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ESTUDO CARTOGRÁFICO DA PAISAGEM LOCAL:


As bacias hidrográficas num contexto sócio-espacial.

Ângela Mara de Oliveira Fernandes – UFJF


amnandes@gmail.com
Mariane de Oliveira Fernandes – CES/JF
marianejf@gmail.com

Resumo: Observar, perceber, analisar os conceitos e a síntese através das representações cartográficas,
dá a possibilidade de se pensar o conhecimento do espaço geográfico. Estudar desde os primeiros anos
de escolaridade a linguagem cartográfica através do conhecimento da realidade local é fundamental
para que os alunos compreendam os mapas e estabeleçam a capacidade de relacioná-los à
representação do espaço. Estabelecer relações entre sociedade e natureza é entender que a interação
entre estes se constrói o espaço em que vivemos. Por isso que neste trabalho procuraremos enfatizar o
estudo das bacias hidrográficas a partir da observação dos rios e afluentes, construir mapas, levando
em consideração aspectos físicos e humanos. Os alunos precisam estar em contato direto com a
linguagem cartográfica para que construam conhecimentos fundamentais sobre esta linguagem;
representando, codificando o espaço e sendo leitores das informações expressas. O objetivo deste
trabalho é divulgar a importância da familiarização dos alunos com a linguagem cartográfica; a
interação entre noção espacial e a forma de como o ser humano se relaciona com os recursos naturais.

Palavras-chave: cartografia, bacias hidrográficas, ensino-aprendizagem, sociedade, espaço.

Um breve histórico sobre a Cartografia e o ensino

Desde a Antiguidade a Cartografia esteve a serviço do homem no que diz respeito aos
conhecimentos geográficos. Através dos relatos de viagens e a necessidade da expansão do mundo
conhecido pelos interesses religiosos e capitalistas, a divulgação do uso de instrumentos como a
bússola, astrolábio e o uso de mapas foram expandidos. O mapa surgiu mesmo antes da invenção da
escrita, sendo feitos para mostrar áreas onde havia caça e pesca, como registros de deslocamentos por
meio de imagens desenhadas.
A descoberta de novos caminhos serviu de grande importância sendo do ponto de vista
religioso ou econômico, pois através deste, as paisagens eram descritas, mapas eram aprimorados e
estes estudos ligados a ciência geográfica eram elaborados.
Podemos admitir que os povos primitivos sem conhecimento da escrita, mas vivendo na
superfície terrestre já tinham idéias geográficas, pois da terra retiravam seu sustento. Através da
comunicação oral e dos desenhos escritos em rochas, transmitiam conhecimento de geração em
geração e, por isso tinham uma concepção de mundo enriquecida de idéias geográficas.
Ao chegar ao século de XVII, os conhecimentos geográficos disseminados e interligados às
ciências afins, como a Astronomia e Filosofia já eram bastante numerosas e haviam adquirido certa
profundidade. Porém, conforme Andrade (1987), a Geografia no século XVIII e XIX, em
conseqüência da expansão do capitalismo comercial se expande por causa das grandes navegações e
como conseqüência o descobrimento dos novos continentes e ilhas, intensificando o comércio e as
organizações sociais.
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A Cartografia se separa da Geografia, porém a constituição da representação do espaço é


necessária. Ambas se tornam ciências autônomas no século XVIII.
No século XX, o ensino de Geografia passa a ter um caráter positivista, tendo como enfoque o
estudo da Terra no que diz respeito aos aspectos físicos, culturais econômicos e políticos. Então, o
mapa passa a ser trabalhado como figura ilustrativa para localizar o lugar de interesse do conteúdo
ensinado. Neste período, a Geografia tinha como foco a descrição dos lugares, tendo como prioridade
a capacidade de memorização dos educandos sem desenvolver uma criticidade, a inteligência no
sentido amplo do termo, ou seja, o senso de cidadania plena. Mesmo valorizando o homem como
sujeito histórico, tinha como foco o estudo das relações homem-natureza, no entanto, não discutia as
relações sociais, traduzindo-se na dissociação das paisagens e no espaço vivido pelo homem.
Já a partir da década de 1970, a ciência geográfica, denominada como Geografia Crítica, busca
discutir a importância do ensino pelos mapas, sendo ele visto como eficaz para a condução do ensino
geográfico, pois também fornece elementos tanto para melhor compreender o espaço em que vivemos,
quanto para assumir um compromisso com a transformação social.
A partir da perspectiva da década de 1970, iremos apresentar o ensino da Geografia que se
baseia nas propostas pedagógicas onde se caracterizam o conhecimento geográfico e sua importância
no âmbito social.

