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DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA
ÁREA DE SOLOS
SOLOS
FUNDAMENTOS E FERTILIDADE
SETEMBRO/1997
SOLOS: FUNDAMENTOS E FERTILIDADE
2
C ≥ 12 + %argila
6
onde:
C - Carbono orgânico (dag/Kg)
Argila - Teor de argila (%)
2. A FORMAÇÃO DO SOLO
⇓ ⇓
ROCHA MATRIZ ⇒ MATERIAL DE ORIGEM
⇓
SOLO
4. PERFIL DE SOLO
O
H
A
7
E
AB ou EB
BA ou BE
B
BC
C
F
R
• Delimitar os horizontes
• Mensurar a espessura dos horizontes
• Determinar a cor dos horizontes
• Determinar a textura dos horizontes
• Determinar a estrutura dos horizontes
• Determinar a porosidade dos horizontes
• Determinar a consistência dos horizontes
• Determinar a transição entre os horizontes
5.1. Textura
FRAÇÃO DIÂMETRO
areia 2,00 - 0,05 mm
silte 0,05 - 0,002 mm
argila < 0,002 mm
Componentes Superfície
específica(m2/g)
Gibsita 1,0 a 100
Pirofilita 7,0
Caulinita 5,0 a 10
Goetita 30
Haloisita 75
Micas hidratadas 100 a 200
Óxidos de ferro 100 a 400
Sílica amorfa 100 a 600
Vermiculita 300 a 500
Alofanas 400 a 700
Hectorita 465
Montmorilonita 700 a 800
Matéria orgânica 700
onde:
Da - Densidade aparente (g/cm3)
ms - massa do solo seco (g)
Vt - Volume total do solo (cm3)
p.s.s. - peso do solo seco (g)
onde:
Dr - Densidade real (g/cm3)
ms - massa do solo seco (g)
Vs - Volume dos sólidos (cm3)
p.s.s. - peso do solo seco (g)
5.5. Porosidade
Pt = Vp x 100 (%)
Vt
12
onde:
Pt - Porosidade total (%)
Vp - Volume dos poros (cm3)
Vt - Volume total do solo (cm3)
Pt = [ 1 - Da ] x 100 (%)
Dr
onde:
Pt - Porosidade total (%)
Da - Densidade aparente (g/cm3)
Dr - Densidade real (g/cm3)
5.6. Estrutura
5.7. Consistência
6. ÁGUA NO SOLO
a) Troca de estado
14
c) Características de bipolo
d) Força de adesão
e) Força de coesão
f) Tensão superficial
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Vp = Volume de poros
Va = Volume de ar
Vl = Volume de líquido
Vs = Volume de sólido
Vt = Volume total; Vt = Vs + Vl + Va; Vp = Vl + Va; Vt = Vp + Vs
ma = massa de ar; aproximadamente igual a zero
ml = massa do líquido
ms = massa do sólido
mt = massa total ; mt = ml + ms
onde:
θm = teor de umidade a base de massa(g/g) ou (%)
ml = massa do líquido (g)
ms = massa do sólido (g)
p.s.u. = peso do solo úmido (g)
p.s.s. = peso do solo seco (g)
onde:
θv = teor de umidade a base de volume(cm3/cm3) ou (%)
θm = teor de umidade a base de massa (g/g) ou (%)
Vl = Volume do líquido (cm3)
Vt = Volume total (cm3)
Da = Densidade aparente (g/cm3)
L = θv x h ou L = θm x Da x h
onde:
L = Lâmina de água por profundidade h do solo (cm ou mm)
θv = teor de umidade a base de volume (cm3/cm3)
h = profundidade considerada (cm ou mm)
θm = teor de umidade a base de massa (g/g)
Da = Densidade aparente (g/cm3)
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L total = 45,9 cm
Ad = C.C - PMP
Ld = θm(C.C.) - θm(PMP) x Da x h
100
onde:
Ld = lâmina disponível (cm ou mm)
θm(C.C.) = teor de umidade a base de massa em C.C.(%)
θm(PMP) = teor de umidade a base de massa no PMP(%)
Da = Densidade aparente(admensional)
h = profundidade considerada(cm ou mm)
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1. FERTILIDADE DO SOLO
1.1. Conceitos
Elemento Papéis
Nitrogênio Estimula a formação e desenvolvimento de gemas
floríferas e frutíferas; maior vegetação e
perfilhamento; aumenta o teor de proteína.
