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TRATADO DE PARIS – TRATADO DE ROMA

Tratado de Paris (1951) – Criou a CECA, com seis países - integração das indústrias
do carvão e do aço dos países europeus ocidentais; dá-se pela primeira vez a
transferência dos direitos de soberania de alguns estados para uma instituição
europeia.

Tratado de Roma (1957) – Criou a CEE e a EURATOM com seis países –


A CEE - estabelecia um mercado e impostos alfandegários externos comuns; uma
política conjunta para a agricultura; políticas comuns para o movimento de mão de
obra e para os transportes, e fundava instituições comuns para o desenvolvimento
económico
A EURATOM - cooperação no âmbito da energia nuclear, partilhando com a CEE a
Assembleia e o Tribunal de Justiça da CECA
ACTO ÚNICO EUROPEU

Acto Único Europeu (1986) – primeira alteração de grande envergadura do Tratado


que institui a Comunidade Económica Europeia (CEE).
Relançamento do processo de construção europeia com vista a concluir a realização do
mercado interno
Tratado em matéria de política externa e segurança comum e, por outro, um acto que
altera o Tratado CEE, nomeadamente a nível:
.Do processo de tomada de decisão a nível do Conselho.
.Das competências da Comissão.
.Dos poderes do Parlamento Europeu.
.Do alargamento das competências das Comunidades.

Acto Único prevê um aumento do número de casos em que o Conselho pode deliberar
por maioria qualificada e não por unanimidade.
A unanimidade deixa de ser necessária para as medidas com vista ao estabelecimento
do mercado interno, com excepção das medidas relativas à fiscalidade, à livre
circulação das pessoas e aos direitos e interesses dos trabalhadores assalariados.
TRATADO DE MAASTRICHT

Tratado de Maastricht (1992) – Com o Tratado de Maastricht, o objectivo económico


inicial da Comunidade, ou seja, a realização de um mercado comum, foi claramente
ultrapassado e adquiriu uma dimensão política.

Neste contexto, o Tratado de Maastricht constitui uma resposta a cinco objectivos


essenciais:
.Reforçar a legitimidade democrática das instituições.
.Melhorar a eficácia das instituições.
.Instaurar uma União Económica e Monetária.
.Desenvolver a vertente social da Comunidade.
.Instituir uma política externa e de segurança comum.

O Tratado de Maastricht cria a União Europeia, constituída por três pilares:


as Comunidades Europeias: a política externa e de segurança comum e a cooperação
policial e judiciária em matéria penal.
O Tratado previu a criação de uma moeda única em três etapas sucessivas:
A primeira etapa, que instaurou a livre circulação dos capitais, iniciou-se em 1990.
A segunda etapa em 1994 e permitiu a convergência das políticas económicas dos
Estados-Membros.
A terceira etapa deveria iniciar-se, o mais tardar, em 1 de Janeiro de 1999 com a
criação de uma moeda única e o estabelecimento de um Banco Central Europeu (BCE).
TRATADO DE AMSTERDÃO

Tratado de Amsterdão (1997) – tem como objectivo modificar certas disposições do


Tratado da União Europeia, dos tratados constitutivos das Comunidades Europeias
(Paris e Roma) e alguns actos relacionados com os mesmos. Este não substitui os
tratados anteriores mas ajusta-os.
Afirma que a União Europeia se baseia nos princípios de liberdade, democracia,
respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e do Estado de Direito.
Estes princípios são comuns a todos os estados membros.
Os estados membros comprometeram-se a respeitar os direitos sociais incluídos na
Carta Comunitária de Direitos Sociais aprovada em 1989, conhecida normalmente
como Carta Social. A UE pode daqui em diante actuar nos âmbitos da saúde e
segurança dos trabalhadores, as condições de trabalho, a integração das pessoas
excluídas no mercado de trabalho e na igualdade de tratamento entre homens e
mulheres.
Quando um estado membro viole os direitos fundamentais se possa adoptar medidas
da União contra esse estado.
Estabelece-se o princípio da não discriminação e de igualdade de oportunidades.
Cria sistemas de informação à escala europeia, reforçaram-se as garantias de protecção
dos dados pessoais.
Tudo o referido e a livre circulação de pessoas, controlo das fronteiras externas, asilo,
emigração e cooperação judicial em matéria civil passa a fazer parte do “pilar
comunitário”.
TRATADO DE NICE

