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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

uma análise metodológica


CÉLIA REGINA SIMONETTI BARBALHO

Resumo
Analisa a abordagem estratégica através do aspecto
de elaboração do planejamento estratégico, discutindo
seus conceitos básicos, o estabelecimento de
macroestratégias e apresentandotrêsdas metodologias
existentes, bem como suas implicações, destacandoa
mais adequada para aplicação em Unidades de
Informação.

Palavras-Chave
Planejamento estratégico. Unidades de Informação

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O objetivo deste trabalho é discutir algumas
metodologias existentes para elaboração do
O planejamento estratégico surgiu com a
planejamento estratégico, ressaltando a mais
necessidade militar e as organizações adaptaram-
adequada para a implementação em Unidades de
no buscando responder às constantes mudanças
Informação.
do mercado proporcionando assim, um maior
desenvolvimento no meio ambiente onde atuam Conceitos Básicos
e assegurando a sobrevivência.
Existe uma ampla literatura sobre os
A abordagem estratégica vem adquirindo princípios e processos da abordagem e do
força no meio empresarial, especialmente porque planejamento estratégico. Alguns estudos já
chama a atenção do gerente para a exploração foram realizados pela área de informação tais
detalhada do ambiente e para a importância do como o de Kelley, Hobrock, Giesecke, Sullivan,
raciocínio intuitivo além do quantitativo. Gater e Hoadley & Schimidt, todos apresentados
em 1991 no “Journal of Library Administration”.
No cenário atual, de constantes mudanças Esses estudos apresentam em comum a
mundiais, as organizações lançam mão do necessidade da Unidade de Informação coletar
planejamento estratégico como forma de delinear dados quantitativos com seriedade e utilizá-los
os novos rumos e os futuros caminhos que irão com eficiência quando da elaboração do plano
seguir. estratégico.

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Planejamento Estratégico: uma análise metodológica Célia Regina Simonetti Barbalho
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Ao discutir os princípios da abordagem condições favoráveis existentes no meio-


estratégica, Morais (1992) afirma ser um ambiente externo e interno que se efetiva através
processo da alçada da alta administração que, da gestão estratégica.
tendo como parâmetros diversas condicionantes,
deve ser capaz de direcionar os objetivos Desta forma, a abordagem estratégica
organizacionais globais, cogitando alternativas inclui o envolvimento organizacional através do
para o seu alcance, procurando acompanhar de comprometimento em agir estrategicamente e o
perto a dinâmica dos conhecimentos e se planejamento estratégico é a metodologia
posicionando sistematicamente durante todo o gerencial que o efetiva.
processo de planejamento estratégico. Trata-se,
portanto, de um processo de gestão com o Oliveira (1993) o define como um conjunto
objetivo de estabelecer de forma integrada o rumo de providências a serem tomadas pelo
a ser seguido pela organização. administrador para a situação em que o futuro
tende a ser diferente do passado.
Entende-se por planejamento estratégico
o processo utilizado para o estabelecimento de O planejamento estratégico pressupõe que
objetivos alinhados com as políticas, metas e as organizações desejem desenvolver-se
princípios, bem como os fatores de relevância ao positivamente para o futuro, implicando,
meio-ambiente organizacional, levando-se em portanto, no conhecimento de sua área de eficácia
conta o meio externo. Isto implica em uma e eficiência, bem como dos limites da organização
constante disposição pró-ativa, analisando as e das variáveis que compõem o ambiente externo,
tendências do macroambiente utilizando, em relacionado à comunidade, às tecnologias e aos
ocasião oportuna, as suas vantagens e os valores do qual a Unidade de Informação está
possíveis impactos para a Unidade de inserida.
Informação, buscando a constante melhoria
institucional. Carr (1992) define estratégia como sendo
o caminho que a organização irá perseguir para
Morais (1992) define o planejamento efetivar a sua participação no ambiente e
estratégico como sendo um processo contínuo planejamento estratégico como sendo
de tomada de decisão, que leva em conta seus preliminarmente interessado nas relações entre a
efeitos futuros em termos de objetivos desejados organização e o meio ambiente, suas implicações
e meios para alcançá-los e a gestão estratégica com os procedimentos operacionais.
não se restringe às decisões e ao desenvolvimento
de planos, mas envolve compromissos. Meyer Jr. (1991) entende o planejamento
estratégico como uma metodologia gerencial que
Podemos considerar o planejamento objetiva proporcionar aos tomadores de decisão
estratégico como a utilização eficaz dos meios uma estrutura que permita o exame do ambiente
disponíveis na organização para exploração de onde atua a organização.
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ambientais. Dessa forma, o processo de


