no sentido de assim se proceder poderiam ter smiliado consideragies de ordem pritica. Mas, por outro lado, a partir da natural cendéneia para uma iminaigio da importincia do diteito da ocapasio, compreende-se que 0 legislador alemio tens pres- cindido de, por seu turno, legitimar dessa mancira tal dizcito, Como resultado, a0 entanto, subsiste, pelo tempo em que perdurar 0 direito da ocupacio, uma lacuna ‘ao despicienda 20 monopélio decisério judicial dos tribunais constitucionais. 9

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