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TEOLOGIA SISTEMÁTICA - NOTURNO

PROF. GEOMÁRIO
QUESTÕES PARA PESQUISA

1. Em que sentido Deus é cogniscível e incogniscível?

É cogniscível no sentido de que podemos conhecê-lo, pois Deus se deu a conhecer


aos homens por meio de sua revelação quer seja natural, por meio dos céus e da
terra, por meio das coisas criadas, quer seja pela consiciência humana, a lei moral
existente dentro de cada uma de suas criaturas, quer pela Bíblia, a fonte principal
de informação a respeito de Deus em Seu caráter e trabalho.

É incogniscível no sentido de que não podemos compreendê-lo em sua plenitude


haja vista a limitação do homem. Também é incogniscível no sentido de que o
homem pela sua própria natureza pecadora adâmica é incapaz por si só de
conhecê-lo. Somente a graça de Deus pode ajudá-lo a compreender as coisas
espirituais.

2. O quê é conhecimento adquirido?

É o conhecimento que tem a ver com o conhecimento a posteriori, isto é, o


conhecimento que vem após a observação da criação e dos eventos redentores
demonstrados nas Escrituras. Deriva-se da revelação geral e especial de Deus. É
resultado de pesquisa. Ultrapassa o conhecimento inato ou ingênito (a priori, o
semen religionis e o sensus divinitatis). O conhecimento inato é inerente à
constituição da alma humana, enquanto que o conhecimento adquirido é derivado
ou produto da observação, estudo ou reflexão. Só pode ser obtido pelo processo
exaustivo da percepção e reflexão, raciocínio e argumentação, depende do esforço
humano. Contudo, precisamos ultrapassar o mero conhecimento intelectual e
chegar ao conhecimento experimental.1

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3. É possível definir Deus? Por quê?

Não, não é possível. Deus não pode ser compreendido em sua plenitude pela
natureza humana, porque o homem é um ser finito, limitado, mas podemos
estudar e compreender os seus atributos.

4. O que queremos dizer ao atribuir personalidade a Deus?

Queremos com isso, torná-lo acessível a fim de melhor o compreendermos. Deus é


pessoa. Possui personalidade e existência própria, inteligente, independente de
nós humanos.

Quando dizemos que Deus é pessoa isso significa que com ele podemos nos
relacionar. Podemos orar a ele, adorá-lo, louvá-lo e ele pde falar conosco, alegrar-
se conosco e nos amar.

5. O quê é infinitude divina?

A infinitude divina é um atributo incomunicável de Deus, é exclusivo. Somente


Deus é infinito. Deus não tem início nem fim.

Isso no que concerne ao espaço e ao tempo. Para nós existe o passado, o


presente e o futuro, mas para Deus, não. Tudo é como se fosse um eterno
presente.
6. O quê a Escritura quer dizer quando fala do nome de Deus no singular?

Signigifica que Deus é autoexistente, autosuficiente e que se basta a si mesmo.


Deus não precisa dos homens, nem das coisas criadas, nem de coisa alguma, pois

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ele se supre a si mesmo. Por isso que seu nome no singular, Jeová, significa “eu
sou o que sou”. Somente Deus é, ninguém mais. Por isso que no hebraico o verbo
ser/estar pertence exclusivamente a Deus. Quando os judeus querem dizer algo
como nós dizemos “eu estou em casa” ou “eu sou inteligente” ele diz: “eu casa”,
“eu inteligente”.

7. Qual a diferença em termos gerais entre os nomes: El; Eloim; Adonai;


Elyon; de um lado, e Shaddai, El Shaddai e Jeová, de outro?

EL
O nome mais simples pelo qual Deus é designado no Antigo Testamento é o nome
El, possivelmente derivado de ul, quer no sentido de ser primeiro, ser senhor,
quer no de ser forte e poderoso.

ELOHIM
O nome Elohim deriva provavelmente da mesma raiz ou de alahh, estar ferido
pelo temor; portanto, mostra Deus como o Ser forte e poderoso, ou como objeto
de temor. O nome serve para indicar plenitude de poder.

ELYON
O nome Elyon é derivado de alah designa Deus como alto e exaltado Ser, (Gn
14.19,20; Nm 24.16; Is 14.14). Encontra-se especialmente na poesia.

Observação: Contudo, esses nomes não são nomes próprios, no sentido estrito da
palavra, pois também são empregados com referência a ídolos, (SI 95.3; 96.5); a
homens, (Gn 33.10; Êx 7.1); e a governantes, (Jz 5,8; Êx 21.6; 22.8-10; Sl 82.1).

ADONAI

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Este nome relaciona-se com os anteriores, quanto ao seu significado. É derivado


de dun (din) ou de adan, ambos os quais significam julgar, governar e, assim,
revelam Deus como Governante todo Poderoso, a quem tudo está sujeito e com
quem o homem se relaciona como servo. Nos primeiros tempos, era o nome com
o qual Israel normalmente se dirigia a Deus. Com o tempo foi suplantado pelo
nome Jeová (Yahweh). Todos os nomes mencionados até aqui descrevem Deus
como o Altíssimo, o Deus transcendente. Os nomes que ainda vamos ver mostram
que este Ser exaltado resolveu estabelecer uma relação mais próxima com as
Suas criaturas.

