You are on page 1of 36

1)Introdução

Neste mundo cheio de correria e turbulências, é extremamente necessário a


prática de atividade física para que possamos manter nosso corpo sempre em
atividade e longe do sedentarismo.
Dentre as atividades mais procuradas encontramos vários tipos de danças que
muitas pessoas praticam.
A dança moderna está entre elas, e é uma pratica que exige do bailarino,
muita elasticidade e flexibilidade, onde com isso podem ocorrer cãibras e
outras lesões, geradas pelo esforço repetitivo,ou até mesmo por falta de
alongamento e aquecimento adequado. Em relação as cãibras podem ser
tratadas com massagens e o cuidado de outros fatores que a geram como
hidratação, ambiente onde é realizado o excercício, ingestão de alimentos que
forneçam a quantidade de nutrientes necessários ao organismo, e outros
métodos mais apurados que sugerem a administração de relaxantes
musculares em casos mais graves.
As técnicas de massagens mais empregadas nos casos de cãibras são as
Massagem Tailandesa - Yoga-Thai e a Massagem desportiva, onde ambas
trabalham alongamentos e flexões que geram um grande alívio de dores
musculares.
São técnicas que podem ser empregadas de maneira simultânea, porém a
massagem desportiva é uma massagem mais rápida e intensa em relação a
Yoga-Thai que se dá quase que como uma dança.
Para aplicação das massagens é necessário o conhecimento de ambas as
técnicas, e principalmente do paciente onde este deverá ser tratado com todo o
cuidado e atenção que merece. Como são técnicas de contato direto com o
paciente é obrigatório a utilização de roupas adequadas que permitam
movimentos mais amplos tanto o paciente, como o terapeuta. Como são
técnicas que são aplicadas no chão ou em macas, a esterilização dos objetos
usados se faz extremamente necessária.
Ambas as massagens são de extrema utilidade no meio esportivo, pois elas
possem efeito imadiato de relaxamento nos casos de cãibras, e também, se
aplicadas como
hábito geram ao paciente uma grande sensação de bem estar e flexibilidade. A
cada caso será empregada uma técnica de massagem mais adequada, porém
a massagem
tailandesa, ja tem sido empregada aproximadamente 2.500 anos por monges
budistas, que acreditavam nessa massagem como a cura de todas a doenças.
Massagem desportiva é uma técnica mais recente empregada em esportistas de
todos ramos, desde dançarinos a atlestas de esportes mais pesados, porém o
seu
desenvolvimento é muito parecido com a Tailandesa, diferenciando apenas a
velociade dos movimentos e intensidade.
Através deste breve estudo poderemos conhecer ambas a técnicas no tratamento
de cãibras no meio dos dançarinos, mais especificamente na região de
panturrilha que
é onde mais de apresentam os casos de cãibras pelo esforço empregados nos
movimentos da dança.
Palavras – chave: dança, cãibras, exercícios.

2) História da Dança

2.a) Povos primitivos

Em cavernas como as da Serra da Capivara no Piauí, Brasil, de Altamira


(Espanha) e de Lascaux (França), é possível observar desenhos de pessoas
dançando. A dança era uma forma de comunicação com os deuses. Na vida do
homem primitivo, a dança presidia a todos os acontecimentos: nascimento,
casamento, morte, caçada...
A dança era praticada como ação imitativa: imitavam os animais para atraí-los para
o perímetro de caça, batiam os pés no chão para imitar o trovão e pedir chuva
para saciar a sede e para as plantações, e etc.

2.b)Dança na antiguidade
- Egito: Geralmente dançada por escravos. A palavra HBIJ, que significa dançar e
estar contente, é encontrada nas pirâmides junto á dois deuses: Bes (deus da
dança) e Hathor (a patrona da dança).

Nesta época a dança também era comum na Grécia, China, Japão e Índia.

Na Índia a dança é sagrada. As dançarinas chamadas de devadasi eram mulheres


consagradas a um templo. Além de dançar, tinham o dever de cuidar dos
lugares sagrados, limpar utensílios utilizados pelo sacerdote, dentre outras
funções. Existem várias categorias de devadasi: as que se ofereciam por
vontade própria ao templo por devoção á divindade, as que eram oferecidas
aos templos por nobres ou por um rei e as órfãs abandonadas que eram
presenteadas ao templo.

Idade Média (476-1.453)

Teocentrismo: domínio da igreja. A educação era dada em conventos e a bíblia era


a única fonte de verdade.

Negação do corpo: Deus = espírito = bom


Homem = corpo = mal

A Idade das trevas foi um período de:

- Invasões e guerras;

- Pestes e epidemias;

- Inquisição (domínio da Igreja).

Condenava o corpo, pois este representava o pecado. Por isso, a dança era
considerada profana. Não sendo toleradas pela Igreja, as danças foram
disfarçadas e praticadas na forma de festas religiosas, como forma de folclore.
Neste período surgem os menestréis, que aprendiam as danças populares e as
adaptavam para levá-las aos castelos e transformá-las em danças de salão.

2.c) Renascimento

Em Florença, Lourenço de Médicis, lança a moda dos triunfos, festas que duravam
dias, onde havia músicas e danças criadas especialmente para a ocasião. O
tema partia de lendas e feitos heróicos com o objetivo de elogiar o patrono da
festa ou seu principal convidado.
Surgem os tratados de dança, onde os mestres renascentistas desenhavam e
descreviam os passos a serem executados.

2.d) Dança na corte


Catarina de Médicis, filha de Lourenço de Médicis II leva para a França o requinte
e a tradição das artes. Protegeu muitos artistas, dentre eles Balthasar de
Beaujoieux (Baldassarino de Belgioso), que foi criado de quarto de Catarina e
mais tarde nomeado mestre de dança da corte. Criou o primeiro Ballet de corte.
Neste período foi criado o en dehor, por Cesare Negri.
Nesta época a dança de entradas em cena apenas para se exibir era chamada de
Entrées. Os figurinos da época consistiam em trajes pesados e perucas.

Luís XIV – O Rei Sol

Desde a infância desenvolve gosto pela arte. Aos catorze anos, dança no “Ballet de
La Nuit”, representando o Rei Sol, que derrota as trevas (forças do mal). Criou
muitas instituições com a finalidade de regulamentar as artes. Criou em:
*1661 a Academia Real de Dança;
* 1669 a Academia Real de Música;
* 1672 a Academia Real de Dança e Música (atual Ópera de Paris).
* 1713 a Primeira Companhia Oficial de Ballet.

2.e) As reformas de Noverre

Insatisfeito com as exibições de virtuosismo sem significado, Jean Georges


Noverre, bailarino e coreógrafo, escreve a obra “Cartas sobre o ballet e as
artes imitativas”, onde propõe uma série de mudanças, visando que a arte
fosse mais expressiva e natural. Criou a denominação Ballet D’Action, em
oposição ao Ballet D’Entrée.

Ballet D’Action (balé de ação) Ballet D’Entrée (balé de entrada)


Não há interrupções Várias interrupções
Roupas leves, sem adereços; Roupas pesadas, com adereços luxuosos;
Expressividade e sensibilidade Virtuosismo e técnica
Cabelo solto, sem máscaras, Perucas, com máscara, valorização das
valorização de tronco e braços. pernas.

2.f) Romantismo

Tem início na dança em 1.831, quando Felipo Taglioni coreografa um trecho da


ópera “Robert Le Diable”, a cena do Ballet das Monjas em que sua filha Maria
Taglioni sobe nas pontas dos pés, porém apenas brevemente. Um ano mais
tarde, no bailado “As sílfides”, o balé inteiro é dançado nas pontas pela solista.
O Ballet Gyselle, estrelado por Carlota Grisi, foi o primeiro em que todas as
bailarinas dançaram nas pontas.

2.g) Características do Romantismo na dança


- Sentimento predomina sobre a razão;
- Seres encantados: fadas, feiticeiras, espíritos...
- Leveza, suavidade e, palidez da bailarina;
- Ultra-romantismo, morrer por amor.
- Confronto do mundo real e irreal;
- Inspiração na Idade Média (os cenários são cemitérios, bosques mal-
assombrados, florestas encantadas);
-Final sempre trágico;
- Espetáculo dividido em dois atos: 1. Ato colorido, mundo real.
2. Ato branco, mundo irreal.

E principalmente: as sapatilhas de ponta e tutu romântico, a grande marca do balé


clássico.

2.h)Dança Moderna

Surge no início do século XX, como forma de negação do Ballet Clássico. Queria
criar uma nova forma de linguagem para expressar os problemas do homem do
século XX. Prega a liberdade corporal, consciência corporal, todo gesto deve
ter um significado, deve ser expressiva, falar á alma da platéia.

