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Experiências de Campo: Fotografando e Filmando Índios em Alagoas

Sílvia A. C. Martins/UFAL (silvia.martins@pq.cnpq.br)

Nesse trabalho, descrevo dados sobre experiências de registro visual


em duas pesquisas desenvolvidas entre índios em Alagoas. São
informações baseadas no projeto de pesquisa realizado entre os
xamãs indígenas em Alagoas durante os anos de 2004 e 2005 e
outro, sobre situação territorial dos grupos indígenas, desenvolvido
durante os anos de 2005 a 2007. Pretendo, portanto, destacar dados
etnográficos coletados nessas pesquisas, principalmente focalizando
experiências do registro de dados imagísticos fotográficos e fílmicos.

Framing people, objects, and events with a camera is always ‟about‟


something... It domesticates and organizes vision (MACDOUGALL
2006:3)

O laboratório e grupo de pesquisa Antropologia Visual em Alagoas – AVAL,


(http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0331703KNW4DPZ) é
vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia do Instituto de Ciências
Sociais. Criado em 2004, o AVAL conta hoje com 31 pesquisadores que pertencem a
diversas instituições nacionais.1 Acervos vêm sendo formados a partir de pesquisas
etnológicas desenvolvidas. O objetivo de desse grupo de pesquisa continua sendo
voltado para montagem de uma diversidade de banco de dados imagísticos,
particularmente visando organizar banco de dados etnográficos, documentais,
bibliográficos, etc. sobre índios em Alagoas, bem como acervos montados a partir de
pesquisas etnográficas desenvolvidas por cientistas sociais que se vinculem ao AVAL.
Sobre isso, já temos acervo sobre rituais de cultos afro-brasileiros que reuniu dados de
investigação coordenada pela antropóloga Rachel Rocha, inclusive já produzindo um
filme (Eruyá, dirigido por Thiago Bianchetti e Juliana Barretto, 18‟, 2008) utilizando
esse acervo. Atualmente, registro fílmico e fotográfico sobre usos ritualísticos de
ayahuasca em Alagoas vêm sendo arquivados, ampliando, dessa forma, dados

1
Em 2005 aconteceu o I Festival Alagoano de Fotografia e Filme Etnográficos. O I e o II Encontro de
Antropologia Visual em Alagoas foram realizados respectivamente em 2005 e 2007 em Maceió, contando
com a participação de inúmeros antropólogos que trabalham no campo da Antropologia Visual brasileira.
imagísticos dentro da linha de pesquisa Rituais e Performance do AVAL, focalizando o
fenômeno contemporâneo de neoxamanismo2.
Mas, foi através da pesquisa Especialistas Indígenas em Alagoas: Registros
Fílmicos, que contou com financiamento da Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado
de Alagoas/FAPEAL entre 2004 e 2005, quando pesquisas de campo desenvolvidas
entre os grupos indígenas em Alagoas deram início à instalação e montagem do
laboratório AVAL. Essa pesquisa contou com apoio do programa PIBIC-UFAL através
de bolsa de iniciação científica para Juliana Barretto, bem como bolsa FAPEAL de
iniciação científica para Ana Laura Loureiro Ferreira. A foto abaixo ilustra um
momento durante entrevista que realizava com Sr. Cícero França, cacique entre os
Xucuru-Kariri da aldeia Cafurna de Baixo, quando Juliana Barretto filmava utilizando
câmera Mini-DV, e Ana Laura Loureiro Feereira, fazia esse registro com câmera
fotográfica digital.

Foto 1: Entrevistando Sr. Cícero França, Xucuru-Kariri Cafurna de Baixo, Palmeira dos
Índios, 2005 (autoria: Ana Laura Loureiro Ferreira,).

Essa pesquisa, desenvolvida entre os xamãs, foi muito rica por termos mapeado
xamãs (rezador, rezadeira, curandeiro, curandeira, pajé) que são aqueles que nas áreas
indígenas trabalham com a saúde, utilizando conhecimentos tradicionais. Nessa
pesquisa, constatamos que xamanismo praticado nesses grupos indígenas é um

2
São as seguintes linhas de pesquisa que hoje compõem o AVAL: -Antropologia Visual, -Antropologia
do Corpo e da Medicina, -Etnologia Indígena, -Grafismos Rupestres e -Rituais e Performance.
instrumento de comunicação entre indivíduos e seres espirituais que envolvem
conhecimento religioso e médico, ao mesmo tempo em que é uma matriz de relações
interétnicas estabelecidas entre esses grupos, bem como entre índios e não-índios.

