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APOSTILA

VOLEIBOL

FONTE: SITE
JUSTVOLLEYBALL.COM.BR
AUTOR: JORGE BARROS
(JORJÃO)
ÍNDICE
Técnica
Individual...............................
Toque..................................
..........
Manchete............................
..........
Bloqueio..............................
..........
Ataque................................
..........
Saque.................................
...........
Estratégias e
Táticas..........................
Ofensivas........................
.........
Defensivas...............................
Planejamento Global - Condicionamento Técnico

A performance de um atleta e da equipe resulta, entre outros aspectos, basicamente dos


condicionamentos físico, técnico e tático.

Antes de tratar do assunto, considero necessário comentar aspecto de fundamental


importância: o Nível Técnico Requerido (NTR).

No momento em que o treinador faz seu planejamento, é fundamental que considere o NTR da
competição em a equipe estará participando. Nos campeonatos internacionais, por exemplo, o
objetivo tem que ser o de condicionar os atletas para executarem os fundamentos da técnica
com máxima correção, tendo em vista capacitá-los para a realização das suas mais
complexas atribuições táticas.

Em um Planejamento Global da Equipe deve constar o item Treinamento Técnico


Individual. Em um sub-item serão mencionados os Objetivos Específicos a serem
alcançados. Nesta parte serão colocados - do modo mais particularizado possível - os
fundamentos da técnica, diferentes tipos e maneiras de execução, a serem
aprendidos/aperfeiçoados com o treinamento. Tudo de acordo com o NTR da competição em
que a equipe estará participando.

A seguir, apresento um exemplo de como relacionar os fundamentos, tipos e maneiras de


execução no corpo do item Objetivos Específicos, do Planejamento Global da equipe.

- Saque

Tipo Trajetória Pts. de Execução Zonas / Alvos na Quadra Oposta

- Longo - das pos. 1, 6 e 5 - p/ 1, 6 e 5


Tênis e Outros
- Curto - das pos. 1, 6 e 5 - p/ 2, 3 e 4

- Longo - das pos. 1, 6 e 5 - p/ 1, 6 e 5


"Viagem"
- Curto - das pos. 1, 6 e 5 - p/ 2, 3 e 4

No quadro acima, exemplifico de que maneira listar os itens. Os saques a serem


treinados são o do tipo Tênis e/ou do tipo "Viagem". Ambos serão treinados com
trajetórias longas e curtas. Serão executados das posições 1, 6 e 5 e com objetivo de
acertar as posições 1, 6 e 5 (com a trajetória longa) e 2, 3 e 4 (com a trajetória curta) da
quadra adversária.

- Toque acima da Cabeça e Manchete


Aplicação Tipo da Execução Posicionamento do Corpo

- de frente para o alvo


- c/ os pés no chão
Passes Simples
- de costas para o alvo
- c/ salto
Recepção de
Saque - lateralmente em relação
- c/ o corpo agachado
ao alvo

- de frente para o alvo


- c/ os pés no chão
- de costas para o alvo
Levantamento - c/ salto
- lateralmente em relação
- c/ o corpo agachado
ao alvo

- de frente para o ataque e


tendo como alvo a Zona de
Levantamento

- c/ os pés no chão - de costas, após um toque


no bloqueio e/ou uma
defesa de companheiro e
Defesa - c/ salto
tendo como alvo a Zona de
Levantamento
- c/ o corpo agachado
- com o corpo agachado,
sob qualquer circunstância
tendo como o alvo a Zona
de Levantamento

No quadro acima, o toque e a manchete comportam duas finalidades. Ambos são utilizados
para as ações ofensivas - passes simples, recepção do saque e levantamento - e defensiva -
defesa. Ambos são executados com os pés no chão, com saltos e em agachamento. Ambos,
também, são executados com o corpo de frente, de costas e lateralmente em relação ao alvo.

No voleibol atual, após a mudança da regra, o toque também é largamente utilizado para a
defesa e para a recepção dos saques. No planejamento do treinamento técnico individual o
toque e manchete devem ser distribuídos de duas maneiras.

1. Com finalidade ofensiva - passes simples - levantamento

2. Com finalidade defensiva - recepção do saque viagem - defesa

No momento em que a equipe entrar na quadra para treinamentos das estratégias/táticas


defensivas, o toque e a manchete devem ser praticados tendo em vista a capacitar as atletas
para adquirirem auto-confiança na recepção do saque e na defesa, nas diversas situações de
jogo.
Nos treinamentos das estratégias/táticas ofensivas, idem. A ênfase deve ser para a execução
do levantamento, por todos os jogadores.

No treinamento específico para levantadores, é essencial o treinamento já tendo em vista à


aquisição das referências/procedimentos que são utilizados nas ações mais complexas: as
combinações de ataque. Como exemplo, cito algumas.

- Alcance da bola, no ponto mais alto da sua trajetória.

- Aceleração da bola, em trajetórias mais distantes.

- Inversões radicais.

Bloqueio

Tipo de
Modalidade Maneiras de Execução
Deslocamento
- c/ os braços retos
- s/ - c/ movimento dos
Parado
deslocamento braços p/ direita
- c/ movimentos dos
braços p/ esquerda

Após
- lateral(*)
deslocamento
- cruzada e
- c/ os braços retos
lateral(*)
- lateral e - c/ movimento dos
cruzada(*) braços p/ direita
- de frente e - c/ movimentos dos
com giro braços p/ esquerda
- outros (*) - Coloquei as passadas cruzada e
lateral e lateral e cruzada, uma vez
que, ambas podem ser utilizadas. A primeira é mais utilizada no masculino e a segunda
no feminino.

Com relação ao bloqueio, é necessário fazer uma observação. O fundamento bloqueio é


caracterizado pelo jogador - após o salto - com os dois braços estendidos acima do
bordo superior da rede.

No decorrer dos jogos existem ataques em pontos da rede em que o bloqueador está
posicionado. No caso, ele saltará e executará o bloqueio parado - fundamento. Na maioria das
vezes, o ataque ocorre em pontos distantes de onde estão posicionados os bloqueadores e,
estes, têm que se deslocarem para executar o bloqueio - fundamento.

No quadro acima, apresento duas modalidades a serem treinadas. Primeiramente, o


bloqueio parado - fundamento - que deve ser treinado até que seja executado corretamente.
Depois, o bloqueio - fundamento - executado após alguns tipos de deslocamentos. Numa e
outra modalidade, deve ser praticado com todas as movimentações dos braços, requeridas
no desempenho das atribuições dos bloqueadores.
Definido os tipos de deslocamento e maneiras de execução, é fundamental estabelecer a
estratégia mais apropriada para praticá-las. É fundamental, já no treinamento técnico individual,
levar em conta alguns fatores.

- bola afastada da rede

1. Tempo de Bloqueio - bola à meia distância

- bola próxima à rede

2. Familiarização com o impacto da bola

- bloq. simples

3. Ações Coletivas - bloq duplo e triplo

- manobras de bloq.

- recuperação da bola
largada

4. Ações posteriores ao - deslocamento p/ executar


Bloqueio levantamento

- deslocamento p/ contra-
ataque

- ataque e bloqueio

5. Ações anteriores ao
- defesa e bloqueio
Bloqueio

- bloqueio e bloqueio
O item 4, são situações de jogo que ocorrem em ações defensivas que, quando bem
sucedidas, propiciam contra-ataques.

Os itens 4 e 5, são muito importantes. Prepara o atleta e, conseqüentemente, a equipe para


ações subseqüentes - muito freqüentes - de um mesmo sistema e/ou de um sistema para o
outro. Por exemplo, do defensivo para o ofensivo e do ofensivo para o defensivo.

- Cortada e Recursos de Ataque

Tipos de
Tipos de Bolas Alvos
Golpes
Bola Alta
- Diagonal, longa
- Cortada
Bolas de Tempo
- Diagonal curta
- "Largada"
Bolas de 2o.
- Paralela
Tempo
- "Caixinha"
- etc...
Bolas do Fundo

No quadro acima, estão mencionados os tipos de bolas que serão treinados. Todos os
jogadores devem atacá-las por meio de todos os tipos de golpes e em todos os alvos da
quadra oposta.

O fundamento da técnica individual mais utilizado para o ataque é a cortada. São


utilizadas outras maneiras. No quadro acima, menciono a "largada" e a "caixinha", que são
largamente utilizadas no voleibol de quadra e no de praia, respectivamente.

No treinamento de ataque das bolas mencionadas no quadro é essencial praticá-las


isoladamente, tendo em vista a execução das mesmas nas combinações de ataque.

Outro aspecto da maior importância é praticar o ataque em situações de jogo, isto é,


vinculados às ações que o precedem, como inumero a seguir.

- em que o atacante recpciona

1. Após a Recepção do - em que o atacante não


Saque recepciona

- em que o atacante aparece do


fundo
- após a defesa
2. Após Situações
Defensivas
- após o toque da bola no bloqueio

3. Re-ataque

Conclusão

O planejamento da Técnica Individual - parte do planejamento global - com vistas ao


condicionamento da equipe, de acordo com o NTR, deve ser concebido com máximo rigor no
detalhamento dos objetivos a serem alcançados.

Nos exemplos apresentados, tive a intensão de proporcionar elementos para a elaboração


do planejamento da parte técnica individual. Embora seja apenas exemplos, mencionei os
fundamentos e detalhei tipos e maneiras de execução indispensáveis para que o atleta
desempenhe suas atribuições.

Os treinadores de equipes iniciantes utilizarão todos o fundamentos, mas apenas alguns


tipos e maneiras. Os que preparam equipes juvenis e profissionais, sentirão necessidade
de capacitar seus jogadores para executarem tipos e maneiras requeridos em estratégias mais
complexas. Já os treinadores de seleções naiconais, não têm escolha. Têm que capacitar
seus jogadores para que executem as mais complexas maneiras, tendo em vista possuir
condições de elaborar quaisquer estratégias ofensiva e defensiva; das mais simples às mais
complexas.

É muito comum o erro nessas escolhas, sobretudo, por superestimação. Primeiro, do nível
em que os atletas se encontram por ocasião do início do treinamento. Depois, do nível que os
atletas poderão atingir.

Na televisão, com bastante freqüência, podemos assistir equipes de jogadores com enorme
deficiência técnica tentando colocar em prática estratégias de jogo para as quais não têm
capacidade.

Muitas vezes o treinador gostaria de ver seu time jogando com maior brilhantismo. A questão é:
será que tem jogadores condicionados tecnicamente para isso? Não tendo, é necessário que
estabeleça objetivos alcançáveis. Uma vez atingidos, traçará suas estratégias/táticas de acordo
com os mesmos. Com isso, terá em suas mãos uma equipe mais consistente e com grau de
competitividade possível, ainda que não seja suficiente para conquistar o título desejado.
Toque de Bola Acima da Cabeça
Toque de Bola acima da Cabeça.

Fundamento mais utilizado - por muito tempo - para o levantamento e passes de um jogador
para o outro. Atualmente, após a mudança da regra, que permite a defesa e a recepção do
saque por meio do toque, passou a ser de extrema utilidade nas duas funções do jogo.

Execução em Passo a Passo/Etapas

A fim de executar o toque, o jogador deve, primeiramente:

1 - deslocar-se com velocidade, para posicionar-se no local em que a bola se encontra;

2 - posicionar-se corretamente em relação à bola.

No momento em que o jogador chega no ponto em que a bola está sobre a cabeça:

- tronco ereto, ligeiramente inclinado para frente, em relação ao tronco;

- braços semi-flexionados (foto);

- mãos e dedos abertos, na direção da bola (foto);

- uma perna ligeiramente na frente da outra e ambas semi-flexionada;

No momento da execução:

- extensão dos braços e pernas;

- impulsiona a bola com os dedos;

Notas

- Na defesa, ao contrário do toque para o levantamento, não é necessário a extensão das


pernas e braços no momento da execução. Dependendo da velocidade em que a bola
chega, muitas vezes, é necessário movimento contrário, isto é, flexão dos braços. O
intuito, obviamente, amortecer a bola ao invés de expulsá-la, como ocorre no
levantamento. Na foto abaixo, o momento exato em que a bola chega. A jogadora
amortecerá o impacto da mesma, primeiramente, com os dedos e depois, com a flexão
dos braços.

- A precisão da trajetória da bola resulta da perfeita coordenação entre a chegada da


bola e os movimentos de extensão das pernas e braços, no levantamento, e da flexão
dos braços, na defesa.

Tipos em Relação ao Alvo:

- de frente;

- de costas (veja a foto);

- lateralmente.

Na seqüência acima, um levantamento em suspensão de costas, de Jeff Stork... para o ataque,


de Andrea Giane, na saída da rede.

- Maneiras de Execução - de todos os tipos:

- com os pés no chão;

- com o corpo em suspensão;

- com o corpo agachado.

Notas

É muito importante que o treinamento do Toque Acima da Cabeça seja realizado por
todos os jogadores da equipe - de todos os tipos e maneiras - e não apenas pelos
levantadores. No decorrer de um jogo, os levantadores não podem executar o
levantamento. Por exemplo, quando ele defende uma bola. No caso, outro jogador tem
que fazê-lo. Tendo habilidade, a chance de marcar o ponto torna-se maior.
Nas equipes de base, os treinadores devem ter como objetivo para seus atletas,
capacitá-los à execução de todos os fundamentos, com o maior desembaraço possível.
Com esse procedimento estará preparando, para o futuro, jogadores ecléticos.

Toque de Bola acima da Cabeça, para a Defesa e para a Recepção do Saque.

Fundamento mais utilizado - por muito tempo - para o levantamento. Atualmente, após a
mudança da regra, que permite a defesa e a recepção do saque por meio do toque, passou a
ser de extrema utilidade nas duas funções do jogo.

O treinamento deve objetivar o encorajamento para sua execução, uma vez que, muitos
jogadores temem lesões nos dedos, mãos e punho, em virtude da potência com que as bolas
são atacadas. Em conseqüência, colocam-se em posicionamentos mais distantes - mais no
fundo da quadra -, a fim de defenderem essas bolas por meio da manchete. Para alguns tipos
de ataque, tais como as bolas de 1o. e 2o. Tempos e as atacadas sem bloqueio ou com
bloqueio simples, a defesa com o toque é bastante recomendável.

- Situações de Jogo.

1 - Bolas passadas de "graça" pelo oponente.

2 - "Largadas".

3 - Bolas ricocheteadas no bloqueio.

4 - Bolas colocadas no fundo da quadra.

5 - Bolas a meia força.

6 - Bolas atacadas com grande potência.

7 - Recepção do saque.

- Decomposição do Toque de Bola acima da Cabeça.

1 - Partindo da Postura Fundamental de Expectativa em direção ao ataque.


Jogadores do Brasil na Posição Fundamental de Expectativa para defesa

2 - Diante das situações de jogo mencionadas, o jogador tocará na bola de três formas:

- com os pés no chão;

- saltando;

- agachando-se.

Para a defesa, nas três formas acima, a posição do corpo deve ser:

- o tronco ligeiramente inclinado, em relação à bacia;

- os braços ligeiramente semi-flexionanados,

- as mãos afastadas - de maneira que a bola não possa passar - e viradas para a direção da
bola;

- os dedos afastados.

3 - No momento do toque, isto é, quando a bola chega, o jogador deve proceder da seguinte
maneira:

- a perna que está a frente - institiva e automaticamente - recua;

- flexiona as pernas,

- flexiona um pouco mais os braços;

- amortece o impacto da bola com os dedos - funcionam como uma mola.

Notas
- No toque com o corpo agachado, muitas vezes, é necessário, após o toque, a execução
de um "rolo" para trás, a fim de não contrariar o movimento - natural - do corpo para
trás.

De acordo com a velocidade da bola, isto é, nas mais rápidas, vindas do saque "Viagem
e/ou de cortadas fortes, é comum o jogador fazer um movimento brusco de extensão dos
braços. No caso, ao invés de amortecer o impacto da bola, ocorrerá uma rebatida da
mesma.

- Exercícios de Aplicação para o Toque na Defesa.

- Sequência de Exercícios 01.

- Objetivo: - aprendizagem da técnica.

A aprendizagem correta da técnica requer um série de atributos, do aprendiz e, sobretudo, do


professor. É necessário adotar uma progressão pedagógia gradativa e ter a paciência
suficiente para segui-la até alcançar o resultado. Antes de aplicar o toque, quer para a
recepção do saque e da defesa quanto para o levantamento, é necessário ensiná-lo
corretamente. A fim de realizar uma aprendizagem objetiva e rápida, deve-se observar
aspectos fundamentais desde os primeiros passos. Isto é:

1 - Correto posicionamento do corpo (pernas, tronco, braços e mãos) no momento da execução


do fundamento.

2 - Coordenação perfeita dos movimentos do corpo no momento exato da execução;

3 - Acerto no tempo entre a chegada da bola e a extensão do corpo (pernas e braços).

01 - O professor sobre um plataforma, segurando uma bola, 1 m acima da cabeça do aluno.


Deixa-a cair. O aluno executa a extensão das pernas e dos braços e impulsiona a bola com as
mãos para cima, sem preocupação com a força. Com este trabalho, repetido inúmeras vezes,
o aprendiz está exercitando os três itens mencionados anteriormente. Importante: é necessário
observar os movimentos de flexão e extensão dos braços e das pernas, no tempo exato. Na
figura 1, o posicionamento em relação à bola.
02 - O professor na plataforma, como na figura anterior. Deixa-a cair. O aluno sob a bola
executa os toques utilizando uma decomposição da execução do fundamento, do final para o
início da mesma. A progressão seria, mais ou menos a seguinte:

1- impulsionando a bola - apenas - com as mãos;

2 - impulsionando a bola - apenas - com ligeira flexão dos braços;

3 - impulsionando a bola - apenas - com ligeira flexão das pernas e dos braços.

