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É claro que como individuos, podemos ter estes momentos à sós. Mas quando a
igreja se ajunta, Deus multiplica e magnifica sua presença manifesta.
Expressando o amor de Deus
Na medida em que movemos mais e mais nesta fase de engajamento, nos
movemos numa linguagem de amor e intimidade. A presença de Deus nos
estimula nossos corações e nossas mentes, tendo como resultado, a expressão
natural, através do louvor, de nossa gratidão pelo que ele é e pelo que ele tem
feito, e como ele tem feito, como ele tem movido através da historia bem como
pelos seus atributos e seu caráter. O júbilo acontece quando no nosso coração
desejamos exaltar a Deus. O coração e o centro da adoração é estarmos em
união com o Criador e com a igreja universal e histórica, que é seu corpo. Lembre-
se que louvor nunca para. E é um ato contínuo nos céus, e quando louvamos, nos
ajuntamos com o que já está acontecendo: a comunhão dos santos. Louvor "é a
coisa pra se fazer" nos céus. É isto que vamos fazer quando chegarmos lá,
portanto é bom começarmos agora.
Sempre, esta intimidade nos leva a meditar, mesmo durante o louvor, sobre nosso
relacionamento com o Senhor. As vezes lembramos de votos e alianças que
fizemos com Deus. Deus pode trazer à tona, disarmonias ou fracassos em nossas
vidas, logo, envolvendo confissão de pecados. Lágrimas começarão a rolar na
medida em que contrastamos nossa desarmonia com a harmonia de Deus, nossas
limitações com suas infinitas e ilimitadas possibilidades.
Expressão
Esta fase, na qual fomos despertados à sua presença, chamamos de
expressão.Expressões físicas e emocionais durante o louvor, podem resultar em
danças e movimentos corporais. Esta é uma resposta apropriada da igreja para
com Deus, se ela estiver no topo da onda. Mas tentar estimular a dança
artificialmente não é apropriado. O verdadeiro ponto focal do júbilo está no Senhor,
e não na dança em si mesma.
Tenho em visto em várias congregações, quando as pessoas tentam criar um
clima de júbilo, sem as obras do Senhor, especialmente sem as obras de salvação
e restauração. Inevitalvelmente fica aquem do verdadeiro jubilo, pois as obras de
Deus levam a um verdadeiro júbilo. No primeiro, a expressão de louvor é fabricada
enquanto a outra é genuina. Se não exaltarmos à Deus com nossas vidas, júbilo
se torna um falso exercicio durante o louvor corporativo.
Esta expressão então, atinge um ponto climático bem elevado, algo como um ato
de amor (Salomão usa a mesma analogia em Cantares). Nos expressamos o que
está em nossos corações, mentes e corpo, e agora esperamos para Deus
responder. Paramos de falar, e esperamos que ele mova, que ele fale. Eu chamo
isto da quarta fase, visitação: quando Deus todo-poderoso visita seu povo.
Visitação
Esta visitação é um sub-produto do louvor. Nós não o louvamos para ganhar sua
presença. Ele é digno de louvor ainda que nos visite ou não. Mas Deus "habita no
meio dos louvores de seu povo". Portanto sempre devemos vir preparados para
encontrar a Deus, quando o louvamos.
A igreja precisa acordar para o fato de que o Deus do universo nos visitará se o
louvarmos em espírito e em verdade. Muitas vezes quando os cristãos se reunem,
eles não estão esperando Deus fazer muito. Mas Deus é como o noivo, na porta, a
espera da noiva. Muitas vezes, como a noiva, nós esquecemos a razão porque
estamos alí, pois estamos espalhados em nossas preocupações e cuidados.
Nós devemos esperar que o Espírito de Deus trabalhe no nosso meio. Ele move
através de diferente maneiras – as vezes através de salvação, as vezes trazendo
libertação, santificação ou cura. Deus também visita seu povo através dos dons
proféticos. Sempre, o profeta genuino é muito tímido para falar. O Senhor
necessita nos aprofundar nos dons de profecia. Ele também nos visita através da
leitura inspirada das Escrituras, que traz consigo, uma compreensão profética para
aquele momento específico. Exortação, que é uma palavra de encorajamento,
pode vir desta maneira. Nós precisamos aprender a esperar no Senhor, e permitir
que Ele fale.
Generosidade
A quinta fase do louvor é o dar com substancia. A igreja conhece tão pouco
sobre dar, e mesmo assim, somos encorajados pela Bíblia, a darmos para Deus.
Quão patético ver pessoas que estão se preparando para o ministério, que não
sabem nada sobre como dar. Será que um atleta, entraria numa corrida, sem
saber como correr ? Se ainda não aprendemos sobre como dar dinheiro, ainda
não aprendemos nada sobre o que é vida cristã. Ministério é uma vida de dar. Nós
damos toda nossa vida; Deus deveria ter propriedade de tudo que é nosso.
Lembre-se que quando damos tudo a Deus, não só permitimos que ele esteja em
controle de nossos bens, para multiplicar e abençoar a outros, como também para
sermos participantes em seus empreendimentos.
Normalmente o chamado de Deus para mim poder dar, vem quando não estou
preparado, ou quando não tenho o que ele, a princípio, está pedindo. Seja
dinheiro, amor, hospitalidade, ou informação. Mas também, sempre que Deus quer
dar através de nós, primeiro, ele tem que dar a nós. Nós somos os primeiros a
participarem das colheitas Mas não somos convidados a comer as sementes que
ceifamos, e sim, plantá-la e distribui-la para outros.
A premissa é que independente do que somos, sempre seremos multiplicados,
seja para o bem ou para o mal. O que tivermos em nossos troncos, determinará
que tipo de fruta teremos. Portanto, a dádiva com substancia em louvor, é um
reflexo da chamada, do engajamento, da expressão, da resposta e a visitação de
Deus, e a consequente resposta do povo, de volta à Deus.
Na medida em que experimentamos estas fases durante o louvor,
experimentamos antes de mais nada, intimidade com Deus, que é o que existe de
mais sublime que tanto o homem ou a mulher possa conhecer ou experimentar.
John Piper escreve que "Deus é muito mais gloricado em nós, quando estamos
satisfeitos nele… Nós teremos satisfação nele, quando soubermos porque Deus
tem prazer nele mesmo" ( Os Prazeres de Deus, Multnomah, p. 9).
Conclusão
Louvor envolve tudo na vida Cristã (Rom 12:1). Não está limitado a exercícios de
espiritualidade ou de meditações, ou à cultos formais de louvor, oração, etc. Nós,
que acreditamos no Senhor, fomos chamados para louvar através de cada
expressão da nossa vida, vivendo cada momento, sabendo que estamos vivendo
na presença e diante de nosso Deus. Nós devemos fazer tudo com um
reconhecimento vital de que estamos adorando Deus !
Este artigo foi escrito por John Wimber e publicado na revista "Equipping the
Saints" volume 7, No. 3/ Verão de 1993.
Tradução e ilustração de Miguel Hadj
Este artigo é uma tradução autorizada, em Português, e reconhecida, pelo
Vineyard International Consortium. Toda e qualquer reprodução é proibida.