A aplicação da Cartografia no ensino da Geografia

Voltando à década de 1960, alguns geógrafos, em especial os franceses, defendiam a corrente


crítica se opondo a corrente tradicional. Suas principais características eram estudar o homem
interagindo sobre o meio e conceber as relações sociais e de trabalho como decisivas na transformação
do território. Situar-se de forma crítica sobre a realidade e à ordem vigente era a função do geógrafo,
isto é, um agente de transformação social.
Teóricos insatisfeitos com a educação que se configurava na década de 1970, no Brasil, nos
âmbitos sociais, políticos e econômicos, formaram movimentos sociais que reivindicavam contra a
política social vigente, ou seja, uma política controladora que sustentava uma ideologia do
desenvolvimento tecnocrático. No campo da Geografia, percebia-se que o ensino sofria os efeitos
dessa política controladora, apresentando-se limitado e reduzindo-se a informações primárias sobre
dados, nomes de rios, cidades, países, localizações, clima, vegetação, etc. O ensino foi convertido
numa ciência de mapas e gráficos, preocupada em delinear os fenômenos geográficos, apresentados,
como pontos, distâncias, climas, populações, nomes de rios, regiões, países, capitais - para serem
memorizados. Designou-se, portanto, desconhecer o aspecto dinâmico da construção do espaço como
espaço social, resultado da ação humana, estabelecendo o poder de descarregar a natureza histórica e
social do conhecimento geográfico.
A política educacional brasileira recebia muitas críticas, devido ao autoritarismo e
cerceamento já citados acima. Sendo assim, nas décadas de 1980 e 1990 a educação passou a ser
pensada e compreendida,

não apenas como elementos de legitimação da classe hegemônica e da


marginalidade dos interesses maiores, mas como vias de buscar propostas para a
sua superação, em seu movimento histórico, como sendo determinada e
determinante das contradições internas próprias da sociedade capitalista na qual se
insere. As tendências críticas passam a analisar a educação não apenas como um
elemento de reprodução, mas um elemento que propicie a transformação dessa
sociedade, ou seja, é preciso entendê-la nesse processo contraditório e numa relação
dialética com a sociedade. (GEBRAN, 2003, p.84)

Nesta década de 1980 foi defendida a perspectiva da pedagogia crítica, contribuindo para uma
visão mais ampla do professor com uma articulação maior entre teoria e prática. É relevante destacar
que, o desafio que se consolidou na contemporaneidade foi de mudar as diretrizes da didática
modernizadora ampliando os horizontes da didática crítica.
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Faz-se necessário uma preocupação com a formação do cidadão, especialmente o espaço no


que diz respeito à educação básica, considerada como um lugar para o exercício da cidadania política e
social e sejam desenvolvidos os conhecimentos essenciais. Deve centrar a sua ação educativa no
desenvolvimento de um processo formativo que permita ao educando conhecer e apreender a sua
realidade social. Poderá também tornar possível a elaboração de outros saberes, abrindo espaços para
uma maior participação dos membros que a freqüentam e, conseqüentemente, propiciar a real inserção
política, econômica e cultural no mundo por ele vivido ao garantir o acesso ao saber socialmente
produzido ao longo dos tempos. Produzir um conhecimento ligado à realidade social, deve se
estabelecer a partir das atividades dos indivíduos em interação com os elementos que constituem esse
meio.

Esse meio é natural e social, (natureza, pessoas, objetos, idéias e representações), é


constituído pela cultura. Essa noção de cultura integrante do processo de construção
do conhecimento e de constituição do indivíduo é central para a concepção de
aprendizagem, pois esta incorpora a experiência dos indivíduos. (LIMA, 1990,
apud GEBRAN, 2003).

A partir da década de 1990, após a promulgação das Leis de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB 9394/96), mais especificamente no ano de 1997, houve a publicação dos PCNs pelo MEC.
Neste documento há objetivos gerais para todas as disciplinas do Ensino Fundamental. Dentre eles,
destacamos as seguintes: a utilização das diferentes linguagens (verbal, gráfica, plástica); perceber-se
como integrante e agente transformação do ambiente em que vive, identificando e interagindo com
este ambiente contribuindo para a sua melhoria; e posicionando de forma crítica, fazendo do diálogo a
mediação de conflitos e decisões, sendo responsável e participante das decisões coletivas.
Pode-se perceber que os objetivos destacados acima estão relacionados à disciplina de
Geografia como em outras disciplinas também. Por isso, o documento PCN (1997) busca fazer uma
relação entre as diferentes disciplinas. No que se refere ao ensino de Geografia, como disciplina
escolar deve levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade, possibilitando que
nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva.
No PCN (1997) de Geografia o conhecimento geográfico tem por objetivo elucidar e envolver
as relações entre a sociedade e a natureza. Nesta relação,

a Geografia tem que trabalhar com diferentes noções espaciais e temporais, bem
como com os fenômenos sociais, culturais e naturais que são característicos de cada
paisagem, para permitir uma compreensão processual e dinâmica de sua
constituição. (PCN, 1997,v.5 p.40)

