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Elaborado por: Sergio Alvares da Costa Neves Filho Data ; 05/01/2007 Revisao:05/2012 RESUMO A disciplina de Prevengio ¢ combate contra Incéndio, tem papel fundamental na formagiio do discente, Sua finalidade ¢ fazer com que o aluno conhega e se familiariza-se com as técnicas de prevengao contra incéndios, além de capacitar 0 aluno quanto a projec, implantago ¢ manutengao, periédica dos sistemas de protegio contra incéndios ¢ seus equipamentos de seguranga. O aluno aprenderd a elaborar relatérios sobre o tema, indicando as precaugdes pertinentes a cada situag&o. A disciplina tem influéncia direta na carreira do profissional da rea de Seguranga do Trabalho, uma vez que a PREVENCAO E COMBATE A INCENDIOS est presente em todos os setores de qualquer ramo de atividade. Essa sera uma drea onde ele atuara diretamente em seu dia-a-dia, Esta apostila foi elaborada para oferecer ao estudante uma vistio abrangente da disciplina. O texto, auxiliado por ilustragdes e por uma série de exercicios, tem o objetivo de facilitar a assimilago e compreensio do discente quanto ao conteitdo da obra. Agradego aos meus queridos alunos pe oportunidade de estar trocando informagde ensinando e principalmente aprendendo, Cada palavra de agradecimento me enche orgulho © coragem para continuar sen professor, jé que me estimulam a continuar utando, por uma boa educagio. Esper continuar sempre aprendendo © que esta ob possa ajudé-los, a alcangar seus objetivos. le lo a io a Sumario Médulo 04 ‘A Quimica do Fogo Definigdes Elementos Essenciais do Fogo Fogo e Incéndio Propagagio do Fogo Combustivel e sua Volatilidade ‘Temperaturas Energia Minima Classes de Incéndio Toxidade da Fumaga Métodos de Extingio e Combate Agentes Extintores Limites de Inflamabilidade Alguns Fenémenos Decorrentes em Incéndios Evolugao do Ineéndio Celulésico em Fungo do Tempo Bibliografia Complementar Exercicios Méduto 02 Sinistro Determinagao do Risco de Incéndio da Edificagzio Conhecendo © COSCIP-PE Bibliografia Complementar Exercicios Moduto 03 ‘Comportamento Humano em Caso de Incéndio Introdugao Aprendendo com a Historia Incéndios Prediais Fatores Humanos Comportamento na Fscolha da Saida de Emergéncia Abandono de area Plano de Emergéncia Bibliografia Complementar Exercicios Médulo 04 Calculo das Unidades de Passagem (Safdas de Emergéncia) Vato Livres Unidade de Passagem Rotas de Fuga Célculo da Unidade de Passagem Conforme NBR 9077 Cilculo da Unidade de Passagem Conforme COSCIP-PE Portas Corta-Fogo para Saidas de Emergéncia Disténcias Maximas (Saida de Emergéncia) Bibliografia Complementar Exercicio o1 o1 02 03 05 06 07 10 10 12 14 15 19 20 23 24 25 28 28 31 33 34 38 38 38 39 40 aL 41 42 43 44 45 45 46 46 46 47 50 52 54 35 Médulo 05 Equipamento Extintor de Incéndio Historic O que é um Extintor de Incéndio Classificagao dos Extintores Normas de Referencia Composigaio Basica dos Extintores de Incéndio Tipos de Extintores Procedimentos de Manutengdo Niveis 1, 2.¢ 3 Como Utilizar o Extintor de Incéndio Recomendagdes de Ordem Geral Simbologia Ensaio de Funcionamento Dimensionamento dos Extintores de Incéndio Bibliografia Complementar Exercicio Médulo 06 Sistema de Iluminagao de Emergéncia Definigdes Como Deve Ser o Sistema de Huminagdo de Emergéncia Conhecendo 0 Sistema Determinagdes do COSCIP-PE Dimensionando o Sistema Simbologia Bibliografia Complementar Exereicios Médulo 07 Sistema de Detecgao e Alarme de Incéndio Definigao dos Componentes do Sistema Caracteristicas da Instalagaio Prinefpio de Funcionamento dos Detectores Dimensionamento PrecaugGes nas Instalagdes ‘Tipos de Sistema de Detecgdo ¢ Alarme Simbologia Bibliografia Complementar Exercicios Moduto 8 Sistema de Hidrantes e Mangotinho Definigéies Principais Componentes do Sistema Exigéncias Normativas do COSCIP-PE Mangueiras de Incéndio Fiscalizagao do INMETRO Manutengdo das Mangueiras de Incéndio Bibliografia Complementar Exercicios 56 56 56 57 37 37 58 61 61 64 64 65 10 B 4 82 82 83 83 85 86 87 88 89 90 o1 92 93 95 100 101 104 106 107 109 109 110 118 139 140 144 149 150 Médulo 09 Sistema de Chuveiros Automaticos Definiges Fatores de Influencia na Escolha do Chuveiro Automatico Estoques de Chuveiro Sobressalentes Identificagio do Equipamento Dimensionamento Fiscalizagio da Qualidade dos Chuveiros Automaticos Bibliografia Complementar Exercicios