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Evandro Lippi
Nos dias de hoje temos muitos conceitos sobre dança, sendo em sua maioria o de
que ela induz a expressões carnais, o que não é verdade quando há uma atitude
pura, feita no espírito diante do Senhor.
A dança é o reflexo de sentimentos contidos em nosso ser e acontece em várias
ocasiões:
Quando Davi foi ungido por Samuel (I Sam 16:13), o Espírito do Senhor se
apossou dele e desde aquele dia foi cheio do Espírito.
Em II Samuel 6: 12 - 16, Davi extravasa toda sua alegria dançando diante do
Senhor por estar transportando a Arca para Jerusalém, que representava a
presença de Deus no meio deles.
"Então disseram a Davi: O Senhor abençoou a casa de Obede-Edom, e tudo o
que tem, por causa da arca de Deus. Assim foi Davi, com alegria. Quando os que
levavam a arca do Senhor tinham dado seis passos ele sacrificava bois e
carneiros cevados. Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor, e
estava Davi cingido de uma estola sacerdotal de linho. Assim Davi e toda a casa
de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas.
Quando a arca do Senhor entrava na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava
olhando pela janela. E vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do
Senhor, o desprezou no seu coração".
Vemos aqui o exemplo de um homem segundo o coração de Deus, cheio do poder
e do Espírito, expressando toda sua alegria dançando na presença do Senhor.
Em Êxodo 15:20 e 21, vemos Miriã, uma profetisa com muitas mulheres saírem
com tamborins e com danças cantando ao Senhor pela vitória de Israel, pelo povo
que saíra ileso do Egito, terra onde eram escravos.
Miriã, a profetisa (os profetas eram pessoas cheias do Espírito de Deus) dançou
pela vitória do seu povo.
"Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou um tamborim, e todas as mulheres
saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantai ao
Senhor, pois sumamente se exaltou, lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro".
As mulheres hebraicas exprimiam por meio da dança os seus sentimentos;
quando seus maridos ou pessoas amigas voltavam a suas casas, vindo do
combate pela vida e pela pátria, saíam elas ao seu encontro com danças de
triunfo.
Nos nossos dias não deve ser diferente. Podemos e devemos também ser cheios
do Espírito Santo de Deus e dançar diante dEle, extravasando a nossa alegria,
saltando, dançando diante do Senhor pela vitória de Jesus na cruz derrotando
todo principado, potestade e dominadores deste século que eram contra nós ( Col.
2:15), nos libertando do mundo e nos transportando para um reino de luz,
purificando nossa consciência pelo sangue do Cordeiro e nos dando a esperança
da vida eterna.
As danças não param por aí. Em I Samuel 18:6 e 7, temos outro exemplo:
"Quando os soldados retornavam para casa, depois de Davi ter ferido o filisteu, as
mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul, cantando
e dançando alegremente, com tambores e com instrumentos de música. As
mulheres, dançando, cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus
milhares, porém Davi os seus dez milhares".
Jesuscitou em uma parábola a dança como louvor e ações de graças por um filho
que se havia perdido e foi achado (Lucas 15:25 - parábola do filho pródigo).
Existe uma razão específica do povo de Deus em dançar: a de que Ele se alegra
com isto. Deus se alegra de que seus filhos dancem na sua presença, pois Ele
próprio promete restaurar as danças de seu povo:
"Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas
serão o meu povo... o povo que escapou da espada achou graça no deserto...
com amor eterno te amei, também com amorável benignidade te atraí... ainda te
edificarei e serás edificada, ó virgem de Israel. Ainda serás adornada com os teus
adufes, e sairás com coro de dança, e também os jovens e os velhos, e tornareis o
seu pranto em júbilo e os consolarei; transformarei em regozijo a sua tristeza".
(Jeremias 31: 1-4, 13)
Se você nunca expressou-se a Deus dançando, eu o convidaria a fazê-lo
conforme as escrituras nos convidam:
Salmo 149:3 - "Louvem o seu nome com danças; cantem-lhe o seu louvor com
tamborim e com harpa".
Certamente quando você o adorar com sua dança, o próprio Deus te encherá com
alegria, com cânticos, com toda sorte de bençãos e te mostrará a vitória.
Experimente dançar na presença de Deus
13. Alienação total dos dirigentes, músicos e pastores. Com freqüência observo
que os pastores costumam ficar totalmente alienados com o que está ocorrendo
no culto. Se os pastores estiverem alienados, nada ocorrerá com a igreja. Às
vezes quando prego em algumas igrejas observo que os pastores ficam durante o
tempo de louvor atendendo o celular, falando com algum obreiro, resolvendo
questões da igreja completamente à parte do que está ocorrendo no culto. Um
pastor chegou a dizer-me assim: "Pode chegar lá pelas oito e meia, na hora de
pregar, porque a primeira parte é dos jovens. Eles dirigem os louvores". Fiz
questão de chegar bem cedo para ter um tempo de oração com aqueles valorosos
guerreiros determinados a levar a igreja a mover-se em Deus. Pena que logo a
seguir, o "bombeiro", como eles dizem, chega e apaga o fogo!
Estude esses temas com os músicos de sua igreja e ampliem-no com
problemáticas de sua própria congregação. Um participante de nosso seminário
chegou a contabilizar "20 obstáculos porque o louvor não flui...".
João A. de Souza Filho - autor da trilogia: O Ministério de Louvor da Igreja; O
Louvor e a Edificação da Igreja e Ministério de Louvor: Revolução na Vida da
Igreja, todos editados pela Editora Betânia de Belo Horizonte.
O CARÁTER NA ADORAÇÃO
Introdução
Quando Deus criou o homem, seu objetivo foi bem claro: Ele desejava
ter comunhão com o homem. Esta comunhão não se limitava a conversa
entre duas pessoas, mas tratava-se de ter comunhão total: corpo, alma
e espírito. Até então, não existia nada que pudesse separar tal
comunhão. Vemos que fazia parte do cotidiano do Éden, na viração do
dia Deus vir ter comunhão com seus filhos, temos uma demonstração
disto em Gn. 3:8.
O que fazemos...
Por mais simples que seja esta frase, ela expressa uma profunda
realidade no reino de Deus, porque mais importante do que as coisas
que fazemos, precisamos entender que o reino de Deus está baseado
naquilo que somos. É este princípio que Jesus declara quando diz que
uma árvore má não pode produzir bons frutos, nem uma fonte que jorra
água salgada, jorrar água doce, Lc 3:9.
Louvor:
Adoração:
Ajuda-nos ou atrapalha-nos
Seu caráter representa a somatória das coisas que você crê e faz, se seu
caráter tem um critério ou gabarito correto então sua conduta também
será correta, em outras palavras, não é suficiente cantar boas canções,
expressar sentimentos, gritar, dançar, etc. Precisamos ter uma vida que
condizente com aquilo que estamos cantando! Se você é uma pessoa
que visivelmente é um "adorador" nos finais de semana, e no seu
trabalho, tem hábitos que desonram o evangelho, seu caráter vai
influenciar diretamente na qualidade da sua adoração. Bem, não
estamos falando de alguém que não é convertido, falamos de pessoas
que já fizeram Jesus seu Senhor e Salvador, mas seu caráter ainda tem
um "background" do passado.