Nota

Este exercício é um educativo eficaz no qual o aluno e o professor podem verificar em


que momento existe a dificuldade para a execução do toque.

03 - Na continuidade da progressão o professor estabelece que o aluno execute o


levantamento para frente e para trás (figura a seguir). O objetivo é o de impulsionar a bola
com maior força, a fim de obter trajetórias mais longas. No início mais próximas. Pouco a
pouco mais longas (fig. 2).
04 - Nessa etapa da aprendizagem o professor intercala os exercícios com um educativo
excelente para melhorar o movimento de acolher e impulsionar a bola, exclusivamente com as
mãos e os dedos. Com o corpo ligeiramente inclinado para frente, de maneira que as mãos
fiquem bem próximas do muro. O aluno executará toques consecutivos, apenas com os
movimentos do punho, das mãos e dos dedos. A distância entre a bola e o muro é minima. Ou
seja, o movimento é o de acolher e impulsionar a bola várias vezes (fig.3 a seguir). Repare na
figura alinha tracejada em laranja. Representa a inclinação do corpo; ligeiramente inclinado à
frente.

05 - Na medida em que o aluno for ganhando habilidade, vai afastantdo da parede e dando
toques com trajetórias mais longas e/ou para o alto (fig. 4 a seguir). Repare que quando o
toque é para o muro a iclinação do corpo é ligeiramente à frente; quando para cima não há
inclinação, ou seja, a flexão/extensão das pernas e dos braços é absolutamente vertical.
06 - O passo seguinte é obrigar o aluno a reagir ao estímulo da bola se aproximando e reagir
executando o toque corretamente. O treinador atrás do aluno dá um toque em linha reta (bola
1) na direção do muro, de maneira que esta bata no mesmo (bola 2) e volte ao ponto em que o
atleta a espera. O atleta, numa postura confortável (em boa base, com uma perna na frente da
outra), aguarda a chegada da bola e executa o toque para a parede (bola 3) e/ou para o alto. O
treinador para a bola. Mais um toque, para e assim por diante. Na figura a seguir, a numeração
das bolas e as trajetórias da mesma.
07 - Idem exercício 06, com tantos toques consecutivos tantos quanto o aluno for capaz.

08 - Utilizando o mesmo sistema do muro. O aluno, afastado cerca de 4 m do muro, alça a bola
1 m à sua frente, dá uma passada, executa um toque para o muro e segura a bola. Outro
toque, segura a bola. E assim por diante, várias vezes.

09 - Idem exercício 08, com o aluno alçando a bola para direita e para esquerda. Executa uma
passada lateral, um toque para o muro e segura a bola. Várias vezes, alternado direita e
esquerda.

10 - Utilizando o expediente do professor ou um colaborador (de preferência) atrás do aluno,


como na figura anterior. O aluno agurda a volta da bola (pode ser à frente, à direita ou à
esquerda) e executa um toque para o muro. Pára a bola. Repetir várias vezes.

11 - Idem exercício 10, sem parar a bola. Tantos toques consecutivos quanto o aluno for capaz.

12 - Utilizando o professor ou um colaborador (de preferência) atrás do aluno que está


realizando o exercício. O professor toca para a parede (tajetória em azul, na figura a seguir), o
aluno aguarda a volta de bola e executa um toque de costas para o professor (trajetória em
vermelho, na figura), que para a bola. Repetir várias vezes.
13 - Idem exercício 12, sem parar a bola. Repetir tantas vezes quanto o aluno for capaz.

14 - Idem, exercício 13, com o professor tocando de maneira que a bola volte para o aluno de
diferentes maneiras (mais a frente do aluno, mais atrás, mais à diretia e mais à esquerda)

15 - Com a repetição dos exercícios sugeridos nessa sequências é de se esperar que os


alunos consigam assimilar a correta execução do toque. Caso consigam realmente, é o
momento de dar uma maior dinamismo aos exercícios. Isso é possível aproveitando o muro e
organizando exercícios para serem realizados por duplas de alunos (2 a 2). Ou seja, para
começar dois alunos se alternarão na atribuição do professor, nos exercícios em que este se
posicionava atrás do aluno que estava realizando o exercício.

16 - Dois alunos de frente para o muro, afastados cerca de 2 m. Um toca, a bola bate no muro
e volta para o companheiro. Este toca para o muro, de maneira que esta volte para o
companheiro. E assim por diante, até que haja qualquer erro. Importante: as trajetórias da bola
devem ser um tanto quanto retilíneas. Outra observação: os alunos devem aguardar a volta da
bola com a Postura de Expectativa.
17 - Idem exercício 16, com os alunos trocando de posições; quem estava na direita passa
para esquerda e vice versa.

Notas

- Essa sequênica de exercícios, pode ser utilizada por qualquer nível de competitividade;
da iniciação até ao mais alto nível. Mesmo os atletas que executam o toque com
perfeição podem e devem realizar os exercícios sugeridos; nunca é demais. Nas
próximas seqüências o exercícios serão mais dinâmicos. Companheiros praticarão o
toque nos limites da quadra com vistas a familiariza-los com as distâncias.

Em continuidade ao artigo 05, apresentamos mais uma sequência de exercícios tendo em vista
a Aprendizagem/Aperfeiçoamento da Técnica do Toque para a Defesa. Nunca é demais
enfatizar que estamos seguindo uma progressão. Desde a aprendizagem do fundamento até
tipos e maneiras requeridas para o voleibol de alta competitividade. Logo, é importante
acompanhar a apresentação das sequências, uma a uma, de modo perceber nexo entre as
quais. Na primeira, os objetivos mencionados foram.

1 - Correto posicionamento do corpo (pernas, tronco, braços e mãos) no momento da execução


do fundamento.

2 - Coordenação perfeita dos movimentos do corpo no momento exato da execução;

3 - Acerto no tempo entre a chegada da bola e a extensão do corpo (pernas e braços).

- Sequência de Exercícios 02.

Objetivos: - Posicionamento correto em relação à bola


- Amortecimento do impacto da bola.

18 - Com auxílio da parede. O defensor encostado na parede, de modo impedir o recuo do


mesmo. O treinador sobre uma plataforma, que o posicione a mais ou menos 3 metros do chão
e a 3 metros do defensor. Ataca a bola na direção da cabeça do defensor que realizará a
defesa por meio do toque. A princípio sem força. Aumentar progressivamente na medida em
que os atletas forem assimilando habilidade.

Nota

- Repare na fig. 1. O atleta aguarda o ataque numa Postura de Expectativa bem


confortável. Ou seja, com o tronco ligeiramente flexionado e os dois braços à frente (em
azul claro). Os eleva, em movimento bem veloz (velocidade de movimento) no exato
momento da execução da defesa por meio do Toque (em azul mais escuro). A linha curva
tracejada em vermelho simboliza o sentido do movimento.
19 - Mesma dinâmica dos exercícios anteriores. Agora, o treinador atacando a bola
ligeiramente à direita do defensor, que se deslocará e fará a defesa por meio do Toque.

20 - Idem ex. 19, com o treinador atacando a bola à esquerda do defensor, que se deslocará e
fará a defesa por meio do Toque.

21 - Idem ex. 20, com o treinador atacando ligeiramente à frente do defensor (cerca de 1m). O
atleta se adianta movendo a perna que está atrás.

22 - Idem ex. 19, com treinador atacando à frente e ligeiramente à direita e/ou à esquerda. O
atleta se desloca primeiramente para frente e, de acordo com sua percepção, à direita ou à
esquerda.

Nota

- Esta sequência de exercícios é excelente educativo, desde o iniciante até o


profissional, pelos seguintes motivos:

1. A parede impede o recuo do defensor (natural por receio do impacto da bola nos
dedos, no rosto, etc...) e, com isso, contribuí para o desenvolvimento da coragem
requerida para este tipo de defesa.

2. É um trabalho individual em que o treinador pode perceber as dificuldades de cada


jogador e criar soluções para minimizá-las.
3. O treinador graduará a força dos ataques de acordo com a capacidade do defensor.
Mais fraco para os que ainda não adquiriram a técnica e mais fortes para os que já
dominam a mesma.

- Aspetos a serem observado durante a execução dos exercícios.

1 - O treinador deve ter precisão no ataque. Erros sucessivos podem causar acidentes e
despertar receio de executar os exercícios. E, por conseguinte, desestímulo e baixo
aproveitamento.

2 - É extremamente importante observar a capacidade de cada atleta. De maneira alguma


atacar com a mesma potência quando o grupo é heterogêneo.

3 - A parede/muro é um meio auxiliar que tem em vista condicionar o atleta a reagir ao ataque
movendo-se sempre para frente. Caso não haja a parede/muro, o atleta pode utilizar um plinto
ou um obstáculo qualquer que obviamente, impeça o atleta de recuar.

4 - Nos ataques à direita/à esquerda e à frente, o atleta deve se mover com o tronco
semiflexionado e com braços à frente. Só elevá-los no momento da defesa.

5 - A ênfase para com a Postura de Expectativa é pelo seguinte. Antes de a regra permitir a
defesa por meio do Toque acima da Cabeça, o atleta sabia que era obrigado a defender com a
Manchete. Logo, a postura era com os braços posicionados abaixo da linha da cintura. Hoje,
com a possibilidade do Toque, os braços devem ser posicionados em altura intermediária. De
maneira que fique equidistante para execução com um ou outro fundamento.

6 - Em erro frequente. O atleta fazer o movimento dos braços contrário ao recomendado. Isto é,
ao invés de flexioná-los para amortecer o impacto da bola, estica-os. No caso, rebate a bola ao
invés de acolhê-la. Por esta e outras razões, o treinador deve graduar a potência do ataque. De
modo não amedrontar seus atletas. Aumentá-la progressivamente, na medida em que a houver
melhora na velocidade de reação - ao estímulo da bola aproximando-se; e com a correta
execução da habilidade.

7 - A propósito. A velocidade de reação é propriedade cerebral. Ou seja, a grosso modo, é a


velocidade com que o cérebro processa a percepção da aproximação da bola contra o corpo e
dispara os mecanismos requeridos para a execução da habilidade. Pode ser melhorada com o
treinamento sistemático.

- Sequência de Exercícios No. 3

Objetivos: - Consolidar o posicionamento correto em relação à bola;


- Consolidar a habilidade de amortecimento do impacto da bola;
- Propiciar maior número de repetições de ações.

Dando continuidade ao artigo 06 no qual apresentamos mais uma sequência de execícios -


totalizando 22, apresentaremos, nesta, Sequência No. 4, exercícios semelhantes. A dinâmica é
diferente. Têm em vista:

- propiciar maior número de repetições de cada ação;

- dar oportunidade aos atletas de executarem os ataques;


- contribuir para a melhoria da habilidade e o do controle dos golpes de ataque.

É sempre bom intercalar exercícios dinâmicos e polivalentes, que contribuam, de modo


concomitante, para o aperfeiçoamento da técnica - o Toque acima da Cabeça - e para a
familiarização das situações de jogos em que são aplicadas.

Os exercícios desta sequência são para serem realizados em locais que tenham
arquibancadas com, pelo menos, quatro degraus. Vamos a eles.

23 - Os jogadores trabalhando 3 a 2. Um na arquibancada e o outro na quadra, cerca de 6m de


distância e a cerca de 3 metros em relação ao solo. (figura a seguir). O primeiro desfere vários
ataques - fortes; o segundo defende por meio do toque; o terceiro cata as bolas e municia o
jogador atacante. Depois, efetuam um rodízio.

Na figura a seguir, alguns detalhes. A Postura de Expectativa (PE) do Defensor é bem


confortável. Isto é, as pernas ligeiramente flexionadas; braços à frente e em altura
intermediária, ou seja, nem muito baixa para a execução da manchete, nem alta para o do
toque; a linha curva tracejada em veremelho indica a movimentação dos braços, da PE para a
defesa propriamente dita. Vale lembrar; a velocidade deve ser máxima.

24 - Idem exercício 23, com os ataques, ligeiramente à direita e à esquerda do defensor. O


jogador, primeiramente se movimenta para um dos lados, depois se prepara para a defesa.
25 - Idem ex. 23, com os ataques um pouco mais à frente do defensor. O jogador,
primeiramente se move para frente, depois se prepara para a defesa.

26 - Idem ex. 25, com o ataque um pouco mais à frente, a direita e à esquerda do defensor..

27 - Idem, exercícios anteriores, com o jogador-atacante diversificando os ataques (à direita, à


esquerda, mais à frente, mais à frente à direita e à esquerda) sem que o defensor perceba. O
objetivo é impedir que o defensor se antecipe; que perceba a trajetória da bola e se posicione
adequadamente.

28 - A mesma dinâmica dos exercícios anteriores. Agora, o defensor executa o amortecimento


da bola com o Toque, de maneira que ela suba. Na continuidade toca para o companheiro que
está catando bolas.

29 - Idem ex. 28, com ataque sendo direcionados ligeiramente à direita e à esquerda.

30 - Idem ex. 28, com o ataque mais à frente.

31 - Idem ex. 30, com o ataque mais à frente, à direita e à esquerda do defensor.

32 - Mesma mecânica dos exercícios anteriores. Agora o defensor executa a defesa com o
toque amortecendo o impacto da bola e ao mesmo tempo passando-a à frente. Um dos
companheiros se posiciona, à sua frente, para recebê-la.

- Aspectos a serem observados durante a execução dos exercícios.

1 - Os jogadores devem ter habilidade para executar o ataque, com precisão. Num grupo,
obviamente, alguns não tem. Nesse caso, o treinador e/ou colaborador devem fazê-lo. Até que
seus atletas melhorem tal habilidade. Um dos objetivos com esses exercícios é justamente
contribuir para que os jogadores melhorem a habilidade nos golpes de ataque.

2. Importante observar a graduação da potência dos ataques, de acordo com a capacidade do


defensor. Mais fraca, para os que ainda não adquiriram a técnica, e mais forte, para os que já
dominam a mesma.

3 - A Postura de Expectativa (PE) é fundamental. Insisto que ela deve ser confortável. De modo
facilitar a movimentação para os lados, para frente, etc.

4 - Aspecto da maior importância. O defensor deve fazer a intervenção (executar o Toque) na


frente do seu corpo. Em hipótese nenhuma deixar a bola passar a linha do seu corpo. Uma vez
que, no caso, o defensor perde o apoio do próprio corpo. Na figura a seguir, o posicionamento
não apropriado está destacado em vermelho.
.

5 - Vale repetir. O Treinador de instruir seus atletas para não fazerem o movimento se extensão
dos braços, a fim de não rebaterem a bola.Como o objetivo é justamente o de amortecimento
da bola, a mesma deve ficar no raio de ação do próprio defensor.

6 - Nas próximas sequências, os exercícios terão em vista esta habilidade, uma vez que, serão
realizados nos limites da quadra de jogo.

- Sequência de Exercícios No. 4

- Objetivos: - Posicionamento correto em relação à bola;


- Amortecimento do impacto da bola;
- Defesa direcionando a bola para a Zona de Levantamento;
- Familiarização dos jogadores com pontos da quadra em que defendem.

Nas sequências anteriores, os objetivos foram:

- a Aprendizagem/Aperfeiçoamento da Execução do Toque acima da Cabeça;

- o Amortecimento do Impacto da Bola.

Foram sugeridos exercícios para esses fins. Com sequência crescente do grau de dificuldade.
Com meios para propiciar o maior número de repetições possíveis. Tudo tendo em vista
consolidar a habilidade e capacitar os jogadores para exercerem suas funções durante o jogo.

Na sequência a seguir, vamos partir do pressuposto de que os objetivos foram alcançados.


Logo, é o momento de aplicá-los em situações que ocorrem ao longo de uma partida.
Obviamente, tendo em vista capacitar os jogadores para se desincumbirem de suas atribuições
no jogo. Ou seja, com ataques semelhantes e em pontos da quadra em que os defensores
atuarão.
33 - O Treinador sobre uma plataforma do lado oposto da rede, nas pos. 2 e 4 (simulando
ataques nas extremidades da rede). O ataque é na Diagonal, em diferentes alturas, isto é: na
da cabeça; na da cabeça, ligeiramente à direita/à esquerda; um pouco à frente; um pouco
à frente, à direita/à esquerda. O jogadores se posicionam, alternadamente, nas
pos.1 e 5. Executam a defesa por meio do Toque acima da Cabeça, tentando direcionar a
bola para a Zona de Levantamento (ZL). O Treinador estabelece o número de execuções -
corretas (Diag. 1).

34 - Idem 33, com o ataque do treinador para a Paralela. Na pos. 4, para o defensor da pos. 1;
na pos. 2, para o defensor da pos. 5 (Diag. 2).

Nos diagramas a seguir. Os posicionamentos do Treinador (T); os pontos da quadra em que


ele ataca e nos quais os defensores (D1 e D5) praticam os exercícios; e a Zona de
Levantamento (ZL) para onde as bolas defendidas devem ser direcionadas.

35 - Idem 33, com o treinador atacando na Diagonal para o defensor da pos. 6, que se desloca
para a direita/esquerda e executa a defesa direcionando a bola para a ZL (diag. 3).

36 - O treinador na pos. 4 atacando para a Paralela, na pos. 1. O defensor da pos. 6 se


desloca lateralmente para a pos. 1 e executa a defesa, direcionando a bola para a ZL (diag. 4).

37 - Idem ex. 36. O treinador na pos. 2 atacando para a paralela na pos. 5. O defensor da
pos. 6 se desloca lateralmente para a pos. 5 e executa a defesa, direcionando a bola para
a ZL (diag. 4).
38 - O treinador sobre uma plataforma, na pos.3 da quadra oposta (simulando ataques de 1ª e
2ª Bolas no centro da rede), atacando bolas em várias alturas e direções para a defesa por
toque dos jogadores na pos.1(diag.5).

