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Aurélia Camargo (Senhora) - Uma mulher diferente de todas as outras que

naquela época viviam. Destacava-se pela sua beleza e pela sua maneira de
agir e de pensar. Opunha-se a algumas regras determinadas pela sociedade
que não lhe agradavam. Aurélia a todos pode dominar e tem tudo o que quer
ter. Era educada, delicada, corajosa, elegante, informada, inteligente,
experiente. Era com certeza, alguém que nasceu para a riqueza e para a alta
sociedade, e talvez, a característica que consideramos a mais importante, que
pode ser a explicação de seu sucesso no domínio das pessoas: a sua frieza e
seu estimável auto-controle.
Mas nem sempre foi assim, a priori era doce, apaixonada, romântica, mas o
falta de dinheiro a fez perder algo muito valioso que só pode ser conseguido
novamente quando triunfou nascendo das cinzas como Fênix, quando tornou-
se rica e a mais cobiçada de todos.

Iracema (Iracema) - A índia Iracema, que se entrega por amor a Martim, tem a
função de simbolizar, no romance, a presença do elemento nacional, da cor
local, existente na criação de seus traços físicos, que é feita por comparação
com elementos da natureza. Embora psicologicamente Iracema se assemelhe
às heroínas românticas européias, constitui, nessa fusão de elementos da cor
local com elementos do romantismo europeu, um mito fundador da pátria. De
acordo com o romantismo europeu, Iracema pode ser caracterizada como um
exemplo de "mulher-anjo" - virgem, delicada, bela, capaz de se sacrificar pelo
homem que ama. Essa característica de Iracema mostra que embora o
narrador privilegie os seus sentimentos e pensamentos ao longo da história,
idealizando o índio, que ela representa, o seu ponto de vista ao contar torna-se
o do branco colonizador, na medida em que "europeiza" e "romantiza" Iracema.
Nota-se que o narrador seguidas vezes compara Iracema à natureza
exuberante do Brasil. E a virgem leva sempre vantagem. Seus cabelos são
mais negros e mais longos, seu sorriso mais doce, seu hálito mais perfumado,
seus pés mais rápidos.
Iracema é apresentada por um narrador que, embora se apresente na terceira
pessoa, é claramente emotivo e apaixonado. Retrata-a, portanto, como a
síntese perfeita das maravilhas da natureza cearense, brasileira e americana.
Iracema é muito mais do que uma mulher. Toda a natureza rende-lhe
homenagem: da acácia silvestre aos pássaros, como o sabiá e a ará. A heroína
é o próprio espírito harmonioso da floresta virgem.

Emília (Diva) - É a porta-voz das emoções humanas em estado bruto, sem a


contaminação social que rejeitava convicções que não fossem adequadas e
educava para a conveniência. Uma beleza quase etérea como o seria a de
uma deusa do Olimpo, mas também como uma diva era dada à impulsividade e
sem limitações em seus arroubos.
Da mesma maneira que Emília era jovem doce e compassiva, era rebelde, mal
educada e voluntariosa. Ao mesmo tempo em que geria bem a casa e era
cortejada nos salões, não se preocupava com a maledicência e se encantava
com a natureza como uma menina aventureira.

Carlota (Cinco Minutos) - Carlota era uma menina dócil, prendada, tocava
piano e cantava belamente.Linda, sensível e educada.Tentou renunciar o amor
com intuito de poupar o amado de um sofrimento futuro, pois sua existência
estava condenada pela doença. No entanto o amor tem razões que a própria
razão desconhece. Então, no final, venceu a força do amor.

Lúcia/Maria das Graças (Lucíola) – Tinha cabelos e olhos pretos, a pele


pálida. Sua expressão, contudo, lembra ao leitor sua dualidade de caráter: o
olhar ora é "eloqüente, raio voluptuoso", ora é límpido, raio de luz de sua alma".

Lúcia é "a prostituta mais bela, requintada e disputada da cidade", uma jovem
de 19 anos que começou a se prostituir porque sua família inteira contraiu
tuberculose e era pobre demais para obter remédios. Sua principal
característica é a contradição. Como cortesã era a mais depravada. Basta que
se lembre da orgia romana em casa de Sá. No entanto, a prostituição era-lhe
um tormento constante, já que não se entregava totalmente a ela. E os atos
libidinosos constituíam para ela verdadeira autopunição aliada à angustiante
sentimento de culpa.

Coexistem nela duas pessoas: Maria da Graça, a menina inocente e simples, e


Lúcia, a cortesã sedutora e caprichosa. No livro, sobressai a Lúcia, Lúcifer,
onde aparece 348 vezes contra 10 vezes como Maria da Glória, anjo. Tal
disparidade realça o motivo do romance: à proporção que Lúcia vai amando e
sendo amada por Paulo, ela vai assumindo a Maria da Glória, sua verdadeira
personalidade. E reencontra assim, através dele, a dignidade e inocência
perdidas. Pode-se expressar essa duplicidade da seguinte maneira:

Lúcia, mulher, depravação, luxúria, sentimento de culpa, prostituição,


caprichosa, excêntrica, rejeita o amor, demônio.

Maria da Graça, menina, pureza, ingenuidade, dignidade, inocência, simples,


meiga, tende para o amor, anjo.

Bibliografia
Disponível em:
http://fredb.sites.uol.com.br/iracema.html
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/i/iracema/
http://pt.shvoong.com/books/romance/1878829-senhora/
http://professorandersonluiz.blogspot.com/2010/08/vitoria-d-oamor.html
http://pousio.blogspot.com/2009/02/as-feicoes-de-diva-sonia-regina.html
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/l/luciola

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