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Hamlet é uma tragédia de William Shakespeare, escrita entre 1599 e 1601.

[1][2] A
peça, situada na Dinamarca, reconta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar
a morte de seu pai Hamlet, o rei, executando seu tio Cláudio, que o envenenou e em
seguida tomou o trono casando-se com a mãe de Hamlet. A peça traça um mapa do
curso de vida na loucura real e na loucura fingida — do sofrimento opressivo à raiva
fervorosa — e explora temas como a traição, vingança, incesto, corrupção e
moralidade.
Apesar da enorme investigação que se faz acerca do texto, o ano exato em que
Shakespeare escreveu-o permanece em debate. Três primeiras versões da peça
sobrevivem aos nossos dias: essas são conhecidas como o Primeiro Quarto (Q1), o
Segundo Quarto (Q2) e o First Folio (F1).[a] Cada uma dessas possui linhas ou
mesmo cenas que estão ausentes nas outras. Acredita-se que Shakespeare escreveu
Hamlet baseado na lenda de Amleto, preservada no século XIII pelo cronista Saxo
Grammaticus em seu Gesta Danorum e, mais tarde, retomada por François de
Belleforest no século XVI, e numa suposta peça do teatro isabelino conhecida hoje
como Ur-Hamlet.
Dada a estrutura dramática e a profundidade de caracterização, Hamlet pode ser
analisada, interpretada e debatida por diversas perspectivas. Por exemplo, os
estudiosos têm se intrigado ao longo dos séculos sobre a hesitação de Hamlet em
matar seu tio. Alguns encaram o ato como uma técnica de prolongar a ação do
enredo, mas outros a vêem como o resultado da pressão exercida pelas complexas
questões éticas e filosóficas que cercam o assassinato a sangue-frio, resultado de
uma vingança calculada e um desejo frustrado. Mais recentemente, críticos
psicanalísticos têm examinado a mente inconsciente de Hamlet, enquanto críticos
feministas reavaliam e reabilitam o caráter de personagens como Ofélia e Gertrudes.
Hamlet é a peça mais longa de Shakespeare, e provavelmente a que mais trabalho lhe
deu,[3] mas encontrou nos tempos um espaço que a consagrou como uma da mais
poderosas e influentes tragédias em língua inglesa: durante o tempo de vida de
Shakespeare, a peça estava entre uma das mais populares da Inglaterra e ainda figura
entre os textos mais realizados do mundo, no topo, inclusive, da lista da Royal
Shakespeare Company desde 1879.[4] Escrita para o Lord Chamberlain's Men,
calcula-se que sobre Hamlet já se escreveram cerca de 80.000 volumes[5], muitos
deles certamente são obras de grandes nomes que foram influenciados pela tragédia
shakesperiana, como Machado e Goethe e Dickens e Joyce, além de ser considerada
por muitos críticos e artistas de todo o planeta como uma obra rica, aberta, universal e
muitas vezes perfeita.

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