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Reflexões Psicodélicas

Para que o leitor estabeleça sua conexão com a poesia será necessário
explorar a profundidade de cada palavra e severamente a sua aplicação.
Escancarar as portas da percepção descobrindo o cenário que guarda
pensamentos pré-selecionados, não tentar interpretar a obra mas sim,
absorver o mundo na visão do poeta.
Assim, alcançará conhecimentos inesperados de uma forma suave com
alto nível de entretenimento saudável.
As experiências então vivenciadas foram filtradas e mostradas de uma
forma um pouco menos dolorosa através da poesia.
Seria extremamente interessante que o leitor tivesse um mínimo de
interesse pela biografia do autor pois as metáforas são totalmente
relacionadas a acontecimentos reais.
Este livro foi escrito, motivado por impulsos involuntário durante um
longo período de uma adolescência fabricada pelo cotidiano do mundo
atual.
Tem como finalidade à exposição da situação em que nossos jovens se
encontram.
Portanto ele é dedicado a toda a juventude de todas as nações lembrando
que não estaremos sozinhos enquanto nos unirmos.
A arte pode ser uma saída viável...
Criemos um novo mundo!

Vitor Braga Franco

Vitor Braga Franco Página 2


Reflexões Psicodélicas

Dedico este livro para a minha musa, namorada e amiga Juliana Charret
de Barros que foi a minha maior fonte de inspiração nesse período. Só você
conseguiu despertar o que há de melhor dentro de mim e a necessidade de
aprimoramento a cada dia de minha vida.
Te amo mais que tudo!

Vitor Braga Franco Página 3


Reflexões Psicodélicas

Primeiramente agradeço a Deus por tudo. Por colocar-me neste


mundo, por fornecer-me este dom e por possibilitar a criação deste livro.
Obrigado Senhor!
A minha mãe por sofrer junto comigo e pelo seu amor que me
manteve vivo neste período tão abalado de minha vida.
Não precisa mais chorar mãe...
Agradeço também ao meu pai Ivair Siqueira Franco, a minha
madrasta Norma Moreira Salgado Franco por acreditarem no meu
potencial e por contribuírem de todas as formas possíveis para que esse
livro fosse editado.
Muito obrigado pais.
Ao professor Édio Amorim Coelho, primeiro por me orientar e por
me elucidar neste novo mundo literário e também pelas correções
gramaticais de cada poesia.
Obrigado pela sua paciência e boa vontade.
A todos os meus amigos e familiares que direta ou indiretamente
contribuíram para a construção da minha personalidade que caracteriza
minhas poesias.
Obrigado a todos.

Vitor Braga Franco Página 4


Reflexões Psicodélicas

Quando me sinto só, explodo em letras


A criança industrial agora vive em um mundo de silício
Fisicamente nada é real
Bem vindo à realidade virtual
Atraído pela razão o sentido se perde em vão
Na matemática vigorosa a solução
Da película poligonal, da alma e do coração
Imortalidade pura e fiel
Sem caminho ou distância entre o inferno e o céu
Tomar tempo do tempo até que seja inexistente
O patamar de uma paisagem criada pela mesma mente
Sabedoria é a chave para o poder
Já não há mais o que esconder
Talvez esse seja o começo de um novo fim
Que os anjos lancem sobre mim o que não for ruim
Pois aqui a sombra me persegue
E você não quer que eu negue
Mas eu só protegia você
Porque ouvir aquilo você não ia querer
E porque eles acharam que você deveria saber?
Será o acaso de uma ilusão de que só há privacidade no que é social ?
O pardal quer ser tridimensional,
mas o rato ocioso não passa de um animal
Uma prece para aqueles que sentem,
Piedade à crueldade, cultura ao que é ignorante
E liberdade ao que é viajante...

Vitor Braga Franco Página 5


Reflexões Psicodélicas

De onde vem essa vontade de escrever?


É muito estranho, quando paro p’ra pensar
Palavras fúteis parecem viver
E se encaixam no muro tentando se estruturar

P’ra que seguir um estilo quando temos liberdade?


Métrica surreal que realça os sentidos
Exibindo situações, opiniões, privacidade...

São tantas as inspirações que encantam o meu ser


Preenchem espaços vazios traídos pela razão
Objetos coloridos formatados para ter
A beleza deslumbrante disfarçada de ilusão

E os sentimentos que explodem em meu coração


Elevando-se a caminho da minha mente
Promovem o funeral de amargura em emoção
Da lágrima salgada p’ra uma feição sorridente

É tão bom viver com essa amiga


Uma muleta precisa nos momentos melancólicos
Ao mesmo tempo que avanço tendo a recuar
Defesa automática do punho aos leucócitos

Apresento-te ao meu mundo


Um espelho distorcido daquilo que tu não vês
Decifrar minha mente é um desafio profundo
Antítese urbana, natureza de um sonho que não se pode prever

Após o primeiro contato não terás como fugir


Veneno vicioso com benefícios de uma nova amplitude
Não solta minha mão sem pedir
Pois o choque é doloroso e o adeus é rude.

Vitor Braga Franco Página 6


Reflexões Psicodélicas

Acabamos de nos conhecer


E já explode a empatia
Testando os limites da vida
Bailando em nossa sinfonia

Somos espíritos habitando nesses corpos


Fornecidos pelo poder oculto
Que se revela no descuido momentâneo
Materializado na forma de um vulto

Viemos para nos divertir


E somos guerreados por várias neuroses
Destruindo pensamentos insanos
Que nos levariam a overdose

Mas nada que fizemos foi errado


Pelo menos para essa juventude
Tudo, tudo foi um filme em preto e branco
Baseado em nossa virtude

E agora flui a comunicação


Dos destinos que se encontraram no tempo
Viajando em uma nova sensação
Debaixo do céu cinzento

Tudo o que tenho pra lhe dizer


É prazer em conhecer você!

Vitor Braga Franco Página 7


Reflexões Psicodélicas

Lutando contra o meu próprio ser


Nos momentos em que os momentos me atacam
Sei que não tenho como vencer
Quando fluídos pessimistas se propagam

E a fraqueza interior corre sem destino fugindo da luz


Mesmo sabendo que através dela a dor imaginária se reduz

Como uma planta não regada procuro forças para suportar


Essa rotina assassina que não para de matar

Cada fracasso reafirma essa condição insuperável


Dopaminas e serotoninas num desgaste irreversível

Parece que tudo conspira para um desastre corriqueiro


Em uma sociedade preconceituosa logo caio em desespero

Pois não tenho controle sobre coisas animadas


Que se movem em direção de toda falha em retaguarda

Não sei mais o que fazer


Mas não quero protestar
Já que não consigo viver
Só me resta me matar...

Vitor Braga Franco Página 8


Reflexões Psicodélicas

Congelamento mental no momento de impacto profundo


As raízes de um pânico processado foi armazenado no inconsciente
Bala perdida de todos os lados querem fazer-me defunto
Todos os medos sintetizados numa paranóia insistente

Vem uma náusea cardíaca como um ladrão noturno


Quando a senhora catanofobia faz a visita cordial
Roubando o oxigênio antes presente no meu mundo
Para desfrutar de mais uma vertigem real

Se quatro paredes formam um mundo seguro


Só falta uma pessoa para assegurá-lo
Pois cada ataque pede menos um minuto
Desse invasor constante mais que desagradável

A evitação fóbica quer controlar seu fantoche desprevenido


Um agente endógeno focalizado na sua missão
De neutralizar a voluntariedade naquele ser adquirido
Em suas garras que apavoram a inerte decisão

Na realidade empírica uma dúvida constante


Desafia a inteligência de mais um mortal afetado
Pela praga celestial de castigo marcante
A cada segundo que é encarado o passado

Porque é que eu sinto tanto medo assim...?

