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Imagine uma casa onde não há diálogo. Nada funciona. As contas não são
pagas, a ordem não é mantida. Cada um cuida dos seus interesses e utiliza os
espaços comuns como bem quer. Quem chega é mal recebido e pensará que entrou
em um campo de batalha. Nessa casa, não há harmonia. A ausência de diálogo logo
cria desavenças, colocando pais e filhos em permanente pé-de-guerra. Sabe o que
falta aqui? Falta um bom plano de comunicação que estabeleça um elo de ligação
entre os membros da família, que faça circular as informações, cuide do visual da
casa, dê boas vindas aos visitantes, organize as festas e lembre das comemorações
importantes para a família.
Para desempenhar eficazmente seu papel no cumprimento da Missão Global
da Igreja, cada congregação ou igreja precisa estar sintonizada com o mundo a sua
volta e integrada com todas as instâncias da igreja. Os membros precisam estar
sempre informados quanto às atividades e planos da igreja local, da Associação e
União, e também da Divisão e da Associação Geral. Uma boa parte desta tarefa faz
parte do espectro de atividade do Departamento de Comunicação da igreja local.
A comunicação é o ingrediente principal da cooperação. Podemos constatar
isto lembrando quantas vezes já nos deparamos com alguma dessa afirmações e
velhos argumentos que as pessoas usam para se desculparem por não participar ou
não apoiar os programas e eventos da igreja: “eu não sabia... não fui informado...
ouvi falar, mas não sabia quando era... que pena, se tivessem me avisado a tempo
eu teria participado...”. Essas são frases que, com toda certeza, já estamos
cansados de ouvir. E para eliminar de vez esta deficiência, é preciso fazer circular
as informações com maior clareza e agilidade, quer dizer, é preciso melhorar a
comunicação interna da igreja.
Para isso, o Diretor de Comunicação pode lançar mão de algumas
ferramentas. Cartazes e anúncios, boletins periódicos, quadros de avisos, o jornal
da Igreja, informações enviadas pelo correio, mensagens sonoras, vídeos, páginas
eletrônicas na Internet e tudo o mais que a criatividade e os recursos da igreja local
permitirem, como meios de fazer chegar as notícias a todos os membros da igreja.
Planejando a comunicação interna. - Antes de colocar em ação a
comunicação interna, antes de sair “atirando” para todos os lados, é fundamental
estabelecer um plano de comunicação interna. Se possível, um plano que envolva o
maior número possível de pessoas talentosas da igreja.
Por isso, o primeiro passo do Diretor de Comunicação é formar sua equipe
ou instituir a Comissão de Comunicação, conforme abordado no capítulo anterior.
Essa pessoas deverão estar dispostas a trabalhar, e muito. É bom lembrar mais
uma vez, que o Departamento de Comunicação não é uma atividade fim. Ele não se
encerra em si mesmo. É, na verdade, o setor interno da igreja responsável por
melhorar a circulação das informações e ajudar a tornar visíveis as atividades dos
demais departamentos da igreja.
O plano de comunicação interna deve responder basicamente a uma
pergunta: o que está acontecendo, ou vai acontecer na igreja, a nível local,
regional, nacional e mundial, que os membros da igreja precisam saber? Isto nos
leva a uma conclusão: como a igreja é uma organização dinâmica, com uma
agenda rica e variada, com novos eventos surgindo a cada dia, os planos
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específicos para a comunicação na igreja local devem ser flexíveis o suficiente para
atender a essas demandas.
Algumas das providências e os instrumentos mais eficientes para manter os
membros da igreja devidamente informados são: o boletim semanal, o quadro de
avisos, os cartazes, o jornal da igreja, o horário dedicado aos anúncios, a mala-
direta e a Internet. E nós vamos, a seguir, conversar um pouco sobre cada um
deles.
É o melhor e mais eficiente meio para a comunicação interna na igreja. É
difícil enxergar defeitos nele. Em primeiro lugar ele é direto e pessoal. Cada pessoa
recebe o seu, lê e em seguida pode guardá-lo para voltar a consultá-lo no momento
mais conveniente.
Por outro lado, a adoção do boletim traz o benefício de formalizar a
informação. Tudo o que é impresso tem um peso maior, tem maior importância, e
por isso as pessoas dedicam mais atenção. Mas a melhor maneira para demonstrar
a contribuição do boletim semanal é considerar o que acontece na igreja quando
não há boletim. Na maioria das vezes o Diretor de Comunicação ou um Ancião, vai
à frente para fazer os anúncios, em geral, no intervalo entre o culto e a Escola
Sabatina. E o que acontece? Algumas pessoas saem para fazer uma espécie de
“recreio” ou intervalo de deixam de ouvir as informações. Outras não saem, mas
aproveitando o intervalo para conversar e se distraem, ficando da mesma forma,
sem ouvir os anúncios. E para os demais, enquanto permanece o blá, blá, blá, lá na
frente, fica difícil prestar atenção em qualquer coisa. Resultado: a igreja se mantém
irrequieta, a reverência vai embora e o espirito de adoração é quebrado. Assim, a
maioria das pessoas fica sem receber informações importantes. Também o tempo é
sacrificado, quando não existe boletim. Em algumas igrejas, os anúncios parecem
invadir a eternidade, e quando eles terminam, o horário já está avançado e oculto
divino fica prejudicado. Uma outra prática desastrosa em matéria de anúncios, e
que algumas igrejas ainda utilizam, são os anúncios feitos pelos diretores dos
departamentos. Existem casos onde o blá, blá, blá dos anúncios chega a consumir
escandalosos 20 minutos e depois disso sobram apenas 15 minutos para a
mensagem do pregador no culto divino.
Durante a preparação deste guia, um membro da equipe envolvido com as
pesquisas foi assistir à programação do Sábado pela manhã em uma determinada
igreja que adota integralmente o boletim. Tão logo encerrou a Escola Sabatina, o
Diretor de Música foi à frente e dirigiu um inspirador serviço de cânticos, ensinado
novos hino do novo Hinário Adventista. Durante esses momentos ninguém saiu da
igreja e quando ele encerrou havia um clima de reverência e adoração.
Imediatamente, iniciou o culto divino. Mas isto ainda não era tudo. Após os
diáconos coletarem as oferta, automaticamente, e sem ninguém falar nada, o
pianista introduziu o hino inicial, a congregação se levantou e cantou o hino sem
que ninguém o tivesse anunciado. A indicação do hino estava no boletim.
Resultado: a igreja aprendeu um novo hino, manteve-se em silêncio e reverência, o
pregador teve tempo suficiente para transmitir a mensagem, e as pessoas foram
devidamente informados.
Os processos modernos e extremamente acessíveis para edição de textos
por comutador, somados aos processos de impressão à laser ou jato de tinta,
aliados também aos sistemas de cópias xerográficas de alta qualidade a baixos
custos, são os argumentos que faltavam para tornar o boletim semanal a proposta
imbatível para a comunicação interna da igreja. Fazer boletins hoje, é rápido e
barato. Em grande parte das igrejas existem pessoas que dispões destes recursos:
um computador e uma impressora. Mas mesmo onde não há, existem bureaus
(lojas e escritórios) que prestam esses serviços por valores muito pequenos.