Veja em Rm 6:4 o que a palavra de Deus tem a nos dizer para este tipo
de pessoa, que embora esteja vivendo a vida cristã, está distante de
expressar com sua conduta o novo nascimento que Jesus disse que
teríamos.
Ande no Espírito...
Deixe-me ser sincero com você. Imagine que os anos que você viveu
debaixo do poder do seu orgulho, auto-suficiência, do espírito deste
mundo, ensinaram-no a ser e a ter um caráter inclinado às coisas
erradas! Certo? Bem, Jesus destruiu o pecado em sua vida, não o seu
caráter! Lembre-se que seu caráter faz parte de sua alma, bem como
sua personalidade. Deus não deseja que não tenhamos personalidade ou
caráter, mas nós estávamos sendo doutrinados durante grande parte de
nossa vida pelo pecado, e embora este poder do pecado não opere mais
em sua vida, você tem ai dentro muitos anos de "Escola de Pecadores" .
Então neste novo reino você precisa reeducar sua mente (Tt 2:12; Rm
12:1-2; Rm 8:13).
Num dos seus aspectos centrais, adorar significa servir. Você já deve ter
experimentado receber alguém querido em sua casa, a quem você
passou a servir. Nesse contexto, qual foi seu comportamento? Não foi o
de instalar confortavelmente o convidado, procurando oferecer a ele o
que você tinha de melhor, perguntando pelos seus gostos e
necessidades? Você não ofereceu a ele um banho, não perguntou se ele
tinha sede, não providenciou uma refeição? Ao saber que o time dele
estava jogando uma partida decisiva, você pediu ao seu filho que
parasse de brincar com o videogame, para que o hóspede pudesse
assistir ao jogo, apesar de não ser o seu time.
TORNANDO-SE UM ADORADOR
O termo adoração deriva da palavra adorare. Em latim, adorare
significa falar com, que em outras palavras significa ter comunhão
com. Podemos entender, então, que adorar a Deus nada mais é que
conversar com Deus ou ter comunhão com Deus. Apesar da
definição acima, a palavra adoração requer uma compreensão muito
mais profunda do seu significado. O termo adorare tem um sentido bem
mais amplo do que o verbo falar da língua portuguesa, como veremos
posteriormente. No Antigo Testamento, há duas palavras significando
adoração. Uma delas, em certos lugares, tem o sentido de fazer
"reverência" ou "inclinar-se": "Então o rei Nabucodonosor caiu com
o rosto em terra, e adorou a Daniel, e ordenou que lhe
oferecessem uma oblação e perfumes suaves"(Daniel 2.46); a
outra usa-se a respeito do culto prestado ao Senhor e a outros deuses ou
objeto de reverência: "Então inclinou-se o homem e adorou ao
Senhor;" (Gênesis 24:26), "e, inclinando-me, adorei e bendisse
ao Senhor, Deus do meu senhor Abraão, que me havia conduzido
pelo caminho direito para tomar para seu filho a filha do irmão
do meu senhor"(Gênesis 24.48), etc. No Novo Testamento a palavra
é usada com as seguintes significações: adoração a Deus: "Então
ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao
Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás" (Mateus 4.10),
reverência para com Jesus Cristo: "Vendo, pois, de longe a Jesus,
correu e adorou-o" (Marcos 5.6) e culto idólatra: "Antes
carregastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus
Renfã, figuras que vós fizestes para adorá-las. Desterrar-vos-ei
pois, para além da Babilônia" (Atos 7.43).
1 - Adoração é amizade:
2 - Adoração é preocupação
Nas suas orações diárias, o adorador deve pedir que Deus se deixe
revelar, e Ele certamente se deixará conhecer. Através da Bíblia e de
experiências vividas diariamente o adorador aprenderá a agradar a
Deus até nas mais pequenas atitudes.
4 - Adoração é doação
O adorador deve sua vida a Deus mesmo que seja abençoado ou não.
Portanto, devemos adorar a Deus aprendendo a doar o que temos e o
que somos, sem pedir algo em troca. Deus nos abençoará conforme a
sinceridade da nossa adoração.
3 – O vapor, então, sobe ao céu, por ser mais leve do que o ar;
1 - Deus faz com que suas bênçãos brilhem sobre os homens, assim
como o sol brilha sobre os oceanos;
Histórico
O Músico e o Instrumento
______________________________________________
Por isso senti o desejo de escrever este breve, mas objetivo texto, com
o propósito de levar você a organizar melhor o seu grupo, aproveitando
ao máximo todos os momentos do período de louvor.
Ramon Tessmann
Formar uma equipe de Louvor é o mesmo que formar um Ministério de obreiros dentro
da Igreja, o mesmo deve ser tratado e encarado como algo de extrema importância. É
de fundamental necessidade, antes de escolher as pessoas para compor um grupo de
louvor, o líder ou Ministro de Louvor junto com o Pastor da Igreja, jejuar e orar
fortemente para que a escolha não seja precipitada, pessoal ou fora da vontade de
Deus. Todo cuidado é pouco, pois uma escolha errada sempre traz grandes e perigosos
problemas no futuro, não somente para o desempenho do grupo de louvor mas
também para todo o crescimento da obra local, e saúde espiritual do corpo de Cristo. É
preciso ter a sensibilidade, discernimento e técnica necessária para estar em primeiro
lugar escolhendo pessoas que tem o chamado para o Louvor, isto é, Levitas
consagrados e chamados pelo Senhor. Muitas vezes por a Igreja estar iniciando,
Pastores ou lideres de Louvor chamam qualquer pessoa que aparece na Igreja que
demonstra gostar de louvar, tocar ou cantar. Muitas vezes aparecem irmãos(as) que
sabem tocar ou cantar muito bem , e pelo empolgamento colocam na frente da batalha
sem orar, averiguar e descobrir como anda a vida espiritual dos mesmos. Todo o
obreiro deve primeiramente ser testado, para depois ser consagrado e chamado para a
obra, e isto sempre deve ser feito também na escolha dos componentes do grupo de
Louvor. Existem milhares de grupos de louvor que erraram nesta formação inicial e
hoje passam tremendas lutas e provações porque colocaram pessoas sem o chamado
para o Louvor, e agora estes estão sendo como que pedra de tropeço. O Louvor nunca
crescerá dessa maneira, o desempenho sempre ficará estagnado, a obra do Senhor
terá dificuldades, e principalmente o mover de Deus nunca fluirá durante o Louvor da
maneira que Deus quer, tudo isso por uma mal escolha. Deus desde os primórdios
Deus separou um povo exclusivo para louvar- Os Levitas, (Nm 1:50 . Nm 3:6 e 7 .I Cr
23:30) e hoje não é diferente. É realmente algo muito delicado a formação de uma
equipe de Louvor. É algo que antes de mais nada é preciso muita oração e revelação
de Deus. A maneira certa para a escolha vem de joelhos dobrados, vem de lágrimas
sinceras derramadas nas madrugadas e até mesmo de auxilio de profissionais nesta
área. Uma escolha errada mata espiritualmente não somente a performance do grupo,
mas principalmente a pessoa que não tem chamado para o Louvor. Leia Números 1:51
e verá que Deus disse e determinou: "O estranho que se aproximar morrerá". Que
coisa séria, e que muitas vezes é tratada de qualquer maneira por muitos lideres.
