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Maquete Ambiental do Vale do

Paraíba

1ª Parte

Olhar atento sobre o meio natural e seus recursos destacando-se o


cenário físico do Vale do Paraíba, nossa “casa”
Conhecendo o Vale do Paraíba, nossa
bacia hidrográfica, nossa casa...
Toda história precisa de um AMBIENTE para se
desenrolar e são exatamente as suas
características geográficas que determinarão os
passos culturais, sociais, econômicos e,
conseqüentemente, de transformação da
natureza...
Dos 57 mil km² (Fonte Ceivap):

• Estado de SP - 13.605 km²

• RJ - 22.600 km²

• MG - 20.500 km²
O Vale do Paraíba está delimitado ao norte
pela Serra da Mantiqueira

Pico dos Marins


E ao sul pela Serra do Mar
Pergunta freqüente: Mas até onde se estende a SERRA DO MAR e a
SERRA DA MANTIQUEIRA?

A Serra da Mantiqueira se estende pelos estados de SP, RJ e


MG. E quanto às proporções:
• 10% se localiza em terras do RJ;
• 30% se localiza em SP;
• 60% em MG.

A Serra do Mar se estende por cerca de 1.500 km ao


longo do litoral leste/sul, indo desde o ES até o sul de
SC.
Formação geológica do Vale do Paraíba

• Um bloco da crosta afundou devido às fraturas tectônicas, formando


uma depressão no terreno.

• No fundo dessa depressão formou-se um lago.


• No fundo do lago se depositaram sedimentos finos (argila verde). A água
pluvial precipitada na região era transportada pelos rios até o lago. No
caminho, antes de chegar ao lago, foi depositada areia (na figura: cor
alaranjada). Esta areia se depositava nas antigas várzeas da região.
• À medida que o lago aumentava, o pacote de sedimentos aumentava
também, fazendo com que as argilas depositadas nas partes mais fundas
se transformassem em folhetos (xistos-verde acinzentados). Com o
preenchimento do lago por sedimentos, este secou.
• Após isso, os rios da região começaram a correr para fora da Bacia de

Taubaté, em direção ao Rio de Janeiro.

• O novo rio formado – Paraíba do Sul – escavou um novo vale em meio aos antigos

sedimentos (areia e argila verde), formando a atual várzea do rio Paraíba do Sul, com
suas areias (na figura: amarelo-claro), que são exploradas pelos mineradores.
Ponto culminante do Vale do Paraíba:
Pedra da Mina (2.797m) - na Serra da Mantiqueira
Trata-se da 4ª maior altitude do Brasil

Até então era o Pico das Agulhas Negras, em Itatiaia, com


2.787m, a maior altitude do Vale
Serra da Bocaina:
uma das serras que integra a Serra do Mar
Pela Serra da Bocaina, visualização da Serra da
Mantiqueira (ao fundo)
E assim...
entre as Serras da Mantiqueira

E do Mar...

Passa o Rio Paraíba do Sul


que nomeia o nosso VALE
Rio Paraíba do Sul

Formadores: rios Paraitinga e Paraibuna - paralelamente, tais


rios vêm percorrendo o “mar de morros” da Serra do Mar

Confluência dos rios se dá no município de Paraibuna, onde se


situa a represa de mesmo nome
Curiosidade: Por que o Rio Paraíba se chama PARAÍBA DO SUL?

No Estado da Paraíba, há também um RIO PARAÍBA - Com 380 km, ele é o mais
importante do estado.
Da nascente (entre Areias e Silveiras) à foz (Praia de Atafona, São João da
Barra, RJ) o rio PARAÍBA DO SUL percorre 1.150 km

A nascente se situa a cerca de 1.800 m de altitude


Divisão do Rio Paraíba do Sul:

• Alto Paraíba – da nascente até o cotovelo de Guararema


(desnível de 1.400 m ao longo de 280 km): é “encachoeirado”

• Médio Paraíba Superior – do cotovelo de Guararema a


Cachoeira Paulista (desnível de 50m/trecho de 300 km):
segue mais lento descrevendo grandes curvas
• Médio Paraíba Inferior – de Cachoeira Paulista até o
município fluminense de São Fidélis (mais 430 km): volta a
apresentar cachoeiras já que ganha mais velocidade novamente

• Baixo Paraíba – de São Fidélis até a foz, em São João da


Barra (últimos 90 km em área totalmente plana)
Conceitos de MONTANTE e JUSANTE e margens ESQUERDA e DIREITA

 Montante: curso da água em direção à nascente;


 Jusante: curso da água em direção à foz;
 Margem direita: posicionando-se de costas para a nascente é o que está à sua direita;
 Margem esquerda: posicionando-se de costas para a nascente é o que está à sua esquerda.
Destaque aos MEANDROS
ao longo da planície aluvial
que margeia o Paraíba do
Sul

As enchentes ocupavam
toda a várzea de
inundação. Assim, com a
seca na estiagem e as
cheias nos tempos
chuvosos,
o regime do rio seguia um
curso errático
Para refletir apoiando-se na idéia de que a formação geológica tudo
explica:
Por que será que a EXTRAÇÃO DE AREIA concentra-se fortemente
bem no início da Calha do Vale?
Um detalhe muito curioso do Rio Paraíba do Sul é o
COTOVELO DE GUARAREMA

É neste ponto que o rio faz uma acentuada curva


invertendo totalmente sua direção de NE-SO para SO-NE.