Muito embora o boletim semanal tenha todos esses atrativos, é bom de
alguns outros aspectos importantes. Em primeiro lugar, vale dizer, que a adoção do
boletim precisa obter o apoio e adesão das demais lideranças da igreja local,
inclusive do Pastor. Por que? Porque enquanto o boletim não se tornar o
instrumento oficial de comunicação da igreja ele não terá credibilidade e portanto
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as pessoas não o lerão. Vamos a um exemplo prático: você acaba de adotar o
boletim para sua igreja. A primeira dificuldade que surge é conseguir as
informações dos demais departamentos a tempo de incluí-las no boletim. Por mais
que você se esforce, alguns sempre ficam de fora. Chega o Sábado pela manhã,
você está empolgado com o novo boletim - apesar daquela insatisfação por ele não
estar completo - entrega-o aos diáconos para que façam a distribuição. Mal termina
esta tarefa e já abordado por aquele diretor de departamento que não possui as
informações a tempo: ele quer dar o seu recado no horário dos anúncios. E agora,
o que fazer?
Este é realmente um tema importante a ser considerado. A adoção do
boletim exige que as pessoas sejam mais organizadas na igreja. O editor deste
guia, exerceu durante um bom tempo o cargo de diretor de comunicação e adotou
o boletim. E uma das lembranças mais marcantes desse período é de uma diretora
de Escola Sabatina, cuja organização era tão precisa, que chegou ao ponto em que
ela passava no final de trimestre todas as informações sobre a programação, hinos,
músicas especiais, informativo missionário, minutos especiais, dia das visitas e tudo
o mais, para o trimestre inteiro seguinte. Por outro lado, havia departamento que
nunca passavam as informações e estavam sempre tentando “atravessar” suas
mensagens. Qual a receita? A resposta é: insistir na oficialização do boletim. E
depois disso, nada mais de anúncios verbais, com rigorosa exceção a um ou outro
tema que realmente não poderia ter sido previsto. Na experiência como diretor de
comunicação, um membro da equipe de redação deste Guia, para acabar com este
problema, deixava em cada boletim um espaço em branco com a seguinte legenda:
“Espaço reservado para aquele anúncio que você podia Ter feito, mas não fez”.
O Conteúdo do Boletim
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5. Variedades - De acordo com o tamanho da igreja, a disponibilidade de
recursos, a intensidade de atuação dos demais departamentos e a criatividade da
equipe de comunicação, o boletim semana poderá ser ampliado e enriquecido com
seções, temas e matérias especiais. Uma boa sugestão, é dedicar um espaço para
um editorial semanal. Ele pode apresentar uma aplicação prática para o tema da
lição da escola sabatina, uma abordagem espiritual sobre um tema em evidência no
noticiário, um chamado para uma campanha especial ou até mesmo a reprodução
de um texto inspirado. Esse espaço também pode ser compartilhado com os demais
departamentos para abordar temas relativos a saúde, temperança cristã, mordomia
cristã, educação de filhos, relacionamento matrimonial, etc.
Cuidados ao implantar o boletim. - Afirmar que as pessoas não lêem o
boletim é o argumento mais freqüentemente utilizado por aqueles que pretendem
enfraquecer este instrumento. É bom estar atento a isto. Uma providência que pode
ser adotada para tornar o boletim mais acreditado é estimular o hábito de sua
leitura, associando-o a um estímulo positivo e agradável. Num dos eventos de que
participamos durante as pesquisas, ouvimos de um Pastor a seguinte experiência:
para implantar o boletim em sua igreja no primeiro Sábado, após o encerramento
da escola sabatina, ele solicitou ao serviço de som a colocação de uma música
agradável, em seguida foi até à frente e convidou a congregação para acompanhar
a leitura do boletim. Então leu-o por inteiro com a congregação. Fez isto durante as
duas semanas seguintes. A partir da Quarta semana, o serviço de som repetia a
mesma música na mesma hora e as pessoas naturalmente se lembravam da leitura
do boletim e já não era mais necessária a leitura em conjunto.
Outros dois cuidados a serem tomados com o boletim dizem respeito, em
primeiro lugar, à correção ortográfica e gramática. Textos mal escritos, contendo
erros ortográficos ou de concordância gramatical são um desastre para a imagem e
credibilidade do boletim. Em segundo lugar, vem a apresentação estética, o visual
do boletim. Uma programação visual bem cuidada e agradável que torne atrativo,
com toda certeza estimulará a leitura.
Finalmente, vale destacar que o boletim só será devidamente
reconhecido e respeitado se houver continuidade e constância. Quando o Boletim
sai semana sim, semana não, duas semanas sim, três semanas não, ninguém mais
acredita, ninguém mais anuncia e principalmente, os leitores não o levam a sério.
Portanto, ao decidir implantar o boletim em sua igreja, o Diretor de Comunicação
deve estar consciente de que esta é uma opção que exige responsabilidade e
desprendimento.
Os Anúncios
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absorvam melhor as notícias e informações. Terceira: A igreja já iniciou a
dinâmica do culto e espera-se que prossiga no seu ritmo natural. Portanto, há um
clima favorável para que os anúncios sejam breves e objetivos, para que o espírito
de adoração do culto não seja quebrado. Tudo na vida tem seu preço. Quando há
opção pelos anúncios falados, você terá de compreender que muitas coisas que
desejaria dizer não poderão ser ditas. Afina, quem suportaria ouvir a quantidade de
informações que cabe em um boletim, faladas do púlpito, no horário dos anúncios?
Nem mesmo o Diretor de Comunicação. Também é importante considerar que a
capacidade das pessoas de retenção de informações de uma só vez é limitada.
Quanto maior a quantidade, maior a possibilidade de esquecimento ou confusão.
Portanto, priorize o que vai falar e utilize também os outro recursos como, por
exemplo, os quadros de avisos que abordaremos a seguir. Finalmente, é
indispensável que todos os anúncios estejam previamente anotados, apresentados
numa ordem lógica. Nunca se deve confiar na memória ou falar de improviso.
Quando isto acontece, as pessoas tornam-se prolixas, falam demais e acabam
esquecendo de mencionar assuntos importantes.
O Quadro de Avisos
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Finamente, precisamos estar atentos à qualidade dos anúncios. Toda
mensagem fixada deve ser cuidadosamente planejada. Os textos devem ser claros,
objetivos e breves. Textos muito longos ou de difícil leitura serão desprezados pelos
leitores. Os quadros de avisos são um veiculo de comunicação expressa. Portanto,
as mensagens devem estar bem escritas e diagramadas com bom gosto e
equilíbrio, visando a imediata leitura. Devem ser tão facilmente assimiladas como
as mensagens que vemos nos aut-doors na ruas. Na seqüência deste manual você
vai encontrar um capítulo dedicado às técnicas de redação e outro às técnicas para
criação e produção de cartazes. Nunca de deve permitir que hajam cartazes sujos,
amassados ou rasgados nos quadros de avisos.
Um bom plano de comunicação interna da igreja considerará com atenção os
quadros de avisos. Onde houver espaço e recursos disponíveis, é bom que cada
departamento da igreja tenha seu espaço determinado. Onde não for possível,
caberá ao Diretor de Comunicação fazer a distribuição dos espaços. Além das
notícias e informações referentes à programação da igreja, o Diretor de
Comunicação, com sua criatividade poderá utilizar o quadro de avisos para passar
mensagens inspiradoras e motivadoras. Poderá também, inserir a cada Sábado
uma mensagem especial para os visitantes que chegam à igreja, prestar
homenagem aos aniversariantes e exercitar todas as possibilidades que a
inspiração e a criatividade lhe proporcionarem.
Não podemos concluir este segmento sem antes mencionar outro aspecto
importante. O quadro de avisos da igreja não deve se tornar um painel de
negócios, uma feira da pechincha. Algumas igreja o utilizam com ofertas que vão
desde móveis e utensílios a imóveis, automóveis e toda sorte de quinquilharias. É
preciso lembrar que isto, em primeiro lugar, fere a imagem da Igreja para alguns
visitantes que inevitavelmente lerão o quadro de avisos. Em segundo lugar, é
preciso entender que a maioria dos irmãos vai ler o quadro de avisos aos sábados
pela manhã. E como os avisos estão lá, não há como fazer uma seleção prévia
entre o que ler e o que não ler. Com isto, o espírito de algumas pessoas que
chegam motivadas para o serviço de adoração pode ser desviado por um interesse
legítimo, mas impróprio para o local e hora. Portanto, mantenha o quadro de avisos
da igreja direcionado para os assuntos próprios da igreja.