39 - Idem ex. 38, com o ataque para a pos. 5.(diag. 5)

40 - Idem ex. 38, com o ataque para a pos. 6 (diag.6).

41 - Idem ex. 38, com o ataque à direita/à esquerda do ponto em que o defesa-centro se
posiciona. Este se desloca e executa a defesa (diag. 6).
42 - Os jogadores atacando bolas levantadas na pos. 4, para a paralela (na pos. 1),
no centro da quadra oposta (na pos. 6) e para a diagonal (na pos. 5). Os defensores realizam
a defesa por meio do toque e tentam direcionar a bola para a ZL.

43 - Idem 42, com o ataque na pos. 2.

44 - Idem 42, com ataque na pos. 3.

45 - O treinador ou jogadores sobre uma plataforma, na linha do fundo da quadra oposta


executando saques, da Zona de Saque, nas pos. 1, 6 e 5. O jogadores fazem a recepção por
meio do toque e direcionam a bola para a Zona de Levantamento (ZL).

46 - Mesma dinâmica dos ex. 45, com saques, do tipo "Viagem", executados pelos jogadores
nas pos. 1, 6 e 5. Os jogadores realizando a recepção direcionando a bola para a ZL

Nota

A inserção dos ataques da Zona de Saque e os Saques do tipo "Viagem" é importante.


Considerando que esse tipo de saque é um verdadeiro e potentíssimo ataque, os
jogadores têm que se capacitar para recepcioná-lo com eficiência.

- Aspectos a serem observados durante a execução dos Exercícios.


Além de todas as recomendações mencionadas nas sequências anteriores, nesta, outros são
essenciais para que haja transição da técnica individual com a tática individual.

1 - Como está mencionado nos objetivos, nesta sequência não basta só amortecer o impacto
da bola. É necessário fazê-lo direcionando a bola para a Zona de Levantamento (ZL). Por isso,
é extremamente importante:

a - o posicionamento do corpo em relação à bola;

b - a descontração do corpo a fim de possibilitar a mudança de posturas: a


de Expectativa (para aguardar o golpe do ataque); para de Execução do Toque com o
Amortecimento da Bola; e a requerida aoDirecionamento da Bola para a ZL.

Enfim, como fiz questão de repetir ao longo da apresentação dos exercícios, as posturas
devem ser relaxadas de tal maneira que os movimentos não sejam limitados, uma vez que, são
todos realizados co velocidade máxima (velocidade de movimentos).

2 - Os exercícios sugeridos são apropriados para vincular a execução do fundamento (Toque)


com as atribuições que os jogadores desempenham no jogo (Recepção do Saque e Defesa).
Considerando isso, é fundamental que durante a realização dos mesmos os jogadores
direcionem a bola para a ZL, com altura tal que seja possível a realização da função
subsequente; o Levantamento.

3 - Como mencionado anteriormente, a potência dos golpes deve ser adequado à capacidade
dos jogadores. Quer no processo de Aprendizagem quer no de Aperfeiçoamento deve haver
progressão. De acordo com a melhoria da velocidade de reação, que é, obviamente, individual
e igualmente progressiva.

- Sequência de Exercícios No. 5

- Objetivos: - Defesa direcionando a bola para a Zona de Levantamento;


- Familiarização dos jogadores com pontos da quadra em que defendem.
- Inserir tarefas táticas.
- Exercitar a técnica em simulação - real - do jogo.

Nesta sequência, os exercícios têm como fim a consolidação de objetivos anteriores. Ou seja: o
posicionamento em relação a bola, a técnica do amortecimento, o direcionamento da bola para
a Zona de Levantamento E, a inserção de atribuições que os jogadores têm que desempenhar
no jogo.

O treinador deve criar situações de jogo bem semelhantes às que seus jogadores encontram
no jogo. Dependendo do nível técnico de seus jogadores, é o momento de adotar exercícios
em que os mesmos realizem todas as ações do jogo. Por exemplo: saque (recepção por meio
do toque); levantamento, na medida do possível, por meio do toque; ataque (defesa por meio
do toque). Dessa maneira o toque acima da cabeça é executado várias e várias vezes em
condições reais de um jogo.

47 - Jogadores formando dois times de 4 jogadores cada qual: A x B. O início e os reinícios do


jogo são feitos pelo saque. A equipe A inicia os rallys sacando, por exemplo, 4, 6, 8 vezes
consecutivas. Depois, Bpassa a sacar. A recepção, preferencialmente, deve ser por meio do
toque acima da cabeça. Os ataques são realizados um pouco afastado da rede: de maneira
impedir ataques muito para baixo. A defesa, também na medida do possível, por meio do
toque. A bola fica em jogo até que uma das equipes faça o ponto. A critério do treinador, pode
haver rodízio com todos fazendo a função do levantador ou não; apenas os levantadores da
equipe (titular e reserva) exercem a função. No diagrama a seguir, a disposição dos jogadores
por ocasião dos inícios dos ralys.

48 - Na medida em que os jogadores forem melhorando a técnica do amortecimento do


impacto da bola, o treinador já pode inserir tarefas táticas nos conteúdos dos exercícios. No
diagrama a seguir, um exemplo. As bolas são atacadas só na pos. 4. Depois, só na pos. 2.
Inicialmente só uma das equipes ataca (depois trocam). A equipe que está defendendo
organiza-se taticamente para realizar a defesa, com dois jogadores posicionados para a defesa
na diagonal. Bola defendida, invertem-se os papéis, ou seja, a equipe que defende, ataca
também na pos. 4. A equipe ataca inicialmente, se organiza para a defesa. As duas equipes se
intercalam nos inícios dos rallys; 4, 6, 8 saques consecutivos e trocam. Vale lembrar: a defesa,
na medida do possível e de preferência, com o toque.
49 - Idem ex. 48. O ataque é só na Paralela. A equipe que se defende se organiza com dois
jogadores na Paralela. No diagrama a seguir, o ataque na Paralela e a equipe que defende
disposta com dois jogadores na Paralela.
50 - Mesma dinâmica dos exercícios anteriores. Agora, os ataques podem ser realizados tanto
pela pos. 2 quanto pela pos. 4. E direcionados tanto para a Diagonal quanto para a Paralela.
A equipe que defende se arma, sempre, com dois jogadores guarnecendo o flanco para o qual
a bola é atacada.

51 - Mesma dinâmica, com ataques também pelo meio da rede (pos. 3). A equipe que se
defende se arma de acordo coma a direção da bola.

52 - Agora, as equipes contam com mais um jogador. Para fazer o bloqueio Simples - apenas
como ponto de referência - e pelo qual os defensores se orientarem. A critério do treinador, a
equipe pode fazer os rodízios, de maneira que todos executem todas as funções.

52 - Idem 35, com mais um jogador. Os bloqueios passam a ser Duplos.

- Aspectos a serem observados durante a execução dos exercícios.

1- O treinador não deve medir esforços para que os atletas se aperfeiçoem na execução
toque acima da cabeça para fins defensivos. No voleibol atual ele é indispensável. Cada
vez mais é largamente utilizado na recepção do saque e na defesa, muito porque permite
opções de posicionamentos - mais adiantados - aos jogadores nas disposições
defensivas. Os exercícios sugeridos foram distribuídos de maneira que o toque seja
praticado de modo isolado e inserido nas funções do jogo. Chamo atenção para o fato
de que deve ser praticado, das duas maneiras, por mais elevado que seja o nível de
competitividade do jogador.

2 - Para o defensor obter êxito nas defesas por meio do toque acima da cabeça é
necessário observar alguns aspectos.

a - No exato momento do ataque o jogador deve estar na Postura de Fundamental de


Expectativa. Os braços não podem ficar (de maneira alguma) abaixo da linha da cintura,
uma vez que, pela velocidade da bola, a fração de tempo para elevá-los é mínima.

b - No momento da intervenção os pés devem estar posicionados, um ligeiramente a


frente do outro, a fim de que o defensor consiga maior equilíbrio para execução do
toque.

3 - Outro aspecto muito importante é o amortecimento do impacto da bola. Na medida do


possível, o jogador deve tentar retê-la por meio uma ligeira flexão dos ante-braços sobre
os braços. Existe uma tendência natural, até por instinto, de realizar-se, ao contrário, a
extensão dos braços (movimento de rebatida da bola). O treinador tendo em vista
aprimorar este componente, deve graduar a força nos ataques, sobretudo, na
aprendizagem da habilidade.

4 - A fim de proporcionar aquisição de técnica tão importante na defesa, o treinador deve


ter em mente e conscientizar seus atletas de que é necessário vivenciar um processo;
lento e gradual.

5 - O processo lento e gradual deve ser dividido em etapas distintas.


a - A primeira etapa é de aprendizagem da técnica. O treinador tem que estar atento aos
mínimos detalhes. Não deve dar importância à velocidade da bola.

b - A segunda é de aperfeiçoamento. Neste estágio, o objetivo deve ser o de


desenvolver, sobretudo, o tempo de reação à velocidade da bola; o tempo/velocidade
resulta de processamento cerebral, isto é, pode ser melhorada com o exercício.

c - A terceira é de simulação das situações de jogo nas quais a técnica é utilizada.

Tendo em vista o êxito ao vivenciar o processo, apresentei alguns exercícios. Há


inúmeros outros. Os treinadores devem ativar suas criatividades para atingirem seus
objetivos. O mais importante‚ é que sejam repetidos até o pleno alcance dos objetivos
propostos, ou seja, propiciar a seus jogadores a auto-confiança indispensável para um
bom aproveitamento na execução da técnica, nas situações de jogo em que a mesma for
requerida.

Toque Acima da Cabeça para o Levantamento.

É o fundamento mais utilizado para o levantamento, uma vez que, por meio dele é possível
melhor manuseio da bola e, por conseguinte, obter os principais componentes do
levantamento:

- precisão à trajetória;

- velocidade à trajetória da bola;

- troca da direção (fintas).

O levantador tem que possuir a maior habilidade possível para a execução deste fundamento,
por meio de todos os tipos - em relação ao alvo:

- frontal;

- lateral;

- de costas.

E de todas as maneiras de execução:

- com os pés no chão;

- com o corpo em suspensão;

- com o corpo agachado.

Com o domínio perfeito dos tipos e maneiras de execução do Toque Acima da Cabeça o
levantador está apto a desempenhar a sua função sem limitações de ordem técnica; o que já é
uma grande virtude, considerando as características indispensáveis para o levantador.

Notas
- Em artigos precedentes a execução da Manchete (por meio de todos os tipos e maneiras) é
focalizada passo a passo, com máximo detalhamento. Vale dar uma revisada.

Considero muito importante o treinamento do toque - tendo em vista o levantamento - para


todos os jogadores de uma equipe. É bem verdade que o objetivo não é o de que todos tenham
a mesma capacidade do levantador. No jogo ocorre, frequentemente, a situação de jogo em
que um dos jogadores tem que executar o levantamento.

Treinamento do Toque Acima da Cabeça.

O ideal é que todos os jogadores da equipe sejam hábeis na execução do levantamento por
meio do Toque Acima da Cabeça. Nos artigos em que apresento o Treinamento
Aeróbico/Anaeróbico Integrado (TOI) (do 09 ao 18) - é um excelente método para ministrá-lo
tendo em vista capacitar os jogadores (não levantadores) a executarem os levantamentos mais
simples com desembaraço e eficácia. Além do TOI, as Sequências de Exercícios para o
treinamento da manchete, apresentadas nos artigos 17, 18, 19 e 20, podem ser utilizadas
também para o aperfeiçoamento da execução do Toque Acima da Cabeça.

Para o levantador, entretanto, é necessário treinamento específico, com sessões isoladas e


em conjunto com os atacantes. O objetivo é o de praticar o Toque Acima da Cabeça aplicado à
função do Sistema Ofensivo; o levantamento. Esse treinamento deve possuir os seguintes
componentes:

1. sessões particulares;

2. grande frequência de treinamentos, semanal, mensal, etc;

3. grande número de repetições dos exercícios;

4. maior nível de exigência;

5. com vistas à Estratégia do Sistema Ofensivo e às Táticas de Ataque da Equipe.

1. Sessões Particulares.

A sessão do treinamento específico para o levantador deve ser uma espécie de "laboratório",
na qual os levantadores e treinador além da prática propriamente dita trocam idéias, discutem a
estratégia de ataque, adaptam o levantamento as características individuais dos atacantes,
enfim tudo que diga respeito ao ataque da equipe. Para isso, sobretudo em equipes que
treinam em dois períodos, sugiro que esta sessão seja realizada nas primeiras horas do turno
da manhã, ocasião que levantadores e treinador estão descansados e, por conseguinte, com
maior capacidade de concentração.

Outra estratégia que considero válida, é o que particularmente denomino de Sessões Teóricas.
Com a utilização de vídeo, quadro negro, estatística da própria equipe e do adversário, etc... , é
possível analisar com calma a performance dos levantadores e atacantes, sistema defensivo
das equipes adversárias, estabelecer táticas, ou seja, fornecer aos levantadores todo e
qualquer subsídio relacionado à atuação dos mesmos.

Nota
Quando dirigi a Pirelli, de São Paulo, realizamos este tipo de atividade, de maneira
sistemática e com um privilégio; para dirigí-la, nada mais nada menos que, o grande ex-
levantador da Seleção Brasileira William Carvalho da Silva.

2. Grande Frequência de Treinamentos, Semanal, Mensal, Etc...

Existe uma máxima muito conhecida e usada no voleibol; o levantador tem que dormir com a
bola. Em itens anteriores focalizei o grau de importância do levantamento e as características
que o levantador tem que possuir. Com a intenção de enfatizar o caráter de infalibilidade que
reveste a função; intermediária nos dois sistemas do jogo.

Existe uma estratégia para o Sistema Ofensivo da equipe e várias táticas e opções táticas, em
cada um dos 6 rodízios. Ou seja, o levantamento não é uma ação aleatória. No momento em
que o levantador toca a bola, está dando o acabamento a todo um processo; a execução de
uma ação concebida, elaborada teoricamente considerando inúmeros fatores, estudada,
exaustivamente treinada. Para isso o Toque de Bola acima da Cabeça, principal fundamento,
deve ser treinado a fim de proporcionar ao levantador a habilidade imprescindível para executá-
lo de todos os tipos e maneiras. Sendo assim, quanto maior for a frequência de treinamentos
específicos, melhor. Há levantadores que precisam mais e outros menos. Mas de qualquer
maneira, um e outro desempenham uma função que a infalibilidade é o limite; portanto nunca é
demais.

Nota

Na Pirelli, William Carvalho da Silva iniciava a sessão específica para os levantadores,


uma hora antes do início do treinamento regular, diariamente. Talmo, antes de ser o
levantador reserva do Brasil na Olimpíada de Barcelona, evoluiu muito com esse
trabalho.

3. Grande Número de Repetições dos Exercícios.

Como o objetivo do treinamento específico é a infalibilidade do levantador e aperfeiçoamento


máximo do Sistema Ofensivo, os exercícios têm que ser repetidos até que haja a assimilação
da técnica. É preciso considerar alguns fatores antes de repetir um exercício, ou seja:

a - os levantadores que possuem técnica apurada, os exercícios devem ser repetidos tendo em
vista o levantamento das bolas componentes das jogadas de ataque da equipe, por exemplo
uma Bola " Chutada ", uma Bola de 1o Tempo, etc;

b - os levantadores podem apresentar dificuldade na execução do fundamento, de um tipo ou


de uma maneira, o que é bastante comum. Antes de repetir um exercício o treinador deve
identificar as causas das dificuldades, para então repetir o exercício, ou seja, não é bom
repetir um exercício em que a técnica não esteja sendo executada corretamente;

c - os levantadores que não possuem boa técnica ou estejam em fase de aprendizagem o


treinamento deve objetivar o aprendizado e, no caso, a repetitividade deve ser de ações
corretas.

4. Maior Nível de Exigência.


O treinamento deve simular, sempre, a realidade das situações de jogo. Um dos componentes
fundamentais do levantamento é a precisão, que para ser adquirida de ser exercitada
frequentemente, com grande número de repetições e, acima de tudo, com grande paciência.
Digo isso porque é função do treinador exigir dos levantadores a perfeição absoluta em todas
as ações dos exercícios. Na prática ocorre, inevitavelmente, um certo desgaste entre o
treinador e os levantadores, pois o primeiro só deve validar a execução absolutamente correta.
Para atenuar esse desgaste sugiro:

a - um trabalho simultâneo de conscientização, do caráter de infalibilidade da função, ou seja,


para o levantador não basta tentar, tem conseguir;

b - utilização de estatística, em sequências de 10 repetições, o treinador, ao final, mencionará o


percentual de acerto e apontará as causas dos erros;

c - utilização de vídeos, para que o próprio levantador possa perceber as causas dos erros e
dos acertos;

d - utilizar métodos de mentalização, antes, durante e depois das sessões.

Nota

O Prof. Evandro Mota, especialista no método DOM (Domínio e Orientação da Mente), é


profissional com grande experiência na matéria tendo colocado em prática seus
conhecimentos: na Supergasbrás, na Seleção Brasileira Feminina de Voleibol, na Dupla
de Vôlei de Praia Mônica/Adriana, na Seleção Brasileira de Basquetebol, na Seleção
Brasileira de Futebol, Tetra - Campeã Mundial nos EUA. Menciona uma tese muito
interessante: o treinamento deve simular fidedignamente a realidade do jogo. No
momento em que os jogadores vivenciam esta realidade mentalmente, se sentirão
familiarizados no momento em que as mesmas ocorrerem no jogo.