Médulot0 Brigada de Incéndio Definigoes Legislagaio Atribuigdes da Brigada de Incéndio Céilculo da Brigada de Incéndio Organograma da Brigada de Incéndio Caloulo do Tempo de Evacuagao Exercicios Complementares Anexos Tabela de Comprimento Equivalente Requerimento tipo 1 Requerimento tipo 2 Relatério de Inspegao e Manutengiio de Mangueiras NBR 14276 NBR 9077 ‘Tabela do IRB (Classe de Ocupagaio - Risco de Ineéndio) 153 153 154 157 157 158 160 165 166 168 168 169 169 170 174 175 177 178 Médulo 01 1.0.A Quimica do Fogo Objetivo: Garantir que o aluno tenha conhecimento da origem, importancia ¢ quimica do fogo, além das classes de materiais ¢ de como ele ocorre. 2.0 Introdugio O fogo tem sido desde a sua descoberta, empregado pelo homem como elemento indispensavel ao progresso da humanidade. Sua aplicagio vai desde 0 cozimento de alimentos a geragaio de energia. A natureza do fogo foi, por varios séculos, objeto de estudo de sibios alquimistas. Ao fim do século XVIII, Lavoisier apresentou a teoria até hoje aceita: “O fogo é uma forma de oxidagdo rdpida”. fogo, quando controlado pelo homem, pode ser muito util, Entretanto, ao fugir de controle, torna-se fonte de destruigdo e passa a ser denominado INCENDIO. Quanto mais 0 homem utiliza o fogo, maior &, também, a possibilidade de ocorrerem inendios, Por isso, hoje, a Protegdo contra Incéndios deixou de ser uma simples arte - antes exercida por homens dotados, sobretudo de bravura e coragem - para transformar-se numa cigncia que vem sendo desenvolvida por técnicos que estudam suas origens e a melhor forma de preveni-los ou combaté-los. O Fogo é um fenémeno quimico denominado combustio. A combustéio consiste em uma reago quimica das mais elementares (geralmente uma oxigenagio) que é caracterizada pela instantaneidade de reagdo e, principalmente, pelo grande desprendimento de luz ¢ calor. Para que se processe esta reago é necesséria a presenga de trés elementos: combustivel, ‘comburente e temperatura de ignigfo. 3.0 Definigdes 3.1 Combustiio A combustio é uma reagio quimica que ocorre entre 0 oxigénio ¢ um combustivel, produzindo luz ¢ calor. Combustivel A combustio é representada normalmente % pelo tetraedro do fogo, exposto a seguir: Comburente , Reagii| Energia de Ativago em (calor) Cadela vewamn Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br -1- 3.2 Elementos Essenciais do Fogo. Para que se possa interpretar o significado do tetraedro do fogo é imprescindivel que se conhegam os elementos essenciais do fogo, que constituem os lados dessa figura geométrica. 3.2.1 Combustivel E tudo aquilo capaz de entrar em combustao, ou seja, é 0 elemento que alimenta 0 fogo, contribuindo para a sua propagagao. Os combustiveis comuns, em sua maioria, sio compostos de carbono ou hidrogénio em quantidades varidveis, podendo ser sélidos, liquidos © gasosos. * Sélidos: madeira; papel; carvio; fibras, vegetais; ete. * Liquidos: gasolina; dlcool; éter, leo; diesel; etc. * Gasosos: metano; etano; propano; butano; ete. Apesar de todos os materiais orgénicos serem combustiveis, apenas alguns materiais inorganicos também serdo combustiveis. De um modo em geral antes de iniciar a combustio (queima) 0 combustivel deve se transformar em vapor. 3.2.2 Comburente (Oxigénio) 0 oxigénio € 0 segundo elemento do tetraedro do fogo e ¢ encontrado normalmente no ar atmosférico, uma mistura de, aproximadamente, 21% de oxigenio, 78% de nitrogénio ¢ 1% de outros gases. © oxigenio ¢ 0 elemento que “dé vida” as chamas ¢ intensifica a combustiio, razaio pela qual quando 0 ambiente tem pouco oxigénio o fogo quase nao produzir chamas, enquanto que, em ambientes com muito oxigénio as chamas sero intensas, brilhantes ¢ de clevadas ‘temperaturas. E importante ressaltar, entretanto, que existem substancias que possuem, em sua estrutura, grandes quantidades de oxigénio (agentes oxidantes) e que vao libera-lo durante a queima. Essas substincias podem, portanto, manter a combustio, mesmo em ambientes onde nio existia oxigénio em proporgdes adequadas para que o fogo pudesse ocorrer. 