Sabedores também que Deus não chama apenas os capacitados , mas que capacita os
chamados por ele, temos que analisar o caráter do escolhido(a) para o Louvor. Se este
irmão(a) tem uma personalidade que permite liderar, se este tem espirito de
submissão, se sabe ouvir, se sabe mesmo contra sua vontade seguir o conselho e
acatar com a decisão do Pastor ou Líder. Saiba que é preciso ser em primeiro lugar
servo de Deus e do corpo de Cristo para fazer parte de qualquer cargo ministerial na
Igreja, pois os que não tem chamando geralmente nunca concordam com as decisões
dos lideres, tem caráter difícil, e não demonstram os frutos do Espirito que é
necessário para trabalhar na seara do Senhor. E o pior é que quando se coloca tal
pessoa no grupo de Louvor, para depois tirá-la do grupo é muito difícil, pois o
mesmo(a) poderia até mesmo por rebelião sair da Igreja e se afastar dos caminhos do
Senhor. Que perigo!!! Que situação!!! O que fazer? Em primeiro lugar como disse orar
muito antes de tomar Qualquer decisão. Para cantar ou tocar num grupo de Louvor é
preciso ter chamado e não qualidade vocal e instrumental. Pois Deus vai capacitando
os chamados a cada dia. É preciso também treinar, tomar aulas e se aperfeiçoar, pois
sem isso, mesmo o que é chamado nunca irá muito longe em seu ministério de Louvor.
O Cantor(a) tem que pegar aulas de canto, o instrumentista aula com professores
ungidos para que cada um cresça em sua área. Pois Deus tem seus professores que
são usados exatamente para este propósito: o de ensinar, aprimorar e aperfeiçoar os
chamados de Deus. Essa história que os Levitas já nascem sabendo é errônea, pois
embora sejam escolhidos desde o ventre, isso não quer dizer que não precisam de
auxilio, técnica e aulas de ensino. Saiba que os escolhidos aprendem fácil e os que não
são levitas demoram muito para apreender, quando estes chegam e conseguem
aprender algo. Lembro-me de quando meu Pastor me chamou para liderar o louvor que
estava iniciando em nossa Igreja. Que coragem!!! Eu era desafinado, achava que não
sabia cantar ( e até hoje reconheço que preciso aprender muito mesmo) e mesmo
assim ele acreditou em min, dando o voto de confiança e cobrindo minha vida de
orações. Quando olho para trás vejo que o Pastor Maciel Figueiredo teve antes de mais
nada muita ousadia por esta escolha. Mas por ser um servo de Deus, este Pastor me
escolheu por ter sentido de Deus uma vocação em min para esta obra. Eu era como
Davi, que mesmo pelo seu pai era desprezado e ninguém reconhecia seu valor. Na
escolha para o Rei de Israel , Davi foi o último a ser apresentado ao Profeta Samuel.
Nem mesmo o próprio Pai de Davi acreditava que ele teria o valor necessário para ser
Rei. Mas Davi era o escolhido. Muitas vezes os escolhidos estão nos bancos das
Igrejas, e os que não tem o chamado para o Louvor estão na frente da batalha,
enfraquecendo o corpo de Cristo e atrapalhando o mover do Espirito Santo durante o
Louvor. Que realidade triste!!! Formar uma equipe de louvor é uma benção de Deus
quando acertamos na escolha. Pois a Igreja notará o crescimento do mesmo e sentirá
que o Espirito Santo de Deus está capacitando cada um, e que o entrosamento está
chegando, que a união é visível e real, que as vozes do coral estão se encaixando e a
harmonia musical é notável e sensível. Isto é prova de escolha certa. A Igreja sempre
será o termômetro que medirá a o fluxo espiritual no Louvor. Se a Igreja louva de
coração, em Espirito e em verdade, se a Igreja chora no poder de Deus, se almas são
libertas no poder do Louvor, se acontecem salvação de vidas nos cultos, saiba , o
grupo de Louvor de sua Igreja está no caminho certo. Aleluias!!! Que maravilha é tal
grupo de Louvor. Este é o papel de um grupo ungido: restaurar vidas, libertas os
cativos, salvar os perdidos, e preparar os corações, almas e espíritos dos membros
para ouvir a Palavra de Deus.
A Força do Louvor
Muitas vezes não damos a devida importância ao louvor, muitos
desprezam os órgãos de louvores deixando de louvar a Deus, por um
motivo qualquer, tendo sempre em primeiro lugar o interesse próprio
.Mas vamos ver a devida importância da força do louvor a Deus. Diante
da afronta do inimigo, Jeosafá disse: "Coloquem os cantores na frente,
diante dos armados para que louvem a Majestade Santa’’.
Muitas vezes, ficamos pensando, o que fazer quando Deus quer que
apenas o glorifiquemos e exaltemos Seu nome? Prezado(a) irmão(a) :
não sabemos a infinidade de inimigos que estão ao nosso derredor,
querendo nos tragar, colocando o desânimo em nossos corações. A
maior preocupação de nosso inimigo é calar o nosso louvor a Deus,
porque unicamente a Deus pertence o nosso louvor.
Não sei o que está acontecendo em sua vida nem qual é a sua luta, mas
sei que Deus quer a sua adoração dizendo: "Louvai ao Senhor porque
sua benignidade dura para sempre"; comece a louvar a Deus. Ele
pelejará por você quando assim começar a faze-lo louvando a Deus, as
lutas vão desaparecer e Deus nos dará grandes vitórias. O diabo é
ladrão, ele quer roubar a adoração que pertence somente a Deus. Mas
as muralhas cairão, o gigante será derrubado, porque a igreja está
dizendo: "Louvai ao Senhor porque a sua benignidade dura para
sempre".
Aprofundando-se na Adoração
Por Terry Butler
O ato de adoração deve ser a prioridade mais alta para todo homem e mulher. É o pré
requisito para nosso serviço para Deus, bem como para nosso relacionamento com Ele,
para as outras pessoas e para nós mesmos. Neste artigo, gostaria de enfatizar a
importância de viver uma vida com o foco na adoração de Deus, e ao mesmo tempo,
tentar pintar um quadro de como a adoração muda nossa vida, e o que esta mudança
produz.
Existe uma diferença entre aqueles que são capturados pelo amor à Deus e aqueles
que "não estão cuidando do jardim de adoração". Eu mesmo, quase perdi este aspecto
fundamental da vida Cristã. Aqueles que estão constantemente perante o Senhor em
adoração, tem um conhecimento crescente da necessidade da presença de Deus em
suas vidas, e um desejo sincero de agrada-lo e servi-lo, dia a dia. Deus pode mover
para bem longe, dos corações daqueles que são adoradores sinceros, tudo aquilo que
não é importante bem como prejudicial, de suas vidas, e muito mais rapidamente, do
que daqueles que não participam deste tipo de "ponto de contato" com o Senhor. Estes
adoradores, não sentem vergonha das lágrimas bem como tem uma profunda
sensibilidade pelas dores e sofrimentos humanos. O verdadeiro adorador, é aquele que
se entregou totalmente ao propósito maior de Deus e consequentemente, vê as coisas
através de uma perspectiva eterna. Pessoas como o Apóstolo Paulo, Francisco de Assis,
D. L. Moody e Corrie Ten Boom, entre outros, amaram profundamente, aquele que os
amou primeiro. E eles expressaram este amor, de maneira que trouxe glória a Deus,
bem como afetou o mundo em que viveram.
