Professional Documents
Culture Documents
economia mundial, 28 ed. vol. 111, Lisboa, 1982. Femando Jasmins Pe-
estudo da hisidria ecorirnica da Madeira. Capitania do
1959 (dissertação da licenciatura policopiada apresen-
coimbra.
ro 11, Ponta Delgada, 1968, p. 1 14.
do registo feito em vereação para o lançamento do pre-
para a Madeira os registos de entrada na Alfãnega. Ve-
documento no 4.
te que admitir que o fornecimento da Madeira não se ficava só pelo
excedente açoriano, mas que a esta área fornecedora jutavam -se as
Canarias, Europa (Lísboa, Fiandres, França, Bretanha Inglaterra,
Irlanda, Dantizig) e Africa (Berberia). Deste modo os Açores funcio-
navam, é certo, como o celeiro abastecedor da Madeira, a reserva
necessária e obligatória para suprir as necessidades correntes da ilha.
A Europa e as Canhias surgem como áreas subsidiárias e como um
trato frequente, ou então como meio de recurso em momentos de
carencia no celeiro oficiai.
9. Esta questAo foi tratada em estudo que elaboramos sobre «A questão cerelifera
nos Açores (elementm para o sue estudo) skculos XVI-XVII*, a publicar na Archipk-
lago. Veja-se, Urbano de Mmdoça Dias, A vida de ms $os aves, vol 111, pp. 32-8,
489,62-63.
10. Conhece-seuma iaunia de 1 552, publicada por F.Moreno Fuenteç, «Tazmia de
Ia isIa de Tenerife em 1552>~,in Anuario de Estudios Atlulanticos, no25, pp. 41 1 -92.
.@ com4rcio de cereais das Canflriaspara Madeira... 333
14, pp. 65-6; E. Gonzalez Yanes, ob. cii., p. 85; Leopoldo de La Rosa,
no de emergencia, que consistia na actuação da veração junto dos
mercados e mestres de navios obrigando-os a descarregar o trigo que
conduziam ao reino ou is Canárias, ou então forçando-os a irem bus-
car trigo aos Açores ou outras partes15.a esta orientação aliavam-se as
ordenações régias de 1508 e 152 1, que tornavam obigatdria a rota do
fornecimento de trigo açoriano ao mercado madeirenseI6.
Assegurados os circuitos de abastecimento do marcado funcha-
lense tornava- se necessfio controlar e regularmentar os circuitos in-
ternos de distribuição e venda, de modo a evitar-se o açambarca-
mento e a especulação. Neste caso a vereação actuava com medidas
drásticas, quer por meio do exame das lojas pelos almotacés, quer
lançando pesadas multas aos infractoresI7.Ao mesmo tempo, desde
1496, proibira-se a saída deste cereal, atb mesmo para o fomecimen-
to das naus que escalavam a ilha pois, segundo se dizia, estas deve-
riam vir devidamente providas de Lisboa 18.
IdEntica situação encontra-se definida no arquipélago canário
nas ilhas de Gran Canaria, La Gomerrt onde encontramos regula-
mentada a probição de saída e medidas de apoio aos circuitos e rotas
abastecedoras com origem em Lanzarote, Tenerife ou Fuerteventu-
raI9.A ilha de Gran Canaria tinha em Tenerife o celeiro de abasteci-
mento anual, mas ta1 como sucede na Madeira em relação aos Aço-
W í O DO CEREAL
E
9 trigo surgir com muita assiduida no mercado madei-
to tal movimento mão implicava o delinear de uma
mento do cereal, mas sin o aproveitamento das rotas
jd existentes. A rota do trigo s6 funcionar& segun-
os Açores e as C d r i ã s e, mais propriamente das
uel, Tenerife, Lanzarote e Fuerteventura. Se 4 certo
:nta como unidi&csnd e sob proteqão conczl-
ria surge liberta desses mraves sd assim Padljta-
qf:
ME
IO gr&@
b r o negócio
-
DE TRIGO
rendoso ao menos ao nível & sua im-
36. Estão nestas condipões Fmcisoo Carrea, Francisco Gonples Dousin, João
Faria, Pero Ferreira, Gonplo Fernandes, Gonçalo Fernandes Gondim, Cust6djo Gon?
plves, Manuel Gonçalves, Pero Gonçales, S i m a Nunm Machado, Luis Femandes
Pinto, Antiinio Roiz, João Rois Tavora.