Contexto histórico-social da Dança Moderna


-Final do século XIX e início do século XX;
- Início da Primeira Guerra Mundial em 1914;
- Mulheres ingressam no mercado de trabalho, pois os homens vão para a guerra;
- em 1918 tem início o nazi-fascismo;
- Nas artes: Dadaísmo, surrealismo, expressionismo, fauvismo, abstracionismo.

Pioneira: Isadora Duncan


Se inspirava em desenhos de vasos gregos, na Grécia e na natureza (ondas,
vento...)

Denishawnschool: Primeira escola de dança moderna.

Teóricos do movimento:

François DELSARTE: expressão corporal.


Emile Jaques DALCROZE: eurritmia (ritmo corporal).
Rudolf Von LABAN: expressão das emoções através do movimento.

Laban

Cria a expressão “gesto significativo”. O movimento deve ser baseado numa idéia,
querer comunicar algo, ter uma intenção.
Define o termo Kinesfera (espaço pessoal ao redor do bailarino).
Define os quatro fatores de movimento: espaço (níveis, planos), tempo (rápido,
lento), fluxo (controlado, fluído, estacado, contínuo) e peso (peso pesado e
peso leve), que dão qualidade ao movimento.

Criadoras da dança moderna


- Martha Graham (Americana)
-Doris Humphrey (Americana)
- Mary Wigman (Alemã)

Martha Graham: Técnica da respiração, contração e expansão.


Dóris Humphrey: técnica da queda e recuperação.

Mary Wigman: Alemanha vive uma crise econômica, e se encontra num período
entre guerras.
Expressionismo: pessimismo, crítica á sociedade, cores escuras. É neste contexto
que surge a dança de Mary. Utiliza máscaras, para anular a expressão facial e
transferi-la para o corpo. A expressão deve estar nos movimentos. Seus
movimentos são como se tudo fosse atacá-la, tenta se defender, se sente
ameaçada pela guerra. Técnica: espaço opressor.
Suas coreografias demonstram o desespero e a revolta diante da guerra.

Dança Pós-moderna

Surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos.


Representantes: Judson Church, Merce Cunnighan.

Dança Pós Moderna: irreverência, sátira, movimento pelo movimento, sem


significado. É dançada em espaços alternativos: quadras, praças, edifícios,
galerias, supermercados.

2.i) DANÇA

O dançarino é um “artista-atleta” que deve representar artisticamente, com atenção


ao compromisso estético ao mesmo tempo em que executa os movimentos
com vigor e precisão.
O elemento em comum entre o esporte competitivo e a dança, é a exigência e
demanda de treinamento físico na intenção de alcançar o máximo, o que leva o
bailarino muitas vezes, á ir além de seu limite físico, elevando os riscos de
lesões.
A coluna é o eixo de estabilidade do dançarino, auxiliado pelo quadril, tornozelo e
pé. O posicionamento correto do peso através do tornozelo e do pé é
essencial, sendo que os pés são fonte de força e suporte e de um bailarino
durante a dança.
O dançarino que tiver uma idéia de alinhamento para todo o seu corpo e execução
correta das posições básicas e movimentos executados, tem maior chance de
evitar problemas (lesões).
Os benefícios da dança como atividade física e sua importância para a saúde:

- Flexibilidade.
- Melhora do condicionamento físico.
- Aprimoramento da coordenação motora.
- Perda de peso.
- Redução do risco de doenças como obesidade, diabetes e hipertensão.
- Melhora na auto-estima e quebra de diversos bloqueios psicológicos, como a
timidez, a depressão, diminuição da ansiedade, entre outros.
- Torna-se uma excelente opção de lazer.
- Proporciona uma melhora na qualidade de sono.
- Melhora a capacidade de concentração.
- Diminuição do estresse.

A prática da dança ainda ajuda na prevenção de doenças articulares como


artroses e artrites, isso sem contar problemas circulatórios. Como em qualquer
atividade física os movimentos ativam a circulação sanguínea, principalmente
das pernas, além de proporcionar uma melhora em problemas de postura.

A atividade física para fazer bem ao nosso organismo deve ser freqüente (no
mínimo 3 vezes por semana).

3)
LESÕES NOS ESPORTES

A exigência e demanda de treinamento físico na intenção de alcançar o máximo,


melhorar a técnica e flexibilidade, leva o bailarino muitas vezes, á ir além de
seu limite físico, elevando os riscos de lesões.

Flexibilidade:
De acordo com os autores do livro “Lesões nos esportes: diagnóstico, prevenção e
tratamento”, Moisés Cohen e René Jorge Abdalla, flexibilidade é a amplitude de
movimento disponível em uma articulação ou em grupos articulares. É
classificada em estática e dinâmica. Estática é a amplitude de movimento
avaliada quando o indivíduo é instruído a relaxar-se. A dinâmica refere-se á
resistência oferecida pelo músculo quando é realizado um movimento ativo
dentro da amplitude de movimento.
Uma boa flexibilidade pode ser responsável por benefícios como relaxamento do
estresse e da tensão, relaxamento muscular, melhora da aptidão corporal,
postura e simetria, alívio de cãibras musculares, risco reduzido de lesões e
aumento da eficiência do movimento.
O componente mais importante relacionado á flexibilidade do músculo é o tecido
conjuntivo.
Além do endomísio, perimísio e epimísio, outras estruturas compostas de tecido
conjuntivo são responsáveis pela restrição de flexibilidade: a fáscia, os
ligamentos e os tendões.
O tecido conjuntivo possui duas proteínas de grande importância na flexibilidade: o
colágeno (grande resistência a forças de tração e uma extensibilidade mínima)
e a elastina (elasticidade), sendo a concentração maior de uma ou outra
proteína responsável pela propriedade predominante do tecido.

3.a) ALONGAMENTO

O alongamento é um método de treinamento para desenvolver a flexibilidade.

Tipos de alongamento:
- Alongamento estático: esse tipo de exercício utiliza o efeito do relaxamento
progressivo nos tecidos moles, obtendo-se como resposta um lento
alongamento contínuo.
O método envolve o alongamento do grupo muscular até a posição de tolerância,
ou seja, moderado desconforto, que é mantido por um período de 10 segundos
á 30 segundos antes de retornar para a posição inicial.

- Alongamento balístico: também conhecido como dinâmico, ativo ou rápido. É um


tipo de exercício de alongamento que envolve o balanço repetido da parte do
corpo que está sendo alongada. Essa técnica, por meio de contrações
musculares bruscas, tenta ganhar energia cinética para aumentar o limite do
alongamento.
Essa técnica pode exceder o limite da extensibilidade da unidade musculotendínea
e provocar a lesões, pelo mau controle do movimento ou porque o músculo não
está propriamente aquecido ou pré-alongado.

Treinamento da força muscular:

Força muscular é uma expressão usada para definir a capacidade


musculoesquelética de produzir tensão.
A unidade estrutural que possibilita a ação muscular é a unidade motora, que
consiste em axônio, neurônio e as fibras musculares por ele inervadas. Cada
unidade motora tem diferentes quantidades de fibras musculares. O neurônio
faz com que todas as fibras musculares que pertençam a essa unidade motora
entrem em ação.

As fibras musculares são compostas por miofibrilas, que são formadas por
sarcômeros, que são as unidades contráteis da fibra muscular. Os sarcômeros,
por sua vez, são formados por filamentos grossos (miosina) e finos (actina) que
deslizam uns sobre os outros, possibilitando assim, a ação muscular. A força
gerada tende a encurtar o sarcômero.

Tipos de fibras:
Há três tipos de fibras, com características diferenciadas no que diz respeito ás
capacidades de produzir força, velocidade de encurtamento e de resistência á
fadiga.
- Tipo 1: também chamadas de vermelhas, ou de contração lenta.
- Tipo 2: também chamadas de brancas, ou de contração rápida.

Curiosidade: Resistência de força: capacidade de manter uma determinada


intensidade de ação muscular por muito tempo.

3.b) LESÕES MUSCULARES

Os músculos podem ser classificados em unipenados, cujas fibras partem do


tendão em um só sentido, ou bipenados, que têm as fibras partindo nos dois
sentidos.

O local das lesões musculares varia muito com o tipo de esporte praticado. Vários
fatores podem influenciar as lesões musculares: a freqüência, a intensidade e a
duração das atividades.
As lesões podem ser classificadas em:
- diretas ou indiretas;
- parciais ou totais;
- traumáticas ou atramáticas.

As lesões musculares por trauma direto são mais comuns em esportes de contato.
Exemplo: contusões.
O trauma indireto é causado pelo estresse muscular. O músculo é submetido a
uma carga superior á sua capacidade de resistência.
Nas lesões parciais, a força muscular está diminuída, porém permanece a sua
capacidade contrátil.
Nas lesões totais, a mobilidade articular pode ser nula.
As lesões musculares podem ainda ser classificadas em traumáticas e
atraumáticas. Entre as traumáticas estão as contusões, por exemplo. As
atraumáticas são a cãibra e o dolorimento muscular tardio.