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formação da equipe de colaboradores. São estas equipes que atuarão diretamente
em seu funcionamento.
Um jornal caracteriza-se pela pluralidade de pensamentos, pela participação
de articulistas variados. Não é possível conceber um jornal que represente, de capa
a capa, o pensamento ou as idéias de uma só pessoa. Esta é uma razão mais que
suficiente para priorizar a definição sobre quem vai escrever sobre o quê. Um jornal
que apresenta matérias de autores variados, torna-se atrativo pela riqueza de
assuntos e diversidade de enfoques. Nunca é demais recordar que o jornal é um
veículo universal, que agrada desde os infantis, passando pelos adolescentes e
jovens, caminhando ao lado dos adultos até aportar na companhia dos mais idosos.
Cada um desses grupos deve ser lembrado tanto na definição da estrutura editorial
como na indicação dos editores e articulistas para cada seção. Ele podem ser
membros da liderança da igreja, pessoas da congregação, profissionais liberais e
especialistas como médicos, educadores, psicólogos, jornalistas e tantos outros que
adotam posturas em conformidade com os princípios e convicções da igreja.
O editor do jornal da igreja, deve cuidar para que ele se transforme em uma
bênção e nunca em instrumento para criação de polêmicas, para suscitar dúvidas,
nem plantar sementes de discórdia e separação. O equilíbrio, que nunca radicaliza,
e a fidelidade, que nunca transige com princípios são a regra áurea para a
sustentação do jornal. Nunca se deve permitir que ele sirva a interesses pessoais,
nem seja usado par atingir, magoar ou ferir pessoas ou grupos. Isenção,
veracidade e absoluta correção devem assinalar cada linha de cada coluna em cada
página.
Uma vez definido o projeto editorial e formada a equipe de produção, deve-
se elaborar o projeto gráfico do jornal. Quer dizer, é preciso definir que “cara” terá
o jornal. Quantas páginas? Ele trará ilustrações, gráficos e fotos? As fotos terão
legendas? Quantas linhas terão os títulos? Como será a primeira página? Quanto
espaço terá cada seção? Quanta colunas terá por página? E todas aquelas
perguntas que definam um padrão visual para o jornal. Ao envolver-se com esses
temas, o Diretor de Comunicação descobrirá que também precisará definir qual
será a tiragem. E esta definição levará a mais outra: como ele será impresso? Em
off-set ou por meios eletrônicos, como por meios eletrônicos, como por exemplo,
impressoras a laser ou jato de tinta, cópias xerográficas-laser ou até mimeógrafos
à tinta ou álcool? Como e quem produzirá os originais? Serão datilografados em
stencil para mimeógrafos, em papel para duplicação xerográfica, ou serão
editorados eletronicamente em computadores? Grande parte destas definições
serão determinadas por um aspecto essencial: a verba. Quando a igreja poderá
investir ou quantos recursos podem ser captados à título de apoio, patrocínio ou
anúncios, sem ferir as doutrinas da igreja e sem desviar os objetivos da publicação?
A resposta a estas questões completam o planejamento prévio do jornal.
Uma vez definida a proposta editorial, a estrutura, a linguagem e até mesmo
o visual do jornal, já dá para espiar pela vidraça do berçário, olhar o rostinho do
bebê e escolher o nome. Finalmente chegou a hora de dar nome ao mais novo filho
do Departamento de Comunicação. Mais uma vez, é hora de pensar como pensa o
seu público-alvo. Que nome vai encontrar maior receptividade para chegar à mente
do leitor? O nome é o gancho que sustenta a marca na mente do leito. Um bom
nome é o melhor seguro para um sucesso prolongado. É preciso procurar um nome
que posicione a idéia, o tema, o objetivo ou missão do jornal.
O Conteúdo do Jornal
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Mas, infelizmente, todo este cabedal tende a desaparecer no silêncio, a perder-se
no anonimato e encerrar-se no esquecimento sem qualquer possibilidade de
expressão. Estes testemunhos soam como brasas vivas lançadas sobre os corações
vacilantes, sobre as almas em desalento e desânimo, alimentando a chama da
esperança, da paciência e da fé.
2. Educação para o Trabalho. A tarefa de avançar comunicando Jesus a
todos e em todos os lugares impõe à igreja enorme demanda por instrução,
treinamento, orientação para o trabalho, para o ministério pessoal. Mas sempre é
possível atender a toda esta demanda face a exiguidade do tempo. O
Departamento de Comunicação, em parceria com os demais departamentos da
igreja, e este por sua vez, recebendo o subsídio e orientação do Pastor local e dos
respectivos departamentos da Associação, Missão o União, poderiam inserir no
jornal, seções para treinamento e orientação dos membros da igreja.
3. Educação para a Vida e para a Qualidade de Vida. Há em nosso
meio, milhares de famílias que necessitam da correta instrução para a vida e para a
qualidade de vida. Estamos falando de orientações sobre educação das crianças,
princípios de saúde, relacionamento matrimonial, finanças da família, culinária etc.
Assim como no item anterior, deve existir uma aproximação com os departamentos
responsáveis por estes temas na igreja, para que possam colaborar com matérias
para o jornal da Igreja.
4. Relatórios e Projetos da Igreja. Quantos departamentos gostariam de
Ter tempo para expor seus planos mais detalhadamente. Quantos anseiam por
relatar sua atuação e as vitórias ganhas para o Senhor em seus campos de batalha.
O jornal pode ser um excelente veículo para passar este tipo de mensagem.
Também pode se utilizado pela Direção da igreja para informar sobre o andamento
de projetos, debater planos, prestar esclarecimentos e manter os irmãos
informados sobre a direção para onde a igreja está avançando.
5. Intercâmbio e Troca de Experiências. Há um infinidade de
possibilidades para o intercâmbio de idéias, para a troca de experiências, para a
difusão de conhecimentos e para o convite à reflexão. Um fórum enriquecedor do
pensamento e da cultura geral e espiritual da igreja.
6. Evangelismo. Um dia este jornal chega às mãos de um visitante não
adventista. O Que ele sentirá ao lê-lo? Ele encontrará algo que faça sentido?
Haverá algum artigo preparado para tocar-lhe o coração? Muito embora o
evangelismo não seja o objetivo principal do jornal interno da igreja, nunca é
demais lembrar nele, nossa missão principal: Comunicar Jesus.
7. Classificados. Aqui sim, ao contrário dos quadros de aviso, poderia
haver espaço para uma seção de anúncios diversos, possibilitando o intercâmbio
entre a comunidade. Como o jornal é levado para casa, o membro tem a opção de
fazer a leitura de cada seção no momento mais adequado. Mesmo assim, convém
estabelecer normas para que os motivos e objetivos da publicação não sejam
dirigidos para direção indesejada
8. Notas Sociais da Igreja. Uma excelente forma para fortalecer a igreja
é incentivar os laços fraternos de amizade e convivência. Lembra-se da comunidade
de crentes da igreja apostólica? Eles estavam juntos e juntos estudavam a Palavra
de Deus, oravam, partiam o pão de casa em casa e tinham tudo em comum. Está
implícito que viviam os mais profundos laços de amizade e companheirismo em
total harmonia. Infelizmente, o modelo de via contemporâneo, principalmente a
vida agitada e artificial nas cidades conspiram contra este clima tão favorável. É
comum pessoas que se sentam por anos seguidos no mesmo lugar na igreja, mal
conhecerem os nomes das pessoas que pelos anos assentam-se ao seu redor. Os
novos membros, tanto os recém-batizados como os que chegam transferidos de
outras igreja, costumam passar um longo período na “galeria” até que sejam
devidamente apresentados e integrados ao convívio social da igreja. Também os
aniversariantes são esquecidos e nem sempre as crianças que nascem nas famílias
da igreja são devidamente notificadas. Aqui está uma excelente oportunidade para
o jornal da igreja entrar em ação.