Rendei graças ao Senhor, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os seus povos,
os seus feitos. Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas. Gloriai-
vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. Salmos 105:1-3
Aleluia, dai graças a Deus! Ore a Ele, chamando-o pelo seu nome! Diga a todos que
encontrar, que você descobriu o que ele fez! Cante-lhe canções e hinos, traduza os
seus grandes feitos em musicas! Honre o seu santo nome com Aleluias, e todo aquele
que busca a Deus, que viva uma vida feliz! (Tradução para o Português, do Salmo
105:1-3, na versão "The Message, by Peterson").
Vamos resgatar alguns princípios bíblicos. Adoração é para Deus. O Alfa e o Omega nos
deu uma maneira de expressar nossa gratidão, amor e adoração para ele. Nós somos
os "menores" e definitivamente, devemos dar todo o respeito e honra, aquele que é " O
Maior". A beleza e maravilha disto tudo, é que Deus deseja ter intimidade conosco.
Ainda que seja todo suficiente, Ele não é indiferente para conosco.
O primeiro motivo e razão para adorar à Deus, é porque ele é Deus – Santo e Justo,
Perfeito em todos os seus caminhos. Deus, em sua perfeita sabedoria, nos criou, tendo
a "adoração" em mente. Pense como ele fez nossos corpos. Podemos expressar
externamente, o que nossos corações e mentes estão sentindo. Podemos levantar
nossas mãos e vozes para Ele. Richard Foster, diz isto, da seguinte maneira: "Adoração,
é a resposta humana, à iniciativa divina". O Senhor colocou em nós, o desejo de adora-
lo, como também nos equipou para isto. Propósito e satisfação em nossas vidas, são
oriundas da compreensão e prática deste princípio. Nós recebemos os benefícios da
adoração que ele merece. Ainda que não recebamos nada, ele continua sendo
merecedor de nosso louvor.
Deus iniciou este relacionamento em minha vida, através da adoração, quando era
ainda adolescente. Estávamos pernoitando, num parque para "trailers" em St. George,
Utah, já no final de nossas férias em família. Estava uma noite tão agradável, que meu
irmão Randy e eu, decidimos dormir fora, acomodados em cadeirinhas desmontáveis.
Randy, dormiu logo após de terminar sua conversa comigo, e eu, permanecía bem
acordado. Durante todo este verão, devorei o Novo Testamento, e fiquei mais
consciente da minha necessidade de Deus. E o que experimentei naquela noite quente
em Agosto, realmente mudou minha vida pra valer.
Foi como se ele estivesse alí, ao meu lado. Fui lembrado de Aslan, o Leão, do livro
"Crônicas de Narnia" de C.S. Lewis. Eu podia sentir seu fôlego em mim. Todas as
perguntas que gostaria de ter respostas, foram respondidas, pelo simples fato de estar
alí, com Deus. O Senhor é tão gentil e real. Meu espírito foi completamente enchido e
tomado pela presença dele. Fiquei totalmente tomado pelas lágrimas, ao saber e
perceber o quão bem ele me conhecia e me aceitava.
Embora levaria vários anos até eu compreender melhor a dinâmica da adoração, com
certeza, Deus estava me chamando como "das profundezas". Também, me chamava
para gastar toda minha vida nele. Também tive a confirmação que as músicas que
fazia, tocava e cantava, deveriam, de agora em diante, ser para ele. E quando olho
para trás, para esta experiência, sempre reafirmo, que sou dele. Fui criado para louva-
lo, e ele deseja ter um relacionamento comigo. Também esta experiência me diz, que
minha devoção, jamais deve ser apenas um "elemento adicional", para o resto de
minha vida. Tudo começa no altar de Deus. "Senhor, lembre-me, sempre, que até o
desejo de adora-lo e servi-lo, são dons, que vem do Senhor, o iniciador Divino".
Depois de ter feito a coisa, e ver que não devia ter falado o que e como falei, bem
como concluir, que a maneira dela é que estava certa, vejo que estou precisando
apresentar minhas necessidades e todos os meus relacionamentos, para o Senhor, no
altar da adoração, para que ele receba a glória, através de toda interação e
relacionamentos com aqueles com quem convivo diariamente, e a quem amo
profundamente. I Jo 2:9, nos lembra, que não podemos dizer que amamos a Deus, se
odiamos nossos irmãos. E o verdadeiro adorador, sabem bem disto, pois seu coração é
amaciado no lugar da adoração e devoção. Senhor, te adoro! Obrigado por se importar
com cada um de meus relacionamentos. Sei que na medida em que busco sua face,
com todo meu coração, o Senhor me ajudará a enxergar os outros, através de seus
olhos.
Tú és o oleiro
Vaso sou eu Quebra e transforma Até que enfim Tua vontade, se cumpra em mim
Romanos 12:1-3 claramente nos ensina a nos apresentar como sacrifício vivo. O
Apóstolo Paulo chama isto de uma resposta racional, ao que o Senhor tem feito por
nós. Estes versículos, são um desafio para mim, em face a minha dureza de coração,
insegurança, medo e falta de visão. E mesmo assim, tenho confiança, eu na medida em
que O adoro, ele é fiel para me moldar e me transformar, de acordo com sua vontade.
"Senhor, muito obrigado por ser tão paciente e bondoso. Obrigado pelas novas
estações de crescimento. Atinja seus objetivos para comigo e me ajude a abraçar as
mudanças que o Senhor tem para mim agora, e no futuro".
Raramente, quando fico na presença de Deus, através da adoração, que não sinto ele
comunicando uma mensagem de encorajamento, ternura, admoestação, ou de direção
para minha vida. Sempre, ele comunica isto comigo. Que alegria indescritível saber que
ele se importa com esta criança e que me conheça tão bem.
No Salmo 139, o salmista pinta um lindo quadro, de como Deus o conhece e de como
Deus planejou toda sua vida, mesmo antes de ter nascido. É maravilhoso, saber que
Deus sabe até quando nos levantamos ou quando nos assentamos, e que ele conhece
todas as nossas necessidades, mesmo antes de pedirmos a ele. Não é de se admirar,
que quando chegamos na presença dele, através da adoração, com todo nosso
coração, mente, e força, que ele não reaja? A verdade é que nem sempre acredito no
que o salmista diz. E estou bem certo que as vezes, meus pecados e minha
inconsistência tem me desqualificado da comunhão com Aquele que é perfeito e santo.
