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História Da Música Erudita Ocidental

Uma Abordagem dos Principais Gêneros, Estilos e


Formas do Período da Prática Comum

( Barroco ao Romantismo)

História da Música Erudita Ocidental - Um Olhar

A História da Música é o estudo da dinâmica musical - suas


transformações e mudanças – ao longo do tempo. Este termo está
popularmente associado à História da Música Erudita Ocidental, partindo da
música da Grécia Antiga e desenvolvendo-se através de movimentos artísticos
associados às grandes eras artísticas de tradição européia (como a Era
Medieval, Renascimento, Barroco, Classicismo, Romantismo). Vale ressaltar o
equívoco ao concluir ser apenas a produção Ocidental digna e merecedora de
estudo e observação. Há tantas outras “histórias da música” de outras culturas
com suas vertentes , desdobramentos e subdivisões, como no caso das
Civilizações Egípcia, Chinesa, Mesopotâmica e Hebraica que possuem uma
música distinta e contrastante quanto a função, padrões e conceitos, bem como
sistemas complexos e desenvolvidos enraizados na cultura desses povos – a
exemplo das 72 escalas indianas .
Mas, foi dentro do âmbito da música tida como Erudita Ocidental ( assim
como em outros campos da arte) que um sistema particular foi crescendo,
desenvolvendo e estabelecendo padrões estilístico, tescendo e enraizando as
principais tradições e normas da música mundial. O fruto dessa padronização
foi um sistema coletivo de códigos ,nem sempre acessível a todos, que
garante aos que o dominam um compartilhamento de material sonoro. É com a
notação em partituras que os compositores prescrevem aos interprétes a
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altura, a velocidade, a métrica, o ritmo e a exata maneira de se executar uma


peça musical, tornando uma obra imortal e não limitada a tempo e espaço.

O Período da Prática Comum

Rotula-se como Período da Prática Comum a época onde a maior


parte das idéias que pautam a Música Erudita Ocidental foram codificadas e
padronizadas. Iniciando com o Período Barroco, que vai aproximadamente de
1600 até a metade do século XVIII; seguindo-se do Classicismo , que terminou
aproximadamente em 1820, com o advento do Período Romântico, que
percorreu todo o século XIX e terminou por volta de 1910.
Piston define como o Período da Prática Comum o período da afirmação
do Tonalismo / Sistema Harmônico (Barroco) até a sua desestruturação no
início do século XX ( final do Romantismo) com o atonalismo, pantonalidade,
dodecafonismo e serialismo.
É nesse período que a música ocidental vem atender os anseios de
séculos: o antagonismo entre tensão/dissonância e repouso/ consonância.
Desde a Antiguidade até a Música Ficta da Renascença “buscava-se” a
idéia de música tonal. Uma vez que a música se dá intimamente associada à
idéia de movimento, um fio condutor de aprimoramento teórico musical
(harmonia) guiava a resolver as expectativas geradas entre a relação de tensão
e repouso nas vozes, impulsionando a necessidade da resolução de uma
dissonância que fora gerada para ornamentar a música - conhecemos esse
movimento como fluxo harmônico ( movimento tensão-repouso).
A teorização desse fenômeno em música (harmonia) juntamente com
outros elementos formadores da linguagem musical (tessitura, timbragem,
ritmo, estrutura) nos ajudarão a apreciar e identificar os principais gêneros,
estilos e formas musicais do período abordado.
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Elementos para uma Melhor Abordagem