3.2.3 Energia (Calor) E 0 tereeiro elemento essencial do fogo ¢ constitui um dos lados do tetraedro. B o elemento que serve para dar inicio a um incéndio, que o mantém e que incentiva a sua propagacao. E através do calor que elevamos a temperatura do combustivel & sua temperatura de ignig&o a fim de haver o fogo. vaosam Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br -2- © calor pode ser fornecido por meio de varias fontes de ignigdo, tais como: equipamentos elétricos, superficies quentes, fricgio mecanica, centelhas, chama aberta, etc. 3.2.3.1 Fontes de Igni¢ao rérmica: a ignigGo é feita através de uma fonte de calor ou de uma energia de ativagio direta; * Quimica: a energia se produz através de uma reago quimica do tipo exotérmica dada por diluigaio, decomposigio, ete; * Mecfiniea: quando a energia é obtida através de um fendmeno fisico de cariter meciinico, como compressa, friegiio, etc, * Nuclear: quando a energia se produ. como conseqiéncia de um processo de fissaio dos micleos de étomos radioativos, 3.2.4 Reacio Quimica (Reagiio em Cadeia) Quando 0 Combustivel, 0 Oxiggnio © 0 Calor atingem condigdes favoraveis, misturando-se em proporgdes ideais, acontece uma Reag3o Quimica em cadeia que iré dar origem ao fogo 4.0 Fogo e Incéndio incéndio se caracteriza quando 0 fogo se torna incontrolivel em relagio dimensio do objeto em Risco, resultando em sua queima significativa, total ou parcial, tomando-o imprestavel. Em outras palavras, enquanto o fogo puder ser controlado ao ponto de ser considerado Localizado em relagdo a Dimensiio Fisica do objeto, no se poderé classificé-lo como incéndio. Aqueles que lidam com esse tipo de Risco (bombeiros ¢ técnicos em seguranga do trabalho) costumam dizer que “no se extingue incandio, Apenas resfria-se 0 rescaldo ou isola-se 0 evento, evitando seu alastramento”, O que significa dizer que pode-se apagar 0 fogo, porém nfo o incéndio. As definigdes abaixo traduzem exatamente 0 que ¢ o incéndio. + Brasil NBR 13860: O inc&ndio ¢ o fogo fora de controle, + “Internacional ISO 8421-1: Incéndio é a combustio rapida disseminando-se de forma descontrolada no tempo e no espago”. Exemplificando. 1, Admita-se um galpao de estoque de algodiio, Risco Isolado, distante da industria téxtil, com sua capacidade plenamente esgotada, vaosana Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br 3+ Um foco de fogo nessa matéria-prima, se niio controlado de imediato, certamente tomara todo o galpiio e provocara sua perda total, caracterizando incéndio, Se esse galpio for seccionado por paredes corta-fogo € se sua construgiio é de classe superior, pode-se dizer que cada segéio é uma fraglio do risco total, que o risco total esta pulverizado, fogo, mesmo no controlvel em um setor, pode destruir seu estoque e nio atingir os demais. O galpao seria preservado ¢ 0 fogo, considerado localizado em apenas um dos seus componentes Para o setor atingido, considerando-o um risco isolado, ficaria caracterizado como incéndio, limitando ao contetido. Para 0 galpfo, um fogo localizado, controlado pelas protegdes (no caso, paredes corta-fogo) 2. Supondo a ocorréncia de fogo em um motor elétrico, que apenas queimou um ‘componente (um contacto ou um bobina), o mesmo nfio se caracterizou incéndio. Caso 0 fogo assuma proporgdes a ponto de atingir todo 0 equipamento tornando-o irrecuperivel, diz-se apropriadamente que 0 objeto foi danificado por incéndio, De qualquer forma, ineéndio é iniciado por fogo, © fogo somente ocorre com a combinagiio de trés elementos que compdem o chamado “triéngulo do fogo”: * Comburente - Oxigénio (02); © Material ou substancia combustivel; © Fonte de calor. 0 026 0 tinico elemento presente em todos os ambientes ou ao seu redor. Portanto, os elementos varidiveis e que podem ser controlados com maior facilidade sao 0 combustivel e a fonte térmica. Pode-se concluir que em objetos herméticos ¢ isentos de Orem seu interior, jamais podera ocorrer fogo internamente, mesmo que tenha combustivel e que haja uma fonte de calor forte o suficiente para que esse combustivel atinja seu ponto de fulgor. Resumindo: A iinica causa possivel para a ocorréncia do fogo e consequent incéndio, & a combinagio dos seus elementos fundamentais. * causas da fonte de calor, na presenga de O; e combustivel; * causas da presenga de combustivel, junto a O2 ¢ fonte de calor; * causas da presenga de oxigénio nos ambientes que no © comportam ¢ que contém combustivel e fonte térmica. eos Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br -4- 5.0 Propagagao do Fogo A propagagaio de um incéndio é consequéncia direta do calor gerado. O calor gerado em incéndio pode propagar-se por trés métodos: Condugdio, Convecgiio ¢ Radiagao. 