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O filme fala sobre causas, consequências e soluções para combater poluição,

penso que com este filme AL GORE quer mostrar que o homem é culpado de
poluição, uma vez que o homem é o único ser vivo que destrói o ambiente em
que vive. Nenhum outro habitante do planeta polui o ar, contamina a água e
devasta florestas.
Na minha opinião deve existir maior interesse por parte dos governos no que diz
respeito aos problemas ambientais, deve existir também maior fiscalização em
fábricas e indústrias sobre as emissões desreguladas de gases de efeito de
estufa, deverão existir medidas mais rígidas ou agressivas a quem
possivelmente desrespeitar esta mesma fiscalização (tais medidas poderão ser,
coimas avultadas de maneira a que compense mais mudar ou controlar estas
emissões ou mais drástico ainda fechar a fábrica ou indústria) e finalmente
dever-se-ão sobrepor os interesses ambientais aos económicos, e não o
contrário, que é o que se tem verificado ao longo destas décadas.

O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre (não só numa zona


específica, mas em todo o planeta) e tem vindo a preocupar a comunidade
científica cada vez mais. Pensa-se que é devido ao uso de combustíveis fósseis
e outros processos a nível industrial. Que levam à acumulação na atmosfera de
gases propícios ao efeito de estufa, tais como o dióxido de carbono, o metano,
os óxidos de azoto e os CFCs.

Já em 1896 se sabia da capacidade que o dióxido de carbono tem para reter a


radiação infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim a temperatura
terrestre por meio do efeito de estufa, mas, ao que parece, isto em nada
preocupou a humanidade que continuou a produzir enormes quantidades deste
e outros gases de efeito de estufa.

A questão que se põe é se os elevados índices de dióxido de carbono que se


têm vindo a medir desde o passado século, e estão com tendência para
aumentar, podem vir a provocar um aumento na temperatura terrestre suficiente
para trazer consequências graves à escala global, pondo em risco a
sobrevivência dos seus habitantes.

Na realidade desde 1850 temos vindo a assistir a um aumento gradual da


temperatura global, algo que pode também ser causado pela flutuação natural
desta grandeza. Tais flutuações têm vindo a ocorrer naturalmente durante várias
dezenas de milhões de anos ou, por vezes, mais bruscamente, em décadas.
Estes fenómenos naturais bastante complexos e imprevisíveis podem ser a
explicação para as alterações climáticas que a Terra tem vindo a sofrer, mas
também é possível (e talvez mais provável) que estas mudanças estejam a ser
provocadas pelo aumento do efeito de estufa devido à actividade humana.

Para se compreender plenamente a causa deste aumento da temperatura


média do planeta foi necessário fazer estudos exaustivos da variabilidade
natural do clima. Mudanças, como as estações do ano, às quais estamos
perfeitamente habituados. Não é motivo de preocupação o clima aquecer
durante o Verão porque se está a passar exactamente o contrário no hemisfério
oposto, mantendo a temperatura global em equilíbrio. Da mesma forma também
não é motivo de preocupação um Verão mais quente do que o anterior porque
provavelmente o Verão seguinte será novamente mais fresco. As causas destas
flutuações naturais são imensas: desde erupções vulcânicas que provocam
variações locais até a variações à escala global causadas por fenómenos
regulares como o "El Niño" (um aquecimento que se verifica nas águas do
Pacífico todos os 3 a 5 anos afectando o clima de todo o mundo
temporariamente).

As idades do gelo que têm vindo a dominar o planeta desde há dois milhões de
anos, durando dezenas de milhares de anos, terão sido devidas a alterações
significativas nas calotes polares levadas a cabo por flutuações na intensidade
da radiação solar e variações na distância entre a Terra e o Sol. Contudo,
durante os períodos interglaciares sempre se deram algumas mudanças
climáticas menos abruptas, mas significativas, causadas provavelmente por
rápidas mudanças na circulação oceânica. Mas no período interglaciar que
estamos a atravessar não se têm verificado quaisquer oscilações como as
indicadas para períodos interglaciais anteriores, tendo este período de
estabilidade funcionando como uma "janela" que permitiu o florescimento da
civilização humana.

