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PRIMEIROS SOCORROS

APH – ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

CONDUTA INICIAL

1. Preservar sua própria integridade;


2. Observar o local do acidente;
3. Executar os procedimentos com EPIs (luvas, mascara, óculos…)
4. Possuir a Carteira de vacina (imunização) completa com as 3 doses dT (difteria
e Tétano).

Importante sobre a vacinação do Tétano

A importância da carteira de vacinação juntamente com o Socorrista é de suma


importância, pois é com ela que você prova que está em ordem e não se faz
necessária tomar doses a mais, pois cada vez que toma a vacina, são introduzidos
microrganismos pertinentes a própria patologia (doença) em questão.

O Tétano é uma bactéria esporulada que se encontra no meio ambiente, não


somente em ferrugens como muita gente conhece, mas em qualquer lugar. Quando
ele entra em contato com a corrente sanguínea, ocorre um enrijecimento muscular
de todo o corpo, podendo levar ao óbito por falência múltipla de órgãos.

Para o profissional Eletricista, não será permitida a ausência dessa vacina, haja
vista que a Norma Regulamentadora nº 10 obriga o treinamento de primeiros
socorros e não pode falar que não sabia dessa informação. Caso ocorra um acidente
em que o mesmo seja acometido pelo tétano, pode não haver indenizações tanto
da empresa quanto da INSS, devido a negligência.

ÓBITOS EM EVIDÊNCIA

Somente nessas condições que não prestamos socorros:

1. Carbonização
2. Circulação póstuma de Brouardel
3. Decapitação
4. Esmagamento cefálico total
5. Putrefação
6. Rigor mortis
7. Segmentação de tronco

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Em qualquer outra situação, o socorrista deve iniciar sua conduta, levando em
conta que não temos condições de detectar o óbito fora das exposições acima
citadas.

TIPOS DE DECÚBITOS

Quando a vítima se encontra deitada, existem algumas formas de estar nessa


posição:

Dorsal (barriga para cima)


Ventral (barriga para baixo)
Lateral direito
Lateral esquerdo

INTOXICAÇÃO EXÓGENA

Na ingestão de produtos químicos observa-se o trajeto da substância, para tanto,


há a necessidade de:
• colocar a vítima em decúbito horizontal lateral esquerdo (DHL);
• Não provocar vômitos;
• Não oferecer leite, água, alimentos, etc.;
• Transportar a vítima deitada e virada para a esquerda até o serviço de saúde mais
próximo em
posse do componente ingerido;
• Acionar o serviço de emergência CEATOX 0800 0148 110, atendimento 24h para
intoxicação.
Esôfago

Estômago

Para intoxicação respiratória não oferecer leite ou outra substância, pois são
lugares distintos, a área que foi afetada são os pulmões e o líquido oferecido será o
estômago. É uma técnica não científica.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA

Possuímos três órgãos vitais: cérebro, coração e pulmões. Numa situação de


emergência temos dois lugares para observarmos: pulso (coração) e respiração
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(pulmões), o cérebro nesse momento não há como avaliá-lo já que a vítima
encontra-se inconsciente.
A sigla sinais vitais é realizada através de SSVV, que significa sinais de vida – pulso
e respiração são duas letras iguais porque temos dois sinais.

SINAIS VITAIS (SSVV)

1. Pulso

Radial Carotídeo
Pulso RADIAL (quando a vítima estiver consciente)
Pulso CAROTÍDEO (quando a vítima estiver inconsciente)

2. Respiração

AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Cor e aspecto da pele (sangrando, arouxeada - cianótica1, suor intenso, inchada2…)


Pressão arterial
Pupilas:
• Normais (isocóricas)
• Dilatadas (midríacas)
- choque elétrico
- substância tóxica no organismo
- óbito
- queimadura
- engasgo
• Retraidas (mióticas)
- Coma induzido

1
Ausência de oxigênio nas extremidades – cérebro.
2
Edema.
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- Barbitúricos (medicamento controlado)
• Diferentes (anisocóricas)
- Traumatismo craniano significativo
- Temperatura
- Hipertérmica (quente)
- Hiportérmica (fria)

Pressão arterial
Ex.: unidade de medida em “mmHg” milímetros de mercúrio.
Média normalizada Ex.: 120 x 80

Pulso (bpm- batimentos por minuto)


No adulto valor normal de 60 a 80 batimentos por minuto.
Cuidado! Ao fazer uma média de sentir a pulsação e multiplicar por 4, 8 ou 16, o
resultado é impreciso, pois caso haja uma arritmia não há como detectar.

CONHECENDO O CÉREBRO

Para mantermos nosso cérebro em forma é necessário manutenção de OXIGÊNIO


“O2” e GLICOSE “G” para que os neurônios possam fazer a sinapse, ligação para
comandos,
4 minutos sem prejuízo

HOMEOSTASE Equilíbrio do corpo (sistema). São células de defesa.

É como se fosse uma sirene em nosso corpo, que soa silenciosamente, você
percebe na maioria das vezes, porém, a audição é a única que morre antes do
cérebro sem avisar sua perda na maioria das vezes.

DIABETES

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O pâncreas é um órgão que produz alguns hormônios, dentre eles a “insulina” que
regula a quantidade de açúcar em nosso sangue.

TIPO I = Insulina
Esse tipo de Diabetes surge na infância ou adolescência e é necessária a utilização
de insulina injetável para o controle de açúcar.

TIPO II = não é necessário a administração de insulina, porém, com controle


medido.
Esse tipo de Diabetes surge em qualquer período de nossas vidas. Fazendo-se
necessário um controle alimentar com um profissional “Nutricionista” e outras
situações com complemento medicamentoso através do médico.

70 – 120 mg/dl DE GLICOSE NO SANGUE é a média normal.

Uma gotinha apenas na


lateral do dedo para
saber o resultado

HIPERGLICEMIA é (alta) = Coma


(administrando a insulina, ocorre a reversão rapidamente)
Sinais e sintomas: euforia, agitação, confusão mental, cheiro cetônico (álcool), o
corpo libera esse produto químico, fazendo com que a vítima pareça alcoolizada.
Nesse caso, em números elevados a pessoa pode ter comprometimentos tais como:
visão, sexualidade e física.

HIPOGLICEMIA ê (baixa) = Choque insulínico


(o cérebro não atua sem glicose, ocorrem perdas neuronais – seqüelas
permanentes)
Já no caso de hipoglicemia diabética, a administração é de glicose para repor o que
o sistema não possui na quantidade necessária. As duas situações merecem
atenção imediata, porém, essa pode ocorrer destruição de neurônios de forma
irreversível.

Sinais e sintomas: sensação de desmaio, tremores, palidez cutânea, visão turva,


cianose labial, cheiro de hipoclorito de sódio (cândida), o corpo libere essa
substância automaticamente.

Observação: Temos que ter cuidado com as duas situações, porém, a de


hipoglicemia é irreversível e devemos prestar atenção nos sinais.

HEMORRAGIAS

Conceito: É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo.


Existem vários tipos de Hemorragia:

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SANGUE VENOSO (lado direito do coração)
Circula em veias; Parede fina; Transparente; Rico em CO 2; Superficial; Não pulsa;
Mais lento; Cor vermelha rubra, quase bordô e de três a cinco minutos para
estancar.

SANGUE ARTERIAL (lado esquerdo do coração)


Circula em artérias; Parede grossa; Esbranquiçada; Rico em O 2; Profundo; Pulsa;
Jorra; Cor Vermelha bem viva e dez minutos para estancar uma hemorragia desse
sangue potente.