A preocupação básica é buscar a relação do processo histórico construído pela humanidade e


vivido pelo aluno, e nas suas relações com a sociedade e meios naturais. No entanto, os dados do
passado e do presente que nela convivem, podem ser compreendidos através da análise do processo de
produção e organização do espaço. Este aluno deve observar e buscar esclarecimentos para aquilo que,
em uma paisagem, continuou intacta ou foi modificada.
A historicidade enfoca o homem como sujeito construtor do espaço geográfico, a análise
espacial de cada membro da sociedade e que se apropria deste espaço; é também marcada por vínculos
afetivos e referências socioculturais. Refletir sobre essas noções espaciais implica em compreender
subjetivamente a paisagem como lugar que possui significados para os que vivem e a constrói. Estes
espaços no qual sociedades, grupos e indivíduos se inserem, têm deste lugar particularidades e nestes
constituem relações únicas, pois são subsídios importantes na composição do saber geográfico.
Contribuem para uma maior compreensão do mundo e através das vivências e percepções construírem
uma visão de mundo.
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Podemos perceber que,

a interface com a História é essencial. A Geografia pode trabalhar com recortes


temporais e espaciais distintos dos da História, embora não possa construir
interpretações de uma paisagem sem buscar sua historicidade. Uma abordagem que
pretende ler a paisagem local, estabelecer comparações, interpretar as múltiplas
relações entre a sociedade e a natureza de um determinado lugar, pressupõe uma inter-
relação entre essas disciplinas, tanto nas problematizações quanto nos conteúdos e
procedimentos. Com a área de Ciências também há uma afinidade peculiar nos
conteúdos desse ciclo, uma vez que o funcionamento da natureza e suas
determinações na vida dos homens devem ser estudados. Sem perder de vista as
especificidades de cada uma das áreas, o professor pode aproveitar o que há em
comum para tratar um mesmo assunto sob vários ângulos. (PCN, 1997, v.5 p. 18-19)

Nesse sentido, a Geografia contribui para a compreensão no que diz respeito às relações locais
com as globais. Sabe-se que tais elementos locais estão inseridos num contexto global e as
possibilidades e implicações que essas dimensões possuem e se inserem neste contexto.

A paisagem local, o espaço vivido pelos alunos deve ser o objeto de estudo ao
longo dos dois primeiros ciclos. Entretanto, não se deve trabalhar do nível local ao
mundial hierarquicamente: o espaço vivido pode não ser o real imediato, pois são
muitos e variados os lugares com os quais os alunos têm contato e, sobretudo, que
são capazes de pensar sobre. A compreensão de como a realidade local relaciona-se
com o contexto global é um trabalho que deve ser desenvolvido durante toda a
escolaridade, de modo cada vez mais abrangente, desde os ciclos iniciais. (PCN,
1997, v.5 p. 7)

Sendo a Geografia, uma ciência que tem a preocupação de estudar a organização e a


reorganização do espaço pelo homem e do homem no espaço, incumbe-se então, à Cartografia
disponibilizar formas que possibilitem a leitura e interpretação do espaço. Nessa análise, faz-se necessário
a inserção do mapa como principal ferramenta de concepção, análise e organização do espaço, de modo
que se trata de uma representação espacial utilizando-se de um sistema de signos para representar certa
realidade.
A Geografia trabalha com diferentes linguagens e imagens recorrendo na busca de
informações e como meio de divulgar suas interpretações, proposições e conceitos. Sustentada numa
síntese de diversos tempos e numa linguagem característica, que faça da localização e da espacialização
uma referência da leitura das paisagens e seus movimentos pede então, uma cartografia conceitual.
Referindo-se à representação do espaço geográfico, a assimilação da linguagem cartográfica é
de grande importância, especialmente quando se deseja abordar o pensar na educação do sujeito habilitado
a participar na interlocução e na comunicação de sua época.
Podemos considerar que a Cartografia numa definição de forma mais ampla, corresponde à
linguagem criada para registros sobre os lugares. Apesar de não corresponder de forma exata ao que
muitos cartógrafos enumeram, essa definição nos é dada de forma muito adequada para pensar a
cartografia escolar. O desenho e a Cartografia podem ser analisados no campo das linguagens gráficas.
Dessa forma, referem-se aos registros espaciais: observa-se que há uma relação entre os objetos nos
desenhos das crianças (um boneco ao lado da casa, por exemplo), em altura menor, sob um determinado
aspecto e com formas e traços e que permitem dizer o que se expressam. De uma só vez estão postos os
elementos do mapa (localização, escala, projeção e legenda), com sentido dado competentemente pela
criança. A escola é um local onde os alunos reelaboram e pensam sobre suas experiências pessoais, o que
lhes permite a construção e reconstrução do conhecimento. A linguagem cartográfica nos dá base a essa
construção e reconstrução dos saberes. Sob este ponto de vista, a elaboração de conhecimentos sócio-
espaciais tem a influência da linguagem cartográfica onde assumem configurações ditadas por um teor
referido a um contexto sociocultural e submetidos à cultura escolar. Ao estabelecer relações com essas
linguagens (desenho do espaço e linguagem cartográfica), o professor conduz o aluno a compreender os
mapas, contextualizando seus elementos, e, assim, superando as dificuldades originadas em tentativas de
fazer relações errôneas ou detalhamentos desnecessários (como cálculo de distâncias em mapas de
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pequena escala, determinação de latitude e longitude para localizar pontos aleatórios no planisfério, etc.).
Então, ao invés de “alfabetizar” o aluno com um código gráfico (ou cartográfico) com conteúdos sem
significados, a linguagem cartográfica cria possibilidades amplas de construção através dos desenhos com
o espaço, enfocando o sócio-espacial (a ocupação urbana: avenidas, ruas, comércio, indústrias, pontes,
favelas, etc.).
É necessário ensinar como os conteúdos espaciais são apresentados, no caso da linguagem
cartográfica, e seu significado. Em ocorrência das práticas escolares, fator importante no ensino de
Geografia surge então outro desdobramento bem interessante:

Um mapa de relevo, por exemplo, ao apresentar a distribuição das altitudes por


meio de tonalidades (tons escuros para áreas mais altas, e claros para áreas mais
baixas), diz também da distribuição da rede hidrográfica (os rios correm para as
áreas mais baixas). Mas para entender esse mapa é preciso ter noção das relações
entre a drenagem e a morfologia, que pode ter-se originado pela observação de
campo e produção de croquis, ter passado pela observação ou construção de
maquetes. (ALMEIDA, 2001)

Por isso, a linguagem cartográfica no ensino deve ser estudada de forma constante não só em
um capítulo isolado, apenas dentro de um determinado tempo e depois esquecido e, nem ser ensinado de
uma só vez. Se for linguagem, deve servir para “ler” os mapas impressos, bem como para “escrever” a
respeito de algo observado, discutido ou obtido em diversas fontes como em livros, revistas, leitura de
imagens de forma empírica, fotos aéreas, filmes, gravuras e vídeos, por exemplo. Não só ligados ao
conteúdo de Geografia, mas em outras áreas do ensino, a linguagem cartográfica se faz necessária
atendendo necessidades geradas no estudo de um tema ou problema, diluindo-se em diferentes períodos ao
longo do Ensino Fundamental e Médio. É importante que o professor interprete as imagens na integra e
procure contextualizá-las em todo o seu processo: por quem foram feitas, quando, com que finalidade, etc.,
e tomar esses dados como referência na leitura de informações mais particularizadas, ensinando aos alunos
que as imagens são produtos do meio, construídas pelos seres humanos, marcada num tempo e espaço,
cuja intenção pode ser achada de forma explícita ou implícita.
É plausível perceber que o estudo da linguagem cartográfica é de suma importância ser
discutida e estudada desde o início da escolaridade. Serve de contribuição não somente para que os alunos
compreendam a utilização dos mapas, mas também para desenvolver capacidades referentes à
representação do espaço. Considerando os saberes escolares como construção social, os alunos precisam
ser preparados para que tenham capacidade de construir conhecimentos básicos sobre essa linguagem,
como indivíduos que representam e codificam o espaço e como leitores.
A escola deve criar formas para que os conhecimentos sejam construídos sobre uma
linguagem que ao fim se desdobrem em dois sentidos: como indivíduos que expressam e codificam o
espaço e como leitores das informações.
As formas mais comuns e presentes nas escolas é o trabalho com mapas de forma tradicional.
É comum uma linguagem cartográfica através de circunstâncias nas quais os alunos têm de copiar mapas,
enumerar nomes de rios ou cidades, memorizar as informações neles representadas e colorir esses mapas,
entre outros. Toda essa forma de trabalho é notório que não garante que se tenha uma construção dos
saberes e tais conhecimentos úteis, tanto para representação do espaço geográfico, assim como a leitura
desses mapas. Sendo um meio de atender a diversas necessidades das mais habituais como: chegar a um
lugar que não se conhece, compreender o trajeto dos rios e a formação de bacias hidrográficas e, às mais
específicas e locais como áreas de preservação ambiental, delimitação de bacias hidrográficas, etc.
Portanto, se faz necessário partir do princípio de que a linguagem cartográfica é um sistema de códigos e
símbolos que envolvem dimensões proporcionais, uso de signos ordenados e técnicas de projeção.
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A importância do estudo da Cartografia no 1º Ciclo na perspectiva das bacias hidrográficas