Na realidade as oscilações anuais da temperatura que se têm verificado neste


século estão bastante próximo das verificadas no século passado e, tendo os
séculos XVI e XVII sido invulgarmente frios (numa escala de tempo bem mais
curta do que engloba idades do gelo), o clima pode estar ainda a recuperar
dessa variação. Desta forma os cientistas não podem afirmar que o aumento de
temperatura global esteja de alguma forma relacionado com um aumento do
efeito de estufa, mas, no caso dos seus modelos para o próximo século estarem
correctos, os motivos para preocupação serão muito.

fig.1 - Gráfico da temperatura. (ºF) em função do tempo (20 anos) que mostra
claramente o aumento da temperatura, note-se o aumento de 1ºF com a
passagem de um século. O que virá a seguir?
Segundo as medições da temperatura para épocas anteriores a 1860 (desde
quando se tem vindo a fazer o registo das temperaturas registadas em várias
áreas do globo), que puderam ser feitas a partir dos anéis de árvores, de
sedimentos em lagos e nos gelos, o aumento de 2 a 6 ºC que se prevê para os
próximos 100 anos seria maior do que qualquer aumento de temperatura
alguma vez registado desde o aparecimento da civilização humana na Terra.
Torna-se assim quase certo que o aumento da temperatura que estamos a
enfrentar é causado pelo Homem e não se trata de um fenómeno natural.

fig. 2 - Gráfico da temperatura. (ºF e ºC) em função do tempo (200 anos), que
mostra precisamente uma reconstrução do clima desde 900 D.C a 1989 D.C a
partir dos anéis de crescimento de árvores na Tasmânia.

No caso de não se tomarem medidas drásticas de forma a controlar a emissão


de gases de efeito de estufa é quase certo que teremos que enfrentar um
aumento da temperatura global que continuará indefinidamente e cujos efeitos
serão piores do que quaisquer efeitos provocados por flutuações naturais, o que
quer dizer que iremos provavelmente assistir às maiores catástrofes naturais
(agora causadas indirectamente pelo Homem) alguma vez registadas no
planeta.

A criação de legislação mais apropriada sobre a emissão dos gases de efeito de


estufa é de certa forma impedida por também existirem fontes de dióxido de
carbono naturais (o qual manteve a temperatura terrestre estável desde idades
pré-históricas), o que torna também o estudo deste fenómeno ainda mais
complexo.

A acrescentar a esta complexidade temos ainda a impossibilidade de comparar


directamente este aquecimento global com passadas mudanças de clima

devido à velocidade com que tudo está a acontecer. As analogias mais próximas
que se podem estabelecer são com mudanças provocadas por alterações
abruptas na circulação oceânica ou com o drástico arrefecimento global que
levou à extinção dos dinossauros. O que existe em comum entre todas estas
mudanças de clima são extinções em massa por todo o planeta tanto a nível da
fauna como da flora. Esta analogia vem reforçar os modelos estabelecidos em
que se prevê que tantos os ecossistemas naturais como as comunidades
humanas mais dependentes do clima venham a ser fortemente pressionados e
postos em perigo.
A eminência de uma mudança tão drástica como a alteração da temperatura
global do planeta trás consigo perigos que deviam estar a preocupar muito mais
os governos em fazer diminuir as taxas de emissão dos gases de efeito de
estufa para a atmosfera, pelo menos ao nível das actividades industriais e nos
automóveis particulares, encarando o problema com o nível de seriedade que
este merece.

As causas de poluição
⇒ Efeito de estufa
⇒ Destruição da camada de ozono
⇒ Poluição atmosférica
⇒ Fontes poluidores

Destruição da Camada do Ozono


O
ozono (03) é um gás azulado da família do oxigénio e resultante da dissociação
das moléculas deste último componente gasoso provocada por certas radiações
emanadas do Sol. Cada um dos átomos resultantes dessa dissociação
recombina-se com o oxigénio molecular, originando-se assim o ozono.