Incluído ao acervo do AVAL encontra-se também toda a pesquisa que realizei


entre os Kariri-Xocó durante o doutorado em Antropologia através da University of
Manitoba, Canadá. A pesquisa de campo foi realizada durante nove meses em 2001,
quando focalizei a diferença entre xamãs masculinos e femininos, bem como investiguei
sobre incorporalidade feminina (female embodiment), mais particularmente, reprodução
e gênero entre os Kariri-Xocó.
Abaixo, organizei séries de digitais stills (fotos digitais obtidas através do
congelamento de imagens fílmicas em Mini-DV), retiradas desse acervo de pesquisa
realizada entre os Kariri-Xocó:

Foto 2: D. Marieta no Ouricuri (onde faleceu em 2002).


Foto 3: Tibiriçá, curandeiro Kariri-Xocó explicando sobre xamanismo.

Foto 4: Baiôca, olhando para foto de sua mãe. Ela é a “Mãe” dos Kariri-Xocó.

Foto 5: D. Chiquinha mostrando seu quintal com ervas medicinais.


Nessa série, Kenedy está fazendo um remédio utilizando entrecasca de árvore.

Foto 6a: Kenedy fazendo remédio Foto 6b

Foto 6c Foto 6d
Nessa série, D. Maria Velha esta realizando um ritual de Reza para Arcas Abertas em Sr. Adalberto
(fotos 7a, 7b, 7c e 7c: D. Ma. Velha Rezando para “Arcas Abertas”):
A pesquisa Atlas das Terras Indígenas em Alagoas foi realizada entre os anos de
2005 e 2007, contando com financiamento do CNPq, bolsistas PIBIC e em torno de 10
estudantes de graduação. Os seguintes profissionais trabalharam nessa pesquisa,
realizando pesquisas de campo e reunindo dados etnográficos imagísticos: a equipe, sob
minha coordenação, foi composta por Siloé Amorim (Doutorando em
Antropologia/UFRGS), Christiano Marinho (Mestre em Antropologia), Aldemir Barros
da Silva Jr. (Mestre em História Social), Scott J. Allen, (Ph.D. Antropologia) Celso
Brandão (Especialista em Uso de Imagem em Ciências Sociais, Cineasta e
Fotógrafo/UFAL), e estudantes de graduação – Ciências Sociais, História, Comunicação
Social . Como consultores participaram João Pacheco de Oliveira, LACED/MN/UFRJ e
Marcondes Secundino, FUNDAJ.

Apresento abaixo, um pouco do material ilustrativo registrado nessa pesquisa.


Sobre os Aconã:

Foto 8: Posando para foto (autoria: Ana L. Loureiro)

Foto 9: Igrejinha na aldeia Aconã (autoria Ana L. Loureiro)


Foto 10: Conversando entre os meninos (autoria: Ana
L. Loureiro)

Foto 11: Casa na aldeia Aconã (autoria Christiano Marinho)


Imagens registradas entre os Katokkin:

Foto 12: Pajé Avelino cantando toré em sua residência, em agosto de 2005 (autoria: Celso
Brandão)
Foto 14: Toré coletivo durante a festa de aniversário a data de ressurgimento em novembro de
2005. ( autoria: Ana Laura Loureiro)

Foto 15: Cacica Nina em entrevista ao AVAL em março de 2006. (autoria Siloé Amorim)
Imagens entre os Geripancó:

Foto 16: Varal nos fundos de uma casa no núcleo Poço de Areia com coberturas de praiás.
(autoria: Aldemir Barros)

Foto 17: Brincadeira dos Praias na festa de fundação do terreiro no núcleo Figueiredo.
(autoria: Aldemir Barros)
Entre os Kalancó:

Foto 18: Pajé Kalancó Seu Antônio com sua esposa na fotografia exposta na parede de sua
residência ( autoria: Juliana Barretto)

Foto 19: Família Kalancó, Dona Joana, Seu Pedro e netos paramentados. (autoria: Siloé
Amorim).
Entre os Karapotó:

Foto 20: D. Marciana mostrando a vassourinha, erva usada na realização de curas para mau-
olhado, 2005 ( autoria: Ana Laura Loureiro)

Entre os Kariri-Xocó:

Foto 21: Pajé Júlio Suíra Kariri-Xocó (autoria Sílvia Martins)


Foto 22: Candará fumando meu cachimbo (autoria: Sílvia Martins)

Entre os Karuazu:

Foto 23: Casa dos Homens, local sagrado onde ficam guardados os praiás. ( autoria: Juliana
Barretto)
Foto 24: Pajé Karuazú Seu Antônio pintado para a Queima do Cansanção,momento da festa do
Imbu em que os índios dançam toré com ramos de cansanção nas costas em março de 2006. (
autoria: Juliana Barretto).

Entre os Koiupanká:

Foto 25: Altar da casa de Dona Iracema, índia Koiupanká, mãe do cacique. ( Autoria:
Siloé Amorim)
Foto 26: Altar localizado no topo do cruzeiro Koiupancá. ( autoria: Juliana Barretto)

Entre os Tingui-Botó|:

Foto 27: Seu Tibi, curandeiro da área Tingui-Botó. ( autoria: Christiano Barros)
Foto 28: Artesanato Tingui exposto no Museu da Aldeia (autoria Ana Laura Loureiro)

Entre os Wassu:

Foto 29: Gerações entre os Wassu (autoria Aldemir Barros)


Foto 30: A Pedra do Lajedo (autoria: Aldemir Barros)

Entre os Xucuru-Kariri:

Foto 31: Maracás Xucuru-Kariri (autoria: Celso Brandão)


Foto 32: Aldeias Xucuru-Kariri (autoria: Júlio Silva)

O acervo fotográfico do AVAL, formado através dessas duas pesquisas reúne um


total de 2.265 fotografias registradas com autorias diversas. O banco de dados fílmicos
consiste em aproximadamente 42 horas de gravações em fitas mini-DV e 3 horas em
fitas VHS, entre cenas sobre as terras indígenas, entrevistas e conversas informais.
Essas imagens foram registradas com o objetivo de identificarmos e selecionarmos
cenas para compor o filme sobre as terras indígenas em Alagoas, material este que
acompanharia a publicação Atlas das Terras Indígenas de Alagoas.3 Na medida em que
esse material foi sendo gravado e trabalhado, também eram elaboradas análises sobre o
contexto das terras indígena em Alagoas. O seguinte quadro foi elaborado sobre a
situação das terras indígenas em Alagoas. Incluímos também dados sobre os Xocó,
localizados em Sergipe. Trata-se de um único grupo em Sergipe e que mantem relação
com os Kariri-Xocó (em Porto Real do Colégio) e outros.

3
Essa publicação não foi concluída devido às dificuldades de mapeamento das áreas e atualizações
necessárias.
Quadro sobre as Etnias Indígenas em Alagoas e Sergipe de acordo com Índice Populacional,
Situação Jurídico-Administrativa das Terras Indígenas (em 2005):

Etnia Terra Indígena Localização- População Situação Jurídico-Administrativa


Município-Estado
Aconã - Aconã (281,18 ha) Traipú-AL 70 Dominial indígena, Faz. Bom Jardim
(281,18 ha) adquirida em 2003, após
cisão faccional entre os Tingüi-Botó
Geripancó - Geripancó (1110 ha) Pariconha-AL 223 famílias Dominial indígena: Ouricuri 15 ha
(ocupação por título de posse),
Figueiredo: 200 ha e Piancó: 4 ha
O total de 891 ha estão ocupados por
posseiros e quatro núcleos indígenas
estão localizados fora dos 1.110 ha