1. HEMORRAGIA EXTERNA- É resultante de um ferimento com exteriorização


sangüínea.
Conduta:
Compressão;
Elevação de membro
Obs.: Em membros amputados ou esmagados, aplica-se a compressão. Jamais faça
o torniquete, é proibido por lei (INSS), considerado um ato criminoso (doloso) desde
1996, não existe emergência para isso.

2. HEMORRAGIA INTERNA- É resultante de um ferimento profundo com lesão de


órgão interno.
Sintomas:
Pulso fraco e rápido
Pele fria
Sudorese
Sede
Tontura.

3. EPISTAXE - Hemorragia proveniente do nariz.


Conduta:
Jamais vire a cabeça para trás, pois o sangue pode descer para o pulmão;
Ocluir com algodão ou gaze seca;
Comprimir a narina.

ESTANCAMENTO HEMORRÁGICO

Para estancar uma hemorragia, são necessárias algumas células do sangue, são as
hemácias, plaquetas e fibrinas. Vão para o local imediatamente ao extravasamento
sangüíneo, ocorrendo um coágulo, trombo ou êmbolo, normalmente dissolvemos
esses coágulos em nosso sistema, porém, existem pessoas que não conseguem
fazer esse processo e ao executar esse tamponamento natural, essa parte a maior
se desloca e percorre na corrente sangüínea, podendo ocorrer sérios problemas,
dentre eles:
• Infarto;
• Derrame cerebral;
• Tromboses;
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• Embolia pulmonar...

APARELHO RESPIRATÓRIO

No aparelho respiratório existem algumas estruturas que devemos conhecer:


Traquéia - passa somente ar;
Esôfago - passa alimento, líquido e ar também;
Epiglote, estrutura que protege a traquéia para não penetrar nada além de ar.

Quando falamos: Liberar as VAS (vias aéreas superiores) é importante lembrar o


que estamos fazendo. O fato de elevarmos a cabeça está retirando a língua de cima
da epiglote e facilitando a passagem de ar para os pulmões.

MANOBRA DE HEIMLICH (engasgo)

Quando ocorre o engasgo, algum objeto ou alimento se prende no esôfago, é


necessário executar essa manobra rapidamente para liberar as vias aéreas da
vítima.

Conduta:
Colocar seus braços debaixo dos da vítima;
Procurar a região umbilical, fechar a mão direita e colocar sobre a região;
A mão esquerda fica localizada no ombro da vítima;
Comprimir a região e levantar após o afundamento;
Executar cinco golpes rápidos.

Observação: A técnica de colocar uma mão fechada e sobrepor a outra e dar


golpes está totalmente obsoleta e não requer mais essa conduta, haja vista que,
devido ao assédio, essa técnica foi abolida.

AMPUTAÇÃO

Quando a separação de uma parte do corpo, sendo denominada peça e esta deve
ser tratada como respeito e técnica. Vamos conhecer a conduta correta para uma
amputação:
• Estancar a hemorragia
• Pegar a peça enrolar numa gaze
• Colocar a peça num saco plástico
• Colocar a o saco plástico em outro com água
• Este outro com água num recipiente com gelo
• A peça deve estar resfriada, não congelada, nem encharcada.
Caso não se tenha condições desse procedimento deve-se pegar a peça, enrolar na
roupa da vítima e seguir para o hospital. Temos 6 (seis) horas para o reimplante.
Valendo lembrar que possuímos profissionais habilitados e capazes que irão
desempenhar recolocar a peça no lugar, a não ser que seja de esmagamento, nesse
caso será muito mais delicado e implicará certas técnicas fora o padrão.

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PICADAS DE INSETOS ou ANIMAIS PEÇONHENTOS

É difícil detectar no momento do ferimento se o inseto ou animal é peçonhento3,


somente os especialistas.
Ao contrário do que se aponta em vários livros ou ensinamentos, não devemos reter
o animal, a não ser que não seja perigoso, porém, em casos de serpentes (cobras)
jamais pegar o animal.

Conduta
Colocar a vítima de decúbito dorsal sem nenhum movimento;
Observar os sinais da vítima de forma constante, caso haja parada cardiopulmonar,
executar a RCP.

Não executar outros procedimentos do senso comum, tais como: sugar o veneno,
colocar gelo na região, fazer torniquete, perfurar a região; esses procedimentos não
são científicos e podem implicar em comprometimentos mais sérios.

FERIMENTOS LEVES

Lave o ferimento com soro fisiológico ou água e sabão. Se houver algum corpo
estranho (farpa, espinho, etc.) remova-o com a pinça, se puder fazer com
facilidade, se não, deixe esta tarefa para profissionais especializados
Seque o ferimento com uma gaze ou um pano limpo. Evite cobrir o ferimento
facilitando assim a cicatrização, porém, se estiver Incômodo ou com risco de cair
sujeiras, então cubra com um ”curativo adesivo” se for pequeno ou se for maior
coloque uma atadura de gaze esterilizada e prenda com esparadrapo.

TEMPERATURA

A temperatura normal é em torno de 36,5ºC (tanto em adultos quanto crianças).


Quando ela se altera para mais temos uma hipertermia (febre), que pode indicar
um processo infeccioso e pode causar o choque, além de crises convulsivas.

Quando ela se altera para menos, temos a hipotermia que também pode levar ao
estado de choque e alterações das extremidades do corpo como cianose (ausência
de oxigênio) e necrose (morte) das extremidades. Você pode ter idéia da
temperatura colocando o dorso de uma de suas mãos na região frontal da pessoa
doente e a outra na região frontal, se a pessoa tiver febre, você sentirá a diferença.

Para verificarmos a temperatura devemos usar um termômetro digital colocado por


pelo menos 5 (cinco) minutos na região axilar da pessoa.

Sinais e sintomas de febre:


Tremores;
Calafrios;
Mal-estar geral;
Respiração rápida;
Rubor de face;
Sede;
3
Venenoso.
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Olhos brilhantes e lacrimejantes;
Pele quente;
Sensação de desmaio.

Se estiver acamada, retire o lençol ou cobertor. Se for criança pequena,


desagasalhe-a, deixando apenas roupa leve até que a temperatura chegue ao
normal.
Ofereça líquidos à vítima. Toda pessoa com febre deve beber bastante líquido,
como sucos.

É importante saber quando a febre inicia, quanto tempo ela dura e como acaba
para melhor informar ao profissional de saúde.

Ponha compressas úmidas na região da testa. Troque-os com freqüência, para


mantê-los frios, e continue fazendo isso até que a febre abaixe.
Se houver condições, dê um banho morno prolongado, em bacia, banheira ou
chuveiro. A febre muito alta e persistente é perigosa, se não for controlada e
abaixada. Procure socorro.

INSOLAÇÃO

Pode manifestar-se de diversas maneiras:


• Subitamente, quando a pessoa cai desacordada, alterando a pulsação e a
respiração;
• Após o aparecimento de sintomas e sinais como tonturas, enjôos, dor de
cabeça, pele seca e quente, rosto avermelhado, febre alta, pulso rápido,
respiração difícil.

Os sintomas e sinais de insolação nem sempre aparecem ao mesmo tempo.


Normalmente podemos verificar apenas alguns. O importante então é que você
saiba exatamente o que fazer no caso de uma pessoa passar muito tempo exposta
ao sol e apresentar algum sinal de insolação.

Enquanto você aguarda o socorro, procure colocar a vítima à sombra, fazer


compressas frias sobre a sua cabeça e envolver seu corpo em toalhas molhadas.
Isso é feito para baixar a temperatura. Em seguida deite a pessoa em decúbito
dorsal (de costas para baixo), apoiando a cabeça e os ombros para que fiquem mais
altos que restante do corpo.

O ideal é que a temperatura desça lentamente, para que não ocorra o colapso,
próprio de quedas bruscas de temperatura. Após ter prestado os primeiros socorros,
deve-se procurar ajuda profissional da saúde, para hidratação com soro fisiológico
endovenoso.