Vitor Braga Franco Página 9


Reflexões Psicodélicas

Chuva ácida cai do brilho azul


Sendo armazenada no cálice dourado
Consumida por um órgão nu
Esconde a amargura no seu gosto salgado

A cada tempestade contornos de sensibilidade


Poças imundas de maldade gratuita
Trovões sonoros vibram com toda gravidade
Por territórios onde não haja escuta

O formato padrão é deformado pela dor


Enquanto o vento é espremido entre o gancho retraído
É despertado um terremoto no interior
Da embalagem amassada de conteúdo ferido

Milhões de possibilidades são analisadas e descartadas


Força destrutiva em objetos inocentes
Pensamentos inflamam quando emoções são tocadas
E a vontade é tanta que faz pressão dentro da gente

É como se algo sobrenatural entrasse em nossos corpos


Ficando cada vez mais difícil controlar os impulsos
Loucura oculta manifestando-se de pouco a pouco
Surpreendendo-nos com desejos malucos.

Resta-nos apenas esta carência de consolo


Qualquer esperança é bem-vinda sem compromisso
Para que um anjo possa sorrir de novo
Dando a toda essa lágrima o merecido sumiço.

Vitor Braga Franco Página 10


Reflexões Psicodélicas

Lágrimas escorrem para aliviar meu sofrimento.


Felizes são os que pensam e não sentem;
Com tanta coisa ruim acontecendo vocês ainda querem saber quanto foi
o jogo...
Isso é repugnante, vocês são frios demais.
Estão confundindo nossos sentidos de ação e reação.
Estou dependendo de uma informação virgem para que me torne
consciente.
Às vezes, me sinto como um rato de laboratório em uma experiência sem
um mínimo de valor.
Tenho nojo do que vejo e aprecio o que não sinto.
Critico o que não é direito, mas não lembro que também minto.
Sei que existe alguém no controle e que essa baderna tem que acabar.
Só não vou apelar para o instinto primitivo;
Não sirvo para matar!
Então tento desenvolver minha capacidade intelectual como elemento
chave.
A arma secreta na luta pela liberdade onde o campo de batalha pode ser
um papel ou apenas ondas sonoras.
Eu prefiro assim...
Ouvi dizer que não é necessário que saibamos exatamente o que uma
coisa é para que saibamos que ela pode ser perigosa.
Então apenas sigo meu instinto e tento me relacionar com o que é bom
liberando desejos profundos e insanos.
Mas não pense que a bondade vai bater a sua porta.
É preciso conquistá-la reprimindo a luxúria, a ganância e outras coisas
que atrasam o nosso desenvolvimento.
Fique atento ao que acontece, mas não se prenda ao momento!

Vitor Braga Franco Página 11


Reflexões Psicodélicas

Sou um adolescente frustrado, paranóico, esquizofrênico com tendências


suicidas.
Passo a maior parte do tempo projetando minha vida baseado em meus
sonhos.
Sempre acreditando no que dizer ser impossível para transformar em
realidade.
Realidade, boa palavra. O que é realidade?
Resumo-a em tudo o que penso, digo e sinto.
Será que minha vida é real ou apenas uma brincadeira de um deus
entediado?
Sentimos constantemente essa necessidade de desvendar o oculto,
Talvez para descobrir a nós mesmos quando tudo o que precisamos saber
está contido dentro de nós, mas que permanece abstrato até a música soar
em cavernas desvendadas pela inocência do amor.
Assim continuo vivendo na esperança de que um dia a comunidade urbana
se conscientize de que fiz escolhas que achei que eram as melhores pra
mim.
Se foram erradas ou não, agora não importa pois sei que sou um ser
humano, pelo menos é o que dizem.
Aí ficam perturbando seu pai deixando-o mais estressado do que ele já é
para cobrar o comportamento do seu filho que está fora do padrão.
Mas será que por isso ele necessariamente estará errado?
O que é errado?
Quem inventou nossas leis?
Sua consciência está limpa?
Apenas te digo do fundo do meu coração que aqui dentro não existe
sentimento de culpa.
Se alguma vez magoei alguém é porque não fui corretamente
compreendido.
Se não me entendes não me julgues, não invente!

Vitor Braga Franco Página 12


Reflexões Psicodélicas

Passado, futuro, sombras de dúvidas


Lembranças de lágrimas e algodão
Esperanças de entendimento e glorificação
Um caminho a seguir e batalhas a ganhar
O destino a se cumprir e mil sorrisos a brilhar
Como escutar as ondas do mar e respirar poluição?
Como tocar em algo precioso sem causar destruição?
O pássaro continua pelo céu e eu aqui tentando voar,
Mas o dom da inteligência ele nunca vai experimentar
Não entendo a inteligência já que fui criado para obedecer
Mas a minha liberdade não pertence a você!
Você me disse para segurar em sua mão,
Mas depois veio chorando me pedir perdão
Mas, meu amor, errar é humano,
Se não for me diga então...
Quem sou eu pra lhe dizer,
Mas volta p’ra Plutão!
A camisa de força tá apertada demais
As coisas aqui já não são mais iguais
O que era prazer agora é dor
O que era dor agora é adrenalina
O que é adrenalina já foi loucura
O que é loucura hoje é viver.

Vitor Braga Franco Página 13


Reflexões Psicodélicas

A música agia como uma terapia


Na medida em que eu cantava esquecia
Das coisas que perturbavam meu encéfalo
E machucavam meu coração
Em cada canção uma lição já vivenciada
Experimentos desajustados de gente como eu
Golpeado pela vida que Deus me deu
Nas lágrimas expressão da dor
Instalada como uma doença por culpa do amor
Descobri que os outros não se importam com os nossos sentimentos
Até o momento em que os seus sejam afetados
É visível a indiferença nas suas expressões
Destruindo planos pré-meditados
O medo elementar surgiu da inexperiência
Fazendo a insegurança vencer a consciência
Saudade é a única esperança
No ritmo de cada segundo eterna dissonância
Como se fosse a última vez
Seus passos acompanhados por um espião infalível
Escondendo o fato de um ato inconcebível
Alguém perecendo pelo que o outro fez
Colocando-me em seu lugar sei que
Sujeitaria-me a lhe ajudar porque
Pensando bem posso não ter outra oportunidade
De esbarrar na porta da felicidade
E não ousar girar a maçaneta
A fechadura oferece uma visão de silhueta
Mas é triste ter que se conformar com tão pouco
Com tantas barreiras é fácil ficar louco
E querer dar adeus mais cedo
Alguém me ajude! Estou ficando com medo...

Vitor Braga Franco Página 14


Reflexões Psicodélicas

Quando nasci me deram uma rosa


E disseram que era um presente, aceitei
Falaram que ela era bonita
Porque era igual a todas, acreditei
Descobri que nela havia espinhos, me espetei
Agora sei que não sou igual a todos, não sangrei
Tentei usar minhas asas e alcançar a liberdade, não voei
Inocente ou culpado?
Gênio ou retardado?
Eu não sei
Sem mulheres, sem amigos
Sem claridade, me matei!

