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EXTENSÃO
Pesquisa na Educação Básica com uso de tecnologia
Prof. César Bastos / Tut. Maria Christina
Nova Iguaçu
Abril de 2009
Introdução
Propõe-se, nesse trabalho, apresentar uma síntese das reflexões Edgar Morin a
reflexões que compõem o texto intitulado “Os sete saberes necessários à educação do
futuro”. Com base na idéia de que a educação do futuro deve se aproximar mais das
questões humanas, englobando cada vez mais aspectos do cotidiano e tomando o ser
humano como referencial para o ensino, Morin lista sete aspectos que denomina de
inércia, fazendo com que esses evoluíssem de forma compassada com as novas
“A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja, em algum
grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão.”
Edgar Morin
Este saber nos remete a uma profunda reflexão sobre a relação do homem com
o planeta. A idéia de que é preciso compreender o caráter humano no mundo, como a
condição do mundo humano, que, ao longo da história moderna, se tornou a
circunstância da era planetária, da própria sobrevivência da terra. Devemos pensar de
como proteger nossa Terra-pátria, e ter uma prática de sustentabilidade terrena que
seja viável para as próximas gerações. Um dos sintomas da crise civilizacional um
descaso e um descuido na salvaguarda de nossa casa comum, pois o cuidado envolve
uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo
com o planeta, suplantado por interesse econômico, injustiças e violência.
1.5 Enfrentar as incertezas.
O autor nos situa diante da imprevisibilidade, das incertezas que nos cercam e
da impossibilidade, portanto, de certezas sobre os acontecimentos. É papel
fundamental da educação, nesta óptica, preparar as mentes para o inesperado e seu
enfrentamento.
Na escola a idéia da incerteza, o conhecimento científico nunca é o produtor
absoluto das certezas, pelo contrário deve ser crivado pelas idéias das incertezas que
comandaria o avanço do saber, o avanço da cultura sem certezas seria incorporar
essas idéias nos ensinos de química, física, história, geografia, línguas, filosofia; tudo
que é criado pelo homem é crivado pelas idéias das incertezas.
O último saber referido por Morin diz respeito a uma antropoética do humano,
consistindo numa decisão consciente e esclarecida de assumir a condição de indivíduo,
espécie e sociedade na complexidade que ela encerra. Acerca da ética que reflete uma
consciência pessoal e da humanidade em nós, realizada pela democracia e
estabelecimento da cidadania terrena. O autor ressalta o imperativo na livre expansão e
expressão dos indivíduos, o desenvolvimento com propósito ético e político para o
planeta e a integração da tríade indivíduo/sociedade/espécie, não apontando respostas
prontas, mas traçando o caminho pelos passos que se vai desenvolvendo. Somente
num ambiente democrático, com respeito às diferenças, liberdade de expressão e
exercício do constante diálogo os valores desta sociedade poderão ser encontrados e
preservados.
A ética poderia dizer simplesmente que é: “Não desejar para o outro aquilo que
você não deseja para si mesmo”.
Podemos, porém, explicitar nossas finalidades; a busca da humanização, pelo
acesso à cidadania terrena. Por uma comunidade planetária organizada: não seria esta
a missão da verdadeira Organização das Nações Unidas?
Conclusão
• SILVA, Edna Lúcia da; CUNHA, Mirian Vieira da. A formação profissional no
século XXI: desafios e dilemas. Brasília: Ci. Inf., Brasília, v. 31, n. 3, p. 77-82,
set./dez. 2002.