CORPOS ESTRANHOS
Pequenas partículas de poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes
ou pequenos insetos (mosquitos, formigas, mosca, besouros, etc.), podem penetrar
nos olhos, no nariz ou nos ouvidos. Se isso ocorrer, tome os seguintes cuidados:

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• OLHOS: Nunca esfregue o olho. Não tente retirar corpos estranhos escravos
no globo ocular.

Conduta
• Faça a vítima fechar os olhos para permitir que as lágrimas lavem e
removam o corpo estranho. Se o processo falhar, lave bem as mãos e adote
as seguintes providências: pegue a pálpebra superior e puxe para baixo,
sobre a pálpebra inferior, para deslocar a partícula;
• Irrigue o olho com água limpa, de preferência usando conta-gotas peça à
vítima para piscar algumas vezes. Se, ainda assim não resolver passe às
terceira providência:
• Puxe para baixo a pálpebra inferior, revirando para cima a pálpebra superior
descoberto o corpo estranho, tente retirá-lo com cuidados, tocando-o de leve
com a ponta úmida de um lenço limpo. Se o cisco estiver sobre o globo
ocular, não tente retirá-lo, coloque uma compressa ou tecido limpo e a leve
ao hospital. Os mesmos cuidados devem ser tomados quando se tratar de
corpo estranho penetrantes no olho.

• NARIZ: Comprima com dedo a narina não obstruída. Com a boca fechada
tente expelir o ar pela narina em que se encontra o corpo estranho. Não
permita que a vítima assoe com violência. Não introduza instrumentos na
narina (arame, palito, grampo, pinça etc.). Eles poderão causar complicações.
Se o corpo estranho não puder ser retirado com facilidade, procure o
hospital.

• OUVIDOS: Não introduza no ouvido nenhum instrumento (ex.: arame, palito,


grampo, pinça, alfinete), seja qual for a natureza do corpo estranho a
remover. No caso de pequeno inseto, o socorro imediato consiste em colocar
gotas de azeite ou óleo comestível no ouvido, a fim de imobilizar e matar o
inseto. Conserve o paciente deitado de lado, com o ouvido afetado voltado
para cima. Mantenha-o assim, com o azeite dentro, por alguns minutos, após
os quais deve ser mudada a posição da cabeça para escorrer o azeite.
Geralmente, nessa ocasião, sai também o inseto morto. Se o copo estranho
não puder ser retirado com facilidade procure o hospital.

CÂIMBRA (CÃIBRA)

O estímulo nervoso possui determinada eletricidade que, em contato com uma


substância gelatinosa que banha o músculo, encaminha uma partícula de cálcio
para dentro das fibras; o cálcio, então, ativa enzimas próprias do músculo.

A ausência de glicose no músculo faz com que ele enrijeça. Esta é uma substância
inibidora que, ao se acumular nas fibras, causa tanta dor que a pessoa não agüenta
mais contrair o músculo. Esse processo produz grande quantidade de energia, mas
por tempo limitado. Por isso, é um metabolismo para atividades que exigem
velocidade. Os atletas atenuam os efeitos do ácido lático e por isso suportam
melhor um acúmulo dessa substância. Mas quem não é atleta cede a dor e logo
pára. Do contrário, corre o risco de sentir uma câimbra.

Nesses casos de câimbra, dá-se açúcar (glicose) para a pessoa, para que
rapidamente acabe com a câimbra. A Câimbra também pode ser acometida em
plena madrugada, quando se está em repouso ou dormindo. Nesse caso, o
problema é neurológico, uma ordem equivocada para o músculo se contrair a toda
velocidade, provocada muitas vezes por estresse psicológico.

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FRATURAS

Fratura é uma lesão em que ocorre a quebra de um osso do esqueleto. Há dois


tipos de fratura, a saber: a fratura interna e a fratura exposta.

FRATURA INTERNA (OU FECHADA) - Ocorre quando não há rompimento da pele.


Sintomas:·
• Dor intensa;
• Deformação do local afetado, comparado com a parte normal do corpo;
• Incapacidade ou limitação de movimentos;
• Edema (inchaço) no local; este inchaço poderá ter cor arroxeada, quando
ocorrem rompimentos de vasos e acúmulo sangue sob a pele (hematoma);
• Crepitação, que provoca a sensação de atrito ao se tocar no local afetado. A
providência mais recomendável a tomar nos casos de suspeita de fratura
interna é proceder à imobilização, impedindo o deslocamento dos ossos
fraturados e evitando maiores danos.

Como imobilizar:
• Não tente colocar o osso "no lugar"; movimente-o o menos possível. ·
Mantenha o membro na posição mais natural possível, sem causar
desconforto para a vítima.
• Improvise talas com o material disponível no momento: revista, madeira,
galhos de árvores, guarda-chuva, jornal grosso e dobrado.
• Acolchoar as talas com panos ou quaisquer material macio, a fim de não ferir
a pele.
• O comprimento das talas deve ultrapassar as articulações acima ou abaixo
do local da fratura e sustentar o membro atingido; elas devem ser amaradas
com tiras de pano em torno do membro fraturado.
• Não amarrar no local da fratura. Toda vez que for imobilizar um membro
fraturado, deixe os dedos para fora, de modo a poder verificar se não estão
inchados, roxos ou adormecidos. Se estiverem roxos, inchados ou
adormecidos, as tiras deves ser afrouxadas.
• Em alguns casos, como no da fratura do antebraço, por exemplo, deve-se
utilizar uma tipóia, dobre um lenço em triângulo, envolvendo o antebraço, e
prenda as pontas deste atrás do pescoço da vítima. Para imobilizar uma
perna, você também deve utilizar duas talas longas. Elas devem atingir
sempre o joelho e o tornozelo, de modo a impedir qualquer movimento
destas articulações.
• Muitos cuidados devem ser tomados em relação à vítima com perna
fraturada. Não deixe que ela tente andar. Se for necessário transportá-la,
improvise uma maca e solicite a ajuda de alguém para carregá-la.
• Nos casos de fraturas de clavícula, braço e escápula, bem como lesões das
articulações de ombro e cotovelo, deve-se imobilizar o osso afetado
colocando o braço dobrado na frente do tórax e sustentando-o com uma
atadura triangular dobrada.

FRATURA EXPOSTA (OU ABERTA) - Quando o osso perfura a pele. Nesse caso,
proteja o ferimento com gaze ou pano limpo antes de imobilizar, a fim de evitar a
penetração de poeira ou qualquer outra substância que favoreça uma infecção. Não
tente colocar os ossos no lugar. Ao contrário, evite qualquer movimento da vítima.
Procure atendimento especializado.

FRATURAS ESPECIAIS - Há casos que exigem cuidados especiais. São as fraturas


de crânio, coluna, costelas, pelve e fêmur. É muito importante que o socorrista
saiba identificar os sintomas e sinais prováveis de cada uma dessas fraturas.
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Fratura do crânio: Dores, inconsciência, parada respiratória, hemorragia pelo
nariz (epistaxe), boca (estomatorragia) ou ouvido (otorragia).

Fratura de coluna: Dores, formigamento e incapacidade de movimento dos


membros (membros superiores4 e inferiores5).

Fratura de costelas: Respiração difícil, dor a cada movimento respiratório.

Fratura de pelve e fêmur: dor no local, dificuldade de movimentar-se e de andar.