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9. Jovens. Os jovens são um caso à parte. Usam todo o espaço que têm e
se encontrarem mais algum, negociam. A Igreja Adventista tem um perfil
essencialmente jovem. Eles são uma grande força para a Igreja, ao mesmo tempo
que padecem dúvidas, sonhos difíceis ou impossíveis e muitas ansiedades. São
carentes de orientações e necessitam sentirem-se aceitos. Também são
imensamente criativos e novadores. Contar com a sua participação e dedicar
espaço adequado para que possam integrar-se à comunicação da igreja é uma
atitude necessária, recomendada e que trará um colorido especial ao jornal da
Igreja e influenciará enormemente a sua aceitação.
10. Notícias da Comunidade. O Diretor de Comunicação, a agora,
possivelmente, o redator-chefe do jornal da igreja, deve ser um indivíduo com as
antenas ligadas. A igreja está envolvida em batalha, na qual a arma principal
depois do poder do Espírito Santo, é a comunicação. O que está acontecendo no
campo de batalha que interesse o oriente os soldados na linha de frente? Onde
estão as oportunidade para o trabalho da igreja junto à comunidade local? Quais
são os interesses da comunidade? Quem são as pessoas representativas na
sociedade? Imagine por exemplo, entrevistar o prefeito da cidade ou uma outra
autoridade ou pessoa de destaque que preste alguma afetiva contribuição para a
melhoria da sociedade local, e em contrapartida poder deixar com aquela pessoa
uma semente do evangelho.
11. Literatura. É sempre bom dedicar um espaço para comentar alguma
literatura relevante para o crescimento pessoal e enriquecimento espiritual da
igreja. Tendo em mente que o “povo perece por falta de conhecimento”, nunca é
demais oferecer alternativas que facilitem o aprendizado.
12. Artes, Música e Variedades. A vida torna-se mais suave quando
passamos a perceber um pouco mais da música, da poesia e da beleza com os
quais o Criador envolveu a Sua criação. Estimular o desenvolvimento pleno das
diversas dimensões da personalidade humana, entre elas a música e as várias
formas de expressão artística, também contribui para a restauração da imagem do
Criado no homem.
13. Atualidade e Cultura Geral. Por que deveriam ser “os filhos deste
mundo, mais prudentes nesta geração do que os filhos da luz?” Lucas 16:8. Como
povo escolhido de Deus, não fomos colocados neste mundo para sermos cauda,
mas sim a cabeça. E nesta geração podemos considerar como regra geral, que mais
bem sucedidos são aqueles que dispõem das melhores informações. Dos filhos de
Deus requer-se que estejam atentos e sintonizados com o seu contexto e que
sejam capazes de agir e não apenas reagir. A equipe de redação do jornal da igreja
bem em “recortar” aquelas notícias, informações e conhecimentos que ajudem a
nortear os esforços “mais prudentes” dos filhos da luz.
Mala-direta
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praticamente igual ao número de membros ativos. E você deve estar se
perguntando: o que isto tem a ver com o assunto mala-direta? Tomemos por
exemplo o caso de um membro que deixou de freqüentar a igreja. Ninguém o
procura, ele não recebe mais notícias da igreja e depois de algum tempo já se
acostumou ao seu novo estilo de vida. Mas vamos supor agora, que a partir de um
determinado Sábado da sua ausência, ele passe a receber em sua casa uma mala-
direta dizendo:
“Sentimos sua falta. Gostaríamos muito de ter você”
novamente conosco. Aproveitamos para antecipar qual
será a nossa programação no próximo sábado.
Segue anexo o nosso boletim semanal.
Não dispomos de nenhum registro de números ou histórico de uma
experiência que comprove a eficácia desta sugestão. Mas somente o fato de não
permitir que essas pessoas caiam no esquecimento, e também, não deixar que elas
esqueçam a igreja, já são motivos suficientes para colocar a proposta em prática e
testar a sua eficiência. Com toda certeza, ao receberem estas comunicações e
lembrarem-se do ambiente e do convívio com a igreja, das bênçãos e do alento
espiritual tantas vezes ali recebido, ao passarem diante dos seus olhos a lembrança
dos amigos, muitas pessoas serão sensibilizadas e seu coração será enternecido
com as saudades do lar. Afinal, o que você sentiria se estivesse afastado da igreja
e, a cada semana recebesse uma mala-direta informando sobre toda a
programação da igreja e afirmando que sente a sua falta? Até aqui, a igreja tem
dedicado muito esforço, tempo e dinheiro para conquistar novos membros; o gasto
é menor para mantê-los e quase nenhum para resgatá-lo Talvez valha a pena esta
hierarquia de valores.
A mala-direta também podes der utilizada para manter contato com os
visitantes. O Departamento de Comunicação deve organizar-se para obter os
nomes e endereços dessas pessoas e incluí-los em seu banco de dados. A partir
desta base o Departamento poderá direcionar a esses visitantes o envio de
mensagens, convites para eventos especiais e até mesmo notícias da igreja. Essas
pessoas sentirão que são queridas e aceitas e muito provavelmente quando se
depararem com um tema de seu interesse, e forem tocadas pelo Espírito Santo,
elas se sentirão motivadas a voltar à igreja.
Tele-Marketing
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dados da igreja – pessoas que já visitaram a igreja, vizinhos, parentes e amigos
indicados pelos membros etc.
Vídeo
Esta proposta não traz nada de novo. Não é original. Mas pode se tornar
uma bênção para a igreja. Um membro da equipe de redação deste manual, ainda
quando juvenil, teve a oportunidade de participar de uma experiência que
definitivamente assinalou as suas lembranças.
Durante uma Semana de Oração J.A., os sermões eram gravados em fitas K-
7 (ainda não existiam as câmeras e equipamentos de vídeo) e diariamente uma
equipe de jovens e juvenis da igreja levavam fitas para as pessoas impossibilitadas
de vir à igreja e até mesmo para membros afastados. O conceito é: se o cliente não
vem até ao produto, então o produto precisa ir até ao cliente. Que grata lembrança
daqueles dias, quantas lágrimas emocionadas, quantas pessoas alentadas
espiritualmente por um gesto tão simples e singelo.
Os equipamentos de video-cassete e câmeras tornaram-se hoje muito
acessíveis, possibilitando que este trabalho seja feito com muito mais qualidade,
levando a igreja ao vivo e a cores para as pessoas que não vêm ou que não podem
vir à igreja. Nesta reta final da pregação do evangelho, quando já podemos avistar
os sinais da Sua vinda, não podemos desprezar nenhum dos métodos modernos e
recursos da tecnologia para levar Jesus a todos e em todos os lugares. Este é mais
um entre tantos meios postos em nossa mãos.
Internet
As Cerimônias Especiais
Apresentações
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pregador, é apresentado primeiro para depois, fazer-se a apresentação das pessoas
que o acompanham. Esta Segunda alternativa é a forma correta, e deveria ser
adotada em nossa igrejas.
Ainda com respeito às apresentações, existem outros cuidados que devem
ser tomados. Em primeiro lugar é preciso lembrar que as apresentações, embora
importantes, são apenas um detalhe da programação da igreja e não o prato
principal. Por isso, ela deve ser breve e objetiva, e, em se tratando do início do
culto, nunca deve quebrar o espírito de reverência e adoração. Também é preciso
cuidar para que a apresentação não se transforme em “armadilha” para o pregador.