3.c) Etiologia das lesões:

Podem ser classificados em:

- Fatores extrínsecos: grau de capacitação do instrutor, nível de prática da


atividade, tipo de piso onde praticam os ensaios, espetáculos e onde realizam
as aulas, temperatura ambiente, nutrição.

- Fatores intrínsecos: idade, sexo, coordenação, flexibilidade, composição


muscular, técnica e perfil emocional.

4)MIOLOGIA
4.a)SISTEMA MUSCULAR

Classificados de acordo com sua estrutura, função e localização, existem três tipos
de tecidos musculares: cardíaco, liso e esquelético. Embora sejam tipos
distintos de tecidos musculares, apresentam algumas características em
comum:

• Excitabilidade: as fibras são capazes de reagir a um impulso nervoso.


• Extensibilidade: os músculos podem se estender além do seu comprimento
normal de repouso.
• Elasticidade: depois de serem alongados ou contraídos, os músculos podem
retornar ao seu comprimento original.

Funções musculares

Movimento: a principal função do sistema muscular é gerar movimento.


Sustentação: os músculos esqueléticos sustentam a postura, mantendo o corpo
ereto, mesmo quando estamos imóveis.
Proteção: os músculos protegem ossos e órgãos internos.

4.b) Músculo estriado esquelético

Os músculos esqueléticos fixam-se ao esqueleto. Sua contração é que origina os


movimentos das distintas partes do esqueleto. Seus movimentos são
voluntários, ou seja, dependem da vontade dos indivíduos, é possível fazer o
músculo esquelético se contrair conscientemente. Entretanto, existem reflexos
do sistema nervoso que geram contrações involuntárias na musculatura
esquelética.

4.c) Estruturas do músculo esquelético

As células musculares consistem em um feixe de miofibrilas. As miofibrilas são


compostas por miofilamentos grossos chamados miosina e miofilamentos finos
chamados actina. Como há uma alternância de feixes escuros de filamentos de
miosina e feixes claros de filamentos de actina, as fibras musculares parecem
ter listras, e por isso, são chamadas de células estriadas. Vários destes
filamentos (actina e miosina) formam um sarcômero.
Os sarcômeros são as unidades contráteis da fibra muscular, ou seja, são os
sarcômeros que se contraem e geram o movimento do músculo.
O músculo esquelético é composto por feixes de células musculares unidas por
tecido conjuntivo. Esse tecido conjuntivo fibroso, chamado de fáscia, traz
vascularização e inervação para o tecido muscular, ou seja, conduz vasos
sanguíneos e nervos pra o interior do músculo. As fibras musculares estriadas
esqueléticas são bastante frágeis, mas cada uma delas é envolta por um tecido
conjuntivo chamado endomísio. As fibras musculares são organizadas em
feixes. Estes são envolvidos por um tecido conjuntivo mais desenvolvido,
denominado de perimísio. O músculo todo é envolvido por um tecido conjuntivo
chamado epimísio. O epimísio funde-se com os tendões ou aponeuroses
(espécie de tendão) que fixam os músculos aos ossos, cartilagens ou outros
revestimentos de tecido conjuntivo.

4.d) Teoria do filamento deslizante

O mecanismo de deslizamento dos filamentos é uma teoria amplamente aceita


sobre o processo de contração muscular.
Segundo essa teoria, o sarcômero encurta porque os filamentos de actina e
miosina deslizam em conjunto. As moléculas de cálcio expõem os sítios de
ligação de miosina na actina. Uma vez expostos, as pontes cruzadas de
miosina grudam-se aos filamentos de actina. Assim, os filamentos de actina
são aproximados, sobrepondo-se aos filamentos de miosina. Os filamentos
sobrepostos reduzem o tamanho do sarcômero, encurtando a fibrila. O cálcio é
muito importante para a contração muscular. Por isso, deve ser incluído na
alimentação.

4.e) Mecanismo de controle muscular

Cada músculo tem um nervo motor. Cada fibra nervosa se divide em ramas
terminais, chegando cada rama a uma fibra muscular. O conjunto composto por
um neurônio e as células musculares por ele inervadas é chamado de unidade
motora. A extensão deste neurônio que se comunica com a miofibrila é
denominado axônio, que se ramifica em terminações axônicas. A terminação
axônica libera um neurotransmissor químico chamado acetilcolina, que
desencadeia a contração muscular.

4.f)Tipos de contração do músculo esquelético

As duas categorias de contração são: contração estática e contração dinâmica.

Contrações estáticas: Também chamadas de contrações isométricas. Neste caso,


um músculo se contrai, exercendo força em suas inserções, porém, estas não
se movem. As pontes cruzadas se fixam, mas os miofilamentos não se
sobrepõem por deslizamento. Em vez de produzir movimento e calor, as
contrações isométricas apenas geram calor.

*contração isométrica: gera tensão muscular sem realizar movimentos.


(COLOCAR EM SLIDE).

Contrações dinâmicas: Também chamadas de contrações isotônicas. Produzem


movimento de articulações. As contrações isotônicas podem ser subdivididas
em:
- Contrações concêntricas: os miofilamentos deslizam juntos, o músculo encurta
e os pontos de inserção muscular ficam mais próximos. Em outras palavras, o
músculo encurta e traciona outra estrutura como o tendão, e reduz desta
forma, o ângulo de uma articulação.

- Contrações excêntricas: a distância entre as inserções dos músculos contraídos


aumenta e o músculo fica mais comprido.

4.g) Atuação dos músculos

Os músculos podem atuar como agonistas, antagonistas e sinergistas. Cada um


desempenha um determinado papel na produção de movimento, e qualquer
músculo pode desempenhar um desses papéis em diferentes ocasiões,
dependendo do movimento.
Agonista é o músculo que está realizando a maior parte do movimento.
Os sinergistas auxiliam o músculo agonista, contraindo-se ao mesmo tempo, para
proporcionar um movimento mais eficaz.
Os músculos denominados fixadores (ou estabilizadores) são sinergistas que têm a
função de manter uma parte do corpo fixa enquanto o músculo agonista se
contrai para mobilizá-la.
Os antagonistas são os músculos que se opõe ao movimento do músculo agonista,
ou seja, enquanto o agonista está contraindo, o antagonista está relaxado.
Quando o sistema nervoso estimula o músculo agonista a se contrair, ele
também inibe o antagonista, forçando-o a relaxar.

4.h) Efeito do exercício sobre os músculos

Quando o corpo é submetido a exercícios regulares, as células musculares


armazenam quantidades maiores de oxigênio e ATP para ficarem preparadas
para o próximo período de exercício.
Nos exercícios de resistência, os músculos realizam fortes contrações isométricas
que produzem pouco ou nenhum movimento.

Curiosidade: A compressão do tecido muscular esquelético e de seus mecanismos


é fundamental para a massagem. Ela relaxa os músculos esqueléticos
hipertônicos (tensos) usando o sistema nervoso para fazer com que os
músculos parem de se contrair. Quando deixam de receber sinais do sistema
nervoso para se contrair, os músculos relaxam. Isso por sua vez, faz com que
ocorra uma circulação sangüínea adequada, e uma troca eficaz de nutrientes e
oxigênio.

5) NEUROANATOMIA
5.a) Sistema Nervoso

O sistema nervoso serve de comunicação e centro de controle do corpo. O sistema


nervoso recebe estímulos, processa as informações e orienta o corpo a reagir
a essas informações.

O neurônio, ou célula nervosa é a unidade básica do sistema nervoso. Ele é


formado por três partes principais: corpo celular, dendritos e axônio. O corpo
celular é a principal parte do neurônio, que contém o núcleo e outras organelas
responsáveis por suas funções. Os dendritos são as estruturas que recebem
os impulsos e conduz as informações recebidas para o corpo celular. O axônio
é uma fibra longa com extremidades ramificadas que conduz os impulsos para
fora do corpo celular e leva essas informações para outra estrutura, como um
músculo.

As células nervosas são divididas em:

- Neurônios sensitivos (aferentes): recebem o estímulo e transmitem essas


informações para o Sistema Nervoso Central (SNC).

- Neurônios motores (eferentes): transportam mensagens para fora do SNC, para


os músculos ou órgãos que devem (precisam) reagir.

Grupos de neurônios sensitivos formam nervos sensitivos.


Grupos de neurônios motores formam nervos motores.
Porém, Quase todos os nervos do corpo são mistos, que possuem neurônios
sensitivos e motores. Esses nervos podem monitorar os estímulos recebidos,
integrar as informações obtidas e estimular o corpo a responder.