Sempre guerreamos com estes tipos de pensamentos e emoções, mas a verdade é o
remédio. Nosso Pai Celestial nos ama com um amor muito maior que palavras
poderiam descrever. Na medida em que o adoro, a seus pés, ele me relembra que
jamais estou fora de suas vistas. Seu grande amor e fidelidade está ao meu redor,
mesmo quando deixo a desejar. Várias pessoas sofrem no seu relacionamento com
Deus, porque tem sido ensinados, diretamente ou indiretamente, que Deus está com
raiva deles. E quando eles vão adorar a Deus, suas percepções de um Deus raivoso e
irado, os impede de ter e desenvolver uma intimidade com Ele. Eu tenho muita
compaixão com aqueles que sofrem os resultados deste tipo de ensino e molde, porque
é muito destrutivo. Salmos 86:15 é somente um dente vários lugares nas Escrituras,
que fala a verdade: "Mas tu Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e
grande em misericórdia e em verdade". Neste momento, em que você está lendo este
versículo, ele sabe exatamente onde você está, bem como o que te preocupa. Ele é por
nós, e não contra nós, e seus olhos estão cheios de misericórdia e amor. "Quando
levantamos nossos olhos interiores para contemplar a Deus, estamos certos de
encontrar seu olhar, de volta, amigavelmente, para nós. Porque está escrito que os
olhos do Senhor varrem toda a terra. A doce e agradável experiência é saber que 'O
Senhor está olhando para mim em amor'. Quando os olhos da alma, se abrem, para
procurar a Deus, encontram os olhos de Deus, os céus começaram aqui, na terra". Isto
que A. W. Tozer disse, expressa exatamente o que meu coração sente, quando o olhar
de Deus está sobre mim. Na sua presença, meu coração é alimentado, e não duvido de
seu desejo de adoração e comunhão. "Senhor, desacelere minha vida, para que não
perca o seu tenro toque e afeição. Continue a convencer meu coração de seu forte
desejo de ter comunhão comigo, pois é neste lugar de comunhão, que descubro onde
posso desfrutar sua bondade e sua glória; Como te amo."
"Santa Licha". É isto que as mãos de Deus parecem, as vezes. Foi isto que senti numa
manhã, quando vim adorar ao Senhor, e subitamente, uma canção ficou entalada na
minha garganta. E ele me falou naquele momento, que eu tinha que abrir mão de um
relacionamento, com uma garota, com quem estava namorando. Ele havia me falado
isto antes, mas o desobedeci. E agora, as coisas estavam fora de compasso com ele.
Eu estava irritado e "sensível"; meu desejo de ler as escrituras, orar, e de adora-lo
estavam sumindo. E mesmo assim, ele falou comigo, naquela manhã. Como gostaria
de dizer que o obedeci prontamente. Mas não. Agradeço demais, pelo fato dele
continuar a tratar comigo de uma maneira amorosa, constante e gentil. Finalmente,
minha relação com aquela garota acabou, e logo a Seguir, encontrei a mulher com
quem haveria de me casar anos depois. Naquela época, não pude medir as
conseqüências do impacto de minhas decisões. Mas graças a Deus, tenho um
relacionamento com Aquele que pode faze-lo. Constantemente ele tem lidado comigo
no que diz tocante a direção de minha vida. Eu senti aquela "licha", na medida em que
passava por momentos de adoração. Sempre, nesses momentos, é que Deus escolhe
me revelar verdades sobre mim mesmo. E é somente depois disto, que posso deixar
meus pecados e mentiras para trás. Seus braços de perdão, conforto, e segurança
estão sempre abertos para mim, quando faço as decisões acertadas de adorá-lo e de
ser obediente a sua vontade. Infelizmente, ainda continuo sendo uma pessoa rebelde,
na maioria das vezes. E meu desejo de permanecer no caminho da vida, ainda deixa
muito a desejar. Já gastei muito tempo, dizendo para Deus, que sentia muito pelas
ofensas que tinha causado, quando na verdade, não tinha nenhuma intenção de atacar
o problema na realidade. Realmente, não gosto de confessar que meu coração é
corrupto e enganoso, cheio de orgulho e de impiedade. O apostolo Paulo, através de
suas cartas, no Novo Testamento, jamais afirmou "ter chegado lá", naquele lugar, onde
jamais teve que lutar com o "velho homem". Precisamos ser relembrados
constantemente, que ele mesmo se considerava, "….dos pecadores, dos quais, sou o
maior".
Tozer colocou desta maneira: "O pecado tem várias manifestações, mas sua essência é
apenas uma. O ser moral, criado para adorar perante o trono de Deus, assenta no
trono de seu próprio ego, e deste lugar elevado, declara, "Eu Sou".
O adorador sincero é aquele que pede a Deus que revele o que está em seu coração, e
reage prontamente a esta avaliação feita pelo Senhor. O segredo está no escutar. Esta
é uma das partes mais importantes da adoração. "Senhor, sou teu. Teste-me e prova-
me. Alegremente, aceito sua avaliação divina, pois anelo e desejo te agradar e
permanecer no caminho da Vida". Adoração produz "bons frutos" em nós, e quando,
sinceramente, o buscamos através da adoração, ele se revela a nós. Todos nós,
estamos numa jornada com Deus. Continue buscando-o. Que Deus o abençoe em sua
peregrinação.
- Estilo musical
- Ritmo musical
-Preocupação:
Isaías 6:5: "Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou homem de
lábios impuros, e habito no meio dum povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o
rei, o Senhor dos exército!"
-Aprender a agradar
Estilo de Vida
-Para os judeus a adoração era um estilo de vida, não uma atividade confinada ao
templo
Exemplo de adoração
ISAÍAS 6:1-8
5 Então disse eu: Ai de mim! pois estou perdido; porque sou homem de lábios
impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o
Senhor dos exércitos!
-Confissão
6 Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara
do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me a boca, e disse: Eis que isto tocou os
teus lábios; e a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado.
8 Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós?
Como é bom vermos equipes de louvor ungidas por Deus, como é bom poder escutar
um CD cristão bem produzido, como é bom conhecer novos ministros e músicos
evangélicos, como é bom ver que a música de Deus está ganhando mais e mais espaço
no cenário musical, como é bom compartilhar sobre louvor e adoração, como é bom...
Se você quiser fazer parte desta obra maravilhosa, esteja atento para os pontos
relacionados abaixo. Requisitos básicos para se tornar um levita:
| Chamado | Para uma pessoa participar de uma equipe de louvor, ela deve ter um
chamado de Deus para trabalhar com louvor. Não se deve entrar nesta obra, para
agradar os pais, o pastor ou porque alguém pediu. Ela deve realmente gostar daquilo
que ela faz.
| Ter Dom musical | Para ser um músico, você precisa entender teoria musical. Para
ser um cantor, você precisa ser afinado. Não basta ser apenas convertido, você deve
ter o talento natural da música. Certamente uma pessoa sem técnica musical acaba
atrapalhando os outros integrantes da equipe de louvor. É muito simples: "um homem
nunca vai ser nadador, se ele não souber nadar."
...até a próxima!
Ramon Tessmann
Adoração quer dizer prestar honras ou homenagens a ser divino. Na Bíblia, a adoração
não depende da música e a música não é sequer o mais importante item na adoração.
Em muitos casos a música nem é citada. Em Gênesis 22, encontramos 9 itens
essenciais para a adoração ( por favor leia o texto bíblico para entender melhor
as explicações abaixo ). Observe:
1 . PROVA - A adoração envolve uma prova, Deus quer ver até onde amamos a Ele.
Abraão foi posto a prova.