As diferentes práticas pedagógicas vêm auxiliando o entendimento de diversas formas de um


mesmo fenômeno no que diz respeito ao estudo da ciência geográfica, de forma que os alunos possam
construir abrangências novas e mais complexas a seu respeito. Essas práticas envolvem fórmulas de
problematização, observação, apontamento, descrição, documentação, representação e pesquisa dos
fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e o espaço geográfico, na busca e
formulação de hipóteses e explicações das relações, permanências e transformações que aí se encontram
em interação. Espera-se que, dessa forma, eles desenvolvam a capacidade de identificar e refletir sobre
diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade-natureza.
Dessa forma, o estudo da natureza e da sociedade deve ser realizado conjuntamente. Ao
desenvolver esse trabalho é necessário que professores e alunos devam compreender que tais definições:
sociedade e natureza – compõem a base material ou física sobre a qual o espaço geográfico é produzido.
É necessário que o professor planeje e crie circunstâncias nas quais os alunos possam conhecer
e utilizar tais procedimentos. “A observação, descrição, experimentação, analogia e síntese devem ser
ensinadas para que os alunos possam aprender a explicar, compreender e até mesmo representar os
processos de construção do espaço e dos diferentes tipos de paisagens e territórios.” (PCN, 1997, v.5 p. 7)
O estudo da Geografia no primeiro ciclo deve ser trabalhado questões, principalmente sobre a
relação natureza e sociedade na construção do espaço geográfico. No entanto, a paisagem local e o espaço
vivido é o ponto de partida para o professor organizar seu trabalho. A principal atenção é partir de onde os
alunos estão, criando meios e hipóteses acerca da presença e do papel da natureza na paisagem local, mas
não se restringir a isso, ir além daquilo que já sabem para que haja uma ampliação dos conhecimentos.
É de grande importância que o professor conheça a realidade dos alunos, saiba sobre seus
conhecimentos e idéias, o lugar em que vivem assim como sua relação entre eles. Porque os alunos têm
conhecimentos prévios do meio em que vivem e convivem, pelos familiares e pelos diferentes meios de
comunicação mesmo que não tenham contato com o conhecimento geográfico sistematizado.
No primeiro ciclo, muitas crianças têm seu primeiro contato com a escola. Instruir os alunos a
fazer a leitura de imagens, observarem as paisagens, mesmo que estas leituras sejam feitas pelo professor,
é sua função. No entanto, cabe ao professor estimular e fazer o intermédio das discussões entre os alunos
para que desde pequenos compartilhe seus conhecimentos, e, a partir daí, confrontar opiniões, elaborar
perguntas, ouvir os que estão próximos, afim de que se posicionem diante do grupo em que faz parte.
O trabalho deve ser realizado levando em conta pontos referenciais de construção das idéias
próprias dos alunos na formação da linguagem cartográfica, ou seja, aquilo que os alunos já utilizam para
se localizar e orientar no espaço. A partir de meios e circunstâncias nas quais comuniquem e explicitem
seus saberes, o professor pode criar outras possibilidades e formas nas quais possam esquematizar e
expandir suas idéias de distância, direção e orientação.
A escrita individual ou coletiva, a partir das observações e do que aprenderam é uma forma de
aproximar esses alunos dos procedimentos essências do campo da Geografia como de outras disciplinas,
pois são essenciais para a vida do estudante.
Uma maneira de se expressar no 1º ciclo da escolaridade assim como um procedimento de
registro utilizado pela própria Geografia é o desenho. Ir vai além da expressão é uma maneira de propor
aos alunos a iniciarem de forma objetiva as noções de distância, direção e proporção que são necessários
para o conhecimento da linguagem cartográfica.
Sabendo da importância da água como recurso natural, essencial e finito e, por vivermos num
país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água, se faz necessário destacarmos sua relevância e
seu estudo nas séries iniciais. Esse assunto pode ser trabalhado também na área de Ciências e estudo da
Terra onde há uma afinidade peculiar nos conteúdos desse ciclo, uma vez que o funcionamento da
natureza e suas determinações na vida dos homens devem ser estudados.
Ao analisar as diferenças existentes entre os espaços modificados pelo homem e ambientes
naturais é importante perceber que, a observação do espaço geográfico apresenta-se como ferramenta
muito importante em suas atividades de preservação dos mananciais superficiais de água.
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Entender o espaço geográfico como elemento constitutivo das sociedades nos abre
uma via de compreensão da realidade que é extremamente rica, além de
indispensável. Estudar a realidade social contemporânea sem um ponto de vista
geográfico (o espaço) é tratar as sociedades como se elas fossem abstratas e
imaginárias, como um corpo invertebrado que não tem como se sustentar. É o uso
do espaço geográfico pelo homem que faz dele um componente da sociedade. Os
seres humanos organizados em sociedade organizam também o espaço geográfico,
que é um quadro de vida no qual se desenvolvem as relações sociais. As relações
sociais se dão no espaço geográfico e dependem dele em boa medida. (FONSECA
e OLIVA, 2007, p. 72-73)

