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Nome: Camila Rodrigues RA: 3711609 CE4P13

Felipe Gabriel RA: A05028 - 0

Renato Rocha RA: A112FE-6

- ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

- TRABALHO INTEGRADO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo expor e comentar dados biográficos e


as principais obras de Celso Furtado, investigar quais foram as principais
influências recebidas e deixadas pelo autor, sendo que o foco maior será sobre
a obra Formação Econômica do Brasil, publicada originalmente no ano de
1959.
SOBRE CELSO FURTADO

Nasceu em 26 de julho de 1920, em Pombal (Paraíba) e faleceu em 20


de novembro de 2004 no Rio de Janeiro. Filho de Maurício de Medeiros
Furtado, de família de magistrados, e de Maria Alice Monteiro Furtado, de
família de proprietários de terra. Foi casado com a jornalista Rosa Freire
d`Aguiar.

Graduado em direito e doutorado em economia pela Universidade de


Sorbonne. Iniciou as leituras sistemáticas de economia. E, também, das obras
de Marx, estudadas no Institut des Sciences Politiques. Em 1949, foi para
Santiago do Chile, integrar a equipe fundadora da CEPAL, quando despertou e
se firmou o interesse que moveu toda a sua atividade futura de intelectual,
professor e homem público, buscou entender o Brasil, as raízes do
subdesenvolvimento, e elaborar uma teoria do desenvolvimento.

Na década de 1950, enquanto presidenciou Grupo Misto CEPAL-


BNDES, elaborou um estudo sobre a economia brasileira que serviu de base
para o Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek.

Foi levado ao exílio em 1964, em seguida ao golpe militar que cassou


seus direitos políticos, Celso Furtado instalou-se em Paris, onde foi professor
da Sorbonne por vinte anos. Também lecionou economia do desenvolvimento,
economia latino-americana e economia internacional nas universidades da
Europa e Estada Unidos.

Em 1981 filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro


(PMDB). Em 1985 foi convidado participar da Comissão do Plano de Ação do
governo Tancredo Neves, e logo em seguida foi nomeado Embaixador do
Brasil junto à Comunidade Econômica Européia. De 1986 a 1988 foi ministro da
Cultura do governo José Sarney, quando criou a primeira legislação de
incentivos fiscais à cultura. Nos anos seguintes, retomou a vida acadêmica e
participou de diferentes comissões internacionais. Foi eleito para a Academia
Brasileira de Letras em 1997. É autor de cerca de trinta livros sobre teoria,
política e historia econômica.

Além de ter escrito diversos livros, o autor também dedicava seu tempo
a escrever textos curtos. Chama-nos atenção dois de seus textos, são eles:

1 - A formação do economista em país subdesenvolvido;

2 - Da objetividade do economista.
No primeiro texto, Furtado relata a dificuldade de se formar um
economista em um país subdesenvolvido, tomamos a liberdade de incluir um
trecho desse texto nesse trabalho:

“A grande dificuldade que enfrenta o estudante de economia em um país


subdesenvolvido é que as teorias que lhe são ensinadas são exatamente
aquelas que se baseiam em observações feitas mediante extrema
simplificação de um mundo real que, demais, do ponto de vista estrutural, é
fundamentalmente distinto daquele em que ele vive.”

No segundo texto, o autor relata os objetivos da economia. Novamente


tomamos a liberdade de incluir um trecho de seu segundo texto:

“Transformar a estabilidade de meio em fim é colocar como princípio básico de


convivência social a imutabilidade na distribuição da renda.”

Celso Furtado é muito respeitado dentro e fora do Brasil, seus livros


foram traduzidos em diversos idiomas e ainda ganhou uma publicação especial
na revista da academia francesa Économie appliquée - an international
journal of economic analysis, (setembro de 2006).
PRINCIPAIS OBRAS

Dentre tantas obras que o autor escreveu destacam – se:

• De Nápoles a Paris (1946);

• A Economia Brasileira (1954);

• Uma economia dependente (1956);

• Perspectivas da economia Brasileira (1957);

• Formação Econômica do Brasil (1959) - o qual será objeto de estudo


deste trabalho;

• Operação Nordeste (1960);

• A Pré-Revolução Brasileira (1962);

• Dialética do desenvolvimento (1964);

• Subdesenvolvimento e Estagnação na América Latina (1966);

• Teoria política e desenvolvimento econômico (1967);

• Um projeto para o Brasil (1968);

• Formação econômica da America Latina (1969);

• O Mito do Desenvolvimento Econômico (1974);

• A economia Latino-Americana (1976);

• A Fantasia Organizada (1985);

• A Fantasia Desfeita (1989);

• Os Ares do Mundo (1991);

• Brasil: uma Construção Interrompida (1992);

• Celso Furtado (1997);

• Seca e Poder (1998);


Influenciaram Celso Furtado.