3 . PROCESSO - Deus nos ensina. Muitas vezes Ele nos envia a uma viagem, um
Congresso por exemplo, para Ele falar conosco. Muitas vezes, o Senhor nos tira de
nosso lugar para falar conosco.
4 . OFERTA - Se nós não trazermos ofertas a Deus, não podemos demonstrar nosso
amor a Ele. Porém, dar o dízimo não significa amor a Deus, isto é responsabilidade
(devolvemos a Ele o que Ele nos deu). Quando Deus nos pede alguma coisa, por mais
importante que seja, devemos oferta-la com amor, como aconteceu com Abraão e
Isaque.
7 - SEPARAÇÃO - Temos que nos separar de pessoas que nos impedem de adorar a
Deus.
Na adoração a música não é a parte principal, mas é todos estes nove itens visto
acima. Você está disposto a passar por esta prova?
...até a próxima,
O Ministério de Música
Autor desconhecido
Entendemos que o ministério de música foi instituído por Davi, logo após sua
investidura como rei de Israel, sendo, portanto, bíblico. Concluímos assim depois de
examinarmos o texto de 1 Crônicas 6.31-48, o qual narra que Davi, logo que a arca foi
colocada no tabernáculo, constituiu um certo número de levitas, das descendências
de Asafe, Hemã e Jedútun, sobre o serviço de canto da casa do Senhor, os quais
ministravam com cântico diante do tabernáculo da tenda da revelação, até que
Salomão erguesse o templo em Jerusalém. Diz também a Bíblia que esse foi o dia em
que pela primeira vez, Davi definiu que os louvores fossem dados através do
ministério dos levitas escolhidos (1 Crônicas 16.7), ordenados, encarregados por ele,
e que a tarefa desses levitas era de ministrar continuamente perante a arca (1
Crônicas 16.37) e isentos de outros serviços (1 Crônicas 9.33). Mas esses levitas não
foram ordenados porque fossem simpáticos ou bonzinhos, mas porque conheciam a
música, eram entendidos (1 Crônicas 16.22), "instruídos em cantar ao Senhor, todos
eles mestres" (1 Crônicas 25.7). Mais tarde, quando Salomão levou a arca para o
templo, logo após a sua construção, os levitas ministraram o louvor no primeiro
holocausto oferecido a Deus naquele lugar (2 Crônicas 5.12.14), o qual a glória do
Senhor encheu completamente de forma maravilhosa
No tempo de Neemias, quando Ciro liberou os judeus para voltarem para Judá e para
Jerusalém e edificarem o templo que havia sido destruído, lá estavam os levitas, filhos
de Asafe, os cantores (Esdras 2.41), contados entre os que compuseram a primeira
leva dos que voltaram. E durante a obra de reconstrução dos alicerces do templo, lá
estavam os filhos de Asafe, louvando, segundo a ordem dada por Davi (Esdras 3.10).
"Que negócio é esse de Ministério de Música?" Esse é o título de um artigo que escrevi
e que foi publicado em O Jornal Batista de 15/11/98, do qual transcrevo o seguinte:
Na verdade, o ministério de música sempre existe na existência de uma igreja pois ele
é o conjunto de todas as suas atividades musicais. O que pode acontecer é ele não
estar organizado, não tendo uma pessoa vocacionada e preparada para coordenar as
suas atividades, atuando como ministro(a) de música. Mais precisamente, esse
ministério abrange tanto as atividades de culto representadas por canto
congregacional, execução de instrumentos, regência, canto coral, canto solístico e
outros, como as atividades de educação musical, preparando pessoas para atuarem na
área da música. Ministério de música é, enfim, tudo que se acha envolvido com a
música sacra, a música que se canta na igreja.
A figura do(a) ministro(a) de música ainda é muito nova nas igrejas batistas do Brasil.
Nos Estados Unidos essa denominação surgiu no início do século XX mas só veio a se
popularizar por volta de 1945-1950 (Jubilate, p. 62). Chamamos de ministro(a) de
música, aquele(a) obreiro(a) vocacionado(a), formado(a) como bacharel em música
sacra por uma de nossas instituições teológicas e ordenado(a) por uma igreja para
servir nessa área de atividades. O(a) ministro(a) de música é mais do que um(a)
musicista. Ele, ou ela, também é um pouco ministro(a) da Palavra. Alguns ousam dizer
que o(a) ministro(a) de música é o(a) pastor(a) dos músicos de sua igreja. Não deixa
de ser pois, apesar de não ter estudado Grego, Hebraico, Exegese e algumas outras
disciplinas existentes no currículo do curso de Teologia, ele(a) teve de estudar Antigo
Testamento, Novo Testamento, Teologia Sistemática, Introdução Bíblica, História do
Cristianismo, Homilética e outras disciplinas ligadas à proclamação da Palavra de Deus.
O(a) ministro(a) de música deve estar apto para pregar a palavra também na forma
falada, além da cantada. Também porque deve pastorear os que atuam no ministério
de música.
Donald Hustad diz que os ministros de música são realmente músicos profissionais,
não somente dirigindo e promovendo a música em suas igrejas, mas às vezes servindo
regendo, cantando ou tocando. Diz ele ainda que tais ministros atuam como
educadores de música levando a igreja a entender e a cantar a música em vários
estilos, na proporção apropriada e com precisão harmônica (Jubilate, p. 61). Há muito
o que fazer no campo da educação musical de uma igreja.
Infelizmente, muitos pastores têm tido dificuldade para entender e aceitar o papel
desempenhado por um(a) ministro(a) de música, assim como para entender e aceitar
a soberania de Cristo através da sua igreja, não atentando para o fato de que um
ministro não é chefe, nem dono, mas é servo (a palavra ministro foi traduzida da
palavra grega DIAKONOS (diakonos), que significa servo). Tais obreiros, por isso, não
abrem espaço para a atuação de um(a) ministro(a) de música no ministério global das
igrejas que servem, o que impede que elas sejam mais abençoadas através de um
ministério de música organizado e coordenado. Muitas igrejas se acham musicalmente
fracas por falta desse(a) obreiro(a), não tendo um programa de aprimoramento do
louvor cantado em seus cultos nem ordens de culto bem preparadas.
A Música na Igreja
∆ música é considerada como uma arte funcional, isto é, uma arte que tem uma
finalidade prática e importante: servir de veículo de expressões humanas. É usada para
anunciar produtos (comércio), revelar emoções (romantismo, civismo, política, etc.) e
outras ações de comunicação. No culto, não se pode ignorar o poder da música na
transmissão e consolidação de mensagens - revelação, louvor, testemunho, apelo,
oração, etc. Consolida porque a música facilita a memorização das mensagens
(exemplos: "jingles" de propaganda, hinos cívicos, enredo de escolas de samba
(samba-enredo), hinos evangélicos, cânticos, cantigas de roda, etc.).
A música favorável ao culto é aquela que serve de veículo para a expressão do louvor
do homem para Deus, seu criador, ou seja: "Se com tua boca confessares..." Se a boca
é instrumento de confissão, de testemunho, de proclamação da Palavra, e se a música
é um veículo próprio para conduzir tais mensagens, concluímos que o canto é um
instrumento de adoração e testemunho.