Vitor Braga Franco Página 15


Reflexões Psicodélicas

Foram vocês que fizeram isso comigo


Agora vêm me perguntar porquê
Já forneci muitas pistas
Eu prefiro não responder

A loucura está passando aqui pertinho


Digo coisas que parecem não ter sentido
Estou preso em minha cabeça sozinho
Solidão de um amor escondido

E todas as noites lágrimas molham minha cama


Quando lembro de tudo que eu queria e não fiz
Pois amanhã podem planejar mais uma trama
Aqueles que não querem me ver feliz

Sim, eles estão em todo lugar


Atormentando mais uma alma vazia
Asas abertas p’ra viajar
Ociosidade, uma bela oficina

Uma bela mente, eternamente


Um acidente, suavemente...
Extremamente inconseqüente
Novamente, confusamente mais uma mente

Vitor Braga Franco Página 16


Reflexões Psicodélicas

Primeiro o isolamento, depois a sudorese


Aí o desespero da escravidão temporal
Nunca houve vida foi tudo uma tese
Será que voltarei a ser normal?

É um dom muito belo


Mas que se alimenta de sentimentos amargos
Imagens coloridas e sons psicodélicos
Palavras selecionadas que se encaixam por acaso

Renuncio agora essa fonte de inspiração


Tenho que sair daqui de cima
E botar meus pés no chão
Talvez não haja outra ocasião

Parece que entendi o sentido da vida


Quando comecei a amar alguém
Percebendo que somos todos um só
E que ninguém é igual a ninguém.

Vitor Braga Franco Página 17


Reflexões Psicodélicas

A criança sorri em um momento monótono de sabedoria


Descobrira a magia de magos e alquimistas esquecida no passado
Percebendo o mundo inteiro como um grão de areia
A mulher sereia que roubou seu coração
Agora para sempre ao seu lado segurando sua mão
O amor é divino, mas merece perdão?
A distância entre o sol e a lua me dizem que não
Um dia a loucura se libertará de sua mente
De uma forma inteligente
Que se espalha de repente
Essa é a vida dos sábios, dos loucos, dos revoltados...
Pessoas que ensinam o que ninguém parece querer entender
Que a vida é mais do que dinheiro,
Ela é feita de conquistas
Aqui estão as minhas pistas
Agora só depende de você.

Vitor Braga Franco Página 18


Reflexões Psicodélicas

O duende fumava em cima de um cogumelo se exilando da depressão


tornando este mundo caótico em pura ilusão
Mas como tornar em ilusão o que é mais que real?
Nem as fadas decifraram a incógnita e ficaram mal

No mundo mágico da desigualdade


A celulose se distribui sem piedade
Máquinas destruidoras fazem estrelas chorar
Nos prometeram progresso e só deram azar

Crise, conseqüência inevitável da desinformação


No pais da Amazônia o comando está de maletas na mão
Índios não desistem ao pedir aos céus
Misericórdia a um povo que não foi ao banco dos réus

Cavalgue unicórnio me leve rente ao ar


Flutue pelas nuvens, me tire deste lugar
uma intervenção divina é só o que iria adiantar
Milagre dos céus não mais se realizaram, e como é que vai ficar?

Resta a esperança de um colapso civil


anarquia organizada pelo povo do Brasil
Agora fecho os olhos, vou de volta p’ro meu lar
Escrevo poeticamente para o sonho se espalhar
Ao meu mundo paralelo todos ainda hão de chegar.

Vitor Braga Franco Página 19


Reflexões Psicodélicas

Conversávamos em idiomas indisvendáveis


Corríamos por labirintos secretos
Solucionamos as incógnitas do futuro
E agora o que é que ficou?

Viajamos em rabiscos num papel


Ultrapassamos o limite entre o inferno e o céu
Rompemos para outra dimensão
E onde é que eu fui parar?

A ilusão nos fortificou


O esquecimento nos exilou
A depressão nos violou
E quem é que te avisou?

A charada é infinita
A resposta em uma margem
E a fruta esquisita
Era só uma miragem

Seu conhecimento tornou-se complexo


Estendeu-se o imerso
E o mundo inteiro não passava de um reflexo
Como sairemos deste universo?

Vitor Braga Franco Página 20


Reflexões Psicodélicas

Se eu fosse te visitar para onde eu iria?


Se eu fosse me comunicar qual língua eu usaria?
Se eu fosse te questionar qual a pergunta que eu faria?
Se eu fosse me explicar como eu argumentaria?

Passeando pelo céu pensei ter te visto


Fazendo coisas que eu nunca sonhei ver
Por avenidas de ouro planei te procurando
Mas na terra do enxofre acabei te achando

Tive a sensação da imortalidade


E despertei no desespero de não mais te ter
Quando me dei conta aí já era tarde
E agora o que posso fazer?

Vou hastear a bandeira da liberdade


Cantando o hino da fuga imperfeita
Depois vomitar a continência de toda saudade
Daquela alucinação que me levou à sarjeta

O intrigante é o capítulo arrancado do manuscrito


Não há bola de cristal que possa prever
Só me resta confiar no jeito esquisito
Que o ser celestial tem para escrever

Pelos altos e baixos tudo vai acontecendo


As linhas formatam o dia-a-dia depressivo
Às vezes, sua mão treme e ele acaba se esquecendo
De que nós somos sensíveis ao comportamento nocivo.

Vitor Braga Franco Página 21


Reflexões Psicodélicas

Misericórdia de um anjo sem luz


Circulam em volta de sua carne
Desprezando o que sua alma conduz
Peso inconsciente , um poço de pecados
Estão contabilizando seus sentimentos
Como se nunca tivesse valor real
Um obstáculo na estrada de suas vidas
Mais um germe em seu quintal
Seus sonhos não passaram
De um risco na parede
Noites de loucura perdidas em anonimato
Tentando aliviar um pouco de sua sede
Vingança contra um mundo de amor pacato
Suicídio é depender daqueles que cuspiram em sua face
Quando tudo o que pedia era apenas atenção
Quem me dera se todos fossem companheiros
Do jeito que eu vi na televisão
Agora você enxerga em minha embalagem
Coisas que te fazem vomitar horrores
Pô meu ! Que sacanagem
Não apele p’ros seus vícios de linguagem
O sol está secando minha pele
Vai demorar até anoitecer
Forneça ao menos uma caixa de papelão
Já que na periferia nunca conhecemos um caixão
Começou em um copo híbrido
Insensatez de copulações infelizes
Um monstro criado por um ser ímpio
Novela sem atores ou atrizes

Vitor Braga Franco Página 22


Reflexões Psicodélicas

Vivendo no planeta azul


sem conhecer meus ancestrais
Suas almas passeiam pelo paraíso
ou então onde mais ?

Se um corpo possui uma alma


Não existe reencarnação,
Pois Adão e Eva eram dois
E hoje há superpopulação

Tão leve como chumbo


Tão pesado quanto um grão de areia
Cem neurônios por segundo
Bem estar e mil problemas

Divididos pela malícia


De viver em uma sociedade
Que não compreende o que é igualdade
Somada com a inocência
Gera um pouco de bondade

A equação do amor
É a mais pura liberdade
A raiz quadrada de tudo isso
Revelará o que é verdade

Vitor Braga Franco Página 23


Reflexões Psicodélicas

A vida hoje é assim ...