Ao suspeitar de uma dessas fraturas:
• Mantenha a vítima imóvel e agasalhada;
• Não mexa nem permita que ninguém mexa na posição da vítima até a
chegada de pessoal habitado;
• Caso não seja possível contar com pessoal habitado, transporte a vítima em
prancha rígida. Observe os sinais vitais. Se necessário, execute a RCP. No
caso de fratura no crânio, os procedimentos devem ser os mesmos, mas com
o cuidado de não movimentar a cabeça da vítima, de jeito nenhum.
Providencie transporte adequado e atendimento assim que tiver terminado a
imobilização. Lembre-se de que a vítima sempre deve ser transportada em
decúbito dorsal. Durante o transporte, peça ao motorista para evitar freadas
bruscas ou buracos, que poderão agravar o estado da vítima.

ENTORSE

Os ossos do esqueleto humano estão unidos aos outros através dos músculos, mas
as superfícies de contato são mantidas umas de encontro às outras por meio dos
ligamentos. A vítima de entorse sente dor intensa na articulação afetada.
Acompanhando a dor, surge o edema (inchação). Quando os vasos sangüíneos são
rompidos a pele da região pode ficar, de imediato, com manchas arroxeadas.
Quando a mancha escura surge 24 ou 48 horas após o acidente, pode ter havido
fratura. As entorses mais comuns são as do punho, do joelho e do pé.

O Socorrista de uma vítima com entorse deve imobilizar a articulação afetada como
no caso de uma fratura fechada, e pode colocar gelo ou compressas frias no local
antes da imobilização. Podemos também imobilizar a articulação através de
enfaixamento, usando ataduras ou lenços. Não se deve permitir que a vítima use a
articulação machucada. Após o primeiro dia, podem-se fazer compressas quentes e
mergulhar a parte afetada em água quente, na temperatura que a vítima suportar.

Fazendo aplicações de calor várias vezes por dia e mantendo-a imóvel, a


articulação atingida por uma entorse normalmente recupera-se dentro de uma
semana. Isso se não houver outras complicações, como derrame interno, ruptura
dos ligamentos ou mesmo fratura.

AFOGAMENTO

Afogar-se não é risco exclusivo dos que não sabem nadar. Muitas vezes até um bom
nadador se vê em apuros por algum problema imprevisto: uma cãibra, um mau
jeito, uma onda mais forte. Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de quem
se lança na água sem saber nadar. E pode ocorrer, ainda, uma inundação ou
enchente, daí surgindo vítimas de afogamento.

4
Braços.
5
Pernas.
84
Existem dois tipos de materiais que servem para auxiliar a retirar da água uma
vítima de afogamento:
• Materiais nos quais a vítima pode agarrar-se para ser resgatada: cordas,
pedaços de pau, remo, etc.;
• Materiais que permitem que a vítima flutue até chegar o salvamento: barcos,
pranchas, bóias, etc.
Não entrar na água ao primeiro grito de socorro que ouvir. Você deve proceder de
modo exposto a seguir. Providencie uma corda, barco, bóia ou outro material que
possa chegar até a vítima. Caso não disponha de nada disso, parta para outra
alternativa . Se souber nadar bem, procure prestar socorro adequadamente.

Verifique a existência ou não de correnteza ou de água agitadas. Certifique-se do


estado da vítima: se está imóvel ou debatendo-se. Mesmo os melhores nadadores
encontrarão dificuldades em nadar contra uma correnteza e águas agitadas e qual
a melhor maneira de chegar até a vítima.

Uma vítima de afogamento pode estar desacordada quando o salvamento chegar.


Se não estiver inconsciente e desacordada, nesse caso estará em pânico e terá
dificuldades de raciocinar. Procure segurá-la por trás, de forma qual a mesma não
possa se agarrar a você e impedi-lo de nadar. Quando você chegar à margem com
a vítima, seu trabalho de salvamento ainda não terá terminado. Caso o afogado
esteja consciente e só tenha engolido um pouco de água, basta confortá-lo e
tranquilizá-lo. Se estiver sentindo frio, procure aquecê-lo. Em qualquer
circunstância, é aconselhável encaminhá-lo ao pronto socorro.

Se a vítima, no entanto, estiver inconsciente, é muito provável que apresente a pele


arroxeada, fria e ausência de respiração e pulso. Nesses casos, a reanimação tem
de ser rápida e eficaz, e pode começar a ser feita enquanto você estiver retirando a
vítima da água.

Conduta:
Libere as vias aéreas da vítima;
Lateralize sua cabeça para qualquer lado;
Execute compressões torácicas, aproximadamente umas cinco vezes.
Assim que a vítima estiver melhor e consciente, providencie sua remoção para um
hospital. É um acidente de asfixia, por imersão prolongada em um meio liquido com
inundação e enxarcamento alveolar.

O termo asfixia, indica concomitância de um baixo nível de oxigênio e um excesso


de gás carbônico no organismo. A ausência de oxigênio pode provocar seqüelas
irreversíveis, portanto, temos somente quatro minutos para reverter o quadro.

QUEIMADURAS

Denomina-se queimadura toda e qualquer lesão ocasionada no organismo humano


pela ação curta ou prolongada de temperaturas extremas sobre o corpo humano.
As queimaduras podem ser superficiais ou profundas e é possível dividi-las em
diferentes tipos, de acordo com a gravidade.
A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau de lesão, mas
também pela extensão da área atingida.
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São consideradas:
• Grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no caso
de adultos.
• Para crianças de até 10 anos, são considerados grandes queimaduras
aquelas que atingem mais de 10% do corpo.

Para avaliar melhor a gravidade de uma queimadura, você pode adotar a tabela
abaixo:

• Região craniana (cabeça) - 9%


• Pescoço - 1%
• Tórax e abdômen - 18%
• Dorso e região lombar - 18%
• Membro superior direito (braço) - 9%
• Membro superior esquerdo (braço) - 9%
• Membro inferior direito (perna) - 18%
• Membro inferior esquerdo (perna) - 18%
• Genitália – 1%

Se o socorrista souber classificar uma grande queimadura e encaminhar a vítima


para um pronto socorro, já será de grande valia. Vamos conhecer e especificar cada
caso e saber como agir em cada um deles:

QUEIMADURA DE 1º GRAU: É a queimadura mais comum, geralmente deixa a


pele avermelhada e provoca ardor e ressecamento da pele. Uma queimadura de 1º
grau nem sempre é grave. Porém se ela atingir mais da metade do corpo pode vir a
tornar-se ate muito grave.
Conduta
• Resfriar o local com água tépida (temperatura de 35,5ºC a 36ºC)

QUEIMADURA DE 2º GRAU: As queimaduras de 2º grau são aquelas que atingem


as camadas um pouco mais profundas da pele. Caracterizam-se geralmente pela
formação de bolhas e desprendimento das camadas da pele; provocando dor e
ardência local. Estas queimaduras são mais graves que as de primeiro grau porque
a perda de água que elas podem provocar eventualmente leva à desidratação. A
partir desse grau, a probabilidade de ser acometida por infecção é alta, haja vista
que, o órgão mais resistente foi danificado a “pele”, inúmeros agentes patogênicos
aproveitam para se instalar no sistema.

Conduta
• Aplique compressas com água tépida no local e providencie assistência
imediatamente.

QUEIMADURA DE 3º GRAU: As queimaduras de 3º grau são aquelas em que


todas as camadas da pele são atingidas, podendo ainda alcançar os músculos e os
ossos, provocando ulcerações6 profundas e dores muito fortes. As queimaduras de
3º grau são as mais graves e representam sérios riscos para a vítima, sobretudo se
atingirem grande extensão do corpo.

Conduta
• Mantenha a vítima em decúbito.
• Lave bem as mãos antes de tratar das queimaduras, para não provocar
infecções.
6
Feridas.
86
• Corte todas as roupas que estão perto das regiões queimadas, caso não
esteja aderidas
• Resfrie a região afetada com água tépida7
• Não desloque ou retire a roupa que ficou sobre as queimaduras, para não
aumentar as ulcerações. Cubra as úlceras com gaze ou com um pano limpo,
sem apertar, umedecendo continuamente. Não use outro tipo de material,
porque pode aderir e piorar ainda mais o estado da vítima.
• Nunca fure as bolhas nem toque na parte queimada. Isto poderá causar uma
infecção e piorar o estado da vítima.
• Não aplique nenhuma substância sobre a queimadura, que não seja
hidratante (água ou soro fisiológico).

