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APOPTOSE
A idéia de que as células têm um programa de morte embutido foi proposta nos anos de
1970, mas sua aceitação geral levou outros 20 anos. Este processo é mediado por enzimas
proteolíticas denominadas caspases que resultam em uma morte ordenada, auto-estimulada e
irreversível. Processo bastante diferente comparado à morte celular por necrose.
Necrose x Apoptose
A necrose e a apoptose são dois mecanismos de morte celular que acontecem em maior
porcentagem nos tecidos do organismo. Morfologicamente temos transformações celulares distintas
em ambas as mortes, como mostrado abaixo:
Dentre os tipos de proteínas Bcl-2, há três classes que são diferenciadas pela
quantidade de domínios nelas existentes.
CASCATA DE SINALIZAÇÃO
Em algumas células, a via extrínseca deve recrutar a via intrínseca para ampliar o
sinal apoptótico para matar a célula. Essa ligação é proporcionada pela proteína
proapoptótica Bid. Quando receptores de morte ativam a via extrínseca, a caspase iniciadora
8 cliva a Bid, que se transforma na tBid. A tBid se transloca para a mitocôndria, onde inibe
proteínas Bcl-2 antiapoptóticas, permitindo a liberação de citocromo c.
Hengartner, M. O. The biochemistry of apoptosis. Nature, 2000.
Além das proteínas Bcl-2 antiapoptóticas, a supressão da apoptose pode ser feita
também pelas proteínas inibidoras da apoptose (IAPs) após estas se ligarem à caspases
ativadas e inibí-las. Essa barreira inibidora proporcionada pelas IAPs pode ser neutralizada
pelas proteínas anti-IAPs, liberadas do espaço intermembranar mitocondrial para o citosol
quando a via intrínseca da apoptose é ativada. As anti-IAPs bloqueiam as IAPs no citosol,
promovendo, assim, a apoptose.
Referências Bibliográficas:
Alberts, B. et al. Biologia Molecular da Célula. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Grivicich, I. et al. Morte celular por apoptose. Rev. Bras. de Cancerologia, 53(3), p. 335-343.
2007
Hengartner, M. C. The biochemistry of apoptosis. Nature, vol. 407, p. 770-775. 2000.
Paula, K. M. et al. Apoptose para o bem e para o mal. Rev. de Biologia e Ciências da Terra.
Vol. 2, nº 2. 2002.