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Análise e Comportamento de

Estruturas

Trabalhos preliminares
Docente: Milton Gualdino

Universidade Católica de
Angola - Benguela
Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino ÍNDICE

TRABALHOS PRELIMINARES

1. Instalações provisórias
2. Movimentos de terras
(terraplanagens e escavações)
3. Demolições
4. “Condições de vizinhança”
5. Implantação de uma obra

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino INTRODUÇÃO (I)

INÍCIO DA CONSTRUÇÃO
DE UM EDIFÍCIO

2. A implantação do
estaleiro requer um
1. Pode afirmar-se que a
projecto específico.
construção de um
edifício tem início
com implantação do
estaleiro.
3. Este deve ser elaborado tendo em
consideração as necessidades
específicas da obra e das condições
do local de implantação.

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino
INTRODUÇÃO (II)

(Fonte: www.vitruvius.com.br/entrevista/couto/couto_2.asp)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino INTRODUÇÃO (II)
Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS (I)

> No entanto, antes da implantação do estaleiro, são


necessárias algumas actividades prévias a
desenvolver pela empresa construtora.

> Essas actividades, designadas “Trabalhos


preliminares” envolvem várias actividades, como
por exemplo:
1. verificação da disponibilidade de instalações
provisórias;
2. demolições, caso existam construções residuais no
local onde será construído o novo edifício;
3. remoção de entulho;
4. vias de acesso provisórias;
5. movimentos de terras (escavação e/ou aterro) para
assegurar as diferentes cotas de projecto do edifício.

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS (II)

> Para o correcto desenvolvimento das actividades


de construção de um edifício é necessário que o
estaleiro seja provido de:

1. Rede eléctrica provisória (adequada para os


equipamentos a utilizar na obra);
2. Rede provisória de águas e esgotos.

> Na fase do projecto de estaleiro, torna-se


necessário identificar a potência dos equipamentos
a serem utilizados.

> A soma da potência dos equipamentos, associada


a um coeficiente de simultaneidade, traduz-se na
potência necessária para a rede eléctrica
provisória.

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EQUIPAMENTOS (I)

> A título de exemplo, apresentam-se potências de


alguns equipamentos utilizados na construção de
edifícios correntes, podendo recorrer-se ao uso de
equipamento mais pesado, como gruas:

Equipamento Potência (KW) Sistema


Betoneira hidráulica 4,1 Trifásico
(400l.)
Guincho (500Kg.) 2,2 Mono/Trifásico
Compressor pesado 1,1 a 2,3 Mono/Trifásico
Máquina de corte
pesada (betão, pedra 3,2 a 5 Trifásico
e asfalto)
Agulhas de vibração 1a2 Mono/Trifásico
Máq. de dobrar e 1,5 Mono/Trifásico
cortar ferro
(Fontes: www.eurotrofa.pt; www.dwalt.com; www.stihl.pt)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EQUIPAMENTOS (II)

> Abastecimento de energia

1. Existe no local?
2. Existe rede monofásica?
3. Existe rede trifásica?

No primeiro e segundo caso podem existir alguns


problemas, pois apesar de eventualmente existir uma
rede de abastecimento de energia, muitos dos
equipamentos têm um sistema trifásico.

No terceiro e último caso, a potência disponível poderá


não ser suficiente.

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino INSTALAÇÕES

> Redes de abastecimento e drenagem de


águas

1. Existem enterradas no local (solicitar o


cadastro das redes às entidades
competentes)?
2. Existe rede pública de abastecimento de água
no local?
3. Existe abastecimento de água através de
furos?
4. Existe rede pública de drenagem no local?
5. Existe fossa séptica no local?

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino DEMOLIÇÕES (I)

> INTRODUÇÃO

Caso existam construções remanescentes no local


da obra, pode ser necessário proceder à sua
demolição.

Parte ou a totalidade dessas construções podem


ser aproveitadas como instalações provisórias,
como por exemplo, escritórios e/ou alojamento para
os trabalhadores.

Caso se verifica alguma das situações referidas no


parágrafo anterior, essas construções deverão ser
incluídas no projecto de estaleiro, restando a sua
demolição para o final da ora.