5.1 Condugao Condugao é 0 processo pela qual o calor se transmite de um ponto para outro por contato direto ou através de ‘um meio intermediario sélido, liquido ou gasoso aquecido. A. transmissio do calor por condugdo é demonstrada na sua maior extensio pelos metais, embora outros materiais possam também conduzir 0 calor em varias gradagdes. 5.2 Conveegiio A transferéncia de calor por convecgiio & efetuada através de um meio circulante, que pode ser tanto um gas como um liquido. Ela se di pela formagdo de correntes ascendentes descendentes no seio da massa fluida (liquida ou gés). A convecgio & responsdvel pela tiragem das chaminés (quando nao existe tiragem forgada). Na area de propagagio de incéndios, a convecgio & responsivel pelo alastramento de muitos incéndios, as vezes em compartimento bastante distantes do local de origem do fogo. 5.3 Radiagio Radiagao ¢ a transmissfo de calor de um corpo para 0 outro por meio de raios ou ondas calorificas através de espagos intermediéirios, da mesma forma que a luz é transmitida pelos raios solares. E dessa forma que o calor do sol chega até nés. Um exemplo é o calor irradiado de um tanque ‘em combustivel para outro, proximo. Assim como acontece com a luz, 0 calor irradiado caminha através do espago em uma linha eta até se encontrar com um objeto opaco, onde é absorvido e prossegue através do objeto por condugao. Um exemplo desse método de ‘transmissao de calor é quando nos aproximamos de um incéndio; o calor que sentimos a distincia ¢ o calor radiante. wets SETYIO A. Ua Lost Neves ruiny —_sergioho@prevencao-pe.com.br -5- Uma melhor forma de verificar como o calor de propaga ¢ estudando a figura abaixo, YPRE conoucho convecho IRRADIAGAO. 6.0 Combustivel e sua Volatilidade | Os combustiveis liquids sao clasificados, geralmente, em volateis ¢ nao volateis. wwasan Sérgio A. da Costa Neves Filho sergiofilho@prevencao-pe.com.br -6- 6.1 Combustivel Volatil Diz-se que um combustivel é volatil quando ele emana, a temperatura ambiente, vapores inflamaveis, Exemplo : gasolina, nafta, éter, hexano, tolueno, bezeno, ete. ‘Todo produto que emana vapores 4 temperatura ambiente & denominado de produto leve. 6.2 Combustivel Nao Volatil. Diz-se que um combustivel nao é volatil quando ele niio ‘emana vapores a temperatura ambiente, Exemplo : dleo combustivel, éleo lubrificante, querosene, ete... ‘Todo produto que néio desprenda vapores a temperatura ambiente & denominado de produto pesado. ‘Das Temperaturas Ponto de Fulgor E a temperatura minima necessdria para que um combustivel desprenda vapores ou gases inflamaveis, os quais, combinados ‘com 0 oxigénio do ar em contato com uma chama, comegam a se queimar. A chama, entretanto, nZo se mantém porque os gases produzidos sao insuficientes. eosin Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br PONTO DE FULGOR a eS - Ponto de Combustio E a menor temperatura na qual os gases desprendidos, dos corpos combustiveis, ao entrarem em contato com uma chama ou centelha se inflamam e mantém a combustio, uma vez que, neste caso, hi gases suficientes. A diferenga entre ponto de fulgor ¢ © ponto de combustiio para o mesmo combustivel, é de 3 a 4 graus centigrados, ou seja, muito pequena, Para fins priticos, levando-se em conta que esses dois pontos estio muito proximos, pode-se consideré-los como um ponto ico o qual € denominado de ponto de inflamabilidade. Assiin sendo, um combustivel acima do ponto de inflamabilidade pode ser inflamado e, abaixo do ponto de inflamabilidade nao pode. Ponto decombusto vena Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br PONTO DE COMBUSTAO ‘Temperatura de Ignigho E a temperatura minima, na qual os gases desprendidos de um corpo entram em combustzio mesmo nao havendo a influéncia de uma fonte externa de calor, pois somente a presenga do oxigénio do ar ja é suficiente para tal Raros combustiveis tém 0 ponto de ignigao tao baixo que se inflamam espontaneamente temperatura ambiente, como por exemplo, 0 fésforo amarelo, que tem 0 ponto de ignigio de 30°C. Assim, um combustivel que tenha 0 ponto de fulgor maior do que 0 outro poderd ter 0 ponto de ignigdo menor e vice-versa. Outro conceito que ressalta da nogio do ponto de ignigaio é que nao & necessiria a presenga de uma chama propriamente dita para dar inicio a um incéndio, Uma antepara metdlica aquecida, os gases quentes que se originam de um