Para Hobrock (1991), o planejamento é planejamento estratégico que ignorar a cultura
fundamentalmente compreendido como um organizacional tende a fracassar.
exercício intelectual onde os processos estão
concentrados na disponibilidade dos recursos Para Walters (1993), as principais
como forma de antecipar o futuro e Bryson perguntas que deverão ser respondidas no
(1989) complementa afirmando ser o processo do planejamento estratégico são:
planejamento estratégico a condução disciplinada
de esforços para produzir decisões e ações a - Quem é a Unidade de Informação?
b - Para onde a Unidade de Informação
fundamentais para conduzir a organização aonde deseja ir?
ela deseja chegar. c - O que a Unidade de Informação quer
ser e por quê?
Aspectos do Planejamento Estratégico d - O que a Unidade de Informação está
fazendo para chegar lá?
O planejamento estratégico, enquanto
Achkoff (1975) aponta as seguintes ações
metodologia de pensamento participativo, inicia-
do planejamento estratégico:
se com a alta administração e gerentes de setores,
estendendo-se posteriormente a todas as áreas a - enfocar, a partir do relacionamento da
da organização. É essencial a completa interação organização, a missão em concordância
das pessoas envolvidas no processo de com o meio no qual está inserida;
b - estabelecer decisões e implicações a
formulação e implantação do mesmo. É
longo prazo;
importante também levar-se em conta a cultura c - necessitar do envolvimento de todos os
da organização, entendendo-se aqui por cultura dirigentes da organização;
aqueles valores, crenças básicas, hábitos e d - ter impacto sobre toda a organização;
e
padrões de comportamento que são aceitos e
e - preocupar-se com a definição dos fins
compartilhados pelos membros da organização. organizacionais, bem como os meios
para atingí-los, bem como a forma de
As ações da alta administração influenciam execução e controle, a ponto de poder
de maneira decisiva a cultura organizacional, implicar na redefinição e/ou
reestruturação da própria organização.
como também as idéias norteadoras dos seus
fundadores, a história da organização, os canais Trewatha & Newport (1982) resumem as
de comunicação e informação que utilizam etc. vantagens do planejamento estratégico em dois
pontos: a eficácia dos planos em função do
A congruência do comportamento (que envolvimento dos dirigentes e a motivação
está presente nas organizações com cultura forte) causada por este envolvimento.
é uma vantagem quando a organização situa-se
em ambiente estável, mas pode constituir um sério Para Richers (1994), alguns fatores
obstáculo quando ela tem que enfrentar mudanças influenciam no planejamento estratégico que
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aplicados às Unidades de Informação significam: pela qual a Unidade de Informação apreende o


conjunto de recursos que tem em seu poder para
a) Tamanho - pequenas Unidades de modificar ou estabilizar sua situação frente as
Informação têm planejamento estratégico tendências de seu macroambiente.
restrito, devido à falta de recursos e de pessoal
especializado. Além disso, e sobretudo, a As estratégias poderão variar de acordo
estruturação formal da ação organizacional com o ambiente, a forma de atuação, a cultura,
diminui a flexibilidade, imprescindível à sua os interesses e os valores da Unidade de
própria existência. Em grandes organizações, a Informação. Entretanto Zaccarelli & Fischmann
ordem imposta pelo planejamento estratégico é (1994) listam, com base na literatura, treze
essencial para evitar conflitos e desperdícios e as estratégias que são de uso comum e que poderão
Unidades de Informação devem se adaptar e ser usadas isoladamente ou através de uma
participar dessas ações; composição entre elas, desde que sejam
respeitadas as peculiaridades de cada
b) Estrutura - Dependendo da forma como organização. Essas macroestratégias são
as decisões são tomadas, centralizadas ou apresentadas na Figura 1, onde foram
descentralizadas, as Unidades de Informação acrescentadas as que possuem possível aplicação
necessitam menos de objetivos formalmente em Unidades de Informação.
explícitos, concentrando as decisões na mão de
uma minoria; Carr (1992), referindo-se especificamente
a bibliotecas, apresenta as seguintes
c) “Maturidade” - Entendida como o grau macroestratégias para essa Unidade de
de experiência que a Direção possui com o Informação: (ver Figura 2, pag. 34)
planejamento a longo prazo. Tal experiência é
atrelada à cultura organizacional dentro da qual Metodologias
os objetivos são empregados como ferramental.
Não existe uma metodologia universal para
Macroestratégias
o planejamento estratégico porque as
organizações variam de tamanho, forma, filosofia,
A utilização do planejamento estratégico
cultura, valores e estilos gerenciais. Entretanto,
pressupõe a adoção de pontos que direcionem
as metodologias existentes envolvem pontos
as atitudes que a Unidade de Informação seguirá
básicos como o conhecimento da missão
e, uma vez efetivadas, seu objetivo é acentuar
organizacional e a análise externa e interna.
sua participação no meio-ambiente onde atua
considerando as variações deste ambiente.
As metodologias para elaboração do
planejamento estratégico segundo Hobrock
Tais conjuntos de atitudes são denominados
(1991) são utilizadas pelas Unidades de
de macroestratégias que significam a maneira
Informação americanas desde 1945, por serem
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FIG 1 - MACROESTRATÉGIAS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA UNIDADES DE INFORMAÇÃO
ESTRATÉGIA IMPLICAÇÕES GERAIS APLICAÇÃO PARA
UNIDADES DE
INFORMAÇÃO