Organização do sistema nervoso

Dentre as várias divisões do Sistema nervoso, os aspectos importantes a serem


lembrados pelos bailarinos são:

5.b) Sistema Nervoso Central

Cerebelo:
Funções:
- Movimento;
- Equilíbrio;
- Postura.
O cerebelo atua como um centro de equilíbrio e nos ajuda a mantê-lo. Também
controla a coordenação dos músculos esqueléticos e permite a realização de
movimentos.

Mesencéfalo
Uma das várias funções do mesencéfalo é o movimento do corpo.

Diencéfalo:
*Tálamo
Funções:
- Recebe informações sensoriais do corpo e passa para o córtex cerebral. O córtex
cerebral envia informações motoras para o tálamo, que distribui para o corpo.
* Hipotálamo
Das várias funções do hipotálamo, destacamos o controle da temperatura corporal.

5.c) Medula Espinhal

Funciona como centro nervoso de atos involuntários e como veículo condutor de


impulsos nervosos.
A medula espinal atua como centro de controle dos reflexos, respostas automáticas
imediatas.
Na extremidade dos dendritos existem receptores para a detecção de estímulos.
As informações provenientes de um estímulo percorrem um neurônio sensitivo
até o SNC. Nele, os impulsos são coordenados e processados em uma
resposta involuntária automática. Uma vez determinada a resposta, o neurônio
motor transporta o sinal para fora do SNC, para o efetor, que é o músculo,
órgão ou glândula que reage de acordo com as informações recebidas. Os
reflexos motores, ou reflexos somáticos ativam os músculos esqueléticos.

*Reflexos de estiramento: São contrações musculares protetoras observadas


quando os tecidos são estirados excessivamente e/ou rápido demais. Esses
reflexos impedem que o músculo seja lacerado.

*Reflexos tendíneos: O impulso nervoso chega até o SNC, que determina que o
músculo não corre o risco de ser lacerado e envia um impulso nervoso que
alonga reflexamente o músculo, permitindo um estiramento um pouco maior.
O objetivo dos reflexos é proteger o corpo. Quando um estiramento é prejudicial ao
tecido muscular, o corpo responde com uma contração reflexa. Um estiramento
que não ameaça a integridade dos tecidos inicia o reflexo tendíneo, que relaxa
o músculo.

Pg. 308: livro nutrição no exercício e no esporte.


A comunicação entre músculos e nervos depende da corrente elétrica dentro de
cada uma das células. Os músculos esqueléticos são “ligados” em resposta a
um sinal de seus nervos associados. A informação acerca do resultado de um
movimento é devolvida ao cérebro, onde será interpretada. Como resultado,
novos sinais para o movimento são dados para os músculos. O movimento
elaborado depende do balanço preciso da concentração de partículas
eletricamente carregadas (eletrólitos). A concentração de eletrólitos dentro e
fora da célula deve ser mantida dentro de limites relativamente estreitos para a
transmissão nervosa ocorrendo as resultantes contrações musculares.

PG. 138

No músculo, os fusos musculares são receptores que reagem á tensão nas fibras
musculares. Entre as fibras colágenas nos tendões estão os órgãos
neurotendíneos de Golgi, que são ativados pela presença de tensão no tendão.
Tanto os fusos musculares como os órgãos neurotendíneos de Golgi fornecem
informações ao SNC a respeito do comprimento e da tensão de um músculo e
de seu tendão ou tendões. Eles são ativados á medida que os músculos
mobilizam uma articulação por sua amplitude de movimento, mas os
proprioceptores articulares são ativados quando a articulação atinge o final da
amplitude de movimento. Os proprioceptores atuam em grupo para fornecer
uma noção de posição articular, posição corporal e o momento certo para o
movimento; esse fenômeno é chamado de percepção cinestésica.

5.d) Impulsos Nervosos

A contração muscular é desencadeada por um impulso elétrico, que alcança a fibra


muscular através do nervo correspondente.
Pela liberação de acetilcolina que aí ocorre, forma-se na membrana da fibra
muscular um potencial elétrico, que se alastra sobre toda a superfície da fibra
muscular.

Condução de impulsos nervosos: A condução de impulsos nervosos ao longo das


fibras nervosas é acompanhada por modificação de potencial elétrico dos
tecidos.

As células nervosas têm duas habilidades principais: irritabilidade e


condutibilidade.
A irritabilidade de um neurônio permite que ele responda a um estímulo e traduza
essa percepção em impulso nervoso.
A condutibilidade permite que o neurônio comunique esse impulso nervoso para
outro neurônio, para um músculo ou uma glândula.

A célula nervosa que transmite o impulso é chamada de célula pré-sináptica, e a


célula que receberá o impulso é chamada de célula pós-sináptica.
O impulso nervoso elétrico na célula pré-sináptica faz com que a terminação
axônica libere um neurotransmissor químico. Alguns neurotransmissores são
adrenalina, noradrenalina, serotonina e acetilcolina. A acetilcolina é o
neurotransmissor liberado na junção neuromuscular.

É o resultado de um processo químico de despolarização, mecanismo também


chamado de bomba de sódio e potássio. A formação de um impulso nervoso a
partir de um estímulo acontece em várias etapas:
1. Estado em repouso: uma membrana nervosa em repouso está em estado
polarizado: as cargas negativa e positiva em ambos os lados da membrana
não estão equilibrados. Há mais íons sódio fora do neurônio do que íons
potássio dentro do neurônio, criando uma carga negativa no interior da
membrana.
2. Quando ocorre um estímulo, uma substância química neurotransmissora é
liberada e altera a permeabilidade da membrana.
3. Despolarização: a membrana fica mais permeável aos íons sódio. A membrana
torna-se despolarizada, ou seja, as cargas negativa e positiva nos dois lados
da membrana estão equilibradas.
4. Repolarização: quando o sódio entra na célula, a permeabilidade da membrana
inverte, impedindo a entrada de mais sódio. A membrana celular fica mais
permeável ao potássio. A bomba de sódio e potássio usa ATP para bombear
íons sódio para dentro e íons potássio para fora da célula, para que ela retorne
ao seu estado de repouso, pronto para receber outro estímulo.
Esse processo é chamado de impulso nervoso.
Depois que atinge a extremidade do axônio, o impulso pode ser concluído ou
conduzido. Se for conduzido, estimulará um potencial de ação em outra célula
nervosa ou a atividade de um órgão ou uma glândula.

6.a)CÃIBRAS

Definição: Cãibras musculares nada mais são do que contrações musculares


intensas. São contrações involuntárias.
São mais freqüentes nos músculos posteriores da perna, principalmente no
gastrocnêmio, e podem se iniciar durante a atividade física, no repouso e até
durante o sono.
Geralmente inicia-se após uma contração muscular intensa com conseqüente
encurtamento do músculo acometido.
O suor excessivo pode causar uma diminuição da taxa de sódio no sangue, com
conseqüentes cãibras. Baixos níveis de cálcio e de magnésio também podem
estar envolvidos no início dos sintomas. Entretanto nenhum destes
desequilíbrios tem que estar presente na origem do problema.
As cãibras podem ser momentaneamente interrompidas por uma contração ativa
da musculatura antagonista á afetada, ou por um alongamento muscular
passivo forçado desta musculatura.
O músculo pode permanecer dolorido por alguns dias, dependendo da intensidade
da cãibra.

A incidência de cãibras durante exercícios físicos

Ocorre porque o corpo perde água e outras substâncias através da transpiração


durante a atividade praticada. E uma das causas das cãibras é justamente a
falta de água e certos sais minerais (especialmente o sódio e o potássio) no
organismo.
Uma outra situação que é capaz de provocar cãibras é um esforço físico maior
do que a musculatura pode suportar.

6.b)Resumidamente, as principais causas das cãibras são:

A) Grandes perdas de sódio e líquidos


Costumam ser causas essenciais que predispõem atletas a cãibras
musculares. O sódio é um mineral importante na iniciação dos sinais dos
nervos e ações que levam ao movimento nos músculos. Por isso, um déficit
desse elemento e de líquidos pode tornar os músculos sensíveis. Sob tais
condições, uma leve tensão e um movimento subseqüente pode fazer o
músculo se contrair.

B) Deficiência de potássio
A deficiência de potássio poderia causar distúrbios na formação de potenciais
elétricos, responsáveis pelo controle da contração muscular, gerando
contrações espontâneas dos músculos.