5. Com Vistas à Estratégia do Sistema Ofensivo e às Táticas de Ataque.

O Sistema Ofensivo é uma espécie de "quebra-cabeça" cujas peças são a recepção do saque,
o levantamento e o ataque. No voleibol atual, sobretudo no de alta competitividade, o ataque é
realizado por meio de Combinações de Ataque. Estas são compostas de Bolas de 1o Tempo,
de 2a. Bola, de Bolas nas Extremidades da Rede (atualmente, extremamente velozes) e de
Bolas do Fundo. Todas coordenadas em uma ação única. Quando o treinador está aplicando o
treinamento do Toque acima da Cabeça específico para os levantadores, já deve ter em mente
esta montagem, ou seja, preparar os levantadores para executar as Bolas que serão utilizadas
no sistema de ataque da equipe. Com isso, tirará maior proveito do treinamento, para si e para
os levantadores, uma vez que:

a - no treinamento do ataque propriamente dito, o entrosamento com os atacantes estará


facilitado.

b - pode avaliar melhor o potencial dos levantadores para realizarem as Combinações de


Ataque que pretende estabelecer.

Fiz questão de tecer estes comentários, antes de apresentar as sequências de exercícios de


aplicação, a fim de enfatizar peculiaridades do Treinamento Específico. Creio que o
aproveitamento deste tipo de sessão está diretamente relacionado à maneira e o envolvimento
mental com que ele é realizado, pelos levantadores e pelo treinador.
Sequência de Exercícios No 1

Objetivo: Levantamento da Bola na Zona de Levantamento.

1 - O levantador próximo da rede na pos. 3, deslocando-se em uma faixa de 3 metros


(diagrama a seguir) deslocamento do ponto A para o ponto B e vice - versa, do B para o A. O
treinador, na linha de ataque, alça 10 bolas consecutivas, cerca de 3 metros de altura. O
levantamento é da Bola Alta na Entrada e na Saída da Rede, com o Toque Frontal, com os
Pés no Chão.

2 - Idem ex. 1, com o Toque Frontal, em Suspensão.

3 - Idem ex. 1, com o Toque Frontal, Agachado.

4 - Mesma dinâmica dos exercícios anteriores. Agora, o levantamento no ponto A para a Saída
da Rede, com o Toque de Costas com os Pés no Chão.

5 - Idem ex. 4, com o Toque de Costas, em Suspensão.

6 - Idem ex. 1, com o Toque de Costas, Agachado.

7 - Idem ex. 1, com o Toque Lateral, com o Corpo de Frente para à rede e os Pés no Chão.

8 - Idem ex. 2, com o Toque Lateral, com o Corpo de Costas para à rede e os Pés no Chão.

9 - Idem ex. 1, com o Toque Lateral, com o Corpo de Frente para à rede, em Suspensão.

10 - Idem ex. 2, com o Toque Lateral, como Corpo de Costas para à rede, em Suspensão.

11 - Idem ex. 1, com o Toque Lateral, com o Corpo de Frente para à rede, Agachado.

12 - Idem ex. 2, com o Toque Lateral, com o Corpo de Costas para à rede, Agachado.

Notas
- Reparem que grau de dificuldade não é o mais importante. O que importa é a correta
execução do Toque e a precisão dos Levantamentos. Por isso, o treinador deve ficar na
linha de ataque e não deve jogar a bola alta. Com a continuidade das sessões ele jogará
a bola mais alta, mais rápida, rodando, etc...

- Enfatizo a necessidade da execução dos exercícios com o toques de todos os tipos e


maneiras. O objetivo é o de capacitar o levantador para executar o levantamento sob
quaisquer condições.

- O treinador deve controlar a frequência com que lança as bolas, de acordo com o
desembaraço de cada jogador. Os com maior dificuldade, de nada adianta acelerar.

equência de Exercícios No 2

Objetivo: - Levantamento da Bola no Centro da Quadra.

Daremos continuidade à numeração das sequências e dos exercícios. Logo, reiniciaremos com
a Sequência no. 2 e o exercício no. 13

13 - A mesma mecânica dos exercícios da primeira sequência. O levantador partindo dos


pontos A e B (diagrama a seguir). Desloca-se - com velocidade máxima - para os pontos em
que o treinador atira a bola (b', b", a' e a", nos diagramas a seguir), posiciona-se
corretamente em relação ao alvo e executa os levantamentos para ambas as
extremidades da rede. O treinador, num primeiro, estágio lançará duas bolas consecutivas.
Assim que os jogadores forem ganhando desembaraço, lançar 4, 6, 8, até 10 bolas
consecutivas. O levantamento é das Bolas Altas, na Entrada e na Saída da Rede, com o
Toque Frontal com os Pés no Chão.

14 - Idem ex. 13, com o Toque Frontal em Suspensão.

15 - Idem ex. 13, com o Toque Frontal Agachado.

16 - Idem ex. 13, com o Toque de Costas com os Pés no Chão.


17 - Idem ex. 13, com o Toque de Costas em Suspensão.

18 - Idem ex. 13, com o Toque de Costas Agachado.

19 - Idem ex. 13, com o Toque Lateral com os Pés no Chão.

20 - Idem ex. 13, com o Toque Lateral em Suspensão.

21 - Idem ex. 13, com o Toque Lateral Agachado.

- Aspectos a serem observados durante a execução dos Exercícios.

O Treinador deve observar e fazer com que os jogadores observem alguns aspectos
importantes.

1 - Os deslocamentos - para o correto posicionamento em relação à bola - têm ser com


velocidade máxima.

2 - O jogador pode deslocar-se, parar e realizar o levantamento. Nas ocasiões em isso não for
possível, deve haver coordenação entre o final do deslocamento e a execução do toque.

3 - Dependendo do ponto em que a bola está, deve-se observar qual das duas pernas/pés fará
o apoio para o levantamento. Focalizei este aspecto em artigos precedentes, mas não custa
repetir.

No diagrama anterior, o levantador parte do ponto b, desloca-se para o ponto b' e b'' . Ao
chegar, deve posicionar-se de frente para o ponto da rede em que vai executar o levantamento.
Quando for para a entrada da rede, ele chega e faz o giro com a perna direita (retângulos
em laranja) e posiciona-se de frente para a entrada da rede. Para a saída da rede o giro é
realizado com a perna esquerda (retângulo em azul). Reparem em ambos os exemplos. No
momento do toque os pés estão de frente para o local em que a bola será levantada.
A representação gráfica anterior serve para exemplificar também o procedimento no caso dos
deslocamentos de a para a' e a". Ou seja, quando o levantador desloca-se para o
levantamento na entrada da rede o giro será com a perna direita; quando for na saída da
rede o giro será com a perna esquerda. O procedimento é válido também para os toques com
o corpo em suspensão. Isto é, o salto e o giro são executados com as mesmas pernas
mencionadas na representação gráfica anterior.

4 - Muitas vezes não é possível chegar, girar e posicionar o corpo de frente para o alvo. É o
momento da aplicação/execução do toque com o corpo posicionado lateralmente, em
relação ao ponto em que a bola é levantada. Repare na representação gráfica a seguir. O
jogador chega com uma das pernas e executa o levantamento, praticamente, como o apoio da
mesma. No ponto b', a perna de apoio é a direita; no b'', aesquerda.

Notas

Aspecto da maior importância: a perna que não apóia, deve ser colocada ligeiramente
mais à frente. E solta, de maneira que haja espaço para a movimentação dos braços. Se
paralela à perna de apoio, este espaço fica limitado. Por conseguinte, o golpe na bola
tem que ser desferido com maior força, o que influi na precisão da trajetória da bola.

5 - Nos toques de costas não há necessidade de qualquer giro. A perna com que o levantador
chega à bola é a que propicia o impulso para a execução do toque. Convém lembrar que os
pés não devem estar paralelos nem unidos. A perna/pé que alavanca o movimento é a da
frente (a com que o jogador chega); a detrás, estabiliza o corpo (representação gráfica a
seguir).
Sequência de Exercícios No 3 - Levantamento da Bola no Fundo da Quadra.

Em continuidade a numeração das sequências e dos exercícios, reiniciaremos com a


Sequência no. 3 e o exercício no. 22.

Exercício 22 - A mesma mecânica do exercício 1 e do 19. Agora o Levantamento é de pontos


mais distantes, isto é, do fundo da quadra. O levantador partindo dos pontos A e B da rede
(diagrama a seguir). Desloca-se - com velocidade máxima - para os pontos em que o treinador
atira a bola (a', a", b' e b"), posiciona-se corretamente em relação ao alvo e executa os
levantamentos. O treinador, num primeiro, estágio lançará duas bolas consecutivas. Assim que
os jogadores forem ganhando desembaraço, lançar 4, 6, 8, até 10 bolas consecutivas. O
levantamento é das Bolas Altas, na Entrada e na Saída da Rede, com o Toque Frontal com
os Pés no Chão. Repare nos diagramas. As trajetórias dos ponto b', para a entrada da rede,
e a'' para a saída da rede. São praticamente perpendiculares. O que isso significa? Que
os levantadores têm que estar rigorosamente de frente para o alvo.
Nota

O levantamento da bola, do fundo da quadra para a rede é especial e requer alguns cuidados.

1 - Posicionamento correto sob a bola, no momento da execução do toque;

2 - Força de toda a musculatura utilizada para execução do toque; pernas, braços e


dedos da mão. A bola tem que sair bem alta das mãos do levantador, para que chegue
também alta, no ponto em que será atacada. Isso é importante. A fim de ter boa visão da
bola e do posicionamento do bloqueio adversário, o atacante tem que atrasar sua
aproximação para o ataque. Ou seja, ele tem que deixar que a bola passe pela linha em
que está posicionado para então a iniciar a aproximação para o ataque.

No diagrama a seguir, apresento, graficamente: a trajetória da bola (setas interrompidas


em verde e vermelho), do ponto de levantamento (PL) à entrada da rede (em verde) e à
saída da rede (em vermelho); o ponto em que os atacantes iniciam a aproximação para o
ataque (A e B), praticamente do meio da quadra. Reparem que a linha entre A e B, as
linhas da trajetória da bola e a linha que representa o ponto em que o atacante inicia a
aproximação para o ataque, formam um triângulo isósceles. Desta maneira, o atacante
pode visualizar a bola que vai atacar.

3 - Coordenação entre chegada da bola e o final da extensão das pernas e dos braços;
resulta a perfeita saída da bola das mãos do levantador.

Exercício 23 - Idem ex. 22, com o Toque Frontal, em Suspensão.

Exercício 24 - Idem ex. 22, com o Toque Frontal, Agachado.

Exercício 25 - Idem ex. 22, com o Toque de Costas, com os Pés no Chão.

Exercício 26 - Idem ex. 22, com o Toque de Costas, em Suspensão.

Exercício 27 - Idem ex. 22, com o Toque de Costas, Agachado.


Exercício 28 - Idem ex. 22, com o Toque Lateral, com os Pés no Chão.

Exercício 29 - Idem ex. 22, com o Toque Lateral, em Suspensão.

Exercício 30 - Idem ex. 22, com o Toque Lateral, Agachado.

Nota

Os exercícios com os Toques com o Corpo Agachado, Frontal, de Costas e Lateral, são
de dificílima execução. Só devem ser ministrados para levantadores de altíssima
capacidade técnica.

Sequência de Exercícios No 4 - Levantamento da Bola Chutada nas Extremidades da


Rede.

A partir daqui vamos começar a sugerir exercícios para a Aprendizagem/Aperfeiçoamento dos


Levantamentos das Bolas mais utilizadas em Estratégias/Táticas Ofensivas. Como vem
ocorrendo, daremos continuidade à numeração das sequências e exercícios.

31 - Dois atletas sobre plataformas, plintos, cadeiras, etc... nas duas extremidades da rede.
Estes, devem ficar com os braços erguidos para servirem de alvo, de maneira que o levantador
possa visualizá-los. O treinador alça determinado número de bolas, consecutiva ou
intercaladamente, em variados pontos da Zona de Levantamento. O levantador parte das
posições em que geralmente infiltra (pos. 1, 6 e 5), desloca-se para a Zona de
Levantamento e executa o levantamento da Bola " Chutada " na Entrada da Rede e na
Saída da Rede, conforme determinação do treinador. O Toque é Frontal com os Pés no
Chão.

Notas
- A Bola "Chutada" nas Extremidades da Rede são, caracteristicamente, de trajetória longa.
Fazem parte das combinações de ataque como a bola mais afastada em relação à Bola de
Tempo. Por esta razão, o treinador deve fazer com que os levantadores façam - em todos os
exercícios da sequência - as chamadas "inversões", isto é: do ponto a, para a saída da
rede e do ponto b, para a entrada da rede, como está apresentado na representação gráfica.

- Existem alguns meios auxiliares que, podem contribuir para a motivação dos levantadores.
Por exemplo, um aparelho chamado biruta (tem a forma idêntica à da biruta) que, afixados nas
extremidades da rede, podem servir como alvo.

32 - Idem ex. 31, com o Toque Frontal, em Suspensão.

33 - Idem ex. 31, com o Toque de Costas, com os Pés no Chão.

34 - Idem ex. 31, com o Toque de Costas, em Suspensão.

35 - Idem ex. 31, com o Toque Lateral com o Corpo de Frente para a rede, com os Pés no
Chão.

36 - Idem ex. 31, com o Toque Lateral com o Corpo de Costas para a rede, com os Pés no
Chão.

37 - Idem ex. 31, com o Toque Lateral com o Corpo de Frente para à rede, em Suspensão.

38 - Idem ex. 31, com o Toque Lateral com o Corpo de Costas para à rede, em Suspensão.

Notas

- Os Toques Laterais, com o Corpo de Costas e/ou de Frente para à rede, quer com os
pés no chão, quer com o corpo em suspensão, são imperativos no voleibol atual. No
decorrer do jogo ocorrem, com elevada frequência, passes em que a bola "cola" na rede.
Quando o levantador não tem esta habilidade, corre o risco de colocar as mãos e/ou
corpo na rede.

- Esta Sequência deve ser realizada também com o levantador utilizando os


deslocamentos da Sequência de Exercícios No 2 (a', a", b' e b"), ou seja, do terço médio
da quadra. São mais 8 exercícios.

- Os deslocamentos utilizados na Sequência de Exercícios No 3, são desaconselháveis


para a Bola " Chutada " nas Extremidades da Rede. Pela grande distância entre o
levantador e o atacante, o que no jogo é altamente favorável ao bloqueio adversário.

- A trajetória da bola, como está demonstrada na figura anterior, é um segmento de reta,


isto é retilínea - menor distância entre dois pontos. Entretanto, ela pode ter uma
curvatura, a fim de adequá-la à algumas circunstâncias.

1. Ao ponto da quadra em que a bola é levantada, ou seja, quanto maior o afastamento -


perpendicular - em relação à rede, mais acentuada essa curvatura deve ser.

2. O ponto da quadra em que o atacante faz sua aproximação final. No momento em que
a bola está nas mãos do levantador, o atacante tem que estar pronto para fazer sua
aproximação final, isto é, dar as duas últimas passadas que precedem o salto para a
cortada. Quando por qualquer motivo o atacante atrasa-se, a trajetória da bola deve ser
mais lenta. O levantador fará com que a trajetória da bola ganhe uma curvatura - não
será a menor distância entre dois pontos.

- Os exercícios desta Sequência e das que se seguem têm em vista o levantamento de


bolas que fazem parte das Combinações de Ataque.

Sequência de Exercícios No 5 - Levantamento da Bola "Chutada" de Meio, e às Costas


do Levantador (figura a seguir).

Daremos continuidade a numeração das sequências e dos exercícios, reiniciaremos com a


Sequência no. 5 e o exercício no. 39.

39 - Um atleta sobre uma plataforma, plinto, cadeira, etc. Na mesma quadra em que o exercício
é executado. No local em que geralmente a "Chutada" de Meio é atacada. Com os braços
erguidos servindo de alvo, de maneira que o levantador possa visualizá-lo. O treinador alça
bolas, consecutivas ou intercaladamente, em pontos da Zona de Levantamento (diagramas 1
e 2). O levantador partindo do local em que geralmente infiltra (pos. 1, 6 e 5) executa o
levantamento da Bola "Chutada" de Meio à Frente do Levantador, com um Toque Frontal,
com os Pés no Chão. Na figura a seguir, o ponto do levantamento e as trajetórias das bolas.

40 - Idem ex. 39, com o alvo na saída da rede. O levantamento é da bola "Chutada" na Saída
da Rede, isto é, às costas do levantador. O toque de Costas, com os Pés no Chão.
41 - Idem ex. 39, com o Toque Frontal, em Suspensão.

42 - Idem ex. 40, sendo que o levantamento é o da Bola "Chutada" de Meio às Costas do
Levantador, com o Toque de Costas, com o Corpo em Suspensão.

44 - A mesma mecânica dos exercícios anteriores. O levantamento é da Bola "Chutada" de


Meio à Frente e às Costas do Levantador. Com o Toque Lateral com o Corpo de Frente
para à Rede, com os Pés no Chão.

45 - Idem ex. 44, com o Toque Lateral com o Corpo de Costas para à rede, com os Pés no
Chão.

46 - Idem ex. 44, com o Toque Lateral com o Corpo de Frente para à rede, em Suspensão.

47 - Idem ex. 44, com o Toque Lateral com o Corpo de Costas para à rede, em Suspensão.

48 - A mesma mecânica dos exercícios anteriores. Com o levantador executando o


levantamento em pontos mais afastados, em relação à rede. Para a " Chutada " de Meio à
Frente do Levantador (diagrama com as linhas em vermelho) e , às Costas do
Levantador (diagrama com as linhas em verde). O levantamento é com Toque Frontal, com
os Pés no Chão (diagramas 3 e 4 a seguir).
Nota

Mesmo nas bolas levantadas fora da Zona de Ataque a trajetória da bola deve ser
retilínea.

Exercício 49 - Idem ex. 48, com o Toque Frontal, em Suspensão.

