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Prof Dr, José Roberto Kassai EAC 202 Analise das Demanstragées Contabels FEAUSP USP Universidade de Sio Paulo Faculdade de Economia, Administragao e Contabilidade Departamento de Contabilidade e Atudrias Apostila EAC 202 Analise das Demonstracées Contabeis Prof. José Roberto Kassai 1° Semestre de 2008 SEG — 19h30 as 23h00 Prof Dr, José Roberto Kassai EAC 202 Analise das Demanstragées Contabels FEAUSP Docente: José Roberto Kassai, professor do Departamento de Contabilidade e Atuarias da FEA/USP, doutor ¢ mestre em Contabilidade Controladoria pela USP, com especializagdes realizadas no Japio e na Bélgica, p6s-graduado em Administragdo Financeira e em Direito Tributdrio, ex-agente fiscal de rendas do Estado de SP, tendo ocupado cargos de geréncia nas reas de contabilidade, auditoria, finangas e controladoria, consultor de empresas e coordenador de cursos da FIPECAFI. Autor dos livros Retomo de Investimento e Risco e Retorno Empresarial, pela Editora Atlas. Disciplinas: Andlise das Demonstragées Contabeis Contabilidade Avangada Contabilidade Tributaria Contabilidade Rural Tépicos de Contabilidade Gerencial Contabilidade para administradores Contabilidade e andlises de balango para economistas Matematica Financeira Estégios Supervisionados E-Mail: jrkassai@usp.br Page: hup:/Awww.eac.fea.usp.brieac/docentes/kassail Fone: 3091.5820 ramal 133 Atendimento: SEG ~ 17 as 19h00 Prof Dr, José Roberto Kassai EAC 202 Analise das Demanstragées Contabels FEAUSP Sumario 2007 Programa e bibliografia, 4 Calendario e cronograma das aulas, 6 Artigo Helio Mattar, 7 wen Cem conceitos de andlises de balango, 9 Desempenho da turma, 10 CASO Vamos abrir uma empresa, 17 Modelo Du Pont, 13 9. Quadro clinico de andlises de balango, 14 10. Alguém tem saudade da inflagao?, 15 11. CASO Cia. Mottainai, 16 12. CASO Cia, Sudoku, 22 13. CASO Cia. Blublud, 24 14, CASO Cia. Arixandre, 26 15. Modelo Du Pont “Modificado": quebra-cabeca, 28 16. Escala Hierrquica de risco (Damodaran), 29 17. Escala Hierérquica de risco (Mackinsey), 30 18. Escala Hierdrquica de risco por comparago gerencial, 31 19, Escala Hierdrquica de risco das empresas brasileiras, 32 20. Escala Hieréirquica de risco das pequenas empresas, 33 21. Escala Hierarquica de risco das pessoas fisicas, 34 22, Escala Hierarquica de risco das atividades agricolas e pecusrias, 35 23, Escala Hierarquica de risco dos estados brasileiros, 36 24, CASO Cia. Dobradas e Quebradas, 37 25. CASO Cia. EVA, 44 26. CASO Cia. Lucro Inflacionétio, 45 27. CASO Cia. Lucro de dois por cento, 47 28, Desvendando o termdmetro de insolvéncia de Kanitz, 48 29. CASO Cia. Maxilucros, 53 30. Artigo: Desvendando o termémetro de insolvéncia de Kanitz (15p), 54 31. Artigo: Lucro gasoso: uma interpretagdo do EVA (18p), 69 32. Artigo: O que é lucro operacional (15p), 87 33, Artigo: indice de especulacdo de valor agregado — IEVA (17p) ), 102 34, Artigo: Conciliagdo entre 0 VPL 0 EVA (13p), 119 35, Esséncia do fogo, 132 36, Esséncia da égua, 133 eae Prof Dr, José Roberto Kassai EAC 202 Analise das Demanstragées Contabels FEAUSP EAC 202 - Andlise das Demonstracgées Contabeis 1. Objetivos: Refletir sobre o processo de anilises de balango, abrangendo a compreensio dos conceitos e estruturas das demonstragdes contdbeis, a discusstio das formulagdes e indicadores existentes e despertar nos alunos um senso critico e investigative na elaboraco de pareceres de desempenho econdmico e financeiro das empresas. 