C) Deficiência de cálcio
Um dos mecanismos envolvidos na fisiologia da cãibra diz respeito à
deficiência das concentrações de cálcio no sangue, que resultaria na alteração
do balanço de cálcio no interior da célula e conseqüentemente desequilíbrio no
processo de contração muscular.
No entanto, pesquisas recentes mostram que esses dois últimos minerais são
menos propensos a causar cãibras, pois as quantidades de potássio e cálcio
no suor são baixas se comparadas com as de sódio. Além disso, potássio e
cálcio são facilmente repostos com dieta. Conseqüentemente, um déficit
desses minerais é raro. Fontes de cálcio: Leite e derivados, Brócolis, Couve.
Outras causas potenciais
Diabetes, doenças neurológicas ou problemas vasculares são fatores que
favorecem a ocorrência de cãibras, bem como a utilização de certos
medicamentos. As conseqüências das cãibras no atleta são quedas de
desempenho, podendo chegar a distensões, estiramento e até a ruptura de
ligamentos e músculos.

6.c) Formas de prevenção


a). Hidratação adequada: Beba muito líquido para ficar hidratado durante o
exercício.

b) Mantenha uma dieta equilibrada.


c) Descanse os músculos após um treino intenso. Lembre-se de uma regra
fundamental: jamais ultrapasse seus limites.
d) Alongamento (antes e após a atividade).

e) É preciso aquecer: Fazê-lo pelo menos durante um 15 minutos que antecedem a


dança é imprescindível. O aquecimento além de beneficiar o rendimento
previne eventuais lesões que poderiam ocorrer, por isso não o ignore.

6.d)Soluções rápidas para cãibras


Quando as cãibras aparecerem durante um exercício, ou mesmo durante a
noite, tome as seguintes medidas:

Alongamento e massagem da região afetada. Alongar o músculo afetado e


massageá-lo pode aliviar a dor rapidamente.

7) Nutrição no exercício e no esporte

7.a) NUTRIÇÃO
Segundo os autores, a nutrição é a soma de ingestão e conversão de substâncias
alimentícias em nutrientes que podem ser utilizados para manter a função
orgânica, por exemplo:
- Finalidade energética (carboidratos, lipídios e proteínas);
- Construção e reparo de tecidos (proteínas, lipídios e minerais);
- Construção e manutenção do sistema esquelético (cálcio, fósforo e proteínas).

A nutrição é muito importante para os bailarinos, pois uma alimentação equilibrada


reduz a fadiga e possíveis lesões, ou caso isso aconteça, a recuperação torna-
se mais rápida.
As bailarinas segundo os autores do livro “Nutrição no exercício e no esporte”, Ira
Wolinski e James F. Hickson Jr, são uma das classes de atletas que
geralmente possuem uma ingestão de nutrientes inadequada e estão no grupo
de risco para lesões. A deficiência nutricional mais importante associada a
lesões é a hídrica. A desidratação contribui para lesões em todos os esportes,
e na dança também. Observa-se no indivíduo: sede intensa, letargia,
sonolência, fadiga muscular e cãibras.
O consumo de água adequado impede a desidratação e uma boa reposição hídrica
auxilia na prevenção de cãibras.

7.b) Exigências energéticas


Depende de vários fatores: idade, o sexo, o tipo de esporte, a intensidade e a
duração da atividade. O consumo energético deve compensar a energia gasta.
Se o consumo estiver acima ou abaixo das exigências do atleta, pode haver
um ganho ou uma perda de peso.
Os consumos energéticos das dançarinas são baixos, e também é reduzido o
consumo de nutrientes, o que pode resultar em fadiga.

O sódio e o potássio são os principais eletrólitos que, em deficiência, levam ao


aparecimento das cãibras musculares. A explicação fisiológica para isso reside
no fato de que a diferença de concentração destes íons entre os meios intra e
extracelular é que vai ocasionar o surgimento de potenciais elétricos que
ocorrem nas fibras nervosas e musculares, e são estes potenciais elétricos os
responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos e pelo controle da
contração muscular. Assim sendo, uma deficiência de sódio e potássio geraria
distúrbios na formação de potenciais elétricos e conseqüentemente no controle
da contração muscular, o que pode ocasionar contrações espontâneas dos
músculos, as cãibras.

7.c) CARBOIDRATOS

É a principal fonte de energia, muito importante para os bailarinos. À medida que o


exercício continua, serão consumidos ácidos graxos e carboidratos.
A dieta alimentar de um bailarino deve ser principalmente de carboidratos.
Para quem pratica atividade física regularmente, o carboidrato é o nutriente mais
importante na alimentação. Isso porque esse nutriente será responsável em
maximizar seus estoques antes do exercício, fornecer energia durante o
mesmo e também terá um papel fundamental no período de recuperação pós
exercício. Vários estudos sugerem que o carboidrato melhora o desempenho
durante o exercício, ao passo que uma inadequada ingestão desse nutriente
pode acarretar em cansaço e fadiga.
Os carboidratos servem de matéria-prima para a produção de glicogênio muscular
que é a primeira e a principal fonte de energia utilizada durante o exercício.
Alimentos ricos em carboidratos: arroz, batata, massas em geral, mandioca,
pães, frutas...

7.d) Deficiência de ferro


Pode afetar várias funções metabólicas relacionadas com a produção de energia.
O ferro se encontra presente em todas as células do corpo e tem um papel vital
no transporte do oxigênio.

Gorduras:
Representam uma grande quantidade de combustível para o esforço muscular. O
treinamento dos bailarinos permite metabolizar menos carboidratos e mais
gorduras para a energia muscular.

Aminoácidos
São de interesse para os atletas, pois: Traz benefícios para a energia muscular e a
síntese de proteínas e reduz a fadiga e exaustão muscular.

Pg. 382
Os suplementos de potássio ajudam a impedir a cãibra muscular. Porém, o alto
consumo de potássio é perigoso para a saúde. As frutas e verduras são ricas
em potássio e devem ser consumidos antes de recorrer aos suplementos de
potássio.

Bebidas á base de carboidratos/ eletrólitos no pós-exercício


A reposição de glicogênio muscular é maior quando a glicose ou sacarose, mais
que a frutose, estão incluídas na bebida.

Zinco
Sua deficiência pode afetar o desempenho anaeróbico do músculo.

Vitaminas Lipossolúveis: vitaminas A, D e K.


O exercício ou a atividade física são menos aptos a influenciar suas necessidades.

Vitamina B3
Bloqueia a liberação de ácidos graxos do tecido adiposo, tornando essa fonte de
energia menos disponível durante o esforço.
Relata-se que a vitamina B reduz a fadiga durante o trabalho no calor.
As melhores fontes alimentícias incluem carne, peixe, feijão e nozes.

Vitamina C
A vitamina C atrasa a fadiga e aumenta a eficiência no trabalho. Fontes de vitamina
C: frutas cítricas, morango, melão, brócolis, couve-flor.

VITAMINA E
A vitamina E responsável pelo suprimento de energia e liberação de Ca²+ durante
a contração muscular.
Um aumento na concentração de Ca²+ causa contração muscular, enquanto o seu
decréscimo causa relaxamento.
7.e) Proteína
Embora a proteína não seja a principal fonte de energia, ela pode se tornar a fonte
primária de combustível durante o exercício se a ingestão de gordura e
carboidratos for baixa ou se a ingestão protéica for muito alta. Uma explicação
para isso, é que a proteína não pode ser rapidamente armazenada como
ocorre com carboidratos e lipídios. Assim, o organismo é obrigado a
metabolizar o excesso de proteínas em preferência a outras fontes de
combustível.
Fontes de potássio: banana, suco de laranja.

Magnésio: Segundo os autores do livro “Nutrição esportiva”, Ronald Maughan e


Louise Burke, existem a hipótese de que a deficiência de magnésio cause
cãibras musculares provocadas pelo exercício.

Durante o exercício, a produção de lactato está diretamente relacionada com a


intensidade do exercício.
A produção de lactato contribui para a capacidade produtora de energia para o
músculo. Entretanto, uma produção excessiva pode cooperar para o
desenvolvimento de fadiga muscular.
A energia gasta durante a atividade física varia de acordo com as características
do exercício (freqüência, intensidade e duração) e do praticante (peso corporal,
capacidade aeróbia, etc).

7.f)Fontes de energia: ATP (adenosina trifosfato), ADP e CP.

A energia obtida após a quebra da ATP para adenosina difosfato (ADP) é a energia
utilizada para a contração do músculo esquelético durante o exercício. Além da
ATP, o músculo esquelético possui um outro fosfato altamente energético,
chamado creatina fosfato (CP).
O ATP é produzido de três maneiras: o sistema ATP- CP , mecanismo anaeróbico
(sem oxigênio, também chamado de sistema ácido láctico) e mecanismo
aeróbico (com oxigênio).
O sistema aeróbico é muito mais eficiente que o sistema do ácido láctico em
produção de ATP.
Quando o oxigênio nas células musculares é usado para outros processos
metabólicos celulares, o organismo entra em um estado de débito de oxigênio.
Os músculos ainda podem produzir ATP, por meio do mecanismo anaeróbico.
O efeito colateral ruim da respiração anaeróbica é que, além do ATP, é
produzido ácido láctico. O acúmulo de ácido láctico causa dores musculares.
A respiração rápida continua depois de cessada a atividade, até que exista
oxigênio suficiente para saldar o débito e não esteja mais ocorrendo acúmulo
de ácido láctico.

