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John Owen, The Holy Spirit: His Gifts and Power (Grand Rapids: Kregel, 1960); Abraham Kuyper, The Work of the Holy Spirit (Grand Rapids:
Eerdmans, 1946). Outros autores poderiam ser acrescentados, como o puritano inglês Thomas Goodwin, e mais recentemente, Benjamim B. Warfield e
George Smeaton.
2 Cf. João Calvino, As Instituías, ou Tratado da Religião Cristã, 4 vols., trad. WaldyrC. Luz (São Paulo: CEP e Luz para o Caminho, 1989). Calvino trata
da deidade do Espírito em livro 1,13:14ss., e da Sua obra redentora (aplicando a salvação) no livro III, especialmente nos capítulos 1-2.
3 3
O termo "esquerda" tem sido empregado recentemente por alguns historiadores para se referir a esse grupo, sem qualquer conotação politica. Veja
abaixo p. 9.
* Teontologia - estudo da Pessoa de Deus.
Essa mesma abordagem se encontra refletida na Confissão de Fé de
Westminster. É verdade que seus autores, os Puritanos, não escreveram um capítulo
exclusivo sobre a pessoa e obra do Espírito. Mas, como sugeriu Dr. Benjamim B.
Warfield, conhecido teólogo presbiteriano reformado, do início deste século, a razão é
que preferiram escrever nove capítulos em vez de apenas um. A tentativa que foi feita
em nossa época, pela Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, para suprir esta
alegada deficiência, produziu um capítulo a mais na Confissão de Fé que, segundo
Warfield, nada mais é que um curto sumário destes nove capítulos originais.4
E por fim, não se pode exigir de Calvino (e nem dos autores da Confissão de Fé)
uma abordagem do assunto que seja aguçada pelas questões relacionadas com o
surgimento do movimento pentecostal, séculos após a sua morte. Mesmo assim,
Calvino é surpreendentemente atual no que ele diz sobre o Espírito.
Por que, então, o título "teólogo do Espírito Santo"? Em primeiro lugar, Calvino
foi o primeiro a sistematizar de forma clara o ensino bíblico sobre o Espírito Santo.
Não é que ninguém, antes dele, não houvesse escrito sobre o assunto. Entretanto, é
que poucos, antes e depois de Calvino, conseguiram ser tão claros, simples, e
bíblicos.5 Ouçamos o testemunho de Dr. Warfield:
A doutrina sobre a obra do Espírito Santo é uma dádiva de João Calvino à Igreja
de Cristo. . . Nos amplos departamentos doutrinários sobre "A Graça Comum," "Re-
generação," e "O Testemunho do Espirito" do livro terceiro das Instituías, Calvino foi o
primeiro a desenvolver a doutrina da obra do Espírito Santo, e a dar a toda a
doutrina do Espírito Santo uma formulação sistemática, fazendo dela uma possessão
inalienável da Igreja de Deus.6
Em segundo lugar, Calvino integrou indissoluvelmente a doutrina do Espírito
Santo aos demais temas e áreas da teologia, como regeneração, santificação, os meios
de graça, e o conhecimento de Deus, entre outros. A pneumatologia de Calvino,
igualmente, abrangia e permeava todos os demais departamentos da Enciclopédia
Teológica. Sua teologia é uma unidade orgânica, onde o Espirito aparece apropria-
damente como o soberano Dinamizador.
Em terceiro lugar, Calvino resgatou alguns aspectos da doutrina do Espírito
Santo que estavam soterrados debaixo da teologia medieval da igreja católica romana,
como por exemplo, a relação entre a Palavra e o Espírito. Nosso alvo neste ensaio é
analisar mais exatamente esta contribuição de Calvino para nosso conhecimento da
obra do Espírito Santo, ou seja, a relação vital e orgânica entre o Espírito e a Palavra
de Deus, as Escrituras.
O ensino de Calvino influenciou profundamente os estudos subseqüentes
dentro dos círculos reformados. Sua ênfase na ação soberana do Espírito continua na
tradição reformada entre os puritanos ingleses, particularmente John Owen e
Richard Sibbes, que nos deram os estudos bíblicos teológicos mais extensos e
profundos que existem em qualquer língua sobre o ministério do Espírito Santo.
Spirit, ix-x.