AGRESSÃO Uso de formas ilícitas para prejudicar os Manipulação indireta dos


competidores ou para beneficiar-se órgãos de comunicação de
massa

OPORTUNIDADES Utilizadas em organizações que vivem disputando As Unidades de Informação


e conseguindo eventualmente, condições que estão ligadas a este tipo
favoráveis em certos períodos , sendo que fora de organização deverão
destes períodos opera tipicamente no menor nível estabelecer estratégias que
possível, aguardando melhores tempos Ex.: darão ênfase a conseguir novas
Empreiteiras, prestadoras de serviços etc. oportunidades para a Empresa

INTENTO Estabelecimento de um intento estratégico para Adoção de estratégias


atuar como meta de longo ou longuíssimo prazo. motivacionais e catalisadoras
de ação

DESINVESTIMENTO Utilizada como forma de encerrar algumas ou As Unidades de Informação


todas as atividades da organização, havendo deverão adotar estratégias que
concentração em parte das atividades atuais envolvam o estudo do ciclo de
buscando a especialização e ocorrendo a vida de produtos e serviços,
terceirização ou ainda a substituição de um investindo no essencialmente
produto ou serviço. necessário

AUTO-PROTEÇÃO Consiste em conseguir protetores para o negócio Buscar protetores

DIFERENCIAÇÃO Busca uma diferenciação da Empresa com seus Segmentar melhor o mercado,
PRODUTO-MERCADO concorrentes, de forma a conseguir um os produtos e serviços
subcampo de competição fácil procurando diferenciar-se nos
nichos onde atua

COOPERAÇÃO Desenvolvimento de ações de auxílio a outros Buscar parcerias


ambientes em busca da melhoria contínua, a
exemplo da terceirização

ADAPTAÇÃO Despreza a possibilidade do ambiente onde atua Buscar alterações na forma de


evoluir. A Empresa busca modificar sua forma se relacionar com o seu meio-
de atuação para conseguir ficar em equilíbrio ambiente, utilizando para isto
mais confortável com o ambiente e, a avaliação do uso de novas
eventualmente, conseguir novos pontos fortes e tecnologias e de técnicas de
eliminar pontos fracos gerenciamento. Ex.:
Benchmarking
DIFERENCIAÇÃO Busca uma diferenciação através da relação entre Conceber um sistema
FUNCIONAL os concorrentes quer seja pelo tempo e produtivo que implique na
confiabilidade, pela qualidade, pela tecnologia ou monitoração do ambiente para
pelo baixo custo dos bens oferecidos manter a vantagem adotada
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(cont.)
EVOLUÇÃO Baseia-se na aceitação de que as mudanças são Analisar constantemente as
evolutivas e elabora cenários alternativos que turbulências do ambiente onde
impliquem na monitoração do ambiente e seus está inserida e desenvolver ações
respectivos impactos, buscando melhores que busquem aproveitar melhor
oportunidades oportunidades

INOVAÇÃO Baseia-se na oportunidade de mudar Avaliar os riscos para cada


qualitativamente o ambiente provocando o inovação. Lançamento de novos
surgimento de novos tipos de negócios e extinção produtos e serviços
de alguns tipos agora existentes
REAÇÃO Esta estratégia baseia-se na pré-decisão de agir Avaliar constantemente as ações
em função do que os competidores fazem ou irão dos concorrentes para perceber,
fazer. É tipicamente utilizada em negócios o mais cedo possível, qual a
extremamente competitivos estratégia adotada visando reagir
antes que os efeitos sejam sentidos

DESPISTAMENTO É o oposto da estratégia anterior. Busca Especialmente aplicável a


surpreender o ambiente onde atua conseguindo ambientes competitivos onde
manter em segredo as ações que serão adotadas busca retardar o conhecimento
das ações

FONTE: ZACCARELLI, Sérgio B., FISCHMANN, Adalberto A. Estratégias genéricas ... 1994

