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Mulheres da Bíblia

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Ana, mulher que orou
“Levantou-se Ana [...] Ela, com amargura de alma, orou ao Senhor, chorou
muito.” (1Sm 1.9a-10.)

A Bíblia nos conta a história de uma mulher extraordinária, Ana. Ela viveu
no período dos juízes. Uma época em que “não havia rei em Israel: cada um fazia
o que achava mais reto” (Jz 21.25). Seu esposo chamava-se Elcana, homem da
tribo de Efraim, filho caçula de José.
Ana e Elcana moravam nas regiões montanhosas de Efraim, em Ramatain-
Zofim.
Ele era amoroso e procurava sempre agradar sua amada esposa, quer com
palavras de ânimo, quer por meio de atitudes de honra e confissões de seu amor
sincero.
Entretanto, Ana tinha uma grande angústia em seu coração: ela era estéril.
Nunca poderia gerar filhos. O passar dos anos ia consolidando sua tristeza.
Sentia-se incapaz de corresponder ao amor de seu marido, dando-lhe um fruto
desse amor: um filho; semente abençoada para perpetuar o nome da família e
consagrar a união dos dois.
Além disso, a Escritura Sagrada relata que Ana tinha uma rival: Penina.
Esta era a segunda esposa de Elcana e tinha filhos com ele. Talvez Elcana tenha
se casado também com Penina exatamente por causa da esterilidade de Ana... E
Penina irritava excessivamente a pobre e sensível Ana, porque esta possuía o
amor do marido. “No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifício, dava ele porções
deste a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas. A Ana, porém, dava
porção dupla, porque ele a amava, ainda mesmo que o Senhor a houvesse
deixado estéril” (1Sm 1.4-5.)
Todos os anos, por ocasião das festas fixas do calendário judaico, Elcana
subia com sua família a adorar ao Senhor, levando seus dízimos e sacrifícios de
louvor e gratidão, alegrando-se na presença do seu Deus.
Mas Ana não conseguia se alegrar nas festas anuais por causa da irritação
de Penina, [...] “pelo que chorava e não comia.” (1Sm 1.7.)
Há muitas mulheres que têm o amor do marido, são honradas por eles, mas
não se sentem realizadas por causa de sua esterilidade.
Muitas até sentem-se culpadas por não gerarem filhos. A angústia do
coração faz adoecer fisicamente.
Outras mulheres experimentam lágrimas doídas, provocadas pela irritação
constante da inveja declarada de quem está tão perto, no convívio diário. Irritação
que soa como um gotejar contínuo que enlouquece e faz perder a alegria de
desfrutar da vida. São situações de conflito que amarguram o coração e, então,
não se consegue ver o sol, mas apenas as sombras dos problemas crônicos.
O que fazer? Ana nos dá a resposta: orar.
Orar com intensidade e firmeza. Orar com perseverança na direção da
perfeita vontade de Deus. Arriscar pedir a realização do sonho de sua vida. Lançar
sobre o coração de Deus toda a ansiedade do coração humano e esperar, com fé,
o que vai acontecer...
Parecia que as palavras doces de Elcana não conseguiam entrar no
coração de sua esposa: [...] “Ana, por que choras? E por que não comes? E por
que estás de coração triste? Não te sou eu melhor do que dez filhos?” (1Sm 1.8.)
Ana não poderia trazer preocupações para seu marido. Ela precisava encontrar a
solução e parar com sua atitude passiva de apenas chorar. Então, após terem
comido e bebido, antes de retornarem para casa, naquele ano, “levantou-se Ana
[...] ela, com amargura de alma, orou ao Senhor, chorou muito” (1Sm 1.9a-10).
Ela tomou a atitude decisiva de guerrear no mundo espiritual: orar com toda
intensidade, com suas lágrimas, com o coração transparente e sincero. Ana se
derramou em súplicas diante de Deus. “E fez um voto, dizendo: ‘Senhor dos
Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te
lembrares, e da tua serva não te esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao
Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará
navalha’.”
(v.11.) Ana conhecia a história de Sansão, o campeão nazireu de Deus, que
falhou por causa de seu pecado, mas ela sabia que Deus precisava de um “novo
campeão” para ser usado por Ele naquela geração. Ana se dispunha a dar o seu
melhor para Deus e para sua nação.
Há duas coisas muito importantes na oração de Ana a serem observadas:
aqui, pela primeira vez, Deus é chamado nas Escrituras de “O Senhor dos
Exércitos”, “Javé Sabaoh”. Ana sabia que se encontrava em verdadeira batalha
espiritual, no âmbito familiar e também nacional. Sua nação estava vivendo sob o
mau procedimento dos filhos do sacerdote Eli, que deixavam as ovelhas de Israel
desprotegidas diante dos inimigos.
E havia guerra também dentro da casa de Elcana, com Penina
constantemente provocando Ana e “espetando-lhe a carne” com palavras
maldosas. Ana então orou ao Senhor dos Exércitos. Ela creu num Deus que
domina sobre todas as coisas. Ela creu que o Senhor ouve o clamor dos fracos,
indefesos e angustiados...
É muito importante que nos aproximemos de Deus crendo em sua