2. Contetido Programitic: + Cenério empresarial, processo de gest, continuidade ¢ os relatérios contabeis. © Demonstragdes contabeis, estruturas conceitos. Balango patrimonial, demonstragao do resultado do exercicio, demonstragio das mutagdes do patriménio Iiquido, demonstragao das origens e aplicagdes de recursos, Demonstragao de fluxos de caixa e demonstragdo do valor adicionado. Relat6rio da administragdo e notas explicativas. © O processo de andlises de balango, limitagdes e postura do analista, Os trés estagios de anilises das demonstragdes contibeis. Quadro clinico de anilises de balangos. Anélises econdmicas e financeiras. © Primeiro estégio: Leitura simples. Andlise vertical, andlise horizontal e andlise ponderada. Anélises por meio de indices e quocientes. Liquidez, endividamento, rentabilidade, atividades e estrutura, Modelo DuPont. Padrdes ¢ parémetros. Bom senso, intuigdo, interpretacdio ¢ parecer do analista. © Segundo estdgio: Analises de “retorno de investimento”. O que so investimentos € quais as formas de financiamentos. Custo de capital e risco. A confuso das taxas de retorno de investimento. Residual return on investment (RROI), residual return on equity (RROE), economic value added (EVA), market value added (MVA), market value (MV). Conciliagdo das medidas contébeis com os modelos de andlises de projeto, taxa interna de retorno modificada (TIRM), valor presente lfquido modificado (VPLM). Geragao € destruigdo de riqueza. © Terceiro estégio: uso de modelos sistémicos e estruturados. Métodos quantitativos e conceitos bisicos de estatisticas. Desvio-padrio e varidncia, regressbes € programagGes mateméticas. Desvendando 0 termémetro de insolvéncia de Kanitz, redes neurais, anélises por envolt6rio de dados. Estratégia de Ensino e Avaliagao do aprendizado: As aulas sero conduzidas da seguinte forma: exposi¢ao pelo professor dos conceitos € teorias, discussdes e interagdes com os alunos, realizagdo de atividades laboratoriais, de exercicios e casos préticos, leitura, pesquisa e apresentagao de um trabalho final. Os alunos serio avaliados pela férmula abaixo e 0 desempenho compreende a apuragio de freqiiéncia, entrega de exercicios € casos. AVALIACAO = [0.4P1 + 0.5P2 + 0.1AP ] x 0.9/1.1(DES) Prof Dr, José Roberto Kassai EAC 202 Analise das Demanstragées Contabels FEAUSP 5. Bibliografia: 21. 2. 23. KASSAL, José Roberto et. al. Retorno de investimento ~ abordagens matemética ¢ contabil do lucro ‘empresarial. 3* edicdo, $0 Paulo: Atlas, 2005. KASSAL, IR. Risco ¢ retorno empresarial ~ abordagens matemética ¢ contdbil do lucro econdmico, ‘Sho Paulo: Atlas, 2007, BRAGA, Roberto, Fundamentos e téenicas de administrago financeira. Sio Paulo: Atlas, 1995. MATARAZZO, Dante C. Anélise financeira de balangos: abordagem basica e gerencial. $0 Paulo: Aubss. ASSAF, Alexandre, Estrutura e andlises de balango, So Paulo: Atlas TUDICIBUS, Sérgio de; MARTINS, Bliseu; GELBCKE, Emesto Rubens ,(Fipecaf). Manual de contabilidade das sociedades por agdes. 6 edigao, Sto Paulo, 2003, FLBURIET, Michel; KEHDY, Ricardo; BLANC, Georges. O modelo Fleuriet: a dinimica financeira das empresas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2003, io Paulo: Atlas, 2008. ASSAR, Alexandre. Finangas corporativas e valor. SCHRICKEL, Wolfgang Kurt. Demonstrades financeiras ~ abrindo a caixa preta. 2° edigio, S30 Paulo: Atlas, 1999. SILVA, José Pereira da, Gestdo e andlise de risco de er ito, #* edigo, So Paulo: Atlas, 2008, KASSAI, José Roberto. Desvendando o termémetro de insolvéncia de Kanitz. Artigo apresentado no XXII ENANPAD, 1998, . KASSAT, José Roberto, Concitiago entre a TIR ¢ o ROK: abordagem matemética e contébil do retorno de investimento, Artigo apresentado no XV Congreso Brasileiro de Contabilidade, 1996, KASSALI, José Roberto. O que é lucro operacional. Artigo apresentado no XVI Congresso Brasileiro de Contabilidade, Goiania/GO, 2000, iio do EVA, Enanpad/2004. KASSAI, José Roberto. Indice de especulagio de valor agregado, Artigo publicado na Revista de Contabildade do CRC/SP, 2000. KASSAI, José Roberto, Lucro gasoso: uma interpr KASSAI, José Roberto. Conciliagio entre © VPL 0 BVA. Artigo apresentado no III Congresso USP de Contabilidade, Si0 Paulo, 2003, KASSAI, José Roberto. Escala de