6 Kuyper, The Work of the Holy Spirit, xxxiii-xxxiv.
A igreja católica romana e o cativeiro das Escrituras
Calvino e a igreja católica romana tinham algumas convicções em comum
quanto à doutrina das Escrituras. Para eles, as Escrituras eram a Palavra de Deus,
inspiradas pelo Espírito Santo, infalíveis, e autoritativas. Este ponto não estava sendo
disputado por Calvino, nem pelos demais reformadores. O ponto de discórdia entre
Calvino e os católicos era quanto ao ensino papista de que a autoridade das
Escrituras dependia do testemunho da Igreja. A igreja católica romana afirmava que o
cânon das Escrituras, a sua preservação, a sua origem divina e sua autoridade,
deviam ser aceitos pelos fiéis como verdadeiros porque a igreja assim o afirmava. A
autoridade das Escrituras, enfim, dependia do testemunho da igreja. A igreja, além
disso, tinha a correta interpretação das Escrituras; a coleção dessas interpretações
formava a tradição eclesiástica, que possui tanta autoridade quanto as próprias
Escrituras. Assim, era vedado aos católicos leigos lerem e interpretarem as
Escrituras. Eles dependiam da interpretação dada pela igreja. Dessa forma, a Palavra
e a sua interpretação estavam cativas debaixo da autoridade eclesiástica.
Calvino levantou-se contra esse estado de coisas, que havia prevalecido durante
a Idade Média. Ele considerava esse ensino como sendo uma afronta ao Espírito
Santo, e um abuso de autoridade por parte da igreja católica. Para ele a verdadeira
Igreja foi fundada sobre as Escrituras, e não o contrário. A autoridade das Escrituras
não dependia do testemunho da Igreja, e sim o contrário: a Igreja só possuía
autoridade enquanto estivesse dentro da doutrina bíblica. Calvino apelava aqui para
Ef. 2:20, onde Paulo ensina que a Igreja está edificada sobre o fundamento dos
apóstolos e profetas, que é o ensino das Escrituras.7 A Igreja simplesmente reconhecia
- não estabelecia e nem determinava - a inspiração e a autoridade dos livros que
compunham o cânon sagrado.8
Para Calvino, a maior de todas as provas da autoridade e inspiração das
Escrituras era que o próprio Deus nos falava através delas. Calvino chamava a isto o
testemunho interno do Espirito.7 Para ele, o homem natural não poderia ser convencido
da divindade das Escrituras por argumentos apresentados pela igreja, por mais lógi-
cos e racionais que eles parecessem (1 Cor. 2:14).8 Era o Espírito quem persuadia o
crente de que Deus estava falando nas Escrituras, inclinando-lhe o coração a aceitá-
las, e dando-lhe plena certeza disso, gerando-lhe fé em seu coração. Nas suas
Instituías e comentários Calvino aponta para alguns textos com este efeito, como por
exemplo, 1 João 5:6-7, 2Tim. 1:14-15,1 Cor. 2:10-16.9
Para Calvino, o que o Espírito havia revelado nas Escrituras era suficiente e
final. Maomé, o papa, e os "Entusiastas" estavam errados, ao reivindicarqueo Espírito
estariaensinando novas verdades no presente. Para Calvino, as palavras do Senhor
Jesus em João 14:25 deixavam claro que o ministério do Consolador consistiria, não
em revelar novas verdades, que fossem além das que haviam sido ensinadas pelo
Senhor Jesus e Seus apóstolos, mas em iluminar as mentes e os corações dos
crentes, para que compreendessem e cressem nas verdades, agora registradas nas
Escrituras. Ele afirma: "O espírito que introduz qualquer doutrina ou novidade que vá
além do evangelho, é um espírito de mentira, e não o Espírito de Cristo."10
7 Institutas, III. 1.1; I.7.5.
8 Institutas, 1.8.13; I.7.4. Cf. Ronald S. Wallace, Calvin's Doctrine of the Word and Sacrament (Grand Rapids: Eerdmans, 1957) 101-2.
8
9 Instituías, III.1.1; III.2.33-34; II.2.20; 1.7.5. Veja ainda Calvin's Commentaries, vol. 20,116-17, e vol. 22, 257.
10 Calvin's Commentaries, vol. 18, 101.
O efeito do ensino de Calvino foi libertador.11 Através da ênfase no testemunho
interno do Espírito Santo como a evidência máxima da divindade e da autoridade das
Escrituras, ele libertou as Escrituras e a sua interpretação do cativeiro imposto pela
Igreja Medieval, e as colocou de volta onde elas pertenciam de direito, nas mãos do
Espírito Santo. Nesse sentido, estava certa a avaliação de alguns católicos
encarregados da contra-reforma no século XVII, de que uma das maiores diferenças
que existiam entre Roma e Genebra se encontrava em suas doutrinas sobre a Pessoa
e a obra do Espírito Santo.
11 Devemos, com justiça, notar que Calvino deve muito dessa perspectiva ao ensino desbravador de Martinho Lutero, que já havia, antes dele,
denunciado esse estado de coisas.