Só basta percepção
Corpos malhados e mentes
pensando na aquisição

Os valores não são iguais


E os preconceitos são gerais
A nova era está aqui
E os poderosos não vão resistir

Sociedade ambientalista natural


Tendo a irmandade de igual p’ra igual
Os profetas nos avisaram sobre o
Que virá a acontecer...

Mas quem quer saber sobre o fim do mundo ?


Quem quer saber se vamos pagar ?
Quem quer saber se vamos sofrer ?
E o inevitável vai acontecer
Pode escrever, o mundo vai mudar

Cartões de crédito, bip e celular


Os seus brinquedos lá não vão se usar
E a criança que virou soldado
Vai florescer em vez de matar

Tudo azul, todos os dias domingo


Vamos brincar e trabalhar sorrindo
Porque há fome, talvez a miséria ?
Não há dinheiro que pague o que há na terra !

A ferramenta tá na mão do povo


Vitor Braga Franco Página 24
Reflexões Psicodélicas

Revolução e revolta em dobro


Aí viveremos no infinito
Deus já te disse :
_ Meu filho eu não minto !

Vitor Braga Franco Página 25


Reflexões Psicodélicas

Vamos p’ra rua procurar diversão


Talvez encontrar alguém que nos satisfaça
Esbanjando hormônios é puro tesão
Loucura juvenil transbordando na taça

Anos noventa, nova conquista, falo disso...


Relacionamento de uma noite só
Sexo sem nenhum compromisso
Até agora não inventaram nada melhor

Inventaram até uma borracha


Que faz a sua proteção
Quem tem consigo esculacha
Como ensinaram na televisão

O que me preocupa é a falta de amor


Esse vazio que sentimos dentro do peito
O sistema nos aplicou esse horror
Overdose de ensinamento suspeito

De um lado o garanhão vitorioso


Do outro a acusada promíscua
Fica com todas dando uma de gostoso
Contém-se sendo sempre submissa

Alguns fogem dessa corrente


São rotulados de marginais
Porque percebem que tudo é incoerente
Programam-nos para sermos iguais

Vitor Braga Franco Página 26


Reflexões Psicodélicas

Quero um mundo de suor e purpurina


Diversão, inteligência e liberdade
Sem que materializem a vagina
Fabricando a nossa puberdade.

Vitor Braga Franco Página 27


Reflexões Psicodélicas

Entre nuvens orgânicas deslizava o totem sagrado


Arrancando sangue pela porta da frente num protesto pioneiro
Erupção vulcânica, a dor de um prazer molhado
É o grito de liberdade, inconsciência é um estado passageiro
Como o transportado confortavelmente no dragão terrestre
Nova arma utilitária para destruir distâncias desnecessárias
Veja agora como se faz o chão tremer...
Abra as covas de cada temor, de cada leão faminto,
De todas as coisas que transformarão a noite em chamas
Sinta o poder dentro de suas veias começando a se manifestar
Esse é o ritual pelo qual você esperou a vida inteira
Assim como a sensação de não sentir nada além da vibração
Entre quatro paredes ou ao ar livre as crianças voltam a brincar
O que supostamente só os adultos tem direito de fazer
Dizem que a inocência pede licença e vai embora
Mas a maldade vem de seu próprio pensamento que vestiu a nossa raça
Tabus são feitos para serem quebrados, não temos o que temer
Somos livres e ativistas, não temos nada a perder
Os descendentes deixaram as técnicas primárias
Agora pode ser feito sem nenhum contato real
Basta canalizar o conhecimento para fazer a transição mental
Sensações primatas em sentimentos distorcidos
Mostram o quanto necessitamos da paridade
Executando rituais esquisitos.

Vitor Braga Franco Página 28


Reflexões Psicodélicas

Papibaquígrafo é tão desafiador...

Me faz ultrapassar as barreiras longitudinais no latifúndio semeado por


fonemas quase impronuciáveis

Papibaquígrafo se torna tão engraçado...

À medida em que sua vulnerabilidade se agrava na face sorridente


hyper encabulada com o desafio intrusamente estimulado por uma mente
não superior

Papibaquígrafo desperta a curiosidade...

Um fantasma indecifrável no mundo de caracteres alinhados


organizadamente no manual dos signos camuflados em funções
metalingüísticas

Papibaquígrafo não foi derrotado...

Mais uma vez seu oponente subestimou todo o poder de um guerreiro


persistente ainda intacto pelas batalhas infalíveis

Papibaquígrafo é sua última chance...

Depois de tantas exposições enfatizadas em todo o início ele corre


desesperadamente para o podium do suspiro final;
Papibaquígrafo...

Vitor Braga Franco Página 29


Reflexões Psicodélicas

Ó grande portal do meu mundo


Que me trouxe para um lugar tão bonito e ao mesmo tempo tão cruel
Mas que nunca deixou de colocar suas asas me confortando
Seu amor é doce como mel

Nos momentos mais cruciais da minha vida


Na minha doença e também na alegria
Onde quer que fosse você sempre esteve lá
Já fez tanto por mim e nunca pediu nada em troca
És uma pessoa difícil de não se idolatrar

Admiro profundamente sua perseverança de viver


Uma flor solitária em um pântano de ilusões
Contorcendo os ponteiros lembro-me de coisas que fizemos juntos
Coisas que levam ao extremo minhas emoções

O seu carinho, o seu beijo, o seu abraço


A pureza de seu sentimento
O seu sorriso verdadeiro
O seu orgulho sem embaraço...

Tanta coisa que me faz feliz


Pensamentos que me ajudam a viver
Na luta pela sobrevivência
O meu anjo da guarda é você

Estou tentando expressar meu infinito agradecimento


Por ter sido o motivo de minha existência
Deus não errou quando quis que eu tivesse a melhor
Mãe eu te amo !
Tá vendo, eu também faço outras coisas além de lhe torrar
a paciência ...

Vitor Braga Franco Página 30


Reflexões Psicodélicas

Quando olho para o outro lado da rua, sei que pertencemos a mundos
diferentes.
Mas sei que ainda cruzarei a linha de chegada, mesmo que para isso eu
tenha que destruir o seu castelo e tomar o lugar do seu príncipe
encantado;
O conto de fadas acabou!
Sua descoberta será a passagem para voar nas asas do amor.
Seremos fogo e água em uma dança mágica e imortal.
Mas por enquanto nossas almas brincam de esconde-esconde
quando o prêmio é o acaso.
Parece que quanto mais te acho mais me perco, sabendo que um jogo tão
complexo pode acabar antes da próxima estação.
Dia após dia um novo plano de conquista, mais uma decepção para o meu
ego.
A cor do sol fica mais intensa na hora H e os encantos da lua parecem se
ofuscar
Planetas desconhecidos deveriam ser meu lar.
Me conte como era lá no céu antes do meu lado você aparecer.
Porque andar entre os humanos sem saber o que é viver ?
Pobre é aquele que não tem a sensação que está dentro do meu peito.
Este coração é um operário e só trabalha por você, um escravo sem
monarquia com um ideal para morrer.
Quantos milênios vão durar até a semana que vêm ?
Pegarei um cavalo de aço para mais rápido te encontrar.
Torcendo para que o outro lado da rua apenas mude de lugar.