Embora em muito pequenas quantidades, o ozono existe também na baixa


atmosfera, onde pode ser produzido por descargas eléctricas da atmosfera
(relâmpagos), o que nos é revelado pelo seu cheiro característico durante as
trovoadas. Contudo, ele acumula-se na sua quase totalidade na camada que vai
dos 20 km aos 50 km e que, por isso, é designada por camada de ozono. Mas,
a designação de "camada de ozono" pretende apenas referenciar a zona da
atmosfera onde é maior a sua concentração, tendo-se, portanto, de ter em
atenção que, mesmo naquela camada, o ozono ocupa uma parte ínfima do
volume do ar.

Apesar da sua reduzidíssima quantidade, o ozono assume um papel


fundamental na sobrevivência da humanidade. Com efeito, absorvendo grande
parte das radiações ultravioletas (mais de 95%), impede que estas atinjam a
superfície terrestre em quantidades demasiado elevadas, o que a acontecer
provocaria anomalias nos seres vivos, como sejam o cancro da pele (sobretudo
quando os seres humanos se expõem demasiado ao sol sem protecção),
deformações, atrofia, etc.

Estudos divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
indicam que a redução de apenas 1% na espessura da camada de ozono é
suficiente para a radiação ultravioleta cegar 100 mil pessoas por catarata e
aumentar os casos de cancro da pele em 3%. Está provado também que a
exposição desmedida aos raios ultravioletas pode afectar as defesas
imunológicas do homem e dos animais, dando sinal verde a doenças
infecciosas.

Em casos extremos (quantidades muito elevadas), tornar-se-iam mortais pelas


graves queimaduras que por elas seriam provocadas. Todas as células
acabariam por ser então destruídas, o que impossibilitaria a existência das
formas de vida actualmente conhecidas no nosso planeta.

De notar, no entanto, que, em quantidades adequadas (muito pequenas), as


radiações ultravioletas são úteis à vida, contribuindo para a produção da
vitamina D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos.

Em meados da década de 80, confirmou-se que o ozono está a ser


progressivamente destruído, com a consequente rarefacção da camada onde
este importante gás se concentra (camada do ozono).

Essa destruição é provocada por produtos químicos libertados pela actividade


humana, especialmente os que contêm cloro e, em particular, os chamados
clorofluocarbonetos (CFC), gases constituídos por cloro, flúor e carbono, muito
utilizados em frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, indústria electrónica,
produção de espumas sintéticas usadas no combate a incêndios, artigos de
limpeza, etc.

Os CFC podem subir até à estratosfera sem se modificar. Mas, chegando ali, a
radiação ultravioleta quebra as suas moléculas e liberta os átomos de cloro, que
reagem com o ozono, destruindo-o.

Claro que o enfraquecimento da camada de ozono, facilitando a passagem das


radiações ultravioletas, faz com que estas cheguem em maior quantidade à
superfície do Globo, com os graves perigos já referidos.

O chamado "buraco do ozono", que designa a camada de ozono muito fina


sobre a Antártida, surge com maior nitidez na Primavera e Outono.

As radiações luminosas são de pequeno comprimento de onda, pelo que


atravessam facilmente a atmosfera. Pelo contrário, as radiações infravermelhas
(radiações caloríficas) são de grande comprimento de onda, pelo que têm mais
dificuldades em atravessar a atmosfera, que, por intermédio do vapor de água,
do dióxido de carbono e das partículas sólidas e líquidas, as absorve em grande
parte. Por outro lado, as radiações luminosas (luz) absorvidas pela camada
superficial do Globo são convertidas em radiações infravermelhas (calor), que
continuamente vão sendo por elas libertadas (radiação terrestre).

A atmosfera, tal como o vidro duma estufa, sendo pouco permeável a estas
radiações, constitui como que uma barreira, dificultando a sua propagação para
grandes altitudes. Uma parte é por ela absorvida e outra é reenviada, por
reflexão (contra-radiação), para as camadas mais baixas, onde se acumula e
faz elevar a temperatura. O vapor de água, o dióxido de carbono, os óxidos de
azoto, o metano e as partículas sólidas e líquidas constituem os elementos
fundamentais dessa barreira, já que são eles os principais responsáveis pela
absorção e reflexão da radiação terrestre.

