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Ge 7° e8° Juizos Civeis de Lishoa "7 dio «1 Seegio “eet aso7adNS1oO0 Foe SST a hsoepenetusno ge Pood sanoavsase Acta da Audiéncia de Discussio e Julgamento Processo: $348/04,2YXLSB Acgiio de Processo Sumiirio Autor ‘odafone Portugal - Comunicagies Pessoais, S.A. lultifacetada - Administragio de Iméveis, Unipessoal, Lda, Lisboa, 07 de Outubro de 2010 Magistrada Judicial ~ Senhora Doutora Catarina Pires ‘Mandatiirio da Autora — Sousa Machado, Ferreira da Costa Associados - Soe. Adv. - Dr Sandra Amaral Gomes Escriva Auxiliar — Carolina Patricio Presentes: Dra. Sandra Amaral Gomes Digno Magistrado do Ministério Pablico, Dr. José Vaz Comeia Carla Cristina Negreiro Varela Coetho Foi declarada cberta a presente audincia pelas 09:20 horas, por apenas a essa hora ter ‘comparecido o Digno Magistrado do Ministério Piblico, Dr. José Vaz Correia, nfo tendo sido possivel o comparecimento prévio de qualquer outro magistrado do Ministerio Piblico, apesar das diligéncias feitas nesse sentido, Tendo o Sr. Procurador chegado 4 sala de audigncias as 09:20 horas e estando a diligéncia agendada para as 09:00 horas, foi o mesmo informado pola Juiz de que as diligéncias devem iniciar-se & hora agendada c, sc a Juiz no tivesse tido conhecimento da chogada do Sr. Procurador a este Tribunal pelas 09:18 horas, 0 julgamento ter-se-iainiciado sem a sua presenga, bem como sem a presenga de qualquer outro Representante do Ministério cl sem éxito Piiblico, uma vez que a Seceéo diligenciou por que tal fosse po T e8° Juizos Civeis de Lisboa "7 dina - 1 Secgto as nite Sia, 2-35-67 Lion ‘ele 21a1e792621516T00 Foe 2159577 Maik bo oer Seguidamente, dada a palavra ao Digno Magistrado do Ministério Pablico, o mesmo disse "Tendo o signatirio chegado a este Tribunal pelas 09:15 horas, por um lapso evidente « tinico com o seu despertador, pois tenho-o sempre a despertar as 07:00 horas da manha, pelo que chego diariamente a este Tribunal as 08:00 horas da manhii ou alé antes, sé que hoje, na maior das certezas c, excepcionalmente, sem que alguma vez the ocorra ter acontecido, 0 regio nfo despertou, Acordow 0 signatério convencido de que cram 06:40 horas da manhi. Pés 0 rédio a trabalhar, como habitualmente, ouviu as noticias e dirigin-se para o Servigo, Foi confirmar por ‘que 0 relogio (telemével) nao despertou ¢ verificon que estava na posigio de desligado. Isto sé 6 signatério reparou jé vinha quase a chegar ao Tribunal, als, estava no café a tomar 0 pequeno-almogo. Sucedeu, inclusivé, que o signatério escreveu vérias quadras dentro do ‘Metro, como alids, o faz. froquentemente." ‘Neste momento, pela Mma. Juiz foi declarada interrompida a audiéncia, atendendo a que se mostrava momentaneaments indisposta, Tendo regressado 4 sala de audiéncias, a Mma. Juiz concedeu novamente a palavra 20 Digno Magistrado do Ministério Pablico, que no uso dela disse: "Solicitou ha instantes, 0 signatério, ao seu funciondrio, que the trouxesse 0 seu casaco do gabinete, pelo que passo a tirar do bolso ea ler algumas das quadras que eserevi (pelo Digno Magistrado do Ministério Piblico foi dito que pretendia que os quadras ficassem ‘expostas em verso): ‘Adoro levantar ced 6 ter a obrigagdo cumprida dos falsos tenbo medo sto o pior que ha na vida Prod pe computor T e8° Juizos Civeis de Lisboa 7 Juizo- 1" Seegio as nein Sie, 2-50-67 Lion Tele 2istersa621516Ta0 Poe 21595577 Mabe setneboniom Levantam-se cedo as