8) MTC – MEDICINA TRADICIONAL CHINESA


8.a)Aparecimento da doença

Os fatores patogênicos destroem o equilíbrio entre o yin e o yang, provocando


desta maneira, o excesso de um e a deficiência de outro, ocorrendo assim, a
doença.
A enfermidade é motivada por duas causas, a primeira é a desorganização
funcional do corpo em que o fator de resistência está relativamente fraco e a
segunda causa é a agressão pelos fatores patogênicos.

A Medicina Tradicional Chinesa diz que se os fatores de resistência estão fortes, é


difícil ocorrer moléstias, pois este impede a penetração dos fatores
patogênicos. Quando os fatores de resistência estão debilitados, os fatores
patogênicos geram doenças.
O que determina se os fatores de resistência são fortes ou fracos, são os seguintes
critérios: condições físicas, estado de ânimo, meio ambiente, nutrição e
exercícios.
As condições físicas estão vinculadas à genética, pois os pais deixam suas
qualidades e características no filho.
O estado de ânimo afeta a todo instante as atividades funcionais da Energia e do
Sangue dos órgãos internos, que reflete na resistência, sendo também um fator
importante para o aparecimento de doenças. A alegria faz com que a função
dos órgãos se mantenha em equilíbrio e, assim, a Energia e o Sangue fluem
livremente tornando a resistência muito forte. Se estiver com desgosto, isto faz
com que perca o equilíbrio entre os órgãos, dificultando a circulação de Energia
e de Sangue, por isso a resistência torna-se debilitada.

Os diferentes meios de vida e os maus hábitos como vida irregular (sem horários)
e preferência a determinados alimentos podem prejudicar a resistência do
corpo e causar alterações nas funções fisiológicas do corpo.
As condições de nutrição e de esportes também são fatores importantes. Se está
bem nutrido e pratica esportes, terá Energia e Sangue suficientes e uma boa
saúde; se não estiver bem nutrido e nem pratica esportes, a Energia e o
Sangue não podem circular com fluidez, fazendo baixar a resistência.

8.b)ETIOLOGIA (investigação das causas de uma doença)

As causas apontadas pela Medicina Tradicional Chinesa são: os seis fatores


exógenos (que ocorre fora do corpo), os sete fatores emocionais, alimentação
desregrada (maus hábitos alimentares) e fadiga (esgotamento).

8.c) OS SEIS FATORES PATOGÊNICOS EXÓGENOS


O vento, o frio, o calor do verão, a umidade, a secura e o calor são as variações
normais do clima da natureza e geralmente não causam enfermidades, mas
quando o clima muda bruscamente, diminui a capacidade de resistência do
corpo, e neste caso, estes fatores climáticos convertem-se em fatores
patogênicos. Cada um dos seis fatores podem causar enfermidades, assim
como dois ou mais fatores associados.

8.d) OS SETE FATORES EMOCIONAIS


Um estado emocional súbito ou de duração prolongada pode prejudicar a saúde,
convertendo-se em fator patogênico endógeno. Os sete fatores emocionais
são: alegria, ira (raiva), melancolia, ansiedade (preocupação), tristeza, medo e
pavor (susto).
As emoções afetam as funções dos órgãos ou ao contrário, um problema no órgão
gerar a emoção.

8.e) Esgotamento (fadigas)

O esgotamento mental e físico é uma causa freqüente dos problemas de saúde.


O descanso é sempre necessário para reabastecer a reserva de Ki.
Alimentação, trabalho e repouso.
O excesso na alimentação e a fadiga podem abaixar a resistência do corpo,
causando danos ás funções dos órgãos e provocando as doenças.
A alimentação é a condição primordial para obter nutrientes, mas uma nutrição
inadequada pode se tornar um fator patogênico. A imprudência alimentar pode
ser avaliada sob três aspectos: irregularidades na falta e no excesso,
contaminação de alimentos e preferência a determinados mantimentos.
Para se obter todos os nutrientes, deve-se ingerir todos os tipos de alimentos e a
preferência por um determinado alimento pode causar a falta de alguns
nutrientes.
O trabalho normal contribui para promover a circulação de energia e Sangue,
fortalecendo a saúde. Mas a fadiga e o repouso demasiado podem converter-
se em fatores patogênicos.
A fadiga por excesso de trabalho consome muita energia. O repouso excessivo
causa problemas na circulação.

8.f) Cãibras na visão oriental

De acordo coma visão oriental, conclui-se que:

Fator patogênico exógeno responsável pela cãibra é o excesso de frio. O frio faz
com que o Ki fique estagnado e provoca a contração dos músculos e causa
cãibras. Outro fator que contribui pra estagnação do Ki é o excesso de trabalho
físico, que exige um esforço do Baço, que controla os músculos. O uso
repetitivo de determinados músculos pode fazer com que o ki ou o Sangue
fique estagnado em determinadas áreas.
O órgão relacionado ao frio é o Rim. O fator emocional pertinente aos Rins é o
medo. O medo esgota o Yin dos Rins, provocando calor no coração, trazendo
desta forma, ansiedade e insegurança.
Emoções relacionadas ás cãibras: medo, ansiedade e insegurança.

9)Massagem Tailandesa

9.a) O que é a massagem tailandesa?

Também conhecida por Massagem Thai ou Massagem Tailandesa, a massagem


tradicional da Tailândia, onde é praticada
há cerca de 2.500 anos esta massagem é também conhecida como Nuad Boram
(massagem antiga e que cura), por utilizar
certos alongamentos que são bastante semelhantes a posturas de Yoga. Acredita-
se que a mesma tenha sido criada por Jivaka
Kumar Bhaccha, médico de Buda, na India.
A massagem tailandesa trabalha diretamente com a liberação de energia
acumulada nos canais de energia imaginários que
percorrem todo o nosso corpo.
.Durante séculos, massagem tailandesa foi realizada por monges como um
componente da medicina tailandesa.

A massagem tailandesa é baseada no principio da ativação dos meridianos, ou


seja, canais de energia que circulam nosso corpo.

Terapeuticamente estimulam-se os 12 principais meridianos que são eles:

Meridiano Nome Chinês Sigla Polaridade Total de Pontos


Pulmão Fei (肺經) P Yin 11
Da Chang (大腸
Intestino Gosso IG Yang 20
經)
Estômago Wei (胃經) E Yang 45
Baço/Pâncreas Pi (脾經) BP Yin 21
Coração Xin (心經) C Yin 9
Intestino Xiao Chang (小腸
ID Yang 19
Delgado 經)
Pang Guan (膀胱
Bexiga B Yang 67
經)
Rins Shen (腎經) R Yin 27
Pericárdio Xin Bao (心包經) PC Yin 9
Triplo
San Jiao (三焦經) TA Yang 23
Aquecedor
Visícula-biliar Dan (膽經) VB Yang 44
Figado Gan (肝經) F Yin 14
O corpo físíco é o principal veículo através do qual se trabalha para
restabelecer o fluxo de energia e cura dos demais corpos.

A massagem tailandesa é uma massagem que trabalha o corpo todo,


feita no chão, que abrange movimentos ritmicos, pressão polegar

em pontos específicos do corpo ao longo dos meridianos energéticos ,


com estiramentos suaves e utilização consciente da respiração.

Para que a técnica possa ser desenvolvida com sucesso é necessário a


total sintonia entre paciente e terapeuta, pois há um grande
envolvimento

e troca de energia entre ambos, a técnica se dá como uma dança


tranquila e lentamente, proporcionando ao paciente o desbloqueio de
todos os canais de

energia. O terapeuta da Massagem Thai - Yoga utiliza as suas mãos,


pés, braços e pernas para guiar o paciente em várias posições de yoga
e trabalhar as

linhas de energia que circulam o nosso organismo.

É, contudo, pelo uso das manipulações que este tipo de massagem


adquiriu maior fama. É uma técnica bastante vigorosa, mas que acaba
por se

tornar agradável e os resultados podem ser excelentes. O tempo todo


da massagem tem sentido de fluidez, de cadência, de integração e
companheirismo.

9.b) Principais movimentos

Como esta técnica no necessita a utilização de óleo ou creme, tanto


paciente como terapeuta, devem estar devidamente vestidos, com
roupas que

permitam uma aplitude maior de movimentos. A massagem deve ser


realizada sobre um colchonete, previamente esterelizado, o paciente de

estar confortável, e acomodado. O terapeuta dev estar vestido com


roupas limpas, brancas, e de meia.