FIG 2- MACROESTRATÉGIAS E SUAS IMPLICAÇÕES

ESTRATÉGIA IMPLICAÇÕES

Penetração no mercado Envolve a promoção de produtos e serviços existentes para o


mercado existente

Desenvolvimento de mercado Envolve a promoção de produtos e serviços existentes em novos


mercados

Desenvolvimento de produtos Consiste em ouvir o mercado e oferecer novos produtos e


serviços

Diversificação Consiste em diversificar os produtos e serviços oferecidos em


conformidade com as expectativas do mercado

FONTE: CARR, Stephen J. Strategic planning in libraries ... 1992

uma prática que busca oportunizar uma eficiente apresentadas a seguir com objetivo de
gestão com objetivo de delinear o futuro. proporcionar uma visão sistemática do
planejamento estratégico.
As metodologias de Oliveira (1993),
Bryson (1989) e Morais (1992) serão
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Modelo de Oliveira
O autor sugere alguns tópicos que poderão
A metodologia apresentada por Oliveira ser utilizados nessas análises. São eles: (ver
(1993) foi desenvolvida a partir de trabalhos e Figura 4, na página 36)
contatos realizados junto a empresas e
consultores organizacionais durante eventos e Para o estabelecimento do Diagnóstico
trabalhos de consultoria no Brasil. Estratégico, o autor recomenda ainda a análise
dos pontos neutros que, em função da instituição
O Diagnóstico Estratégico compõem a ser um sistema e, portanto, não poder deixar de
primeira etapa do modelo que deverá se propor considerar qualquer fator que estabeleça relação
a analisar a instituição sob dois aspectos: Análise com seu ambiente.
Interna que procura identificar os pontos fortes
e fracos da instituição, buscando estabelecer suas A segunda etapa do modelo estabelece a
capacidades e seus principais concorrentes na missão ou razão de ser da instituição. Para o
relação produto-mercado com objetivo de autor, a missão é a determinação do motivo
estabelecer ações corretivas; e Análise Externa central do planejamento estratégico, ou seja, a
procura verificar as ameaças e oportunidades que determinação de “onde a empresa quer ir”
estão no ambiente institucional e a melhor correspondendo a um horizonte dentro do qual
maneira de evitar ou usufruir dessas situações. a instituição deverá atuar.

FIG 3 - SÍNTESE DA METODOLOGIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEGUNDO OLIVEIRA

MISSÃO
DIAGNÓSTICO
DA
ESTRATÉGICO
EMPRESA

Análise Interna
Propósitos
Análise Externa

CONTROLE INSTRUMENTOS
E PRESCRITIVOS E
AVALIAÇÃO QUANTITATIVOS

Avaliação e comparação de Instrumentos Prescritivos

desempenho, análise de desvio Instrumentos Quantitativos

FONTE: OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico ... 1993
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Figura 4

Análise Interna: Análise Externa:

Produtos; novos produtos; promoções; Mercado regional, nacional e internacional;


comercialização; sistema de informação; estrutura evolução tecnológica; fornecedores; aspectos
organizacional; tecnologia; suprimentos; recursos econômico-financeiros; aspectos sócio-econômico
humanos; estilo de administração; resultados e culturais; entidades de classe; órgãos
obtidos; recursos financeiros; controle; imagem governamentais; mercado de mão de obra;
institucional etc. concorrentes etc.

As vantagens do modelo apresentado estão


A terceira etapa do modelo proposto diz relacionadas a clareza com que o modelo se
respeito a utilização de Instrumentos que expressa em cada etapa a ser realizada,
permitam a análise exata de como a instituição entretanto, o próprio autor reconhece que a falta
irá atingir a situação desejada. O modelo divide de detalhamento é prejudicial ao modelo
estes instrumentos em Prescritivos e permitindo que quem o utilize, o faça de forma
Quantitativos, sendo o primeiro realizado através errônea. Uma outra desvantagem do modelo é a
do estabelecimento de desafios, metas, não inclusão de uma análise das necessidades dos
estratégias, políticas e projetos que irão clientes, fornecedores, funcionários, entre outros
determinar os esforços que a instituição irá seguir que contribuem de forma decisiva para a
e o segundo consistindo nas projeções elaboração e implementação de estratégias.
econômicos-finaceiras que serão necessárias, bem
como as expectativas de retorno. Modelo de Morais

A quarta e última etapa do modelo está O modelo de Morais (1992), também


relacionada com a verificação da implementação resultado de pesquisas e consultorias realizadas,
das ações estabelecidas na etapa anterior de forma é razoavelmente simples, além de propiciar a
a assegurar que os objetivos, desafios, metas e inclusão das complexas características
projetos estabelecidos estejam sendo realizados permitindo, a quem o utiliza, incrementá-lo ou
em concordância com o plano estratégico sofisticá-lo à medida de suas necessidades. Foi
elaborado. A etapa de Controle e Avaliação desenvolvido, inicialmente, objetivando atingir
envolve a avaliação de desempenho, a pequenas e médias organizações.
comparação entre o que foi estabelecido e o
desempenho real, a análise dos desvios ocorridos
e, em função do que foi levantado, a tomada de
decisão corretiva provocada pelas análises
realizadas.