Levar a comunidade e os alunos do 1º ciclo da escolaridade a aproximar das questões que


interferem no meio ambiente e principalmente os fenômenos que atingem uma bacia hidrográfica sendo
esta definida como área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal, seus afluentes
e subafluentes devido às suas características geográficas e topográficas. É de grande importância e
contribuição no que diz respeito à necessidade de preservação e conservação dos recursos naturais.
Sabemos que com o trabalho e estudos do meio em que os alunos estão inseridos, bem como a
representação dos lugares e imagens, é nítida a importância do uso de recursos didáticos interessantes,
pois, através destes, os alunos poderão construir e reconstruir, de maneira cada vez mais ampla e
estruturada o espaço que estão inseridos. As imagens e as percepções que têm da paisagem local,
conscientizando-se de seus vínculos afetivos e de identidade com o lugar no qual se encontram
implantados se faz de grande importância. Ao discutirmos a paisagem local, nos remete perceber a
importância da qualidade das águas. Sabemos que a dependência da forma de uso e da ocupação dos solos
em torno dos mananciais se faz necessário.
Conduzir os alunos a compreensão e a percepção das relações que estruturam uma paisagem
cultural, ou seja, uma paisagem estabelecida de um meio natural onde o ser humano tem a capacidade de
se inserir no espaço por meio de ações e interações com a natureza é muito importante. Ao constituirmos a
união de ambientes naturais e de construções dos indivíduos em um determinado espaço, estamos
proporcionando ao aluno ao entendimento de diferentes fatos. Pesquisar sobre a bacia hidrográfica da
cidade é uma excelente forma de mostrar e levar os alunos a pensar o quanto a influência do ser humano
pode modificar a paisagem.
Apenas por meio de um procedimento educativo coerente e contínuo, as diferentes ações que
estão sendo ampliadas em uma bacia hidrográfica poderão ter como conseqüência uma atuação integrada,
com a participação de toda a população.

Estudo das bacias hidrográficas: teoria e prática

A finalidade principal é levar os alunos a olhar a paisagem pela visão da Geografia, mostrando
a relação existente entre natureza e sociedade, visto que nessa relação, modificações são feitas neste
espaço. No 1º ciclo da escolaridade é mais importante relacionar tais fatos do que aprofundar em aspectos
como classificação de climas, vegetação ou/e caracterização dos rios, por exemplo.
Quando abordamos a interação dos aspectos físicos e humanos, não podemos deixar de citar
fatores relacionados a áreas urbanas, onde mudanças ocorridas nesse espaço como até menores
interferências em um dos componentes do ciclo hidrológico pode resultar em modificações em todo o
processo, trazendo conseqüências ao regime fluvial o que pode gerar uma grande diminuição da
quantidade e volume de água do curso d’água principal. Quando tratamos a respeito dos períodos de
estiagem, ou também do transbordamento no período de chuvas, grandes problemas à população que vive
próximo as margens dos rios podem vir a ocorrer, um exemplo disso é a impermeabilização do solo por
não comportar a quantidade de água escoada nos períodos de maior intensidade de chuvas, provocando
inundações. Nesses espaços a população que o habita é a que mais sofre com a modificação das condições
do mau uso do solo.
Modificações na paisagem natural por ocupações irregulares, por exemplo, pode vir a
interferir na qualidade das águas devido aos dejetos depositados nos mananciais e, consequentemente
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interferências na forma de organização do espaço geográfico resultando na implicação e comprometimento