É muito comum as pessoas exagerarem nos adjetivos pessoais e no detalhamento
do curriculum do pregador. É claro que o preparo do pregador, a sua formação e
sua experiência são importantes e contribuem para a qualidade da mensagem a ser
transmitida. Mas convém não esquecer, que seja quem for o pregador, ele sempre
deve ser visto como um mensageiro de Deus, e a sua melhor recomendação é a
humildade para se deixar usar segundo a vontade do senhor. Na página seguinte,
relacionamos um exemplo sugestivo sobre como fazer corretamente as
apresentações.
“É uma grande satisfação apresentar as pessoas que nos honram nesta
manhã participando à frente no culto de adoração. O pregador desta manhã
é o Pastor Francisco Dantas, que atualmente é o departamental de
Comunicação da Associação Paulista Norte. Estão presentes com ele sua
esposa Helena, e seu Filho Guilherme. O Pr. Francisco Dantas se faz
acompanhar também do irmão Ricardo Souza, primeiro ancião desta igreja,
da irmã Maria Heloísa, líder do Ministério da Mulher no distrito, do irmão
Robson Siqueira, líder regional dos jovens e da irmã Valéria, diretora da
Escola Sabatina desta igreja. Pr. Dantas, que Deus possa usá-lo nesta
manhã, assim como o tem feito em diversas oportunidades para trazer-nos
uma inspiradora mensagem.”
Apresentação de Visitantes
O primeiro contato que as pessoas têm com a igreja pode ser fundamental
par a sua experiência espiritual. Por causa disto, quando os visitantes chegam à
igreja devem merecer nossa especial atenção. E uma forma de fazer isto é
apresentá-los à igreja e dizer-lhes da alegria que sentimos ao recebê-los. A Escola
Sabatina é o momento propício para fazê-lo e isto normalmente ocorre na maioria
das igrejas. Mas também podemos enxergar onde melhorar neste assunto. Em
algumas igrejas, os visitantes são convidados a se levantar todos de uma só vez,
em geral para receber uma pequena lembrança. Mas, não são apresentados à
igreja. Ninguém sabe qual é o seu nome e de onde vêm. Entendemos que esta
forma é muito fria e distante, justamente num momento em que as organizações
procuram formas que permitam tratar seus clientes da maneira mais personalizada
possível. Já em outras igrejas, os visitantes também são convidados a se levantar e
pede-se então, que eles mesmos se apresentem. Isto é ainda pior. Primeiro, porque
nem todos estão habituados a falar em público. Segundo, porque é muito comum
as pessoas enfrentarem sérios bloqueios para falar sobre si mesmos, quanto mais
de improviso. Terceiro, pela própria dificuldade de propagação da voz sem o auxílio
de microfone, principalmente nas igrejas maiores.
A recomendação para este procedimento é que dados relativos aos
visitantes, nome, local de residência e religião, e eventualmente cargo que exercem
na igreja quando se tratar de visitante adventista, sejam anotados previamente
pela equipe de recepção da Escola Sabatina. Quando chegar o momento, a pessoa
responsável por fazer as apresentações, de posse desses dados, anuncia
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nominalmente cada um dos visitantes, solicitado que fiquem em pé e permitindo
que toda a igreja os conheça. Deve lembrar também que quando se tratar de um
grupo, o ideal é que seja apresentado em conjunto a partir do seu líder – se houver
um, o mesmo se dá em relação a uma família ou casal.
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Preservando a Memória da Igreja
Avaliação e Replanejamento
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que o Departamento de Comunicação tenha uma visão clara dos objetivos que
esperam alcançar. Somente a partir dessas definições o Departamento de
Comunicação poderá definir as estratégias e instrumentos para divulgação e apoio
aos eventos.
Identidade Visual
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ousaria discordar da importância dos recursos aplicados à comunicação visual,
como eficientes facilitadores para a aproximação com os seres humanos do nosso
tempo?
No entanto, se perguntarmos quais são nossos padrões oficiais de identidade
visual, quantos saberiam a resposta? Qual é nosso logotipo oficial? Qual é a nossa
logomarca oficial? Quais são as cores oficiais da igreja?
Provavelmente, vamos encontrar pessoas que afirmarão que estas coisas
não são importantes para a Igreja. Não se assuste com isso. Tem gente que
também não acredita que o homem pisou na lua. Mas estas pessoas bem que
poderiam responder sem pensar a estas perguntas: qual é a lanchonete mais
conhecida do mundo? Qual é a marca de refrigerante mais lembrada? Não é preciso
nem perguntar por que.
Jamais deveríamos esquecer que, para a nossa sociedade supercomunista,
quem não é visto, não é lembrado. Recentemente, passando por Brasília, DF, bem
na região central da cidade, nos deparamos com um imenso luminoso de gás neon,
no topo de um edifício, como logotipo e slogan de uma das igrejas “evangélicas”
que mais cresce atualmente. Para os milhares de pessoas que passam diariamente
por aquele lugar, qual será a primeira igreja a ser lembrada?
Mas no que diz respeito à comunicação visual, não basta apenas estar
presente. É preciso manter o padrão, manter a identidade. Se você tem uma “cara”
diferente em cada lugar, nunca poderá catalisar os dividendos da força da sua
“marca”, nem comunicar credibilidade, consistência e segurança. Identidade visual,
portanto, é uma coisa séria.
Levada a efeito, a proposta de estabelecer um padrão para a identidade
visual das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia resultaria, no mínimo, num
significativo aumento de percepção da presença da Igreja Adventista na sociedade
e também da contribuição que ela exerce ao desempenhar com seriedade o seu
papel. Afinal, quem entre nós “acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso ou
a põe debaixo da cama? Antes, coloca-a no velador para que os que entram vejam
a luz.” Lucas 8:16 (BLH).
Embora não seja o objetivo transformar nossas igrejas em McDonald’s da fé,
não é muito sonharmos com “padrões sugestivos” de arquitetura para melhor
visualização externa da identidade visual da igreja, como forma de destacar e
valorizar nossa presença na sociedade. Seria muito saudável que cada Igreja
Adventista “fosse” uma Igreja Adventista em qualquer bairro, cidade ou vila rural,
ainda que respeitado os aspectos culturais e econômicos de cada congregação. Para
isso, as placas, painéis ou luminosos deveriam obedecer a padrões de tipologia e
logotipia (letras), logomarca (artes), cores e proporções (escalas) previamente
definidos e comuns a todos.
O logotipo adotado pela Divisão Sul-Americana é o padrão mundial da
Igreja, caracterizado pelas três linhas derivadas da letra “A” da palavra
“Adventista”, em alusão à tríplice mensagem angélica. Alguns campos ainda
agregam ao logotipo das três pombas. No momento em que esta edição é
produzida o /departamento de Comunicação da Divisão Sul-Americana, informa que
está promovendo estudos para a definitiva padronização da identidade visual da
igreja.
O diretor de Comunicação deve respeitar e fazer valer este padrão como a
identidade visual d igreja, para todos os impressos, painéis, cartazes, faixa,
luminosos e em todos os lugares onde a Igreja for identificada.
Mas qual deveria ser a meta principal do Diretor de Comunicação para o
item “Identidade Visual”? A resposta vem com outra pergunta: É fácil para quem
está próximo à sua igreja identificar que ela é uma Igreja Adventista do Sétimo
Dia? À distância de quantos metros? À noite?