Logo após a travessia do Mar Vermelho e a derrota dos exércitos do faraó, Moisés e os
filhos Israel entoaram um cântico de louvor a Deus, conforme se acha registrado em
Êxodo, capítulo 15, versículos 1 a 19.
Mais adiante, em Números, capítulo 21, versículo 17, encontramos um interessante
texto que narra um episódio, durante a peregrinação de quarenta anos pelo deserto,
em que o povo canta. O texto assim fala:
Um outro texto significativo sobre o uso da voz está no livro do profeta Isaías, capítulo
40, versículo 9 (Bíblia Shedd), e faz a seguinte conclamação:
"Tu, ó Sião, que anuncias boas-novas, sobe a um monte alto! Tu, que anuncias
boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas e
dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso Deus!
Já este texto parece estar dirigido aos que exercem o ministério da profecia falada, da
proclamação da Palavra revelada de Deus. Na versão revisada de Imprensa Bíblica
Brasileira (De acordo com os melhores textos em hebraico e grego), o texto começa
um pouco diferente, a saber:
"Tu, anunciador de boas novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de
boas-novas a Jerusalém, levanta a tua voz fortemente; ...
De todo o modo, os dois textos enfatizam o uso da voz, tanto no cantar como no falar,
para este anúncio: "Levanta a tua voz e anuncia: Eis aí está o vosso Deus! A ele louvai
e rendei graças porque é bom." Na vida cristã precisamos estar prontos para colocar a
nossa voz a serviço do Senhor.
Acreditamos que o ápice da colocação da música no culto foi a instituição, por Davi, do
ministério da música no tabernáculo em Jerusalém, confirmado mais tarde por Salomão
na dedicação do templo construído sob sua liderança. Esse comentário dá início ao
tópico Ministério de Música, nesta seção.
Foi na época de Davi que se organizou o livro dos Salmos, reconhecido como base do
louvor cantado pelo povo de Israel. Quase metade deles (setenta e três, de acordo com
os títulos) foi de autoria do próprio Davi. Asafe compôs doze, os filhos de Corá onze,
Salomão dois, Moisés um, e Etã um.
O Senhor Jesus cantava. Prova disso é o texto do evangelho de Mateus, capítulo 26,
versículo 30, onde encontramos a narrativa do final da celebração da Páscoa pelo
Mestre e seus discípulos. Diz o texto que "..., tendo cantado um hino, saíram para o
monte da Oliveiras." Que narrativa gloriosa! A música sendo usada pelo próprio Filho
de Deus. Não poderia haver exemplo mais significativo do que este para nos mostrar o
lugar da música no culto, sim, porque a celebração da Páscoa era um culto memorial,
no qual se comemorava a passagem do Espírito de Deus e a libertação do seu povo do
jugo da opressão egípcia. Era um culto de alegria e, com certeza, a música era de
grande regozijo.
Agora passemos para um momento posterior. Vemos Paulo e Silas na prisão, sofrendo
as agruras do aprisionamento num calabouço romano, passando por uma situação de
extremo sofrimento. Entretanto, segundo o relato encontrado no livro de Atos, capítulo
16, versículo 25, eles "cantavam louvores a Deus". Era o louvor na adversidade,
reconhecendo que tais sofrimentos com a companhia de Deus eram plenamente
suportáveis.
O apóstolo Paulo reconhecia o extremo valor da música na vida dos crentes e, por isso,
deixou recomendações expressas em sua epístola aos Efésios, capítulo 5, versículos
18, parte b, e 19, e também em sua epístola aos Colossenses, capítulo 3, versículo 16,
para que os crentes no Senhor Jesus Cristo se edificassem mutuamente com "salmos,
hinos e cânticos espirituais."
3 - A MÚSICA NO CRISTIANISMO
Mas que tipo de música pode e deve ser usado no culto, na igreja do nosso tempo? Que
estilo musical é apropriado para cultuar a Deus?
Nem a literatura secular nem a Bíblia registram como eram as melodias entoadas pelo
levitas e pelo povo de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Nem sequer os gregos,
que bem antes de Cristo (Pitágoras - século VI a.C.) realizaram profundos estudos sobre
a Física do som e suas combinações, nos deixaram quaisquer anotações sobre suas
experiências musicais. Nem ainda o Novo Testamento nos revela como os cristãos da
igreja primitiva cantavam.
Mais tarde, Gregório, o Grande, no século VI, aproveitou a obra de Santo Ambrósio
ampliando-a e estendendo um padrão musical para toda a cristandade de então,
padrão esse que se estabeleceu através dos séculos sob o nome de canto gregoriano.
Foi Gregório quem criou a primeira escola de música sacra, a Schola Cantorum, a
qual preparou líderes para dirigir a música nas diversas igrejas de então e dos séculos
seguintes. Os resultados da atuação dessa escola são conhecidos até hoje, havendo
muitos religiosos praticando estilo musical que lá teve seu ensino iniciado.
Desde então, a arte musical vem sofrendo uma significativa evolução, acompanhando
aquela pela qual passaram as demais artes. Destacam-se as influências dos períodos
renascentista, barroco, clássico, romântico e atual. Especialmente no final da
Renascença, por ocasião da Reforma, a música sacra passou a ser acessível à toda a
Igreja, através do canto congregacional. Isto se deveu à ação de Martinho Lutero que
levou a música para os lábios dos membros da Igreja Reformada. Lutero pregava que
todo cristão tinha o direito de expressar sua adoração ao Senhor através de um dom
dado por Deus mesmo: cantar. Os próprios textos do Novo Testamento, anteriormente
apresentados, revelam que é lícito ao crente cultuar cantando. Fazer isso juntos edifica
e alicerça a comunhão dos salvos. Antes disso, a música usada nos ofícios religiosos da
igreja de então eram constituídos por Canto Gregoriano, sempre cantado por meninos
e sacerdotes.
Após a Reforma, ao longo dos períodos da História, grandes obras musicais sacras
foram compostas, das quais se destacaram as missas, os oratórios e as peças avulsas,
e os seus compositores, tais como Johann Sebastian Bach, Antonio Vivaldi, Felix
Mendelssohn, Joseph Haydn e tantos outros.
Esse estilo de música sacra esteve dominante até o pós-guerra. Por volta da década de
1960, novos estilos começaram a surgir nas igrejas dos Estados Unidos, baseados nos
musicais da Broadway, sob formas de cânticos populares e musicais, os quais
acabaram chegando até as terras brasileiras.
No que tange ao uso de instrumentos, temos no Salmo 150 bases que justificam o seu
uso. O cuidado que precisa ser tomado é o de se evitar que a música instrumental, no
culto, tenha feição de secularização. Se o som produzido por um instrumentista trouxer
à nossa mente e ao nosso coração inspiração celestial, amém! Mas se trouxer a idéia
do último festival de música popular, o do baile funk da esquina, ou do cantor mais
badalado das paradas de sucesso da TV, ou mesmo se trouxer à nossa mente as
imagens de embalos de Sábado à noite, então "vade retrum Satanáz!!!" ... A música na
igreja, no culto, principalmente a instrumental, que dispensa palavras, deve sempre
trazer à nossa mente uma imagem de coisas espirituais, e não de coisas materiais,
visíveis, carnais.