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Por Henrique de Almeida Cayolla Se h acessrio til nos tempos modernos, o comando de uma televiso. Abenoadas teclas que nos do uma sensao de poderio infinito, de controlo de desmandos, de capacidade de interveno! E tantas vezes isso acontece, quando calamos um poltico por mais importante que seja, quando queremos no assistir a uma reunio, quando estamos fartos de ouvir um chorrilhos de disparates, quando nos enoja a tomada de posio de alguns indivduos, quando nos incomoda o que a televiso mostra, quando queremos fugir de uma autntica diarreia mental de certos personagens, etc. Mas esse controlo que posto nossa disposio, no tira o direito de ns, como telespectadores, podermos exigir que se faa melhor televiso, no nos bombardeando as nossas casas com uma m ou pssima qualidade de NOTCIAS ou de PROGRAMAES.
A famlia contestada, a tradio esquecida, a religio abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte ftil, paradoxal ou doentia.
Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitao, a sensaboria, o egosmo. No se trata de uma decadncia, uma idade das trevas ou o fim da civilizao, como tantos apregoam.
s uma questo de obesidade. O homem moderno est adiposo no raciocnio, gostos e sentimentos. O mundo no precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.
PROGRAMAES.
BREVES REFERNCIAS: H factos que nem deveriam merecer a ateno dos reprteres, como os de pequenos grupos que atentam contra a moral e os bons costumes, ou contra o bom senso, e se querem fazer notar. Relatos destes favorecem aquilo que essas pessoas desejam: tornar notcia um acto que iria passar desapercebido. O caso dos incndios: sabido que noutros pases, foi tomada a atitude de no transmitir imagens, para no incentivar os pirmanos a atear fogos, pelo espectculo que depois gozam, em directo, e pelas Tvs! Mas ns c, continuamos na mesma. No deveriam ter horrio nobre, certos programas, que ns at pensamos se esto a gozar connosco. Continuam os convites ao espectadores para fazerem telefonemas a dizer a sua opinio, acerca de temas, como a contratao do jogador A ou B, se acham que o treinador tal deva ou no ser despedido, etc. Ridculo! Entretanto, isto leva a que muita gente, inclusiv menores, efectuem os telefonemas, que se pagam claro, e l vo engrossando os lucros da companhia telefnica. E assim vo as nossas televises.