9.b.1)Membros inferiores
A)Com o paciente em decúbito dorsal, coloque-se ao lado do paciente
ajoelhado. Coloque sua mão direita sobre o abdome do paciente,sinta

a respiração dele e sincronize a sua respiração no mesmo rítimo.

B) Após isso coloque a frente do paciente ajoelhe-se, e coloque suas


duas mãos sobre os dois pés do paciente, precione-os por toda sua

extensão, segure atrás do calcanhar sobre o tendão de aquiles e o


tracione, puxando levemente contra você, por aproximadamente 10
segundos.

Alongue todos os dedos, com rolamentos sobre os mesmos.

C) Logo após caminhe com suas mãos do tornozelo até a virília e


retorne aos pés. Repita o movimento 3 vezes.

D) Após isso, dobre um das pernas formando o número 4, apoie-se


sobre o joelho dobrado e a perna esticada balançando o corpo

do paciente num rítimo compassado, repita o processo na outra perna.

E) Coloque-se em pé ainda na frente do paciente, segure atrás do


cancanhar sobre o tendão de Aquiles, eleve as pernas

do paciente até a altura do seu quadril, junte os pés do pacinte e incline


suas pernas para frente e para tráz.

F) Segure com suas mãos os pés do paciente os encaixe na sua cintura,


flexione os joelhos e mantenha os pés do paciente

por aproximadamente 20 segundos nessa posição.

G) Cruze suas mãos e as encaixe nos calcanhares do paciente, realize


movimentos de balanço de um lado para o outro, depois incline para

frente com movimentos de balanço mais rapidamente até onde o


paciente suportar.

H) Com uma das mãos, segure uma das pernas e a dobre na altura do
joelho, formando um 4 novamente, coloque-se em pé na altura do
abdomem

do paciente segure a perna esticada e a incline para frente por 10


segundos, repita o processo na outra perna.

I) Abaixe as pernas do pacinte até o chão lentamente.

9.b.2) Abdomem
A) No abdomem relize movimentos horários sobre os pontos do
intestino se o paciente relatar, problemas como prisão de ventre.

Faça os movimentos de rotação utilizando a ponta dos seus dedos


unidas, do lado direito para o esquerdo sobre o abdomem.

Se o paciente relatar diarréia, por exemplo, realize os movimentos da


mesma maneira, porém no sentido anti-horário.

B) Sobre o osso esterno realize uma pequena pressão com a palma da


mão.

C) Nas laterais, próximo a articulação do ombro, com o polegar realize


uma pequena pressão, sobre este ponto que é denominado

o ponto das emoções, essa ação pode gerar dor e desconforto ao


paciente, após a pressão massageie o local suavemente.

9.b.3) Braços

A) Coloque-se ao lado do paciente e realize um deslizamento sobre a


parte externa do braço.

B) Segure firmemente após a articulação do joelho e o tracione.

C) Segure firmemente após a articulação do punho, no antebraço, e o


tracione.

D) Ainda com o braço tracionado realize abertura de 40 e 90 graus de


angulação.

E) Retorne o braço a posição inicial e realize um deslizamento


novamente.

F) Repita no outro membro.

9.b.4) Cabeça

A) Coloque-se de joelhos atrás do paciente.

B) Entrela-se seus dedos e os encaixe sobre a nuca do paciente.

C) Tracione lentamente para trás,depois para os lados, porém estes


movimentos devem ser evitados caso

o paciente relate distúrbios como labirintite, vertigem e outros.

D) Friccione o couro cabeludo e segure os cabelos do paciente e


pucheo-os delicadamente.
E) Agora com as pontas dos dedos massageie todo o couro cabeludo.

9.b.5) Região dorsal e lombar

A) Solicite ao paciente que fique em decúbito ventral.

B) Coloque-se atrás do paciente, empurre os ombros para frente


aleatóriamente.

C) Deslize suas mãos sobre toda a região das costas.

D) Coloque-se ao lado do paciente, precione com a palma das mãos,a


região lateral da costas, de fora para dentro.

E) Realize movimentos de percursão com as duas mãos, sobre o


trapézio e tronco, tomando cuidado com a região dos rins.

F) Realize deslizamento novamente.

G) Dobre um dos braços sobre a região lombar do paciente, e manipule


a região de clávicula e escápula, com movimentos

circulares, e com o polegar precione sob a área elevada da escápula.

H) Segure firmemente a ponta da escápula e a tracione.

I) Massageie a parte posterior do braço com os pologares, depois com


deslizamento.

J) Repita o processo do outro lado.

9.b.6) Quadril

A) Coloque-se em pé sobre os lados do paciente, apóie suas mãos


sobre a região lombar do paciente e realize um balanço, de um lado
para

o outro. Esta região é geralmente dolorida, deve-se tomar cuidado com


a pressão empregada no movimento.

B) Afaste as pernas do paciente, ajoelhe-se entre elas, e realize


movimentos de balanço do tornezelo até o glúteo, por 3 vezes.

C) Flexione um dos joelhos do paciente, coloque sua mão na parte


posterior do joelho, incluine o tornozelo até sentir o limite do paciente.

D) Repita o processo no outro membro.

E) Ajoelhe-se sobre a parte posterior da coxa do paciente e realize


movimentos circulares, movendo o seu quadril.

9.b.7) Alongamentos

A) Solicite ao paciente que fique sentado.

B)Coloque-se atrás dele, solicite que o mesmo entrelace suas mãos


sobre a nuca ,entrelace seus braços com os do paciente, realize
movimentos giratórios,

horário e antihorário.

C) Sente-se atrás do paciente, segure os braços do paciente para trás,


coloque seus pés sobre ao lado da coluna vertebral, e "caminhe"

por toda a região, repita o processo por aproximadamente 3 vezes.

9.c) Principais benefícios

- Eficaz contra cãibras e contra insônia,fortalece o sistema imunológico,


reduz as tensões emocionais e musculares, regula as funções doorganismo,
alívia as dores lombares, artrites e enxaquecas, reduz prolemas digestivos e
menopausas, reduz sintomas de stress, estimula a circulaçãosanguínea e
linfática, aumenta a mobilidade e flexibilidade das articulações, e gera uma
sensação global de relaxamento.

9.d) Precauções

A Massagem Thai, não é recomendada a pacientes que apresentem


doenças infecciosas de pele, erupção cutânea, ou feridas abertas e a pacientes
que apresentem casos de ernia de disco, osteoporose, e casos agudos de
inflamação como tendinites e bursites, pré- cirurgia e mulheres gravidas.

Se alimentar pelo memos 2 hora antes da massagem.

10) MASSAGEM DESPORTIVA

Os atletas são especialmente propensos a distensões musculares e lesões.


Massagem desportiva é um termo que designa massagem para atletas. O fator
que diferencia a massagem desportiva das outras é que o massoterapeuta
deve conhecer os músculos e movimentos que os atletas usam com maior
freqüência em determinado esporte.

No caso da dança moderna, os músculos mais utilizados são os dos membros


inferiores, embora, ela valorize todo o corpo como forma de expressão: rosto
(interpretação), braços, tronco, cabeça...

Exemplos de músculos mais utilizados na dança moderna: quadríceps (formado


pelos músculos reto, vasto medial, intermédio e lateral), sartório, grácil,
adutores (longo, curto, magno), tibial posterior, gastrocnêmio, plantar, flexor
longo dos dedos e do hálux.

10.a) Músculos mais propensos a cãibras na dança moderna


Gastrocnêmio:
Origem: côndilos medial e lateral do fêmur.
Inserção: tuberosidade do calcâneo.
Ação (principal): flexão plantar do pé (plantiflexão).
Inervação: nervo tibial.
Área de dor referida: sobre os ventres do músculo, superfície medial do tornozelo
e arco longitudinal (superfície medial da planta do pé).
O gastrocnêmio é alongado somente quando o joelho está estendido, pois este
músculo atravessa as articulações do joelho e do tornozelo.

*Sóleo:
Origem: linha sólea da tíbia.
Inserção: tuberosidade do calcâneo.
Ação: flexão plantar (plantiflexão do pé).
Inervação: nervo tibial.
Área de dor referida: tendão do calcâneo até a superfície plantar do calcanhar.

*Plantar:
Origem: côndilo lateral do fêmur.
Inserção: fáscia da perna e tendão do calcâneo.
Ação: flexão plantar do pé (plantiflexão)
Inervação: nervo tibial.
Área de dor referida: parte posterior do joelho e superior da panturrilha.