QUEIMADURA POR FOGO: Quando a queimadura for causada por fogo e as


roupas estiverem se incendiando, a primeira providência é abafar o fogo.
Dependendo do local do acidente e dos recursos disponíveis, de imediato pode-se
usar um lençol para sufocar as chamas, não rolar a vítima no chão.
Se as queimaduras atingirem o tórax, abdome ou dorso pode-se jogar água fria
sobre as ulcerações, para aliviar as dores.
Em seguida, remover a vítima para um hospital.
Anime-a e tranqüilize-a.

QUEIMADURA POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS: (tintas, ácidos, detergentes, etc.)


Antes de cuidar dos ferimentos, é preciso molhar todas as peças de roupa que
estejam impregnadas pela substância para removê-las sem causar maiores danos.
Isso porque o contato com a roupa pode gerar novas queimaduras. Depois,
devemos lavar o local queimado com água em abundância, durante 10 a 15
minutos, para que não reste qualquer resíduo da substância química e, em seguida,
proteger as ulcerações com gaze ou pano limpo.

A queimadura nos olhos é um caso muito especial. A ação deve ser rápida, para
evitar a perda parcial o total da visão. Neste caso, devemos lavar o olho da vítima
com bastante água. Colocar um curativo de gaze ou pano limpo.

CHOQUE ELÉTRICO

Os choques elétricos podem acontecer com freqüência, mesmo porque vivemos


cercados por máquinas, aparelhos e equipamentos elétricos. Em casos de alta
tensão, os choques podem ser fortes e causar queimaduras fortes ou até mesmo a
7
Água de temperatura 35,5ºC a 36ºC.
87
morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de
apresentarem riscos menores, devem merecer atenção e cuidado. Em qualquer
acidente com corrente elétrica, o tempo gasto para prestar socorro é fundamental.
Qualquer demora poderá ocasionar sérios problemas.

Muitas vezes a pessoa que leva um choque elétrico fica presa à corrente elétrica.
Não toque na vítima sem antes desligar a corrente elétrica. Se o Socorrista tocar na
pessoa, a corrente irá atingi-lo também. Por isso, é necessário tomar todo o
cuidado.

Antes de qualquer coisa, o Socorrista deve desligar o disjuntor do local ou desligar a


tomada. Se por acaso não for possível tomar nenhuma dessas providências, há
ainda alternativas:
1. Afastar a vítima do fio elétrico com um cabo de vassoura ou com uma vara
de madeira, bem secos.
2. Antes, porém, verifique se os seus pés estão secos e se você não está
pisando em chão molhado. Para afastar a vítima, use algum material que não
conduza corrente elétrica, como por exemplo, madeira seca, borracha, etc. Em
seguida, inicie imediatamente o atendimento à vítima.
3. Coloque-a em decúbito e verifique os sinais vitais, haja rapidamente, caso
esteja sem sinais, execute a RCP.
4. Caso esteja com sinais vitais presente, verifique se a vítima sofreu alguma
queimadura, cuide das queimaduras, de acordo com o grau que elas tenham sido
atingidas.

As correntes de alta tensão passam pelos cabos elétricos que vemos nas ruas e
avenidas. Quando ocorre em fios de alta tensão, na rua, só a central elétrica pode
desligá-los. Nestes casos, procure um telefone e chame a central elétrica, os
bombeiros ou a polícia. Indique o local exato em que está ocorrendo o acidente.
Procedendo desta maneira você poderá evitar novos acidentes. Enquanto a
corrente não for desligada, mantenha-se afastado da vítima, a uma distância
mínima de 4 metros. Não deixe que ninguém se aproxime ou tente ajudá-la.
Somente após a corrente de alta tensão ter sido desligada você deverá socorrer a
vítima.

Cuidados necessários para o profissional Eletricista


• Utilização de EPI e EPC
• Uniformes com bolso – não colocar ferramentas.
• Remova todos os artigos condutores de ornamentos, tais como:
• Aliança;
• Anéis;
• Avental metalizado;
• Braceletes;
88
• Chaveiros;
• Correntes de pulso, pescoço ou tornozeleira;
• Crachá que contenha metal ou cordão sem feixe de abrir;
• Lentes de contatos;
• Óculos;
• Pircing;
• Pulseiras;
• Relógios mesmo com pulseira de borracha;
• Sapatos ou botas com biqueira de aço e cadarço …

• 10.2.9.3 - É VEDADO O USO DE ADORNOS PESSOAIS NOS TRABALHOS COM


INSTALAÇÕES ELÉTRICAS OU EM SUAS PROXIMIDADES (210.024-
0/I=1)
• A multa será por parte do Eletricista, pois houve NEGLIGÊNCIA.

EPILEPSIA (convulsão epilética)

A crise convulsiva caracteriza-se pela perda repentina de consciência,


acompanhada de contrações musculares violentas. A vítima de uma crise
convulsiva sempre cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a
se debater violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios
e dedos arroxeados (cianose labial e extremidades).

Temos aproximadamente cem tipos de epilepsia e em certos casos, a vítima possui


salivação excessiva e pode ter alguns outros sinais, tais como: defecar, urinar e
ereção peniana involuntária. Valendo lembrar que a salivação não é contagiosa. Há
contrações fortes que podem durar de dois a quatro minutos. Depois disto, os
movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamente.
A crise convulsiva pode acontecer em conseqüência de febre muito alta,
intoxicação ou, ainda, devido à epilepsia ou lesões no cérebro.

Diante de um caso de convulsão, tome as providências seguintes:


1. Coloque a vítima em decúbito dorsal (barriga para cima);
2. Libere as vias aéreas, caso não consiga devido ao enrijecimento, lateralize a vítima
por completo
para qualquer lado;
3. Afaste tudo o que esteja ao seu redor e possa machucá-la (móveis, objetos, pedras,
etc.) não impeça
os movimentos da vítima;
4. Retire as próteses dentárias, caso esteja solta;
5. Retire óculos, colares e outras coisas que possam se quebradas ou machucar a
vítima;
6. Se a vítima estiver com movimentos de abrir e fechar a boca e para evitar que ela
amputa a própria
língua, faça um rolinho com sua roupa ou um tecido próximo e coloque na lateral da
boca.
7. No caso de a vítima já ter cerrado os dentes, não tente abrir-lhe a boca;
8. Desaperte a roupa da vítima e deixe que ela se debata livremente;
9. Coloque um pano debaixo de sua cabeça, para evitar que se machuque.
10. Não dê a vítima nenhuma medicação ou líquido pela boca, pois ela poderá sufocar.

Cessada a convulsão, deixe a vítima em repouso até que recupere a


consciência. Após a convulsão, a pessoa dorme e este sono pode durar segundos ou
horas. Coloque-a na cama ou em algum lugar confortável e deixe-a dormir. Em

89
seguida, encaminhe-a a assistência profissional caso seja a primeira vez, porém, se
a vítima já possui essas crises, isso é normal na vida dela.

PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

Vamos seguir os passos para uma efetivação de atendimento imediato para RCP
REANIMAÇÃO

CARDIOPULMONAR

1º Observe se a vítima está deitada (em decúbito dorsal) de abdome para cima;
2º Posicione-se ao lado da vítima (de qualquer lado);
3º A vítima deve estar em uma superfície plana;
4º Checar SSVV (sinais vitais) pulso e respiração;
5º Caso os SSVV estejam ausentes, liberar as VAS (vias aéreas superiores),
colocando os dedos – indicador e médio na região do mento (mandíbula) e
dois dedos – indicador e médio na região frontal (testa) e eleva para trás;
6º Aplicar 2 (duas) ventilações de resgate, somente com máscara de
reanimação (máscara pocket com válvula unidirecional e filtro ou máscara
descartável com válvula antirefluxo). Colocar a máscara comprima as narinas
com o polegar e indicador e assoprar duas vezes seguidas e não se esquecer
de desapertar as narinas depois. A ventilação ou insuflação oferece
aproximadamente 18% de O2 (oxigênio) e 4% de CO2 (dióxido de Carbono),
suficiente para suprir as necessidades de uma pessoa, Observe a elevação do
tórax à medida que você aplica a ventilação;
7º Estique os MMSS (membros superiores) braços e posicione seus ombros na
direção das mãos sobre o tórax da vítima;
8º As mãos devem estar uma sobreposta a outra e na região mediastino (meio)
do tórax;
9º As mãos devem estar dispostas de forma que somente a região hipotenar
(localizada na direção do polegar);
10º Abaixo da garganta dá-se início ao esterno e finaliza nas proximidades do
estômago (aproximadamente 22 cm). As compressões devem ocorrer no
meio da raiz da mama – onde se inicia;
11º As compressões devem ser rápidas e fortes. Pressionando para baixo, tendo
em vista que será de 4 a 5 centímetros de pressão, haja vista que, devemos
ir com cautela no início e observar a caixa torácica da vítima;
12º Ao final de cada compressão, assegure-se que houve retorno que é a
expansibilidade torácica. O retorno completo do tórax permite que mais
sangue entre no coração;
13º As compressões devem ser com uma freqüência de 100 por minuto;
14º Não movimente a vítima na manobra de RCP, a menos que esteja em um
ambiente de risco iminente;
15º Execute 5 ciclos e cheque SSVV, não havendo respostas dê continuidade até:
a chegada de um profissional de igual ou melhor conhecimento que o seu,
um médico para atestar o óbito ou na sua exaustão máxima.

90
Tipos de máscaras de RCP

Pocket treinamento máscara descartável

A – AIRWAY – ABERTURA DAS VIAS AÉREAS


Na primeira abordagem pesquise a via aérea da vítima, sem movimentar a cabeça
e procure:
1. Elevação da mandíbula com os dedos em gancho
2. Se a boca abre naturalmente
3. Se existe sangue ou outros fluídos
4. Se existem dentes partidos
5. Se existem próteses dentárias soltas

B – BREATHING – BOA VENTILAÇÃO - RESPIRAÇÃO


1. Na primeira abordagem pesquise se a vítima ventila
2. Se a ventilação é eficaz
3. Se os movimentos torácicos são simétricos
4. Se existem lesões abertas do tórax

C – CIRCULAÇÃO
1. Observar se a vítima possui circulação sangüínea, se há pulsação.

D - DESFIBRILADOR
AED (DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO)
CARDIOVERSOR ELÉTRICO
Unidade de medida é realizada em “Joules”
1º choque = 90 joules
2º choque = 130 joules
3º choque = 150 joules
= 15.000 volts
Abordaremos sobre o cardioversor mais a frente em sua sequência didática.

E – EXPOSIÇÃO
Prevenção da hipotermia, evitando o choque e cobrindo-a para uma recuperação
mais rápida, a sintomatologia é acometida geralmente por um quadro de alguns
sinais clínicos, são eles:
1. Visão turva e embaçada
2. Hipotensão arterial
3. Respiração curta, rápida ou irregular
4. Pulso fraco e rápido
5. Sudorese (suor) nas mãos e região frontal
91
6. Palidez cutânea e expressão de ansiedade
7. Pele fria e pegajosa
8. Calafrios (tremores involuntários)
9. Náuseas e vômitos
10.Inconsciência, na fase mais avançada desse estado

Parada respiratória (PR) é a interrupção brusca da função pulmonar e parada


cardiorrespiratória (PCR) - suspensão imediata das funções pulmonar e cardíaca
concomitantemente.

A manobra de RCP é de 30:2, sendo 30 compressões e 2 ventilações ou insuflações,


mas inicialmente com as ventilações de resgate que são duas, porém, não entra na
contagem.
No primeiro momento do socorrista deve partir do princípio que toda vítima ouve,
mesmo em situações delicadas de coma profundo, então partindo desse
pressuposto, os comentários devem ser agradáveis e com segurança, fazendo o
seguinte:

Conduta
1. Coloque as duas mãos na região das clavículas e se identifique à vítima “Sou
socorrista posso ajudar?”;
2. Na ausência de reações, verifique os sinais vitais;
3. Libere as vias aéreas superiores, sem suspeita de trauma cervical;
4. Inicie duas ventilações de resgate;
5. Não apresentando evolução, inicie a RCP com 30 compressões e 2
ventilações por 5 ciclos;
6. Após os 5 ciclos, cheque novamente os sinais vitais e continue a seqüência
até que apresente sua exaustão plena ou outro profissional de igual, ou
melhor, conhecimento que o seu tome a posição de continuidade.
Um ser humano pode perdurar por quatro minutos sem oxigênio e glicose no
cérebro com preservação íntegra, mas além desses minutos a propensão de danos
cerebrais é grande.

POSSUINDO O EQUIPAMENTO DEA DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO

92
1. Avalie a vítima e procure observar uma resposta. Se não obtiver resposta
chame por socorro.
2. Se você estiver sozinho, acione o sistema de atendimento de emergência e
solicite um DEA, se estiver disponível.
3. Abra as vias aéreas da vítima e avalie a respiração (em não menos de 5 e
não mais de 10 segundos).
4. Se a ventilação não estiver adequada, aplique 2 ventilações de resgate.
5. Avalie o pulso carotídeo da vítima (em não menos de 5 e não mais de 10
segundos).
6. Se você definitivamente não sentir pulso, realize 5 ciclos de compressões e
ventilações (30:2).
7. Observe o tórax da vítima, caso haja pêlos, raspe-os rapidamente e enxugue-
o bem.
8. Coloque o conector dos eletrodos

CONDUTA para AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

A AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA permite o efetivo diagnóstico e tratamento de uma


vítima, observando as condições fisiológicas.

Atentar-se para: respiração espontânea, controle de vias aéreas, comando de voz,


sons, sangue, pressão cardioversão.

Executar manobras de RCP e avaliação posterior dos eventos da ventilação e


compressão.

SUSPEITA DE TRAUMA CERVICAL

Quando o Socorrista chegar ao local e encontrar a vítima em qualquer decúbito, a


imobilização deve ser executada em prancha rígida com o apoio de outros
profissionais para a virada em bloco e sequência única.
Caso alguém relate o fato que esteja com a vítima, desconsiderar parte, pois
observe o que presenciou, o ser humano tende a alterar os fatos por si só,
esquecendo muitas vezes de um detalhe importante para nós Socorristas.

Execute a tração mandibular para liberar as VAS8, abandone a posição apenas


quando concluírem a imobilização com o colar cervical e o apoio lateral de cabeça.
O segredo dessa manobra é estar sempre com os antebraços no chão, jamais
levantá-los, pois pode ocasionar lesão na coluna onde você quer proteger.

