8 3 Abril 2009

PORTUGAL
Portagem à entrada das grandes cidades Música de luto Qimonda pisca o olho a privados
Fernando Correia Martins
O ministro do Ambiente admitiu a introdução de portagens à faleceu sábado em Lisboa, com A Qimonda está a tentar atrair investidores privados, sobretudo
entrada das grandes cidades, mas ressalvou que este não é o 72 anos. Com uma longa na Ásia, com o argumento de que terá apoios públicos,
momento para fazê-lo, já que depende da concordância dos carreira ligada à revista, nomeadamente de Portugal e do Estado da Saxónia, revelou o
municípios e da consciência das populações. “Várias vezes me marchas populares e televisão, jornal “Die Welt”. O matutino diz ter tido acesso a um documento
têm perguntado porque é que o Ministério do Ambiente não participou, como director em que se afirma que “a manutenção de quatro mil postos de
promove portagens na entrada das cidades. Em primeiro lugar, musical, no programa “Sábado trabalho na Alemanha e em Portugal abre caminho a importantes
isso não se pode fazer sem a aquiescência dos municípios. Por à Noite”, tendo sido ainda apoios do Estado”. Portugal já se comprometeu a assumir 14%
outro lado, mais importante ainda que os poderes locais é a compositor e orquestrador de do capital da Qimonda ou de uma nova sociedade, desde que
consciência das populações”, considerou Nunes Correia. Festivais da Canção da RTP. sejam salvaguardados mais de mil postos de trabalho na fábrica.

CRIADA LINHA DE CRÉDITO À HABITAÇÃO

Desempregados pagam metade

O Conselho de Ministros aprovou o diploma que “vem criar uma linha
de crédito, disponibilizada pelo Estado, destinada a financiar, durante um
prazo máximo de 24 meses, uma moratória no reembolso dos empréstimos
à habitação própria e permanente, qualquer que seja o tipo e regime
jurídico do empréstimo em curso, de valor equivalente a 50 por cento da
sua prestação mensal, até ao limite de 500 euros de redução”, como refere
o comunicado do CM. O comunicado do CM sublinha que “esta medida,
de carácter extraordinário e transitório, atenta a actual conjuntura
económica e o respectivo reflexo no mercado do emprego, destina-se aos
actuais mutuários que se encontrem na situação de desemprego há, pelo
menos, três meses, e visa criar as condições necessárias que lhes permitam
suportar os encargos assumidos com a sua habitação permanente”.
Acrescenta ainda que “findo o prazo da moratória, os mutuários
reembolsam o crédito concedido pelo Estado, em condições favoráveis, à
taxa Euribor deduzida de 0,5 por cento, sem qualquer “spread” (margem
do banco). Este reembolso é amenizado na medida em que terá lugar
durante todo o prazo de maturidade do empréstimo base em causa, sem
prejuízo da possibilidade de prorrogação do prazo do empréstimo”.
“Sopa da Noite” aquece necessitados do Porto
O projecto ‘Sopa da Noite’, promovido pela Santa sentido um aumento na procura de refeições, tendo
Casa da Misericórdia do Porto, arrancou na ‘Casa da mesmo “pessoas em lista de espera”, e foi para
Clima económico voltou a cair Rua’ tendo servido cerca de três dezenas de sopas aos
mais necessitados. O projecto prevê apoiar 150
colmatar essa falha que surgiu o projecto ‘Sopa da
Noite’.
O indicador de clima económico caiu ligeiramente em Março, pessoas, com uma sopa, mas na primeira noite “teve a António Tavares, vice-provedor da Santa Casa da
apesar da melhoria da confiança no sector da indústria, que concorrência” de iniciativas móveis de distribuição de Misericórdia do Porto, que promove a iniciativa,
recuperou do mínimo histórico do mês passado, ao mesmo tempo alimentos, que também decorrem no Porto. explicou que a ‘Sopa da Noite’ é o “primeiro projecto
que as famílias acentuaram o pessimismo. A ‘Casa da Rua’ situa-se na Rua Duque de Loulé, na fixo do Porto” a funcionar “os sete dias da semana”
“Em Março, o indicador de clima económico manteve o zona da Batalha, Porto, e desde 1999 que funciona entre as 21:00 e as 22:30.
movimento descendente observado desde Maio de 2008, embora como um centro de apoio para os sem-abrigo, As cerca de 150 pessoas que prevê sejam ajudadas,
diminuindo a um ritmo mais moderado”, de acordo com os proporcionando alojamento para 20 pessoas, 50 “são maioritariamente sem-abrigo e pessoas que neste
Inquéritos de Confiança divulgados pelo Instituto Nacional de refeições completas, balneários e serviço de lavandaria. momento não têm qualquer tipo de retaguarda familiar
Estatística (INE). A responsável revelou à Lusa que o espaço tem para uma simples sopa poderem comer”, frisou.

Governo disponibiliza 175 milhões de euros para requalificar cinquenta escolas básicas
O Governo anunciou um investimento autarquias. Numa cerimónia em Caparide, com o Ministério da Educação e contratos de Administração Central, 53 milhões são do
público e comunitário de 175 milhões de concelho de Cascais, em que estiveram financiamento comunitário relativos a obras Programa Operacional de Valorização do
euros num programa de requalificação das 50 presentes o primeiro-ministro, a ministra da em 31 escolas básicas. Dos 175 milhões de Te r r i t ó r i o d o Q u a d r o d e R e f e r ê n c i a
escolas básicas identificadas como “as mais Educação e o ministro das Finanças, 28 investimento, 117 milhões são verbas do Estratégico Nacional e os restantes cinco
degradadas do país”, a executar pelas autarquias assinaram acordos de cooperação Programa de Investimentos e Despesas da milhões são verbas das câmaras municipais.
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