37. Pero Gonçaies, Antonio Roiz T o d h o , Diego Fernandes Branco, Diogo Ca-
brera, Gonçalo Femandes, Tom6 Fernandes, Agostinho Goncçlves, Ant6nio Gonçal-
ves, Gaspar Gonçlaves, Antonio Gonqlvesa, Custodio Gonçalves, Gaspar Gonçlaves,
Simão Nunes Machado, Andre de Monte, Pero Nunes,Fernà Perasa, Thomas Quevel,
João Roiz Teixeira.
38. A.R.M. c M . E , nn 1328, ! i.vereação de 6 de Fevereiro de 1637; idem,
it,
ibidem, no 1331, fl. 16 v" vereação de 27 de Maio de 1647; idemm ibidem na 1333, fl.
27, vereção de 17 de Novembreo de 1657.
: O mrnéxio de cereais dm CnnBnaspnrn M&m..
*R
L &I Madeira que, desde o iiltirno quartel do século XVJse
o uma área carente de'cerealprucufoa o seu abasteci-
!$&&vizinhas (Candrias, Açores), usufruindo de condiço-
$& criadas pela coroa, primeiro nos Açores e, depois, nas
os p m e n m problemas do mercado d e b , aa
mmto de mais que a ilha pouco produzia.
*pélago madeirme devido a peguenez da ma superficie
W-aa um nível inferior do a~o&noe m & i o , pois, en-
#&s riltimas dispunham de u m vata b m onde poderiam
&!L culturas, a Madeira detem apenas uma parca granja in-
pos mviassis e vinhedos, e muito mmm, para os ce-
i% modo o madeirense deveria bnscar e asegumr fora de
de abastecimento de u m população em constante
r%e, sua escolha preferencial hicidiu, primeiro em S. Miguel
I-defiois Tenerife, snbtitnída, em-m d m de século XVX,
Me,
@Mado trigo qoriana se mantinha o início regulamentada
b c i a directa do concelho, o que ibpedia a livre a-o do
oderá conside&dstl liberta desses
:ndo a sua rnmutenqk resultante
, os ,dois arauidhos e do rJemani
EXTRACTOS
DAS VEREAÇ~ESDO m C W
NoI
152 I, Novembro, 23
A.R.M., C.M.F.. n01304,h,82 vO-84
.
screpvy e que somente fose treladada em ese livro.
João C o m , Joam Roiz, Joham Coelho, Gil1 Fer-
bg),gyman daria, Pero de Magalhães.
L:
b
m, I1
. i 304, ns. ioe -V
%rJoham Correa verador doi dito que elle fereza per pre-
^, mestres com os mercadores que haqui trouxese trigo
i& a descarrega dos bateis e esto visto como avia peste na
.e os mercadores nõ queria viir a ella e per lhes pareçia
;odos //(I06vO)foi dito que hera bem que fosè pagos da
b s bateis e mãdarã que wase visto Der a Francisco Gon-
i do dinheriro da imposisk dos vinhos. Afonso
João Correa, Andre daguiar, Joham Coelho, Jo-
.m Devora, Pero Gllz, Francisco Gllz.
28
3,
H.F., no 1305, fl43
iadita vereacam foi acordado que toda a pessoa que me-
111 ou-de Canerea atee janeiro primeiro &e vtm
. logea
L toda descarrega e asv - e saauos o aue lehe
dinheiro da impoiçã dos vinhos. ~ f o n s oÃnnes o
@ apregoado e asy o que vem de Castella. Manuel Corei-
da, Jorge de Vasconcelos, João Lopes. João Gomes.Pero
.@eusRois, gonçalo Piris.