TRAÇÃO MANDIBULAR PARA SUSPEITA DE TRAUMA DE COLUNA

Abertura da boca com a técnica dos dedos cruzados


Uma ligeira tração em região cervical
Alinhe a região cervical
Efetue a elevação da mandíbula
8
Vias aéreas superiores.
93
Aplicar o tubo orofaríngeo
Aspire se existirem fluídos

CARDIOVERSOR ELÉTRICO (desfibrilador)


AED (AUTOMATED EXTERNAL DEFIBILATOR) em inglês
DEA (DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO)

O DEA é um dispositivo computadorizado que é fixado as pás adesivas a uma vítima


sem pulso. Esses dispositivos somente recomendarão a aplicação do choque se o
ritmo cardíaco da vítima for passível de tratamento por choque. O DEA fornece
mensagens sonoras e/ou visuais para guiar as ações do Socorrista.

O termo “automático” na realidade significa “semiautomático”, pois a maioria dos


DEAS disponíveis no mercado “informarão” ao operador que o choque é necessário,
mas não aplicarão um choque sem uma ação do Socorrista, devendo pressionar o
botão CHOQUE.
Se o DEA fosse automático, ele acionaria o choque sem informar ao Socorrista ou
ao operador que está no comando.

Os eletrodos adesivos (pás) conectam na vítima e executa uma leitura prévia e


emite dados correspondentes ao paciente.

O DEA deve ser colocado na vítima apenas quando:


1. Não responsiva
2. Respiração ausente
3. Ausência de pulso

A vítima pode apresentar respiração agônica antes de ocorrer à parada cardíaca. A


respiração agônica não é uma respiração eficaz e pode estar seguida de roncos.

Coloque o DEA ao lado da vítima, próximo ao Socorrista que irá operá-lo. Permitindo
acesso rápido aos controles do DEA e facilita o posicionamento das pás. Também
permite que o segundo Socorrista realize a RCP – Reanimação Cardiopulmonar do
lado oposta da vítima, sem interferir com a operação do DEA.

UTILIZAÇÃO DO DEA
1. Ligue o DEA – com isso acionará as mensagens sonoras ou visuais para guiá-
lo em todos os passos subseqüentes.
• Abra o estojo do DEA ou a parte superior da caixa do DEA.
• Ligue o dispositivo (alguns ligam automaticamente quando a tampa da caixa
ou do estojo é aberta).

2. Fixe as pás ao tórax da vítima (totalmente desnudo e sem pêlos).


• Escolha as pás corretas (adulto ou criança) para o tamanho/idade da vítima.
Use pás infantis ou sistema pediátrico para criança com menos de oito anos,
caso esteja disponível. Não use pás infantis ou sistema de atenuação pediátrico
para vítimas com oito anos ou mais.
• Retire a proteção traseira das pás adesivas.
• Se o tórax da vítima estiver coberto com água ou suor, limpe-o rapidamente.
• Fixe as pás adesivas no tórax desnudo da vítima.
Coloque um eletrodo no lado superior direito do tórax desnudo, à direita do osso
esterno, logo
abaixo da clavícula.
Coloque a outra pá à esquerda do mamilo, alguns centímetros abaixo da axila
esquerda.
94
Fixe o DEA, conectando os cabos na caixa do desfibrilador.

3. Afaste-se da vítima e analise o ritmo.


• Sempre se afaste da vítima durante a análise. Certifique-se de que ninguém
esteja tocando na vítima, inclusive a pessoa encarregada de aplicar as
ventilações.
• Alguns DEAS informarão o momento de pressionar o botão para permitir que
o aparelho comece a analisar o ritmo cardíaco; outros farão essa análise
automaticamente. O DEA leva cerca de 5 a 15 segundos para analisar o ritmo.
• O DEA informará se o choque se faz necessário.
4. Caso o DEA informe que é recomendado aplicar um choque, ele lhe dirá para
ter certeza de que está afastado da vítima.
• Afaste-se da vítima antes de aplicar o choque. Tenha certeza de que ninguém está
tocando na
vítima, evitando lesões sérias nos Socorristas.
- Avise em voz alta e em bom tom “afastem-se para o choque”
- Mesmo assim, execute rapidamente uma inspeção para assegurar que ninguém
esteja em
contato com a vítima.
• Pressione o botão CHOQUE.
• O choque produzirá uma contração súbita dos músculos da vítima, não se assuste.
5. Assim que o DEA aplicar o choque, inicie a RCP, começando com
compressões torácicas.
6. Após dois minutos de RCP, o DEA recomendará que você repita os passos 3 e
4.

Operação análise automática em 3 passos:


• LIGAR
• ANÁLISE
• CHOQUE

95
A unidade de medida é de Joules
• Primeiro choque = 90 joules
• Segundo choque = 130 joules
• Terceiro choque = 150 joules

• Orientação verbal em Português;


• Gravação do som ambiente;
• ECG e eventos durante a utilização;
• Bateria de alto desempenho para 5 anos no modulo de espera ou 180 choques ou
bateria
recarregável;
• Auto teste de funcionamento;
• Caso ocorra alguma anomalia... alarme sonoro e visual será acionado para que
sejam tomadas as
providências necessárias.
• Tela de LCD com exibição do tempo corrido;
• Número de choques;
• Capacidade de memória;
• Nível da bateria;
• Tipo de eletrodo e todas as orientações de procedimento por escrito durante uma
ocorrência;
• Traçado de ECG (opcional).

• Acompanha:
• 01 peça - bolsa de transporte,
• 01 peça - bateria tipo Li – Mm O2,
• 01 peça - cartão SD de memória,
• 01 peça - eletrodo adulto,
• Manual de instruções;
• CD de treinamento.

• Descrição Técnica
• Cardioversor elétrico externo automático,
• Com vídeo de alta resolução;
• Áudio em português;
• Onda bifásica Multipulse, permitindo descarga de somente 1/3 da energia
necessária em

96
monofásica, diminuindo riscos e aumentando as chances de sobrevivência do
paciente.
• Funciona com bateria de lítio de longa duração;
• Descargas adulto 90, 130 e 150 joules;
• Infantil 15, 30 e 50 joules;
• Identificação automática;
• Redução da descarga pela conexão do par de eletrodos infantil;
• Permite outras configurações de 1 a 150J de energia e possui descarga interna de
segurança.
• Gravação de 500 eventos, 30 min. de ECG e 30 min. de som ambiente em cartão
SD de memória;
• Configuração de ECG na tela sendo opcional;
• Auto teste automático semanal e com aviso sonoro ao ser ligado;
• Bateria para 7 h em uso contínuo, com vida útil de 5 anos, mínimo de 200 choques
com carga
máxima de 150 joules;
• A prova de quedas de 1m sobre superfície rígida, bordas e superfícies sem afetar
seu normal
funcionamento.
• Condições ambientais de operação: Unidade 0 a 95 % umidade sem condensação;
• Temperatura de uso, 0°C a 50°C;
• Atualização de programa por interface a PC. Tam. 230 larg. x 70 alt. x 220mmn
prof. e peso aprox.
de 1,5Kg com bateria;