aves também 0s animais da floresta 0s que dormem no ar ou em caves © que tem muito valor, o que nfo presta O serhumano é excepeto em qualidade dos animais quanto mais desumanos so ‘mais se parecem com esses tais Sio sete ¢ pouco da manhit Viajo de Metro parao trabalho filo ontem, farc-o amanhat 86 sou aquilo que valho Os comboios jé vio cheios muitos se levantam cedo ‘nas mulheres aprecio os seios ‘mas tm outro enredo Viajo muito de pé ‘vo ocupados 0s lugares as veres entro na Sé 1620, dirijo-me aos altares ‘Viajam brancos e pretos nacionais ¢ estrangeiros Te 8° Juizos Civeis de Lishoa Paizo 1" Seegto us namin de ii, 25 12506 Liston ‘et 2131679262151670 Poe 713593377 Vi io seston alguns vivem em "guetos" ‘outros em lugares foleiros Um Ié Ega de Queiroz, meu preferido escritor por dentro pode ser feroz até pode ser um impostor Léem outros 0 jomal distribuido gratuitamente este jé¢ um sinal da crise que se sente Entram uns, saem outros 0 frenesim da manha levam-se alguns encomtries evo eu, e mulher minha E tudo quanto a quadras. Continuando: als, estava 0 signatirio convencido de que 0 julgamento era és 09:15 horas ¢, como é normal e habitual, nunca signaéri leva a agenda de trabalho para casa Suceden que, is 09:05 horas, tlefonou-lhe 6 funcionario Luis, dizendo-lhe que tinha uma diigéncia marcada, O signatrio estava no café, a um minuto do Tribunal, a tomar 0 pequeno-almogo,e disse-lhe que ia imediatamente para o Tribunal, como foi. S6 que ainda 0 signatério demorou alguns minutos alr o jomal, pois estava convencido que o julgamento era 4s 09:15 horas. E tudo.” T e8° Juizos Civeis de Lisboa "*duizo I" Seocio as Maui de Since 25-3506 Lisbon ‘eee 2316726213167 Foe 71393877 Mi aban seems op De sepuida, pela Mina Iss fi ovation declare inomompida por momento & ‘audiéncia. ‘Tendo regressado a sala de audiéncias, a Mma, Juiz proferiu o soguinte: DESPACHO ccertido desta acta para efeitos disciplinares e remeta-a no Conselho Superior do Ministério Pablico." “Ext Podlida a palavra pelo Digno Procurador, a qual the foi concedida, tendo, no uso da ‘mesma dito: Requer que Ihe seja entrogue certiddo desta acta, para os fins tidos por convenientes, dosignadamente, para dar conhecimento ao scu Superior Hierdrquico, Dignissimo Procurador dda Republica Coordenador, Sr. Dr. lio de Pina Martins.” Apés, pola Mma, Juiz. foi proferide o seguinte: DESPACHO “Admito a jungo 20s autos dos documentos constantes de ls. 100 a 107, mas condeno ‘autora em malta, que fixo em uma UC, pela sua jungio tardia - off. art.» 523%, n= Le 2, do CP.C,,¢ 102°, al.b), doC.C." De seguida, pelo Digno Magistrado do Ministério Piblico foi requerido que seja proferido despacho sobre o seu pedido de entrega de certidzo desta acta, Seguidamente, pela Mma Juiz foi proferido o seguinte: DESPACHO «Dispde 0 art? 174°, n° 1, do C.P.C., que "a seoretaria deve, sem precedéncia de despacho, passar as certid6es de todos os termos ¢ actos processuais que Ihe sejam requeridos oralmente ou por escrito pelas partes no processo, por quem possa exercer 0 mandato judicial Te 8° Juizos Civeis de Lisboa Puzo 1" Seegto Run Maino de iv, 25-1250157 tos Tol: 213t672621 167800 Fe 2189557 Maden scorn og ou por quem revele interesse atendivel em as obter", pelo que, atento o disposto no citado artigo, nada cabe determinar.» Apés, procedeu-se a inquirigdo da testomunha presente pela seguinte forma: TESTEMUNHA DA AUTORA Carla Cristina Negreiro Varela Coelho, B.1. n° 9519800, casada, com domiciio profissional na Av. D. Jodo Il, Lt 1.04.01. 