Nota

Nestas e nas Sequências de Exercícios que se seguem os levantamentos são utilizados


para as Bolas de 1o. e 2o. Tempo, nas quais o fator tempo é fundamental - como
veremos em Estratégias/Táticas. No caso, os toques com o Corpo em Suspensão são
apropriados, tanto de frente quanto de costas para os alvos.

Sequência de Exercícios No 6 - Levantamento da Bola do Fundo, nas Extremidades da


Rede (Pos. 1 e 5) e no Meio (Pos. 6).

50 - Dois jogadores com os braços erguidos servindo de alvo, sobre uma plataformas, plintos,
cadeiras, etc... a cerca de 1 metros dentro da Zona de Ataque, defronte às posições 1, 5 e 6. O
treinador no fundo da quadra, alça 10 bolas, consecutiva ou intercaladamente, na Zona de
Levantamento. O levantador partindo das posições em que normalmente infiltra (pos. 1, 6 e
5), desloca-se e executa o levantamento da Bola do Fundo nas Extremidades da Rede, com
o Toque Frontal, com os Pés no Chão. No diagrama a seguir, uma visão do alto. As linhas
interrompidas, em verde, representam as trajetórias das bolas. A interrompidas, em cinza, o
trajeto que os atacantes fazem para atacarem as Bolas do Fundo.
51 - Idem ex. 50, com o Toque Frontal, em Suspensão.

52 - Idem ex. 50, com o Toque de Costas, com os Pés no Chão.

53 - Idem ex. 50, com o Toque de Costas, em Suspensão.

54 - A mesma mecânica do ex. 50, com uma diferença. O treinador ao invés de alçar as bola
para a Zona de Levantamento, o faz para fora da quadra, pelas linhas laterais. O levantador
parte da Zona de Levantamento, se desloca e executa o levantamento da Bola do Fundo
nas Extremidades da Rede (pos. 1 e 5), com o Toque Frontal, com os Pés no
Chão (diagrama a seguir).

Nota
Os levantamentos executados de fora dos limites da quadra têm em vista preparar os
jogadores para situações de jogo que ocorrem com bastante frequência; recepções
imperfeitas, bolas defendidas e bolas que tocam no bloqueio. Nestes casos as bolas
saem do perímetro da quadra. Uma solução bastante utilizada - sobretudo no voleibol
masculino - é o levantamento para os atacantes da zona de defesa.

Exercício 55 - Idem ex. 54, com o Toque Frontal, em Suspensão.

Exercício 56 - Idem ex. 54, com o Toque de Costas, com os Pés no Chão.

Exercício 57 - Idem ex. 54, com o Toque de Costas, em Suspensão.

Exercício 58 - Idem ex. 54, sendo que o levantamento é da Bola do Fundo no Centro da
Rede (pos. 6), com o Toque Frontal, com os Pés no Chão. (No diagrama a seguir, a seta em
vermelho representa o percurso do jogador que ataca pela pos. 6).

Exercício 59 - Idem ex. 58, com o Toque Frontal, com os Pés no Chão.

Exercício 60 - Idem ex. 58, com o Toque de Costas, com os Pés no Chão.

Exercício 61 - Idem ex. 58, com o Toque de Costas, em Suspensão.

Nota Importante

Nos artigos em que tratei do toque para o levantamento, apresentei detalhadamente o


fundamento, isto é, como ele deve ser executado. Mencionei os tipos e maneiras
requeridos para os jogadores, em geral, e para o levantador, em particular. Na
continuidade, apresentei seis sequências de exercícios - num total de 61 - para a
aprendizagem e o aperfeiçoamento do toque e, consequentemente, para o levantamento.
Tive o cuidado de colocá-los numa progressão pedagógica simples. Ou seja, dos
exercícios menos complexos aos mais complexos. O intuito foi o de demonstrar que
todos podem ser adotados em todas as equipes, independente dos níveis de
competitividade. Por exemplo, no treinamento do levantamento de uma equipe de mirim -
até 13 anos de idade - os exercícios a serem aplicados devem ser os que melhor se
adéquem as estratégias ofensivas utilizadas na categoria. Ora, os levantamentos para o
ataque do fundo, para citar um exemplo, obviamente, não são apropriados.

O que gostaria de enfatizar é que o treinamento do toque, sob variadas circunstâncias,


capacita o jogador/levantador para exercer sua função de modo desembaraçado. Em
outras palavras, o levantador tem que ser capaz de raciocinar e conseguir executar -
com absoluta precisão - aquilo que raciocinou. Quanto mais alto o nível de
competitividade, mais esse binômio raciocinar/executar é requerido.

Chamo atenção para aqueles que estão acompanhando a sucessão de artigos sobre a
técnica individual, que os mesmos têm vinculo com os que tratam das estratégias e
táticas. Considero importante o acompanhamento concomitante dos dois segmentos,
uma vez que, uns farão sentido com os outros.
- Manchete, para a Defesa e para a Recepção do Saque.

A fim de aumentar a espetacularidade do jogo e aumentar a duração da bola em jogo, regra


vem sendo alterada e está cada vez mais permissiva para com a defesa. Atualmente o jogador
pode realizar a defesa valendo-se de maiores recursos, até com os pés. Todavia, a maioria das
intervenções na defesa‚ ainda, é feita por meio do uso da manchete, sobretudo, nas bolas
abaixo da cintura. É fundamento a ser treinado de diferentes formas e, para atender a alguns
objetivos, com a finalidade de que o jogador tenha domínio de bola nas mais variadas
circunstâncias de ataque numa partida.

Nesta sequência de artigos abordarei a manchete:

- para a defesa;

- para a recepção do saque.

Nota

O saque do tipo "Viagem ao Fundo do Mar" é, atualmente e cada vez mais, um poderoso
ataque e requer a técnica da defesa ao jogador que o recepciona.

A fim de facilitar o acompanhamento do assunto, apresento no quadro a seguir, os Tipos de


Manchete e as Maneiras de Execução. Já havia abordado o mesmo nos artigos em que
focalizei o Planejamento da Parte Técnica Individual. E com o argumento de que o jogador
deve ser preparado para executar todos os tipos e maneira com eficiência. De modo
desencumbir-se de suas atribuições durante uma partida.

Manchete: Tipos Maneiras de Execução


- De Frente/Frontal: - Com os Pés no Chão;
- Com o Corpo em Suspensão;
- Com o Corpo Agachado;
- Com um dos Joelhos no Chão.

- Lateral: - Com os Pés no Chão;


- Com o Corpo em Suspensão
- Com o Corpo Agachado
- Com um dos Joelhos no Chão.

- De Costas (*): - Com os Pés no Chão;


- Com o Corpo em Suspensão
- Com o Corpo Agachado
- Com um dos Joelhos no Chão.

(*) A Manchete de Costas não é utilizada na Recepção do Saque.


- Manchete de Frente / Frontal.

É utilizada para:

- Passes entre jogadores;

- o Levantamento;

- a Recepção do Saque;

- a Defesa;

Na Recepção do Saque e na Defesa é utilizada constantemente para o domínio de bolas


sacadas e/ou atacadas com potência. Para um perfeito domínio, é necessária a habilidade
do Amortecimento da Bola, técnica que exige muita habilidade, uma vez que requer
coordenação da velocidade de reação e do gesto motor.

- Decomposição do Amortecimento em Fases.

1 - Partindo da Postura Fundamental de Expectativa (foto a seguir).

Alexandra, do Vôlei de Praia

2 - Posicionamento do Corpo em relação à Bola.

O jogador tem que se posicionar, na medida do possível, rigorosamente de Frente para a Bola,
isto é, entre as duas pernas e, obviamente, em frete ao seu próprio eixo longitudinal; formado
pelo tronco e a cabeça.
Quando a bola vem à direita, colocar a perna direita à direita; quando à esquerda, colocar à
esquerda. No momento da execução, direcionar todo o corpo para o ponto para o qual deseja
enviar a bola.

Existem situações em que o procedimento não é possível. O jogador não consegue mesmo se
deslocando com velocidade. Neste caso, é necessário executar a Manchete Lateral, que
focalizaremos nos próximos artigos.

3 - No exato Momento do Impacto da Bola.

O jogador, na medida do possível, posiciona-se em boa base; afastamento das pernas


semelhante à largura dos ombros. Eleva os cotovelos e, em consequência, os ante-braços
abaixam-se. Na figura a seguir, exemplifico, de modo exagerado, a angulação do braço no
momento em que a bola se aproxima. Na seguinte, o momento em que a bola é amortecida. O
ante-braço desce e, por conseguinte, o impacto da bola é amortecido.

Nota

O jogador não deve ser surpreendido com os braços encostados ao tronco porque
frequentemente as bolas não vêm exatamente na frente do corpo, mas sim à direita ou à
esquerda, e os braços devem estar livres para os ajustes.
- Exercícios para Aprendizagem / Aperfeiçoamento da Habilidade do Amortecimento.

Antes de apresentar qualquer execício é necessário um raciocínio: a Manchete (fundamento


da técnica individual) é aplicada para exercer duas funções do jogo; a recepção do
saque e a defesa. Logo, nos exercícios que a seguir serão sugeridos requerem: a boa
execução da Manchete.

- Sequência de Exercícios no 1 - Ataques pelo Treinador em plano mais alto.

- Objetivo: Aprendizagem e Aperfeiçoamento da Técnica/Habilidade de Amortecimento.

01 - Jogador encostado em uma parede, para não poder recuar. Treinador sobre um plano
mais elevado ataca a bola no Corpo, entre a cintura e os joelhos. Com potência adequada à
capacidade de cada jogador, para a educação do movimento (fig. a seguir). Repetir até que
haja a aquisição da habilidade.

Desenho de Eduardo Rodrigues


02 - Idem ex. 01, com a bola atacada à meia força. O objetivo deve ser o amortecimento, de
maneira que a mesma fique entre o defensor e o ponto em que o treinador está atacando.

03 - Idem ex. 1, com a bola atacada cada vez mais forte; de acordo com o aproveitamento de
cada jogador. O objetivo, repito, é que a bola, amortecida, fique entre o jogador e o ponto em
que o treinador está atacando.

Nota

O objetivo destes três primeiros exercícios é a aprendizagem da técnica. As bolas têm


que ser atacadas, inicialmente, sem qualquer preocupação com a potência. Na medida
em que houver aproveitamento, aumentar progressivamente a velocidade da bola até
assemelhá-la a realidade do jogo. Faço essa observação, pois é muito comum jogadores
e treinadores se entusiasmarem no decorrer do exercício e, o primeiro, pedir ataques
mais fortes e, o segundo, atacar com maior violência. Esse tipo de empolgação é
contraproducente, pois existe o risco de a habilidade não ser aprendida corretamente.

04- Idem ex. 01, com a bola atacada no Corpo, ligeiramente à direita. O jogador se move para
direita de modo colocar a perna direita à direita da bola.

05 - Idem, com a bola atacada no Corpo, ligeiramente à esquerda. O jogador se move para
esquerda de modo colocar a perna direita à direita da bola.

06 - Mesma dinâmica dos exercícios anteriores. O ataque é na altura dos Ombros, com a bola
atacada ligeiramente mais à direita . O defensor deve executar a manchete saltando com a
perna esquerda, a fim de alçar todo o lado direito do corpo: pé, joelho, quadril e ombro. O
procedimento propicia a suficiente altura dos braços para a execução da manchete.

07 - Idem ex. 06, com o ataque à esquerda. O procedimento é contrário; o jogador salta na
perna direita de maneira elevar todo o lado direito, joelho, quadril e ombro.

08 - Agora, o ataque é direcionado à Frente; cerca de um metro. O jogador se move para


frente, sem alçar o tronco, a fim de se posicionar adequadamente em relação à bola, e executa
o amortecimento.

09 - Idem ex. 08, com o ataque à Frente, ligeiramente à direita.

10 - Idem ex. 09, com o ataque à Fente, ligeiramente à esquerda.

Notas

- Nessa sequência - de 04 a 10 - o objetivo é o desenvolver a execução da habilidade


para os dois lados do corpo e em diferentes alturas. Chamo a atenção para a importância
dessa habilidade, uma vez que, no jogo a trajetória da bola é imprevisível.

- Como o saque do tipo "Viagem" é um poderoso meio de ataque, o treinamento da


manchete para amortecimento da bola é apropriado também à Recepção do Saque.
- Sequência de Exercícios no 2 - Ataques pelo Treinador em Posições da Rede.

- Objetivos: - familiarizar os jogadores com pontos da quadra;


- realizar a defesa direcionando a bola para a Zona de Levantamento.

Nesta sequência os exercícios têm em vista aproximar a execução da técnica com as


características do jogo. Ou seja, os ataques são desferidos da rede e as bolas têm que ser
defendidas para a Zona de Levantamento. Em outras palavras: a técnica individual se
amoldando à tática coletiva.

11 - Na quadra, o jogador com um obstáculo que o impeça de recuar - um plinto, por exemplo -
nas posições de defesa. O Treinador em cima de uma plataforma, atacando das pos. 2, 3 e 4,
na rede, no Corpo; entre as linhas da cintura e dos joelhos. Os jogadores nas posições de
defesa 1, 6, 5, 4 e 2, praticando o amortecimento. A bola deve ser endereçada à Zona de
Levantamento. (fig.a seguir).

Desenho de Eduardo Rodrigues


Nota

O treinador deve considerar a defesa efetivamente correta as bolas que sejam


defendidas e direcionadas para a Zona de Levantamento.

12 - Idem ex. 11, com o treinador atacando no Corpo, ligeiramente, à direita/à esquerda do
jogador que está defendendo.

13 - Idem exercícios anteriores. O Treinador atacando na linha dos Ombros, ligeiramente à


direita/à esquerda, de maneira que os jogadores executem a Manchete Frontal com o corpo
em Suspensão. Na bola à direita, o jogador salta com a perna esquerda, a fim de elevar todo
o lado direito do corpo; joelhos, quadril e ombros. Com isso, propiciar altura apropriada para a
execução da manchete. Na bola à esquerda, o procedimento é ao contrário.

14 - Idem exercícios anteriores. Com os ataques ligeiramente mais à Frente do defensor (um
metro).

15 - Idem ex. 14, com o ataque mais à Frente, ligeiramente à direita/à esquerda.

16 - Repetir todos os exercícios da sequência aplicando um recurso didático. O jogador preso a


um elástico na cintura, de maneira que ele fique - praticamente - em desequilíbrio para frente,
com o tronco todo flexionado sobre a bacia. O objetivo‚ exercitar - de modo exagerado -
a postura fundamental, não permitindo a elevação dos ombros.

- Sequência de Exercícios no 3 - Ataque pelos jogadores em posições da rede.

- Objetivos: - familiarizar os jogadores com pontos da quadra;


- consolidar as disposições táticas.

17 - O treinador alçando bolas da pos. 2 - da rede - para os jogadores atacarem nas


posições 1, 6 e 5. Os defensores nos posicionamentos estabelecidos se ajustam e executam a
defesa por meio da manchete.

18 - Idem, ex. 17, com bolas atacadas na pos. 4, para as posições 1, 6 e 5.

19 - Idem, ex. 17, com bolas atacadas da pos. 3, nas posições 1, 6 e 5.

20 - Idem, ex. 17, com bolas atacadas do fundo pela pos. 1, nas posições 1, 6 e 5.

21 - Idem 17, com bolas atacadas do fundo pela pos. 5, nas posições 1, 6 e 5.

22 - Idem ex. 17, com bolas atacadas do fundo pela pos. 6, nas posições 1, 6 e 5.
.

- Sequência de Exercícios no 4 - Ataque por jogadores, alçadas pelo Levantador.

- Objetivos: - familiarizar os jogadores com pontos da quadra;


- consolidar as disposições táticas.

Nesta sequência os exercícios se assemelham, cada vez mais, com situações reais de jogo.
Ou seja, as bolas são atacadas pelos jogadores, alçadas pelo Levantador. Importante: os
atacantes devem ser orientados a:

- direcionarem a bola para os pontos em que os defensores se encontram, de modo propiciar


oportunidade, aos mesmos, de praticarem o maior número de vezes possível;

- controlarem a potência dos golpes de acordo com a capacidade técnica dos companheiros
em prática;

- evitarem - ao máximo - erros sucessivos, a fim de não quebrarem a fluência do trabalho.

A fim de se estabelecer uma progressão, quanto à complexidade, o treinador pode estabelecer:

- num primeiro momento, o levantamento e, por conseguinte, o ataque de bolas afastadas da


rede - cerca de dois metros;

- depois, a bola levantada/atacada mais próxima da rede - com no jogo.

23 - Os jogadores atacando bolas levantadas pelo levantador na pos. 4, da quadra oposta;

23 - Idem ex. 23, com os ataques na pos. 2.

24 - Idem 23, com os ataques na pos. 3.

25 - Os jogadores atacando bola levantada para o fundo pela pos. 1.

26 - Idem 25, pela pos. 5.

27 - Idem 25, pela pos. 6.

- Aspectos a serem observados durante a execução dos exercícios.


1 - A habilidade de amortecer o impacto da bola atacada não é fácil de ser adquirida. A fim de
facilitá-la, considero apropriado seguir uma progressão.

A - Aprendizagem da habilidade com observância de todos os detalhes técnicos, ou seja:

- a Postura Fundamental de Expectativa (PFE), com as pernas semiflexionadas, o troco


ligeiramente flexionado sobre o quadril e os braços semiflexionados à fente do tronco;

- o posicionamento correto do corpo em relação à bola;

- o movimento de elevar os cotovelos e, consequentemente, abaixar os ante-braços no


exato momento do amortecimento.