Cada uma de nossas igrejas deveria ser facilmente identificada, mesmo à
distância e também à noite. Para as igrejas onde isto não é uma realidade, a meta
deveria ser a colocação imediata, em altura e posição de uma placa de
identificação, de preferência luminosa (neon, back-ligths, acrílicos etc.), ou pelo
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menos iluminada, como forma de destacar a presença Adventista em cada
localidade.
Mas além das placas luminosas, existem outras formas para tornar a
presença da igreja notada. Aqui vão algumas dicas, que são uma contribuição do
Departamento de Comunicação da Associação Paulistana.
Placas e Painéis. - Podem ser afixadas na frente das igrejas, em terrenos
onde serão construídas futuras igrejas ou instituições da Igreja.
Placas de Ruas. – Podem ser instaladas nas proximidades das igrejas, nas
principais vias de acesso, com setas indicativas da direção para chegar à igreja.
Convém colocar abaixo do logotipo da Igreja o endereço e o telefone se houver.
Protetores de Árvores. – Em várias cidade do país existem empresas
especializadas em instalar a manter protetores de árvores, onde são veiculadas
mensagens dos seus patrocinadores. As prefeituras são responsáveis por estas
concessões e podem prestar todas as informações.
Jardinagem. – Várias prefeituras permitem que empresas e instituições se
responsabilizem pela conservação de jardins, praças e logradouros públicos. Em
contra-partida, são colocadas placas indicando o nome da instituição que está
zelando por aquele local.
Pintura de Veículos. – Os veículos utilizados pela Igreja e suas instituições
podem ser personalizados com pinturas ou aplicações de adesivos nas portas ou
laterais. Vale ressaltar no entanto, a necessária conscientização dos motoristas
quanto à responsabilidade que têm de expor a imagem da igreja através destes
veículos personalizados.
Balões. – Por serem visíveis à distância, os balões são adequados para
eventos especiais: campanhas evangelísticas, semana santa, promoções J.A. etc.
Os balões tanto podem ser comprados como alugados por períodos determinados.
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Pequenos detalhes também podem ajudar. Afinal, o que torna uma igreja
realmente bonita? Mármores e carpetes? Vidros espelhados e vitrais? Bancos
estofados e ar condicionado? Embora estas coisas possam ajudar, não são
indispensáveis e, naturalmente, não estão disponíveis para todas as igrejas. No
entanto, paredes pintadas com cores claras e limpas, iluminação adequada e
limpeza rigorosa do ambiente fazem uma enorme diferença. O fazer isto, a igreja
torna-se um local alegre e saudável, como um extensão da casa de cada um.
Embora não seja uma atribuição direta, o Diretor de Comunicação deveria se
tornar um “fiscal” da conservação e programação visual da igreja. Vidros
quebrados, cortinas caídas ou rasgadas, lâmpadas queimadas ou iluminação
deficiente, bancos riscados, cadeiras quebradas ou com farpas que rasgam ou
desfiam roupas deveriam ser imediatamente corrigidos. Um ambiente onde esta
anomalias acontecem e ninguém faz nada não pode comunicar com eficiência a
essência do Cristianismo. Cristo, imediatamente após ressuscitar e antes de deixar
a tumba, dobrou os lenções em que estivera envolto. Com que cuidado então,
deveríamos zelar pela manutenção e conservação de nossas igrejas, onde vamos
ao Seu encontro
O Cuidado com a instalações da Igreja – E por falar em conservação e
limpeza, vamos tocar em um ponto delicado: as instalações sanitárias de algumas
de nossas igrejas. E você pode ficar pensando: o que tem isto a ver com a
comunicação da Igreja? Diretamente, nada. Mas, indiretamente tudo. Em muitas
congregações os banheiros constituem um verdadeiro desafio à sobrevivência.
Tanto na qualidade das instalações quanto na forma como alguns as utilizam, e,
principalmente, quanto à atenção que é dada à limpeza durante os dias de grande
utilização, principalmente aos sábados. Não convém nem mesmo tentar descrever a
tamanha falta de higiene retratada nestes lugares. Deve ser uma prioridade
assegurar que todas as instalações projetem uma imagem positiva da Igreja. E se
isto não está sendo feito, está na hora do Diretor de Comunicação entrar em cena e
trabalhar para que estas distorções sejam corrigidas e as instalações recebam
melhor cuidado. Em alguns casos, embora necessária, talvez não possa ser feita de
imediato uma reforma. Tudo bem, que entre então na lista de prioridades. Neste
caso, o cuidado com a limpeza e higiene deve ser, no mínimo, redobrado.
O Sistema de som da igreja. – Pensando ainda na necessária preparação
do ambiente internos da igreja, vamos abrir mais um parênteses e considerar outro
aspecto costumeiramente problemático para algumas congregações: o sistema de
som. Quantas vezes você já se sentiu incomodado e quem sabe até perdeu parte
das bênção de um culto ou outra programação, por causa de um sistema de som
que não funcionava ou, se funcionava, mal dava para escutar alguma coisa.
Há uma infinidade de possibilidades para que as coisas não andem bem
nessa área: ruídos, chiados e distorções por causa de ligações mal feitas, cabos
desbalanceados, falta de aterramento, entrada de energia instável ou
incompatibilidade das entradas e saídas dos equipamentos. Há também a
microfonia causada por caixas posicionadas atrás dos microfones ou provocada por
ajustes de Dom muito graves, excessivamente agudos ou com excesso de volume
para o ambiente. Existe também o caso dos microfones com cabos partidos ou
caixas de som com alto-falantes estragados. Quando se fala então em usar play-
backs, a coisa fica mais complicada ainda: as cabeças magnéticas dos tapes-deck
muitas vezes estão sujas ou as fitas mal gravadas, produzindo ruídos indesejáveis.
O resultado, você já sabe, um verdadeiro desastre. Finalmente, par complicar um
pouquinho mais, nem sempre as pessoas que cuidam do som na igreja sabem
exatamente o que devem fazer e não têm a sensibilidade e a técnica necessária
para fazer os ajustes. Finalmente, registramos um problema ainda mais grave: em
algumas igreja todos se sentem responsáveis pelo som, e autorizados a mexer nele
à vontade. Resultado: desregulam tudo, danificam equipamentos e ninguém nunca
é responsável por nada.
Nós sabemos que cuidar do som também não é uma atribuição do Diretor de
Comunicação. Mas como isto também afeta diretamente a qualidade da
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comunicação dentro da igreja, mais uma vez, ele é convocado a trabalhar para que
estes problemas sejam corrigidos. Talvez seja preciso encaminhar os responsáveis
pelo Dom para um treinamento, solicitar que um técnico faça uma revisão e
reinstalação dos equipamento e estabelecer regras que mantenham os “curiosos-
bem-intencionados” afastados.
Quando o sistema de som funciona corretamente, é muito agradável chegar
ao Sábado pela manhã ou a um culto de domingo ou quarta-feira, assentar e ficar
ouvindo uma música suave e inspiradora com boa qualidade sonora enquanto
aguardamos o começo do culto. O Diretor de Comunicação deveria pensar nisso.
Muito mais importante é quando começa a pregação e você pode ouvir o pregador
com um som limpo e claro, num volume agradável, ressaltando o brilho dos
agudos, o peso dos graves e os detalhes dos médios. Um bom som parece ressaltar
o poder e a beleza da pregação da Palavra. Por toda essa importância, todo esforço
deve ser feito para que o sistema de som da igreja seja permanentemente checado
e para que tudo funcione no momento certo.
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No dia do primeiro jogo, nervoso, você se reúne no vestiário com os
companheiros do Time dos Sonhos para ouvir as instruções do técnico. Ao seu lado,
está ninguém menos que Marcelo Negrão. Ali, em frente, Giovani sorri, mostrando
confiança no novo companheiro: você!