existência e que Ele é galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). É preciso saber
quem é o nosso Deus.
Qual a amplitude do seu poder. Qual é a dimensão do amor que Ele
demonstra por seu povo. É importante saber que “não sabemos orar como
convém, mas que o Espírito de Deus nos assiste em nossas fraquezas e intercede
por nós, sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26), aleluia! É preciso
orar com fé.
“Demorando-se ela no orar perante o Senhor, passou Eli a observar-lhe o
movimento dos lábios, porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se
moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma; por isso Eli a teve por
embriagada.” (v.12-13.) Ao orar com toda a intensidade de sua alma, Ana agora
iria enfrentar um julgamento falso a seu respeito. Eli a teve por embriagada e
chamou-lhe a atenção. Ela poderia ter-se sentido ofendida e nunca mais querer
retornar a Siló, perante o sacerdote Eli. Mas sua luta não era no campo humano.
Sua guerra era espiritual. Sua resposta estava nas mãos do Senhor e era para Ele
que ela deveria olhar. Somente para Deus.
“Porém Ana respondeu: Não, senhor meu! Eu sou mulher atribulada de
espírito; não bebi nem vinho nem bebida forte; porém venho derramando a minha
alma perante o Senhor. Não tenhas a tua serva por filha de Belial; porque pelo
excesso de minha aflição é que tenho falado até agora.” (v.15.)
Como é importante manter os olhos postos no Senhor e não em nós
mesmos!
Como Ana nos dá uma prova de um coração firme e confiante, ao
responder com respeito a quem a ofendia... Ela se explicou respeitosamente e não
levou em conta o julgamento precipitado de Eli. Quantos problemas seriam
resolvidos de maneira mais fácil, se as pessoas não se sentissem tão facilmente
ofendidas... Muitas mulheres criam verdadeiros “cavalos de batalha” com
situações e palavras que não merecem tanta ênfase.
A verdade fala por si somente; não é preciso se importar com calúnias tolas
a nosso respeito.
E o sacerdote Eli trouxe uma palavra profética para Ana: [...] “Vai-te em paz
e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste.” (v.17.) Era exatamente
dessa palavra que Ana precisava: paz e confirmação da vontade de Deus em seu
coração. Ela tomou posse da paz, e o texto nos diz que ela, a seguir, seguiu seu
caminho e comeu, e já não era triste o seu semblante, aleluia!
Ali, naquele momento aconteceu a cura da alma de Ana. Foi quando se
derramou, de coração, diante do Senhor; quando enfrentou incompreensão e
calúnia e manteve-se firme em seu propósito de buscar a Deus, é que Ana
experimentou a paz para prosseguir vivendo, crendo e sonhando os sonhos de
Deus para si...
Hoje já não é mais preciso que algum sacerdote nos diga as palavras de Eli,
pois as Escrituras nos garantem que Deus ouve as nossas orações. O Senhor
deseja que lancemos sobre Ele toda a nossa ansiedade porque tem cuidado de
nós, aleluia! A palavra profética para a nossa vitória em oração já foi pronunciada
pelo Senhor Jesus: “Pedi e dar-se-vos-á...” (Leia Lucas 11.9-13.)
Ana se levanta no Velho Testamento como uma guerreira da oração. Ela
recebe a resposta amada do Senhor: um filho, Samuel.
Ela cumpre o voto que fizera, devolvendo seu filho para o serviço do
Senhor; deixando-o no templo em Siló: “Pelo que também o trago como devolvido
ao Senhor, por todos os dias que viver, pois do Senhor o pedi.” (v.28.) Não haveria
melhor lugar para seu pequeno Samuel do que na casa do Senhor, no serviço do
Senhor dos Exércitos, aleluia! E Ana com seu marido e o filhinho adoraram ao
Senhor. Ana entoou um belíssimo cântico ao Senhor. Muitos anos mais tarde,
Maria, iria cantar também a glória do Senhor e o cumprimento de sua Palavra,
também por meio de um cântico semelhante ao de Ana.

Para você refletir:


Como você se sentiria no lugar de Ana? Como agiria, sendo irritada
diariamente por sua rival, sendo caluniada por um homem de Deus?
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Qual é a dificuldade que você tem no relacionamento conjugal? O que tem


feito a respeito disso?
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Você tem alguém que sente inveja de você, lhe incomoda e até mesmo irrita
com suas atitudes? Como você reage a estas provocações?
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Você já foi caluniada por uma pessoa idônea? Como você se portou? Qual
seria a atitude correta numa situação dessas?
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Você é uma mulher de oração? Como e quando você ora?


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No momento presente, qual é a sua petição?


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Leia os textos e medite sobre as formas e motivos de oração que a Bíblia


nos dá: Fp 4.6-7; 1Tm 2.1-4; Tg 4.2-3; 1Pe 4.7; Sl 55.22; Lc 11.9-13; Rm 10.3.

Pastora Ângela V. Cintra


Líder do Ministério Gideões da Oração:
(31) 3421-2003, 3421-2993.

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