Kalancó Kalancó Pariconha-AL 305 A ser identificada, dominial


indígena?
Karapotó - Taboado (273 ha) São Sebastião-AL -122 famílias Dominal indígena: ambas áreas
- Terra Nova (1.810 -400 famílias foram adquiridas pela FUNAI:
ha) Total: Taboado em 2003 e Terra Nova em
811 índios 1988
Kariri-Xocó Kariri-Xocó (4.419 ha) Porto Real do Colégio e 1.763 Tradicional, Identificada em 4.419
São Brás-AL ha, processo se encontra com
Ministro da Justiça para sua
aprovação desde 2005.
Katokinn Katokinn Pariconha-AL 670 A ser identificada, tradiciona e
dominial indígena por ocupação
efetiva de parcela de terra
Karuazu Karuazu Pariconha-AL 408 A ser identificada, dominial
indígena?
Koiupanká Koiupanká Inhapí-AL 585 A ser identificada, dominial
indígena?
Tingüi-Botó Tingüi-Botó (331,75 Feira Grande-AL 308 Dominial Indígena, parcelas de terras
ha) Campo Grande-AL vem sendo adquiridas pela FUNAI:
Total hoje de 331,75 ha. adquiridos
das seguintes áreas: Faz. Boa Cica
(30 ha), Faz. Olho D‟Água do Meio
(31.5 ha) e Faz. Ypioca (59.6 ha) e
Ypioca 1 (210,65 ha)

Wassu Wassu-Cocal (2.758 ha) Joaquim Gomes-AL 2.251 Tradicional, Homologada em 1992
Xocó Ilha de São Pedro e Porto da Folha-SE 320 Tradicional, homologada em 1991
Caiçara (4.316,77 ha) (Decreto n. 401 de 24/12/91)
Xucuru-Kariri -Fazenda Canto: Palmeira dos Índios-AL 1.221 Tradicional, apesar do território ter
276,54 ha (pop.498) sido identificado em 15.135 ha, o
-Mata da Cafurna: Relatório de Identificação e
Total de 309,8 ha: Delimitação não foi conluído.
117,8 ha doados pela As diferentes terras que os Xucuru-
prefeitura municipal; 22 Kariri ocupam hoje são, na sua
ha adquiridos pela maioria, áreas de ocupação
FUNAI em 1987, 170 tradicional, mas adquiridas seja
ha ganho em disputa através da compra (Fazenda
jurídica em 1995. Canto/SPI, Boqueirão, Capela e Serra
-Cafurna de Baixo: do Amaro/FUNAI); doação (terra de
11,88 ha (pop. 193) 117,8 ha na Mata da Cafurna), ou
-Coité: 4,62 ha tratam-se de terras dominiais
(pop.197) indígena, quando há uma ocupação
-Serra do Amaro: efetiva de índios (Cafurna de Baixo,
-Boqueirão: 484 ha Coité, Serra do Amaro) em áreas de
(pop. 20) ocupação imemorial.
-Capela: 520 ha,(p. 30)
Atualmente, a pesquisa “Monitoramento sócio-ambiental das áreas indígenas no
estado de Alagoas,” coordenada pelo professor Evaldo Mendes da Silva/UFAL vem
sendo desenvolvida nas áreas indígenas em Alagoas, contando com a minha
participação e do professor Pedro Nascimento/UFAL, bem como envolvendo 10 alunos
de Ciências Sociais. Alem de focalizar questões sócio-ambientais, esse projeto de
extensão tem como objetivo fazer um levantamento histórico desses grupos, bem como
organizar e ampliar todo acervo existente sobre índios em Alagoas (documental,
bibliográfico, etc.).
Nesse projeto consta que:
A idéia é constituir e alimentar continuamente um banco de dados
quantitativo e qualitativo que incluirá a pesquisa em fontes histórico-
documentais, o registro visual, o levantamento de dados sobre a situação
das escolas, alunos e professores indígenas, as condições de acesso à
saúde, ao atendimento médico e hospitalar e as condições sanitárias e
ambientais (uso do solo e dos recursos naturais). A intenção é que esses
dados possam servir de subsídios para fundamentar a reivindicação da
população indígena por melhoria na sua qualidade de vida (SILVA
2009:4).