2° Piso, Parque das Nagdes, Lisboa Prestou juramento legal ¢ aos costumes disse ser anaista de contencioso da autora. Respondeu a toda a matéria, ‘A testemunha foi confrontada com os documentos de fls, 6 a9¢ 100 a 107. Depoimento gravado: Tempo - 00.07.49. Seguidamente, pela Mma, Juiz foi dada a palavra A lustre mandatéria ¢ ao Digno Magistrado do Ministério Pablico para alegagSes orais, que foram feitas. ‘Apés, pela Mma. Suiz foi proferida a seguinte decisée: “ Nos prosentes autos de aogio declarativa de condenagio, com a forma de processo sumério, em que ¢ autora Vodafone Portugal - Conmunicagtes Pessoais, S.A, © & 16 Multifacetada - Administragio de Iméveis, Unipessosl, Lda. o tribunal profere a seguinte decisdo sobre a matéria de facto: Provaram-se, com relevéncia para a deciséo da causa, os seguintes factos: 1) A Vodafone é uma sociedade comercial que presta servigos telefénicos no émbito da explorazio do seu servigo mével tereste, 2) No exereicio da sua actividade, om Setembro de 2002, a A. acordou com aR a prestagdo por aquela a esta de servigos telefénicos méveis terrestres, 3) A.A. prestou a R, servigos telefonicos méveis terrestres, com referéncia a0 acordo escrito em 2), no valor de € 7.540,30. T e8" Juizos Civeis de Lisboa 7 Juizo 1" Seegto us Santo de Sie, 25-2516 Liston ‘et 21316742621516700. Fo 1350577 va hoon geasboniong pt 4) A Ré acordou com a A. que deveria pagar o valor dos servigos méveis terrestres descrtos em 2) no prazo de 15 dias a contar da data das respectivas facturas. 5) No exercicio da sua actividade, em Setembro de 2002, a A. acordou com a R. a prestagdo por aquela de servigos telefénicos méveis terrestres tendo subserito um documento sob a epigrafe “CondigSes particulares de subscrigo do servigo mével terrestre da Telecel”, no qual consia a declaragao de que: “.. 1. Como contrapartida pelo acesso as condigdes comerciais descritas neste ponto, © Signatario compromete-se a manter em vigor, e em seu nome, of3) servigo(s) constante(s) da lista abaxo apresentada por wn praco minimo de 30 (Trinta) meses a ‘contar da data da assinatura deste Aditamento. (...) 3, Se osignetirio denunciar ou de qualquer outro modo fizer cessar a prestagdo do(s) servigo(s) antes de decorride o prazo acordado, compromete-se a efectuar, de ‘mediate, 0 pagamento da totalidade dos valores mensais vincendos até ao termo do referido prazo. 5) A.A. preston os seus servigos méveis terrestres & Ré na sequéncia do acordo descrito om 5). 7) Os servigos méveis prestados pela A. foram por esta desactivados, com a invocago de falta de pagamento pola R. dos servigos até entio prestados. Motivaciio da Decisiio da matéria de facto ‘Na resposta & matéria de facto controvertida o tribunal ponderou crticamente a prova produzida, & luz das regras legais, da experiéncia c da nonmalidade da vida. Em particular, foram relevantes o depoimento da testemunha Carla Cristina Negreiro Varela Coelho, que se revelou isento © convincente, que demonstrou ter conheeimento dos factos por forga do exereicio das suas FungSes no tocante & existéncia dos contratos, falta de pagamento dos servigos e a desactivagio destes, conhecimento obtido através da andlise do processo informitico de que a autora dispde a respeito do caso em aprego nos presentes autos, ce oteor dos documentos de fls. 6 a9 e 100. 107 dos autos. 