incéndio num compartilhamento ¢ sio levados a outro através de condutos de ventilagio de pogos de clevadores, o proprio sol quando tem seus raios concentrados por uma lente, podem atuar no sentido de fornecer ponto de ignigdo para combustiveis que ja tenham ultrapassado 0 ponto de combusto. Os pontos de fulgor ¢ de ignigfio de uma mistura de varios combustiveis so iguais aos menores valores dentre as substéncias componentes da mistura, vaowon Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br -9- PONTO DE rae A tabela abaixo exemplifica algumas substancias com seus referidos pontos de fuulgor © pontos de ignigao, ‘Substancias Ponto de Fulgor °C Ponto de Ignigiio °C | Acetona___| __ “17,7 538 Acido Acético | 40 426 Alcool ial2 371 426 Benzina “17,7 232 Eter = 45 180 Gasolina a2 at 257 I Querosene 38.a74 254 ‘Acetileno Gas 335) | Parafina 199.9 245 8.0 Energia Minima de Auto Ignicaio Outro conceito consideravel ¢ 0 de energia minima de auto-ignigéo, que é a menor quantidade de energia transformada em energia térmica que. introduzida em um ponto de mistura combustivel, dé origem a uma chama que se propaga por uma mistura. Assim sendo, no é 0 bastante ter temperatura, é preciso também ter a energia da centelha, para provocar a combustao. 9.0 Classes de Incéndio Para melhor entendimento e enquadramento dos incéndios, criow-se sistema de classificagao constituido de classes que irdo variar de acordo com o material que esta sendo vaasnon Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br -10- queimado. E importante conhecermos todas as classes, assim como os agentes extintores utilizados em cada uma delas. Classe “A” Os incéndios desta classe ocorrem em combustiveis s6lidos que queimam em superficie € profundidade deixando cinzas ¢ carvao no final de sua combustéio. Ex: Madeira, papel, tecidos, ete. Classe “B” Os incéndios desta classe ocorrem em combustiveis liquidos e gasosos. Normalmente sendo os derivados do petréleo. Ex: Gasolina, GLP, alcool, querosene, etc. Classe “C” Serio considerados incéndios da classe “C” equipamentos elétricos, ligados ou nao. Vale lembrar que alguns equipamentos armazenam cargas, mesmo depois de terem perdido sua energia. Ex: Paindis elétricos, cabos elétricos, televisio, ete. Classe “D” So os que envolvem os metais piroféricos, metais que queimam. Normalmente alcalinos ¢ alcalinos terrosos. Ex: Sédio, magnésio, titénio, Potassio, aluminio em pé, ete. Classe “K” Sto os que envolvem as gorduras utilizadas nas cozinhas. Ex: Oleo de Cozinha, Banha vegetal ou animal Classe “E” So as substincias radioativas, tais como uranio, cobalto, césio, ridio, etc. para ser feita a extingdo deste fogo deve-se aplicar um pé quimico especial. A protegio do combatente deste incéndio deve ser feita com EPI’s especiais para radioatividade. Para facilitar a identificagao foram criados simbolos que representam as classes vaso Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br “ie CLASSES DE INCENDIO | CLASSE A. CLASSE C CLASSE D CLASSE K J sas or qeumcos wera tirana" | seus eTnCOS YY cousvsrnves GonouRA N NG N S S ~ iw eden, Cae deta em san conhrido ta sin atic fo : as a ee Ocorre quando a queina | equgamertoselévicos pirofiicos, como vcaaureithos cone | acoectembgios Jenergizados A extngto deve] magus, slo, emt ois ed rein 00 | av pase | reaper eg ei | esnips, | grdraen ef rai so et eens ccata | hi fect, on celetricidade. 1inco, titinio, sédio, uréaio | No reconhecimento da classificagao do ineéndio reside grande parte da técnica de sua exting&o, uma vez que os agentes extintores so projetados ¢ fabricados para atender uma determinada classe de ineéndio. Nao ha muito estudo sobre o fogo de classe B, entretanto. E 0 seu simbolo ¢ 0 mesmo utilizado para representar a energia nuclear. ~ sim 10.0 Toxidade da fumaga Geral A composigaio quimica da fumaga é altamente complexa e varidvel, Chega a ter duas centenas de substancias ¢ a porcentagem dessas substincias varia com o estigio do incéndio, A formagio dessas substéncias € influenciada pela composig&io quimica do(s) material(ais) em combustdo, pela oxigenagio e pelo nivel de energia (calor) no processo. Gases t6xicos mais comuns no incéndio e seus efeitos ‘A toxicidade da fumaga depende das substincias gasosas que a compde. As mais comuns sto a) monéxido de carbono - CO : é encontrado em todos os incéndios ¢ ¢ resultado da combustiio