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino DEMOLIÇÕES (II)

> Os processos e equipamentos para a


demolição de construções devem ser
devidamente avaliados em projecto próprio.

> De uma forma geral, pode afirmar-se que a


demolição de um edifício deverá ser executada
na ordem inversa da sua construção.

> Para além dos cuidados e equipamentos de


protecção individual a utilizar, existem outros
cuidados e inspecções fundamentais a realizar
numa fase preliminar à demolição (ver slide
seguinte).

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino DEMOLIÇÕES (III)

> Cuidados e inspecções preliminares à fase de demolição


(adaptado de Barros, 2007):

1. Verificar as condições de vizinhança dos imóveis vizinhos


(possíveis interferências com a demolição);
2. Inspecção aos edifícios vizinhos e registo fotográfico do seu
estado de conservação (interior e exterior);
3. Verificar a existência de depósitos de material inflamável;
4. Desactivar instalações existentes, antes do início dos
trabalhos;
5. Protecção de superfícies das construções vizinhas
expostas as trabalhos de demolição;
6. Utilização de condutas de descarga de modo a evitar o
espalhamento de entulho;
7. Prever a protecção dos transeuntes, seja através de
tapumes com altura adequada, seja através da construção
de plataformas ou de galerias de protecção.

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino DEMOLIÇÕES (IV)

(Fontes: www.youtube.com)
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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS (I)

> Os trabalhos de movimentação de terras


podem ser descritos como:

“Conjunto de operações de escavação,


carga, transporte, descarga e compactação
com o objectivo de conformar um terreno do
estado natural para uma configuração final,
de acordo com a topografia desejada".

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino IMPLANTAÇÃO (I)

> Após a realização dos movimentos de terras


necessários para assegurar as cotas de projecto
e, admitindo que o projecto de construção
contém toda a informação suficiente, poderá dar-
se início à sua implantação.

> A implantação corresponde a passar o edifício


que "está no papel" para o terreno.

> Os meios humanos e equipamentos a utilizar


variam significativamente com as dimensões do
edifício.

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino IMPLANTAÇÃO (II)

> No projecto de implantação de um edifício deverá


existir a referência a um ponto conhecido e
previamente definido, como por exemplo:

1. o alinhamento de uma rua;


2. um poste no alinhamento do passeio;
3. uma lateral do terreno; ou
4. um ponto deixado pelo topógrafo, por exemplo,
quando da realização dos movimentos de terras.

> Pode haver a necessidade de implantar uma


referência no local. Aquela deverá ser fixa,
encontrar-se devidamente assinalada e identificada
(na obra e no projecto de implantação) e ser
“indestrutível”.
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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino IMPLANTAÇÃO (III)

(Fonte: Pedro Lança)


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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino IMPLANTAÇÃO (V)

P1 P1

S1 S1
P2 P2 P2 P2 P1 P2 P2 P2
D P1
S1 S1 S1 S1 S1 S1 S1 S1 S1
3.11

C
4.04

B
4.04

A
3.38 3.40 4.39 4.39 4.39 4.39 1.97

1 2 3 4 5 6 7 8

Planta Geral de Fundações


Escala 1:100 (Fonte:BO)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO (I)
Projecto (I)

Envolvente exterior da construção

Limite do
terreno

(adaptado de IST, 1997)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO (II)

Projecto (II)

P3 P2

Limite do
terreno

d2

P5
P4

P6
P1

d1

(adaptado de IST, 1997)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO (III)

Projecto (III)
PII
d3

P3 P2
PVI PV

PI P5
P4
d5

P6
PIV P1 PIII

d4

PI

(adaptado de IST, 1997)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO (IV)

Obra (I) PII


d3

d2

PIV PIII

d4 d1

PI

(adaptado de IST, 1997)

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EXEMPLO (V)

PII
Obra (II) PII
d3 d3

P2

d2 d2

P6
PIII PIV P1 PIII

d4 d1

PI PI

(adaptado de IST, 1997)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO (VI)

PII
Obra (III) PII
d3 d3

P2 P2

d2 d2

PI P5
P4
d5

P6
P1 PIII PIV P1 PIII

d4 d1

PI PI

(adaptado de IST, 1997)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO (VII)