Começa a preleção e por mais que você se concentre, parece que o técnico
está falando uma língua absolutamente estranha. O que aconteceu? Você agora
está no mundo do jargão, da linguagem exclusiva de um grupo. Neste caso, por
mais que os comentaristas da televisão façam comentários sobre esquemas táticos,
ele estarão traduzindo para você, simples espectador, uma linguagem cifrada, que
é falada apenas pelos jogadores e técnicos de vôlei. Ali, no seu sonho, você
queimou uma etapa, entrou repentinamente em um mundo cuja linguagem não lhe
é familiar. Resultado, na quadra seu jogo desaparece, não há entrosamento e você
não consegue executar as funções que lhe foram reservadas pelo técnico, até
porque, você não entendeu nada mesmo. Fracasso total. Você volta para o Brasil
envergonhado e o olheiro é demitido, afinal, onde ele foi achar esse perna-de-pau?
Empatia é a palavra-chave. O diretor de Comunicação, como bom publicitário, de
colocar-se no lugar do outro (seu público-alvo) para sentir como ele sente,
perceber como ele percebe, ouvir como ele ouve.
O modelo de abordagem de Cristo. – É preciso, então, muito cuidado
com a maneira de a Igreja se comunicar com aqueles que ainda não conhecem a
mensagem de salvação de Jesus, com aqueles que não têm mente religiosa, nem
cultura ou memória religiosa, conforme abordamos no primeiro capítulo. Em Seu
talento de comunicador, como a Palavra via de Deus, Jesus soube falar com seus
contemporâneos na linguagem que lhes era comum. E sempre Se preocupou em
ser compreendido por todos.
Quando Jesus queria atingir a população palestina como um todo, falando a
grandes massas, utilizava figuras de linguagem, parábolas e metáforas, para ser
compreendido facilmente. No templo, ao debater com os “sábios”, usou a mesma
linguagem erudita que eles usavam, mostrando que Sua sabedoria era superior. E,
na hora de expulsar os vendilhões do templo, apelou para um discurso prático,
demonstrando claramente a Seus discípulos e a toda Jerusalém Sua discordância
com aquela prática.
Outro detalhe que não escapou a Jesus foi a temporalidade de Sua
comunicação. Por mais que vivesse em uma época específica da história da
humanidade, Sua mensagem sempre foi a temporal e eterna. O Diretor de
Comunicação deverá pesquisar e se colocar a par da linguagem corrente de cada
grupo que deseja alcançar.
Definindo a área de ação. – Ao elaborarmos uma campanha de
comunicação externa, portanto, devemos levar em conta esses exemplos. O
primeiro passo a ser dado é definir qual será a área geográfica de alcance da
nossa mensagem. A campanha é para a rua, para todo o bairro, para toda a cidade,
por exemplo? O Diretor de Comunicação deve, antes de tudo, conhecer qual é a sua
área de ação. Quais são as ruas que limitam nosso distrito? Onde começa e onde
termina? O uso de um mapa da cidade ou do bairro pode ajudar a delimitar e
visualizar melhor essa área principal de ação.
Definido o perfil do público alvo. – Uma vez localizado geograficamente o
público-alvo, chegou a hora de buscar outra definição: identificar o perfil desse
público. Qual é o tamanho da população? Qual é o perfil social, cultural e
econômico dessas pessoas? Predominam as pessoas de classe média, alta ou
pessoas pobres e carentes? Trata-se de um público universitário, de instrução
média ou analfabetos? Como se apresenta a curva etária? Há predominância de
crianças, jovens, adultos ou idosos? Quais são as necessidade percebidas desse
público? O que eles pensam sobre religião? Enfim, faça todas as perguntas, procure
conhecer todos os detalhes e singularidades que possam ajudar a entender o seu
público-alvo.
A princípio pode parecer difícil obter assas informações. Mas não será
preciso contratar o Instituto Gallup ou o Ibope para descobrir isso. Muitas dessas
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informações podem ser obtidas avaliando os temas que recebem maior destaque na
mídia local. Outra forma ainda mais eficaz, é circular e observar as pessoas da
região. E aqui vão algumas dicas: faça uma pesquisa informal e observe o
movimento das pessoas nas áreas comerciais e procure conversar com os
comerciantes d região, lojistas. padeiros, gerentes de bancos, tintureiros, etc. Eles
podem ajudá-lo a identificar quais são os hábitos de consumo das pessoas, quer
dizer, como elas gastam o seu dinheiro. Outro ponto importante a observar é como
essas pessoas gastam o seu tempo de lazer. Esses dois fatores demonstram as
prioridades estabelecidas por essas pessoas.
De posse de todas essas informações, procure confrontar os diferentes
pontos de vista dos membros d equipe ou Comissão de Comunicação, e também
dos líderes dos demais departamentos da igreja. Esta interação ajudará a
enriquecer a análise e trazer à tona um perfil bem próximo da realidade. Agora, se
estiverem disponíveis os dados e análises de instituições como o IBGE ou o IBOPE,
com toda certeza eles só ajudarão a clarear os caminhos e a encontrar o aproach, a
abordagem ideal.
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se cliping, que quer dizer “pinçar”. Quando são feitos o acompanhamento e a
avaliação final dos resultados, as campanhas são mais bem-sucedidas e um know-
how é acumulado para os próximos desafios.
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Emitir opiniões diante de um jornalista, ou mesmo falar em público quando há
presença de repórteres requer prática e habilidade. Frases mal colocadas, conceitos
dúbios e discursos longos são um convite à má interpretação e à distorção.
Voltemos a nosso exemplo:
Você, então, coloca o jornalista em contato com o Pastor. Em uma conversa
de quase uma hora o repórter ouve explicações teológicas e morais contra a pena
de morte. Ouve também todos os argumentos do Pastor, explicando algumas
passagens mais violentas narradas no Antigo Testamento, quando o povo de Israel
saía para guerrear sob orientação divina. Em meio a toda a exposição do Pastor,
uma frase ambígua acaba chamando a atenção do repórter. Ele enxerga polêmica
naquela frase. Na hora de escrever a matéria, ele pinça justamente essa frase de
todo o contexto da entrevista. No dia seguinte, publicada a reportagem, está lá
uma frase do Pastor que causa reações negativas até na própria Igreja. O pobre
Pastor diz: “eu não falei nada disso, ele está inventando”.
Vamos analisar. Será que o jornalista estava mentindo? Havia maldade, má
intenção? Não necessariamente. É claro que pode ser uma birra pessoal do repórter
contra a Igreja, mas isso será sempre um caso raro. Na verdade, a finalidade do
jornalismo é divulgar notícias sensacionalistas, revelações bombásticas, criar
polêmica, até porque é isso que torna a notícia atrativa para o mercado, faz vender
jornal, dá audiência. Então, pescar do contexto de uma entrevista uma frase
ambígua e transformá-la em escândalo é um vício, um defeito mesmo, do
jornalista.
Mas, enquanto isso não acontece é preciso tomar cuidado. Evitar
armadilhas. Então, preste atenção e esses mecanismos de defesa contra mal-
entendidos. A primeira dica é procurar sempre atender o jornalista pessoalmente.
Quando receber o telefonema diga que o Pastor ou outra pessoa pode falar, mas
não pelo telefone. Nem sempre isso será possível, pois o repórter pode estar longe,
Ter pouco tempo para fechar a matéria e irá insistir para falar ao telefone. Se
realmente não for possível evitar isto, peça então ao jornalista para informar, antes
de publicar a matéria, qual será o teor final das declarações. No mínimo revise com
o jornalista, após a entrevista, quais foram as conclusões quanto à posição da
Igreja sobre o assunto. Faça correções se necessárias.