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FIG. 5 - SÍNTESE DA METODOLOGIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEGUNDO
MORAIS - RMM

IDENTIDADE

Missão, Negócio, Filosofia, Habilidades Essênciais

AUDITAGEM EXTERNA AUDITAGEM INTERNA

Ameaças e Oportunidades Pontos Fortes e Pontos Fracos

CENÁRIO PESSIMISTA CENÁRIO OTIMISTA


Serviços & Produtos Serviços & Produtos
Mercado Mercado

ESTRATÉGIAS
Delinear os caminhos que devem ser seguidos
conjuntamente pela organização

ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO

Elaboração de Planos Operacionais, de Ação ou de Trabalho

FONTE: MORAIS, Rodrigo Marques de. Do planejamento estratégico à gestão estratégica ... 1992

A primeira etapa do modelo apresentado instituição como um todo (Auditagem Interna),


por Morais, denominada de Identificação, está com objetivo de conhecer os fatores internos mais
relacionada com o conhecimento do que é, do relevantes que alimentarão a etapa seguinte do
que faz e como faz a instituição que irá elaborar modelo; e o mapeamento de determinados fatores
o planejamento estratégico, com objetivo de ambientais externos (Auditagem Externa), fora
provocar reflexões e questionamentos que do controle institucional, que podem gerar
conduzam a verdadeira compreensão dos impactos sobre a instituição, quer sejam positivos
propósitos institucionais. - oportunidades, ou negativos - ameaças.
A etapa seguinte constitui-se de um
A segunda fase está relacionada com um prognóstico, ou seja, o conhecimento dos
diagnóstico ambiental que ajudará na cenários futuros com a qual a instituição estará
compreensão dos cenários com o qual a envolvida. O processo de construção de cenários,
instituição está relacionada. O autor denomina amplamente colocado pelo autor, caracterizar-
esta fase de Diagnóstico Estratégico, onde serão se-á no estabelecimento dos Objetivos
analisadas: as potencialidades e vulnerabilidades Estratégicos que estão em consonância com as
dos diversos subsistemas institucionais e da
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análises realizadas em cenários pessimistas ou Para o autor, qualquer processo de
otimistas. planejamento estratégico deverá iniciar pela
conscientização dos Tomadores de Decisão sobre
A formulação de Estratégias, ou seja, o os esforços globais que serão despendidos para
delineamento dos caminhos a serem seguidos pela o fim almejado, ressaltado a necessidade do
instituição, está apresentado no modelo na etapa conhecimento, pelos mesmos, dos principais
quatro e diz respeito a forma como a organização passos que serão dados em função dos objetivos
viabilizará os objetivos estabelecidos na etapa pretendidos. Isto implica em obter o apoio,
anterior. Cada estratégia definida deverá ser compromisso e, se possível, o envolvimento para
desdobrada em um ou mais Planos de Ação, que que as ações a serem estabelecidas possam
deverão conter os aspectos relevantes para a sua efetivamente ser implementadas.
implantação - orçamentos, cronogramas,
fluxogramas, metodologias etc. O passo seguinte diz respeito a clarificação
do mandato, ou seja, estabelecer o que a
A quinta e ultima etapa do modelo é instituição deve ou não deve fazer em função do
referente ao Acompanhamento do Processo onde negócio ao qual está envolvida. Isto poderá ser
serão avaliadas a consistência do Plano estabelecido em conformidade com suas
Estratégico. Esta etapa deverá produzir os Planos obrigações institucionais, possibiltando o
Operacionais, de Ação ou de Trabalho que conhecimento do verdadeiro campo de ação
conectem as ações operacionais ao Plano através da consulta em seus regulamentos,
Estratégico elaborado. Alguns eventuais desvios estatutos, contratos ou quaisquer outros
encontrados deverão ser pontos de partida para documentos.
um novo posicionamento estratégico da
instituição, dando origem a um novo ciclo. O terceiro passo está relacionado ao
estabelecimento da missão organizacional que,
Modelo de Bryson em harmonia com seu mandato, estabelece a sua
razão de ser e a justificativa social para sua
A metodologia de Bryson (1989),
existência. Isto implica na satisfação das
apresentada a seguir, possibilita uma fácil
necessidades políticas e sociais de seus vários
compreensão e reflexões necessárias para
“stakeholders”(*). A missão, muito mais do que
elaboração de estratégias que, quando for o caso,
justificar a existência da organização, deverá
deverão ser adaptadas às condições e realidades
estabelecer os propósitos institucionais podendo
de cada Unidade de Informação. Hanbrock
eliminar grande parte dos conflitos desnecessários
(1991), por exemplo, faz uma adaptação e
e efetivar discussões produtivas.
discussão dessa metodologia e sua possível
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aplicação ao ambiente das Unidades de Informação.
(*) "qualquer pessoa, grupo ou organização que pode
exigir atenção, recursos ou resultados da instituição ou é
afetado por estes resultados. Ex.: clientes, fornecedores,
funcionários, competidores etc."
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ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO
Variáveis econômicas, sociais, culturais, demográficas
DESCRIÇÃO políticas, tecnológicas, legais, ecológicas
T DA MISSÃO OPORTUNIDADES AMEAÇAS IDENTIFICAÇÃO
O Forças positivas Forças negativas DAS QUESTÕES
M
A do ambiente do ambiente ESTRATÉGICAS
D externo externo
O
R
E
S IDENTIFICAÇÃO
D DOS
E OBSTÁCULOS