12 Veja nota 3.
13 William Balke, Calvin and the Anabaptist Radicais, trad. W. Heynem (Grand Rapids: Eerdmans, 1981) 2.
14 Para uma análise mais profunda do debate de Calvino com os Anabatistas consulte Balke, Calvin and the Anabaptist Radicais. Resumos sobre o
movimento Anabatista durante a Reforma poderão ser 16 Para uma análise mais profunda do debate de Calvino com os Anabatistas Consulte Balke,
Calvin and the Anabaptist Radicals. Resumos sobre o movimento Anabatista durante a Reforma poderão ser encontrados nos livros clássicos em
português de História da Igreja, como Robert Nichols, W. Walker e Justo Gonzalez (vol. 6)
15 18
Institutas, I, 9, 1.
excediam as Escrituras, estavam sendo guiados por outro espírito, que não o de
Deus. Calvino cria na realidade e na atuação de espíritos mentirosos, e que satanás
estava continuamente iludindo as pessoas, procurando afastá-las da verdade, trans-
figurando-se em "anjo de luz" (2 Cor. 11:3,14). Para ele, "novas revelações", na
verdade, eram invenções de espíritos mentirosos, não provinham do Espírito Santo,
sendo o cumprimento de passagens como 1 Tim. 4:1-2.16
A soberania do Espírito
Um último ponto ao qual desejo me referir é a insistência de Calvino sobre a
soberania do Espírito Santo nesta relação íntima com a Palavra de Deus. Para ele, a
Palavra é o instrumento pelo qual Deus dispensa a iluminação do Espírito aos
crentes.20 Assim, Cristo fala hoje através do ministro do evangelho, quando o mesmo
expõe fielmente a Palavra. O Espírito torna eficaz a Palavra exposta nos corações dos
que a ouvem. Ao mesmo tempo, a relação Espírito-Palavra não é mágica, ou
automática. A Palavra não é como um talismã, que sempre que invocado, libera seu
poder mágico, ao bel-prazer do seu possuidor. A eficácia da Palavra, ao contrário,
está totalmente na dependência da soberania do Espírito.21 Para Calvino, a afirmação
de Paulo de que somos ministros de uma nova aliança, do Espírito que vivifica (2 Cor.
3:6), não é uma garantia de que nossa pregação sempre será acompanhada pelo
poder vivificador do Espírito. Pastores não retém o poder de dispensar a graça do
Espírito a qualquer um que eles desejem, nem quando o desejem. É por um ato
soberano que o Espírito torna a Palavra pregada em Palavra eficaz. 7
Assim, a eloqüência, a habilidade, a erudição e o fervor do pregador de nada
adiantam, se a graça e o poder do Espírito não estiverem presentes. E assim ocorre,
porque o mérito sempre deve ser de Cristo, e não dos pregadores.
A INFLUÊNCIA DE CALVINO NA
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
A Confissão de Fé de Westminster foi elaborada no século XVII, quase um
século após a morte de Calvino, por pastores e teólogos puritanos, reunidos com esse
finalidade pelo Parlamento Inglês, na Assembléia de Westminster. O alvo dos eruditos
ali reunidos durante vários anos era um só: formular de forma sistemática a doutrina
bíblica, partindo dos princípios de interpretação herdados da Reforma. A Igreja
Presbiteriana tem adotado essa Confissão como a expressão correta do ensino das
Escrituras.22 Os seus autores foram profundamente influenciados por João Calvino.
Essa influência se percebe claramente no ensino da Confissão sobre o Espírito Santo,
e em especial, na relação do Espírito com a Palavra.
Assim, no seu capítulo sobre as Escrituras, a Confissão declara, nos melhores
termos calvinistas, que a autoridade das Escrituras não depende do testemunho do
homem ou da Igreja, mas de Deus (I, 4), que a nossa certeza da sua infalível verdade
19 20
Para um estudo mais aprofundado, veja W. Kreck, "Wort und Geist bei Calvin", em Festchrift für Günther Dehn (Neukirchen, 1957) 168-173.
24
Institutas, I, 9, 2-3.
20 Ibid.
21 Calvin's Commentaries, vol. 20,174; veja ainda Wallace, Calvin's Doctrine of the Word and Sacrament, 89-90.
27
23
Institutas, I, 9, 2. Passagens como 1 Cor. 12:1-3, 14:29 e 1 João 4:1, entre outras, estabelecem critérios doutrinários pelos quais pode-se julgar as
profecias e os profetas.
26
Calvin's Commentaries, vol. 22, 102-3.
22 *
Inclusive a Igreja Presbiteriana do Brasil
e autoridade divina provém do testemunho do Espírito Santo em nossos corações
(1,5), que às Escrituras nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas
revelações do Espírito, nem por tradições de homens (I, 6). A Confissão reafirma, com
Calvino, que é necessária a íntima revelação do Espírito de Deus para a compreensão
salvadora das coisas reveladas na Palavra (I, 6), e que, finalmente, o Juiz supremo
pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser examinadas é o Espírito Santo
falando nas Escrituras (I, 8).