Poluição Atmosférica
O desenvolvimento industrial e urbano tem
originado em todo o mundo um aumento
crescente da emissão de poluentes
atmosféricos. O acréscimo das concentrações
atmosféricas destas substâncias, a sua
deposição no solo, nos vegetais e nos
materiais é responsável por danos na saúde,
redução da produção agrícola, danos nas
florestas, degradação de construções e obras
de arte e de uma forma geral origina
desequilíbrios nos ecossistemas.

No entanto, a poluição do ar, devido às


características da circulação atmosférica e
devido à permanência de alguns poluentes na
atmosfera por largos períodos de tempo,
apresenta um carácter transfronteira e é
responsável por alterações ao nível
planetário, o que obriga à conjugação de
esforços a nível internacional.

São, deste modo, exigidas acções para prevenir ou reduzir os efeitos da


degradação da qualidade do ar o que já foi demonstrado ser compatível com o
desenvolvimento industrial e social. A gestão da qualidade do ar envolve a
definição de limites de concentração dos poluentes na atmosfera, a limitação de
emissão dos mesmos, bem como a intervenção no processo de licenciamento,
na criação de estruturas de controlo da poluição em áreas especiais e apoios na
implementação de tecnologias menos poluentes.

Na tabela seguinte listam-se os principais poluentes atmosféricos:

Poluente Fontes Processos Efeito


Combustão (refinarias,
centrais térmicas,
Antropogénicas Afecta o sistema
Óxidos de veículos diesel)
Enxofre (SOX) Processos Industriais respiratório·Chuvas ácido
Danos em materiais
Vulcanismo
Naturais
Processos biológicos
Combustão (veículos e
Antropogénicas
Óxidos de indústria) Afecta o sistema
Azoto (NOX) Emissões da respiratório·Chuvas ácido
Naturais
vegetação
Refinarias
Petroquímicas Poluição
Compostos
Veículos fotoquímica·Incluem
Orgânicos Antropogénicas
Evaporação de compostos tóxica e
Voláteis (COV)
combustíveis e carcinogénicos
solventes
Antropogénicas Combustão (veículos) Reduz a capacidade de
Monóxido de
Emissões da transporte de oxigénio no
Carbono (CO) Naturais
vegetação sangue

Dióxido de Antropogénicas Combustão


Efeito de estufa
Carbono (CO2) Naturais Fogos florestais
Gasolina com chumbo Tóxico acumulativo
Chumbo (Pb) Antropogénicas Incineração de Anemia e destruição de
resíduos tecido cerebral
Combustão
Processos industriais Alergias respiratórias
Antropogénicas Condensação de Vector de outros
Partículas outros poluentes poluentes (metais
Extracção de minerais pesados, compostos
Erosão eólica orgânicos carcinogénicos)
Naturais
Vulcanismo
Aerossóis
Destruição da camada de
Sistemas de
ozono
CFC's e Halons Antropogénicas refrigeração
Contribuição para o efeito
Espumas, sistemas de
de estufa
combate a incêndios

Efeito de estufa
Efeito de estufa
assume uma importância extraordinária para a vida na Terra. Na verdade, se o
calor libertado pela superfície terrestre não encontrasse qualquer obstáculo à
sua propagação, o mesmo escapar-se-ia para as altas camadas da atmosfera
ou mesmo para o espaço extra-atmosférico, o que teria como consequência um
arrefecimento de tal modo intenso (sobretudo durante a noite) que tornaria o
nosso planeta inabitável. Esta é, portanto a face positiva do efeito de estufa.

Mas, o aumento da quantidade de gases e outras substancias poluentes (com


destaque para o dióxido de carbono) lançados para a atmosfera pelas diversas
actividades humanas, sobretudo através da queima de combustíveis fósseis
(carvão, petróleo, gás natural) na indústria e nos veículos motorizados, e
também pelos grandes incêndios florestais, tem vindo a acentuar o efeito de
estufa com o consequente e indesejável aumento da temperatura na troposfera.