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D
E
Planejamento Estratégico: uma análise metodológica

C
I ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO
S
à Variáveis de demanda, serviços e produtos,
O gestão, processamento técnico ESTABELECIMENTO
DESCRIÇÃO DAS
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
DO MANDATO Vantagens Desvantagens ESTRATÉGIAS
estruturais estruturais
FIG 6 - SÍNTESE DA METODOLOGIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SEGUNDO BRYSON

FONTE: BRYSON, John M. Strategic planning approach for public ... 1989.

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Célia Regina Simonetti Barbalho

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A Análise do Ambiente Externo se constitui vezes se torna superficial nesse passo.


no quarto passo do modelo de Bryson. Isto
implica em explorar o ambiente externo da A elaboração destas questões devem contar
instituição para identificar oportunidades e com três elementos: primeiro, a questão deverá
ameaças com a qual se defronta. Em essência, ser escrita sucintamente, preferencialmente em
são aqueles fatores sobre os quais a instituição um único parágrafo; segundo, os fatores que
não possui nem um controle. O autor ressalta a fazem a questão ser de fundamental importância
necessidade da construção de cenários a fim de deverão está enumerados; e terceiro, a cada
explorar os futuros alternativos do ambiente questão deverão ser levantadas as conseqüências
externo. Esta construção implica em conhecer, dos fracassos de não se abordar esta questão.
pragmaticamente, o que está acontecendo no
mundo maior e que poderá ter um efeito sobre a O sétimo passo está relacionado a
instituição e a perseguição de sua missão. Identificação dos Obstáculos possíveis que
poderão se contrapor às questões estratégicas,
O quinto passo diz respeito a Análise do ou seja, levantar todas as possíveis dificuldades
Ambiente Externo com o objetivo de identificar que serão encontradas para a implantação de cada
os pontos fracos e fortes da instituição. Para isso, questão estabelecida.
a instituição deverá monitorar seus inputs,
processos e outputs. Esta análise deverá abranger, O Estabelecimento das Estratégias
por exemplo: as instalações físicas, os recursos compõem o oitavo e ultimo passo do modelo
humanos, os suprimentos utilizados, o sendo estratégia definida pelo autor como sendo
desempenho alcançado etc. um conjunto de propósitos, políticas, programas,
ações, decisões, recursos etc., que identificam o
Com base nos cinco primeiros elementos que é uma instituição, o que ela faz, e por que
do processo de planejamento estratégico será faz. As estratégias poderão variar de acordo com
efetivado o sexto passo que corresponde a o nível, função e horizonte de tempo estabelecido
Identificação das Questões Estratégicas, ou seja, a partir da soma de esforços compreendidos
as questões que delinearão as políticas através do entendimento das questões
fundamentais e que estarão relacionadas o estratégicas propostas e dos obstáculos que a
mandato, a missão, aos valores, níveis de instituição estará dispostas a ultrapassar.
produtos e serviços oferecidos, “stakeholders”,
custos institucionais etc., possibilitando maior O autor recomenda que o processo de
congruência com o ambiente existente. O autor Estabelecimento das Estratégia se divida em cinco
destaca que para assegurar a sobrevivência e partes: a primeira diz respeito ao nível de
progresso institucional, as questões estratégicas disponibilidade da instituição em adotar
deverão ser adotadas de forma efetiva estratégias arrojadas ou, simplesmente, as que
contribuindo para a natureza interativa do possibilitem seus crescimento sem compromisso
processo de planejamento estratégico que muitas com o sonho; a segunda está relacionada a
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identificação de alternativas práticas para superar diversos setores da Unidade de Informação.