risco das empresas brasileiras. Artigo apresentado no III Congresso USP de Contabilidade, Sio Paulo, 2003, KASSAI, José Roberto. Aspectos observados na conciliago entre o valor presente liquide (VPL) ¢ economic value added (EVA). Tese de doutorado entregue & FEA/USP, 2001 KASSAI, JR; KERNER, M. Escala de risco das atividades de pessoas fisicas, X Congresso Internacional de Custos, Liyon/Franga, 2007. KASSAL, IR; GALLO, M. Escala hierdrquica de risco dos estados brasileiros. XIV Congresso Brasileiro de Custos, 2007. KASSAI, J.R; ARASHIRO, A. Escala hierdrquica de risco das atividades rurais. XIV Congresso Brasileiro de Custos, 2007. MARTINS, Eliseu. Contabilidade Empresarial - andlise critica de balangos. Boletim IB, caderno de temética contébil, n° 26/2005 e 31/2005. MARTINS. Eliscu. Andlise critica de balangos ~ problemas na andlise da estrutura dos balangos no Brasil. Boletim IOB, caderno temiética contabil, n° 49/2005. Prof Dr, José Roberto Kassai EAC 202 Analise das Demanstragées Contabels FEAUSP CALENDARIO E CRONOGRAMA DAS AULAS EAC 202 - Analise das Demonstragées Contabeis CRONOGRAMA CALENDARIO - ANO 2008: més seg | seg [ seg [seg [seg fevio8 25 1 aules ‘mar06 3 10 7 24 at) 4 aus abri08 7 14 2 28 S avlas mai0e 3 12 19 26 3 avlas june 2 8 16 as [30 | 4aulas 15 aulas CRONOGRAMA Data [Atvidades Programadas Zi-fev [Nao haverd aula Programa 2 S-mar_[Apresertago do programa teste com coneios~abrindo uma empresa 3 10-mar—[Gaso01- abrndo uma empresa, andlsosircais, Modelo DuPont ‘7emar— feviado @ ‘2iemar_|Cas002 Gia Repon, labios contabes @rodadas) + INFLAGAO) 5 ‘Sttmar[Quadio dliica de andlsos do balango e PARECER: 6 abr __[Desvendando o termématto de Kanita 7 ‘abr [Caso 03 Cia Luoro lnfaciorario - Caso 04 Cla BUbIUG 2iabe—|feiado 3 28-abr_ |Cas0 05 Gia Luero do 60s por certo Oas0 06 Gla Manlucros 3 Smai__[PROVAM) 70 12:mai__|Cas0.06 Gia Araandre Junior EVA LEITURA Trabalho om Grupa 1 Smal [Caso 7 Cia Eva (concilagdo TIR-ROI x VPL-EVA) + Grupo 26-mai —[feviado rounidos om grupos: 72 2un |Oas0 08 Gia Dobradas © Quobradas (Ta.verséo) 13 un [PROVAa 7% T6-n__|APRESENTAGOES Zs-jun__APRESENTAGOES 5 ‘30jun_[Avaliagaeo Final Critério de Avaliagao = [ 0.4(P1) + 0.5(P2) + 0.1(AP) ] * 90%a110%(Desempenho) Prot Dr sosb Rober BON SUMO COMO ato de solidariedade EAC 202 Andee cas Dormonsvapbes Contibes FEAUSP * Por Helio Mattar * Sinto um completo desalento toda vez que me dou conta da enorme confuséo que vive o mundo nos dias de hoje. Parecemos esquecer que, a cada segundo, vivernos um novo e tinico momento do universo, um momento que nunca antes existiu e que nunca existiré novamente. Parecemos esquecer que vivernos um milagre cotidiano, Tratamos o mundo como se fosse absolutamente evidente, sem mistério. Glenn Gould, 0 extraordindrio pianista canadense, em uma entrevista na década de 70, apontava para a nossa indiferenca cotidiana a esse milagre. Chamava a atengo para 0 que ensinamos a nossos filhos nas escolas. Ensinamos que dois e dois sdo quatro e que nossa capital é Brasilia. Mas deveriamos também Ihes ensinar o que eles de fato so, apontava Gould. Vocés sabem 0 que vocés so, meu filhos? Vocés so um milagre, uma maravihal Em todo 0 mundo no ha outro ser exatamente como cada um de vocés! Nos milhdes de anos que se passaram e nos milhdes de anos que ainda passaro nunca houve e nunca haverd ninguém como cada um de vocés! A meu ver, e tivéssemos consciéncia do milagre que somos, talvez deixéssemos de subordinar tio fortemente a nossa felicidade aos bens materiais, fugazes e pereciveis, que nos alienam da beleza das pessoas e do mundo, de tudo o que é perene e essencial, nos colocando em uma competicdo sem fim por tum consumo cada vez mais intenso, como se, com isso, pudéssemos criar para nds mesmos uma identidade ‘que nos tomnasse diferentes dos nossos semelhantes... Esta competico coloca em isco a todos os humanos, sem