Para isso, é recomendável que o Professor/Treinador/Colaborador, que ataca, possua precisão


cirúrgica. De modo acertar exatamente na manchete do aprendiz. E com a potência adequada
à capacidade de cada um. Vencida essa primeira etapa e observando-se boa assimilação da
habilidade, é o momento de passar para a segunda.

B - Aperfeiçoamento da habilidade. Os ataques passam a ser um pouco mais


potentes, ligeiramente mais à frente, à direita, à esquerda, etc. Alguns detalhes são
importantes:

- a maneira pela qual os jogadores se movimentam;

- a velocidade com que se deslocam;

- a maneira com que se posicionam em relação à bola;

- a habilidade para executar o amortecimento.

Novamente é indispensável a precisão e a graduação da potência dos golpes de ataque. No


momento em que os jogadores adquirem a habilidade, passamos para a etapa em que a
mesma é praticada com situações semelhantes às que ocorrem no jogo. Ou seja:

- a bola atacada pelos jogadores em diferentes posições da rede.

- com os defensores nos posicionamentos de defesa que serão estabelecidos para as


estratégias/táticas defensivas da equipe;

- com o compromisso de controlar a bola e direcioná-la para a Zona de Levanamento.

Neste segmento, o treinador deve instruir seus atletas a atacarem no raio de ação dos
jogadores que estão praticando a defesa. É muito comum, na prática, os jogadores atacarem
demasiadamente forte, cometerem erros sucessivos, enfim, sem compromisso com o objetivo
dos exercícios. O que acarreta perda da fluência do trabalho e, por conseguinte, pouco
aproveitamento com os mesmos.

2 - É muito difícil dispor de um grupo homogêneo de jogadores. Uns têm mais habilidade que
outros. São mais ou menos concentrados. Possuem maior ou menor velocidade de reação.
São mais ou menso corajosos. Enfim, uma série de diferenças. Aí é que entra o talento do
Treinador. Deve, primeiramente, tentar uniformizar o grupo. Depois, classificá-lo de acordo com
a capacidade técnica de cada segmento. Por fim, adequar o trabalho de acordo cada grupo. O
objetivo, obviamente, deve ser o de dotar todo o grupo com a capacidade - importantíssima -
de controlar a bola diante de todo e qualquer circunstância de ataque.
3 - Tenho sido repetitivo quanto a importância de vincular as qualidades físicas, à capacidade
técnica individual e ao discernimento tático individual. Tendo em vista a formação da equipe.
Embora os exercícios de manchete para amortecimento da bola, das sequências 1, 2, 3 e 4
sejam caracteristicamente destinados ao aperfeiçoamento da técnica individual, o treinador
aproveitá-lo para fins táticos. Ou seja, além da perfeita execução da habilidade, ele deve exigir
que a bola seja defendida e endereçada à Zona de Levantamento. O procedimento facilitará a
execução dos contra-ataques; objetivo da estratégia defensiva.

- Manchete Lateral (direita/esquerda).

Técnica das mais utilizadas, dada a multiplicidade de direções que a bola toma após
ser atacada ou sacada. No voleibol atual os ataques mais violentos são muito difíceis de
serem defendidos e a maior probabilidade/oportunidade de defesa é das bolas - fora do corpo -
amortecidas no bloqueio, situação em que a manchete lateral mais se aplica.

- Situações de Jogo.

1 - Bolas atacadas, com habilidade, no sentido oposto ao tomado pelo defensor (contra-pé‚).

2 - Bolas ricocheteadas no bloqueio.

3 - Recuperação de Bolas defendidas, por companheiro, na primeira ação.

4 - Bolas "Largadas".

5 - Bolas de 1º e 2º Tempos atacadas rapidamente.

- Maneiras de Execução da Manchete Lateral.

A manchete lateral é executada de algumas maneiras. Todas elas são necessárias e utilizadas
com bastante frequência, isto é.

- Com os pés no chão (foto a seguir).


A bola está à direita do corpo da Alexandra (Vôlei de Praia). No caso, ela recorreu à manchete
lateral.

- Com o corpo em suspensão (foto a seguir).

Reparem que Arlene, ex-líbero da Seleção Brasileira, está alçando todo o seu lado esquerdo,
para adequar os braços à altura da bola
- Após saltos ou mergulhos (foto a seguir)

Ana Paula (Vôlei de Praia) executando a manchete lateral, após um salto

- Com um dos joelhos no chão.

Tom Logan (Seleção dos EUA) executando a manchete, com o joelho direito no chão.

- Decomposição da Manchete (todas as maneiras) em fases.

1 - Partindo da Postura Fundamental (clique para ver foto). Vale salientar a importância dos
braços à frente do tronco e das pernas soltas.
2 - A perna que está à direita ou à esquerda da bola não deve estar apoiada no solo. A fim de
não dificultar a rotação do tronco e a liberdade de movimento dos braços.

3 - O primeiro movimento‚ a rotação do tronco no sentido horário, na bola à direita, ou anti-


horário, na bola à esquerda, com os ombros relaxados para não dificultarem o movimento.

4 - Os braços mobilizam-se rapidamente para a direita ou esquerda, ajustando-se para


oferecerem maior superfície à bola.

Notas

O dedo polegar da mão que está acima (da manchete armada) deve estar direcionado
para o alto: bola à direita, dedo polegar da mão esquerda; bola à esquerda, polegar da
mão direita. De maneira garantir que a superfície dos braços, oferecida à bola, seja a
mais abrangente possível. Não adotando este procedimento, a superfície dos ante-
braços é que fica para o alto.

- Os braços não podem estar colados ao corpo, pois ficam com os movimentos
cerceados. Os ombros, quadril e pernas deverão ser ajustados em relação altura da bola.

- Para as bolas mais altas há necessidade do jogador elevar o quadril e o joelho ou saltar
em uma das pernas. Bola à direita, salto com a perna esquerda para elevar todo o lado
direito do corpo (ombro, quadril, joelho e pé). À esquerda, salto com a perna direita para
elevar todo o lado esquerdo do corpo.

- Exercícios para Aprendizagem e para o Aperfeiçoamento (Aplicação).

No artigo 09 foram focalizadas a Manchete De Frente/Frontal - Tipos e Maneiras de


Execução - e apresentadas 04 Sequências de Exercícios totalizando 27. Neste, daremos
continuidade à numeração, ou seja, começaremos co o exercício número 28.

- Sequência de Exercícios no 1 - Treinador lançando bolas sem qualquer dificuldade.


- Objetivo: - aprendizagem / aperfeiçoamento da técnica;

28 - O Treinador no chão lançando a bola lentamente e sem qualquer dificuldade à direita ou à


esquerda do jogador que, partindo da postura fundamental, efetua a manchete lateral, com os
pés no chão, direcionando a bola para Zona de Levantamento (ZL).

29 - Idem 28, com meia batida na bola e em alturas variadas, isto é: na linha da cintura,
abaixo da linha da cintura e na altura do ombro.

30 - Idem 28, com a batida cada vez mais forte e igualmente em alturas variadas.

31 - O Treinador na pos. 2 da rede, lança a bola na pos. 1 (diag. 01, a seguir). O jogador na
pos. 6, desloca-se para a direita e executa a manchete lateral direcionando a bola para a Zona
de Levantamento. A bola de ser lançada em variadas alturas; na linha da cintura, abaixo da
linha da cintura e na linha do ombro.

32 - Idem 31, com o treinador dando uma meia batida na bola.

33 - Idem 31, com o treinador atacando com mais força.

34 - Idem exercícios anteriores, com o treinador na pos. 4, da rede, lançando bolas para a
pos. 5 da defesa (diag. 02, a seguir). O jogador pos. 6, da defesa, desloca-se para a esquerda
e executa a manchete lateral, direcionando a bola para a Zona de Levantamento.

35 - Idem 34, com o treinador dando uma meia batida na bola.

36 - Idem 34, com o treinador aumentando a força da batida.


37 - O Treinador na pos. 2 da rede, lança a bola - alta - na pos. 1 (diag. 01, anterior). O jogador
na pos. 6, desloca-se para a direita, salta com a perna esquerda e executa a manchete
lateral, direcionando a bola para a Zona de Levantamento.

38 - Idem 37, com o treinador executando uma meia batida na bola, a fim de aumentar a
velocidade da mesma.

39 - Idem 37, com o treinador batendo mais forte.

40 - O treinador na pos. 4, da rede (diag. 02, anterior), lançando bolas - altas - para a pos. 5 da
defesa. O jogador pos. 6, da defesa, desloca-se para a esquerda, salta com a perna direita e
executa a manchete lateral, direcionando a bola para a Zona de Levantamento (Figura a
seguir).

41 - Idem 40, com o Treinador dando uma meia batida na bola.

42 - Idem 40, com o Treinador atacando com maior força.


Desenho de Eduardo Rodrigues

Notas

- Os exercícios desta sequência têm em vista a aprendizagem da técnica. Por ser


bastante complexa, requer paciência do treinador e dos jogadores até que fique
executada corretamente.

- Tive a intenção de enfatizar a necessidade do direcionamento da bola para a Zona de


Levantamento. Esse deve ser um dos objetivos para ser atingido com os exercícios. O
primeiro, obviamente é a execução correta da manchete lateral.

- Um procedimento fundamental para se conseguir direcionar a bola para a Zona de


Levantamento (ZL). No exato momento do golpe do golpe (com a manchete), o jogador
deve, na medida do possível girar o corpo na direção da ZL. De maneira tal que no final
da ação todo o corpo esteja de frente para a ZL.

- Nos exercícios para aprendizagem/aperfeiçoamento da manchete lateral com o corpo


em suspensão, o treinador deve lançar/atacar as bola acima da altura dos ombros do
jogador que está praticando.

- Aspectos a serem observados durante a execução dos exercícios.

1 - O jogador não adotar a postura fundamental para a defesa. Em virtude disso, muitas vezes,
a bola chega ao raio de ação e o jogador está com os pés na mesma linha (fig. a seguir).

O recomendável e ter um dos dois ligeiramente à frente, como mencionado em artigos


anteriores. No caso, o jogador tem maior desembaraço nos deslocamentos curtos, que são
requeridos em todos os exercícios.
Vamos raciocinar tomando como exemplo uma situação de jogo: bola atacada à direita do
jogador. O ideal é que o jogador consiga colocar a perna direita à direita da bola, a fim de
colocar-se rigorosamente à frente da mesma. Não sendo possível, o jogador tem que utilizar a
manchete lateral. Para isso, é aconselhável que o apoio, para a execução da mesma, seja feito
sobre a perna esquerda. A perna direita - e, por conseguinte, todo o flanco direito do corpo -
deve estar livre, a fim de facilitar os movimentos dos baços. No caso os pés, no momento da
execução, ficarão posicionados da seguinte maneira.(fig. a seguir).

Quando a bola é atacada à direita do jogador, ocorre o inverso, ou seja, o apoio é feito sobre
a perna direita, com está demonstrado na fig. a seguir.

2 - Nas situações de jogo, descritas acima, o jogador - por falta do desembraço requerido - não
consegue executar a manchete e realiza a defesa com um dos braços.

3 - O jogador realizar a defesa sem a preocupação de endereçar a bola para a Zona de


Levantamento.

4 - Nas manchetes com salto, o jogador não conseguir alçar o flanco do corpo e, com isso,
não colocar os braços na altura apropriada para a execução da manchete.

Nota

A fim de comprometer os jogadores com a qualidade do treinamento, o treinador deve


considerar acerto, apenas as bolas defendidas e endereçadas à Zona de Levantamento.

- Sequência de Exercícios no 2 - O treinador atacando sobre plataforma.

- Objetivos: - familiarizar os jogadores com pontos da quadra;


- realizar a defesa direcionando a bola para a Zona de Levantamento.

43 - Treinador sobre uma plataforma, nas pos. 2, 3 e 4 da rede, atacando à esquerda ou à


direita e em variadas alturas para os jogadores nas posições de defesa - 1, 6, 5, 4 e 2 - que
deslocar-se-ão para a direita ou para a esquerda, como o fazem ao longo de uma partida, ou
seja. No conjunto de diagramas que se seguem, o exemplo com o Treinador atacando da pos.
4, da quadra oposta.

Treinador atacando na posição 4, da quadra oposta (conjunto de diagramas a seguir).

1 - ataca à direita do def. 4, que está no blq. e desloca para trás e para a direita.

2 - ataca à direita e à esquerda do def. 5.

3 - ataca à direita ou à esquerda do def. 1.

4 - ataca à direita e à esquerda do def. 6.

44 - Agora, o exercício é para ser realizado por dois jogadores. Ambos farão as defesas em
todo o flanco direito e/ou esquerdo da quadra. O Treinador sobre uma plataforma, nas pos. 2, 3
e 4 da rede, atacando à esquerda ou à direita e em variadas alturas para dois jogadores nas
posições de defesa - 1, 6, 5, 4 e 2 - que deslocar-se-ão para a direita ou para a esquerda,
como o fazem ao longo de uma partida. No conjunto de diagramas que se seguem, o exemplo
do Treinador atacando da pos. 4, da quadra oposta.

1 - ataca em toda a diagonal - na área destacada no diagrama - para ação coletiva dos def. 4 e
5, que deslocar-se-ão para a direita ou para a esquerda, conforme a trajetória da bola.

2 - ataca na paralela - na área destacada no diagrama - para ação coletiva dos def. 1 e 6, que
deslocar-se-ão para a direita ou para a esquerda, conforme a trajetória da bola.
Notas

- O treinador deve graduar a potência dos seus golpes, de acordo com a aptidão dos
jogadores em treinamento.

- Os exercício desta sequência tem uma grande importância: começam ajustar os


jogadores em posicionamentos defensivos que, muito provavelmente, serão adotados
na estratégia defensiva da equipe. Os do exercício 44 já visam o aprimoramento da
Estratégia Coletiva, pois envolvem dois jogadores na mesma ação defensiva.

45 - Agora, a mesma dinâmica dos exercícios anteriores. Com três defensores guarnecendo
cada flanco da quadra. Nos ataques da pos. 4, da quadra oposta, 4, 5 e 6 defendem no flanco
esquerdo (diagrama da esquerda a seguir). Da pos. 2, da quadra oposta, 2, 1 e 6 guarnecem o
flanco direito (diagrama da direita a seguir).
- Aspectos a serem observados durante a execução dos exercícios.

1 - O Treinador deve adequar a potência dos ataques conforme a capacidade dos jogadores.

2 - Os jogadores devem fazer a defesa tentando direcionar a bola para a Zona de


Levantamento.

3 - O Treinador deve observar dificuldades de deslocamentos. Na grande maioria, em virtude


de incorreção na postura de expectativa para a defesa, tais como:

- tronco sem a inclinação correta;

- braços demasiadamente abertos, o que dificulta a união do mesmos para a execução da


manchete;

- braços atrás do tronco;

- braços entre as pernas;

- pernas estendidas;

- pernas sem o afastamento apropriado;

- pernas e pés na mesma linha.

2 - Os jogadores devem observar os posicionamentos corretos, em relação à quadra.

3 - É comum erros de posicionamento, de um jogador ou outro, nos exercícios em que os


jogadores atuam em dupla - exercício 44 - ou em trincas - exercício 45.

Sequência de Exercícios no 3 - O treinador atacando sobre plataforma (continuação).

- Objetivos: - familiarizar os jogadores com pontos da quadra;


- consolidar as disposições táticas.

46 - Treinador atacando na posição 2, da rede, da quadra oposta.

1 - ataca à direita do def. 2, que está no blq., que tem que deslocar para trás e para a
esquerda.

2 - ataca à direita e à esquerda do def. 1.

3 - ataca à esquerda do def. 5.

4 - ataca à direita e à esquerda do def. 6.


47 - Exercício para ser executado em dupla. O Treinador atacando da pos. 2, da quadra
oposta. Ataca para os flancos direito/esquerdo da quadra.

1 - ataca em toda a diagonal - na área destacada no diagrama - para ação coletiva dos
def. 2 e 1 e 6 e1 , que deslocar-se-ão para a direita ou para a esquerda, conforme a trajetória
da bola.

2 - ataca em toda a paralela - na área destacada no diagrama - para ação coletiva dos
def. 5 e 6, que deslocar-se-ão para a direita ou para a esquerda, conforme a trajetória da bola
(conjunto de diagramas que se seguem).

48 - A mesma dinâmica dos exercícios anteriores. Com três defensores guarnecendo cada
flanco da quadra. Nos ataques da pos. 4 (da quadra oposta), 4, 5 e 6 defendem no flanco
esquerdo (diagrama da esquerda a seguir). Da pos. 2 (da quadra oposta), 2, 1 e 6 guarnecem
o flanco direito (diagrama da direita a seguir).
Notas

- Os números dos jogadores foram colocados em posicionamentos mais comuns. O


Treinador pode ajustá-los de acordo com seu entendimento e/ou de acordo com a
estratégia defensiva da equipe.

- Nesta sequência de exercícios, o Treinador e os jogadores devem observar os mesmos


aspectos mencionados na anterior: art. 11.

- Sequência de Exercícios no 4 - O treinador atacando sobre plataforma (Continuação).

- Objetivos: - familiarizar os jogadores com pontos da quadra;


- consolidar as disposições táticas.

49 - Treinador atacando da pos. 3, da quadra oponente (conjunto de diagramas a seguir).

1 - ataca à direita e à esquerda do def. 1, que deslocar-se-á conforme a trajetória da bola.

2 - ataca à direita e à esquerda do def. 6, que deslocar-se-á conforme a trajetória da bola.

3 - ataca à direita e/ou à esquerda do def. 5, que deslocar-se-á conforme a trajetória da bola.
50 - O Treinador atacando na pos. 3, da quadra oposta. Para a defesa de dois jogadores que
guarnecem os flancos direito/esquerdo.

1 - ataca para a metade direita da quadra. No caso, os def. 1 e 6 fazem os deslocamentos, de


acordo com a trajetória da bola.