Vitor Braga Franco Página 31


Reflexões Psicodélicas

Sabe, existem muitas coisas que eu gostaria de te dizer


Desde que te conheci não consigo mais esquecer
Aquele teu sorriso contagiante
Que chamou minha atenção no mesmo instante
Em que cruzamos nossos olhares sem nenhuma intenção
Mas porque eu não paro de pensar em você então ?
Me diga, por favor, se você sente algo por mim
Eu juro por Deus, tá difícil viver assim...
Escondendo um sentimento tão puro e bonito
Engasgado em minha garganta um grito
Dizendo bem alto p’ra todo mundo ouvir
Estou apaixonado por você, não há porque resistir
A não ser que outra pessoa esteja em sua mente
Mesmo assim, não acho que seja diferente
A maneira pela qual vou conquistar você
Me diga se há algo que eu deva saber
Que me faça mudar de idéia
Você sente o mesmo que eu ?
Porque você não está deixando transparecer ?
É melhor eu parar por aqui,...
Acho que vou enlouquecer...

Vitor Braga Franco Página 32


Reflexões Psicodélicas

Estamos cada vez mais distantes


E eu não sei dizer porquê
Na verdade, nunca estivemos juntos
Quero chegar perto de você

Tenho idéias tão provectas


Mais que não saem do papel
Amor platônico, algemas sem correntes
Remorso ousado, instinto fiel

O que você está fazendo agora ?


O que você está pensando ?
O que guia você p’ra outra direção ?
E me deixa aqui sonhando ...

A lua louca de amor


Estava vagindo tanto
Que criou mares de lágrimas
Minhas noites de horror

O brilho de sua alma ofuscou a luz do sol


Enfeitiçou um poeta beato
Que se inspira em seu formato real
Uma palavra a cada ato

Vitor Braga Franco Página 33


Reflexões Psicodélicas

Passeando pelo cosmo do amor


Num foguete de depressão
Que se torna em alegria
A toda sua aparição

Eu sacrificarei meus ideais por você


Se você me der apenas uma chance
Nem que seja um quebra-cabeça
Nada será como antes

Do vinho p’ra água


Transformação sem casulo
Um beijo como incentivo
De seus lábios de veludo

Aí seremos unha e carne


Borboletas dançando ao vento
Entrelaçados a cada segundo
Sem se preocupar com o tempo.

Vitor Braga Franco Página 34


Reflexões Psicodélicas

Te mostrei e confiei no teu instinto


Acho que meus olhos não te disseram nada
Expressando-me por eles nunca minto
Pois não consigo pela fala

Meu cupido é muito ruim de mira


Conseguiu errar o seu coração
Tento esconder a minha ira
De beijar te apenas em ilusão

Vai ver que este jogo tá empatado


E você sentiu o mesmo que eu
Mas tiraram algumas cartas do baralho
Passo, dessa vez não deu

Tentei fazer do teu mundo o meu


Mas não gostei do meu papel
Interpretando alguém que não sou eu
Fiquei longe do seu mel

Sei que não sou o estereótipo de teus sonhos


Mas juro que tentei ser
Largar uma filosofia carregada a tantos anos...
Assim não dá p’ra viver!

Será que isso é justo?


Sou tão diferente de teu príncipe assim?
Sairás de trás desse arbusto?
Onde está teu querubim?

Vitor Braga Franco Página 35


Reflexões Psicodélicas

Ela acredita que vai p’ro céu


E eu não sei onde é meu lugar
Queria um caminho mais fácil
P’ra do seu lado chegar

Preces contínuas descrevem meu sentimento


Sou um espiral em declínio
Quando vivo aquele momento
Sei que não nasci p’ra viver sozinho

Continuo vivendo neste limbo


Onde o rei dos anjos não mostra sua face
A paz que sinto por trás daqueles olhos
Talvez seja o seu disfarce

Respeito seu corpo esculpido simetricamente


Aprecio o sorriso à distância
O tempo para momentaneamente
Me levando de volta à infância

É impossível viver essa hebefrenia


Até agora tenho dado sorte
Quando ponho na sintonia
Que o pagamento de todo pecado é a morte

Não tenho mais porque fugir


O meu amor aperta minha consciência
Essa mente bombardeada de erros vai sumir
Após a entrega total na verdadeira obediência.

Vitor Braga Franco Página 36


Reflexões Psicodélicas

Quanta decepção...!
Vejo as pessoas felizes e só consigo chorar
Tudo acontece ao meu redor
Num beco sem saída
Não há mais por onde andar
Classifiquei todas as possibilidades
E me achei perdido entre o orgulho e a vaidade
Mera coincidência procurar alguém
Que absorva toda ira e lance num poço profundo
Onde o eco segue o infinito
Agora estou aqui e não sei se estou vivo
Uma conversa com a minha sorte determinaria o destino
Neurônios perturbados revelam a fraqueza
E na guerra interior prolifera insana realeza
Ontem foi uma noite tão ruim
Um anjo triste me deixou assim
Na aparição do casal meu pesadelo
Tudo estava certo, criando desespero
Vou atirar na lua para que ela chore comigo
Em noites solitárias me transformo em perigo
Minha alma enxuta parece querer se libertar
Mas sei que a dimensão dos pecados não é seu lugar
Então crio a poesia de beleza dolorosa
Onde me exilo procurando a coragem de quantia volumosa
P’ra mostrar a ela o quanto quero ser
Amado por alguém que apenas me faça viver.

Vitor Braga Franco Página 37


Reflexões Psicodélicas

Às vezes eu sinto...
O cosmo da sua áurea
penetra em minha mente
Transforma-se em fluídos
que conhecem o percurso do meu corpo
E vão voando como águias de aço
através do extenso labirinto
à procura do ninho do amor... o coração
Ao achar os laços do amor
se chocam causando uma explosão inevitável
que resulta num ato de carinho e ternura
que estava escondido dentro de nós
mas que no momento é revelado... o beijo

Vitor Braga Franco Página 38


Reflexões Psicodélicas

Conhecendo o roteiro daquela vida


Me flagrei mergulhando em seus olhos
Seus lábios se moviam mas eu estava longe da margem
Onde ondas suaves quebravam
Como eu imaginava o tempo parou
Mas o mundo ainda girava em torno de nós
A mágica natural de um céu incandescente
Levou a todos nos deixando a sós
Queria poder ler a sua mente
E descobrir tudo o que ela estava sentindo
Tocando em suas mãos delicadamente
Descartei a possibilidade de um anjo mentindo
Só Deus sabe como me fazer feliz
Solidão a dois foi tudo o que eu sempre quis
E finalmente aquele sonho se realizou
Quando seu rosto se aproximou
O enigma de sua carta ela decifrou
Cometas se acariciavam perto do céu
Com gosto de paixão mais doce que o mel
E até agora eu não consigo definir
A sensação de estar prestes a explodir
Navegando em correntes secretas da paixão
Em oceanos prateados de um nome
Que cria uma nova religião
Juliana, sou seu devoto...
Espero que escolha o meu coração.