RELEVÂNCIA DO ENSINO DE
CALVINO PARA NÓS HOJE
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Balke, Calvin and the Anabaptist Radicals, 326.
Ao mesmo tempo em que orienta a Igreja a guardar-se de uma interpretação das
Escrituras que parte dos princípios hermenêuticos equivocados da experiência
neopentecostal, a Igreja também adverte contra uma interpretação intelectualizada e
árida das Escrituras, que se esqueceda necessidadeda iluminação do Espírito para
sua compreensão e de que Deus promete ensinar àqueles que procuram andar em
santidade e retidão (Sal. 119:18, 33-34; Luc. 24:44-45).24
Em segundo lugar, Calvino nos desafia a examinar todas as manifestações
espirituais pelo crivo da Palavra de Deus, quanto à natureza, ao propósito, e ao modo
dessas manifestações. Essa prática está pressupondo corretamente o ensino bíblico
de que o Espírito Santo não Se contradiz. As Escrituras foram inspiradas por Ele.
Embora o Espírito aja de formas distintas em épocas distintas, jamais o faz em
contradição ao que nos revelou na Palavra. Deveríamos estar abertos para o fato de
que o Espírito tem enfatizado aspectos diferentes da Palavra em épocas diferentes -
porém, jamais indo além dela ou contra ela.
Em terceiro lugar, o ensino de Calvino nos alerta contra os que pretendem ter
total controle sobre o Espírito, que pretendem dispensar o batismo do Espírito pela
imposição de mãos, que "ensinam" aos crentes imaturos e incautos a falar em
línguas. Alerta-nos a rejeitar todo ensino, movimento, culto, liturgia, onde a Palavra
de Deus não receba a devida proeminência. Se o Espírito fala pela Palavra, a Palavra
deve ser o centro.
Muitos presbiterianos consideram-se calvinistas e reformados, mas quantos
realmente percebem as implicações do ensino calvinista reformado sobre a obra do
Espírito para as práticas neopentecostais que são aceitas em muitas das nossas
igrejas? Calvino foi, de fato, um homem do Espírito Santo, que guiado por Ele,
tornou-se o principal instrumento de Deus para a Reforma do século XVI, movimento
que, na realidade, foi um dos maiores avivamentos espirituais ocorridos na Igreja
Cristã, após o período apostólico. Todos nós queremos um avivamento espiritual, da
mesma magnitude. Calvino, que viveu e ministrou em meio àquela tremenda ma-
nifestação de poder divino, não teve receio de ofender o Espírito por inquirir, de forma
profunda e meticulosa, sobre a genuinidade dos fenômenos que sempre acompanham
os grandes movimentos espirituais da história. Se por um lado não devemos ter medo
do que o Espírito possa fazer, por outro, devemos temer a obra espúria dos espíritos
enganadores, corno também o nosso próprio coração enganoso.
E por fim, vale a pena mencionarmos que "a era do Espírito Santo", como é
conhecida em muitos meios neopentecostais, iniciou-se, não em 1906, com a reunião
na rua Azuza, nos Estados Unidos, mas desde o dia de Pentecoste. As evidências
bíblicas são numerosas. Em seu sermão no dia de Pentecoste, o apóstolo Pedro
declarou que a descida do Espírito estava inaugurando os últimos dias (Atos 2:16-
21). Os demais apóstolos ensinaram, semelhantemente, que os últimos dias, a
dispensação anterior ao dia do julgamento final, já havia chegado (1 Cor. 7:29; 1 João
2:18). Enfatizo esse ponto pois alguns poderiam argumentar que estamos vivendo
hoje na "era do Espírito", e que Calvino viveu antes dessa época. Os que assim
acreditam, afirmam que hoje o Espírito está agindo de uma forma muito mais
intensa, e mesmo, diferente, da época da Reforma, e que, portanto, o que Calvino
experimentou e ensinou está, num certo sentido, ultrapassado. Entretanto, as
Escrituras nos ensinam que a Igreja já está vivendo os últimos dias, a dispensação do
Espírito, desde o período apostólico. Calvino viveu e ensinou em plena época do
Espírito, tanto quanto nós hoje vivemos e labutamos. O ensino de Calvino, por ser
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"O Espírito Santo Hoje - Os Dons de Línguas e Profecia", em Carias Pastorais (São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1995). O documento foi
elaborado pela Comissão Permanente de Doutrina da IPB.
bíblico, pode nos servir de balizamento, indicando-nos o estreito caminho do
equilíbrio, entre uma vida de piedade e uma mente firmada nas antigas doutrinas da
graça.