Professional Documents
Culture Documents
Radiofármacos:
Cintilografia de perfusão: o radiofármaco utilizado é o MAA-Tc 99m (macroagregados de
albumina marcados com Tc 99m), na dose de 5 mCi. O tamanho destas partículas varia de
10 a 90 microns e cada injeção de 5mCi contém em média 500.000 destas partículas.
Depois de injetadas por via intra-venosa estas partículas ocluem temporariamente as
arteríolas pulmonares, sendo depois fagocitadas pelo sistema retículo-endotelial. A meia
vida biológica deste radiofármco nos pulmões varia de 6 a 8 horas. Nos pacientes com
hipertensão pulmonar ou que tenham shunt de direita para esquerda conhecido, a
quantidade de partículas injetadas deve ser reduzida para 100.000. Para se marcar um
número menor de partículas e manter a dose adequada, o frasco contendo o fármaco de
MAA deve ser reconstituído com uma maior quantidade de tecnécio. Deve ser lembrado que
é necessário um mínimo de 70.000 partículas de MAA para se obter um imagem de boa
qualidade.
Os recém nascidos têm apenas 10% do número total de capilares do pulmão adulto,
portanto, o número de partículas injetadas nestes pacientes deve ser drasticamente
reduzido para 10.000 - 50.000. O número de capilares nas crianças somente alcança o nível
do pulmão adulto quando eles chegam ao 8 - 12 anos de idade.
O radiofármaco deve ser utilizado até, no máximo, seis horas após sua preparação.
O exame deve ser realizado em uma gama câmera com grande campo de visão e com
colimados de furos paraleos de alta resolução. As imagens obtidas devem ter, pelo menos
750.000 contagens.
Cintilografia de ventilação: o radiofármaco utilizado para este tipo de cintilografia pode ser
um gás (Xe-133, Xe, 127, Kr-81m) ou um aerossol (DTPA-Tc 99m). Em nosso meio o
aerossol é largamente usado.
Uma dose de 30 mCi de DTPA-Tc 99m em 3 ml de soro fisiológico, administrada através de
um nebulizador fornece aos pulmões uma dose de 500 a 750 uCi. Esta dose nos permite
tomar uma imagem de 100.000 contagens em 2 minutos em uma gama câmera padrão
com colimador de baixa energia.
O nebulizador produz partículas que variam de0,5 a 0,8 microns de diâmetro. Devido ao seu
pequeno tamanho estas partículas se distribuem nos alvéolos como se fossem gás. Algumas
vezes pode-se ver a deposição de partículas com diâmetro maior que 1 micron na árvore
traqueo-brônquica, causada pela impactação de inércia ou sedimentação gravitacional.
Entre os benefícios desta técnica em relação aos gases radioativos, temos o fato de não ser
necessário o uso de dispositivos de coleta especial para gases radioativos e a possibilidade
de tomadas de várias incidências (enquando que com os gases radioativos [xenônio]) só é
possível tomar-se a incidência posterior. Entre as desvantagens temos: incapacidade de se
demonstrar o aprisionamento de ar e a presença excessiva de traçador na árvore brônquica
proximal em pacientes com DPOC.
Via de regra, a cintilografia de inalação é realizada antes da cintilografia de perfusão. O
clearance pulmonar do DTPA-Tc 99m é de 1 - 1,5 horas.
Referências bibliográficas:
(1) Radiology 1999; Bergin CJ, et al. Identifying the cause of unilateral hypoperfusion in
patients suspected to have chronic pulmonary thromboembolism: Diagnostic accuracy of
helical CT and conventional angiography. 213: 743-749
(2) AJR 1998; Pickhardt PJ, et al. Unilateral hypoperfusion or absent perfusion on
pulmonary scinitgraphy: Differential diagnosis. 171: 145-150
(3) AJR 2001; Chow B, et al. Unilateral absence of pulmonary perfusion mimicking
pulmonary embolism. 176: 712
(4) J Nucl Med 2001; Hartmann IJC, et al. Technegas versus 81mKr ventilation-perfusion
scintigraphy: A comparitive study in patients with suspected acute pulmonary embolism.
42: 393-400
(5) J Nucl Med 1997; Mackey DW, et al. Physical properties and use of pertechnegas as a
ventilation agent. 38: 163-167
(6) Semin Nucl Med 1995; Sutter CW, Stadalnik RC. Unilateral absence or near absence of
pulmonary perfusion on lung scanning. 25: 72-74
(7) Radiology 1998; Boiselle PM, et al. Pulmonary embolism in pregnant patients: Survey of
ventilation-perfusion imaging policies and practices. 207: 201-206
(8) Prog Cardiovasc Dis. 1994; Stein PD, Gottschalk A. Critical review of ventilation/
perfusion lung scans in acute pulmonary embolism. 37: 13-24
(9) J Nucl Med 1996; Cabahug CJ, et al. Utility of technetium-99m-DTPA in determining
regional ventilation. 37. 239-244
(10) J Nucl Med 2002; Fukuchi K, et al. Quantitative analysis of lung perfusion in patients
with primary pulmonary hypertension. 43: 757-761
(11) Site: www.auntminnie.com: References: Nuclear Medicine