2 - ataca para a metade esquerda da quadra e os def. 5 e 6 deslocar-se-ão, numa ação


conjunta - para direita ou esquerda, conforme a trajetória da bola.

Notas
- A trajetória da bola nos ataques finalizados pela pos. 3 são das bolas atacadas no 1o e
2o Tempos e são caracteristicamente bem rápidas. O defensor - por esta razão - tem
menos tempo para se deslocar.

- Nas sessões de ataque e defesa, que é invariavelmente uma prática diária, incluir os
ataques à direita ou à esquerda para que haja sempre o exercício da manchete lateral.

- Os exercícios em que o treinador ataca, não devem ser realizados com jogadores
atacando, pois tornam-se pouco producentes. Estes, geralmente, não têm pontaria para
colocar à direita e à esquerda dos defensores nem a medida certa da potência dos
ataques.

- É muito comum os jogadores, ao invés de moverem-se para frente e atacarem a bola,


recuarem para a execução da manchete numa altura que lhes seja‚ mais conveniente. O
fato merece atenção do treinador, que deve coibir o "artifício", uma vez que, as situações
de jogo em que este se aplica são raras. Outro aspecto a considerar‚ é que, quando o
jogador adquire esse vício, o trabalho para tirá-lo‚ é redobrado e limita o desembaraço
do jogador.

- Aspectos a serem observados durante a execução dos exercícios.

1 - A postura de expectativa é fundamental. A trajetória da bola é muito rápida e, por


conseguinte, os ajustes do corpo em relação à bola devem ser igualmente rápidos. É comum o
jogador colocar o tronco para trás. Isso, praticamente, impossibilita qualquer ajuste tendo em
vista a colocação adequada do corpo em relação à trajetória da bola.

2 - Erros de posicionamento tático, nos exercícios em duplas.

3 - Erros no amortecimento da bola, sobretudo das defensáveis.

4 - As bolas defendidas devem ser direcionadas à Zona de Levantamento.

5 - A potência com que as bolas atacadas é menor no terço central em relação às atacadas nas
extremidades da rede. Considero recomendável o Treinador estabelecer uma estratégia. Ou
seja.

A - Atacar com menor potência, mas dando velocidade à trajetória da bola. De maneira habituar
os jogadores a deslocamentos rápidos.

B - Aumentar a potência gradualmente de acordo como o aproveitamento de cada jogador com


as sessões de treinamento.

- Manchete de Costas.

Uma habilidade indispensável em situações de emergência do jogo. Quando menos se espera,


ocorre a necessidade de executá-la. De modo geral para passar a bola em circunstâncias
complicadas e/ou fazer levantamentos em bolas que estão fora da Zona de Levantamento.

Ocorre que, não se sabe a razão, não é considerado um item importante a ser treinado. Por
isso, uma equipe desperdiça várias oportunidades de marcação do ponto. A maioria dos
treinamentos que presenciei ví os jogadores fazerem a manchete de frente, raramente a lateral
e, nunca a de costas. No momento do jogo aparece a necessidade e o jogador não tem a
habilidade, não se preparou, etc...

Uma das características marcantes da escola asiática‚ a habilidade neste recurso fundamental.
Grande número de bolas que se dirigem para o fundo da quadra, após serem bloqueadas ou
parcialmente defendidas, são corretamente levantadas para contra-ataques que propiciam
pontos e aumentam o moral de suas equipes.

- Situações de Jogo.

1 - Bolas ricocheteadas no bloqueio, que se dirigem para fora dos limites da quadra.

2 - Bolas defendidas na 1ª ação , que se dirigem para fora dos limites da quadra.

3 - Bolas colocadas, que encobrem o defensor.

- Decomposição da Manchete de Costas em Fases

- Com os pés no chão.

- Com o Corpo em Suspensão.

- Com o corpo agachado.

1 - Jogador movendo-se para frente e, ao ser encoberto, gira 180º a perna que está à frente,
tendo como apoio o pé, que está atrás (fig. a seguir).

Supondo-se que o jogador está se deslocando para frente. No momento em que ele percebe
que a bola o encobrirá, a movimentação - natural - é parar/frear apoiando o pé que está à
frente. O giro será executado com o pé, que está atrás. Nas figuras a seguir, exemplifico. Na da
esquerda, no caso do pé esquerdo está na frente. O giro (mudança de direção) é feito com o pé
que está atrás, isto é, o direito. Na da direita, no caso do pé direito está na frente. O giro é feito
utilizando o pé esquerdo para realizar o giro.

2 - Realizado o giro, desloca-se de frente, em direção bola, até colocá-la ao seu alcance. Para
então executar a manchete.
3 - No momento da execução da manchete, alguns procedimentos são muito importantes:

a - manter o afastamento das pernas - boa base;

b - flexionar as pernas mantendo o afastamento - boa a base;

c - inclinar ligeiramente o tronco para trás, de modo facilitar a passagem da bola;

d - golpear a bola de tal maneira que ela saia para cima. Na foto a seguir, atleta da Rússia
recuperando uma bola justo às placas de publicidade, por meio da Manchete de Costas.
Repare que ele já executou e a bola sobe para depois, provavelmente, alcançar o alvo.

Nota

- Costuma-se dizer que chegar na bola significa chegar, com as pernas, nas
proximidades da mesma.
4 - Na manchete em suspensão o jogador, na corrida, salta com um dos pés e com o corpo
no alto executa a mesma. Quando a bola está à direita do corpo, o salto é com o pé esquerdo.
Quando à esquerda, com o pé direito.

5 - Na manchete com o corpo agachado, a flexão das pernas deve ser de acordo a altura -
em relação ao solo - em que a bola tem que ser golpeada.

- Exercícios para Aprendizagem/Aperfeiçoamente (Aplicação).

- Sequência de Exercícios no. 5.

- Objetivo: aprendizagem da técnica.

Daremos continuidade à numeração das sequências e dos exercícios apresentados nos artigos
anteriores. Na última, apresentamos a Manchete Lateral, com a Sequência No. 4 e até o
Exercício No. 50.

51 - O Treinador com a bola nas proximidades da rede.. Um jogador atrás da linha de ataque,
de frente para ele, com a perna esquerda na frente. O Treinador lança a bola no sentido da
linha do fundo da quadra e à esquerda do jogador. O jogador executa o giro, apoiando-se
no pé direito, e se desloca para fazer a manchete de costas, direcionando a bola para a Zona
de Levantamento.

52 - Idem ex. 51, com o jogador posicionado com a perna direita na frente. O giro é feito
tomando-se como apoio a pé esquerdo.

Nos diagramas a seguir, o treinador à esquerda lançando a bola à esquerda; e à direita


lançando a bola à direita. As letras significam a movimentação das pernas e pés. Repare que o
giro da perna que está à frente, no sentido do lado em que a bola é lançada, ou seja, no
sentido da linha lateral.
53 - Agora, o exercício em movimento. Treinador atirando bolas atrás, à direita e à esquerda,
alternadamente. O na linha do fundo se desloca, com velocidade, na direção da rede. No
momento em que a bola é lançada, para, realiza o giro e executa a manchete de costas, para a
Zona de Levantamento. Como sempre, se a perna direita estiver à frente, o giro de 180º é
realizado tendo como o pé esquerdo como eixo. Se for à esquerda, o giro tem com o eixo o pé
direito.

Nota

Estou sendo repetitivo em relação à importância do giro à direita/à esquerda. Pois influi na
velocidade da movimentação. Muitos jogadores, até com alguma experiência, se confundem e
deixam de recuperar bolas relativamente fáceis de serem recuperadas.

54 - Jogadores dispostos 2 a 2, dentro da quadra, no sentido longitudinal. Executam três


manchetes consecutivas. A primeira para frente, a segunda de costas para trás e a terceira de
costas para o companheiro, que repete a ação.

55 - Jogadores distribuídos 2 a 2 dentro da quadra, no sentido longitudinal. Agora, executam


duas manchetes consecutivas; uma para trás, giram e de costas passam para o companheiro,
que repete a mesma movimentação.

Notas
- É muito importante que o jogador se mova sempre para frente, na postura fundamental,
para que o exercício simule as situações de jogo.

- O treinador deve cobrar (sempre) dos seus jogadores os passes em direção à Zona de
Levantamento. O jogador tem que ter em mente o objetivo da intervenção, ou seja,
concretizar o contra-ataque.

- Os jogadores devem ser encorajados, no caso do segundo toque, a tentarem o


levantamento para uma das extremidades da rede.

- Sequência de Exercícios no. 6.

- Objetivo: aplicação para o levantamento.

Na sequência anterior o objetivo foi o de aprender a execução da Manchete de Costas, pura e


simplesmente. Nos exercícios desta sequência, aplicá-la em situações de jogo. No caso, o
Levantamento. Muitas e muitas vezes ao longo de uma partida, tanto o Levantador como os
demais jogadores têm que executá-lo. E com precisão. De maneira tornar possível um ataque
em bolas que, por falta dessa habilidade, são passada "de graça" para a quadra do adversário.
Vamos aos exercícios.

56 - Inserir a Manchete de Costas no treinamento específico para levantamento. No


diagrama a seguir, exemplifico. Os jogadores posicionados em uma hipotética formação
defensiva. A situação de jogo, também hipotética, é de uma bola que ricocheteou no bloqueio
ou em um defensor e dirigiu-se para os pontos, representados pelos círculos em laranja.
Ou, também pode ser feito, os jogadores partindo de umaformação de recepção do
saque em que a bola foi passada imperfeitamente e dirigiu-se para os pontos assinalados com
os cículos laranja. O treinador ficará no centro da quadra atirando as bolas na direção dos
círculos.

O J2, deslocar-se para o círculo 1, executa o levantamento para a extremidade da rede em


que estava posicionado (pos. 2), volta ao seu posicionamento de bloqueio, desloca-se para
o círculo 2, executa novo levantamento, também para a extremidade da rede em que estava
posicionado, (pos. 2) e volta para o seu posicionamento inicial. Repetir a ação, a critério do
treinador. No diagrama a seguir, as setas tracejadas em vermelho representam seus
deslocamentos.
57 - Mesma dinâmica do ex. 56. Agora, a execução pelo J4, só que nos círculos 5 e 6. O
levantamento é para a mesma extremidade da rede em que se encontrava (pos. 4)

58 - Idem, com a execução pelo J1, nos círculos 2, 3 e 4. Os levantamentos são para a
entrada da rede, pos. 4.

59 - Idem, com a execução pelo J6, nos círculos 3, 4 e 7. Os levantamentos são para a
entrada da rede, pos. 4.

60 - Idem, com a execução pelo J5, nos círculos 4, 6 e 7.

61 - Agora, os levantamentos são para a extremidade oposta em relação aos executados nos
exercícios anteriores. Ou seja, J2 círculo 1, executa o levantamento para a extremidade da
rede mais distante, pos. 4, círculo 2, executa o levantamento novamente para a pos. 4.

62 - Idem ex. 61. J4 se desloca para os círculos 5 e 6 e executa levantamentos para a


extremidade da rede mais distante, pos. 2.

63 - J6 se desloca para os círculos 3, 4 e 7 e executa os levantamentos para a saída de rede


(pos. 2).

64 - J5 para os círculos 4, 6 e 7 e executa os levantamentos para a pos. 2.

65 - Mesma dinâmica dos exercícios anteriores, com uma diferença: o Treinador lança para
diferentes pontos (círculos) e estabelece a extremidade da rede para qual a bola deve ser
levantada, enquanto o jogador se desloca.

66 - Exercício de levantamento, específico para Bloqueadores de Meio (BM). Vamos imaginar


a situação de jogo em que os bloqueadores centrais estão no bloqueio duplo em uma ou outra
extremidade da rede. A bola é defendida e fica nas imediações da linha dos 3 metros. O
bloqueador sai do bloqueio, desloca-se para o ponto em que a bola está e executa o
levantamento, para extremidade mais distante, por meio da manchete de costas. BM, em
vermelho, desloca-se para o circulo 2 , executa o levantamento para a entrada da rede (pos.
4) e volta para o posicionamento inicial. Depois, a mesma coisa no círculo 4.

67 - Idem 66, com o BM, em verde. Desloca para o círculo 1 e executa o levantamento para a
saída da rede (pos. 2). Volta para o posicionamento inicial, se deloca para o círculo 3 e executa
o levantamento para a saída da rede (pos. 2).

- Aspectos a serem observados durante a execução dos Exercícios.

1 - É extremamente importante a aprendizagem da correta execução da Manchete de Costas.


Observando-se todos os detalhes que influenciam o produto final. Ou seja:

a - a movimentação dos pés e das pernas para as mudanças de direção;

b - o final do deslocamento para execução da manchete;

c - a base para a execução com perfeito equilíbrio;

d - a exata medida da flexão das pernas e inclinação do corpo para que a bola saia bem para o
alto;
e - a exata medida do golpe na bola de acordo com a trajetória que se quer dar à bola.

2 - Nos exercícios que têm em vista a aplicação da Manchete de Costas para o


Levantamento, é muito importante que os jogadores estejam conscientizados para o fato
de que executarão um Levantamento. Por isso, é muito importante que a bola saia de
suas manchetes para o alto, de maneira que chegue à rede, também alta, em condições
de ser atacada.

3 - É muito comum, pelo menos no início, que os jogadores temam os erros. Vão ocorrer.
Mas devem ser encorajados. Com a prática sistemática, adquirirão a medida exata do
golpe e da altura que desejam dar à trajetória da bola.

4 - O treinador deve ficar no centro da quadra lançando as bolas, de acordo com o nível
de aptidão dos jogadores. No diagrama anterior, o exemplo foi para o treinamento em
uma meia quadra. A fim de racionalizar espaço/tempo, é conveniente utilizar as duas
meias quadras.

- Manchete Invertida

- Com os pés no
- sobre a cabeça
chão:
- direita/esquerda da
cabeça

- Com o corpo em
- sobre a cabeça.
suspensão:
- direita/esquerda da
cabeça.

Recurso da técnica individual muito útil em diversas situações de jogo, em função do grande
número de bolas que ricocheteiam no bloqueio. Todavia, quase não é mais utilizada. Com a
mudança da regra que permite o toque de bola de qualquer maneira, o jogadores preferem
tocar, espalmar, etc...

Situações de Jogo.

1 - Colocadas no fundo da quadra.

2 - Ataque forte acima da cabeça.

3 - Bolas ricocheteadas no bloqueio.

4 - Situações em que o jogador está em desequilíbrio.


- Decomposição da Manchete Invertida em Fases.

1 - O jogador move-se para frente, na postura fundamental (importante braços quase unidos a
frente), para uma defesa.

2 - Com a manchete preparada, eleva os dois braços na altura dos ombros, flexiona os ante-
braços acima da cabeça e estende ligeiramente, no momento do golpe. Para oferecer maior
superfície à bola, separar ligeiramente as "facas da mão" e os cotovelos.

3 - Quando a bola vem à direita ou à esquerda da cabeça, direcionar a manchete à direita ou à


esquerda da cabeça.

4 - Quando a bola está alta e é impossível executar manchete com os pés no chão, o jogador
tem que saltar. No caso, geralmente o jogador está se deslocando para frente para a frente,
para trás ou lateralmente. Seja como for, deve saltar com dos pés e, no ponto morto da
impulsão, executar a manchete invertida.

- Exercícios de Aplicação.

- Sequência de Exercícios No. 7.

- - aprendizagem/aperfeiçoamento
Objetivo: da técnica

Com vem sendo feito, daremos continuidade na numeração das sequência e dos exercícios.
Logo, apresentaremos a sequência 7 e o primeiro exercício com o número 68.

68 - A maior dificuldade para a aprendizagem da Manchete Invertida é a de sair da Postura


Fundamental (PF) para a Defesa (pernas semi-flexionadas, o tronco ligeiramente flexionados
sobre a bacia e braços semi-estendidos à frente) para a da execução da técnica; requer
máxima velocidade de movimento.

Na representação gráfica a seguir, o jogador que está praticando com os braços preparados
para uma defesa normal (linha traceja) e com os braços erguidos acima da cabeça para
manchete invertida (linha cheia). O exercício é colocar o jogador na PF e lançar bolas lentas
para este eleve os braços e execute a manchete.
69 - Idem, com o treinador lançando as bolas ligeiramente à direita e à esquerda, a fim de o
jogador movimente os dois braços, à direita/esquerda da cabeça, e execute a manchete. Na
figura a seguir, coloco uma linha vertical tracejada, que significa o Prolongamento do Eixo do
Corpo (PE) do jogador. Na bola à direita, o cotovelo fica na linha do prolongamento do PE; à
esquerda, o cotovelo do braço direito do braço fica no prolongamento do PE.

70 - De modo geral, os deslocamentos para a defesa são para frente; o jogador, no mínimo, se
move para o ponto em que a bola é atacada. O exercício agora é fazer o jogador deslocar, com
a PF, um ou dois passos para frente. Neste exato momento, o treinador lança às suas costas.
O jogador tem que sair da PE e executar a manchete invertida.
71 - Idem, com o treinador lançando bolas à direita e à esquerda.

72 - O treinador lançando bolas altas para que o jogador salte e execute a manchete invertida.

73 - Idem exercício 72, com o treinador lançando bolas altas à direita/esquerda. Importante: o
salto deve ser com uma das pernas. Quando à direita, o jogador salta tomando apoio com a
perna esquerda; à esquerda, com a perna direita.

- Sequência de Exercícios No. 8.


- - aprendizagem/aperfeiçoamento
Objetivo: da técnica
- condicionar a execução da
técnica à velocidade da bola

74 - Treinador lançando várias bolas lentas para que o jogador execute manchetes
consecutivas.

75 - Treinador do chão atacando as bolas à meia-força acima da cabeça.