Processo de contato
__________________________________
Elemento Interceptação fluxo de massa Difusão Aplicação de adubos
------------------------(% do total)------------------
N 1 99 0 Distante, cobertura
P 2 4 94 Perto, localizado
K 3 25 72 Perto, localizado
Ca 287 760 0 Lanço
Mg 57 375 0 Lanço
S 5 95 0 Distante, cobertura
B 29 1000 0 Distante, cobertura
Cu 70 20 10 Lanço, localizado
Fe 50 10 40 Lanço , localizado
Mn 15 5 80 Perto, localizado
Mo 10 200 0 Lanço
Zn 20 20 60 Perto, localizado
3. PROPRIEDADES QUÍMICAS
S = Ca + Mg +K + Na +...........(Cmolc dm-3)
28
V= S x 100
CTC
m= Al x 100
S + Al
A saturação por sódio (PST) é a percentagem de sódio (Na)
em relação ao complexo sortivo do solo.
PST = Na x100
CTC
• V ≥ 50% - Eutrófico
• V < 50% - Distrófico
• m ≥ 50% - Álico
• m < 50% - Não-álico
Oxidação
-[ C, 4H ] + 2O2 →→→→→ CO2 + 2H2O + ENERGIA
Enzimática
Como se pode observar nesta reação, os microrganismos
decompõem a matéria orgânica para obterem energia suficiente para
realizarem seus processos biológicos.
O grau de decomposição da matéria orgânica é muito variável
e depende do tipo de material que está sofrendo decomposição, por
isso, alguns compostos são rapidamente decompostos e outros são
muito resistentes a decomposição.
Imagine que você irá plantar milho após milho e que você
incorporou os restos de cultura do plantio anterior. Da quantidade
total que você incorporou, em média, é aproveitável no plantio
seguinte 30% do total de N incorporado.
É também admissível que a cada 1% de matéria orgânica
existente no solo, 20 Kg de N torna-se disponível por hectare.
Então, o cálculo de uma adubação de N para uma determinada
produção esperada, pode ser feito utilizando-se a seguinte
expressão:
CENTEIO 0 23 80 95
100
ALFAFA 2 9 42 100
100
TREVO DOCE 0 2 49 89
100
TREVO VERMELHO 12 21 53 98
100
SOJA 65 79 80 100
93
_______________________________________________________
_
onde:
N.C. - Necessidade de calcário ( t/ha) para uma camada de solo de
20 cm de espessura.
V1 - Saturação de bases (em %), determinada pela análise de solo.
V2 - Saturação de bases (em %), desejada em valor adequado para
cada cultura.
CTC - Capacidade de Troca de Catíons ( Cmolc dm-3 ), determinada
pela análise de solo.
PRNT - Poder relativo de neutralização total do calcário a ser
utilizado, informado pela indústria produtora.
Q = F x Al trocável ou Q = F x [ X - ( Ca + Mg trocáveis )
]
39
onde:
Q - Quantidade de calcário puro (t/ha) para uma camada de solo de
20 cm de expesura.
F - Fator de calagem, podendo assumir os seguintes valores,
dependendo da classe textural do solo: 1,0 para solos
arenosos; 2,0 para solos argilosos; e 3,0 para solos argilosos e
ricos em matéria orgânica.
X - Segundo fator de calagem, podendo assumir os seguintes
valores, dependendo da classe textural do solo: 2,0 para solos
arenosos e 3,0 para solos argilosos.
Al trocável - Determinado pela análise de solo (Cmolc dm-3)
Ca + Mg trocáveis - Determinados pela análise de solo (Cmolc dm-3).
onde:
N.G. - Necessidade de gesso(Kg/ha).
PSTi - Percentagem de sódio trocável em que o solo se encontra
(%).
PSTf - Percentagem de sódio trocável final desejável (%).
CTC - Capacidade de Troca de Catíons do solo (Cmolc dm-3).
86 - Peso do equivalente químico do gesso (CaSO4 . 2H2O).
h - Profundidade do solo que se deseja recuperar (cm).