Estudos existentes apontam para subidas da temperatura global entre 1 °C e 4


°C dentro de trinta a cinquenta anos. Valor aparentemente pequeno, mas que,
na realidade, constitui uma variação brutal è sem precedentes na história da
Terra.

Claro que do aumento da temperatura resultarão modificações mais ou menos


profundas no regime das precipitações e no ciclo natural da água, bem como a
fusão dos gelos das grandes calotes polares, o que provocará profundas
alterações na fauna e na flora e a elevação do nível dos oceanos. Submergindo
vastas zonas costeiras, a elevação do nível do mar provocará a emigração de
dezenas de milhões de pessoas, a redução das áreas de cultivo e a salinização
das fontes de água doce.

O equilíbrio natural do fenómeno de efeito de estufa tem vindo a ser alterado


drasticamente nos últimos 100 anos devido ao aumento rápido das emissões de
gases responsáveis pelo efeito de estufa, como o dióxido de carbono (CO2), o
metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). Nos países industrializados, os sectores
de actividade com maior responsabilidade na emissão desses gases são a
produção/consumo de energia e as actividades agrícolas.

Fontes Poluidoras

A nível nacional destacam-se, pelas suas emissões, as


Unidades Industriais e de Produção de Energia como a
geração de energia eléctrica, as refinarias, fábricas de
pasta de papel, siderurgia, cimenteiras e indústria
química e de adubos. A utilização de combustíveis para
a produção de energia é responsável pela maior parte
das emissões de SOX e CO2 contribuindo, ainda, de
forma significativa para as emissões de CO e NOX. O
uso de solventes em colas, tintas, produtos de
protecção de superfícies, aerossóis, limpeza de metais
e lavandarias é responsável pela emissão de
quantidades apreciáveis de Compostos Orgânicos Voláteis.

Existem outras fontes poluidoras que, em certas condições, se podem revelar


importantes tais como:

⇒ A queima de resíduos urbanos, industriais, agrícolas e florestais, feita


muitas vezes, em situações incontroladas. A queima de resíduos de
explosivos, resinas, tintas, plásticos, pneus é responsável pela emissão
de compostos perigosos;
⇒ Os fogos florestais são, nos últimos anos, responsáveis por emissões
significativas de CO2;
⇒ O uso de fertilizantes e o excesso de concentração agro-pecuária, são
os principais contribuintes para as emissões de metano, amoníaco e
N2O;
⇒ As indústrias de minerais não metálicos, a siderurgia, as pedreiras e
áreas em construção, são fontes importantes de emissões de partículas;
⇒ As causas naturais, como explosões vulcânicas.

As fontes móveis, sobretudo os transportes rodoviários, são uma fonte


importante de poluentes, essencialmente devido às emissões dos gases de
escape, mas também como resultado da evaporação de combustíveis. São os
principais emissores de NOX e CO, importantes emissores de CO2 e de COV,
além de serem responsáveis pela emissão de poluentes específicos como o
chumbo.
As consequências do problema
⇒ Efeitos da poluição atmosférica
⇒ "Buraco do Ozono Ameaça Europa"
⇒ Desaparecimento das Estações do Ano
⇒ Acidificação

Efeitos da Poluição Atmosférica


Ao nível da saúde humana a poluição atmosférica afecta o sistema respiratório
podendo agravar ou mesmo provocar diversas doenças crónicas tais como a
asma, bronquite crónica, infecções nos pulmões, enfisema pulmonar, doenças
do coração e cancro do pulmão.

Os poluentes atmosféricos podem afectar a vegetação por duas vias: via directa
e via indirecta. Os efeitos directos resultam da destruição de tecidos das folhas
das plantas provocados pela deposição seca de SO2, pelas chuvas ácidas ou
pelo ozono, reflectindo-se na redução da área fotossintética. Os efeitos
indirectos são provocados pela acidificação dos solos com a consequente
redução de nutrientes e libertação de substâncias prejudiciais às plantas,
resultando numa menor produtividade e numa maior susceptibilidade a pragas e
doenças.