Reconhecendo ser o fenômeno perceptivo um processo individual e


particular, cada ouvinte usará de recursos pessoais ao ser confrontado por uma
obra musical. Experiências específicas com determinado repertório virão à
memória, sensações geradas por orquestrações e instrumentalização serão
sentidas, haverá identificação ou repulsão as linhas melódicas e blocos
harmônicos da peça ouvida. São somados a esses valores que carregamos em
nossa “bagagem” auditiva outros valores externos - de caráter funcional e
acumulativo - que a música agregou a si durante diversos períodos da sua
história. Esses valores agregados durante séculos de música são essenciais ao
seu entendimento e classificação.
O desenvolvimento de uma sofisticada linguagem musical possibilita a
simbolização do fenômeno sonoro e uma reduzida distância entre o autor (a
obra), o intérprete e o ouvinte, instrumentalizando uma rede de comunicação
cada vez mais precisa. Ou seja, ao se criar um “determinado” vocabulário
musical que representa “determinada” idéia (a exemplo das marcações de
dinâmica que vêm para reforçar o sentido harmônico da frase) se estabelece
uma visão universal de “determinada” obra.
Esse vocabulário de elementos teóricos determina os Valores
Intrínsecos de um Gênero, Estilo ou Forma Musical. Uma Forma – Sonata só
denomina-se como tal devido ao valor essencial agregado a ela: o fato de
haver uma exposição, um desenvolvimento e uma reexposição de temas. Está
dentro, faz parte, é vital a caracterização da Forma-Sonata essa idéia.
Há Valores Extrínsecos - não essenciais - a determinado Gênero, Estilo
ou Forma, que contribuem na formação dos mesmos. Por a Música ser uma
forma de sabedoria antiga, se confundindo com a história da própria
humanidade, ela carrega si o retrato de uma determinada época. Uma peça
musical obedece consciente ou inconscientemente a ordem social, política,
filosófica, moral, religiosa e estética de um tempo. No caso da Forma – Sonata,
fruto da epistemologia (racionalismo, universalismo), organização social
( elitizada a salões da corte ) e visão estética (pureza formal, o equilíbrio, o
rigor) do período Clássico.
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O Valores extrínsecos refletem na formação dos instrínsecos mas não


são essenciais na manutenção do mesmo. A Forma-Sonata foi reflexo do
espírito de uma época configurando-se e estruturando-se de uma forma que
carrega em si caracteristicas essenciais indenpendentes a períodos históricos .
Um compositor atual pode muito bem compor o 1º movimento da sua Sonata
utilizando-se da genuína Forma –Sonata sem precisar estar na Europa do
Século XVIII.
Estando instrumentalizados desses elementos subjetivos ( percepção e
“bagagem” pessoal) e objetivos ( valores intrínsecos e extrínsecos )
abordaremos de forma contemplativa ( buscando apreciação) e
investigativa ( buscando classificação) alguns Gêneros, Estilos e Formas
Musicais característicos do Período da Prática Comum que abrange o
Barroco ao Romantismo.

Questões quanto ao Gênero, Estilo e Forma

O repertório selecionado não visa atribuir às obras e compositores


abordados o estandarte de uma época ou gênero, mas figurar através dos
mesmos o maior número de elementos que evidenciem e contribuam a
apreciação e identificação clara de um Gênero, Estilo ou Forma Musical. Um
prelúdio de Bach composto no período Barroco pode ser executado ao estilo
romântico (com uso de pedal/ expressão), pois em música muitas questões não
são tão fechadas já que existe uma participação humana no fenômeno musical
gerando uma dinâmica de mudanças e readequações.
André Hoder trata a classificação de um Gênero como um conjunto de
obras com determinados elementos em comum e bastantes afinidades de
caráter, tais como: instrumentação, forma, estrutura, técnica de composição,
funcionalidade.
Já o Estilo, segundo Graça Lopes e Tomás Borba, são as características
impressas pelo artista em sua obra tanto na composição como na execução da
mesma. Havendo o estilo de uma época ( barroco , clássico) ou de uma
determinada região (italiano, francês), o estilo pessoal ( bethoviano,
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wagneriano), o estilo para determinadas funções (música religiosa , música


festiva) e o estilo quanto a forma ( fugado, imitativo).
A Forma por sua vez “é a macroestrutura de uma peça”( ARDLEY,
1997,pg. 174) “O elemento de organização em uma peça de música”
(HORTA,1985, pg.131). A coerência e lógica entre diversos elementos dentro
de uma obra a fim de torná-la compreensível caracterizam a Forma.
“acorde consonante, […] a definição de um tom, a
retenção de uma cadência ou ritmo, […] a repetição de
motivos rítmicos e melódicos e a formação e repetição de
temas imaginativos e fecundos; contraste e conflito
aparecem nas mudanças de harmonia, dissonâncias,
modulação, alteração de ritmo e motivos, e na justaposição
de temas de carácter oposto”. RIEMANN (1983)

A idéia de Gênero, Estilo e Forma podem igualmente aparecer


associadas, pois é evidente que determinadas formas pertençam a um
determinado gênero e cada gênero possui seu estilo próprio. A Sonata à
Música de Câmara, a Missa à Música Sacra.
Portanto, podemos visualizar a interseção e relação entre forma, estilo e
gênero, como conjuntos que possuem elementos comuns e também exclusivos
promovendo a organização, impressão e concepção da Música Erudita
Ocidental.

