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AULA 2
Nunca os eventos foram tão essenciais à nossa cultura conforme os dias de hoje. Atualmente
as pessoas dispõem de um tempo maior em lazer, de uma maneira mais cuidadosa de gastar
dinheiro e uma busca eminente de conhecimentos e novas sensações e experiências.
Os eventos não acontecem por acaso, sejam eles culturais, sociais, econômicos, políticos,
esportivos ou ambientais, sempre estarão relacionados em uma determinada área da vida do
ser humano. Talvez seja isso o principal aspecto pelo qual os levem a popularidade, o apoio e
o crescimento.
Para quem organiza, por exemplo, significa trabalho, iniciativa, criatividade, competência e
resultados.
Por este motivo, cada vez mais os governos apóiam e promovem eventos como parte de suas
estratégias para o desenvolvimento e crescimento econômico, social, cultural e ambiental.
Por outro lado, as empresas adotam os eventos como estratégias essenciais de marketing e de
promoção de imagem.
Números que só fazem com que o turismo de eventos de negócios e de tecnologia, por
exemplo, sejam uns dos segmentos que mais cresce em todo o mundo - 9,9%, além disso, são
considerados os que mais oferecem retorno econômico e social.
Como comprovação dessas estratégias utilizadas pelos governos e empresas, está o crescente
aumento nos anúncios de eventos nos mais diversos veículos de comunicações, mídias
existentes, que já se tornaram parte integrante de nosso dia a dia.
"Os profissionais de Marketing chegam a investir 35% de seu orçamento anual de comunicação
em feiras."
Em Pesquisa promovida pela InterScience, para jornal Meio & Mensagem, sobre as
“Tendências do Mercado Publicitário no Brasil”, realizada pelo Instituto InterScience com os
100 maiores anunciantes do país. Os resultados indicaram que a propaganda vem perdendo
terreno para outras ferramentas de marketing, entre as quais o setor eventos, que ocupa lugar
de destaque:
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Isso só mostra que dentre as diversas ferramentas do marketing, os eventos vem se
destacando como uma das formas mais rentáveis de retorno utilizadas pelas empresas.
“Marketing como um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm
aquilo que necessitam e o que desejam com criação, oferta e livre negociação de produtos e
serviços de valor com os outros”.
Portanto, marketing pode ser visto como uma função da empresa e como um processo social,
mas de maneira geral trata-se de um processo de planejamento e execução da concepção,
determinação do preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas
que satisfaçam metas individuais e organizacionais.
Assim, pode-se dizer que a realização da função de marketing nas empresas visa garantir a
compreensão sobre as características do mercado consumidor (perfil socioeconômico,
distribuição geográfica, desejos e necessidades) e do ambiente da empresa para adequar a
oferta (produto, preço, praça e promoção).
- CONCEITOS DE EVENTOS
“Evento é um acontecimento criado com a finalidade específica de alterar a história da
relação organização-público, em face das necessidades observadas. Caso esse
acontecimento não ocorresse, a relação tomaria rumo diferente e, certamente,
problemático”. Simões (1995).
“Evento é uma concentração ou reunião formal e solene de pessoas e/ou entidades realizada
em data e local especial, com o objetivo de celebrar acontecimentos importantes e significativos
e estabelecer contatos de natureza comercial, cultural, esportiva, social, familiar, religiosa,
científica etc.”. Zanella (2006).
“Evento é componente do mix da comunicação, que tem por objetivo minimizar esforços,
fazendo uso da capacidade sinérgica da qual dispõe o poder expressivo no intuito de engajar
pessoas numa idéia ou ação”. Giácomo (1993).
As conceituações de eventos podem estar inseridas até dentro da visão de uma atividade
profissional, tendo uma definição específica.
Relações Públicas:
Para os Comunicadores:
“Qualquer fato que pode gerar sensação e, por isso, ser motivo de notícia (seja esta de
cunho interno ou externo). Com base nesta definição, pode-se destacar as seguintes
características de um evento:
Uma explicação pela presença do evento em todos os setores econômicos é sua utilização
como forma de promover marcas, divulgar e comercializar produtos ou serviços e atingir o
público-alvo. Ou seja, a realização de eventos é uma parte fundamental para o êxito do
planejamento estratégico das empresas.
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Na opinião de Andrade, "o evento é considerado o fator que proporciona o maior retorno
econômico e social sobre o investimento”.