OUTRA DESCRIÇÃO TÉCNICA

PHILIPS
1 - CARDIOVERSOR, Características Técnicas Mínimas: Desfibrilador portátil com
tecnologia de onda Bifásica para choque. Possibilidade de desfibrilação em modo
sincronizado (cardioversão) e não sincronizado, desfibrilação manual com escala
selecionável de 1J até o máximo de 200J por teclas no painel frontal e nas pás
externas. Pás de desfibrilação externa adulta com pediátrica embutida. Monitor de
ECG com traçado contínuo através de tela eletroluminescente na cor âmbar ou LCD
colorido de alta resolução e captação do ECG através de cabo de paciente, eletrodo
de multifunção ou através das pás externas. Marcapasso transcutâneo de corrente
constante e largura de pulso de 40ms com função que permita analisar o sinal e
freqüência cardíaca intrínseca do paciente sem a necessidade de perder a captura
do marcapasso. Detecção e visualização em tela da maioria dos pulsos de
marcapassos implantáveis. Módulo de aconselhamento, que permite o uso do
equipamento como desfibrilador semi automático. Interpreta Fibrilação Ventricular
e Taquicardia Ventricular de alto risco, carrega e emite uma mensagem de voz e
texto em português de que o choque é requerido. Para qualquer outro ritmo emite
uma mensagem de que o choque não é requerido. O equipamento deve ser
configurável e expansível de forma que permita a adição futura de oximetria,
pressão não invasiva e capnografia. Registro em papel com largura mínima de
80mm, manual ou automático (após desfibrilação ou qualquer evento acionador de
alarme) do ECG do paciente com anotação de hora, data, nível de energia
selecionada e liberada na desfibrilação, impedância, freqüência cardíaca,
desfibrilação sincronizada, derivação, amplitude do ECG, acionamento de alarme,
corrente de marcapasso. Memória de armazenamento de no mínimo 30 eventos de
desfibrilação ou 70 outros eventos. Marcadores de código para registro de aplicação
de medicamentos e intervenções realizadas, conforme algoritmos do ACLS, sendo
configurável até 20 medicamentos ou intervenções para cada função do
97
equipamento (Monitor, Desfibrilador e Marcapasso). Fonte interna para alimentação
em rede alternada 220V ¿ 60 Hz e recarga da bateria. Bateria recarregável de ácido
de chumbo selada com autonomia mínima para 2,5 horas de monitorização sem a
necessidade de troca ou recarga da bateria durante este período, facilmente
intercambiável na parte externa do equipamento e com carregamento total no
próprio aparelho em até 4 horas. Peso máximo de 7,5Kg com pás externas, cabos,
fonte interna de alimentação AC e bateria. Acompanha acessórios afins para o seu
perfeito funcionamento.

TRANSPORTE DE VÍTIMA
Transporte passa a ser prioridade quando:
1. Todos os recursos já foram esgotados.
2. Quando dele depender a vida da vítima.
3. Quando o local oferecer risco eminente à vítima ou ao socorrista.

A escolha do método de transporte dependerá:


1. Da gravidade da lesão.
2. Do número de pessoas disponíveis.
3. Do local do evento.

Essas observações acima são particularmente verdadeiras nas ocorrências pré-


hospitalares. Toda vítima que apresentar suspeita de lesão de coluna tem que ser
transportado em decúbito dorsal, sobre superfície plana e rígida (prancha). Não é
admissível pensarmos em transportar pessoas com traumatismos de coluna
vertebral utilizando material que permita flexibilidade, desestabilizando-a.

CHAMANDO SOCORRO ESPECIALIZADO

1. Ausência de EPIs (principalmente luvas);


2. Local de difícil acesso;
3. Na dúvida de um procedimento;
4. Presos em ferragens;
5. Suspeita de trauma de coluna cervical;
6. Etc.

O QUE E COMO FALAR AO ATENDIMENTO EMERGENCIAL

1. Ligar de qualquer telefone seja celular, de base ou público, a ligação não é cobrada;
2. Informar seu nome para quaisquer dúvidas do profissional que atende a ligação,
evitando os
“trotes”;
3. Observar o local com endereço e um ponto de referência mais próximo;
4. Relatar o fato ocorrido de forma clara e sucinta;
5. Atenção para os números de sua cidade:
193 - Bombeiros – Resgate – (emergência – risco de morte);
192 - SAMU Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – (situações mais leves –
menos agravantes);

98
190 – Polícia Militar (em casos de óbitos evidentes – agressões seguidas de
acidentes...).

KIT DE PRIMEIROS SOCORROS

Álcool 70%
Atadura crepe 5cm – 10cm – 15cm – 20cm
Clorexidine (antisséptico)
Compressas cirúrgicas
Curativo adesivo
Emplastro (Ex.: salompas)
Esparadrapo
Fita crepe
Gaze (+ou- 20 pacotes)
Máscara de reanimação RCP
Micropore
Sabonete líquido
Soro fisiológico 0,9% 10ml – 50ml – 100ml – 250ml - 500ml - 1000ml
Soro glicosado 5,0% 10ml – 50ml – 100ml – 250ml - 500ml - 1000ml
Tesoura

GLOSSÁRIO TÉCNICO DA SAÚDE

Algumas palavras que estão inseridas no cotidiano da saúde para um entendimento


mais eficaz quanto para com as condutas de salvamento.

Abaulamento [ protuberância, elevação de uma região, inchaço


Acidose [ pH < que 7 (ácido)
Alcalose [ pH > que 7 (base ou alcalino)
Aferir [ verificar a PA (pressão arterial)
Algia [ dor
Alocraniana [ algia em toda a cabeça
Anorexia [ falta de apetite (inapetência)
Anúria [ falta de secreção urinária
Anóxia[ ausência total de CO2
Apnéia [ parada respiratória
Artralgia [ algia nas articulações
Astenia [ fraqueza muscular
Carcinoma [ CA (câncer) malígno
Cefaléia [ dor de cabeça
Decúbito [ pessoa deitada
99
Dismenorréia [ cólica menstrual
Dispnéia [desconforto esternal (falta de ar)
Dispauremia [ algia no ato sexual
Disúria [ micção dolorosa
Edema [ extravasamento de líquido intercelular para o interstício (vulgo=inchaço)
Enterorragia [eliminação intestinal sanguinolenta
Epistaxe [ sangramento nasal
Estenose [ estreitamento
Evisceração [ vísceras expostas
Exsudato [ secreção de líquido seroso, sanguinolento ou purulento
Fecaloma [ fezes acumuladas e endurecidas
Flatos [ gases intestinais
Fomentar [ estimular
Fratura [ “quebra” de osso, rompimento do osso
Hiperemia [ vermelhidão da pele igual eritema
Hipertermia [ alta temperatura igual hiperpirexia
Hematúria [ sangue na urina
Hepatomegalia [ aumento do fígado
Hematoma [ acúmulo de sangue nos tecidos, por extravasamento ou lesões dos
vasos sangüíneos
Hígida [ pessoa saudável
Hiperpirexia [ alta temperatura
Hipotonia [ fraqueza muscular (também como astenia)
Iatrogenia [ técnica prejudicando o paciente
Icterícia [ processo de hemólise, coloração amarelada devido a bilirrubina
Leucorréia [ secreção vaginal, muco
Metástase [ disseminação de células neoplásicas alterando o tecido
(desgovernadas)
Melena [ fezes com sangue
Mialgia [ algia – dor muscular
Micção [ ato de urinar
Miíase [ vermes produzidos pelos ovos da mosca
MMII [ membros inferiores
MMSS [ membros superiores
Monilíase [ placas esbranquiçadas na região bucal “sapinho”
Nocivo [ prejudicial, insalubre, deletério
Ocluir [ fechar
pH [ potencial Hidrogeônico
Pelve [ região localizada abaixo abdome senso comum “bacia”
Perdigotos [ gotículas salivares ou gotas de fluge
Piúria [ pus na urina
Priapismo [ ereção peniana (contínua ereção da genitália masculina)
Prostrado [ inerte
Prurido [ coceira
Sialorréia [ salivação excessiva
Sibilos [ som dos pulmões estreitamento alveolar (chiado de gato)
Síbalos [ fezes endurecidas (bolinhas)
Sinais flogísticos [ inflamação: algia, edema, rubor, calor
Síncope [ desmaio, acometido por mal súbito
Sudorese [ suor intenso
Sudoríparas [ glândulas de suor
100
Tépida [ água com temperatura de 35,5 ºC – 36º C
Tumefação[ edema, vulgarmente falado “inchaço“
Úlcera decubital [ rompimento de pele com exsudato seroso-mucopurulento
VAS [ vias aéreas superiores (nariz e boca)
VAI [ vias aéreas inferiores (traquéia, pulmões)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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