incompleta dos materiais combustiveis a base de carbono, como a madeira, tecidos, plastics, liquidos inflamaveis, gases combustiveis, ete. vewsan2 Sérgio A. da Costa Neves Filho __sergiofilho@prevencao-pe.com. br -12- O efeito téxico deste gés é a asfixia, pois ele substitui 0 oxigénio no proceso de oxigenagao do cérebro efetuado pela hemoglobina, ‘A hemoglobina ¢ o componente do sangue responsavel pela oxigenagio das células do corpo humano. Ela fixa 0 oxigénio no pulmio formando 0 composto denominado de oxihemoglobina. Quando 0 oxigénio é substituido pelo mondxido de carbono, o composto formado € 0 carboxihemoglobina que provoca a asfixia do cérebro pela falta de oxigénio, Esse € um processo reversivel, porém lento, portanto, quando as pessoas forem afetadas por este gas ¢ fundamental que elas reccbam muito oxigénio ¢ fiquem em repouso. A anoxia produzida pelo mondxido de carbono nao cessa pela respiragaio do ar fresco, como no caso dos asfixiantes simples. Apos moderado grau de exposigo, somente em tomo de 50% do mondxido de carbono inalado é eliminado na primeira hora em circunstincias ordindrias ¢ sua climinagao completa leva algumas horas quando se respira ar fresco. A concentragdo maxima de monéxido de carbono ao qual uma pessoa pode se expor som sentir seu efeito ¢ de 50 ppm (parte por milhio) ou 0,005% , em volume no ar. Acima deste nivel aparecem sintomas como dor de cabega, fadiga e tonturas b) gas carbénico ~ CO2: é encontrado também em todos os incéndios e é resultado da combustdo completa dos materiais combustiveis a base de carbono. A toxidade do gas carbénico ¢ discutivel. Algumas publicagdes néo o citam como gas t6xico, dizendo que 0 mal-estar ¢ devido 4 diminuigdo da concentragio de oxigénio pela presenga dele no ambiente, enquanto outras publicagdes afirmam que ele seja t6xico. Entretanto, como efeito nas pessoas que inalam o gis carbénico foi verificado que a respiragio é estimulada, os pulmées dilatam-se e aumenta a aceleragio cardiaca. O estimulo pronunciado na concentragio de 5% e apés a exposigdo de 30 min produzem sinais de intoxicagao; acima de 7% ocorre a inconsciéncia pela exposigao de alguns minutos. O limite toleravel pelas pessoas é em torno de 5.000 ppm ou 0,5% em volume no ar. ¢) gs cianidrico, cianeto ou cianureto de hidrogénio - HCN: é produzido quando materiais que contém nitrogénio em sua estrutura molecular sofrem a decomposigao térmica, Os materiais mais comuns que produzem o gis cianfdrico na sua queima sto: seda, nailon, orlon, poliuretano, uréia-formoldeido, acrilonitrila, butadieno e estireno. O gis cianidrico ¢ outros compostos ciandgenos bloqueiam a atividade de todas as formas de seres vivos. Eles exercem uma ago inibidora de oxigenago nas eélulas vivas do corpo. 4) gas cloridrico - HCI: ¢ um gas da familia dos halogénios; os outros sio HBr (gis bromidrico), HF (gas fluoridrico) e HI (gas iodidrico), cloro é 0 halogénio utilizado para inibir 0 fogo nos materiais sintéticos, sendo comum encontré-lo nas estruturas dos diversos materiais de construgio que sejam feitos de PVC - cloreto de polivinil. Seu efeito é lesar a mucosa do aparelho respiratério, em forma de icido cloridrico (gés cloridrico + umidade da mucosa), provocando inritagaio quando a concentragio € pequena; tosse e ansia de vémito em concentragdes maiores ¢, finalmente, esto seguida de infecgto. wesann Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com. br “2B. ©) 6xidos de nitrogénio - NOx: uma grande variedade de 6xidos, 6xi-Acidos e 6xi-anions, correspondentes aos estados de oxidagao do nitrogénio de +1 a +5, pode ser formada num ineéndio. As suas formas mais comuns sto: monéxido de dinitrogénio (N:0); éxido de nitrogénio (NO); diéxido de nitrogénio (NOx) e tetroxido de dinitrogénio (N20s) O 6xido de nitrogénio nao ¢ encontrado livre na atmosfera porque é muito reativo com © oxigénio formando 0 didxido de nitrogénio. Esses componentes so bastante irritantes inicialmente; em seguida, tornam-se anestésicos ¢ atacam particularmente o aparelho respiratorio, onde forma os Acidos nitroso e nitrico, quando em contato com a umidade da mucosa. Esses 6xidos so produzidos, principalmente, pela queima de nitrato de celulose decomposigao dos nitratos inorganicos f) gas sulfidrico - H2S: é um gas muito comum no incéndio ¢ é produzido na queima de madeira, alimentos, gorduras € produtos que contenham enxofie. Seu efeito toxico sobre 0 homem € a paralisagao do sistema respiratorio e dano ao sistema nervoso. 