Uma entrevista tem que ser objetiva. Quando o jornalista faz a pergunta o
entrevistador deve dar uma resposta direta, clara o objetiva, sem deixar margem
para dúvidas e sem fazer grandes explicações. O entrevistador precisa responder
sempre às perguntas sem fugir do assunto, sem dar voltas. E quando não tiver
certeza da informação solicitada não deve hesitar em pedir tempo para consultar as
pessoas ou fontes autorizadas. Nunca deve falar sobre o que não sabe. Os
resultados podem ser devastadores e a culpa não será, necessariamente. Do
jornalista. Quando estes cuidados são tomados, a possibilidade de criar polêmicas é
imensamente reduzida. E assim deve ser toda a entrevista. Sempre evitando
equívocos e interpretações distorcidas e nunca deixando de responder as
perguntas.
Vale também lembrar que é uma prática comum para os jornalistas formular
perguntas provocativas. Isto costuma gerar mal estar e nervosismo nos
entrevistados. Seja como for, mantenha a calma. Jornalistas gostam de dados,
fatos, informações, mas tendem a crucificar entrevistados ou pessoas que
esperneiam e acusam a imprensa de mentirosa ou que se mostram inseguros e
sem controle. Mantendo a calma, mostramos ao jornalista a certeza de que
estamos ao lado da verdade. Nervosos, perdemos a credibilidade e passaremos a
impressão de que algo está sendo escondido.
Outro aspecto a analisar é a oportunidade de emitir opiniões sobre
determinados assuntos. Em alguns casos é importante fazer uma análise das
conseqüências de uma declaração sobre temas que possam gerar polêmicas.
Quando se percebe que há possibilidade de provocar má interpretação, você pode
concluir ser melhor agradecer a oportunidade e recusar a entrevista. É muito
melhor ficar calado do que aparecer vinculado a uma polêmica desagradável.
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Entrevistas para o Rádio
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conclusão da matéria. Tendo isto em mente, fica fácil perceber que uma resposta
de 20 ou 30 segundos tem grande chance de entrar completa na matéria. Já uma
resposta longa, de 40, 50 segundos ou até com mais de 1 minuto, provavelmente
será editada, cortada, e poderá até perder o sentido.
Pode parecer muito rígida e fria esta fórmula adotada pela TV. Mas este é,
em verdade, o grande segredo desse veículo: a rapidez. Nenhum telespectador
agüenta entrevistas longas. O telejornalismo é feito de maneira dinâmica e
superficial, dando tratamento maior apenas a reportagens que envolvam questões
de âmbito geral. Se você observar, constatará que nem mesmo o Presidente da
República, o supremo mandatário do país, fica no ar por longos minutos. Até ele é
editado, e não fica no por mais de 30 segundos, a não ser quando faz
pronunciamentos oficiais à Nação comunicando decisões muito importantes.
Costuma-se dizer que o peixe morre pela boca. Esta frase também se aplica
a quem fala demais diante da imprensa. Os longos discursos provocam dor de
cabeça e duras conseqüências: são editados, criam distorções entre o que foi dito e
o que foi veiculado e fogem à compreensão dos ouvintes e telespectadores.
Portanto, vale ressaltar mais uma vez: Seja sempre breve e objetivo. Responda
diretamente às perguntas, não fale sobre o que não conhece e responda
sempre de maneira positiva. Colocações negativa produzem ruídos de
comunicação e afastam o interesse do ouvinte.
Você acaba de acordar e lembrar-se de que hoje é uma data muito especial:
o dia do seu casamento. Rapidamente você entra em sintonia e coloca-se em pleno
funcionamento. Ainda há muito por fazer. Segue-se então um período de muitas
atividades que só é interrompido pelo toque da campainha. Alguém vai atender e
logo corre para chamá-lo. É o carteiro que traz um telegrama, que você abre
rapidamente, ansioso para saber sobre o que se trata. E lá está escrito:
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dos momentos mais importantes serão fonte de pesquisa no futuro e ensinamento
precioso à novas gerações. Além disso, essa documentação pode alimentar as
publicações internas da igreja (no caso das fotos) e servir como banco de dados
para relatórios, avaliações e até mesmo para eventuais veiculações em programas
de televisão. As fotos e vídeos também podem ficar à disposição dos Diretores dos
campos, e de jornalistas interessados em publicar ou veicular imagens dos nossos
eventos. São os chamados realeses fotográficos (que reforçam os realeses
impressos) ou realeses eletrônicos (vídeo).
Vamos aproveitar para fazer um comentário paralelo mas relevante. Você
sabe por que uma grande parte dos adventistas não lêem a Revista Adventista, o
órgão informativo geral da Igreja? Uma das respostas é porque elas sabem que
nunca vão encontrar nela uma matéria sobre a sua igreja. E sabe por que não irão
encontrar nada? Porque sabem que simplesmente ninguém registra nada e
portanto nada envia para a redação da Revista Adventista. Isto é lamentável, pois a
leitura da Revista Adventista é um agradável exercício mensal de fortalecimento da
convicção de que esta é a Igreja da profecia, uma Igreja mundial que avança
poderosamente sob a direção de Deus.
Portanto, registre tudo o que puder e envie as notícias para os órgãos
informativos da igreja. Torne as boas experiências e realizações conhecidas de
todos. Você vai encontrar na seqüência deste manual, um capítulo sobre como
enviar notícias para a Revista Adventista.
O Noticiário
Notícia
Reportagem
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É a ampliação da notícia. Segue as mesmas regras acima, só que tem mais
detalhes, é mais analítica, adicionando conteúdo interpretativo à informação pura e
simples.
Editais
São exigidos por lei; por isso o remetente deve Ter especial cuidado com a
redação e correção. Atentar para o item “prazos”.
Notas de Falecimento
Fotos
Devem ser em preto e branco, papel brilhante, tamanho 12x18cm, com bom
contraste e focalização. Se enviadas fora das especificações acima, a publicação é
mais dificil. O envio de fotos deve considerar também:
a. Não escreva as legendas no verso da foto: apenas numere, a lápis, e
coloque as legendas em outro papel. Não se esqueça de mencionar, em
cada caso, o assunto da foto, lugar, data em que foi tirada e o nome do
fotógrafo (é exigência legal).
b. Mande, em média duas fotos diferentes para cada uma que espera ver
publicada.
c. A Revista Adventista publica, em média, uma foto para cada 20 linhas de
matéria datilografada.
d. A Revista não devolve fotos. A única exceção é quanto a fotos muito
preciosas cujo pedido de devolução deve vir com a foto.
Prazos
A notícia com as respectivas fotos devem ser mandadas logo após o evento.
Quanto antes chegar o texto à Redação, melhor tratamento terá (por incrível que
pareça, a Revista Adventista tem recebido notícias com até seis meses de atraso!).
O fechamento de cada edição é no dia 14 de cada mês, mas o material deve chegar
à Redação até o dia 10, para se incluído na revista que circulará a partir dos
primeiros dias do mês seguinte.
Cópia
O remetente deve guardar consigo uma cópia de todos os textos que enviar
para a Revista Adventista como garantia contra perda total em caso e extravio.
Essa cópia também serve para comparação com o que sair publicado, já que muito
se pode aperfeiçoar a partir desse confronto. No momento, 95% das notícias são
reescritas na Redação por razões de espaço, ou para dar-lhes melhor forma
jornalística. Portanto, se o informante descobrir depois o seu texto com outra
forma, ou menor, ou unido a outro fato semelhante, deve-se sentir grato pelos
retoques e acertos feitos, sem os quais o texto não seria publicado ou não teria
tantos leitores
Datilografia
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de 4 a 7 linhas cada. Abra cada parágrafo com um afastamento de 5 toques da
margem.
Convenções
Endereçamento
Mande Notícias
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