os obstáculos encontrados; a terceira é o
estabelecimento das propostas para realização A metodologia apresentada por Oliveira
ou concepção das estratégias adotadas; a quarta destaca inicialmente dois pontos básicos por onde
está diretamente relacionada ao estabelecimento poderão iniciar os processos de planejamento
do tempo para implantação de cada estratégia estratégico. Muito embora a decisão de iniciar
adotada; e a quinta é o estabelecimento de um por um ponto não exclua a necessidade de
programa de trabalho que possibilite os elaborar o outro, o autor afirma que estas
desdobramentos necessários para a execução das possibilidades irão variar de acordo com os
ações. processo individuais estabelecidos por cada
instituição. Estas possibilidades são:
Unidades de Informação e o Planejamento
Estratégico a) primeiramente, definir os Propósitos
Institucionais, ou seja, “onde se quer chegar”
Planejar estrategicamente implica em
para, em seguida, conhecendo a missão,
integrar a Unidade de Informação aos processos
estabelecer a forma “como a instituição deseja
sócio-econômicos do ambiente macro e micro
chegar à situação almejada”; ou
da instituição em que está subordinada, em
consonância com as necessidades de informações
b) primeiramente, definir um Diagnóstico
que impliquem no seu desenvolvimento eficaz.
Estratégico para, em seguida, estabelecer “onde
se quer chegar”.
Vários autores apresentam perspectivas
inovadoras para incrementar o planejamento
Naturalmente ambas as concepções que o
estratégico em Unidade de Informação. Este
autor apresenta são coerentes com a sua prática,
deve, obrigatoriamente, envolver todos os setores
conforme ressaltado anteriormente. Entretanto,
através de seus gerentes e estar orientado para a
estabelecer uma análise interna e externa dos
necessidade de cooperação e coordenação dos
ambientes e/ou cenários requer que a instituição
serviços e atividades informacionais.
tenha claro a visão do que seja o seu negócio, ou
seja, em conhecer a sua missão institucional.
Dos modelos apresentados anteriormente,
o que possui maior integração com o ambiente
Isto se justifica tendo em vista o fato de
de uma Unidade de Informação é o de Bryson,
instituições existirem em função de uma
por se tratar de uma metodologia simples que
necessidade estabelecida no mercado onde atuam,
estabelece a função básica dos esforços
além de possuírem objetivos determinados,
empreendidos para o estabelecimento de
tornando-se necessário o estabelecimento do que
estratégias. Trata-se de um modelo didaticamente
desejam e aproveitando as oportunidades
mais completo e com um menor grau de
oriundas do diagnóstico estratégico em
complexidade, possibilitando o envolvimento dos
conformidade com o que elas se propõem a fazer.
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Planejamento Estratégico: uma análise metodológica Célia Regina Simonetti Barbalho
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caminho estratégico para os profissionais da


O modelo de Moraes, muito embora se informação precisa incluir :
constitua em um excelente referencial para
elaboração de cenários e redação da missão, a) uma mudança no enfoque de olhar
através do modelo heurístico apresentado pelo internamente a organização para olhar
autor em sua obra, é adequado para a utilização externamente;
de instituições que já possuem uma prática nos
processos de elaboração de planejamento b) elevar os níveis de interesse do
estratégico, sendo dessa forma de difícil operacional e tático para o estratégico;
compreensão e adoção por parte das Unidades
de Informação que, em geral, além de não c) adotar uma abordagem mais holística aos
possuírem esta prática, não estão acostumadas valores e uso da informação;
com a utilização de termos estritamente técnicos
e comuns à área de administração. O modelo, d) tornar-se proativo em vez de reativo;
um tanto quanto complexo, não é de fácil mudar de apenas resolver problemas para
compreensão por parte de quem o utiliza sem a identificar neles oportunidades e alcançar
devida colaboração do autor. objetivos; adotar uma visão estratégica;

Dois outros aspectos são importantes para e) desenvolver uma abordagem de parceria,
o planejamento estratégico em Unidade de estimulando a credibilidade na comunidade de
Informação: negócios; e

a - a Unidade de Informação não existe f) elevar a consciência de políticos e altos


como um órgão isolado, está sempre subordinada executivos.
a uma instituição maior, necessitando conhecer
as estratégias institucionais adotadas e sob elas Esses pontos são fundamentais para nortear
elaborar o planejamento estratégico para si; e a reflexão e ação de quem atua estrategicamente.

