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INTRODUO Num mundo absolutamente dependente da iconografia, frases como uma imagem vale mais do que mil palavras

enaltecem o potencial comunicativo que uma imagem pode encerrar e celebram a superioridade desta, face s palavras, na veiculao de uma mensagem. Muitos so os cartoons que ilustram as pginas dos jornais, que em tom crtico ou depreciativo denunciam realidades para todos evidentes, as sobre as quais ningum ousa escrever. DESENVOLVIMENTO O lder de Angel Boligan configura objetivamente uma televiso, colocada sobre um alto e retilneo pedestal, da qual sai um brao que aponta uma direo que seguida por uma multido, sem rosto, curvada e informe. Para ilustrar a crtica implcita imagem, o cartoonista serve-se de tonalidades sombrias e glidas (branco, cinza, preto e violeta) e de uma ambivalncia de traos: retas para os elementos que representam o poder; curvas para aqueles que se encontram subjugados assertividade do gesto. De notar que o traado curvo utilizado para o esboo da multido lhe confere contornos de uma tristeza quase hipntica e pessimista, que se poder associar a uma imagem de resignao impotente. Este cartoon aponta o poder avassalador da televiso sobre as pessoas. A inteno crtica parece passar no s pela atitude do brao humano que sai da televiso, mas tambm pelo comportamento de quem segue, curvado, s suas ordens.

CONCLUSO A televiso, o meio de comunicao por excelncia, considerando o nmero de pessoas a que chega, ser sempre um meio privilegiado de difuso de contedos, independentemente do seu valor comercial, social, poltico ou ideolgico, funcionando como um dos motores das mquinas de campanha que empresas e instituies pem a funcionar para atingir os seus objetivos estes sempre muito distantes da clareza de raciocnio e de opinio.

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