O Estilo Fuga

O termo fuga vem do latim fugare (perseguir) e fugere (fugir) e tem sido
usado desde a Idade Média. Inicialmente se referia a qualquer espécie de
contraponto imitativo, incluindo os cânones, que hoje são diferenciados das
fugas. O compositor renascentista Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594),
escreveu missas usando contraponto modal e imitação , bem como a escrita
fugal que era tida como a base dos seus motetos. Hoje também diferenciamos
a fuga dos motetos . Nos motetos cada frase do texto tem um sujeito diferente
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que é introduzido e trabalhado separadamente enquanto na fuga a um


continuo trabalho do mesmo sujeito ao longo da peça.
Definimos a fuga como um estilo de composição contrapontista-
polifônica - imitativa de um tema principal, que teve sua estruturação técnica,
como é entendida hoje, no período barroco.
Uma fuga começa com a exposição do sujeito por uma das vozes na
tônica ( tonalidade da peça). Após o sujeito ser exposto, uma 2ª voz,
responde com o mesmo tema mas tocado na dominante ( grau V) enquanto a
1ª voz dá um contra- tema/ contra- sujeito. Uma 3ª voz inicia o tema enquanto
a 2ª o contratema e a 1ª apresenta um novo material. Seguindo-se até a
apresentação do tema/sujeito por todas as vozes.
Uma fuga raramente pára depois de sua exposição inicial, ela continua
por um ou mais episódios de desenvolvimento. O material dos episódios
usualmente se baseia em algum elemento do sujeito , por exemplo : um motivo
melódico pode ser tomado e repetido sequencialmente. Podem existir entradas
do sujeito com variações : tonalidades diferentes da tônica ou dominante ou em
modo diferente .
Os episódios também podem variar o sujeito fazendo uma inversão
(virando-o de cabeça para baixo), retroagindo (de trás para frente), diminuição
(com valores mais curtos para as notas) ou aumentação (com valores mais
longos). Algumas vezes as vozes aparecem em stretto com uma voz entrando
com o sujeito antes que a última voz termine a sua entrada.
Vários recursos podem ser utilizados para criar a conclusão de uma
fuga. Um fuga pode terminar com uma recapitulação, na qual as entradas do
sujeito são repetidas da mesma maneira em que foram introduzidas no início.
Entradas em stretto são encontradas, frequentemente, próximas ao final, no
ponto em que a fuga atinge o clímax da tensão. A seção final, normalmente
inclui um ponto pedal ou na dominante ou na tônica. No próprio final da fuga
pode haver uma seção de coda que segue uma cadência no acorde de tônica.
A organização de uma fuga envolve não somente a arrumação de seu
tema e episódios mas principalmente sua estrutura harmônica. A exposição e a
coda tendem a enfatizar a tônica, enquanto que os episódios exploram
tonalidades mais distantes.
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Forma Suíte

Forma Musical instrumental desenvolvida na Alemanha e na França do


século XVII e XVIII, onde um conjunto de danças é tocado sem interrupções.
Os compositores renascentistas usavam essa forma de “emparelhar”
danças, tais como a pavana e a galharda. Sendo ampliada pela inclusão de
novas peças no período barroco a suíte assume um caráter "molde",
constituído por: uma allemande, uma courante ,uma sarabanda e uma giga.

o Allemande: originalmente uma dança alemã em compasso


binário moderado, passa por modificações pelos autores
franceses e se transforma numa dança em quaternário com o
primeiro tempo curto e fraco;
o Courante: a italiana era em 3/4 ou 3/8 rápido, enquanto a
francesa era em 3/2 moderado;
o Sarabanda: dança espanhola com andamento mais lento ternário
, quase sempre acentuando o segundo tempo;
o Giga: dança alegre , em tempos compostos 6/8 ,12/8.