Os efeitos negativos dos poluentes nos materiais resultam da abrasão,


reacções químicas directas ou indirectas, corrosão electroquímica ou devido à
necessidade de aumentar a frequência das acções de limpeza. As rochas
calcárias são as mais afectadas, nomeadamente pela acidificação das águas da
chuva.

Os odores são responsáveis por efeitos psicológicos importantes estando


associados, sobretudo, aos locais de deposição e tratamento de resíduos
sólidos e a algumas indústrias de que são exemplo as fábricas de pasta de
papel.

"Buraco do Ozono Ameaça Europa"


Depois da Antártida o perigo do "buraco" do ozono espreita o Árctico. Se as
previsões dos especialistas estiverem certas, o problema poderá ser tão grave
como no Pólo Sul, devido às baixas temperaturas registadas nos últimos anos
nas camadas superiores da atmosfera. Por estranho que pareça, segundo um
artigo publicado na "Newscientist", este arrefecimento acelerado da alta
atmosfera tem origem no efeito de estufa, geralmente acusado de causar o
aquecimento global nas camadas mais baixas da atmosfera.

Durante anos, os cientistas preocuparam-se sobretudo com o aquecimento da


troposfera, a camada mais próxima da Terra. No entanto, as camadas
superiores têm uma espessura maior e são tão importantes como a troposfera
para os habitantes do planeta.

Foi há cerca de uma década que os cientistas previram o arrefecimento da


atmosfera superior, através de um raciocínio simples: gases como o dióxido de
carbono e o metano causam um efeito de estufa que concentra grande parte do
calor junto à Terra, não deixando que as radiações se expandam para o resto da
atmosfera. No entanto, este problema resolver-se-ia se o ar quente conseguisse
subir, o que não acontece. Quando o ar quente atinge o início da estratosfera,
depara com a camada do ozono que é mais quente que a região imediatamente
anterior, porque absorve directamente o calor solar. Dá-se então uma inversão
de temperatura: o ar quente que sobe até ali, deixa de ser mais quente que o
envolvente e deixa por isso de subir.

Desaparecimento das Estações do Ano


As estações do ano parecem estar em risco de desaparecer, tal como as
conhecemos. Estávamos habituados a temperaturas perfeitamente definidas e
estáveis. Só que o tempo já nos começa a pregar demasiadas "partidas", e
agora o frio já se espalha por todas as estações, tal como o calor.

É caso para perguntarmos se o tempo estará a ficar louco?. Apesar de muita


controvérsia, não se consegue determinar ao certo quais são os motivos
concretos que levam a atmosfera a um aquecimento tão gradual.

Muitos factores são apontados como responsáveis, como o caso do buraco do


Ozono, o efeito de estufa, entre outros. Mas pior do que isso, produz-se um
medo generalizado de que a terra esteja sujeita, num futuro próximo, a uma
diversa sucessão de catástrofes.

Os especialistas nesta matéria não conseguem, porém, determinar ao certo as


razões desta mudança, defendendo que não conseguem açambarcar, em toda
a sua amplitude, a tão complexa variedade de fenómenos que a compõem. Não
podendo, também, afirmar-se com segurança que as alterações sejam devido a
interferência do Homem, ou se por uma certa actuação cíclica do próprio clima
ou, ainda, se por outro factor qualquer.

As referências que o Homem tem acerca destas variações provêm de medições


das temperaturas de há 125 anos para cá, o que é um período de tempo
relativamente curto para se obter, acerca destes ciclos climáticos, alguns juízos
concretos. No entanto, existem algumas correntes ideológicas para estas tão
significativas mudanças. Uma é relacionada com o efeito de estufa.
A concentração de dióxido de carbono, metano, chumbo, mercúrio, entre outros
nocivos gases, provoca uma "camada" que não deixa sair o calor que entra,
criando, assim, um anormal aumento da temperatura. Até há pouco tempo, a
existência na atmosfera de C02 era numa proporção de 270 partes por milhão
(ppm). Actualmente já ultrapassa as 360 ppm. O aumento deve-se à libertação
de gases dos combustíveis fósseis pela sua combustão. E se a isto
associarmos uma desflorestação desenfreada, podemos tirar daí algumas
conclusões ainda mais negativistas...

