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2. A Salvação de Deus durará para sempre e a sua justiça não será anulada. A Sua justiça durará
para sempre e a Sua Salvação de geração em geração – Isaías 51.6,8
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judaísmo estavam retornando às causas do sacrifício de Jesus, ou seja, crucificando para si
mesmos outra vez o Cristo.
Não há comparação entre o valor da graça e os valores transitórios da religião judaica. Cair, nesta
passagem, significa cair da graça e buscar socorro na lei.
Como renovar para o arrependimento aquele que não aceita a suficiência de Cristo? Assim, ao
descrever a figura da terra regada que não produziu bons frutos, o escritor aos Hebreus nos leva ao
Senhor, à parábola do semeador, onde havia um solo fértil e três não férteis, sendo fato que a minoria
se salva.
Mas Judas nos ensina que Deus é poderoso para nos guardar de tropeços (Judas 24), também a
sequência do texto no verso nove exclui os verdadeiros irmãos dentre os reprovados, bem como em
Mateus 7.16-20 vemos a descrição e as consequências das árvores que não dão bom fruto (árvores
incapazes de dar bom fruto).
4. Quando Paulo adverte aos Coríntios (1 Coríntios 10.12), “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja
que não caia”, ele se refere ao castigo temporal, ao zelo e justiça divinos. Ele não trata de perda ou
preservação de valores eternos. Contudo, como garantia, o Senhor nos guarda de tropeçar (Judas
24), sendo que a tentação vem acompanhada do escape (1 Coríntios 10.13).
5. Em Hebreus 12.4, o pecado ao qual os hebreus deveriam resistir até o sangue não é, neste caso, a
transgressão individual, mas o poder que levou os ímpios a condenar o Senhor. Jesus, por
exemplo, opôs-se ao pecado (singular) até ao sangue. Podemos dizer que Jesus desembaraçou-se
de todo pecado, não fazendo a vontade do homem, mas a do Pai. Assim, ao consumar a obra,
tornou o pecado incapaz de condenar os crentes (Hebreus 9.26). Uma leitura mais detida do
próprio capítulo doze de Hebreus, do verso um ao oito, mostrará que esta exortação a resistir ao
pecado é redundante, uma vez que o escritor afirma que “é para disciplina que perseverais”, ou
seja, é certo que os filhos perseveram, porque a reprovação por parte do Pai apenas confirma a
Sua paternidade.
6. O capítulo 13 de 2 Coríntios, menciona uma possibilidade de reprovação, o que não é, senão uma
palavra dura sobre a conduta de alguns. O que Paulo quer dizer nestas fortes palavras é que ele
mesmo e os seus cooperadores não deveriam ser julgados pelos coríntios. Por isso Paulo fala no
verso 6 que “nós não somos reprovados”.
Estes e outros textos aparentemente polêmicos podem e devem ser interpretados à luz do sistema
teológico que resgata a perfeita harmonia da Bíblia: a Palavra de Deus não se contradiz e nunca o
fará. Que tudo isto faça lembrar que os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis (Romanos 11.29).
Valmir Vale