excecdo. Na situaco atual, em que 1,7 bilhdes dos 6,6 bilhes dos habitantes do mundo consomem, muito mais do que o necessério, enquanto os demais ou consomem o minimo necessério ou abaixo desse minimo, 0 uso de recursos naturais ~ ar respiravel, agua limpa, terras agricultave's e absorcao dos residuos produzidos pela humanidade ~ jé se encontra em um nivel 25% acima do que a Terra é capaz de renovar. & se todos 0s habitantes do mundo viessem a consumir como os habitantes mais ricos do planeta, precisariamos de quatro Terras para suprir todo esse consumo, um modelo de producdo e consumo, portanto, invidvel de ser expandido para toda a humanidade. De outro lado, tudo 0 que ocorre no mundo esté se tormando cada vez mais interdependente. © aquecimento global é emblematico dessa interdependéncia, ao levar os seus efeitos perversos a todos os cantos do planeta. Serve para demonstrar, cotidianamente, a correcéo da frase de Mariana Botta em artigo para a Folha de 26 de dezembro pasado, pois “mostra que cada movimento nosso, por menor que seja, estabelece uma relagio de causa ‘conseaiiéncia com a vida de todas as pessoas” mesmo as que no conhecemos ou as que esto muito distante de nés. E serve para nos lembrar que, se a vida no planeta vier a perecer, nenhum de nés terd ‘qualquer privilégio na escolha divina ou na terrena, e pereceremos também. Nesse sentido, deveria fazer parte da educacéo mais elementar mostrar que € preciso inverter a légica perversa da competicéo pelo ‘consumo e comecar a consumir com a consciéncia voltada para os outros e nao apenas para nés mesmos, desta forma tornando 0 consumo um ato cotidiano de solidariedade. Pode parecer estranho relacionar consumo e solidariedade, Mas nao é solidério o ato de quem economiza os recursos naturais para que no faltem & geracéo atual e as futuras? Nao é solidério o ato de quem busca limitar a emissao de gases de efeito estufa causada pelo seu consumo, para que o planeta nao se aqueca ainda mais e as mudancas climaticas, que afetam a todos, ndo se aprofundem? Nao € solidério o ato de quem busca escolher produtos no apenas pela boa qualidade ao menor prego, enfatizando apenas a sua conveniéncia individual, mas leva ‘em conta as boas acées das empresas produtoras sobre a sociedade e a natureza, e que afetam a todos nnés? © mundo depende da solidariedade para que o viver no se constitua, para ninguém, em um ato de atrevimento, E para que todos possam ter a dignidade de ter algo a perder, ndo pensando jamais que este algo possa ser a propria vida. Ao repensar 0 que realmente precisamos, ao reutilizar os produtos até o final de sua vide ttl, a0 reciciar 0 que no pode mais ser utiizado, e, especialmente, ao escolher produtos servigos de empresas mais social e ambientalmente responsdvels, estaremos, voluntaria e cotidianamente, levando nossa solidariedade as pessoas e ao planeta por melo de nossos atos de consumo. Ao consumir com consciéncia, nos tornamos agentes positives de transformago, em que cada um estara dando um pouco de si para melhorar 0 mundo a sua volta, fazendo com que 0 milagre que somos no seja unicamente uma prova do mistério divine, mas fazendo realizar 0 divino que temos em nés. Teremos ento consumido solidariamente, com nossa consciéncia voltada para os outros e no somente para nés mesmos, contribuindo para dar significado nossas vidas e para reconhecer o privlégio que nos é dado pelo milagre de existir, celebrando a vida e tudo de bom que ela pode trazer a todos nés, apenas passageiros que somos desta extraordinéria nave terrena * Helio Mattar, 60, & Ph.D. pela Stanford University, foi idealizador, co-fundador e & Diretor Presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. (Envolverde/Mercado Etico) Iap:/lenvolverde.ig.com.br/materia,php ?cod=42667 &edt= (2 de 2)28/1/2008 13:20:02

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