da bacia hidrográfica e até de outras áreas e dos que fazem parte dela.
É necessário levar os alunos a refletir e perceber quanto é importante o estudo de uma bacia
hidrográfica, não apenas isso, mas o levantamento de questões no qual interferem no dia-a-dia de sua
comunidade. Um exemplo que podemos citar é a falta de cuidados com o depósito de esgoto e de lixo em
mananciais, ou quando é retirada a cobertura vegetal provocando a erosão, onde esses sedimentos são
carregados formando bancos de areia em seu leito diminuindo o nível das águas; um outro problema é a
diminuição da evapotranspiração devido ao desmatamento, resultando nas alterações da dinâmica do
sistema natural. Quando existe certo cuidado e, a preservação das bacias hidrográficas, ou seja, seus rios
principais, afluentes e subafluentes, há grandes possibilidades de uso como a prática de irrigação na
agricultura, por exemplo, ou o abastecimento de necessidades básicas. Podemos analisar tais fatos ao
observarmos tabelas, fotografias e mapas.
Com a finalidade de pressionar as autoridades governamentais, vários organismos foram feitos
e organizados como documentos importantes aprovados no Rio-92: um exemplo é a Agenda 211, um
detalhado programa de ação estabelecendo metas aceitas universalmente para os principais fatores que
afetam a relação entre o meio ambiente e o desenvolvimento, enumeramos também o Plano Diretor,
Estatuto da Cidade entre outros mecanismos capazes de proporcionar à sociedade civil a busca de meios
de coibir certos interesses particulares.
Ao analisarmos os fatos relatados nos parágrafos anteriores, podemos pensar formas de
trabalhar assuntos denominados importantes por fazer parte da vivência dos alunos, como instigá-los à
busca de meios de intervenção por meio de projetos feitos pelos próprios alunos, ficando atento aos órgãos
públicos e responsáveis por esses processos denunciando irregularidades, etc.
Uma dessas formas seria o trabalho de campo em que os alunos terão a oportunidade de
observar e examinar o espaço em que vivem, levando em consideração aspectos físicos como a flora,
fauna, solo, clima, hidrografia sem separar de aspectos sociais, ou seja, a inserção do homem neste espaço
e a forma de como esses recursos naturais são utilizados. O professor tem um papel importantíssimo nesse
processo, ao levar os alunos a refletir sobre esses conteúdos e direcionar a atenção dos mesmos aos
conteúdos que planejar lecionar.
Faz-se necessário a interpretação do espaço, mas antes é preciso fazer um recorte, ou seja,
levar os alunos a percepções que no caso de um observador sem o auxílio de um educador passaria
despercebido aspectos relevantes no que diz respeito ao processo de degradação ou alterações que este
espaço vivido vem passando ao longo dos anos como: Que indústrias se concentram no lugar onde vivem?
Que locais são depositados seus desejos industriais? Qual a cor da água do córrego? Há presença de
moradias próximas da nascente? Existe poluição, sedimentos no leito do rio?O que compõem às margens
desse córrego/ribeirão? São meios e formas que levam os alunos a reflexão sobre o espaço em que vivem.
Utilizar a prática de observação do espaço físico como meio de interpretação de fenômenos que compõem
uma bacia hidrográfica se faz importante, bem como estabelecer relações com a preservação dos recursos
naturais e a qualidade de vida da comunidade.
Esse tipo de trabalho pode ser feito através de diferentes formas como: fotografias, uso de
pranchetas na quais os alunos irão observar e representar através de desenhos que posteriormente serão
levadas a construção de mapas através do que estão vendo na paisagem local, estabelecer dimensões
aproximadas do real sempre com o auxilio do professor. Não podemos dizer que a Cartografia não está
inserida neste contexto, pois esta é definida a grosso modo como a linguagem criada para registros sobre
os lugares.
O momento em sala de aula é muito importante. Recompor aquilo que foi lido através da
observação da paisagem é ideal para compreensão de conceitos importantes da Geografia e da linguagem
cartográfica. Por meio de conhecimentos que os alunos adquiriram no trabalho de campo, levantar
questões da observação dos alunos como as modificações produzidas no espaço: construções, presença da
industrialização e comércio, novas edificações, desmatamento, mudanças no curso dos rios, novos
aglomerados populacionais, dependência do uso das águas como poder econômico, entre outros. Discutir
sobre aspectos de conservação e preservação é importante, mas podemos ir mais além disso. Ao tomarmos
parte da real situação através da observação, contato, análise e reflexão, idéias de preservação do ambiente

1 Ver no endereço: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=575


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estão sendo inseridas, porém de forma diferenciada. Conhecer o espaço através do olhar geográfico é
tarefa fundamental nas séries iniciais.
Por tudo que já foi discutido nesse trabalho, escrevemos uma sequência didática de meios e
formas de se trabalhar o conteúdo de bacias hidrográficas, através da observação da paisagem e de sua
relação sócio-espacial.

Plano de Aula:

Representação da paisagem e estudo cartográfico.

Conteúdo:

As bacias hidrográficas num contexto sócio-espacial.

Objetivos:

● Identificar modificações introduzidas no espaço geográfico por diferentes fenômenos;


● Conhecer as primeiras noções cartográficas;
● Representar a paisagem local por meios de desenhos de representação cartográfica;
● Perceber que o espaço resulta das interações entre natureza e sociedade.

Ciclo:

● Estudo com o primeiro ciclo.

Tempo estimado:

● 5 semanas

Material necessário:

● Fotografias, mapas, imagens, papel A4, prancheta; lápis; lápis colorido; borracha;
régua.

Desenvolvimento:

1ª etapa: Começar o estudo a partir de indagações e diálogos entre professor e alunos com as
seguintes questões: Perto de sua comunidade há recursos hídricos (córrego, rio, represa, lago)? Qual a
sua função no espaço geográfico? Aonde vão desaguar as águas deste lugar observado?Apresentar aos
alunos diferentes imagens contendo aspectos que serão trabalhados como as características naturais e
humanas como a chuva, rios, mata ciliar, desmatamento, erosão, assoreamento, depósito de esgoto,
dejetos industriais e outros tipos de poluição que podem trazer problemas para a bacia hidrográfica.

2ª etapa: Preparar um questionário onde os alunos poderão descrever em forma de símbolos


cada componente representado na paisagem local, como: indústria e comércio, construções, saídas de
esgoto, lixo doméstico, dejetos industriais, áreas desmatadas, entre outros. Levar os alunos ao trabalho
de campo possibilitando o exercício de observação da paisagem local, pois é necessário para que o
aluno possa enxergar as diversas características dessa paisagem e os componentes que fazem parte
desse espaço. Este exercício vai possibilitar a verificação de elementos representativos da paisagem
indicando o que o aluno enxerga e o que considera mais importante. Pedir aos alunos que façam um
desenho, construindo uma legenda usando os elementos observados no trabalho de campo.
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3ª etapa: Discutir com os alunos o que foi visto a partir das seguintes perguntas:
● Quais são os elementos que possibilitaram a degradação (destruição e poluição) da paisagem
observada?
● É uma paisagem que está muito ou pouca degradada?
● Quais são as ações humanas que degradam a paisagem observada?
A partir das perguntas, solicitar que os alunos escrevam um texto relatando o que viram no
trabalho de campo.