Tratado de Nice (2001) – É a quarta revisão constitucional operada no ordenamento


jurídico comunitário desde o Acto Único Europeu, de 1986.
Adaptação do funcionamento das instituições europeias antes da chegada de novos
Estados-Membros.
Tentou resolver algumas falhas do Tratado de Amsterdão.
Alterações que dizem respeito ao sistema jurisdicional da Comunidade Europeia.
Alterações introduzidas pelo Tratado de Nice incidem sobre a limitação da dimensão e
composição da Comissão Europeia, a extensão da votação por maioria qualificada, uma
nova ponderação dos votos no Conselho Europeu e a flexibilização do dispositivo de
cooperação reforçada. Assim, fixa as iniciativas apropriadas para dar seguimento às
reformas institucionais e para que o Tratado de Nice constitua apenas uma etapa desse
processo.
A Constituição Europeia seria o culminar deste processo de reforma da União.
TRATADO CONSTITUCIONAL

Tratado Constitucional (2004) – Tendo como principal objectivo a simplificação das


normas que se multiplicam em tratados e revisões sucessivos, pretende terminar com
a distinção entre Comunidade Europeia e União Europeia (concentrando nesta última
tudo o que constitui a primeira); eleger o presidente do Conselho Europeu (que
somente preencherá o cargo durante dois anos e meio) pelos membros do Parlamento
Europeu e governos subscritores; a eleição de um Ministro dos Negócios Estrangeiros
da União Europeia; a redução para apenas dois terços de comissários representantes
de países; aumento do número de euro deputados; a tomada de decisões legislativas
com necessidade de aprovação tanto do Conselho como do Parlamento Europeu; o
sistema de votos alterado para a aprovação por 55% dos votos (dos quais 65% têm de
ser europeus).
O bloqueio exercido por oposição de quatro países e as abstenções não contando
como votos negativos; o desaparecimento do direito de veto; a incorporação de uma
carta de direitos dos cidadãos; e o estabelecimento de novas medidas de coordenação
económica (políticas económicas coordenadas e baseadas na estabilidade de preços e
finanças públicas saneadas). A Constituição Europeia está sujeita a um processo de
ratificação, que é efectuado ou por via parlamentar ou por referendo, de acordo com
cada país. Países como a Eslovénia, a Grécia, a Hungria, a Itália e a Lituânia aprovaram
o referendo por maioria parlamentar, desde 2004, enquanto que alguns outros países
procederam à consulta referendária, uns aprovando (Espanha) e outros reprovando
(Países Baixos e França).
TRATADO DE LISBOA

Tratado de Lisboa (2007) – confere à União Europeia instituições modernas e métodos


de trabalho eficientes que lhe permitirão dar uma resposta efectiva aos desafios
actuais.
Permite adaptar as instituições europeias e os seus métodos de trabalho, reforçar a
legitimidade democrática da União Europeia e consolidar a base dos seus valores
fundamentais.
.O Parlamento Europeu, directamente eleito pelos cidadãos da União Europeia, dispõe
de novos poderes importantes no que se refere à legislação e ao orçamento da União
Europeia, bem como aos acordos internacionais.
.Os parlamentos nacionais têm mais oportunidades de participar no trabalho da União,
nomeadamente graças a um novo mecanismo que lhes permite assegurar que a União
só intervenha nos casos em que a sua intervenção permita obter melhores resultados
do que uma intervenção a nível nacional (subsidiariedade).
.Um grupo de, pelo menos, um milhão de cidadãos, de um número significativo de
Estados-Membros, pode solicitar à Comissão que apresente novas propostas políticas.
.O Tratado de Lisboa reconhece explicitamente a possibilidade de um Estado Membro
sair da União.
Os pilares do Tratado:
.Uma Europa mais democrática e transparente
.Uma Europa mais eficiente
.Uma Europa de direitos e valores, liberdade, solidariedade e segurança

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