Vitor Braga Franco Página 39


Reflexões Psicodélicas

Terminando o complexo quebra-cabeça


Ainda com uma peça na mão
Temo encaixá-la em seu lugar
Sabendo que ela pode ser um...
Não quero ignorar meus sentimentos
E tomar os seus como ofensa
Melhor engarrafar todo sofrimento
Acumulando uma safra de experiência
Homicídio à queima roupa
Com palavras eu não brincava
Imagine que cena louca
O cupido comprou uma arma
Só quero ser algo
E ela é tão especial
Mas não consigo ser nada
Tudo continua tão normal
Será que sou egoísta
Egocêntrico, excêntrico
Masoquista ou epidêmico?
Suas concepções são diluídas em defeitos
Que não se exibem em um zepelim
Ramificações de amigos suspeitos
Ofendidos por atitudes de um serafim
Coisas que junto a paralelepípedos se desintegraram
Criando noites como anestesia
Passo a passo as barreiras se quebraram
Curando erros da vida sem nenhuma cirurgia
Vencerás essa síndrome de decência?
Ou seus beijos foram todos em vão?
Pequei contra os céus agindo em prudência?
Sim ou não, eis a questão!

Vitor Braga Franco Página 40


Reflexões Psicodélicas

Mais do que corpo, uma alma que fala por si mesma


Melodias nascem de seu sorriso tornando o mundo ao redor
Impreciso para os corações penetras em um curso ainda não estabelecido
Rastejam, caminham, correm, flutuam em busca da essência singular
Guardada nos limites da inibição emocional; tesouro do seu ser.
Como descobrir a chave predestinada sem um mapa referencial?
Não importa quantos grãos de areia se usa para construir um castelo,
Pois a estrutura é frágil demais a carícia contínua das ondas do mar.
Um pirata lutando para recuperar o que na verdade nunca foi seu
Em batalhas inteligíveis mas de difícil compreensão.
Existem verdades que nunca devem ser mentidas apenas para suavizar a
mensagem suposta.
Cardumes de tubarões circulam em volta do navio enquanto você vê seu
refém caindo da prancha impulsionado por um sabre de desilusões
acumuladas por todo o percurso.
Vou pensar ... um passo à frente!
Amanhã eu dou a resposta... mais um passo!
Nnnnnão... adeus, mas tire as correntes!

Vitor Braga Franco Página 41


Reflexões Psicodélicas

Alguém nos apresentou o teatro judiciário


Onde se estuda uma sentença
Era a verdade num disfarce embriagado
Fenômeno real entrando em cena
Existe um elo que liga o arroz ao feijão
Assim como o estrogonofe repele a farofa
Mas quando bate um apetite no coração
A mistura é perfeita, e essa noite é uma prova
Aprecio seu estilo politicamente correto
Ela se sente atraída pela simples rebeldia
Criamos um mecanismo compatível e completo
De personalidades que se entrelaçam em sintonia
Quisera eu ter uma tranquilidade estóica
Sem tornar-me escravo das próprias expectativas
Busquei respostas de uma forma paranóica
Surpreendido em uma das tentativas
Nada se resume a uma só palavra
E você se limitou a uma oxítona de negação
Com tantas disponíveis na gramática
Escolheste logo aquela propulsora de aversão
Agora já é de senso comum
Tudo aquilo que tentei postular
Registrei muitos fatos, esqueci algum?
O resto deixo pra você contar...
Se você fosse tão simples ao ponto que eu pudesse entendê-la
Eu seria tão idiota que ainda assim não conseguiria entendê-la.

Vitor Braga Franco Página 42


Reflexões Psicodélicas

Big Bang o amor se espalha aleatoriamente como poeira estrelar


Os planetas dançam pelo céu ao redor do astro rei
Caminhos secretos na via láctea fazem a distância aumentar
Como andrômeda nebulosa mantenho o mistério de tudo o que eu falei

Rabisquei sua vida como um cometa desnorteado


Caindo num buraco negro que eu mesmo cavei
Sou alienígena no seu mundo fechado
Sofrendo em meteoritos lacrimais, sim, como eu chorei...

Pensamentos a anos luz de sua aventura momentânea


Ultrapassando constelações onde signos constituem personalidades
Na selva da minha alma clonada, a explosão é simultânea
Em ósculos imprevisíveis tão incessantes quanto às eternidades

Apocalipse, inicia-se o processo de autodestruição


Porque ainda não inventaram uma história sem fim
Uma imagem na memória quase como uma ilusão
Foi tudo o que você deixou para mim.

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Reflexões Psicodélicas

Nessa esperada viagem inicial


Serão concluídos os desejos guardados no tempo
Com as cartas na mesa tudo volta ao normal
incentivo que deixa o poeta sedento

Parece que ela encontrou o caminho


Quando descobriu que as costas não são cordiais
O calor de sua presença derreteu o gelo
De todo o fingimento que deixei para trás

Agora não existem mais perdedores


São as coisas simples que realmente contam
Quando o sol aparece somos espectadores
E os que nos invejam realmente se espantam

Quebramos todas as barreiras intransponíveis


Estabilizando a análise crítica da situação
Com a descoberta de silepses incríveis
Foi facilitada a inimaginável democratização

A realidade pede um refúgio sensato


Enquanto verdades distorcem dúvidas sentimentais
Meu coração não vive tão opaco
Saudades desperdiçadas em expectativas... nunca mais

Respire intensamente todo ar sem medo


Nasce um novo mundo para quem quer viver
Atitudes criam nosso belo enredo
Nos créditos nomes eternos irão aparecer

Já o fim da história poderá ocorrer?


Se ele tem que existir é melhor esquecer!

Vitor Braga Franco Página 44


Reflexões Psicodélicas

Encontrei uma doce borboleta


Seguindo um cometa até o fim do coração
Retribuindo segurança a cada palavra
Na jornada metamórfica em busca de redenção

Eu estava enganado em relação ao casulo


Seu medo incentiva palavras ferozes
Superadas pelo impacto do inconformismo nulo
Só não quero que tentes voar por caminhos atrozes

Desmorona a incoerência cada vez que ficas perdida


Foram mudanças na rotina antes estável
Trazendo remorso para a consciência adquirida
E ao racional parentesco a preocupação inevitável

Parece que não queres perceber


Tuas asas precisam seguir uma linha
Retendo a confiança necessária ao viver
Ou tua liberdade será totalmente consumida

Sei o quanto é difícil de engolir


Existem coisas poderosas demais para o pensamento singular
Mas sem o que é ruim o bom não pode existir
Tudo tem equilíbrio pelo que se pode constatar

Um dia tu vais entender o porquê do por quê


Terás de admirar aquela precaução inconveniente
Meu último pedido foi direcionado e será realizado para ti
Ao presenciar o desfile de uma mágica estrela cadente.

Vitor Braga Franco Página 45


Reflexões Psicodélicas

Aos portões se fecharem, o louco surge como uma atitude equivocada


Existem coisas que nenhum guardião deixaria de proteger
Nesse castelo a passagem secreta fica por cima da escada
Mas se a catapulta descer na masmorra irá sofrer

A vitória virá como uma estratégia milagrosa


Agora sem armaduras a batalha será travada
Só porque minha arma está atirando não quer dizer que seu escudo retraia
a lágrima viscosa
Apenas um mago usaria um feitiço para levantar sua espada

Os guerreiros fervem absorvendo o sopro do dragão


E já sabem que logo penetrarão pela entrada
Sob a ponte elevadiça, estupêndula reação
Com toda nobreza sobre a vala molhada

Chega então o auge do conflito em mutualidade


Cessam em brados frenéticos com involuntária disritmia
Restos mortais não por uma mera casualidade
São resultados esqueléticos nessa área cercada de ironia

Nas ruínas do castelo uma imagem chama atenção


Pela torre insufla uma bandeira erguida ineditamente
Marcando uma nova era, uma nova geração
Constituída às custas do sangue inocente.

