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Carta Sobre a Tolerância - Locke
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Carta Sobre a Tolerância - Locke

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 John Locke é um dos maiores filósofos do liberalismo e da democracia e suas ideias se mantém perfeitamente atuais até os dias de hoje. O pensamento de Locke influenciou importantes eventos da história Europeia e Americana. Por muitos é chamado de teórico da Revolução Inglesa (1688) e foi a principal fonte de ideias para a Revolução Norte-Americana (1776), tendo influenciado na Declaração de Independência e nas constituições estaduais daquele pais. Na obra: Carta Sobre a Tolerância, Locke defende, entre outras ideias, a separação entre a Igreja e o Estado e o fim da intolerância religiosa.   A importância da Carta Sobre a Tolerância advém da ênfase que ele deu à separação dos assuntos seculares dos religiosos, abrindo caminho para a instauração do Estado Secular e o direito à Liberdade Religiosa. Inicialmente os Estados Unidos da América, pela constituição de 1787, e em seguida na França pela Constituição de 1791.
LanguagePortuguês
Release dateNov 5, 2019
ISBN9788583864271
Carta Sobre a Tolerância - Locke

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    Carta Sobre a Tolerância - Locke - John Locke

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    John Locke

    CARTA SOBRE A TOLERÂNCIA

    1a Edição

    img1.jpg

    ISBN: 9788583864271

    LeBooks.com.br

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    Sumário

    Sobre o Autor

    Apresentação

    A CARTA DA TOLERÂNCIA

    Sobre o Autor

    img2.jpg

    John Locke (1632-1704)

    John Locke (Wrington, 29 de agosto de 1632 — Harlow, 28 de outubro de 1704) foi um filósofo inglês conhecido como artesão do pensamento político liberal, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contratualismo ou Contrato Social.

    Um dos objetivos de Locke é a reafirmação da necessidade do Estado e do contrato social e outras bases. Opondo-se à Hobbes, Locke acreditava que se tratando de Estado natureza, os homens não vivem de forma bárbara ou primitiva. Para ele, há uma vida pacífica explicada pelo reconhecimento dos homens por serem livres e iguais.

    A maior parte de sua obra se caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual, político e religioso. Acreditava em usar a razão para obter a verdade e determinar a legitimidade das instituições sociais. Quando Locke escreveu os Dois Tratados sobre o Governo, a sua principal obra de filosofia política, tinha como objetivo contestar a doutrina do direito divino dos reis e do absolutismo real.

    Também pretendia criar uma teoria que conciliasse a liberdade dos cidadãos com a manutenção da ordem política. Para o pensador inglês, o que dá direito à propriedade é o trabalho que se dedica a ela. E desde que isso não prejudique alguém, fica assegurado o direito ao fruto do trabalho. Foram essas as bases da ideia de uma sociedade sem a interferência governamental, um dos princípios básicos do capitalismo liberal.

     Para o filósofo, todo conhecimento humano pode ser obtido por meio da percepção sensorial ao longo da vida. A mente do ser humano ao nascer seria como uma folha em branco, e tudo que se sabe é aprendido depois. Baseava sua crença no poder da educação como transformadora do mundo. Afirmava que o mal não era parte de um plano de Deus, e sim produzido por um sistema social criado pelos indivíduos. Por isso, poderia ser modificado também por eles.

    Sua obra, Ensaios, escrita ao longo de 20 anos, é sua grande contribuição à filosofia. Seu interesse se centrava nos tópicos tradicionais da filosofia: a natureza do ser, o mundo, Deus e os níveis de conhecimento. Locke foi também o precursor do pensamento iluminista nas questões políticas.

    De pesquisador a secretário de um nobre no governo inglês, tornou-se um escritor de economia, ativista político e um revolucionário cujas ideias ocasionaram a vitória da Revolução Gloriosa, em 1688, contra o absolutismo. Foi também deputado no Parlamento e defendeu que somente quem dispusesse de apoio da maioria dos parlamentares deveria ter o direito de ser ministro (como até hoje funciona o sistema britânico).

    Em sua obra, afirmou que a organização das leis e do Estado deve ser feita com o objetivo de garantir o respeito aos direitos naturais. A garantia dos direitos naturais do povo - a proteção da vida, da liberdade e da propriedade de todos - é definida por ele como a única razão de ser de um governo. Se o governante não respeita esses direitos, os governados podem derrubá-lo e substituí-lo por outro mais competente.

    Locke exerceu enorme influência sobre todos os pensadores de seu tempo e foi uma das principais referências teóricas para os líderes das revoluções que, a partir do final do século 18, transformaram a sociedade ocidental.

    Apresentação: Carta sobre a tolerância

    Em seu exílio na Holanda, onde se refúgio em 1683, John Locke fizera algumas importantes amizades. Foi com desses amigos, chamado Phillip van Limborch, que ele se correspondeu, discorrendo sobre a questão da tolerância.

    Sem que Locke autorizasse, Limborch publicou a missiva com o título de Letter concerning on Tolerance, ou Carta sobre a Tolerância, aparecida em Londres em 1689, ano da Gloriosa Revolução.

    A solução do problema para Locke exigia a necessária separação dos assuntos do Estado daqueles da Igreja. Enquanto os interesses de um se misturavam com os do outro não haveria progresso em direção à tolerância. Deveria haver uma separação radical entre a política (ao encargo do rei) e a religião (sob auspício do sacerdote). Deste modo ele alinhou-se à corrente dos estatocratas, cujo maior expoente na Idade Média fora Marsílio de Pádua.

    O Estado, para Locke, nasceu da necessidade do Homem obedecer a Lei Natural, com a função de assegurar a integridade da sua vida, do seu corpo, liberdade e bens. Tem como objetivo conservar e promover o patrimônio material. Para tanto, o Magistrado dispõe de força pública, agindo por coação ou sansões, apoiado na lei sustentada pela autoridade para garantir a paz e a integridade de cada um.

    A Igreja, por sua vez, é de outra natureza, visto que resulta de uma associação livre e voluntária: uma societas spontanea, sem obrigações com a Lei Natural. Nasce da afirmação pública da fé, de servir e honrar a Deus, formada por meio de um livre acordo. Dirige-se exclusivamente às almas visando sua salvação eterna. As suas verdadeiras armas são o direito de discutir, de argumentar e de exortar. A sanção dela é excluir os irredutíveis, os que não desejam

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