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Produção (1.000 t)
Rendimento (kg.ha-1)
2. Origem e Evolução
O milho, sendo uma planta de origem tropical, exige, durante o seu ciclo
vegetativo, calor e umidade para se desenvolver e produzir satisfatoriamente,
proporcionando rendimentos compensadores.
Para a cultura do milho, muito se tem estudado sob o ponto de vista de suas
exigências climáticas, sempre objetivando o aumento do rendimento agrícola. Assim,
algumas condições ideais para o desenvolvimento desse cereal podem ser apontadas: (i)
por ocasião da semeadura, o solo deve apresentar-se com temperatura superior a 10oC,
aliado à umidade próxima à capacidade de campo, possibilitando o desencadeamento
dos processos de emergência; (ii) durante o crescimento e desenvolvimento das plantas,
a temperatura do ar deverá girar em torno de 25oC e encontrar-se associada à adequada
disponibilidade de água no solo e abundância de luz; (iii) temperatura e luminosidade
favoráveis, elevada disponibilidade de água no solo e umidade relativa do ar, superior a
70%, são requerimentos básicos durante a floração e enchimento dos grãos e (iv)
ocorrência de período predominantemente seco por ocasião da colheita.
Com relação a exigência por água, as fases mais críticas são a de emergência,
florescimento e formação do grão. No período compreendido entre 15 dias antes e 15
dias após o aparecimento da inflorescência masculina, o requerimento de um
suprimento hídrico satisfatório aliado a temperaturas adequadas tornam tal período
extremamente crítico. A cultura exige um mínimo de 350-500 mm de precipitação no
verão para que produza a contento, sem a necessidade da utilização da prática de
irrigação.
• Estádio 1: planta com quatro folhas totalmente desdobradas (segunda semana após a
emergência da planta)
• Estádio 7: grãos pastosos (ganho de peso dos grãos, 20 a 25 dias após a emissão dos
estilo-estigmas)
5. Preparo do Solo
- PREPARO CONVENCIONAL DO SOLO
É importante usar corretamente as técnicas de preparo do terreno, para evitar a
progressiva degradação física, química e biológica do solo. O preparo do solo tem por
− PLANTIO DIRETO
Especial atenção deve ser dada à soja e ao milho, culturas mais usadas no plantio
direto, e que apresentam grandes vantagens quando plantadas em rotação (ou seja, uma
em substituição à outra na safra seguinte de verão), inclusive com aumentos
significativos nos rendimentos de ambas as culturas.
Nos últimos anos, a cultura do milho, no Brasil, vem passando por importantes
mudanças tecnológicas, resultando em aumentos significativos da produtividade e
produção. Entre essas tecnologias, destaca-se a necessidade da melhoria na qualidade
dos solos, visando uma produção sustentada. Essa melhoria na qualidade dos solos está
geralmente relacionada ao adequado manejo, o qual inclui, entre outras práticas, a
rotação de culturas, o plantio direto e o manejo da fertilidade, através da calagem,
gessagem e adubação equilibrada com macro e micronutrientes, utilizando fertilizantes
químicos e/ou orgânicos (estercos, compostos, adubação verde, etc.).
Tabela 1. Extração média de nutrientes pela cultura do milho destinada à produção de grãos e
silagem, em diferentes níveis de produtividades.
O gesso é um sal pouco solúvel (2,0 a 2,5 g/L) e tem sido empregado na
agricultura devido à retirada gradual do enxofre das formulações, concentrações mais
elevadas de nutrientes nas formulações comerciais e excessiva produção e alta
armazenagem industrial. Sob a ótica agronômica, seu emprego tem sido justificado
principalmente em duas situações; a) quando se requer fornecimento de cálcio e de
enxofre; b) na diminuição de concentrações tóxicas do alumínio trocável nas camadas
subsuperficiais, com conseqüente aumento de cálcio nessas camadas, visando
"melhorar" o ambiente para o crescimento radicular.
ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Fonte: Adaptado de diversos resultados analíticos de diversas cultivares (Embrapa Milho e Sorgo).
7. Plantio
O plantio de uma lavoura deve ser muito bem planejado, pois determina o inicio
de um processo de cerca de 120 dias e que afetará todas as operações envolvidas, além
de determinar as possibilidades de sucesso ou insucesso da lavoura.
8. Colheita
O milho está pronto para ser colhido a partir da maturação fisiológica do grão, o
que acontece no momento em que 50% das sementes na espiga apresentam uma
pequena mancha preta no ponto de inserção das mesmas com o sabugo. Todavia, se não
houver a necessidade de antecipação da colheita, esta deve ser iniciada quando o teor de
umidade estiver na faixa entre 18-20%. Para tal, o produtor deve levar em consideração
a necessidade e disponibilidade de secagem, o risco de deterioração, o gasto de energia
na secagem o preço do milho na época da colheita.
A fim de obter uma boa colheita, devem ser considerados também os seguintes
itens:
Grãos nos sabugos - Esse tipo de perda ocorre em função da regulagem do cilindro e
côncavo e apresenta, como possíveis causas, a quebra do sabugo antes da debulha,
grande folga entre cilindro e côncavo, velocidade elevada de avanço, baixa velocidade
do cilindro debulhador, barras do cilindro tortas ou avariadas, côncavo torto e existência
de muito espaço entre as barras do côncavo.
Nos teores de umidade mais altos, testes indicaram que a perda de grãos no
sabugo foi o que mais contribuiu para o aumento da perda total. Por isso, rotações mais
altas (600 a 800 rpm) são mais indicadas.
Nos teores de umidade mais baixos, a perda de espigas, após a colheita, foi a
maior responsável pelas perdas totais, e a rotação mais indicada está na faixa de 400 a
600 rpm.
Caso se queira armazenar grãos, estes podem ser armazenados a granel, em silos,
ou a granel ou em sacarias, em armazéns. Caso se queira armazenar espigas, estas
podem ser armazenadas em paiol ou ensacadas em armazém.
1. Fatores pré-colheita
1.1. Cultivar
1.2. Secagem natural no campo
1.3. Condições climáticas
1.4. Ponto de colheita
1.5. Tipo de colheita
2. Limpeza
3. Armazenamento a granel
4. Armazenamento em sacaria
Vídeo
Campanha para aumento da produtividade do milho
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a Embrapa e a cadeia
produtiva estão empenhados em aumentar os índices de produtividade do milho no
Brasil, essa é uma forma de compensar uma provável redução da área plantada de milho
na safra de verão. Para tanto, lançam uma campanha informativa, a idéia é oferecer toda
orientação necessária aos produtores, para que eles possam produzir mais e com mais
lucro, por meio de um plantio eficiente, fornecendo orientações seguras, tais como:
época de plantio; escolha da semente adequada; densidade e espaçamento e fertilidade
do solo, controle de pragas e ervas daninhas. Com essa campanha o Ministério espera
elevar a produtividade do milho, sem aumentar os custos de produção.
Referências Bibliográficas
Dourado Neto, D.; Fancelli, A.L. Produção de Milho. 2ed. Guaíba: Agropecuária,
2004. 360p.
Sites Consultados
Companhia Nacional de Abastecimento – Conab - http://www.conab.gov.br