*Tibial Posterior

Origem: face posterior da tíbia, face medial da fíbula e superfície posterior da


membrana interóssea.
Inserção: tuberosidade do navicular, face plantar dos cuneiformes e metatarsos
II, III e IV.
Ação: flexão plantar, inversão e adução do pé.
Inervação: nervo tibial.
Área de dor referida: tendão do calcâneo, panturrilha e superfície plantar do
calcâneo e do pé.

*Flexor longo dos dedos:


Origem: face posterior da tíbia.
Inserção: falanges distais do segundo ao quinto dedo.
Ação: flexão dos dedos.
Inervação: nervo tibial.
Área de dor referida: parte medial da panturrilha e superfície plantar central do
pé.

*Flexor longo do hálux:


Origem: face posterior da fíbula.
Inserção: falange distal do hálux.
Ação: flexão do hálux.
Inervação: nervo tibial.
Área de dor referida: parte anterior da planta do pé e no hálux.

Os atletas reconhecem a importância da massagem desportiva para a


flexibilidade, recuperação da fadiga muscular e das lesões e melhora no
desempenho.

9.b)Movimentos utilizados na massagem desportiva

- Amassamento: propicia uma maior circulação e relaxamento no músculo


massageado.
- Deslizamentos: devem ser feitos no sentido das fibras musculares.
Os deslizamentos provocam aumento na circulação.
- Vibrações: soltam a musculatura. Sua principal indicação é em casos de
pequenas contraturas musculares. A vibração deve ser acompanhada de
deslizamento e amassamento.

Os benefícios oferecidos aos atletas são:

A)Redução das dores musculares;


B) Alívio das cãibras;
C)Aumento da amplitude de movimento;
D)Melhora da circulação sanguínea e linfática;

A massagem para atletas inclui: pré-competição, pós-competição, de


recuperação, de reabilitação e de manutenção preventiva.

Pré-competição: Têm como objetivo aumentar a circulação, evitar lesões e


reduzir a ansiedade.
Dispensa o uso de lubrificantes. Os movimentos usados com maior freqüência
nesta massagem incluem amassamento, fricção superficial, percussão,
vibração, alongamento e movimentos articulares para aumentar a
flexibilidade.
Os movimentos articulares servem para estimular a produção do líquido sinovial,
que lubrifica as articulações.

Pós-competição: pode ser realizada até 6 horas depois do término da atividade.

O objetivo da massagem pós-competição é estimular a circulação, restabelecer


a flexibilidade e, quando necessário, aliviar cãibras.
Logo após o desempenho, a musculatura do atleta atinge níveis elevados de
débito de oxigênio. Um dos maiores benefícios da massagem é aumentar a
circulação, que distribui oxigênio aos tecidos e reduz a formação do ácido
lático, que é responsável pelas cãibras.

Na massagem pós-competição:
A)Uso de lubrificantes;
B)Toques superficiais.

A massagem Pós-competição proporciona relaxamento e alívio para a exaustão.


Deslizamento é o movimento básico da massagem realizada depois da
competição. Alongamento suave e movimentos articulares podem ser
aplicados para aliviar a tensão muscular e estimular a circulação.

Massagem restauradora: também chamada de massagem pós-recuperação.


Realizada entre 6h e 72h após o desempenho atlético.

Objetivo: estimular a circulação e reparar o comprimento de repouso do músculo.


Os músculos mais utilizados são contraídos com muita freqüência e muita
força. Por isso, o comprimento de repouso desses músculos diminui.

Recuperação e reabilitação:

Durante a atividade física e logo após o término do exercício, os músculos


podem apresentar alto nível de esgotamento e de débito de oxigênio. Em geral,
o oxigênio é reposto em questão de minutos após a interrupção do esforço. A
formação do ácido lático e o encurtamento muscular podem causar dor e
desconforto, que tendem a piorar durante 2 ou 3 dias para depois melhorar.
A massagem é contra-indicada em áreas de inflamação localizada.

Os músculos dos atletas são freqüentemente submetidos a excesso de uso e


estresse, que trazem conseqüências como dor, rigidez, limitações da amplitude
de movimento, fadiga muscular e dores generalizadas no corpo.

A massagem é muito importante nos esportes, pois traz maior flexibilidade.


Efeitos da massagem: remove células mortas (renovação celular), melhora a
circulação, diminui espasmos musculares, diminui o estresse, a ansiedade e a
tensão, promove o relaxamento da musculatura e a diminuição da fadiga
muscular.

Tratamento RGCE

O RGCE (repouso, gelo, compressão e elevação) é um tratamento que torna o


processo de cura mais rápido.

O repouso evita que a lesão aumente, o gelo causa vaso constrição, reduz o
fluxo sangüíneo, impede o agravamento da inflamação e gera efeito analgésico
(alivia a dor), a compressão evita o acúmulo de linfa, reduzindo assim, o
edema (inchaço), e a elevação da área lesada estimula o retorno da linfa ao
coração, reduzindo a inflamação.

Pg. 53 livro “LESÕES NOS ESPORTES: DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E


TRATAMENTO”

10.c) Diminuir espasmo muscular

Espasmo muscular: definido como qualquer movimento ou contração muscular


involuntária.

Uma das hipóteses diz que há diminuição do espasmo muscular pela crioterapia
diz que há diminuição da transmissão nervosa pelas vias aferentes (o frio
diminui a velocidade da condução nos nervos motores sensitivos, causando
uma diminuição da atividade motora).

Massagem com gelo: a massagem é feita com um cubo de gelo. É importante


que sejam adotadas medidas de prevenção para a mão do terapeuta, que
poderá fazer uso de toalhas para envolver o gelo.

11)Conclusão

Com base nos estudos realizados concluímos que as cãibras são geradas nos
dançarinos e em qualquer indíviduo por vários fatores que podem ser evitados,
por exemplo, mantendo o organismo sempre em atividade, porém com
alongamentos e aquecimento adequado, controle da hidratação do organismo,
cautela com o ambiente em que se pratica qualquer tipo de espaço. Em
relação ao tratamento o mesmo é de fácil acesso pois as técnicas de
massagens podem ser administrada pelo treinador, ou pelo profissional
responsável por está função, sendo técnicas de fácil entendimento e
realização.
Cabe a nós massoterapeutas, divulgarmos nosso trabalho para que possamos
não só ajudar esses profissionais da dança, como também outras pessoas que
sofrem do mesmo mal.As cãibras ocorrem em qualquer indíviduo, e qualquer
momento, visto que se trata de uma ação involuntária do organismo, dando
sinais de que algo está errado, a orientação de como a mesma ocorre leva o
paciente a ter uma maior consciência que precisa preservar o seu corpo para
que o mesmo não pare de repente por causa das cãibras, levando em
consideração de que há outros esportes como por exemplo a natação que se a
cãibra ocorrer em alto mar pode gerar risco de vida ao indíviduo, a orientação
de como proceder em caso de cãibras pode salvar a vida o mesmo.
Por este motivo, a orientação e incentivo para que os nossos pacientes pratiquem
exercícios físicos com cautela e alongamentos tanto antes das atividades como
depois.

12) Referências

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA TRABALHO TCC

“Pequena viagem pelo mundo da dança”

Lenira Rangel

SP, 2006 Editora Moderna

“Nota-anna: a escrita eletrônica dos movimentos do corpo baseada no método


Laban”.

Analívia Cordeiro

SP, 1998, Editora Blume


“Massoterapia”

Mary Beth Braun / Stephanie Simonson

SP, 2007, Editora Manole.

“Massoterapia Clínica: Integrando anatomia e tratamento”

2 Edição

James H. Clay / David M. Pounds

SP, 2008 Editora Manole.

“Tratado de medicina chinesa”


Autor: Tian Chonghuo
Editora Roca

SP, 1993
691 páginas

Nutrição no exercício e no esporte”

2 Edição, editora Roca 2002, SP, 645 páginas.

Autores: Ira Wolinski


James F. Hickson Jr.

“Nutrição esportiva”
Ronald J. Maughan
Louise M. Burke
Editora Artmed, 2004, SP, 190 páginas.

“LESÕES NOS ESPORTES: DIAGNÓSTICO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO”

Moisés Cohen e René Jorge Abdalla


Ano 2002, SP.
Editora: Revinter.
937 páginas.

“Biologia do esporte”
Autor: Jürgen Weineck
Editora Manole.
Ano 2000, SP, 599 páginas.

********************************************************************************************
**************
“Cultura Corporal da Dança”
Roseli Aparecida Bregolato.
Editora: Ícone Ano: 2000, SP, 181 páginas.

“Segredos em medicina desportiva”


Autor: Morris B. Mellion
Editora: artes médicas
São Paulo, 1.997.

Massagem Tailandesa
Site: www.google.com
www.adout.com

You might also like