b - o planejamento estratégico deve ser Conclusão


integrado em todos os setores da Unidade de
Novas mudanças necessitam ser
Informação, sendo, portanto, necessário que
introduzidas no gerenciamento das Unidades de
todos os funcionários conheçam e participem das
Informação. As novas demandas com relação a
estratégias estabelecidas.
eficiência, abrangência seletiva, atualidade,
prontidão, domínio da tecnologia e competência
Contudo, a postura e atitudes dos
gerencial estão solicitando dos profissionais da
profissionais da informação influenciam
informação uma prática mais adequada na gestão
diretamente na elaboração do planejamento
das Unidades de Informação.
estratégico. Para McLean (1993), o futuro
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Planejamento Estratégico: uma análise metodológica Célia Regina Simonetti Barbalho
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O desafio da sobrevivência das Unidades


de Informação aliado à competitividade e a
agilidade da tecnologia que fez emergir novas
técnicas gerenciais como a Reengenharia, o Referências Bibliográficas
Benchmarking, o TQM - Total Quality
Manegement o ABC - Custeio Baseado em ACKOFF, R. L. Planejamento empresarial. Rio
Atividades, a Abordagem Estratégica etc., de Janeiro : Livros Técnicos e Científicos,
necessitam ser conhecidas e adotadas, ressalvadas 1975.
as devidas proporções, de forma a manter estes
BRYSON, John M. Strategic planning for public
orgãos ativos e dinâmicos. and nonprofit organizations: a guide to
strengthening and sustaining organizational
As Unidades de Informação têm achievement. In: An effective strategic
planning approach for public and nonprofit
demonstrado que a ação pró-ativa é muito mais
organizations. London : Jossey - Bass, 1989.
importante do que a re-ativa ou seja, o eterno 117p.
“apagar incêndios” quando substituído por
“sistemas de prevenção de incêndios” torna as CARR, Stephen J. Strategic planning in libraries.
Library Management, v.13, n.5, p.4-17, 1992.
Unidades de Informação muito mais dinâmicas,
eficazes e respondentes de seu papel nas HOBROCK, Brice G. Creating your library’s
organizações onde estão inseridas. future through effective strategic planning.
Journal of Library Administration, v.14, n.2,
p.37-57, 1991.
A Abordagem Estratégica e sua principal
ferramenta, o Planejamento Estratégico, muito MCLEAN, David. Information - strategies
embora não seja recente, poderá contribuir para “future directions”. Cadernos de
que a Unidade de Informação introduza as Biblioteconomia, Arquivística e
Documentação, Lisboa, v.3, p.13-26, 1993.
mudanças que emergem dia-a-dia nos cenários
onde atuam. MEYER JR., Victor. Planejamento universitário: uma
renovação na gestão das instituições
O Planejamento estratégico, associado à universitárias. In: Temas de administração
universitária. Florianópolis : OEA/NUPEAU/
criatividade, poderá desenvolver pro-ativamente
UFSC, 1991.
para o desenvolvimento efetivo das Unidades de
Informação, sobretudo no que diz respeito a MORAIS, Rodrigo Marques de. Do
antecipação das propostas para o futuro planejamento estratégico à gestão estratégica.
permitindo atuar ativamente em busca de atingir Cadernos de Administração, Belo Horizonte,
v.1, n.1, nov. 1992.
seus objetivos.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de.
Planejamento estratégico: conceito,
metodologias e práticas. 7.ed. São Paulo :
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Planejamento Estratégico: uma análise metodológica Célia Regina Simonetti Barbalho
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Atlas, 1993. 286p.

RICHERS, Raimar. Objetivos como razão de ser


da empresa. Revista de Administração de
Empresas, São Paulo, v.34, n.1, jan./fev. 1994.
TREWATHA, Robert, NEWPORT, M. Gene. ____________________________________________________________________
Administração: função e comportamento. São
Paulo : Saraiva, 1982. Célia Regina Simonetti Barbalho
WALTERS, Suzanne. Positioning for power. Professora da Universidade Federal do Amazonas
(Resumo do trabalho apresentado na - UFAM na área de Administração de Bibliotecas.
Canadian Library Association Conference, June Mestre em Biblioteconomia pela PUCCAMP.
1993). Doutoranda em Comunicação e Semiótica - PUC/
ZACCARELLI, Sérgio B., FISCHMANN, SP.
Adalberto A. Estratégias genéricas: _____________________________________________________________________
classificação e usos. Revista de Administração
de Empresas, São Paulo, v.34, n.4, p. 13-22,
jul./ago. 1994. Title
Strategic planning: a methodological analysis

Abstract
This paper analyses an approach to strategic plan-
ning, focusing on the preparation stage. It discusses
basic concepts and the establishing of macrostrategies,
and presents three current methodologies along with
their implications, emphasizing the most suitable one
to be used in units of information.

Keyworlds
Strategic Planning. Unit of information

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Artigo recebido em 25/11/96

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