"O evento tem características de um produto - deve ser inovador, satisfazer as necessidades
do público, criar expectativas, ser acessível a um grande número de pessoas, possuir um nome
de fácil memorização e um forte apelo promocional. O bom evento é algo inusitado, inovador e
desafiante. Uma oportunidade de vivenciar algo realmente diferente, pois somente desta forma
o público vai dele participar. (...) Assim, podemos afirmar que o evento é uma promessa de
entretenimento e lazer, uma expectativa de sucesso e uma certeza de vivências emotivas. O
público, ao participar de um evento, busca distração, sucesso, emoção, beleza e novidade."
"O que torna o evento uma atividade de marketing é a sua capacidade de juntar o negócio do
patrocinador com os consumidores potenciais em um ambiente interativo. (...) Ao dele
participarem, tais pessoas interagem com o negócio do patrocinador, tomam conhecimento do
seu produto e aprendem a valorizar sua marca."
Ainda dentro do contexto de evento como ferramenta de marketing, Britto e Fontes conceituam:
Não existe consenso quanto a uma conceituação universal de evento. Por existir inúmeros
tipos de eventos, dependendo da visão de quem realiza, organiza ou participa, ele poderá ter
uma definição, conceituação diferente e por ser uma atividade dinâmica, sua conceituação tem
se modificado conforme sua evolução.
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- CLASSIFICAÇÃO DE EVENTOS
Após conhecer as diferentes formas de conceituação de eventos, é preciso atentar para a
grande variação também quanto a suas diferentes classificações. Basta observar as variadas
classificações adotadas por autores e especialistas, na tentativa de encontrar formas que
agrupem os inúmeros tipos e eventos existentes. Esses diferentes e variados agrupamentos
acontecem para ajudar a alcançar os objetivos de um estudo, uma pesquisa ou um trabalho em
andamento.
As formas de classificação mais utilizadas estão relacionadas a seguir:
Turístico: explora os recursos turísticos de uma região ou país, por meio de viagens de
conhecimento profissional ou não.
• Em relação ao público
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Eventos abertos: Propostos a um público, podem ser divididos em evento aberto por
adesão e evento aberto em geral.
• Por abrangência
São agrupados segundo o alcance do evento, na captação dos participantes. Podem ser:
Mundiais;
Internacionais;
Latino-americanos;
Nacionais (brasileiros);
Regionais;
Municipais;
Locais.
Na prática, há divergências quanto aos critérios adotados pelos donos dos eventos de
negócios, especialmente os eventos abertos, para a denominação de seus eventos. Nem todos
acatam os parâmetros acadêmicos desta classificação, como os definidos por Andrade.
Ele considera que o evento mundial deve ter membros de todos os continentes. Só será
internacional se tiver "no mínimo 20% dos participantes representando outro continente que
não aquele onde se realiza o evento".
Os eventos latino-americanos devem ter 20% de residentes em pelo menos quatro países
diferentes do país sede do evento. O evento de porte brasileiro deve "reunir participantes de
todos os estados".
• Para competição
Esta classificação abrange todo tipo de evento que permita criar uma competição e., por
conseqüência, uma premiação. Pode ser esportiva, cultural, artística etc., tais como concursos,
campeonatos, desfiles.
Permanentes: todo evento que ocorre periodicamente (mensal, semestral, anual, bienal
etc.).
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Únicos: característica de algumas tipologias, como lançamento de livros, noite de
autógrafos.
De grande porte: embora menor que o macroevento, também mobiliza milhares de pessoas,
mas é operado por empresas privadas. Um bom exemplo é a Fenasoft e a Festa do Peão de
Boiadeiro, de Barretos.
De médio porte: normalmente realizado com adesão de menos que mil participantes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÀFICA
GIACAGLIA, Maria Cecília. Organização de Eventos: teoria e prática. São Paulo: Pioneira, 2004.
(p. 39 - 41).
MATIAS, Marlene. Organização de Eventos: procedimentos e técnicas. São Paulo: Manole, 2002.
(p. 61 - 63).
MARTIN, Vanessa. Manual Prático de Eventos. São Paulo: Atlas,2008. (p. 17 - 44).
NEVES, Marcos Fava; Paiva, Helio Afonso. Planejamento Estratégico de Eventos. São Paulo:
Atlas, 2008. (p. 1 – 7).