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Figueiredo Carneiro, Henrique Da culpa, da desculpa e da ausncia de culpa Revista Mal-estar E Subjetividade, vol. IX, nm. 4, diciembre, 2009, pp. 1073-1074 Universidade de Fortaleza Brasil
Disponible en: http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=27115487001
Revista Mal-estar E Subjetividade ISSN (Versin impresa): 1518-6148 malestar@unifor.br Universidade de Fortaleza Brasil
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1074Editorial
Curiosamente, este um texto que articula desejo, amor, transgresso e culpa. De todos estes elementos a culpa ser tomada como elemento motor e o que faculta a construo de uma sustentao para o sujeito, sobre o ato concretizado ou fantasiado. A questo que nos ocupa tanto hoje exatamente a pergunta pelo arrependimento. Esta ainda uma matria de preocupao do sujeito investido de cidadania? O que falta para lanar a centelha em uma cadeia que vai do ato ao arrependimento, da culpa desculpa? Em 1930, em o Mal-estar na Civilizao o que fica claro, entre outras questes, um descompasso entre a civilizao e a fora pulsional do sujeito para alcanar a satisfao diante do se que coloca como normativo. Enfim, h um descompasso, mas h a possibilidade de construo de sadas que envolvam a constante e as variveis da arte de viver em lao social. Com esta descrio entendemos que a arte de viver em lao est diretamente ligada questo da falta-em-ser que representa uma constante a que nos referimos. Quando dissemos que o discurso um regulador porque tambm sabemos que agem de forma a permitir, proibir, limitar, e o fazem em funo desta marca. Assim, se perguntamos hoje pela culpa, no parece ser esta a pergunta mais adequada, pois difcil que um sujeito possa existir sem ela, pelo fato de continuar a viver no plano do social. A pertinncia seria maia consistente se esta pergunta se dirige ao discurso e sua inoperncia para que ela seja outra vez tomada como um ponto da subjetividade a ser retificadora da posio ocupada diante do ato. Este nmero est dedicado a esta questo. Que possamos avanar sobre o discurso da nossa poca e identificar o que de moral subjaz, o que de mtico pode ser recuperado, o que de civilidade pode ser restaurada.