Tudo indica que, há milhões de anos, o rio Paraíba do Sul


escoava no mesmo sentido do rio Tietê, que nasce na
Serra do Mar, em Salesópolis. Portanto, se diz que o rio
Paraíba é um “rio de captura”, pois era contribuinte do
Tietê, mas com a movimentação das placas tectônicas foi
desviado, formando outra bacia.
Clima

• O Vale se localiza numa área de transição entre o clima tropical e o


temperado - o Trópico de Capricórnio corta o município de Ubatuba, no
Litoral Norte de SP

• Temperatura média anual: acima de 21graus e média de umidade relativa


do ar superior a 70%
• Nas regiões abrangidas pelas Serras do Mar e da Mantiqueira, devido às
maiores altitudes: climas mais amenos e maiores índices de chuva

• Clima tropical chuvoso nas áreas de topografia mais suave e clima tropical
de altitude nas áreas mais elevadas
Vegetação

A VEGETAÇÃO reflete o mais expressivo elemento de uma


paisagem. Ao mesmo tempo em que confere ao espaço uma
identificação, é um de seus elementos mais dinâmicos e o mais
suscetível às TRANSFORMAÇÕES DO AMBIENTE.

E a história sobre a TRANSFORMAÇÃO DE UM AMBIENTE parte da


análise do como essa PAISAGEM se apresentou, originalmente, e do
como ela foi interpretada pelo homem com a OCUPAÇÃO.
Da Serra do Mar à Serra da Mantiqueira, a paisagem
valeparaibana revela uma preciosa variedade
O Vale do Paraíba, por ser um meio bastante diversificado no que se refere à
clima, relevo e solo, a VEGETAÇÃO apresenta-se muito variada revelando
uma rica BIODIVERSIDADE

O Vale do Paraíba está sob o domínio do Bioma


MATA ATLÂNTICA
Manguezal – “berço” da vida marinha
Mata Atlântica Costeira de Terras Baixas
(Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas)

Ombrófilo –
Significa
“amigo da
chuva”
Mata Atlântica Montana
(Floresta Ombrófila Densa Montana)
Nas faixas que variam entre 800 e 1500 m
Mata Atlântica Alto-Montana (Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana)
Ambientes acima de 1500 m (florestas nuvígenas)
Mata Atlântica Interiorana Montana
(Floresta Estacional Semidecidual Montana)
Áreas colinosas, entre os 500 e 800 m
Estações seca e chuvosa bem definidas
Semi-decídua – que perde as
folhas no inverno
Mata Atlântica de Várzea (Floresta Estacional Semidecidual
Aluvial)
Compreende às planícies aluviais e as colinas (até 800 m)
Mata de Araucária
(Floresta Ombrófila Mista)

Altitude entre 1200 e 1800 m


Campos de Altitude
(Refúgio Ecológico Alto-Montano)

Áreas com altitudes superiores a


1200 m, em meio à Floresta
Ombrófila Mista, nas Serras da
Mantiqueira e da Bocaina
Cerrado
(Savana Arbórea Aberta)

Embora o Vale do Paraíba seja uma região sob domínio da Mata Atlântica,
há encraves de Cerrado (bioma que caracteriza o Planalto Central do
Brasil) na área da “calha”
Noção geral sobre os
biomas brasileiros para
se compreender a
TAMANHA
BIODIVERSIDADE do
nosso País
Vegetação brasileira: diversidade natural do
Oiapoque ao Chuí

Quase 12% de toda a vida natural do Planeta está concentrada em nosso


País – portanto, se diz que o Brasil possui uma preciosa
BIODIVERSIDADE !!!
MATA ATLÂNTICA: Do RN ao RS alargando-se
ainda na porção central do Brasil. Compreendem
a imensa diversidade da MATA, lagunas, dunas,
planícies, restingas e estuários, bem como as
matas interioranas e as de araucária. Clima
tropical com muita chuva e nevoeiros.

CERRADO: É o segundo maior Bioma do Brasil e


caracteriza a região do Planalto Central. De grande
potencial hidrológico e relevo ideal para a agricultura
mecanizada, o Bioma vem sofrendo grandes ameaças
devido ao agronegócio, principalmente.
AMAZÔNIA: É a maior floresta tropical
úmida do planeta. Tem 60% de sua área
no Brasil e abriga a maior bacia
hidrográfica do mundo: por lá circula 20%
de toda a água doce do mundo.

CAMPOS SULINOS (PAMPAS): Apresentam,


em geral, vegetação de gramíneas e poucas
árvores. O solo, mais pedregoso e pobre, é
muito suscetível à erosão e à arenização.
Embora a variedade de vegetação seja
pequena, possui grande riqueza em espécies
animais.
CAATINGA: Trata-se de um Bioma exclusivamente
brasileiro e está presente em 70% da região nordeste.
É o semi-árido mais populoso do mundo. Secas
estacionais deixam a vegetação sem folhas e impõem
regimes intermitentes a seus rios, o que confere à
paisagem o aspecto de deserto.

PANTANAL: Cortado por inúmeros corpos


d´água, é a maior planície alagada das
américas. O regime anual das cheias é o
grande responsável pela alta produtividade
biológica e diversidade da fauna pantaneira,
uma das mais ricas do mundo.
Além de afetar serviços diretamente essenciais à vida como
regulação da água, do ar e do clima, a PERDA DE
BIODIVERSIDADE prejudica a qualidade da vida humana!
ORIGEM DO MATERIAL:

Este material foi criado por Federica Giovanna Fochesato para a realização
da FORMAÇÃO “MAQUETE AMBIENTAL DO VALE DO PARAÍBA” para
professores da Rede Municipal de Ensino (SJCampos), em agosto de
2010.

Autoria das imagens:

• Maior parte – Federica G.Fochesato


• Arquivos ONG Vale Verde
• Luis Felipe Affonso Pini
• Arquivos de domínio público na internet

PEDE-SE O BOM SENSO DE CITAR A FONTE DE ORIGEM


EM CASO DE UTILIZAÇÃO

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