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Acta do Conslio dos Deuses Aos dezassete dias do ms de Abril do ano da Graa de mil quatrocentos e noventa e oito, reuniram-se,

pelas doze horas, na casa etrea do Olimpo, todos os deuses, sob a presidncia de Jpiter, pai dos deuses e deus dos raios e dos troves, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto nico : as cousas futuras do Oriente. O Presidente do Conslio deu incio aos trabalhos, lembrando aos presentes o sucesso que os Fados determinaram para a Lusitana gente no Oriente. Em seguida, traou, de forma elogiosa, o percurso passado, presente e futuro dos Portugueses e decidiu que a desgastada frota lusa fosse apoiada, na costa africana, para que pudesse prosseguir, depois, sem problemas. Baco, temendo que o seu nome fosse esquecido no Oriente, discordou dessa posio. Por seu turno, Vnus levantou-se em defesa dos Portugueses, salientando as suas semelhanas com os Romanos, no valor guerreiro e na lngua. Uma posio secundada por Marte, sensvel ao mrito dos Portugueses, que denunciou a inveja de Baco e apelou a Jpiter para que mantivesse a deciso j por ele tomada de apoiar os Portugueses. Ouvidos todos os argumentos, Jpiter deliberou manter a deciso de apoiar a frota lusa, tendo aspergido com nctar todos os presentes. E nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sesso, da qual se lavrou a presente acta que, depois de lida e aprovada, vais ser assinada nos termos da lei do Fado eterno. O Presidente : Jpiter, pai dos deuses O Secretrio: Mercrio, mensageiro dos deuses.

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