Se nada for feito no sentido de minimizar este problema, calcula-se que no final
do milénio os níveis de C02 terão ultrapassado a marca das 540 ppm.
Antevendo uma semelhante concentração, esta irá aumentar globalmente a
temperatura em cerca de dois graus. Não parece muito, mas se vissem as suas
consequências diria, certamente, que é uma catástrofe. O aumento da
temperatura em dois graus, "só" desencadearia o seguinte: um degelo
descontrolado nas calotas polares, indo aumentar as marés.
Consequentemente, assistiríamos à inundação das grandes áreas do nosso
planeta com catastróficos danos, como se calcula. Por todos estes factores, é
necessário o controlo de emissão de gases na atmosfera, não só por estes
trágicos efeitos, mas também por outros não menos nefastos para a
humanidade. Calcula-se que a permanência mínima desses gases na atmosfera
é de cerca - imagine - 100 anos.

Outra hipótese não tão válida, mas nem por isso menos credível, é do
aquecimento das águas do Oceano Pacífico. Trata-se de um fenómeno que,
segundo entendidos, se denomina de El Niño (o menino), um aquecimento
anómalo das águas junto ao Norte do Peru. Rege-se por um ciclo que se
compreende entre três e cinco anos e que se traduz num aumento térmico
significativo das águas em cerca de quatro graus, sendo estas levadas rumo à
América do Sul. Este movimento provoca tempestades tropicais, atormentando
zonas que vão desde a Indonésia até ao Leste do Pacífico, criando também
condições para alterar o clima em todo o globo terrestre. Acredita-se que, por
este factor, já tenham perecido mais de mil pessoas, devido a enchentes. Foi
notado numa época de Natal pelos pescadores sul-americanos, que repararam
que as águas se encontravam mais quentes do que era usual.

Semelhante versão da origem dos problemas encontra-se no Atlântico. Desta


vez sob o nome de El Niña (a menina). Os apoiantes desta tese afirmam que,
devido a ventos que vêm de Leste para o Oeste, os níveis do mar elevam-se em
cerca de meio metro. A chuvarada provocada pelos ventos junto à costa faz a
água aquecer e sua eventual evaporação, a qual vai provocar imensa chuva nas
mais variadas regiões.

Outro foco de bastante controvérsia tem sido o buraco na camada de Ozono,


aquilo que nos protege dos maléficos raios ultravioletas e outros. Os últimos
dados acerca do tamanho daquele tão preocupante buraco, não são menos
preocupantes. Está calculado que a área do buraco é, neste momento, da
dimensão do... continente europeu. Através de investigações realizadas na
Antártida pelos mais diversos cientistas e ambientalistas, a área de degelo este
ano chegará a níveis nunca antes atingidos. Uma coisa é certa: o clima está a
aquecer, podendo trazer com ele modificações terríveis para a humanidade.
Será que, num futuro próximo, o Homem terá que definir novas estações para o
ano?

Acidificação
Embora não seja uma consequência directa do aquecimento global, certos
gases, abaixo indicados, pertencentes ao conjunto de gases do efeito de estufa,
ajudam a este problema. Por isso gostaríamos de indicar o problema da
acidificação, como uma consequência secundária e indirecta do aquecimento
global.

Poluentes como o SO2 e o NOX são os principais responsáveis pelo problema da


acidificação. Em contacto com a água transformam-se em ácidos sulfúrico e
nítrico, os quais dissolvidos na chuva e na neve atingem o solos sob a forma de
sulfatos (SO42-), nitratos (NO3-) e iões de Hidrogénio (H+) - deposição húmida. No
entanto o SO2 e os NOX podem ser depositados directamente no solo ou nas
folhas das plantas como gases ou associados a poeiras - deposição seca. A
acidez é dada pela concentração de (H+) libertados pelos ácidos e é
normalmente indicada pelos valores de pH.