76 - Treinador, do chão, atacando bolas cada vez mais fortes acima da cabeça.

77 - Treinador sobre plataforma, das três posições da rede 2, 3 e 4, atacando em várias


direções e velocidades para a intervenção dos jogadores, que partem das posições de defesa
estabelecidas.

78 - 2 a 2 na parede. Umdos quais executando o exercício. O outro, detrás do companheiro,


lança a bola na parede em alturas e velocidades variadas. O outro, de frente para a parede (só
verá a bola quando esta tocar na mesma) recuperar a bola com a manchete invertida.

79 - Após adquirir desembaraço na execução, inserir nos ataques e defesas 2 a 2 tradicionais.

Nota

Com a mudança da regra, que permite o toque - de qualquer maneira - na primeira ação
da defesa, a manchete invertida está sendo menos utilizada. Todavia, nas segundas e
terceiras - o toque tem que ser perfeito - é bastante apropriada.

Manchete, para o Levantamento.

É utilizada como recurso em muitas situações de jogo deve ser treinada por todos os jogadores
de uma equipe, pelo levantador e, sobretudo, pelo Líbero. O objetivo é o de proporcionar
grande habilidade na execução de todos os tipos de manchete, de maneira que na
impossibilidade de se executar o levantamento por meio de um toque acima da cabeça, com o
qual é possível obter-se maior precisão, todos os jogadores sejam capazes de executar o
levantamento nas circunstâncias mais difíceis, ou seja:

- nas bolas mal recepcionadas;

- nas bolas não dominadas pela defesa;

- nas bolas que ricocheteiam no bloqueio.

Nessas circunstâncias a bola toma alguns tipos de direção e altura e devem ser levantadas de
diferentes locais, tais como:

- permanecem dentro dos limites da quadra;

- tocam na rede e descaem, próximas ao bordo superior, no centro e próximas do bordo


inferior;
- saem dos limites da quadra, pela linha do fundo e pelas linhas laterais.

De acordo com a trajetória e a altura que a bola toma é necessário alguns tipos (em relação
ao local do ataque) e maneiras (posicionamento do corpo em relação à bola) com que a
manchete deve ser executada, como exponho no quadro a seguir.

Direção/Local Tipo Maneira de Execução

frontal
com os pés no chão
- dentro dos de
limites da quadra costas
com o corpo agachado
lateral

frontal
- tocam na rede e
com o corpo agachado
descaem
lateral

com os pés no chão


de
- fora dos limites costas
em suspensão
da quadra
lateral
com o corpo agachado

Nota

- Insisto que a manchete, para o levantamento, deve ser utilizada como recurso. O
treinador deve cobrar de seus jogadores levantamentos por meio do toque acima da
cabeça. Sem qualquer dúvida, obtem-se maior precisão e velocidade, nas ações
ofensivas.

- Nas categorias de base esse cuidado deve ser redobrado. Os jogadores abusam do uso
da manchete, por não terem força suficiente para executarem o levantamento por meio
do toque.

- Exercícios para Aprendizagem e Aperfeiçoamento

Tendo em vista o levantamento, o treinamento deve ser mais dirigido com a simulação das
situações de jogo em que a manchete é utilizada. Nas sequências de exercícios que
apresentarei, além dos levantadores, todos os jogadores devem participar.
- Sequência de Exercícios No 1 - Levantamento de Bolas Dentro do Limite da Quadra.

- Objetivo: aplicação da manchete para a execução do Levantamento.

1 - Os jogadores dispostos em duas colunas no fundo da quadra, na interserção das linhas


laterais com as linhas do fundo. O treinador no centro da linha do fundo, arremessa bolas para
o chão de maneira que esta pique e suba em diferentes alturas. No momento em que a bola
pica os jogadores das duas colunas deslocam-se (um de cada vez e alternadamente), a fim de
e executar o levantamento. Os que estão do lado direito, em relação à rede (coluna 1),
executam o levantamento da bola alta para a entrada da rede e os que estão do lado
esquerdo (coluna 2), para a saída da rede. Com manchete frontal, com os pés no chão
(quadra à esquerda do diagrama a seguir).

2 - Idem ex. 1, os jogadores da coluna 1 levantam a bola para a saída da rede e os da coluna
2 para a entrada da rede. Com manchete frontal, com os pés no chão (quadra à direita do
diagrama a seguir).

3 - A mesma mecânica do ex. 1, com o treinador arremessando as bolas de maneira que a


bola pique e não suba muito. Agora os jogadores são obrigados executar o levantamento com
a manchete com o corpo agachado. Os jogadores da coluna 1 executam o levantamento para
a entrada da rede e os da coluna 2 para a saída da rede . Com manchete frontal, com o
corpo agachado (quadra à esquerda do diagrama anterior).

4 - Idem ex. 3, os jogadores da coluna 1 levantam a bola para a saída e os da coluna 2 para a
entrada da rede (quadra à direita do diagrama anterior).

- Aspectos importantes a serem observados durante a execução dos Exercícios.


1 - Um aspecto importante a ser observado durante a execução dos exercícios. Os jogadores
não devem para para executar a manchete. É necessária boa coordenação entre o final do
deslocamento e a execução propriamente dita.

2 - O Treinador deve cobra a precisão nos levantamentos. Sobretudo, a altura em que a bola
tem que sair e a que deve chegar nas extremidades da rede

3 - Os exercícios 2 e 4, nos quais os jogadores da coluna 1 fazem o levantamento para a saída


da rede, e os da coluna 2 para a entrada da rede, ocorre uma situação que merece atenção. O
jogador se desloca em uma direção e realiza o levantamento para outra. Muitas vezes não é
possível posicionar-se de frente para o ponto que a bola é levantada. Logo, o mesmo deve ser
executado lateralmente em relação ao alvo. No caso, os jogadores da coluna 1 (para a saída
da rede), o levantamente será executado tomando-se a perna direita como apoio. Os da coluna
2 (para a entrada da rede), coma perna esquerda.

4 - Como está mencionado no artigo 16, os levantamentos no perímetro da quadra são


executados por meio da manchete com os pés no chão e com o corpo agachado. Muito
raramente com o corpo em suspensão. No próximo artigo, apresentaremos exercícios para a
prática da manchete de costas.

- Sequência de Exercícios No. 2.

Objetivo: aplicação da manchete para a execução do Levantamento (continuação).

05 - O treinador do centro da rede, lança bolas para picarem no centro da quadra. Os


jogadores partindo das pos. 2 e 4, da rede, se deslocam e executam o levantamento
com manchete de costas, com o os dois pés no chão. Os jogadores da coluna 2 executarão
o levantamento para a saída da rede. Os dispostos na coluna 1, para a entrada da
rede (quadra à esquerda do diagrama a seguir).

06 - Idem ex. 05, com os jogadores da coluna 1 levantando para a entrada da rede; os da
coluna 2, para a saída da rede. Sempre com a manchete de costas, com os pés no chão
(quadra à direita do diagrama a seguir).
07 - Idem ex. 05, o treinador fazendo com que a bola pique mais baixa, para os jogadores
executarem o levantamento com manchete de costas, com o corpo agachado. Os jogadores
da coluna 1 para a entrada da rede; os da coluna 2, para a saída da rede.

08 - Idem ex. 06. Os jogadores da coluna 1 para a saída da rede; os da coluna 2, para
a entrada da rede.

09 - A mesma dinâmica dos exercícios anteriores. Agora, com com os jogadores partindo do
fundo/centro da quadra. Os jogadores da coluna 2 levantam a bola para a entrada e os
da coluna 1 para a saída da rede. O levantamento com manchete lateral, com os pés no
chão. Importante: com o corpo rigorosamente de frente para a rede, no momento da
execução (quadra à esquerda do diagrama a seguir).

10 - Idem ex. 7, os jogadores da coluna 2 levantam a bola para a saída e os da coluna 1 para
a entrada da rede (quadra à esquerda do diagrama a seguir).
11 - A mesma dinâmica dos exercícios anteriores. O Treinador arremessa a bola de maneira
que ela não suba muito e tenha trajetória mais rápida. De maneira que os tenham que se
deslocar, com velocidade máxima, e se agacharem o máximo possível. Os jogadores
da coluna 1 levantam a bola para a saída e os da coluna 2 para a entrada da rede. O
levantamento com manchete lateral, com o corpo agachado(quadra à esquerda do
diagrama anterior).

12 - Idem ex. 11, com os jogadores da coluna 1 levantando a bola para a saída e os
da coluna 2 para a entrada da rede (quadra à direita do diagrama anterior).

- Aspectos a ser observados durante a execução dos Exercícios.

1 - A fim de dar maior dinamismo aos exercícios e propiciar maior números de repetições, o
treinador deve, na medida do possível, realizar os exercícios nas duas meias quadras.

2 - A frequência com que o treinador deve lançar as bolas deve ser ditada da seguinte maneira:
após a execução por um jogador, outra bola é lançada para a execução do jogador seguinte.

3 - Componente fundamental para a execução dos exercícios; velocidade de deslocamento.


O treinador deve cobrar de seus jogadores a colocação apropriada do corpo, em relação à
bola.

4 - Não basta acertar a execução da manchete. Os exercícios são para a aprendizagem e o


aperfeiçoamento do levantamento por meio da manchete.

5 - Um cuidado indispensável que o treinador deve tomar, sobretudo na aprendizagem, é


observar a colocação das pernas - a de apoio, em relação ao ponto em que a bola é
levantada. Em arquivos precedentes, apresento o procedimento apropriado.

6 - Muitas vezes, não será possível o jogador parar, a fim de executar a manchete. É a ordem
natural das coisas e, desde que a técnica esteja correta, deve ser estimulado. Um cuidado
importante: a corrdenação que deve existir entre o final do deslocamento e a execução da
manchete.

7 - Os exercícios desta sequência são apropriados para aprendizagem na equipes de


base, uma vez que é trabalho bastante dinâmico e de execução individual. Isto é, um tipo
de conteste em que o jogador tem seu próprio objetivo a ser alcançado, sem
participação de companheiros.

- Sequência de Exercício No 3

- Objetivo: levantamento das Bolas que tocam na Rede e Descaem.

13 - Os jogadores dispostos em duas colunas (como no diagrama a seguir), mais ou menos no


centro da quadra. O treinador arremessa a bola de encontro a rede, perto do bordo
superior, no centro e perto do bordo inferior (como na figura ao lado). O jogador parte no
mesmo tempo que a bola e executa o levantamento. Os da coluna 1 para a saída e os
da coluna 2 para a entrada da rede. Com manchete frontal com o corpo agachado.
Importante: com o corpo rigorosamente agachado e de frente para a rede.

14 - Idem ex. 13, com os jogadores da coluna 1 levantando para a entrada e os da coluna
2 para a saída da rede.

15 - O Treinador na quadra oposta, saca curto nas posições 2 e 4, alternadamente. Quando o


saque é dado para a pos. 2, os jogadores da coluna 1 recepcionam, de maneira que a bola
bata na rede - intencionalmente. Os jogadores da coluna 2, deslocam-se e executam o
levantamento para a saída da rede. Quando o saque é dado na pos. 4, os jogadores
da coluna 2 recepcionam e os da coluna 1 levantam para a entrada da rede. Os
levantamentos são executados com manchete frontal ou lateral, com o corpo agachado. No
diagrama a seguir, as setas clarinhas significam a trajetória da bola em direção a rede; as mais
fortes, o deslocamento do jogador para executar o levantamento; as verticais, as trajetórias do
levantamento; as cinzas, a trajetória dos saques.

16 - Idem ex. 15. Os jogadores da coluna 2 fazendo o levantamento para entrada da rede; os
da coluna 1, para a saída da rede.
- Aspectos a serem observados durante a execução dos Exercícios.

1 - No momento em que a bola toca na rede, o jogador já tem que estar pronto para executar a
manchete, isto é, com as pernas flexionadas. Muitas vezes é recomendável colocar um dos
joelhos no chão - e com os braços estendidos, paralelamente ao solo. Muito importante: quanto
maior a distância entre a bola - quando toca na rede - e o braço do jogador, maior será a
facilidade para a execução da manchete. Ao contrário, o jogador terá dificuldade de fazer um
movimento amplo; a impressão de quem está vendo é a de que a bola "cola" nos seus braços.

2 - Os jogadores da coluna 1 deslocar-se-ão para rede, com velocidade máxima, e estancarão


esta velocidade com a perna direita. À esquerda, fica mais atrás e mais flexionada - se houver
necessidade, com o joelho no chão. Os da coluna 2, realizam o procedimento contrário, ou
seja, freio com a perna esquerda e a perna direita ligeiramente mais atrás - se houver
necessidade, com o joelho no chão.

Nota

Um artifício interessante, durante a aprendizagem, é fazer com que o aluno/jogador


iniciante execute a manchete sentado no chão em posição de esquadro. O objetivo é
fazer com que entendam a importância de observar a maior distância possível, entre a
bola - no momento em toca na rede - e seus braços.

3 - Na manchete lateral com o corpo agachado é necessário observar um procedimento


importante. Quando a bola toca na rede, o corpo do jogador tem que estar rigorosamente de
frente para a rede. Quando o levantamento for para a saída da rede, a perna que fica na
frente é a direita; quando for para a entrada da rede, a perna que fica na frente é
a esquerda.

4 - O treinador deve cobrar que a ação tem em vista o levantamento. No início dos exercícios,
os jogadores contentam-se apenas em conseguir tirar a bola da rede e alçá-la. É muito pouco.
O requerido é o levantamento correto.
Nota

O treinamento do levantamento da bola que toca na rede pode parecer desnecessário.


Muitos treinadores e jogadores não dão tanta importância. Mas é uma situação de jogo
bastante frequente e, quando ocorre, muitas vezes o jogador não está capacitado.
Primeiro, para tirar a bola da rede sem se "enrolar". Depois, aí é que são elas, executar o
levantamento correto.

- Sequência de Exercícios No 3

- Objetivo: Levantamento das Bolas Fora dos Limites da Quadra.

No artigo 16, mencionamos que a manchete é utilizada para o levantamento em algumas


situações de jogo:

- dentro dos limites da quadra;

- em bolas que tocam a rede e descaem;

- fora dos limites da quadra.

Em cada qual utilizam-se tipos e maneiras diferentes. Nesta sequência de exercícios vamos
focalizar sua aplicação para o Levantamento, em bolas que saem dos limites da quadra. Pela
distância em relação à rede, de modo geral, são executadas de costas e lateralmente, em
relação ao alvo. E, com os pés no chão, com o corpo em suspensão e com o corpo
agachado.

17 - O treinador no centro da Zona de Ataque arremessa a bola contra o chão de maneira que
ela pique e se dirija para fora da quadra, pela linha do fundo. Os jogadores partindo das pos. 1,
2, 4, 5 e 6 (todos partindo, uma a uma, de todas as posições) deslocam-se em direção da bola
com velocidade máxima e executam o levantamento da Bola Alta nas Extremidades da
Rede. O levantamento com manchete de costas com os pés no chão. No diagrama a seguir,
os botões em verde significam os pontos dos quais os jogadores partem; os vermelhos, os
pontos dos levantamentos.
18 - Idem ex. 17, com manchete de costas em suspensão.

19 - Idem ex. 17, com manchete de costas com o corpo agachado.

20 - A mesma mecânica dos exercícios anteriores. O treinador arremessa a bola de maneira


que ela saia da quadra pelas linhas laterais. Os jogadores dispostos nas pos. 1, 2, 4, 5 e
6 (todos partindo, uma a uma, de todas as posições) partem na direção da bola e levantam a
bola para a entrada e para a saída da rede. Inicialmente, para a extremidade mais próxima da
rede e, na continuidade do exercício, para a mais distante da rede - em relação ao ponto em
que o levantamento é executado. O levantamento com manchete de costas com os pés no
chão.
21 - Idem ex. 20, com manchete de costas em suspensão.

22 - Idem ex. 20, com manchete de costas com o corpo agachado.

23 - Idem ex. 20, com manchete lateral com os pés no chão.

24 - Idem ex. 20, com manchete lateral em suspensão.

25 - Idem ex. 20, com manchete lateral com o corpo agachado.

- Aspectos a serem observados durante a execução dos exercícios.

1 - Nas bolas que saem da quadra pela linha de fundo, a velocidade do deslocamento é
fundamental. A fim de que o jogador alcance a bola e a coloque no seu raio de ação. Como
geralmente a distância entre o levantador e o ponto do ataque é muito grande, a bola tem que
sair da manchete bem alta de modo que chegue ao ponto do ataque ainda alta. Ou seja, o
jogador tem que estar apto a imprimir a força que deseja ao golpe.

2 - O treinador deve encorajar seus jogadores para arriscarem a executar o levantamento o


mais próximo da rede. É muito comum o jogador, por receio de passar a bola para o lado do
adversário, levantar a bola curta e sem condições de ser atacada.

Nota

Uma característica bastante marcante do voleibol asiático e norte-americano, é o


aproveitamento nesse tipo de levantamento.

3. Embora existam muitas outras maneiras para o treinamento do levantamento com a


manchete, preferi apresentar estas sequências de exercícios, em virtude de:

- proporcionar maior repetitividade na execução do levantamento;

- ser adequada para equipes de qualquer nível de competitividade;

- evitar confusão de bolas na quadra;

- independer da participação dos jogadores para a colocação da bola nas situações de jogo,
mencionadas nos exercícios;

- proporcionar melhor observação ao treinador, para a execução dos exercícios pelos


jogadores.

4. Os levantadores, além desses exercícios, têm que executar muitos outros no treinamento
específico.

5. Importante: as manchetes de costas e lateralmente em relação ao alvo devem ser


executadas com uma das pernas na frente; de maneira nenhuma com as duas pernas
paralelas.
6 . As manchetes com o corpo em suspensão, o salto deve ser dado com uma das pernas.

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