Vitor Braga Franco Página 46


Reflexões Psicodélicas

Você quer experimentar o auge de uma criatividade?


Aquele momento em que alguém escreve algo sem saber ao certo o que
está fazendo.
Um paroxismo inquestionável de origem desconhecida.
Existem momentos em que um cabotino descomede-se pela sua auto
adoração.
Será ele algum tipo de aberração oriundo de experiências em seu habitat
acolhedor ?
Cada dúvida abre espaço para um ciclo infinito que caminha como o
paradoxo de zeugma: lento, selvagem e inocente.
Algum psicólogo seria capaz de remediar todas as neuroses daquele ser
feminino ciclotímico ... vênus do poeta sensível?
Por que tantas perguntas?
Por que repostas ocultas?
Para ser teu correligionário bastaria apenas desistir das coisas que mais
gosto na vida.
A felicidade mora na rua da liberdade que por acaso é a esquina do
pecado.
Sinto muito pelas palavras contundentes nas acepções bifurcadas.
Minha natureza não me deixa plagiar as atitudes paradigmáticas em
troca de um lugar no quadro social.
Sua missão é sublimar aquele que te suplica.
A porta está aberta...

Vitor Braga Franco Página 47


Reflexões Psicodélicas

Os poetas sangram...
Cada vez que sua alma é consumida pela fé negada...
Perdidos em decepção por uma queda de dor supérflua
Os anjos te contam coisas ruins...
Seu desejo se triplica numa fase inadequada
Queria te dizer eu te amo...
Mas a saudade se revela dolorosa em noites solitárias
Queria te tocar...
Como um anjo voa suavemente pelo céu azul
E de repente cai em remorso mórbido e quase decadente
Era hora de dizer chega...
Mas a vontade era tanta que levavam os anjos por lugares desconhecidos
Foi uma jornada incessante até a exibição pública
Mas lhe suplicamos:
Nos deixe em paz por favor!

Vitor Braga Franco Página 48


Reflexões Psicodélicas

Vai seguindo em seu rumo o rastejador noturno


Se perdendo entre soluções venenosas e anéis de fumaça
Mais uma vez praticando seu hedonismo
Esquecendo-se que nem tudo o que brilha é ouro
Querendo ser mais um herói na festa da caverna
Mas seu pior inimigo está entre suas próprias orelhas
O inferior é um criminoso assim como os pecadores são santos
Tudo parece te levar a negar à vida...
Então algo cruza seu caminho e lhe propõe redenção
Acompanhando morcegos aprendeu a dormir de cabeça pra baixo
Basta um passo para entrar no elevador
Asas em enfermos ele voa com dificuldades
Saindo do lado negro da lua ofusca seus olhos na claridade
Vigilante na ativa, dias incertos em um novo milênio
Quantos ainda serão preciso para que ele aprenda?
Prefere desvendar segredos ocultos em símbolos secretos
Teimosia infantil fascinado como tal
No barco de cristal veleja à procura de algo novo
Chegarás ao destino contra a maré?
É preciso ter a chave da verdade para conhecer o estilo do cafuné
Passos curtos levam a lugares distantes e deixam pegadas incolores
Bem vindo aonde quer que você esteja!

Vitor Braga Franco Página 49


Reflexões Psicodélicas

Tempo para sinceras reflexões...


Todos têm seus problemas e nosso herói não é exceção
Ele usa para escapar de algumas situações
Vendo sua vida girar num carrossel de ilusão
Alimentando-se de diversão antes de cair no vale do esquecimento
Parece que com os justos é sempre assim...
Em quintais antimateriais planta sua semente filha do vento
Para que floresça algo que transgrida o fim
Grupos têm suas regras, é tudo questionável...
Se não age como o reflexo da alma escondida
Não é uma possibilidade viável
Para ter uma personalidade definida
Chega de ser clone do projeto imperfeito
A simplicidade formou a estrutura real
A variedade é o detalhe de toda estrela que brilha
Inexistente é a necessidade de ser apenas igual
O prêmio de qualquer erro pode ser mortal
Existem regras que não devem ser destruídas
Em troca de um punhado de moral
Que esconda milhares de feridas
Geradas por sonhos de idealismo barato e covarde
Procurando no espelho respostas que expliquem o porquê
Para pular de um plano tão alto já pode ser tarde
Sobrou o buraco negro para sofrer
Cai a noite e você ainda está aqui
Há ha ha! Não há p’ra onde fugir.

Vitor Braga Franco Página 50


Reflexões Psicodélicas

Sonho ou realidade? Acorde...!


O que você vê é uma prisão neurológica
Sinais elétricos em sua mente explodem
Criando um mundo de uma vida metódica

Vivemos em um sistema de regras questionáveis


Que não são combatidas pela nossa ignorância
Como andróides imperfeitos obedecemos maleáveis
Programados para o fazer desde a infância

Destino... , uma mentira um tanto vergonhosa


Escolhas e atitudes destroem sua existência
Levada a sério pode se tornar perigosa
Quando desmascarada só deixa incoerência

Abra a sua mente para o que um dia foi desconhecido


A porta está aberta, só basta você entrar...
Simulações neuro-interativas a cada prazer adquirido
Atos de ousadia são a chave elementar

Você tem medo de coisas revolucionárias


Deixando o controle para mercenários insensíveis
Não consegue explicar, mas sente que suas atitudes são retardatárias
Enquanto eles a julgam e condenam como inconcebíveis

Existe justificativa para tanta mediocridade?


Onde está a razão quando querem transformar a ignorância em bênção?
Liberte-se deste passado que esconde a verdade,
E terá o futuro em sua nova versão!

Vitor Braga Franco Página 51


Reflexões Psicodélicas

Agonia de uma vida sem sentido


Se pudesse explodiria uma bomba nuclear
Correndo das imposições impostas por outros
Fuja! Fuja pelo caminho fácil
Não vale a pena se maltratar
O alvo foi para o céu antes de você
Não voltará para buscá-lo, a ponte caiu
Visões infiltram sua mente sem querer
Estas cenas enlouquecem num ritmo acelerado
Trazendo a dúvida de um outro lado
Vamos passar pelo portal, um de cada vez
Muita vertigem no meio da escuridão...
Chegamos à terra dos sonhos, lá estão seus irmãos
Sim, rostos irreconhecíveis apertam a sua mão
Lágrimas são alegria para eufóricos corações
O festival de gargalhadas confunde o pensamento
Que lugar é esse? O território esconde o chão dos fracos
Mas o comboio continua a jornada sem hesitar
Andando em círculos tentando se achar
Existe uma trilha na diagonal invertida
Mas porque ninguém passa por lá?
Curiosidade supera o medo, confronto milenar
Na metade do caminho você está sozinha
Sua retaguarda é o nada seguindo você
Aonde você quer chegar eu lá vou estar
Porque você não sabia aquilo que eu não disse
Essa estrada é infinita e não tem como voltar
O portal é a saída...
E agora, onde ele está?