Podendo também após a giga ser instroduzida outras danças, o minueto,


a bourrée, a gavota ou o passe-pied. Era comum o uso de prelúdios ou
aberturas.
Todas as peças da suíte estavam na mesma tonalidade e na forma
binária :tendo uma seção A, que termina com uma cadência imperfeita, e uma
seção B, que resolve a seção A numa cadência perfeita.

A Forma - Sonata

A forma sonata é uma forma musical empregada amplamente desde os


princípios do Classicismo, Emprega-se habitualmente no primeiro movimento
de uma peça de vários movimentos, ainda que às vezes emprega-se nos
seguintes movimentos também. Ela baseia-se num discurso musical onde
sons expõem duas idéias - Tema A e B - que são apresentadas , desenvolvidas
e reapresentadas como num debate lógico onde opniões são apresentadas
postas em confronto e prevalecem entre si..
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Até o perído barroco o discurso musical era longo e não flúido, a busca
pela clareza e equilíbrio fez da forma – sonata um caminho para um discurso
curto e definido, onde idéias melódicas estão fixadas a uma condução
harmônica bem elaborada.
Sendo composta por dois temas, sendo em geral um complementar do
outro, numa primeira etapa chamada exposição, os temas são apresentados , à
qual segue-se um desenvolvimento, em que os temas são apresentados mas
de formas diferentes - configurações e tonalidades variadas. Terminado o
desenvolvimento, segue-se a recapitulação (ou reexposição), que apresenta
novamente os temas da exposição. No entanto, desta vez os temas são
apresentados com um caráter diferente - não soam exatamente igual como no
início.
Pode-se resumir a estrutura da Forma-Sonata da seguinte maneira:
 Exposição: Tema A, na tônica, tema B, na dominante.
 Desenvolvimento: Temas A' e B', executados em tons distintos.
 Recapitulação: Temas A e B na tônica.
Em muitos casos, a exposição é precedida por uma breve introdução,
mais lenta e mais fraca melodicamente que os temas principais. A
recapitulação pode ser sucedida por uma coda, um trecho musical de caráter
rápido e conclusivo, com o propósito de dar as "considerações finais" da
música e reafirmar a tonalidade da peça.

Os Gêneros Instrumentais – Sonata, Sinfonia e Concerto

São esses os gêneros instrumentais mais populares da música erudita


que ao longo da história aglutinaram elementos que configurariam sua
identidade sonora, tendo em comum a herança da abertura italiana : peça
instrumental empregada antes do início das óperas no período barroco, cuja
característica fundamental era a presença de três partes: rápida – lenta -
rápida.
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Sonata
Na origem do termo, sonata, de sonare (latim),uma música para "soar”
instrumentalmente, – contrapondo-se a cantata que era vocal. De início
( Barroco) eram escritas para duetos de cordas acompanhados do baixo
contínuo, no cravo ou viola de gamba, chegando a uma instrumentação para
quintetos de cordas ou demais instrumentos no período clássico.
As sonatas de Domenico Scarlatti foram feitas para cravo solo e
compostas no esquema A-B. Com o passar do tempo, sonata passou a
designar a forma musical definida como modelo de música no classicismo. Na
sonata clássica (Haydn, Mozart, Beethoven ) o primeiro movimento é
desenvolvido dentro da forma sonata, depois desse que tem a forma
predefinida vem o movimento livre em andamento lento (Andante, Adagio,
Largo ) e a peça termina com um Allegro (ou Scherzzo, como em Beethoven)
com forma de Rondo ou Minueto.. A sonata no Classicismo às vezes tinha um
quarto movimento:
1. primeiro movimento rápido, cuja forma se baseava na forma-sonata.
2. movimento lento, geralmente em forma de variações;
3. movimento dançante (minueto, por exemplo, remanescente da suíte);
4. movimento final, de caráter enérgico e conclusivo (scherzo, por
exemplo).