7 e8° Juizos Civeis de Lisboa 7 duizo-1" Seeezo us Mavanto de ivan 26-1567 Libor ‘aa 21a16722631516700. Foe 1309577 a bse sgre unas 7 Poet ssaton 23088 Seguidamente, dada a palavra lustre mandatéria © a0 Digno Magistrado do Ministério Piblico para se pronunciarem, ambos disseram no fer nenhuma reclamagio a fazer, De seguida, a Mma, Juiz proferiu a seguinte: SENTENGA "T-Relatirio, ‘Vodafone Portugal - Comunicagies Pessoais, S.A., instaurou a presente acg%0 declarativa de condenagdo, sob a forma de proceso sumério, contra Multifacetada — Administracdo de Iméveis, Unipessoal, Lda, peticionando que, pela sua procedéncia, seja a R, condenada a pagar-the a quantia de € 12.364,68, acrescida dos juros de mora vencidos até 16.09.2004 no valor de € 1.650,40 e do juros vincendes. Alega, no essencial, que no exercicio da sua actividade de prestadora do servigo telefénico mével terrestre, prestou a R. 0s seus servigos, nto valor global de € 7.540,30, na sequéncia de contrato celebrado entre ambas. ‘Nos termos do contratado entre ambas aR. obrigou-se também perante a A. amanter 0 ‘vineulo contratual durante um periodo ininterrupto de 30 moses ¢ a pagar 4 A. uma penalidade conrespondente & totalidade das mensalidades vincendas até ao termo do referido prazo, na hipétese de a R. denunciar ou fazer cessar a prestagio dos servigos antes de decorrido o prazo acordado. Sucede, porém, que a R, ndo efectuou o pagamento dos servigos que Ihe foram prestados pela A. AA. procedeu desactivagio dos servigos acordados com a R., por falta de pagamento, pelo que a mesma ficou, ainda, obrigada a pagar & A. a quantia€ 4.824,38 AR, apesar de virias vezes instada para proceder a0 pagamento das quantias em 7° e8° Juizos Civeis de Lisboa Tr izo- 1 Secgio Moved Sta 26- 1751167 Lion “Tea. 25167626213167800 Fo 213999977 Mul boa sgt on p AR, foi citada editalmente, foi cumprido o disposto no art 15° do Cédigo de Processo Civile ndo foi apresentada contestaco. Realizou-se a andiéncia do julgamento. ‘A questio a decidir nos autos é a da responsabilizagio da R. pelo nfo cumprimento dos acordos alegados pela A., por causa do nio pagamento das quantias acima referidas I1- Saneamento A insténcia mantém a validade que the foi teconhecida no despacho saneador. IIT - Fundamentacio de Facto Provaram-se, com relevancia para a decistio da causa, os seguintes factos: 1) A Vodafone é uma sociedade comercial que presta servigos telefonicos no ambito da exploragio do seu servigo mével terrestre 2) No exercicio da sua actividade, em Setembro de 2002, a A. acordou com aR. a prestagdo por aquela a esta de servicos telefénicos méveis terrestres. 3) AA. prestou aR, servigos telefOnicos méveis temestres, com referéncia ao acordo escrito em 2), no valor de € 7.540,30. 4) A Ré acordou com a A. que deveria pagar o valor dos servigos méveis terrestres descritos em 2)no prazo de 15 dias a contar da data das rospectivas facturas 5) No exercicio da sua actividade, em Setembro de 2002, a A. acordon com aR. a prestagdo por aquela de servigos telefénicos méveis terrestres tendo subserito um documento sob a epigrafe “Condigdes particulares de subscrigio do servigo mével tertestre da Telecel”, no qual consta a declarago de que “... 1 Como contrapartida pelo acesso ds condigées comerciais descritas neste ponto, 0 Signatirio comprometesse a manter em vigor, € em seu nome, o(s) servico(s) ‘constante(s) da lista abaixo apresentada por wm prazo minimo de 30 (Trinta) meses a

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