MacDougall (1998) observa que dentre os diversos usos da Antropologia Visual,


hoje se pode destacar a utilização enquanto técnica de pesquisa, campo de estudo
teórico, ferramenta de ensino, meio de publicação, bem como uma nova
abordagem do conhecimento antropológico. Esses usos não são necessariamente
aspectos divergentes dentro do processo de realização de investigações etnográficas.
Pesquisas desenvolvidas no AVAL, exemplificam vários desses usos da imagem no
campo da Antropologia Visual. Seja através do próprio recurso metodológico de
registro de dados etnográficos durante a realização de pesquisa de campo, como
também na produção acadêmica que envolve reflexões teóricas (FERREIRA,
BARRETTO e MARTINS, 2009; FERREIRA 2007; BARRETTO 2007a). Já temos
uma considerável produção em termos de exibições de material fotográfico e
videográfico do nosso acervo em participações de encontros científicos (por exemplo,
www.26rba.blogspot.com, www.26rbafilmes.blogspot.com , www.1leme.blogspot.com,
etc.) e a própria produção de filmes etnográficos vem sendo significativa (BARRETTO,
2006; BARRETTO, 2007b; BIANCHETTI e BARRETTO 2009; MARTINS 2009).
Vários autores chamam atenção para questões éticas relacionadas ao fazer-
imagem durante a pesquisa de campo, particularmente sobre a característica que as
imagens fotográficas e fílmicas são muito freqüentemente percebidas como „a verdade‟
e como „uma realidade objetiva‟ (BARBASH E TAYLOR 1997; DAVIES 1999). É
fundamental orientações teóricas de uso de registro de imagens que considerem a
pesquisa etnográfica como um "processo de criação e representação de conhecimento"
(PINK 2001:18). As produções que utilizam dados resultantes de pesquisas etnográficas
visuais contêm um potencial bastante significativo para „organizar‟ e „domesticar‟ a
visão dos que visualizam essas produções.
Seguindo MacDougall (1998:61), consideramos que:
Representação visual pode ser vista como oferecendo uma alternativa
apropriada para escrita etnográfica... para novas disposições de sujeitos
envolvendo o corpo, sentidos, emoções, na vida social.

As pesquisas desenvolvidas no AVAL vêm sendo realizadas a partir de


experiências compartilhadas entre os próprios pesquisadores e entre pesquisadores e
pesquisados. A produção do conhecimento antropológico vem se dando através de uma
nova forma de interação, abordagem e representação junto aos pesquisados, ao se
utilizar o registro imagístico.

Referências Bibliográficas e Videográficas:


BARBASH, I., e L. TAYLOR. Cross-Cultural Filmmaking. A Handbook for
Making Documentary and Ethnographic Films and Videos. Berkeley, Los Angeles,
London: University of California Press, 1997.

BARRETTO, Juliana N. Rebelo. “Também Sou Ponta-de-Rama” (Uma Abordagem


Identitária dos Ìndios no Sertão Alagoano). Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado no Bacharelado em Ciências Sociais, ICS, Universidade Federal de
Alagoas. 2007a

BARRETTO, Juliana N. R. (direção) “Ponta-de-Rama”. Vídeo, AVAL, 18‟, 2007b.

BIANCHETTI, T. A. e BARRETTO, J. N. R. (direção) Eruyá. Vídeo. AVAL, LACC,


18‟17‟‟.

DAVIES, C. A. Reflexive Ethnography. A Guide to Researching Selves and Others.


London e New York: Routledge.1999.

FERREIRA, Ana Laura Loureiro. “Índio Tem que Ter Ciência”: Imagens, Xamanismos
e Identidades Indígenas. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a no
Bacharelado em Ciências Sociais, ICS, Universidade e Federal de Alagoas. 2007.

FERREIRA, A. L. L., BARRETTO, J. N. R. e MARTINS, S. A. .C. Realizando


Etnografia Visual entre Grupos Indígenas em Alagoas. Revista Anthropologicas (no
prelo). 2009.
MACDOUGALLl, D. Film, Ethnography, and the Senses. The Corporeal Image.
Princeton, Oxford: Princeton University Press, 2006
________ , Transcultural Cinema. Princeton, Oxford: Princeton University Press.
1998

MARTINS, S. A. C. Relatório Técnico: Atlas das Terras Indígenas em Alagoas.


AVAL/ICS/UFAL/CNPq, 2007.

MARTINS, S. A. C.(direção) Kambô... a vacina do sapo. Vídeo, AVAL, 22‟, 2009.

PINK, S. Doing Visual Ethnography. Images, Media and Representation in


Research. London, Thousand Oaks, New Delhi: Sage Publications, 2001

SILVA, Evaldo Mendes da. Projeto de Extensão Monitoramento Sócio-Ambiental


das Áreas Indígenas em Alagoas, ICS/UFAL, 2009.

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