Sinfonia
Bem próximo ao fim da Renascença e no início do Barroco, a palavra
sinfonia era um termo alternativo para a canzona, fantasia ou o ricercar- estilos
instrumentais da renascença arreigados a uma tradição polifônica. Mais tarde,
no período barroco, a nomeclatura era usada para identificar um tipo de sonata,
especialmente a sonata trio ou uma sonata para um conjunto grande de
instrumentos. A maioria das óperas e oratórios da época Barroca iniciam com
uma sinfonia . O próprio Handel identificou como tal o movimento inicial do
Messias.
A idéia da Sinfonia como uma composição orquestral em três
movimentos foi aperfeiçoada e enriquecida por Haydn e Mozart. Eles
estabeleceram o quarto movimento e demarcaram bem os movimentos com
seus contrastes de andamento e caráter.
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1. primeiro movimento rápido, cuja forma se baseava na forma-sonata;


2. movimento vagaroso ao estilo canção, de forma ternária ou com
variações ou novamente usando a forma-sonata;
3. movimento rápido com minueto ou sherzo;
4. movimento final, muito rápido de caráter alegre e uso de rondó.,
forma-sonata ou variação.

No Romantismo, a sinfonia passou a adotar uma estrutura mais flexível,


algumas vezes em mais de quatro movimentos, outras vezes em apenas um ou
dois. Seguiu o espírito expressivo da época com seu sentimento descritivo e
pictórico em forma de Poema Sinfônico e Sinfonia de Programa, que invocam
imagens na mente do ouvinte. Um tema recorrente denominado por Idée Fixe é
ciclicamente apresentada em determinados momentos da obra, fazendo alusão
a uma idéia, sentimento ou fato central da mesma.

Concerto
Vindo do aprimoramento do consort inglês renascentista - grupo de
instrumentos da mesma família (whole consort) ou de famílias diferentes
(broken consort) tocando em conjunto – o Concerto tem no período barroco a
sua idéia de disputa e oposição de contrastes fortalecidos graças ao espírito da
época .No Concerto Grosso dois grupos instrumentais se opõem ou um grupo
maior contra um menor. Nos Concertos de Brandeburgo de Bach vemos essa
oposição entre um pequeno grupo de solistas(concertino) e o restante da
massa instrumental.
Do concertino nasce o Concerto Solo, um solista é lançado contra a
orquestra sendo desafiado virtuosisticamente com passagens de difilcudade
elevada e grande expressividade.
O Concerto Clássico é modificado tendo apenas três movimentos –
excluindo a dança- sendo que no primeiro movimento a forma-sonata sofre
mudanças, a exposição passa a ser dupla uma para a orquestra -na tonalidade
da obra- e outra para o solista – no tom co-relativo. O tema nem sempre é
apresentado totalmente na primeira exposição a fim de despertar o interesse
pela obra. A figura do solista vai ganhando destaque devido ao recurso da
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cadência – passagem que exige grande habilidade – baseada em temas


recorrentes ou improvisos.

No Romantismo, os Concertos passaram a ter como propósito explorar o


o brilhantismo, ou seja, a potencialidade dos solistas. A partir de então
surgiram modificações no esquema clássico, como por exemplo: Menor
número de movimentos, tema exposto pelo solista e depois compartilhado com
a orquestra, a cadência passou a ser escrita pelo compositor, transformações
temáticas e introdução do quarto movimento.

BIBLIOGRAFIA

ARDLEY, Neil . O Livro da Música. Dinalivro: Lisboa, 1997;


BENNETT, Roy. Uma Breve História da Música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed 1986;
BORBA, Tomás e GRAÇA, Lopes. Dicionário de Música. Mário Figueirinhas
Editor: Porto, 1996;
CANDÉ, Roland de. História Universal da Música. 2ª Ed. São Paulo: Martins
Fontes ,2001;
GROUT, Donald J. e PALISCA, Claude V. História da Música Ocidental. Ed
Gradiva;
HODER, André. As Formas da Música. Convite à Música. Edições 70: Lisboa,
2002;
HORTA, Luíz Paulo. Dicionário de Música. Zahar Editores: Brasil, 1985;
PISTON, Walter. Harmony. Nova Iorque: W.W. Norton and Company, 1987.
RIEMANN, H. . Vereinfachte Harmonielehre oder die Lehre von der tonalen
Funktionene der Akkorde. London, 1893;
STEHMAN, Jacques. História da Música Européia – das origens aos nossos
dias.Livraria Bertrand 2ª edição.

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