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CONSTRANGIMENTO ILEGAL
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lesão, real ou potencial, à pessoa dessas autoridades, o crime será o do art. 28 da Lei de
Segurança Nacional, punido com reclusão de quatro a doze anos.
19.2 TIPICIDADE
19.2.1 Conduta
Também se perfaz o tipo quando o agente emprega um outro meio capaz de minar a
capacidade de resistência da vítima, retirando-lhe a plena capacidade de determinação. É o
que acontece quando a vítima é levada, por erro, a ingerir substância inebriante ou é
hipnotizada, sedada, perdendo a plenitude de suas faculdades mentais.
não tem o dever de realizar uma ação, mas o agente a compele à sua prática. Ou, estando
autorizada pela lei a agir, o agente obriga-a a não fazê-lo.
O fato será típico ainda quando o agente compelir a vítima a deixar de realizar um
comportamento simplesmente imoral, porque todas as pessoas somente estão obrigadas a
realizar comportamentos legais, havendo, pois, agressão à liberdade.
A pretensão do agente deve ser ilegítima, pois se o resultado por ele pretendido for
lícito, o crime praticado será o do exercício arbitrário das próprias razões, definido no art.
345 do Código Penal.
Prevê o § 1º do art. 146 duas causas de aumento de pena: o concurso de, pelo
menos, quatro pessoas, ou a utilização de armas, na execução do crime. Nesses casos,
aplicam-se a detenção e a multa, duplicadas. A norma utiliza a expressão armas em seu
sentido amplo e seu emprego poderá ter ocorrido na formulação da ameaça ou na
realização das lesões corporais.
O delito de extorsão, do art. 158 do Código Penal, é outro tipo especial em relação
ao constrangimento ilegal, pois contém o elemento subjetivo especializante: “com o intuito
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica”, o que o torna mais
grave.
É uma espécie de constrangimento ilegal mais grave, porém menos que a extorsão.
O núcleo do tipo é o verbo coagir, realizando-se por qualquer meio, inclusive a ameaça não
grave. Alcança apenas a pessoa com idade igual ou superior a 60 anos e diz respeito apenas
aos atos de doar, contratar, testar ou outorgar procuração. Não é exigido o elemento
subjetivo especializante da extorsão, embora ele possa estar presente.
19.3 ILICITUDE
19.4 CULPABILIDADE
um comportamento que, a seu ver, é exigido por lei, cabendo-lhe, ainda, o direito de
satisfazer, por seus próprios meios, a essa pretensão, estará atuando sem a indispensável
consciência da ilicitude, essencial para a formulação do juízo de reprovabilidade.
Assim, por exemplo, quando o agente obriga, mediante violência ou grave ameaça,
a vítima a não praticar relações sexuais consentidas com a própria irmã, maior e capaz, por
imaginar que o incesto é tipificado. Se o erro for inevitável, ficará isento de pena, se
evitável, será diminuída a culpabilidade, nos termos do que dispõe o art. 21 do Código
Penal.
A ação penal é pública incondicionada. A forma típica sem aumento de pena será
processada perante o juizado especial criminal, permitida a suspensão condicional do
processo penal também na forma com pena aumentada.