SHADDAI e EL-SHADDAI
O nome Shaddai é derivado de shadad, ser poderoso, e indica que Deus possui
todo o poder no céu e na terra. Segundo outros, porém, é derivado de shad,
senhor. Num ponto importante difere de Elohim, o Deus da criação e da natureza,
em que Shaddai considera a Deus como sujeitando todos os poderes da natureza e
fazendo-os subservientes à obra da graça divina. Embora dê ênfase à
grandiosidade de Deus, não apresenta como objeto de temor e terror, mas como
fonte de bem-aventurança e consolação. É o nome com o qual Deus apareceu a
Abraão, o pai dos que crêem, (Êx 6.2).

YAHWEH
É especialmente no nome Yahweh, que gradativamente superou os nomes
anteriores, que Deus se revela o Deus da graça. Sempre foi tido como o mais
sagrado e o mais distintivo nome de Deus, o nome incomunicável. Os judeus
temiam supersticiosamente usá-lo, visto que liam (Lv 24.16) como segue: "Aquele
que blasfemar o nome de Yahweh será executado". Daí, ao lerem as Escrituras,
substituíram-no por Adonai ou por Elohim. O seu sentido é explicado em (Êx.
3.14), onde se traduz “Eu sou o que sou” ou “Eu serei o que serei”. Assim

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interpretado, o nome indica a imutabilidade de Deus. O nome contém a segurança


de que Deus será para o povo dos dias de Moisés o que foi para os seus pais –
Abraão, Isaque e Jacó. Salienta a fidelidade pactual de Deus (Êx 15.3; Sl 83. 19;
Os 12.6; Is 42.8). Este nome não é empregado a mais ninguém, senão
unicamente com referência ao Deus de Israel.

8. Qual o significado do nome Kúrios (Senhor)?

KURIOS
O nome Yahweh é aplicado algumas vezes por variantes de tipo descritivo, como
"o Alfa e o Ômega", "que é, que era, e que há de vir", "o princípio e o fim", "o
primeiro e o último", (Ap 1.4,8,17; 2.8; 21.6; 22.13). Todavia, quanto ao mais, o
Novo Testamento segue a Septuaginta, que substitui por Adonai, e o traduz por
Kurios, derivado de kuros, poder. Esse nome não tem exatamente a mesma
conotação de Yahweh, mas designa a Deus como o Poderoso, Senhor, o Possuidor,
o Governador que tem poder e autoridade legal. É empregado não somente com
referência a Deus, mas também a Cristo.

9. Em que sentidos diferentes é usado o nome do Pai no Novo


Testamento?

Nos seguintes sentidos: para expressar a relação Pai e Filho dentro da Trindade;
para expressar a relação entre Deus e os seus filhos por adoção (os crentes em
Jesus Cristo, nascidos de Deus, conforme Jo 1:12 e 13) e para expressar a relação
entre o Pai, por criação, e as suas criaturas.

Muitas vezes se diz que o Novo Testamento introduziu um novo nome de Deus, a
saber, Pater (Pai). Mas isso, a rigor, não é certo. O nome Pai é empregado com

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alusão a Deus mesmo em religiões pagãs. É utilizado repetidamente no Antigo


Testamento para designar a relação de Deus com Israel, (Dt 32.6; SI 103,13; Is
63.16; 64.8; Ml 1.6; 2.10), enquanto que Israel é chamado filho de Deus, (Êx
4.22; Dt 14.1; 32.19; Is 1.2; Jr 31.20; Os 1.10; 11.1). Nestes casos o nome
expressa a relação teocrática especial que Deus mantém com Israel. No sentido
geral de originador ou criador é empregado nas seguintes passagens do Novo
Testamento: (ICo 8.6; Ef 3.15; Hb 12.9; Tg 1.18). Em todos os outros lugares ele
serve para expressar a relação especial da primeira Pessoa da Trindade com
Cristo, com o Filho de Deus.

10. Como se dividem os atributos de Deus?

Há diversas formas de classificação dos atributos de Deus, mas o que mais se


destaca pelo seu uso é a divisão dos atributos de Deus em comunicáveis e
incomunicáveis. Atributos incomunicáveis de Deus são aqueles que são exclusivos
da divindade que não podem ser compartilhadas com o homem devido à sua
natureza finita, limitada, por exemplo: a imutabilidade de Deus, a infinitude de
Deus; a onisciência de Deus, a independência de Deus. Os atributos comunicáveis
de Deus são aqueles que podem ser compartilhados conosco ou comunicados,
exemplo: o amor, o conhecimento, a misericórdia.

O presente trabalho de pesquisa relacionado ao Antigo Testamento sobre o


Profetismo em Israel visa apresentar de forma resumida o quê vem a ser o
movimento conhecido como profetismo, mas para isso se faz necessário alguns
esclarecimentos preliminares sobre o assunto.

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