1505 40
1511 200
1523 130
1524 800
1527
1596 1.950
I597 502,5
1599 90
1605 1.950
1616 300
1617 827,5
1618 4.067,5
1619 75 800
1620 60
1623 3.430 1.930
1624 825
1625 795
1629 575 599
1631 677
1634
1637 LJV
1638 845 60
1640 105
1546
1547
, 1584
: 1%
,1597
1599
?11. 1602
:I
1603
5 1605
1606
P 1601
1609
i 1611
3, 16th
i 1517
4618
:I619
i d a
323
iw
e
5
w
QUADRO I11 - REGISTO DE TRIGO DAS CANÁRIAS NO SÉCULO XV-I
MERCADOR DATA FANEW PREÇO PROVENIENCIA
DAS
DATA
1638 Fuerteventum
1624 Lanzarote
1605 Iamarok
1606 Canaria
1618 Laazarate
1631 Lammte
1615 Can-
1618 Lanzarote
1617 Larumte
1623 Lanzarote
1637 Lanzarote
1623 -te
1631 Lsnzarole R. Ma.
1629 Canarias
1616 Fuerteventura
1623 Fuerteventum
1617 Lanzalwte
1618 LmZarote
1619 ianzarote
1638 Lanzarote R.Dta.
1623 Lanzarotc
1625 Lanzmte
1629 Cansrias
1617 Lanzarote
1616 Lanzarote
1618 ianzarote
1617 Lanzarote
1617 Fuerteventura
1617 Lammte
193 1 Lanxamte
1623 iaazarote R. Sabão
1629 Mzarote
1631 Lanzarote
1638 Lanzarote
1640 Canms
1637 Lanzarote
1619 C a n b
1634 Lanzarote
1623 Larizmte
1616 Lanzarote
1618 Lanearote
I623 Laaearote
Lanzarote
MEBCADOR DATA FANECAS P U X O PROVENIÊWOA LOCAL VENDA
Lanzarote
Lanzarote
Marcos Femira Mzarote
Frc". G. Figueiredo hnzarote
Roque Figuekdo Lanzarote
Roque Figueida Lanzarote
Jorge Freire Fuerteventura
Antonío Garcia Lanzarote
Bartolomeu Garcia Lanzarok
Agostinho Gonpives Lanzarote
Fuerteventm
Fuerteventum
hnzmte
António Gonçalves Fuerteventura
Lanzarote
Fuerteventura
Fuerteventura
Lanzarote
Lanzarote
Custódio Gonçalves Lanzarote
Estevfio Gonplves Lanzarote
Franco.Gonçalves Lanzarote
Lanzarote
Fuerteventura
Lanzarote
Fuerteventura
Jogo Gonçalves Lanzarote
Manual Gonçalves Fuerteventura
Martim Gonçalves Lanzarote
Pero Gonçalves Lanzarote
Gaspar F. Goudim Lanzarote
Jaques Guilherme Lanzarote
Fuerteventura
Franco.R. Jardim Lanzarote
FernHo Lemos Lanzarote
Gonçalves Lopes imzarote
João hw Lanzarote
Sim80 b p e s Lanzarote
Pallo de Lucas Lanzarote
Martial de Lugo Lanzarote
Si& N. Machado Cansrias
André Manso Lanzarote
Mgnuel Manso Lanzarote
An&k M. Maios Lanzarote
Jalzarote
cereais dm, Canririaspara M d e i m . .
DATA
225 Lanzarote
1o0 Lamte
75 Lanzarote
45 Callálias
40 Lanzarote
30 Lamarote
I pipa Lanzmte
300 hnzarote
450 Fuerteventura
450 Lanzarote
60 Lanzarote
30 hzarote
180 Lanzarote
300 h m t e
780 Lanzarute
50 Lanzarote
50 Lanzarote
90 Lanzarote
40 Canariris
75 Lanmrote
12 Lanzarote
45 Lanzarute
108 Lanzarote
80 Lanzmte
180 Lanzarote
375 Fuerteventura
105 Lanzarote
180 Lsuizaroe
45 Lanzmte
60 Lanzarote
60 Canárias