8) gis oxigénio - 02: 0 consumo do oxigénio na combustio dos materiais diminui a concentragio desse gis no ambiente e é um dos fatores de risco vida das pessoas. Outros gases que so encontrados na fumaga: didxido de enxofre - $O2 , acrilonitrila - CH2CHCN, formaldeido ~ HCHO, fosgene — COCI, ete. 11.0 Métodos de Extingaio e Combate 11.1 Extingaio do Fogo pela Remogao do Calor De um modo geral, a agua nao ¢ considerada um dos meios mais eficazes de exti de fogo em petréleo, Somente a Agua atomizada em uma névoa fina com um minimo relativo de ar, é que efetivamente extingue o fogo. A névoa de agua absorve o calor. A possibilidade de o ar ser removido pelo efeito de abafamento das névoas € muito remota. Isso se apdia quando o vapor é usado para atomizar dleo combustivel em grandes fornos, e de fato ajuda favorece a queima do éleo. Se 0 calor do fogo for reduzido abaixo da temperatura de ignigao do combustivel, o fogo se apagara. A extingiio do fogo pela remogio do calor niio se consegue somente com a aplicagio de gua. Uma tela de arame, por exemplo, remove o calor necessario para a combustio, extinguindo assim 0 fogo. 11.2 Extingaio do Fogo pela Exclusio do Oxigénio A extingao ou prevengaio de incéndios pela eliminagio do ar ou oxigénio é talvez um fenémeno claro para qualquer um que tenha algum conhecimento sobre combustiio, Excluir 0 oxigénio é levar sua concentragdo para valores menores do que 13% (16%) onde a combust&o é insustentavel nos liquidos e nos gases, vawsam Sérgio A. da Costa Neves Filho sergiofilho@prevencao-pe.com.br -14- 11.3 Eating do Fogo pela Remogao do Combustivel. s incéndios podem ser debelados ou controlados através da remogdo do combustivel Esse método ndo exige aparelhos especializados, ¢ resume-se na retirada, diminuigao ou interrupgao com suficiente margem de seguranga do campo de propagagao do fogo, do material nfo atingido pelo incéndio. Esse método pode ser perfeitamente demonstrado, por interrupgaio do fornecimento de combustivel para a zona de combustio, é 0 que ocorre em um fogio doméstico, que para interrompermos o fogo, fechamos a valvula de fluxo de gas. 11.4 Exting&io do Fogo por uma combinacao de Métodos Esse método consiste em utilizar agentes extintores que tenham a capacidade de interromper a reagao em cadeia, reagindo quimicamente com os gases da combustio, ¢ por outro lado reduzam em parte 0 oxigénio devido 4 sua nuvem de pé, isolando © combustivel por seu efeito de abafamento e, finalmente, absorvam uma pequena quantidade de temperatura, gragas s suas finas particulas. Alguns produtos quimicos secos extinguem efetivamente 0 fogo por essa combinagiio de métodos. 12.0 Agente Extintores So substincias que aplicadas ao fogo causam sua extingo. Os mais usados e conhecidos siio: a Agua, a espuma mecdnica, 0 pd quimico seco € 0 gas carbénico (CO2). 12.1 Agua E 0 agente extintor mais utilizado, devido a seu poder extintor, baixo custo e facilidade ‘com que é encontrado na natureza. Sua principal ago extintora é por resftiamento, mas, quando aplicada sob a forma de neblina ou vapor, age também por abafamento. Nao deve ser langada sob forma de jato pleno em ineéndios que envolvam liquidos combustiveis, pois pode transformar um ineéndio de pequenas proporgées em incéndio de grandes proporgées. Somente deverd ser aplicada na forma de neblina ou vapor. E bastante eficiente na extingdo de incéndio de derivados de petréleo de alto ponto de fulgor (tais como 6leo combustivel, éleo lubrificante), pois reduziré a taxa de vaporizagiio de maneira suficiente a extinguir o incéndio. Para incéndios em liquidos inflamaveis (baixo ponto de fulgor), tem sua capacidade extintora limitada, sendo eficaz apenas para pequenos focos de fogo. Em incéndios deste tipo © agente extintor mais adequado é a espuma mecinica. A Agua ¢ também de importancia fundamental para resfriamento dos equipamentos préximos ao incéndio, evitando a sua propagagao. Por ser a agua condutora de eletricidade n&o deve ser aplicada para combate a ineéndios em equipamentos elétricos energizados a nao ser em casos especiais sob forma de neblina. vous Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br -15- 12.1.1 Propriedade da Agua (métodos de uso) a) Resfriamento Quando a superficie do material em combustdo ¢ resfriado abaixo da temperatura em que emite vapores suficientes para manter o fogo, obter a extingdo. Incéndios que envolvam liquidos em chamas, somente poderdo ser extintos pelo método do resfriamento, quando 0 ponto de fulgor do liquido estiver bem acima da temperatura da égua aplicada. b) Abafamento Quando o vapor é gerado em volume suficiente (dependendo da taxa de aplicagao da ‘gua, do tamanho das particulas ¢ do calor de combustiio) , o ar poderd ser deslocado e 0 fogo poder ser extinto por este processo. O abafamento ¢ mais eficaz quando o vapor gerado fica encerrado na zona de combustiio. O vapor, por si s6, tem pouco efeito, ©) Diluigao ¢ Emulsionamento. A combustio de materiais inflamaveis soliveis em Agua, poderd ser extinta por este processo que, no entanto, & pouco utilizado, 12.1.2 Restriges da gua A Agua apesar de ser 0 agente mais abundante na natureza possui algumas restrigdes, sio elas: a) Tensfo Superficial A tenstio superficial da agua reduz sua capacidade de penetragdo dispersio em combustiveis densamente enfardados ou empilhados, como, por exemplo, o algodio. Neste caso, torna-se necessirio desfazer ou desempilhar os fardos, aplicando-se, entio, agua no seu interior ou adicionando-se um agente umectante, a fim de reduzir sua tensio superficial e possibilitar sua penetragao. b) Reatividade com certos Materiais, Em geral, a égua no deve ser aplicada em matérias como carbonatos, perdxidos, sédio metdlico, po de magnésio, entre outros, uma vez que esse contato provoca uma reagio violenta. ©) Condutividade Elétriea A agua, em seu estado natural, contém impurezas que a tornam boa condutora de cletricidade. Nao deverd, portanto, ser aplicada em incéndios que envolvam equipamentos vaosaon Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.bt -16- elétricos energizados, recomendando-se, em primeiro lugar, desligar a corrente elétrica do ‘equipamento incendiado antes de se aplicar égua. 4) Viscosidade A 4gua tem baixa viscosidade e, quando aplicada em drea incendiada, escoa rapidamente. Assim, a baixa viscosidade limita a sua capacidade de cobrir e extinguir o fogo. 12.2 Espuma Mecfniea A espuma mecénica para combate a incéndios é um agregado de bolhas cheias de ar, gerada por meios puramente mecanicos que incorporam o ar, a uma solugdo de agua com pequena proporgao de extrato (liquido gerador de espuma). E o agente extintor indicado para combate a incéndios em liquidos combustiveis ou inflamaveis, devendo ser aplicada preferencialmente em um anteparo junto 20 fogo ou suavemente nas superficies inflamadas. Como sua densidade ¢ menor que a dos liquidos combustiveis ou inflamaveis forma um lengol de espuma sobre o liquido extinguindo 0 fogo por abafamento. Secundariamente age por resfriamento, devido a grande quantidade de égua que contém. A espuma por ser uma solugaio aquosa é condutora de eletricidade, portanto nao deve ser usada para combate a incéndios em equipamentos elétricos energizados. 12.2.1 Propriedades Espuma Mecanica A espuma mecénica ¢ um agente extintor largamente empregado no combate a incéndios da classe “3” (Liquidos inflaméveis). Pode ser encontrada para venda a 3 ou 6% de concentragao em agua. E constituida por pequenas bolhas de ar que se agregam, formando um verdadeiro cobertor que se estende sobre a massa liquida incendiada, A finalidade deste cobertor é impedir 0 suprimento de oxigénio, evitando, assim, a continuidade da combustdo. O método utilizado na extingio com espuma ¢ o de ABAFAMENTO. 12.2.2 Restri¢ées das Espuma Mecanica a) A espuma nao é considerada agente adequado para incéndios que envolvam gases liquefeitos de petréleo, comprimidos, como, por exemplo, butano, propano, butadieno, GLP, et. ¥) A espuma é condutora de eletricidade. Portanto, jatos plenos deste agente extintor niio devem ser aplicados em inc&ndios de equipamentos elétricos energizados. ©) A espuma mecénica deve ser aplicada contra um anteparo, para que possa ir cobrindo lentamente a superficie da area ineendiada 12.3 P6 Quimico Sao agentes extintores contendo bicarbonato de sédio ou sulfato de potissio, que devem ser aplicados diretamente sobre a base das chamas. Sua principal ago extintora é por quebra da reago em cadeia e secundariamente por abafamento. veoiaoa Sérgio A. da Costa Neves Filho _sergiofilho@prevencao-pe.com.br -17-

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