No artigo “as aventuras de um economista brasileiro”, de 1972, Celso


furtado relata o que o levou a estudar economia e quais foram suas influências.

No artigo, o próprio Celso Furtado diz:

“Das influências intelectuais que sobre mim se exerceram desde o


ginásio, identifico três. Em primeiro lugar, a positivista, com a primazia da
razão, a idéia de que todo conhecimento em sua forma superior se apresenta
como conhecimento científico. Meu ateísmo, que cristalizara desde os 13 anos,
encontrou aí uma fonte de justificação e um motivo de orgulho. A segunda linha
de influência vem de Marx, como subproduto de meu interesse pela História.
Foi lendo a História do socialismo e das lutas sociais, de Max Beer, que me dei
conta pela primeira vez de que a busca de um sentido para a história era uma
atividade intelectual perfeitamente válida. A terceira linha de influência é a da
sociologia norte-americana, em particular da teoria antropológica da cultura,
com a qual tomei contato pela primeira vez, aos 17 anos, lendo Casa Grande e
Senzala, de Gilberto Freyre.”

“O esforço para compreender o atraso brasileiro levou-me a pensar na


especificidade do subdesenvolvimento. Convenci-me, desde então, de que o
subdesenvolvimento é a resultante de um processo de dependência, e que
para compreender esse fenômeno era necessário estudar a estrutura do
sistema global: identificar as invariâncias no quadro de sua história. O desejo
de compreender o meu próprio país absorveu a parte principal de minhas
energias intelectuais no quarto de século transcorrido desde que escrevi a
minha tese sobre a economia colonial brasileiro”.
Quem Celso Furtado influenciou.

Celso furtado é referencia na America Latina quando se fala de


desenvolvimento, estudado por diversos países. Segundo Theotonio dos
Santos, professor titular da universidade federal Fluminense, “a marca no
pensamento social contemporâneo é inestimável. Mas ela será mais importante
neste dias quando o povo brasileiro e de vários países Latino-Americanos
exigem uma política econômica alternativa para a região. E quando os
responsáveis pelo desastre econômico e social em que nos encontramos
pretendem manter em prática a “única” política econômica possível, a obra de
Celso Furtado será sempre uma referência fundamental para romper estes
mitos. E sua contribuição se agigantará ainda mais quando retomemos o
caminho do crescimento econômico, da distribuição da renda e da igualdade
social, pois seus estudos sobre o desenvolvimento, o planejamento e as
políticas econômicas deverão ser um instrumento fundamental para orientar a
formação de uma nova geração de economistas no Brasil, na América Latina e
em todo o mundo”.
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL

A obra foi escrita em 1959, tornou – se um clássico da literatura nacional


e internacional foi traduzida em nove idiomas.

O livro estuda o ciclo histórico – econômico desde o ano de 1500 até o


século XX.

Abaixo segue relato da contra capa do livro escrita por Ruggiero


Romano.

“Poucos livros como este se colocam, e resolvem, o problema das


reações entre historia e economia. Formação econômica do Brasil se
apresenta com uma dupla exemplaridade, tanto pela capacidade de
reconstrução histórica do processo de formação econômica de um país, como
pelo rigor da sua construção. Dialeticamente, é suscetível de provocar revisões
substanciais sobre os problemas do desenvolvimento e do
subdesenvolvimento.”

A obra é dividida em cinco partes:

A parte um fala sobre:

• Fundamentos econômicos da ocupação territorial;

Parte dois:

• Economia escravista de agricultura tropical séculos XVI e XVII;

Parte três:

• Economia escravista mineira XVIII;

Parte quatro:

• Economia de transição para o trabalho assalariado século XIX;

Parte Cinco:

• Economia de transição para um sistema industrial século XX.

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