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Não posso me calar ante as manchetes

aterrorizantes de certos jornais, pelas quais a Paranaprevidência


estaria falida pela falta de aportes do governo estadual.

Quem lê o texto integral da noticia logo constata a


falsidade da manchete. A Paranaprevidência é hoje a entidade mais
capitalizada dentre os regimes próprios. Quando assumi o governo, o
Fundo de Previdência que ela administra tinha capital de 500 milhões
de reais. Ao terminar o meu mandato, o Fundo de Previdência
apresentava ativos financeiros superiores a 5 bilhões de reais. Com
os rendimentos desses recursos o Fundo paga com folga todos os
benefícios e ainda sobra dinheiro para a capitalização. É um fundo
rentável, sustentável e superavitário.

Esses valores, em sua quase totalidade, estão


custodiados no Banco do Brasil, cetipados no Banco Central, com
rendimentos acima da meta atuarial. Impedi que se investisse no
mercado de ações e, assim, livrei a Paranaprevidência da quebra
mundial de outubro de 2008, quando todos os demais fundos de
pensão tiveram prejuízos milionários.

Recorri ao Supremo Tribunal Federal para garantir


a isenção da contribuição previdenciária a aposentados e
pensionistas, único Estado do Brasil a conceder tal benefício.

As contribuições com outros ativos foi a fórmula


encontrada pela Lei estadual n. 12.398 para completar a parte de
recursos repassados em dinheiro ao órgão previdenciário. Mas a lei
não estabelece prazos para esses aportes, considerando os encargos
do Estado para manter o Fundo Financeiro, inteiramente bancado
pelo Tesouro Estadual. Integram esse Fundo mais de 80 mil
aposentados e pensionistas, com uma folha aproximada de 200
milhões de reais mês, enquanto o Estado arrecada apenas cinco
milhões, sendo o restante transferido ao Fundo Previdenciário,
integrado por 16 mil beneficiários.

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A conta denominada contribuições financiadas é
herança do governo Lerner (mais uma...), que não repassava a
integralidade dos percentuais legais devidos à Paranaprevidência.

Mandei elaborar um estudo para compor esses


passivos, mediante um novo regime de financiamento. A solução
depende apenas de ato legislativo. Mas é impossível que pessoas
responsáveis não vejam que a previdência funcional está bem
amparada, que os recursos do Estado são finitos e que há também
outras prioridades a atender.

Enfim, o que se espera de administradores e


legisladores é que se encontre uma solução que atenda aos
superiores interesses do Estado e, portanto, da sociedade
paranaense.

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