Os pólos, a prova dos nove da teoria do


aquecimento global
Toda esta explicação respeitante às causas e consequências da teoria do
aquecimento global, é perfeitamente legítimo perguntarem-se se porventura
todas essas cheias, secas, frio intenso e vagas de calor que têm ocorrido em
todo o globo, aparentemente anómalas, não serão apenas produto de um ciclo
natural e que como tal, o equilíbrio virá a ser restabelecido?
Mas afinal a temperatura global da Terra estará ou não a aumentar? A principal
prova do que está a acontecer ao planeta reside nos pólos, cujo eventual degelo
das respectivas calotes polares devido ao aquecimento da Terra, para além de
causar a redução da capacidade da superfície terrestre de reflectir as radiações
solares aumentando desse modo a sua absorção( com as consequências
óbvias para a saúde humana e não só), teria uma repercussão imediata sobre o
nível das águas de todos os mares, cuja subida poderia engolir partes
importantes da Terra, sobretudo nas pequenas ilhas e zonas de delta ( só na
China e no Bangladesh, este problema poderia afectar 70 milhões de pessoas,
já para não falar no desaparecimento de muita da fauna e flora costeiras); aliás,
segundo as projecções mais optimistas, a temperatura global deverá aumentar
0,3 ºC por década, ou seja, a temperatura da terra deverá aumentar no mínimo
3 ºC até ao ano 2100, fazendo subir o nível do mar em cerca de 20 cm até esta
data (projecções que indicam mudanças mais rápidas do que em dez mil anos),
com as consequências catastróficas que daí poderiam advir.

A prova científica mais recente e inequívoca prova da teoria do aquecimento


global é sem sombra de dúvida o Atlas da Climatologia do Árctico. Este
documento, que permite investigar o balanço do calor na superfície do Ártico e a
circulação do complexo sistema climático da região, é produto de cerca de
milhares de observações levadas a cabo por cientistas militares americanos e
russos, desde 1948 até 1993, cujas sondas faziam o seu trabalho de medição
debaixo de água e muitas estações móveis de pesquisa instaladas no gelo,
registavam dados oceanográficos e meteorológicos, prospectando os recursos
naturais daqueles espaços gelados e fazendo registo das suas condições
climáticas, permitindo a elaboração de um documento singular, que contém
informações únicas relativamente a dados oceanográficos, tanto no Inverno
como no Verão, bem como o que diz respeito à as camadas de gelo e à
meteorologia do Árctico, sendo que apenas uma quarta parte da informação
disponibilizada neste documento permitiu a duplicação dos conhecimento de
base que a comunidade científica civil possuía na altura, ou seja, isto permitiu
prever efeitos do aquecimento global a longo prazo, passando esta teoria a ser
vista como a prova científica aceite por quase todas as entidades.

Depois de conhecerem as causas e consequências do aquecimento global e


inclusivamente já terem experimentado violentas inundações, secas nunca
antes vistas e outras catástrofes naturais de intensidade inédita, as pessoas (ou
mais directamente os líderes mundiais) permanecem num estado de inércia e
modorra inexplicável; é certo que se realizam conferências muito importantes
como a de Kyoto e a do Rio de Janeiro, mas de que servem essas boas
intenções de encontrar medidas concretas e eficazes de travar o aquecimento
global, se esses objectivos estão cada dia mais longe de serem atingidos?

Muitos "lobbies" industriais e países produtores de petróleo refugiam-se no


baixo número de provas totalmente irrefutáveis de que a culpa do aquecimento
global é da humanidade, fazendo com que os próprios governos dos países
industrializados continuem a boicotar qualquer tomada de posição mais drástica
e impopular, como a imposição de limites restritivos para as emissões de
dióxido de carbono, ou seja, como medidas como esta são tidas como
obstáculos ao desenvolvimento das economias nacionais, opta-se por uma
teoria que postula que nada de anormal se passa e consequentemente não há
que tomar qualquer tipo de medidas. Será falta de informação apenas? Se nós
conseguimos realizar este trabalho em Portugal, com os seus relativamente
escassos arquivos de informação, imaginamos que os líderes mundiais terão
muito mais informação ou não será tanto assim? Terão eles próprios
acomodado à tal dúvida que subsiste? A eterna incompatibilidade entre
economia e ambiente fica mais uma vez provada neste assunto.

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