Vitor Braga Franco Página 52


Reflexões Psicodélicas

Moléculas estruturadas, químicas combinadas


Leis físicas de explicação desafiadora
O gênese dividindo as forças de um mundo impermutável
Com coisas que o eterno ancião projetou
Vivos, estamos vivos! Milagre experimental
Raciocínio superlativo e um lado sentimental
E agora o que faremos? Temos tanto para fazer...
Nos vestiremos, nos compraremos, louvaremos antes de morrer
Vamos criar p’ra controlar e até julgar para prender
Se escapar, quiser mudar a opressão irá sofrer
Aqui é meu lugar, não pertence a você
Tenho bomba nuclear. Nessa guerra vou vencer
Quando chegar em casa dê uma olhada no espelho
Lembre-se daquele tempo, aquela criança que não brinca mais
Um escravo do pensamento. Que vergonha meu rapaz!
Em busca de sexo, talvez amor com desespero
Desilusão com tantas drogas. Mais uma vida no bueiro
Agora é nossa vez pois nós somos a tecnologia
Com o passado faremos arte e no futuro a sinfonia
Descobertas reveladoras com base científica
A razão é mais confiável e tudo explica
Ainda sonhamos e esperamos nosso pai aparecer
Em microchips orgânicos como na tela da TV.

Vitor Braga Franco Página 53


Reflexões Psicodélicas

Tive um sonho que um dia


Seria preciso viajar pelas nuvens,
Agarrar o sol pelos fios luminosos
E correr pelas sombras
Para encontrar o equilíbrio
De um dia perfeito...
Foi num dia de verão
Peguei o sol pelas mãos e dancei pelas sombras
Depois abracei a lua como se fosse pela última vez
Naquele momento senti-me como se fosse atemporal
Senti todo o universo passando pelo meu corpo vagarosamente
O filme de uma vida que foi ficando para trás
Ao mesmo tempo que uma força destrutiva consumia a sanidade
No estouro final o vermelho buscou o branco do túnel desconhecido
Levando a alma doentia pela saída definitiva
O sono eterno descansará o que um dia tentou viver
E que acordará num pesadelo que ninguém ousou sonhar
A morte tem cheiro de medo
O medo não vê a coragem
A coragem não ouve a vida
Porque a vida foi tocada pela morte...

Vitor Braga Franco Página 54


Reflexões Psicodélicas

Quando os raios do sol tocaram as nuvens brancas no céu


Trouxeram as sombras que a noite rejeitou
As almas perdidas dançavam contentes na festa cruel
Acionando a ira do anjo redentor

Vidas brotando de vidas que a morte não separou


Simples mortais condenados ao horror
Guerras com o tempo ao que o ser humano se escravizou
Fazem o teatro do ganancioso pecador

Tanta evolução, tanta tentação


Tantas coisas que não eram para ser
E as que eram para ser dependem de você
Que não quer saber...

Quando a noite engoliu o sol que de dia tanto brilhou


Exibiu o infinito firmamento espacial
Diante dos anjos o pranto sagrado se derramou
Neutralizando impurezas do primata intelectual

A invisibilidade dos que conheceram a nova dimensão


Provoca a indagação dos que vagam por aqui
Solução acoplada ao mais nobre coração
Ensinou como o amor vivo deve fluir

Tanta destruição, tanta salvação


Tantas coisas que poderiam ser
E as que não puderam ser eu tentei fazer
Somente para você...

Vitor Braga Franco Página 55


Reflexões Psicodélicas

A festa começa após o toque da sétima trombeta


O mundo cai gentilmente diante de seus olhos
Criaturas estranhas glorificam a lua sangrenta
E o dragão esmaga miolos preguiçosos

Daqui ninguém pode fugir


Até que ultrapasse a linha da morte
Com sua foice sem nada para lhe impedir
A ceifar as sementes crescidas neste lote

Apenas um humano teve a permissão


Este que deixou a paz de seu mundo para trazer ao nosso
Alguns acharam que era apenas ilusão
Agora roem seus dentes de remorso

O tempo não é mais existente


Assim como o capitalismo
Coisas criadas pela mesma gente
Que se venderam ao número do egoísmo

As palavras foram ditas àqueles que tinham ouvidos


Bem aventurados aqueles que escutaram
Palavras que curaram doentes e feridos
E que ao homem ressuscitaram

Sua vida foi um filme em preto e branco


Hoje é o dia de seu nascimento
Trago a ti cores jamais vistas
Florescidas por teu juramento

Vitor Braga Franco Página 56


Reflexões Psicodélicas

A você que não carregou sua cruz


Cheiro de enxofre e calor vulcânico
Tua alma pertence àquele que seduz
Chocalho de serpente sem fim romântico

Equilíbrio universal de fronteiras infinitas


Novo mundo de rebanho educado
Frases tortas em linhas esquisitas
Tudo pronto! Fato consumado!

Vitor Braga Franco Página 57


Reflexões Psicodélicas

Começa a batalha espiritual


Uns iniciam sua oração
Outros iniciam o seu ritual
Celebrações a entidades ocultas e divinas
Na fé ou nos poderes sua garantia
A queda de braço entre o bem e o mal

Indecisão com certeza significa descarto


Vale mais a reciclagem de um guerreiro disciplinado
A cada ataque um teste imediato
Palavras selecionadas para um combate sem contato

Escolhas difíceis, labirintos e seus caminhos


Pedras a serem jogadas fora
Mas não se estiverem sozinhos
Qualquer erro pode ser crucial
Ao preço que se paga não há nada igual

O impacto de outros seres depende


Da imagem sem identidade
A estratégia é mais um trunfo
Naquele plano de combate

A morte está a sua procura


Vindo de mãos dadas com seu destino
É bom lembrar disso a cada milésimo de segundo
Pois o tempo já está partindo

Cada vez mais aguçando a maldição


Até que seja feita a purificação
Para que não haja traição
De que lado está o seu coração?

Vitor Braga Franco Página 58


Reflexões Psicodélicas

Só depende do dependente
Encontrar a chave da eternidade
Discernindo o que é certo e o que é errado
O que é mentira e o que é verdade.

Vitor Braga Franco Página 59


Reflexões Psicodélicas

Caminhava pelo vale das sombras


Sobrevivia entre a maldade e a escuridão
Via coisas que não se podem soletrar
Mas que não eram apenas uma visão

Fugia da dor e da depressão


Em uma névoa púrpura que batia mais forte o coração
Espectros ali pousavam, murmuravam
E as coisas só pioravam

No lugar onde o sol se recusava a nascer


Era o caminho certo p’ra se enlouquecer
Até que uma luz aparecesse,
E a mão de alguém não muito estranho se estendesse

Caminhando pelas estradas de ouro, um anjo segurando sua mão


Entendendo a situação logo se consegue o perdão
Seguindo um novo caminho deixando a vida alheia
No poço da sabedoria a riqueza verdadeira

A maldição temporal não mais nos afetando


Na luz da imortalidade nossos olhos se ofuscando
Todos que sabiam aqui estão esperando
O julgamento final está apenas começando

Entrego-te minha vida inteira, ó lindo arco-íris


Deixo p’ra trás litros de lágrimas neste pires
E converso com o vento procurando saber
Um pouco mais sobre tanto poder

Vitor Braga Franco Página 60


Reflexões Psicodélicas

Fogo, terra, água e ar


Alegria, tristeza, amar e odiar
Criar, mandar, obedecer e desculpar
Entender, sofrer, viver, matar...

Vitor Braga Franco Página 61

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