Da - Densidade aparente ou global do solo (g/cm3).
6. O USO DE FERTILIZANTES
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6.1. Nitrogenados
6.2. Fosfatados
a) Fosfatos naturais
Os fosfatos naturais de maior ocorrência são as apatitas.
Esses fosfatos possuem um teor considerável de fósforo total (24 a
27% de P2O5 total), contudo, de baixa solubilidade. A solubilidade
desses materiais é aumentada em meio ácido.
b) Superfosfato simples
Obtido por meio da mistura estequiométrica de H2SO4 com
fosfatos naturais (apatitas). Possui, no mínimo, 18% de P2O5 solúvel
em solução de citrato neutro de amônio (CNA), 11% de S e 19% de
Ca.
d) Escória de Thomas
É um subproduto da indústria do aço. Possui 17% de P2O5
total, 12% de P2O5 solúvel em ácido cítrico (AC) a 2%, 25% de Ca e
pequenas quantidades de Si, Mg, Fe e Mn.
e) Termofosfato
Obtido pela fusão a 1450oC de fosfato natural (apatita ou
fosforita) com uma rocha magnesiana (serpentina). Contém 18% de
43
h) Parcialmente acidulado
Obtido pela reação do fosfato natural (apatita) com uma
quantidade de ácido sulfúrico inferior à necessidade estequiométrica
para a reação completa. Contém 26% de P2O5 total, 10% de P2O5
solúvel em CNA, 25% de Ca e 6% de S.
6.3. Potássicos
6.4. Orgânicos
6.5. Micronutrientes
7. RECOMENDAÇÃO DE FERTILIZANTES
7.1. Amostragem
a) Amostra Simples
A que representa apenas um indivíduo, ou seja, um volume de
solo proveniente de um ponto na área e numa profundidade única.
b) Amostra Composta
A oriunda da homogeneização das amostras simples. É o
indivíduo que representa a área.
Pastagem natural 5 - 10 ha
Terreno plano com culturas anuais 2 - 7 ha
Terreno erodido com culturas anuais 1 - 2 ha
Terreno irrigado com culturas anuais 0,5 - 1 ha
Pomar (fruticultura) 0,5 - 1 há
Hortaliças irrigadas 0,5 - 1 há
7.6. Caminhamento
• Uréia (44% de N)
100 kg de uréia - 44 kg de N
X kg de uréia - 20 kg de N recomendados
20 x 100
58
X = -----------
44
X = 45,4 kg de uréia
100 kg de SS - 18 kg de P2O5
Y kg de SS - 80 kg de P2O5 recomendados
80 x 100
Y = ------------
18
40 x 100
Z = -----------
58
Quantidade da mistura
a aplicar por cova = 560.000 g = 17,9 g cova -1
31.250 covas
ou 18 gramas da mistura por cova.
100 kg da fórmula - 6 kg de N
X - 20 kg de N recomendados
X = 20 x 100
6
X = 333,33 kg ha-1 da fórmula 6 - 24 – 12
Y = 80 x 100
24
Z - 40 kg de K2O recomendados
Z = 40 x 100
12
x = 140 x 100
42
800 400 480 560 640 720 800 880 960 1.040 1.120 1.200
850 425 510 595 680 765 850 935 1.020 1.105 1.190 1.275
900 450 540 630 720 810 900 990 1.080 1.170 1.260 1.350
950 475 570 665 760 855 950 1.045 1.140 1.235 1.330 1.425
1.000 500 600 700 800 900 1.000 1.100 1.200 1.300 1.400 1.500
1.100 550 660 770 880 990 1.100 1.210 1.320 1.430 1.540 1.650
1.200 600 720 840 960 1.000 1.200 1.320 1.440 1.560 1.680 1.800
1.300 650 780 910 1.040 1.170 1.300 1.430 1.560 1.690 1.820 1.950
1.400 700 840 980 1.120 1.260 1.400 1.550 1.680 1.820 1.960 2.100
1.500 750 900 1.050 1.200 1.350 1.500 1.660 1.800 1.950 2.100 2.250
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PECK, T.R.; MELSTED, S.W. Field sampling for soil testing. In:
WALSH, L.M.; BEATON, J.D. Soil testing and plant analysis.
Madison: A S A, 1973. p. 67 - 75.
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