PII
Obra (IV) PII
d3 d3

P2 P2

d2 d2

PI P5
P4
d5

P6
P1 PIII PIV P1 PIII

d4 d1

PI PI

(adaptado de IST, 1997)

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P5
P4
d5

P6
Análise e Comportamento de Estruturas
PIV P1 PIII

Docente: Milton Gualdino d4 EXEMPLO (VIII)


d1

PI

Obra (V.a) PII


d3

P3 P2

d2

P5
P4
d5

P6
PIV P1 PIII

d4 d1

PI
(adaptado de IST, 1997)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO (IX)

Obra (V.b) PII


d3

P3 P2

d2

P5
P4
d5

P6
PIV P1 PIII

d4 d1

PI

(adaptado de IST, 1997)

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PII
d3
Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino PIQUETAGEM (I)

POR ONDE INICIAR?

FUNDAÇÕES ALINHAMENTOS
PRINCIPAIS

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino PIQUETAGEM (II)

O QUE É NECESSÁRIO?

PROJECTO DE PROJECTO DE
FUNDAÇÕES ARQUITECTURA

DEFINIR UM
REFERÊNCIAL
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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino PIQUETAGEM (III)

COMO DEFINIR CADA PONTO?

3 COORDENADAS

2 PLANIMÉTRICAS 1 ALTIMÉTRICA

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino PIQUETAGEM (IV)

COMO MATERIALIZAR OS PONTOS,


EIXOS E FACES NO TERRENO?

CANGALHOS TEODOLITO ESTAÇÃO


e/ou (medição de TOTAL
CAVALETES ângulos)
e
NÍVEL
(altimetria)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino CANGALHOS E CAVALETES (I)

Cangalho

Fio/cordel
Prego

Fio de prumo

(Barros, 2007)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino CANGALHOS E CAVALETES (II)

Distância da construção:
entre a 1,0 e 1,5 m.

Sapata
Parede

Sapata
Parede

Sapata
0.6 a 1 m
Parede 0.6 a 1 m

> 0.6 m
> 0.6 m

Universidade Católica de Angola - Benguela Cavalete


Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino CANGALHOS E CAVALETES (III)

Pregos para colocação Exemplo de marcação da face


dos cordéis exterior de elementos estruturais

Cavalete

As marcações da estrutura podem


ser realizadas no alinhamento dos
(Barros, 2007)
eixos dos diferentes elementos,
diminuindo o número de fios.

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino CANGALHOS E CAVALETES (IV)

> VANTAGENS
1. Referencial planimétrico e altimétrico;
2. Adequado para estacas, fundações, pilares e
paredes;
3. “Boa” precisão (menos sujeito a choques do
que os apoios pontuais);

> DESVANTAGENS
1. Pode interferir na sequência executiva
(escavação, entrada de equipamentos)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino
EXEMPLO PRÁTICO (I)

Linha de
referência

(IPT, 2007)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO PRÁTICO (II)

Definição
de cota
altimétrica

(IPT, 2007)
(IPT, 2007)
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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino EXEMPLO PRÁTICO (III)

Cravação de estaca de Estaca no cruzamento de vários


referência (apoio muito frágil) cordéis (apoio muito frágil)

(IPT, 2007)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino TEODOLITO

> O teodolito tem como objectivo a medição


de ângulos.

Antigamente Nos dias de hoje

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino NÍVEL

> O nível tem como objectivo a medição de


cotas altimétricas.

Antigamente Nos dias de hoje

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino ESTAÇÃO TOTAL

> Este equipamento permite realizar todos os


trabalhos clássicos de topografia como
levantamentos, implantações ou até mesmo
simples medições de ângulos e distâncias.

(OZ, 2003)

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Análise e Comportamento de Estruturas
Docente: Milton Gualdino BIBLIOGRAFIA

> Barros, Mercia (2007). Serviços Preliminares de


Construção e Locação de Obras. Disponível em
http://www.usp.br.

> Oz (2003). Mesquita, C; Lança, P. Relatório Oz n.º 469.


Lisboa.

> IPT (2007) Implantação de obra. Instituto Politécnico de


Tomar. Disponível em www.ipt.pt.

> IST (1997). Processos Gerais de Construção: folhas de


apoio à disciplina, Volume 2. Departamento de Engenharia
civil, IST.

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