4ª etapa: Dividir a turma em grupos e distribuir o mapa da bacia hidrográfica local, para que o
aluno marque o rio principal, seus afluentes e subafluentes. Neste momento, o professor irá explicar
que os afluentes, subafluentes e o rio principal formam a bacia hidrográfica.
Nesta etapa, seria importante estabelecer uma relação entre o mapa construído pelos alunos e o
mapa distribuído pelo professor, afim de que o mapa construído pelas crianças apresente a leitura do
real, visando um contexto sócio-espacial.

Avaliação:

Através do questionário, do texto e do mapa construído pelos alunos a partir da observação da


paisagem local, o professor poderá avaliar quais pontos precisam ser reforçados.

Considerações finais:

Sabemos que a ciência geográfica tem a preocupação de estudar a organização e a


reorganização do espaço pelo homem e do homem no espaço, sendo necessária à aplicação desses
fatos no âmbito escolar.
A Geografia foi transformada numa disciplina onde aspectos humanos e sociais foram sendo
relevados, passando a se discutir aspectos ligados ao seu cotidiano, dando ênfase à formação do
cidadão político, objetivo maior da educação escolar. Podemos dizer que a Geografia ao longo dos
tempos vem proporcionando desafios para educadores e educandos. Ela deve propiciar a observação,
leituras, análise e compreensão da paisagem local, espaço geográfico e, enquanto espaço da ação
humana em interação com a natureza, um espaço social no qual está em constante transformação, um
espaço dinâmico onde se resulta das múltiplas determinações da ação humana.
O espaço da sala de aula deve ser um lugar onde se permite o diálogo, a troca de experiências
vividas no dia-a-dia gerando problematizações a serem discutidas e vivenciadas no espaço escolar. Ao
pensarmos em tal proposta, vemos a necessidade de conhecer o espaço vivido pelo aluno bem como
sua comunidade, ou seja, conhecer o aluno e proporcioná-lo a compreensão das relações sócio-
culturais e a dinâmica dos processos físicos e naturais contextualizados historicamente, utilizando-se
de diferentes formas de trabalho num contexto sócio-espacial do conhecimento geográfico como
algumas descritas nesse artigo.
Ao propormos no Plano de Aula atividades que levam uma maior inserção dos alunos, com o
auxílio do professor, construir o conhecimento sobre a paisagem local através do trabalho de campo e
sala de aula. Refletir sobre a importância do conhecer e pensar o espaço através do olhar geográfico é
fundamental nas séries iniciais do ensino. Práticas como o contato com a realidade, observações,
questionamentos, nos faz descobrir e enxergar que o estudo das bacias hidrográficas é uma tarefa
difícil, porém alcançável.
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Referência Bibliográfica:

ALMEIDA, R. D. Do desenho ao mapa: Iniciação cartográfica na escola. São Paulo, 2001.


Disponível em: < http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2003/ce/index.htm> Acesso em: 25
fev. 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais: 1ª a 4ª série - Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 5, 1997. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro052.pdf>. Acesso em: 9 fev.2009.

FONSECA, Fernanda Padovesi e OLIVA, Jaime Tadeu. A Geografia e suas Linguagens: o Caso da
Cartografia. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (Org.). A Geografia na Sala de Aula. São Paulo:
Contexto, 2007, p. 62 – 78.

FRANCISCHETT, Mafalda Nesi A cartografia no ensino-aprendizagem da geografia. Disponível em:


< http://www.miniweb.com.br/Geografia/artigos/cartografia/francischett-mafalda-representacoes-
cartograficas.pdf> Acesso em: 10 fev. 2009.

GEBRAN, Raimund Abou. A geografia no ensino fundamental: Trajetória histórica e proposições


pedagógicas. Revista Científica da Universidade do Oeste Paulista – UnoesteA, Presidente
Prudente, v.1, n.1, p. 81 -88, jul./dez., 2003. Disponível em:
<http://revistas.unoeste.br/revistas/ojs/index.php/ch/article/viewFile/186/90>.Acesso em: 12 fev. 2009.

MOÇO, Anderson. O mundo dentro e fora da escola. Nova Escola, out. 2008. Disponível em:
<http://antigo.revistaescola.abril.com.br/edicoes/0217/aberto/mundo-dentro-fora-escola-
395087.shtml>. Acesso em: 05 jan. 2009.

SANTOS, Catarina Maria dos. A Cartografia no Ensino Fundamental: a partir do espaço social do
aluno. Disponível em: < http://www.ufpi.br/mesteduc/eventos/iiencontro/GT-9/GT-9-10.htm> Acesso
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SIMIELLI, Maria Elena Ramos. Cartografia no Ensino Fundamental e Médio. In: CARLOS, Ana Fani
Alessandri (Org.). A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2007, p.92 – 108.

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